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Plano de Aula-Embargos à Execução Fiscal

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	NOTA DE ENSINO:
	
	1.1 Ementa da Aula
	
Execução Fiscal. Lei no. 6.830/1980
	1.2 Objetivos Pedagógicos
	
Gerais
Indicar o regime jurídico aplicável à propositura dos Embargos à Execução Fiscal no procedimento previsto na Lei de Execução Fiscal.
 
Específicos
O aluno deverá ser capaz de elaborar um embargos à execução fiscal, levando em consideração as atuais decisões jurisprudenciais do Superior Tribunal de Justiça a respeito dos requisitos indispensáveis à sua propositura.
	1.3 Métodos de Ensino
	
Abordagem e síntese dos princípios jurídicos aplicáveis a Execução Fiscal.
Exposição, passo a passo, dos requisitos à propositura dos Embargos à Execução Fiscal.
Discussão e soluções para o exercício prático.
	1.4 Recursos didáticos
	
Exposição no Quadro Negro e Legislação Tributária
	1.5 Meios de Avaliação
	
Participação em Sala de Aula
1.6 Roteiro de Aula
	Tempo
	Desenvolvimento da aula
	40 minutos
	
 Fundamento Jurídico : art. 16 da LEF
Art. 16 - O executado oferecerá embargos, no prazo de 30 (trinta) dias, contados:
 I - do depósito;
II - da juntada da prova da fiança bancária;
III - da intimação da penhora.
§ 1º - Não são admissíveis embargos do executado antes de garantida a execução.
§ 2º - No prazo dos embargos, o executado deverá alegar toda matéria útil à defesa, requerer provas e juntar aos autos os documentos e rol de testemunhas, até três, ou, a critério do juiz, até o dobro desse limite.
§ 3º - Não será admitida reconvenção, nem compensação, e as exceções, salvo as de suspeição, incompetência e impedimentos, serão argüidas como matéria preliminar e serão processadas e julgadas com os embargos.
Prazo : 30 dias, contados conforme os incisos I, II e III, do art. 16 da LEF.
Na hipótese de garantia por depósito em dinheiro, o prazo para embargos começa a contar da data do depósito.  No caso de garantia por fiança bancária, não importa a data do oferecimento da garantia, o prazo começará a fluir da data da juntada da carta de fiança. Na hipótese de penhora, o prazo modifica de acordo com a intimação.
 Inexistência de suspensão da execução como regra geral em razão da oposição dos embargos do devedor (art. 739-A do CPC), que é aplicável à execução fiscal. Temos também a previsão do art. 587 do CPC, que estabelece que é definitiva a execução fundada em título extrajudicial e é provisória enquanto pendente apelação da sentença de improcedência dos embargos do executado, quando recebidos com efeito suspensivo.
Art. 739. O juiz rejeitará liminarmente os embargos:
I - quando intempestivos; (Redação dada pela Lei nº 11.382, de 2006).
II - quando inepta a petição (art. 295); ou (Redação dada pela Lei nº 11.382, de 2006).
III - quando manifestamente protelatórios. (Redação dada pela Lei nº 11.382, de 2006).
Art. 739-A.  Os embargos do executado não terão efeito suspensivo. (Incluído pela Lei nº 11.382, de 2006).
§ 1o  O juiz poderá, a requerimento do embargante, atribuir efeito suspensivo aos embargos quando, sendo relevantes seus fundamentos, o prosseguimento da execução manifestamente possa causar ao executado grave dano de difícil ou incerta reparação, e desde que a execução já esteja garantida por penhora, depósito ou caução suficientes. (Incluído pela Lei nº 11.382, de 2006).
§ 2o  A decisão relativa aos efeitos dos embargos poderá, a requerimento da parte, ser modificada ou revogada a qualquer tempo, em decisão fundamentada, cessando as circunstâncias que a motivaram. (Incluído pela Lei nº 11.382, de 2006).
§ 3o  Quando o efeito suspensivo atribuído aos embargos disser respeito apenas a parte do objeto da execução, essa prosseguirá quanto à parte restante. (Incluído pela Lei nº 11.382, de 2006).
