Buscar

Guia_Estagio_Supervisionado_I_-_Completo

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 62 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 62 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 62 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

1Estágio Supervisionado I 
Universidade Federal de Uberlândia
Curso de Pedagogia a Distância
ESTÁGIO SUPERVISIONADO I
Aldecí Cacique Calixto
Geovana Ferreira Melo Teixeira
2 Estágio Supervisionado I
ESTÁGIO SUPERVISIONADO I
CALIXTO, A. C. ; MELO, G. F. Estágio Supervisionado I. Coleção Pedagogia a Distância UFU/UAB. Uberlândia-
MG: Universidade Federal de Uberlândia, Universidade Aberta do Brasil, 2013. 62 p.
SOBRE AS AUTORAS
Geovana Ferreira Melo possui graduação em Pedagogia pela Universidade de Uberaba (1997), mestrado 
em Educação pela Universidade Federal de Uberlândia (2002) e doutorado em Educação pela Universidade 
Federal de Goiás (2007). Atualmente coordena o Curso de Pedagogia da Faculdade de Educação da 
Universidade Federal de Uberlândia, onde atua nos cursos de licenciatura e pós-graduação. Tem experiência 
na área de Educação, com ênfase em Didática, Docência Universitária, Avaliação da Aprendizagem, atuando 
principalmente nos seguintes temas: formação de professores, educação escolar, processos de formação, 
estágio supervisionado e profissionais da educação.
Aldeci Cacique Calixto possui graduação em Pedagogia pela Universidade Federal de Minas Gerais – UFMG 
(1987), mestrado em Educação pela Universidade Federal de Uberlândia – UFU (2001) e doutorado em 
Educação pela Universidade Federal de Uberlândia – UFU com Estágio Científico Avançado na Universidade 
do Minho – Braga, Portugal (2012). Atualmente é professora na Faculdade de Educação da Universidade 
Federal de Uberlândia – UFU onde atua como professora de Didática e Estágio e Prática Educativa. 
Pesquisa docência e dimensões didáticas da prática educativa com especial atenção ao ensino suportado 
por tecnologias contemporâneas de informação e comunicação. 
Tem experiência em diversos contextos de EaD, foi coordenadora adjunta UAB na UFU, coordenadora de 
produção de material didático e de tutoria e professora da disciplina Estágio IV no Curso de Graduação 
em Pedagogia a distância UFU/UAB, coordenadora de tutoria do Curso de Graduação em Administração 
a distância UFU/UAB.
CAPA
http://www.acailandia.ma.gov.br/PrefeituraDeAcailandia/web/sgc/comunicacao/noticias/imagem217.
jpg
3Estágio Supervisionado I 
PRESIDENTE DA REPÚBLICA 
Dilma Vana Rousseff 
MINISTRO DA EDUCAÇÃO 
Aloizio Mercadante Oliva
UNIVERSIDADE ABERTA DO BRASIL 
DIRETORIA DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA/CAPES 
João Carlos Teatini de Souza Clímaco 
UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA - UFU 
REITOR 
Elmiro Santos Resende
VICE-REITOR 
Eduardo Nunes Guimarães
CENTRO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA 
DIRETORA E REPRESENTANTE UAB/UFU 
Maria Teresa Menezes Freitas 
SUPLENTE UAB/UFU 
José Benedito de Almeida Júnior 
FACULDADE DE EDUCAÇÃO - FACED - UFU 
DIRETOR 
Marcelo Soares Pereira da Silva 
CURSO DE PEDAGOGIA A DISTÂNCIA 
COORDENAÇÃO 
Maria Irene Miranda 
COORDENAÇÃO DE PRODUÇÃO DE MATERIAL DIDÁTICO 
Diva Souza Silva 
COORDENAÇÃO DE TUTORIA 
Marisa Pinheiro Mourão 
4 Estágio Supervisionado I
EQUIPE DO CENTRO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA DA UFU - CEaD/UFU 
ASSESSORA DA DIRETORIA 
Sarah Mendonça de Araújo 
EQUIPE MULTIDISCIPLINAR 
Alberto Dumont Alves Oliveira
Dirceu Nogueira de Sales Duarte Júnior
Fabiano Goulart 
Gustavo Bruno do Vale 
João Victor da Silva Alves 
Otaviano Ferreira Guimarães 
SETOR DE FORMAÇÃO CONTINUADA 
Marisa Pinheiro Mourão 
EQUIPE DO CURSO DE PEDAGOGIA 
SECRETÁRIA 
Patrícia Cardoso Rocha 
APOIO PEDAGÓGICO 
Alícia Felisbino Ramos
Ana Rafaella Ferreira Ramos 
Giseli Vale Gatti
Maria Helena Cicci Romero 
REVISORA 
Carina Diniz Nascimento 
EQUIPE DE ESTAGIÁRIOS CEAD E CURSO DE PEDAGOGIA
5Estágio Supervisionado I 
SUMÁRIO 5
FIGURAS 7
ANEXOS 7
INTRODUÇÃO 8
PLANO DE CURSO 9
INFORMAÇÕES 11
AGENDA 12
SUMÁRIO MENSAL 15
Módulo 1 – Atuação do pedagogo e o estágio no Curso de Pedagogia 15
I. ORIENTAÇÕES SOBRE O ESTÁGIO 15
II – TEXTO BÁSICO 16
III. VÍDEO DE APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA 21
IV. ATIVIDADE DO TEXTO BÁSICO 21
V. LEITURA COMPLEMENTAR 21
VI. VÍDEO BÁSICO - ATUAÇÃO DE PEDAGOGO 22
VII. VISITA ORIENTADA 22
VIII. ENTREVISTA COM PEDAGOGO 22
IX. SÍNTESE DO MÓDULO 22
X - BIBLIOGRAFIA ADICIONAL COMENTADA 22
XI. REFERÊNCIAS 23
SUMÁRIO MENSAL 25
MÓDULO 2 – A proposta de Estágio no contexto escolar 25
I. TEXTO BÁSICO 26
II. ATIVIDADE DO TEXTO BÁSICO 27
III. LEITURA COMPLEMENTAR 28
IV. ATIVIDADES DA LEITURA COMPLEMENTAR 28
V. VÍDEO SOBRE FUNÇÕES DO PEDAGOGO 28
VI. ATIVIDADE PRÁTICA - OBSERVAÇÃO DA ESCOLA 29
VII. ATIVIDADE PRÁTICA - ENTREVISTA COM MEMBRO DA 29
VIII. SÍNTESE DO MÓDULO 29
IX. REFERÊNCIAS 30
ANOTAÇÕES 32
SUMÁRIO
6 Estágio Supervisionado I
SUMÁRIO MENSAL 33
MÓDULO 3 – o pedagogo na sala de aula: a complexa formação para a docência 33
I – TEXTO BÁSICO 33
II. LEITURA COMPLEMENTAR 38
III. LEITURA E COMENTÁRIOS SOBRE O PPP DA ESCOLA CAMPO 38
IV. ATIVIDADE PRÁTICA - OBSERVAÇÃO DO PROFESSOR 38
V. ATIVIDADE PRÁTICA - ENTREVISTA COM O PROFESSOR 39
VI. SÍNTESE DO MÓDULO 39
VII. REFERÊNCIAS 40
SUMÁRIO MENSAL 41
MÓDULO 4 – A importância do planejamento para a atuação do pedagogo na escola: o plano de 
trabalho 41
I – TEXTO BÁSICO 44
II. LEITURA COMPLEMENTAR 47
III – FÓRUM SOBRE O VÍDEO GESTÃO ESCOLAR 48
IV – ATIVIDADE PRÁTICA: QUESTIONÁRIO PARA EQUIPE ESCOLAR 48
V - RELATÓRIO DE ESTÁGIO 48
VI - SÍNTESE DO MÓDULO 51
VII - BIBLIOGRAFIA ADICIONAL COMENTADA 51
VIII. REFERÊNCIAS 60
REFERÊNCIAS 62
SUMÁRIO
7Estágio Supervisionado I 
ANEXOS
1. Carta de apresentação do estagiário 
2. Termo de compromisso do estágio 
3. Cronograma de realização do estágio – planejamento das atividades 
4. Controle de frequência 
5. Ficha de avaliação da participação do aluno nas atividades de estágio (pelo diretor ou vice-
diretor ou coordenador pedagógico)
6. Ficha de avaliação do estágio (pelo estagiário)
7. Roteiro de visita orientada a Secretaria Municipal de Educação
8. Roteiro de Entrevista a pedagogo
FIGURAS
FIGURA 1: Equipe 25
FIGURA 2: Reunião dos professores da rede municipal de Tapera 44
8 Estágio Supervisionado I
INTRODUÇÃO
Para ser grande, sê inteiro: nada teu exagera ou exclui.