§ 4o  A concessão de efeito suspensivo aos embargos oferecidos por um dos executados não suspenderá a execução contra os que não embargaram, quando o respectivo fundamento disser respeito exclusivamente ao embargante. (Incluído pela Lei nº 11.382, de 2006).
§ 5o  Quando o excesso de execução for fundamento dos embargos, o embargante deverá declarar na petição inicial o valor que entende correto, apresentando memória do cálculo, sob pena de rejeição liminar dos embargos ou de não conhecimento desse fundamento. (Incluído pela Lei nº 11.382, de 2006).
§ 6o  A concessão de efeito suspensivo não impedirá a efetivação dos atos de penhora e de avaliação dos bens. (Incluído pela Lei nº 11.382, de 2006).
Art. 739-B.  A cobrança de multa ou de indenizações decorrentes de litigância de má-fé (arts. 17 e 18) será promovida no próprio processo de execução, em autos apensos, operando-se por compensação ou por execução. (Incluído pela Lei nº 11.382, de 2006).
A previsão do § 1º, do art. 739-A do CPC.
Garantia do juízo da execução fiscal : § 1º, do art. 16 da LEF. Aplicação da LEF, norma especial, em relação ao art. 736 do CPC. A segurança parcial do juízo é uma possibilidade admitida pelos Trbunais Superiores, notoriamente o STJ, nos casos em que a penhora for parcial e o Juiz não determinou o reforço, ou, se determinado, a parte não dispuser de bens livres e desembaraçados. (Resp 1006625/MG).
Art. 736.  O executado, independentemente de penhora, depósito ou caução, poderá opor-se à execução por meio de embargos. (Redação dada pela Lei nº 11.382, de 2006).
Parágrafo único.  Os embargos à execução serão distribuídos por dependência, autuados em apartado, e instruídos com cópias (art. 544, § 1o, in fine) das peças processuais relevantes. (Incluído pela Lei nº 11.382, de 2006).    (Vide Lei nº 12.322, de 2010)
Em linhas gerais, os embargos à execução fiscal serão processados e julgados, com observância do mesmo procedimento dos embargos do devedor regulados pelo Código de Processo Civil.
Os embargos devem ser opostos pelo executado no prazo de 30 dias, que começa a correr (art. 16 da LEF):
(i) do depósito: A Corte Especial do STJ já pacificou o entendimento de que, embora o art. 16, I, da LEF afirme que o prazo corre do depósito, uma vez efetivado o depósito em garantia pelo devedor, deve-se reduzi-lo a termo, para dele tomarem conhecimento o juiz e o exequente, iniciando-se o prazo para oposição de embargos a contar da data da intimação do termo. Isso porque somente a partir daí passa o devedor a ter segurança quanto à aceitação do depósito e a sua formalização (EREsp 1.062.537/RJ Rel. Min. Eliana Calmon, DJe de 4.5.2009).
(ii) da juntada da prova da fiança bancária: também nesse caso, entende o STJ que há de ser formalizado o termo de penhora, do qual o executado deverá ser intimado, e, partir de então, fluirá o lapso temporal para a defesa (REsp 621.855/PB, 4ª Turma, rel. Ministro Fernando Gonçalves).
(iii) da intimação da penhora: o STJ, em julgamento sob a sistemática de recursos repetitivos, pacificou a orientação de que o termo inicial para a oposição dos Embargos à Execução Fiscal é a data da efetiva intimação da penhora, e não a da juntada aos autos do mandado cumprido (REsp 1.112.416/MG, Rel. Min. Herman Benjamin, Primeira Seção, julgado em 27/05/2009).
Veja-se que, em todos esses casos, o prazo correrá da data da intimação da penhora. Segundo o STJ, ainda que o executado compareça espontaneamente aos autos da execução fiscal após a efetivação da penhora, não resta suprida a necessidade de intimá-lo da prática do ato constritivo, advertindo-o do prazo para o oferecimento dos embargos (AgRg no REsp 1.358.204-MG, 1ª Turma, Rel. Min. Arnaldo Esteves Lima, julgado em 7/3/2013 – inf. 519).
Nos termos do art. 16, § 1º, da LEF, não são admissíveis embargos do executado antes de garantida a execução. Por sua vez, o art. 736 do CPC dispõe, atualmente, que o executado, independentemente de penhora, depósito ou caução, poderá opor-se à execução por meio de embargos. O art. 736 do CPC revogou a LEF nesse ponto?