Sê todo em cada coisa. Põe quanto és no mínimo que fazes
Assim em cada lago a lua toda brilha, porque alta vive.
 
 Ricardo Reis – heterônimo de Fernando Pessoa1
Pensamos que o grande desafio da vida talvez seja esse: o de nos colocarmos nas situações. Quantas vezes 
pensamos ser bem mais fácil deixar que as coisas simplesmente aconteçam? Com este pensamento, nos 
colocamos no lugar de expectadores que admiram o que acontece sem nos deixar atingir. As experiências 
passam por nós em lugar de através de nós. Quanta perda de tempo! Um tempo que não volta!
Nosso primeiro convite ou quem sabe devamos dizer nosso primeiro desafio a você, nosso aluno(a) é 
propor que se coloquem nesta disciplina. Em lugar de realizar as atividades propostas apenas como 
expectadores que se disponham a buscar nelas valor e sentido para suas vidas pessoais e profissionais. 
Sabemos que o conjunto de alunos do Curso de Pedagogia é bastante heterogêneo. Há pessoas que nunca 
se colocaram como docentes em uma sala de aula e também há outros com vasta experiência. Tanto num 
caso quanto noutro o nosso desafio continua vivo. Seja inteiro na experiência desta disciplina! Construa 
para ela um sentido de que vai valer a pena vivenciar o que está proposto. 
Todas as atividades foram pensadas e organizadas tendo em vista o objetivo central da disciplina que é 
“assegurar aos estagiários(as) oportunidades diversificadas de vivência na educação básica, na organização 
e gestão de sistema de ensino e nos projetos educacionais de diversas instituições”. Diferente de outras 
disciplinas, o estágio Supervisionado I é um componente teórico-prático que tem como meta constituir-
se em elemento integrador do currículo de formação. Você cursará 15 horas de atividades curriculares 
teóricas, que irão lhe proporcionar reflexões imprescindíveis à experiência práticade estágio. As atividades 
práticas devem acumular 45 horas. A carga horária total da disciplina Estágio I é de 60 horas.
O Estágio, no contexto desta disciplina, constitui-se como espaço propício à construção da atitude 
investigativa, possibilitando aos alunos dos cursos de formação de professores delinearem caminhos 
que lhes permitam interrogar e intervir em seu cotidiano pedagógico, como profissionais críticos e 
conscientes. Nesta linha de reflexão, a organização curricular dos cursos de formação de professores 
deve trazer em sua concepção, desde o primeiro momento, a preocupação com a unidade da teoria-
prática, procurando consolidar a interação do saber, do saber fazer e do saber ser. Esta reflexão traz em si 
a possibilidade de o futuro professor desenvolver uma práxis criadora na medida em que a vinculação 
entre o pensar e o agir pressupõe espírito crítico e criatividade.
A seguir você terá acesso ao plano da disciplina, o que possibilitará uma maior compreensão a respeito 
dos objetivos, da metodologia, dos conteúdos e da avaliação. Com o auxílio desse guia de estudos, 
organizado em quatro módulos mensais, você terá a possibilidade de compreender melhor as temáticas 
referentes à disciplina Estágio I, que focalizará, principalmente, os pressupostos da gestão escolar, numa 
perspectiva democrática e integradora. Dessa forma, será importante que você participe ativamente de 
todas as propostas, que faça as leituras, realize as atividades do ambiente virtual de aprendizagem, debates, 
participe dos fóruns, visite as escolas lembrando que poderá sempre contar com toda a equipe do curso.
Desejamos a todos e todas um excelente trabalho!
Aldeci e Geovana
1 Poema original do livro Odes de Ricardo Reis, também encontrado no livro Obra Poética – Rio de Janeiro: Aguilar, 1972, 
p. 289 e no livro Poemas de Ricardo Reis – Virginia: 1992, Comunicação, p.74)
9Estágio Supervisionado I 
PLANO DE CURSO
Caros(as) estudantes, sejam bem-vindos(as) ao espaço de nossa disciplina. O êxito dependerá 
de cada um de nós, no sentido de fazermos com que esse espaço seja de construção, troca 
de experiências e interação. Acreditamos que o trabalho desenvolvido será fundamental para 
que você possa compreender melhor o cotidiano da escola, além da relação indissociável 
entre teoria e prática.
A seguir você conhecerá o plano de disciplina. Observe atentamente todos os componentes desse plano, 
principalmente, os objetivos que deveremos alcançar ao longo de nosso trabalho nesse semestre.
Ementa
Aprofundamento teórico-prático na compreensão e análise da realidade da escola de educação básica. 
Construção de diagnóstico sobre a realidade do ensino nos anos iniciais do ensino fundamental e da 
gestão escolar – supervisão, orientação, administração e inspeção escolar da escola de educação básica.
Justificativa
O estágio supervisionado representa uma oportunidade de aproximação entre o processo acadêmico de 
formação dos profissionais da educação e as instituições de educação básica. Nesse sentido, esta discip-
lina tem sua relevância como processo dinâmico em que o aluno, por meio da iniciação profissional, tem 
possibilidade de integrar os fundamentos teórico-metodológicos para problematizar a prática educativa, 
propor e desenvolver ações que possam responder as exigências da realidade escolar.
Objetivo geral
Assegurar aos estagiários(as) oportunidades diversificadas de vivência na educação básica, na organização 
e gestão de sistema de ensino e nos projetos educacionais de diversas instituições.
Objetivos específicos
• Analisar a importância do estágio na formação de educadores.
• Compreender as possibilidades de atuação do pedagogo em espaços educacionais escolares e 
não escolares.
• Articular a atividade educacional nas diferentes formas de gestão educacional: na organização do 
trabalho pedagógico escolar, no planejamento, execução e avaliação de propostas pedagógicas 
da escola nos processos educativos.
• Observar, participar, problematizar e questionar a prática pedagógica vivenciada no que se refere 
à gestão escolar, utilizando como parâmetros as aprendizagens das várias disciplinas do curso.
• Analisar o Projeto Político Pedagógico da escola à luz dos referenciais teóricos já estudados no 
10Estágio Supervisionado I 
curso.
• Discutir a importância do planejamento para a prática do pedagogo.
• Analisar aspectos do plano de trabalho do pedagogo na escola.
Metodologia
O Estágio Supervisionado I tem caráter teórico-prático, portanto, serão utilizados diferentes recursos 
para o desenvolvimento dos conteúdos: visitas orientadas a diferentes espaços de atuação do pedagogo; 
produção de textos reflexivos; pesquisa, problematização da realidade escolar; entrevistas; ambiente 
virtual de aprendizagem; visitas a sites indicados; participação em fóruns de discussão e chats.
Avaliação
A avaliação será numa abordagem formativa, com ênfase nos aspectos qualitativos da aprendizagem. 
Serão utilizados diferentes instrumentos. São atribuídos 20 pontos a atividades teóricas específicas desen-
volvidas no ambiente virtual, 10 pontos a atividade prática no ambiente virtual e 70 pontos a apresenta-
ção presencial e ao relatório escrito. 
Módulo 1 – Atuação do pedagogo e o estágio no Curso de Pedagogia 
1.1 Orientações Gerais do estágio
1.2 Diversas instâncias educativas: ONGs, escolas, SRE, SME, unidades de capacitação profissional, 
programas educativos, organizações sociais. 