Na doutrina, duas posições se formaram:
1ª posição: o art. 736 do CPC deve prevalecer, de modo que o executado pode proporembargos independentemente de garantia do juízo. Isso porque, à época da edição da Lei nº 6.830/80, a regra geral do CPC era a de que os embargos dependiam da garantia do juízo. Se o CPC mudou, também a execução fiscal deveria mudar. Para ele, os embargos poderão ser opostos no prazo máximo de 30 dias previstos no art. 16 da LEF.
2ª posição: o art. 736 do CPC não se aplica à execução fiscal, que tem norma especial, até porque o executado pode se valer de ação anulatória para discutir a dívida. É válido exigir a garantia do juízo para os embargos à execução fiscal, pois é dotado de efeito suspensivo, ao contrário dos embargos do executado previstos no CPC.
Na jurisprudência do STJ, houve a prolação de diversas decisões contraditórias, cabendo um breve relato. 
Em 2008, o STJ decidiu que a reforma do CPC retirou o efeito suspensivo dos embargos do devedor. O juiz, no entanto, poderia conceder efeito suspensivo se garantido o juízo e preenchidos os requisitos do fumus boni iuris e do periculum in mora: “Após a entrada em vigor da Lei 11.382/2006, que incluiu no CPC o art. 739-A, os embargos do devedor poderão ser recebidos com efeito suspensivo somente se houver requerimento do embargante e, cumulativamente, estiverem preenchidos os seguintes requisitos: a) relevância da argumentação; b) grave dano de difícil ou incerta reparação; e c) garantia integral do juízo” (REsp 1.024.128/PR, Rel. Min. Herman Benjamin, 2ª Turma, julgado em 13/05/2008). O mesmo entendimento foi seguido em outros julgados posteriores: “Hodiernamente, os embargos do executado não mais suspendem a execução fiscal (art. 739-A, do CPC)” (AgRg no AREsp 31.822/RS, Rel. Ministro Mauro Campbell Marques, Segunda Turma, julgado em 03/11/2011); “É firme o entendimento do Superior Tribunal de Justiça no sentido de que as disposições do art. 739-A do CPC aplicam-se, efetivamente, às execuções fiscais” (AgRg no AgRg no REsp 1212281/RJ, Rel. Ministro Arnaldo Esteves Lima, Primeira Turma, julgado em 18/08/2011).
Nesse período, algumas decisões divergentes foram proferidas, como o REsp 1126307/MT, Rel. Ministro Luiz Fux, julgado em 01/03/2011, no qual a Primeira Turma entendeu não ser possível o oferecimento de embargos à execução enquanto não garantida a dívida, por aplicação do art. 16, § 1º, da Lei nº 6.830/80. No final de 2011, a Primeira Turma decidiu novamente nesse sentido, aduzindo que:
PROCESSUAL CIVIL. RECURSO ESPECIAL. EMBARGOS À EXECUÇÃO FISCAL.EFEITO SUSPENSIVO. NÃO-INCIDÊNCIA DO ART. 739-A DO CPC. NORMA DE APLICAÇÃO SUBSIDIÁRIA À LEI 6.830/80. INTELIGÊNCIA DE SEU ART. 1º INTERPRETADO EM CONJUNTO COM OS ARTIGOS 18, 19, 24 E 32 DA LEF E 151, DO CTN.
1. Controvérsia que abrange a discussão sobre a aplicabilidade do art. 739-A e § 1º, do CPC, alterados pela Lei 11.382/06, às execuções fiscais.
2. A Lei 6.830/80 é norma especial em relação ao Código de Processo Civil (…).
4. A interpretação dos artigos 18, 19, 24, inciso I, e 32, § 2º, da LEF leva à conclusão de que o efeito suspensivo dos embargos à execução fiscal decorre da sua apresentação. Isso porque tais dispositivos legais prevêm a realização de procedimentos tendentes à satisfação do crédito (manifestação sobre a garantia, remissão, pagamento, adjudicação, conversão de depósito em renda) apenas após o julgamento dos embargos ou nas hipóteses em que estes não sejam oferecidos, evidenciando a suspensão do prosseguimento da execução até o julgamento final dos embargos.