1.3 Práticas pedagógicas em contextos escolares e não escolares
Módulo 2 – A proposta de Estágio no contexto escolar
2.1 O trabalho e propostas de atuação do pedagogo (professor, supervisor, orientador educacional, 
inspetor, diretor)
2.2 As atividades desenvolvidas pelo pedagogo em escolas de educação infantil, ensino funda-
mental e ensino médio 
2.3 A importância do planejamento na prática do pedagogo
Módulo 3 – O pedagogo na sala de aula: a complexa formação para a docência
3.1 Saberes docentes e reflexão sobre prática
3.2 Reflexão sobre e na prática com condição de atuação do docente
Módulo 4 – O pedagogo e a gestão escolar
4.1 Gestão democrática: O papel da equipe pedagógica no desenvolvimento de uma proposta edu-
cacional coletiva nos processos educativos
4.2 O Projeto Pedagógico como elemento norteador das ações político-pedagógicas da escola
4.3 Fundamentos de gestão escolar
4.4 Decisões democráticas na escola
11Estágio Supervisionado I 
Prezado(a) aluno(a), 
Ao longo deste guia impresso você encontrará alguns “ícones” que lhe ajudará a identificar as atividades.
Fique atento ao significado de cada um deles, isso facilitará a sua leitura e seus estudos.
Destacamos alguns termos no texto do Guia cujos sentidos serão importantes para sua compreensão. 
Para permitir sua iniciativa e pesquisa não criamos um glossário, mas se houver dificuldade interaja no 
Fórum de Dúvidas.
INFORMAÇÕES
12 Estágio Supervisionado I
AGENDA
MÓDULO CONTEÚDO ATIVIDADES TEÓRICAS ATIVIDADES PRÁTICAS
Módulo 1 – 
Atuação do 
pedagogo 
e o estágio 
no Curso de 
Pedagogia
1.1 Orientações Gerais do 
estágio
1.2 Diversas instâncias 
educativas: ONGs, escolas, 
SRE, SME, unidades de 
capacitação profissional, 
programas educativos, 
organizações sociais. 
1.3 Práticas pedagógicas 
em contextos escolares e 
não escolares
Tarefa 1 – Vídeo de 
apresentação da disciplina
Tarefa 2 – Leitura do texto 
básico
Tarefa 3 - Atividade do 
texto básico – Fórum 
expectativas para o 
estágio
Valor: 5 pontos
Tarefa 4 – Leitura do texto 
complementar
Tarefa 5 – Vídeo básico: 
atuação do pedagogo
CH téorica: 4 h
Tarefa 6 - Visita orientada 
Secretaria Municipal de 
Educação. Foco: pesquisar a 
estrutura e funcionamento 
da Secretaria – (RELATÓRIO) 
Tarefa 7 - Entrevista com 
pedagogo que atue em 
espaços não escolares – 
resultado da entrevista 
publicado em vídeo clip 
(usar qualquer programa 
até mesmo ppt)
Valor: 10 pontos 
CH prática: 10h
Módulo 2 – 
A proposta 
de Estágio 
no contexto 
escolar2.1 O trabalho e propostas 
de atuação do pedagogo 
(professor, supervisor, 
orientador educacional, 
inspetor, diretor)
2.2 As atividades 
desenvolvidas pelo 
pedagogo em escolas de 
educação infantil, ensino 
fundamental e ensino 
médio
2.3 A importância do 
planejamento na prática do 
pedagogo
Tarefa 8 - Leitura do texto 
básico
Tarefa 9 - Atividade do 
texto básico – Síntese 
limites e possibilidades do 
planejamento do trabalho 
do pedagogo no campo 
de estágio
Valor: 5 pontos 
Tarefa 10: Leitura do texto 
complementar
Tarefa 11 – Realizar 
atividade da Leitura 
Complementar
Tarefa 12 – Vídeos sobre 
funções do pedagogo
CH téorica: 4 h
Tarefa 13 - Observar o local 
de trabalho bem como as 
tarefas realizadas pelo(s) 
pedagogo(s) na escola. 
(RELATÓRIO)
Tarefa 14- Entrevista 
com membro da equipe 
pedagógica que seja 
pedagogo mas que não 
esteja atuando em sala 
de aula (coordenador 
pedagógico, diretor, 
inspetor, orientador, 
etc) e que se dispuser a 
contribuir com o trabalho 
do estagiário. Foco: 
planejamento do trabalho 
do pedagogo
(RELATÓRIO)
CH prática: 10h
13Estágio Supervisionado I 
AGENDA
Módulo 3 – 
O pedagogo 
na sala 
de aula: a 
complexa 
formação 
para a 
docência 
3.1 Saberes docentes e 
reflexão sobre prática
3.2 Reflexão sobre e na 
prática com condição de 
atuação do docente
Tarefa 15 - Leitura do 
texto básico 
Tarefa 16 - Leitura do 
texto complementar
Tarefa 17 – Leitura e 
Comentários sobre o PPP 
da escola campo
Valor: 10 pontos 
CH téorica: 4 h
Tarefa 18 - Observação 
do professor. Tem o 
objetivo de perceber a 
relação que o professor 
estabelece com a turma, 
se oferece oportunidades 
de experiência entre os 
alunos, se estimula os 
alunos a fazer perguntas, 
responde as perguntas 
dos alunos, permite o 
diálogo e se cria situações 
motivadoras para aguçar 
a curiosidade dos alunos. 
Observar ainda quais os 
recursos utilizados pelo 
professor, como é a aula e 
como se dá o processo de 
ensino aprendizagem.
Tarefa 19 - Após esta 
observação realizar uma 
entrevista semi-estruturada 
com o pedagogo a fim de 
enriquecer o processo de 
observação
CH prática: 15h
14Estágio Supervisionado I 
Módulo 4 – 
O pedagogo 
e a gestão 
escolar
4.1 Gestão democrática: O 
papel da equipe pedagógica 
no desenvolvimento de 
uma proposta educacional 
coletiva nos processos 
educativos
4.2 O Projeto Pedagógico 
como elemento norteador 
das ações político-
pedagógicas da escola
4.3 Fundamentos de gestão 
escolar
4.4 Decisões democráticas 
na escola
Tarefa 20 - Leitura do 
texto básico
Tarefa 21 - Leitura do 
texto complementar
Tarefa 22 – Fórum sobre o 
vídeo Gestão escolar
CH téorica: 3 h
Tarefa 23 - Aplicar um 
questionário a alguns 
membros da equipe 
pedagógica (professor, 
coordenador, diretor, etc) 
que se dispuser a contribuir 
com o trabalho do 
estagiário. Foco: trabalho 
coletivo
Avaliação presencial:
• Apresentação oral do 
relatório
• Entrega do relatório 
escrito 
Valor: 70 pontos 
CH prática: 10h
15Estágio Supervisionado I 
SUMÁRIO MENSAL
Módulo 1 – Atuação do pedagogo e o estágio no Curso de Pedagogia
Conteúdos Básicos do módulo 1
1.1 Orientaçãos Gerais do estágio
1.2 Diversas instâncias educativas: ONGs, escolas, SRE, SME, unidades de capacitação profissional, 
programas educativos, organizações sociais
1.3 Práticas pedagógicas em contextos escolares e não escolares
Objetivos do módulo 1
• Analisar a importância do estágio na formação de educadores.
• Compreender as possibilidades de atuação do pedagogo em espaços educacionais escolares e 
não escolares
Você está iniciando uma etapa muito importante do seu Curso! Ir para a escola e interagir com as pessoas 
que lá convivem é uma oportunidade ímpar para seu crescimento profissional e intelectual. Afinal, a escola 
é um espaço rico de trocas de experiências, permeado pela diversidade, por marcas, contradições, valores 
e uma cultura própria que a identifica ao mesmo tempo, como única e diversa.