5. Ainda a evidenciar o regime diferenciado da execução fiscal e o efeito suspensivo inerente aos embargos que se lhe opõem, está o § 1º do artigo 16 da Lei 6.830/80, segundo o qual “não são admissíveis embargos do executado antes de garantida a execução”, o que denota a incompatibilidade com as inovações do CPC quanto ao efeito suspensivo dos embargos à execução.
6. Recurso especial provido.
(REsp 1291923/PR, Rel. Ministro BENEDITO GONÇALVES, PRIMEIRA TURMA, julgado em 01/12/2011, DJe 07/12/2011)
Após esse precedente, o STJ proferiu outras decisões no sentido anterior, ou seja, reconhecendo que os embargos não mais suspendem o feito executivo, por aplicação do art. 739-A do CPC (REsp 1272414/SC, Rel. Ministro Mauro Campbell Marques, Segunda Turma, julgado em 24/04/2012).
Como se vê, a matéria era controversa dentro do STJ, inclusive com decisões divergentes da Primeira Turma.
A 1ª Seção, em 22 de maio de 2013, pacificou a matéria no julgamento de Recurso Repetitivo, adotando uma linha intermediária e mais favorável à Fazenda Pública. Para o STJ, o regime da reforma do CPC não se aplica à execução fiscal no ponto em que dispensa a garantia para o oferecimento de embargos. No entanto, são aplicáveis à execução fiscal as disposições do CPC que exigem, para a concessão de efeito suspensivo aos embargos do devedor, além da prestação de garantia (que é um pressuposto para o próprio conhecimento dos embargos), a presença de fundamentação jurídica relevante e do risco de dano irreparável. Eis a ementa do acórdão:
PROCESSUAL CIVIL. TRIBUTÁRIO. RECURSO REPRESENTATIVO DA CONTROVÉRSIA. ART. 543-C, DO CPC. APLICABILIDADE DO ART. 739-A, §1º, DO CPC ÀS EXECUÇÕES FISCAIS. NECESSIDADE DE GARANTIA DA EXECUÇÃO E ANÁLISE DO JUIZ A RESPEITO DA RELEVÂNCIA DA ARGUMENTAÇÃO (FUMUS BONI JURIS) E DA OCORRÊNCIA DE GRAVE DANO DE DIFÍCIL OU INCERTA REPARAÇÃO (PERICULUM IN MORA) PARA A CONCESSÃO DE EFEITO SUSPENSIVO AOS EMBARGOS DO DEVEDOR OPOSTOS EM EXECUÇÃO FISCAL.
1. A previsão no ordenamento jurídico pátrio da regra geral de atribuição de efeito suspensivo aos embargos do devedor somente ocorreu com o advento da Lei n. 8.953, de 13, de dezembro de 1994, que promoveu a reforma do Processo de Execução do Código de Processo Civil de 1973 (Lei n. 5.869, de 11 de janeiro de 1973 – CPC⁄73), nele incluindo o §1º do art. 739, e o inciso I do art. 791.
2. Antes dessa reforma, e inclusive na vigência do Decreto-lei n. 960, de 17 de dezembro de 1938, que disciplinava a cobrança judicial da dívida ativa da Fazenda Pública em todo o território nacional, e do Código de Processo Civil de 1939 (Decreto-lei n. 1.608⁄39), nenhuma lei previa expressamente a atribuição, em regra, de efeitos suspensivos aos embargos do devedor, somente admitindo-os excepcionalmente. Em razão disso, o efeito suspensivo derivava de construção doutrinária que, posteriormente, quando suficientemente amadurecida, culminou no projeto que foi convertido na citada Lei n. 8.953⁄94, conforme o evidencia sua Exposição de Motivos – Mensagem n. 237, de 7 de maio de 1993, DOU de 12.04.1994, Seção II, p. 1696.
3. Sendo assim, resta evidente o equívoco da premissa de que a LEF e a Lei n. 8.212⁄91 adotaram a postura suspensiva dos embargos do devedor antes mesmo de essa postura ter sido adotada expressamente pelo próprio CPC⁄73, com o advento da Lei n. 8.953⁄94, fazendo tábula rasa da história legislativa.
4. Desta feita, à luz de uma interpretação histórica e dos princípios que nortearam as várias reformas nos feitos executivos da Fazenda Pública e no próprio Código de Processo Civil de 1973, mormente a eficácia material do feito executivo a primazia do crédito público sobre o privado e a especialidade das execuções fiscais, é ilógico concluir que a Lei n. 6.830 de 22 de setembro de 1980 – Lei de Execuções Fiscais – LEF e o art. 53, §4º da Lei n. 8.212, de 24 de julho de 1991, foram em algum momento ou são incompatíveis com a ausência de efeito suspensivo aos embargos do devedor. Isto porque quanto ao regime dos embargos do devedor invocavam – com derrogações específicas sempre no sentido de dar maiores garantias ao crédito público – a aplicação subsidiária do disposto no CPC⁄73 que tinha redação dúbia a respeito, admitindo diversas interpretações doutrinárias.