Normas de estágio
I. ORIENTAÇÕES SOBRE O ESTÁGIO
Essas normas foram elaboradas com o objetivo de contribuir com o desenvolvimento das atividades de 
estágio. Caberá a você zelar pelo cumprimento delas, no sentido de realizar, da melhor maneira, seu 
trabalho em campo. São elas:
• Entregar relatórios e outros documentos relativos ao estágio ao tutor presencial, ao término de 
cada etapa concluída, nas datas estabelecidas;
• Assumir as atividades dos estágios supervisionados com responsabilidade, zelando pelo nome 
da Universidade e do Curso;
• Comparecer aos campos dos estágios supervisionados e das práticas pedagógicas, pontualmente, 
em dias e horas marcadas, buscando cumprir integralmente os horários designados para as 
diferentes atividades dos estágios supervisionados, observando assiduidade, pontualidade e 
responsabilidade;
• Ter boa apresentação pessoal (usar roupas adequadas) nos locais de realização do estágio 
supervisionado, inclusive identificando-se com o uso do crachá (obrigatório);
• Demonstrar atitudes cordiais junto à equipe de profissionais que trabalha nas instituições 
campos de estágio;
• Manter atitude ético-profissional sobre observações ou conteúdos de documentos e de 
informações confidenciais referentes aos campos de estágio
• Planejar as atividades dos estágios supervisionados, submetendo-as a aprovação do tutor, antes 
de seu desenvolvimento nos campos de estágio;
16Estágio Supervisionado I 
• Comunicar formalmente o professor-orientador, qualquer alteração da situação acadêmica ou 
desistência do estágio por força maior;
• Respeitar e observar os regulamentos e exigências dos campos de estágio, além de zelar pela 
conservação dos materiais, instalações ou equipamentos, nos campos onde se desenvolve os 
estágios supervisionados;
• Avisar, com antecedência, o tutor, bem como o responsável pela instituição concedente, quando 
houver necessidade de faltar ao estágio; 
• Não retirar alunos para fora do espaço físico da instituição concedente sem autorização, por 
escrito, da respectiva direção.
Documentação
Os anexos deste guia estão também no ambiente virtual. Eles contêm vários documentos que precisam 
ser devidamente preenchidos e assinados. Estes documentos fazem parte da avaliação da disciplina e são 
componentes do estágio. Por isso, depois de assinados devem ser encaminhados ao Polo. Os alunos não 
poderão desenvolver as atividades de campo sem entregar a documentação no Polo. O Setor de Estágio 
da UFU aprova todos os termos e nos registros do setor o estágio só poderá ser contado a partir da data 
da documentação.
Anexos
Carta de apresentação do estagiário 
Termo de compromisso do estágio 
Cronograma de realização do estágio – planejamento das atividades 
Controle de frequência 
Ficha de avaliação da participação do aluno nas atividades de estágio (pelo diretor ou vice-diretor ou 
coordenador pedagógico)
Ficha de avaliação do estágio (pelo estagiário)
II – TEXTO BÁSICO
A formação não se constrói por acumulação (de cursos, conhecimentos ou técnicas), mas, 
sim, através de um trabalho reflexibilidade crítica sobre as práticas e de reconstrução 
permanente de uma identidade pessoal
Antônio Nóvoa
A prática pedagógica constitui-se como espaço propício à construção da atitude investigativa, possibilitando 
aos alunos dos cursos de formação de professores delinear caminhos que lhes permitam interrogar e 
intervir em seu cotidiano pedagógico, como profissionais críticos e conscientes. Partimos do pressuposto 
que uma realidade globalizada, numa sociedade tecnológica e multimídia requer uma formação 
educacional capaz de receber e entender criticamente a informação. Tudo acontece num espaço-tempo 
e o mundo, simultaneamente é informado, interage e toma atitudes compatíveis com seus interesses. 
17Estágio Supervisionado I 
Neste movimento, a ética e os valores culturais são constantemente questionados e testados, não existem 
“certezas” prontas e acabadas. A educação, pensada em sua complexidade, deveráser entendida como 
prática social concreta e não como fenômeno abstrato, uma vez que o sistema educacional situa-
se num contexto histórico determinado. A escola não pode existir desconsiderando esta realidade, e, 
nesse sentido, pensar a prática de ensino requer pensar o contexto histórico-social e econômico 
vigente em nossa sociedade. Nesta realidade os determinantes sociais da educação, da ciência e da 
tecnologia confrontam o cotidiano da prática pedagógica configurado em uma sociedade em que tudo se 
transformou o que demanda inevitavelmente a transformação no entendimento do cotidiano escolar. A 
escola não pode permanecer estruturada visando a outros objetivos, alheia ao movimento social.
Pimenta (1997), ao discutir as questões relativas à sociedade da informação e do conhecimento, aponta 
que se torna papel preponderante dos educadores realizarem a mediação entre a sociedade da informação 
e os estudantes, por meio do exercício da reflexão, e, assim, produzir a sabedoria requerida à construção 
do humano. Neste contexto, a sociedade, segundo Pimenta (1997), requer uma educação que consiga 
oferecer uma preparação científica, técnica e social a seus cidadãos. A referida autora pontua que o 
objetivo da escola passa a ser o de proporcionar uma educação que possibilite aos aprendizes explorarem 
os conhecimentos científicos e tecnológicos, buscando desenvolver habilidades para manuseá-los, checá-
los e contextualizá-los, articulando-os em totalidades.
Entretanto, na escola, as práticas tradicionais ainda existem e convivem com discursos progressistas sem, 
aparentemente, provocar grandes constrangimentos. A sociedade contemporânea, entretanto, requer 
profissionais capazes de superar as contradições entre o real e o ideal, com uma formação com bases 
sólidas, envolvendo conhecimentos específicos e pedagógicos, com disposição para enfrentar todos 
os inconvenientes políticos, sociais e econômicos decorrentes da profissão docente e problematizar a 
sociedade, a escola e até mesmo sua própria prática pedagógica, garantindo e conquistando, no interior 
da sociedade capitalista, a condição de sujeitos do seu trabalho (CARVALHO, 2000).
Frente a esses desafios, propomos que a prática pedagógica profissional deva compreender o estágio 
curricular com base na pesquisa. Entendemos que a formação e o desenvolvimento profissional do 
professor precisam romper com as fronteiras entre o local e o global, o específico e o geral, e propor um 
curso cujo sentido recupere a ideia de que a base teórica, que dá sustentação à formação, só pode ser 
construída no âmbito da Universidade, que deve ser o lócus da formação de professores. A Universidade 
não pode furtar- se de sua tarefa de formar professores com base nos pilares que lhe dão sustentação, 
quais sejam: o ensino, a pesquisa e a extensão. O trabalho aqui desenvolvido tem como pressuposto uma 
formação inicial pautada na relação indissociável entre teoria e prática, tendo a pesquisa como o eixo 
balizador de todo esse processo de formação.
Os profissionais em formação precisam construir diferentes saberes para que possam atuar de modo a 
contribuir com os processos educativos de crianças, jovens e adultos. Pimenta (2000, p. 17), ressalta a 
importância “de ressignificar os processos formativos a partir da reconsideração dos saberes necessários à 
docência, colocando a prática pedagógica e docente escolar como objeto de análise”. O fazer e o aprender 
docentes demandam investimento em situações educativas planejadas e consistentes, caracterizadas por 
uma postura crítica e criativa que valorizem os atos de escutar, participar, construir e intervir numa dada 
realidade educativa nos espaços escolares e não escolares.
Nessa perspectiva, o estágio supervisionado caracteriza-se por ser uma atividade de caráter teórico-prático 
e, ao aproximar o aprendiz-professor da realidade concreta, futuro campo profissional, precisa oferecer 
condições para que os diferentes saberes aprendidos revertam-se em capacidades específicas no exercício 
docente. Habilidades como: autonomia intelectual, domínio dos conteúdos e de metodologias de ensino, 
repertório cultural diversificado, visão ética e política da prática profissional, respeito intelectual e pessoal 
pelos alunos e outras mais adequadas às singularidades da prática, tornando esse aprendiz-professor 
sujeito responsável por suas escolhas quanto a própria formação continuada e tipo de prática pedagógica 
que desenvolverá como profissional (CASTRO, 2002, p.49-50).
18 Estágio Supervisionado I
A prática educativa requer dos profissionais uma compreensão mais ampla desse contexto complexo que é 
o sistema educacional, com suas contradições, marcas, valores, culturas. O conhecimento e a interpretação 
dessa realidade tornam-se imprescindíveis, devendo ser o ponto de partida dos cursos que formam 
professores. Dessa forma,
O estágio, então, deixa de ser considerado apenas um dos componentes e mesmo um 
apêndice do currículo e passa a integrar o corpo de conhecimentos do curso de formação 
de professores. Poderá permear todas as suas disciplinas, além de seu espaço específico 
de análise e síntese ao final do curso. Cabe-lhe desenvolver atividade que possibilitem o 
conhecimento, a análise, a reflexão do trabalho docente, das ações docentes, nas 
instituições, a fim de compreendê-las em sua historicidade, identificar seus resultados, 
os impasses que apresenta, as dificuldades (PIMENTA; LIMA, 2004, p. 55).
De acordo com as referidas autoras, o estágio caracteriza-se como um campo fértil para o desenvolvimento 
da pesquisa. A atividade investigativa, como instrumento de ação pedagógica nas atividades de prática de 
ensino, representa um dos caminhos possíveis para a construção dos saberes docentes requeridos à prática 
pedagógica a ser desenvolvida na sociedade contemporânea, considerando o sentido da investigação 
como:
vontade de compreender, de elucidar, de descobrir mecanismos ocultos, causas, 
interdependências, aventura intelectual, adaptação de métodos de observação 
e de análise, confronto de pontos de vista, identificação e resolução de conflitos 
sociocognitivos (CASTRO, 2002, p.52.)
A prática de ensino exercerá um movimento contínuo rumo à produção dos saberes tão salutares à 
profissão docente, considerando que estes saberes também são dialéticos. Enquanto formadoras de 
professores, algumas indagações nos assolam constantemente, quais sejam: como o espaço-tempo de 
formação inicial poderá responder à demanda de formação de um profissional capaz de pensar e alterar 
significativamente a sua prática pedagógica, visando a resistência e a superação desta sociedade em que a 
exploração do homem pelo homem está cada vez mais acirrada? Qual o papel das instituições formadoras 
de professores, mais precisamente de pedagogos numa sociedade globalizada, da ciência e da tecnologia? 
Há espaço de atuação do pedagogo nesta sociedade?
Estas questões, de cunho geral, são ponto de partida para uma reflexão sobre a condução que a instituição 
formadora pretende dar ao seu curso de formação de professores. Para este estudo coloca-se como 
problemática a ser respondida: o estágio supervisionado, entendido como prática de pesquisa, poderá 
contribuir com o aprimoramento da qualidade na formação do pedagogo? O que significa ser professor? 
O desenvolvimento desta prática na escola-campo poderá contribuir com a ampliação do aproveitamento 
escolar de seus alunos? Quais poderão ser as contribuições dos estagiários no seu desenvolvimento 
cotidiano da escola campo de estágio?
Historicamente o estágio supervisionado e a prática de ensino, desenvolvidos pelos alunos do Curso de 
Pedagogia da Universidade Federal de Uberlândia (UFU), os levam a participar da prática escolar presente 
na instituição campo de estágio, porém não interferem no seu cotidiano, pois, o modelo utilizado para 
a sua realização não gera envolvimentodesta natureza. Ao refletirmos sobre a experiência profissional 
com turmas anteriores, nos deparamos com inúmeras situações que demandavam uma interferência 
imediata e a abordagem de trabalho não nos permitia interferir no cotidiano observado, deixando as 
ansiedades e os problemas enfrentados nas instituições se prolongarem, resultando em mais uma entre 
muitas experiências escolares negativas.
O espaço/tempo existente entre o levantamento de dados, análise e devolutiva para as instituições era 
muito longo, não possibilitavam uma reflexão coletiva e retomada simultânea nas ações desenvolvidas no 
cotidiano escolar. As atividades de estágio supervisionado restringiam-se à fase de identificação e análise 
da realidade escolar, e, em alguns casos, foram elaborados projetos de curta duração para contribuir com 
a instituição escolar, campo de estágio. Este modelo de estágio representa o modelo tradicional, baseado 
19Estágio Supervisionado I 
na prática instrumental, em que cabe aos alunos aprender o maior número possível de experiências 
práticas que os instrumentalize para o exercício da profissão. Além disso, a forma como estas atividades 
ficam organizadas, não gera um compromisso entre as duas instituições: a formadora e a receptora do 
aluno estagiário. Esta prática gera uma instabilidade nos referidos campos, pois, pela ausência de trabalho 
coletivo entre as duas, no final de cada ano letivo, cada uma faz a avaliação da experiência e resolvem 
sobre a permanência ou não da escola-campo como colaboradora. Assim, não há o estabelecimento de 
ações em longo prazo que possam contribuir com os trabalhos de ambas as instituições.
Diante desta realidade é que tivemos a pretensão de construir uma nova perspectiva para o estágio 
supervisionado no Curso de Pedagogia da UFU, no sentido de envolver diretamente o estagiário no cotidiano 
escolar com o intuito de analisar e compreender a realidade da escola-campo; pensar sistematicamente 
esta realidade e, ainda, elaborar ações que contribuam com a escola para auxiliar na superação delas. 
Desta forma, não se trata de apenas conhecer o campo e elencar suas dificuldades, mas de comprometer-
se com a instituição no processo de pensar e desencadear ações que venham superar as dificuldades 
encontradas.
A prática pedagógica representa o ponto de partida para a teoria, para sistematizar novos conceitos e 
para compreender e decodificar a realidade vivenciada. Isso supõe um movimento de análise e tomada 
de decisões em processo, beneficiando-se do trabalho coletivo e da gestão democrática, como espaço 
e objeto de questionamento sempre mediado pela teoria. Situa-se como um processo de investigação/
explicação de uma determinada realidade educacional e pedagógica, quer seja em espaços educativos 
formais ou não formais. Seu objetivo é desenvolver no futuro professor a habilidade de refletir sobre a 
organização do trabalho pedagógico da escola, problematizá-lo, compreendê-lo e sistematizar projetos de 
intervenção.
Há necessidade que se invista na formação de um profissional com ampla formação teórica e prática, 
um profissional da práxis, com conhecimentos específicos e pedagógicos que o possibilite perceber a 
dimensão da totalidade e de movimento da ação educativa, para numa postura crítica assumir as novas 
práticas pedagógicas sólidas respaldadas teoricamente, contribuindo assim com a produção de uma 
ciência pedagógica.
Partilhamos da concepção de que o estágio é uma “atividade prática, mas teórica, instrumentalizadora 
da práxis docente, entendida esta como atividade teórica de conhecimento, fundamentação, diálogo e 
intervenção, esta, sim, objeto da práxis” (PIMENTA, 2004, p.45). É importante ressaltar que o estágio 
de supervisionado deva ser entendido como um momento de integração entre teoria e prática. Nesse 
sentido, teoria e prática são consideradas como eixo articulador do currículo de formação do educador, 
que tem por base uma concepção sócio histórica da educação. Pois,
o papel das teorias é iluminar e oferecer instrumentos e esquemas para análise 
investigação que permitam questionar as práticas institucionalizadas e as ações dos 
sujeitos e, ao mesmo tempo, colocar elas próprias em questionamento, uma vez que as 
teorias são explicações sempre provisórias da realidade (PIMENTA, 2004, p.43).
A prática pedagógica e o estágio representam o ponto de partida para a teoria, para sistematizar novos 
conceitos e para compreender e decodificar a realidade vivenciada. Isso supõe um movimento de análise 
e tomada de decisões em processo, beneficiando-se do trabalho coletivo e da gestão democrática, 
como espaço e objeto de questionamento sempre mediado pela teoria. Situa-se como um processo de 
investigação/ explicação de uma determinada realidade educacional e pedagógica, quer seja em espaços 
educativos formais ou não formais. Seu objetivo é desenvolver no futuro professor a habilidade de refletir 
sobre a organização do trabalho pedagógico da escola, problematizá-lo, compreendê-lo e sistematizar 
projetos de intervenção, o que requer um movimento de estudo e de pesquisa. Assumimos com Freire 
(1996) que “não há ensino sem pesquisa e pesquisa sem ensino. Esses que-fazeres se encontram um no 
corpo do outro”. Freire ainda ressalta que o ser pesquisador não é uma qualidade do ser professor, pois 
fazem parte da natureza da prática docente a indagação, a busca, a pesquisa. “O de que se precisa é que, 
20 Estágio Supervisionado I
em sua formação permanente, o professor se perceba e se assuma, porque professor, como pesquisador” 
(Freire, 1996, p. 32). Nesse sentido, a pesquisa é aqui entendida como princípio formativo que contribui, 
sobremaneira, para que os futuros profissionais possam compreender melhor a realidade em que irão 
atuar. É importante ressaltar que o estágio curricular deve ser entendido como um momento de integração 
entre teoria e prática. Nesse sentido, teoria e prática são consideradas como eixo articulador do currículo 
de formação do professor, que tem por base uma concepção sócio-histórica da educação.