5. Desse modo, tanto a Lei n. 6.830⁄80 – LEF quanto o art. 53, §4º da Lei n. 8.212⁄91 não fizeram a opção por um ou outro regime, isto é, são compatíveis com a atribuição de efeito suspensivo ou não aos embargos do devedor. Por essa razão, não se incompatibilizamcom o art. 739-A do CPC⁄73 (introduzido pela Lei 11.382⁄2006) que condiciona a atribuição de efeitos suspensivos aos embargos do devedor ao cumprimento de três requisitos: apresentação de garantia; verificação pelo juiz da relevância da fundamentação (fumus boni juris) e perigo de dano irreparável ou de difícil reparação (periculum in mora).
6. Em atenção ao princípio da especialidade da LEF, mantido com a reforma do CPC⁄73, a nova redação do art. 736, do CPC dada pela Lei n. 11.382⁄2006 – artigo que dispensa a garantia como condicionante dos embargos – não se aplica às execuções fiscais diante da presença de dispositivo específico, qual seja o art. 16, §1º da Lei n. 6.830⁄80, que exige expressamente a garantia para a apresentação dos embargos à execução fiscal.
7. Muito embora por fundamentos variados – ora fazendo uso da interpretação sistemática da LEF e do CPC⁄73, ora trilhando o inovador caminho da teoria do “Diálogo das Fontes”, ora utilizando-se de interpretação histórica dos dispositivos (o que se faz agora) – essa conclusão tem sido a alcançada pela jurisprudência predominante, conforme ressoam os seguintes precedentes de ambas as Turmas deste Superior Tribunal de Justiça. Pela Primeira Turma: AgRg no Ag 1381229 ⁄ PR, Primeira Turma, Rel. Min. Arnaldo Esteves Lima, julgado em 15.12.2011; AgRg no REsp 1.225.406 ⁄ PR, Primeira Turma, Rel. Min. Hamilton Carvalhido, julgado em 15.02.2011; AgRg no REsp 1.150.534 ⁄ MG, Primeira Turma, Rel. Min. Benedito Gonçalves, julgado em 16.11.2010; AgRg no Ag 1.337.891 ⁄ SC, Primeira Turma, Rel. Min. Luiz Fux, julgado em 16.11.2010; AgRg no REsp 1.103.465 ⁄ RS, Primeira Turma, Rel. Min. Francisco Falcão, julgado em 07.05.2009. Pela Segunda Turma: AgRg nos EDcl no Ag n. 1.389.866⁄PR, Segunda Turma, Rei. Min. Humberto Martins,DJe de 21.9.2011; REsp, n. 1.195.977⁄RS, Segunda Turma, Rei. Min. Mauro Campbell Marques, julgadoem 17⁄08⁄2010; AgRg no Ag n. 1.180.395⁄AL, Segunda Turma, Rei. Min. CastroMeira, DJe 26.2.2010; REsp, n, 1.127.353⁄SC, Segunda Turma, Rei. Min. ElianaCalmon, DJe 20.11.2009; REsp, 1.024.128⁄PR, Segunda Turma, Rei. Min. HermanBenjamin, DJe de 19.12.2008.
8. Superada a linha jurisprudencial em sentido contrário inaugurada pelo REsp. n. 1.178.883 – MG, Primeira Turma, Rel. Min. Teori Albino Zavascki, julgado em 20.10.2011 e seguida pelo AgRg no REsp 1.283.416 ⁄ AL, Primeira Turma, Rel. Min. Napoleão Nunes Maia Filho, julgado em 02.02.2012; e pelo  REsp 1.291.923 ⁄ PR, Primeira Turma, Rel. Min. Benedito Gonçalves, julgado em 01.12.2011.
9. Recurso especial provido. Acórdão submetido ao regime do art. 543-C, do CPC, e da Resolução STJ n. 8⁄2008.
Outra discussão, bastante relevante, diz respeito aos casos em que o devedor adere a programa de parcelamento no curso da execução fiscal. O STJ entende que o parcelamento, assim como qualquer outra causa de suspensão da exigibilidade do crédito tributário posterior ao ajuizamento da execução fiscal, ostenta o condão somente de obstar o curso do feito executivo, e não de extingui-lo (REsp 957.509/RS, 1ª Seção, rel. Min. Luiz Fux). Se a parte pede o parcelamento, está reconhecendo o débito, motivo pelo qual há preclusão lógica a impedir a oposição de embargos. Caso o devedor já tenha oposto embargos, deverá desistir destes para a sua inclusão em parcelamento fiscal, caso em que a Lei dispensará o pagamento de honorários, nos termos do art. 6º, § 1º, da Lei nº 11.941/09.