Assim, os projetos de trabalho engendram uma forma viável de romper com a histórica fragmentação dos 
currículos e a dicotomia entre teoria e prática, favorecendo, portanto, uma formação integral do professor 
como profissional capaz de exercer:
uma educação crítica e transformadora, deve-se também reafirmar a construção 
da concepção sócio-histórica de educador, concepção profissional de caráter amplo, 
com pleno domínio e compreensão da realidade do seu tempo, com uma consciência 
crítica que lhe permita interferir e transformar as condições da escola, da educação e da 
sociedade... (ANFOPE, 2000, p. 9).
A formação do professor implica o domínio do conhecimento específico de sua área, articulado com o 
conhecimento pedagógico (saber-fazer), numa perspectiva de totalidade do conhecimento historicamente 
produzido, sendo capaz de atuar de modo decisivo como agente de transformação do contexto em que 
está inserido (saber-ser).
É evidente a necessidade de que os cursos de formação inicial de professores ofereçam a formação de 
um profissional que, a partir do todo em que se constitui a organização do trabalho pedagógico coletivo, 
seja capaz de atuar na docência e na gestão do fazer pedagógico, o que inclui, dentre outras atribuições, 
o planejamento, execução e avaliação dos sistemas e projetos educacionais.
Entendemos que a prática de ensino e o estágio curricular, na formação de professores, deva envolver 
os processos de observação, reflexão crítica sobre a realidade (escola campo de estágio) e organização 
de ações que visem à intervenção nessa realidade. Tais características assemelham-se à postura de um 
pesquisador, capaz de problematizar o contexto no qual sua prática está inserida, levantando hipóteses, 
buscando referenciais teórico-metodológicos que iluminem seu olhar para o objeto em questão: a escola 
em sua totalidade.
Aguçando os sentidos: o olhar atento e a escuta sensívelO ponto de partida para o desenvolvimento dessa proposta de estágio é o trabalho de recuperar a história 
da instituição escolar, seus processos de mudança, rupturas, a dimensão pedagógica, a relação com a 
legislação vigente, aspectos do espaço físico, ou seja, elementos que nortearão a fase de levantamento 
dos problemas. Todos esses procedimentos requerem do professor em formação um olhar atento e uma 
escuta sensível para poder captar o máximo de detalhes que estão presentes na intrincada teia de relações 
que se estabelecem dentro da escola. O cotidiano escolar é um espaço de múltiplas relações que precisa 
ser analisado para que possa ser bem compreendido, o que não é tarefa simples, pelo contrário requer 
uma série de saberes, conforme explicitam Pimenta e Lima:
A formação passa sempre pela mobilização de vários tipos de saberes: saberes de 
uma prática reflexiva, saberes de uma teoria especializada, saberes de uma militância 
pedagógica, o que coloca os elementos para produzir a profissão docente, dotando-a 
de saberes específicos que não são únicos, no sentido de que não compõem um corpo 
acabado de conhecimentos, pois os problemas da prática profissional docente não são 
meramente instrumentais, mas comportam situações problemáticas que requerem 
decisões num terreno de grande complexidade, incerteza, singularidade e de conflito de 
valores (PIMENTA; LIMA, 2004, p.68).
Nessa perspectiva, compreendemos que os projetos de trabalho configuram-se uma proposta enriquecedora 
dos processos formativos, uma vez que se referem à ideia de que, ao partir de uma situação problema, é 
possível proporcionar experiências de aprendizagens que estejam vinculadas ao mundo externo à escola, 
21Estágio Supervisionado I 
além de buscar novos conhecimentos e estabelecer relações com as aprendizagens que já possui.
De acordo com Hernández (1998a, p. 28), “levamos em consideração as contribuições da pesquisa 
sociocultural, que enfatizou o valor que possui a criação de um modelo de participação e de interação para 
o favorecimento da aprendizagem, não apenas entre os alunos, mas na comunidade.” O autor ressalta 
a relevância de situações pedagógicas que conduzam os professores em formação a desenvolverem o 
senso crítico e terem visões de mundo capazes de levá-los a compreenderem valores e grupos que foram 
legitimados e/ou excluídos na cultura, da qual os conhecimentos veiculados pela escola tiveram origem. 
Hernández (1998a, p. 27) nos lembra que os projetos de trabalho devem ser associados a uma concepção 
de ensino, não como uma metodologia. Desta forma, não há um único caminho a seguir, mas o que existe, 
segundo o autor, são alguns pressupostos que atribuem uma caracterização dos projetos de trabalho.
Além disso, é importante destacar que, na realização dos estágios, “o diálogo pedagógico é o principal eixo 
do projeto, no qual o papel do professor orientador de estágios é problematizar e possibilitar situações 
para a aprendizagem, de modo que os estagiários possam ir construindo seu conhecimento” (PIMENTA; 
LIMA,2004, p. 228).
Diante dessa reconfiguração de prática pedagógica, é possível desconstruir a ideia, ainda arraigada, de 
que o estágio é uma tarefa burocrática, que passa apenas pela determinação de uma carga horária a ser 
cumprida e extensos relatórios sem fundamento.
III. VÍDEO DE APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
Prezado(a) aluno(a),
Preparamos uma apresentação breve da disciplina para que você e seus colegas possam entender melhor 
a proposta do estágio e tenham uma visão geral do trabalho proposto para a disciplina. O vídeo está 
indicado na tarefa 1 do ambiente virtual. 
IV. ATIVIDADE DO TEXTO BÁSICO
Prezado(a) aluno(a),
Na leitura do texto básico deste módulo tencionamos promover a compreensão da importância do estágio 
em sua formação, a relação indissociável entre teoria e prática, além de refletir sobre questões referentes 
à outros espaços de atuação do pedagogo. Após a leitura atenta do texto, participe do Fórum expectativas 
para o estágio. Para maiores detalhes acesse a tarefa 3 do ambiente virtual.
Valor: 5,0 pontos
V. LEITURA COMPLEMENTAR
Prezado(a) aluno(a),
Indicamos como leitura complementar dois textos, chamamos atenção para o fato de que o segundo 
texto foi produzido por alunos do curso de Pedagogia. Nossa escolha por este texto tem a intenção de 
indicar aos alunos nossa confiança em sua capacidade em produzir textos acadêmicos. Fica nossa palavra 
de estímulo aos nossos alunos para que também se sinta estimulados a produzir também. O endereço 
eletrônico para os textos estão na tarefa 4 do ambiente virtual. 
a) MOURA, Terciana Vidal Moura. O estágio supervisionado, universidade e educação básica: 
uma articulação necessária à construção da identidade e saberes docentes. Anais do VI Colóquio 
Internacional Educação e Contemporaneidade. São Cristóvão/SE – 20 a 22 set de 2012. Disponível 
em: http://www.educonufs.com.br/cdvicoloquio/eixo_02/PDF/128.pdf . Acesso em 22 jul de 
2013. 
22 Estágio Supervisionado I
X - BIBLIOGRAFIA ADICIONAL COMENTADA
VI. VÍDEO BÁSICO - ATUAÇÃO DE PEDAGOGO
Prezado(a) aluno(a),
No ambiente virtual de aprendizagem, tarefa 5 você encontrará o endereço eletrônico para um vídeo que 
apresenta a atuação do pedagogo em processos educativos dentro do contexto hospitalar. Trata-se de 
trabalho elaborado por alunos de Curso de Pedagogia. Pensamos ser interessante colocar este e não outro 
vídeo para mais uma vez dizer da nossa aposta no potencial dos alunos em fazer coisas muito boas. Este 
vídeo traz textos muito longos sugerimos aperfeiçoar este aspecto quando na elaboração do seu trabalho 
sobre a entrevista com pedagogo proposta na tarefa 7. Então mãos a obra!
VII. VISITA ORIENTADA
Prezado(a) aluno(a),
Visita orientada Secretaria Municipal de Educação. Foco: pesquisar a estrutura e funcionamento da 
Secretaria. O roteiro desta visita poderá ser encontrado no anexo 7 deste Guia. Também está no ambiente 
virtual de aprendizagem – tarefa 6. Vale lembrar que o resultado desta atividade fará parte do relatório 
total final cujo valor é de 70 pontos.
VIII. ENTREVISTA COM PEDAGOGO 
b) NASCIMENTO, Aretha Soares. A atuação do pedagogo em espaços não escolares: desafios 
e possibilidades. Pedagogia em Ação. Belo Horizonte. v. 2, n. 1, p. 1-103, fev./jun. 2010. pp.61-65. 
Disponível em http://periodicos.pucminas.br/index.php/pedagogiacao/article/view/4481/4606. 
Acesso em 17 jul 2013. 
Prezado(a) aluno(a),
A proposta desta atividade é realizar uma entrevista com um pedagogo que atue em espaços não escolares 
– o resultado da entrevista publicado em clip (usar qualquer programa até mesmo ppt). O roteiro de 
entrevista pode ser encontrado no anexo 8 deste guia ou no ambiente virtual tarefa 7. Solicitamos que seja 
feita a leitura das orientações no ambiente virtual. 
Valor: 10 pontos
IX. SÍNTESE DO MÓDULO 
Nesse módulo de Estágio I você teve a oportunidade de compreender a importância do estágio como 
espaço propício à construção da atitude investigativa, possibilitando aos alunos dos cursos de formação de 
professores delinearem caminhos que lhes permitam interrogar e intervir em seu cotidiano pedagógico, 
como profissionais críticos e conscientes. Além disso, foram apresentadas as possibilidades de atuação do 
pedagogo em espaços não escolares, de forma a desenvolver uma prática pedagógica capaz de contribuir 
com o desenvolvimento de processos educativos não formais.
SILVA, L. C.; MIRANDA, M.I. Estágio Supervisionado e Prática de Ensino: desafios e possibilidades. 
Araraquara:unqueira e Marin, 2008.
O livro apresenta experiências e práticas vivenciadas e refletidas sobre o estágio, no sentido de possibilitar 
maior compreensão sobre a formação de educadores.
23Estágio Supervisionado I 
XI. REFERÊNCIAS
FREIRE, P. Pedagogia da Autonomia: saberes necessários à prática educativa. 21. ed. São Paulo: Paz e 
Terra, 1996.
GHEDIN, E. Professor reflexivo: da alienação da técnica à autonomia da crítica. In: PIMENTA, S. G. eGHEDIN,E. (Org.). Professor Reflexivo no Brasil. São Paulo: Cortez, 2002. p. 129-150.
HERNÁNDEZ, F. Repensar a função da Escola a partir dos Projetos de Trabalho. Revista Pátio. Ano II, n. 6, 
p.26-31, ago/out. 1998a.
 _____ . Transgressão e Mudança na Educação: os projetos de trabalho. Tradução de Jussara H. Rodrigues, 
Porto Alegre: ArtMed, 1998b.
KULSCAR, R. O estágio supervisionado como atividade integradora. In. PICONEZ, S. (Org.). A prática de 
ensino e o estágio supervisionado. Campinas: Papirus, 1991. p. 63-74.
LIBÂNEO, J. C. Reflexividade e Formação de Professores: outra oscilação do pensamento pedagógico 
brasileiro? In: PIMENTA, S. G. e GHEDIN, E. (Org.). Professor Reflexivo no Brasil. São Paulo: Cortez, 2002. 
p. 53-80.
PETITAT, A. Produção da Escola/Produção da Sociedade. Tradução de Eunice Gruman. Porto Alegre: Artes 
Médicas, 1994.
PIMENTA, S. G.; GHEDIN, E. (Org.). Professor Reflexivo no Brasil. São Paulo: Cortez, 2002.
PIMENTA, S. G.; LIMA, M. S. L. Estágio e Docência. São Paulo: Cortez, 2004. (Coleção Docência em 
Formação: Série Saberes Pedagógicos).
SÁ-CHAVES, I. Informação, formação e globalização: novos ou velhos paradigmas. In: ALARCÃO I. 
(Org.).Escola Reflexiva e nova racionalidade. Porto Alegre: ArtMed, 2001.
TEIXEIRA, G. F. Melo. Estágio na formação inicial de professores: aguçando o olhar, desenvolvendo a 
escuta sensível. In: SILVA, L. C.; MIRANDA, M.I. Estágio Supervisionado e Prática de Ensino: desafios e 
possibilidades. São Paulo: Junqueira e Marin, 2008. p. 85-114.
FREIRE, P. Pedagogia da Autonomia: saberes necessários à prática educativa. 21. ed. São Paulo: Paz e 
Terra, 1996.
GHEDIN, E. Professor reflexivo: da alienação da técnica à autonomia da crítica. In: PIMENTA, S. G. e 
GHEDIN,E. (Org.). Professor Reflexivo no Brasil. São Paulo: Cortez, 2002. p. 129-150.
HERNÁNDEZ, F. Repensar a função da Escola a partir dos Projetos de Trabalho. Revista Pátio. Ano II, n. 6, 
p.26-31, ago/out. 1998a.
 _____ . Transgressão e Mudança na Educação: os projetos de trabalho. Tradução de Jussara H. Rodrigues, 
Porto Alegre: ArtMed, 1998b.
KULSCAR, R. O estágio supervisionado como atividade integradora. In. PICONEZ, S. (Org.). A prática de 
ensino e o estágio supervisionado. Campinas: Papirus, 1991. p. 63-74.
24 Estágio Supervisionado I
LIBÂNEO, J. C. Reflexividade e Formação de Professores: outra oscilação do pensamento pedagógico 
brasileiro? In: PIMENTA, S. G. e GHEDIN, E. (Org.). Professor Reflexivo no Brasil. São Paulo: Cortez, 2002. 
p. 53-80.
PETITAT, A. Produção da Escola/Produção da Sociedade. Tradução de Eunice Gruman. Porto Alegre: Artes 
Médicas, 1994.
PIMENTA, S. G.; GHEDIN, E. (Org.). Professor Reflexivo no Brasil. São Paulo: Cortez, 2002.
PIMENTA, S. G.; LIMA, M. S. L. Estágio e Docência. São Paulo: Cortez, 2004. (Coleção Docência em 
Formação: Série Saberes Pedagógicos).
SÁ-CHAVES, I. Informação, formação e globalização: novos ou velhos paradigmas. In: ALARCÃO I. 
(Org.).Escola Reflexiva e nova racionalidade. Porto Alegre: ArtMed, 2001.
TEIXEIRA, G. F. Melo. Estágio na formação inicial de professores: aguçando o olhar, desenvolvendo a 
escuta sensível. In: SILVA, L. C.; MIRANDA, M.I. Estágio Supervisionado e Prática de Ensino: desafios e 
possibilidades. São Paulo: Junqueira e Marin, 2008. p. 85-114.
25Estágio Supervisionado I 
SUMÁRIO MENSAL 
MÓDULO 2 – A proposta de Estágio no contexto escolar
FIGURA 1: Equipe
Fonte: http://www.sxc.hu/photo/925147
Neste módulo trabalharemos as atividades referentes ao papel da equipe pedagógica no desenvolvimento 
de uma proposta educacional coletiva nos processos educativos. A análise do referencial teórico a respeito 
dessa temática contribuirá para que você amplie sua compreensão a respeito das atividades desenvolvidas 
pelo pedagogo em escolas de educação infantil, ensino fundamental e ensino médio, além de analisar o 
papel do pedagogo como gestor escolar.
Conteúdos Básicos
2.1 O trabalho e propostas de atuação do pedagogo (professor, supervisor, orientador educacional, 
inspetor, diretor)
2.2 As atividades desenvolvidas pelo pedagogo em escolas de educação infantil, ensino 
fundamental e ensino médio 
2.3 A importância do planejamento na prática do pedagogo
Objetivos do módulo
• Articular a atividade educacional na organização do trabalho pedagógico escolar, no planejamento, 
execução e avaliação de propostas pedagógicas da escola nos processos educativos.