No que tange ao ponto específico da dispensa de pagamento de honorários, o STJ já entendia, mesmo antes da Lei nº 11.941/09, ao tratar do programa de parcelamento previsto na Lei nº 10.684/2003, que a condenação do embargante desistente ao pagamento de honorários configuraria inadmissível bis in idem, na medida em que já incluído no crédito consolidado um encargo de 20% previsto no Decreto-Lei nº 1.025/69, que inclui as despesas com a cobrança de tributos não-recolhidos e os honorários advocatícios (REsp 1.143.320/RS, Rel. Min. Luiz Fux, 1ª Seção, DJ 21/05/2010). 
Em contrapartida, o aludido Tribunal entende que a desistência dos embargos para aderir ao parcelamento instituído pela Lei nº 11.941/09 excepcionalmente acarreta condenação ao pagamento de honorários advocatícios nas hipóteses em que a execução fiscal for ajuizada pelo INSS, pois não se aplica o encargo de 20% previsto no art. 1º do Decreto-Lei nº 1.025/69 (AgRg no AgRg no Ag 1.223.449/SC, Rel. Min. Castro Meira, 2ª Turma, DJe 04/04/11).
O art. 16, § 3º, da LEF veda a alegação de compensação nos embargos do executado. Contudo, o STJ entende que esse dispositivo impede apenas o pedido de compensação feito após iniciada a execução fiscal. Nesse sentido, a Corte decidiu, sob a sistemática de recursos repetitivos, que é possível a veiculação, como matéria de defesa nos embargos à execução fiscal, da alegação de compensação, total ou parcial, já efetuada à época do ajuizamento da execução, pois se trata de fator que atinge a liquidez e certeza do título executivo (REsp 1.008.343/SP, Rel. Min. Luiz Fux, Primeira Seção, julgado em 9/12/2009). O STJ reconhece a possibilidade de alegação de compensação a partir da Lei nº 8.383/91, que passou a permitir a compensação entre tributos da mesma espécie, sem a necessidade de prévia autorização da Fazenda Nacional. Sobre o tema, diz a Súmula 394 do STJ: “É admissível, em embargos à execução, compensar os valores de imposto de renda retidos indevidamente na fonte com os valores restituídos apurados na declaração anual“.
Recebidos os embargos, a Fazenda deve ser intimada para, em 30 dias, oferecer sua impugnação, sendo designada, em seguida, Audiência de Instrução e Julgamento, se for o caso.
A previsão do § 2º, do art. 16 da LEF. A prova acompanha a petição inicial dos embargos à execução fiscal
§ 3º, do art. 16 da LEF. A Jurisprudência do STJ acolhe a possibilidade do executado se valer da compensação como matéria de mérito nos embargos. Caso dos precatórios: art. 78 do ADCT da Constituição Federal de 1988.
Prazo para a Fazenda Pública se manifestar : 30 dias : art. 17 da LEF.
Legitimidade do terceiro responsável para opor embargos à execução fiscal. 
 Recaindo a penhora sobre bem de responsável não devedor,a defesa eventual se fará por meio de embargos à execução. Se naõ houver vínculo jurídico algum que justifique a penhora de bem de terceiro, este não será havido como parte e poderá defender-se por meio de embargos de terceiro.
Exceção de pré-executividade : O executado dispõe de defesa prejudicial capaz de impedir, de plano, o desenvolvimento válido e regular do processo executivo. De acordo com o art. 618 do CPC, incorre em nulidade o processo de execução quando o credor não dispõe de título executivo, ou este seja ainda, iliquido, incerto ou inexigível. Tal matéria poderá ser alegada em sede de embargos à execução fiscal. Entretanto, a jurisprudência entende não ser esta a única via processual.
Efeitos jurídicos da decisão judicial nos Embargos à Execução Fiscal.
	60 minutos
	
6. Elaboração da Petição de Embargos à Execução Fiscal
	
	
Embargos à Execução Fiscal
Processo Judicial Tributário 
 
pergunta (auxilia a manter o foco da aula)
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