• Observar, participar, problematizar e questionar a prática pedagógica vivenciada no que se refere 
aos parâmetros e as aprendizagens das várias disciplinas do curso.
• Discutir a formação, atuação e o plano de trabalho do pedagogo na escola.
26 Estágio Supervisionado I
A importância do planejamento para a atuação do pedagogo na escola
O planejamento só é ético quando visa um crescimento que possa se traduzir em melhor 
qualidade da vida coletiva, um cenário melhor para a vida de todos, e só é democrático 
quando procura incorporar todos os envolvidos no processo de planejar. (CARAMEZ, 
S/D).
Disponível em:
http://www.mensagensbrasil.com.br/frase-de-joao_caramez-7202.html.
Acesso:10/01/1.
O pedagogo é um profissional que ocupa amplo espaço na organização do trabalho pedagógico, onde 
tem a função de articulador entre as intenções e ações que ocorrem no âmbito da escola. Além disso, o 
pedagogo é o mediador do processo de ensino-aprendizagem de forma a assegurar a melhoria crescente 
da qualidade da educação escolar. Nesse sentido, o planejamento é um importante recurso que irá nortear 
todas as ações do pedagogo na escola. O ato de planejar não é neutro, pelo contrário, é intencional, 
explicita objetivos e metas a serem alcançadas.
Por meio de ações sistematizadas, o pedagogo terá a oportunidade de realizar seu trabalho e desempenhar 
suas funções de forma mais responsável e comprometida com a melhoria constante da qualidade da 
educação em seu espaço de atuação profissional. Nesse sentido, o plano de trabalho de pedagogo é uma 
atividade que inclui tanto a previsão das atividades a serem desenvolvidas em termos de sua organização 
e execução, em face dos objetivos propostos, quanto de sua avaliação e adequação frente às necessidades 
que a realidade apresenta. Planejar exige uma reflexão acerca de nossas opções e ações. O plano de 
trabalho do pedagogo deverá vincular-se diretamente ao PPP, no sentido de explicitar princípios, diretrizes 
e procedimentos do trabalho a ser realizado.
O pedagogo tem funções amplas e diversas na escola e, muitas vezes, torna-se um suporte para as 
demais funções. Uma das consequências mais sérias da falta de planejamento do pedagogo refere-se 
ao imediatismo que o cotidiano escolar impõe em seu trabalho. A diversidade de demandas geradas no 
dia a dia da escola, como, as ocorrências disciplinares, os problemas administrativos e pedagógicos, que 
sobrecarregam a agenda do pedagogo e o impedem de sistematizar ações em benefício da realidade 
escolar.
É comum observarmos o pedagogo que tem a função de “apagar incêndios”, que “corre atrás do prejuízo”, e 
no final do ano letivo, apesar do desgaste físico e emocional, tem a sensação de nada ter feito. Na verdade, 
essas ações não planejadas não se constituem, na maioria das vezes, em um trabalho que tenha frutos. São 
apenas ações imediatas, para resolver problemas. São, portanto, superficiais, sem maiores repercussões 
em prol da melhoria da escola. Libâneo (2004) ressalta que são práticas ao sabor das circunstâncias, as 
ações são improvisadas, os resultados não são avaliados.
No entanto, ao planejar suas ações, o pedagogo terá clareza de onde quer chegar, que caminho irá trilhar. 
Deverá, ainda, definir que distância há entre suas intenções e ações e o que deverá fazer para diminuir 
tal distância. A definição do papel do pedagogo na escola será norteado pelo Projeto Político Pedagógico, 
assim o pedagogo conduzirá as ações por meio da sistematização conjunta e dos princípios da gestão 
democrática, apoiando-se em um referencial teóricoque o oriente na condução do trabalho de organizar 
a elaboração coletiva do PPP, sua implementação e o processo de avaliação permanente. Nesse sentido, 
o plano de trabalho do pedagogo deverá ser organizado a partir dos seguintes princípios, de acordo com 
II – TEXTO BÁSICO
27Estágio Supervisionado I 
II. ATIVIDADE DO TEXTO BÁSICO 
Prezado(a) aluno(a),
A partir da leitura atenta do texto, você teve a oportunidade de ampliar seus conhecimentos a respeito do 
planejamento como processo de sistematização de ações, com o objetivo de orientar a prática profissional 
o PPP da escola:
• gestão democrática;
• proposta pedagógica;
• formação continuada e desenvolvimento profissional docente e
• qualidade do processo de ensino-aprendizagem.
Com base nesses princípios orientadores, o plano de trabalho do pedagogo deverá explicitar objetivos 
claros e as condições necessárias para alcance das metas. Deverá contemplar os pressupostos didático-
metodológicos do PPP, no sentido de articular as dimensões administrativas e pedagógicas da escola. O 
roteiro para a elaboração do plano de trabalho do pedagogo consiste nos seguintes elementos:
1. Dados de identificação: nome da escola, endereço, tipificação (educação infantil, ensino 
fundamental, ensino médio, etc.), entidade mantenedora, portaria de criação.
2. Objetivos.
3. Justificativa e pressupostos (qual a importância das ações, metas e objetivos);
4. Procedimentos (como viabilizar as ações, tempo, espaço, forma);
5. Cronograma (poderá ser elaborada uma tabela com os seguintes itens: atividades, data de início, 
período de execução) e avaliação (para analisar o desenvolvimento de todas as ações).
O pedagogo, ao compreender a importância do planejamento para o seu trabalho, irá pautar-se em um 
referencial teórico crítico, respaldado pela autonomia, responsabilidade e criatividade na condução do 
seu trabalho. De acordo com Vasconcellos:
O planejamento é político, é hora de tomada de decisões, de resgate dos princípios 
que embasam a prática pedagógica. Mas para chegar a isto, é preciso atribuir-lhe valor, 
acreditar nele, sentir que planejar faz sentido, que é preciso. O primeiro passo, portanto, 
é chegar ao pondo do Planejamento ser uma necessidade! (VASCONCELLOS, 2009, p. 
41).
O plano de trabalho do pedagogo revelará as intencionalidades a serem materializadas em práticas, 
no sentido de conhecer a escola e seus condicionantes, seus problemas e suas possibilidades, o seu 
tempo/ espaço, isto é, o contexto histórico em que a escola se insere. Dessa forma, o pedagogo terá a 
sistematização de suas ações e, ao avaliar seu trabalho, poderá rever as metas e buscar novas alternativas 
de ação com vistas à melhoria constante da educação escolar. Um dos grandes desafios a ser enfrentado 
pelo pedagogo na condução do seu trabalho é compreender quais mudanças são necessárias, quais serão 
suas prioridades, uma vez que a ação humana consciente está sempre pautada numa certa elaboração 
teórica, pautada pela intencionalidade. Para Vasconcellos (2009, p.43) “Coloca-se aqui a necessidade da 
mediação simbólica, da teoria, do método de trabalho, que ajude a superar a apreensão imediata da 
realidade e permita nela interferir.” Nesse sentido, a formação do pedagogo e seu referencial teórico irão 
respaldar sua prática no sentido de melhor compreender a realidade escolar e buscar meios para nela 
intervir rumo à melhoria constante da qualidade da educação escolar.
28 Estágio Supervisionado I
IV. ATIVIDADES DA LEITURA COMPLEMENTAR
Prezado(a) aluno(a),
Após a leitura do texto complementar, responda as seguintes questões:
1. Qual a papel do pedagogo com relação à mudança organizacional na escola? 
2. Quais aspectos o pedagogo deverá priorizar no sentido de contribuir para que as mudanças ocorram 
na escola? 
Não há necessidade de enviar suas respostas ao tutor pois as questões visam apenas orientar seu estudo.
Maiores informações podem ser obtidas na Tarefa 11 do ambiente virtual.
V. VÍDEO SOBRE FUNÇÕES DO PEDAGOGO
Prezado(a) aluno(a),
Selecionamos três vídeos que falam sobre as diversas funções do pedagogo na escola.
• Coordenador Pedagógico 
• Supervisão Escolar 
• Diretor 
Procure assistir a todos como muita atenção. Os endereços eletrônicos para estes vídeos podem ser 
encontrados na tarefa 12 do ambiente virtual. 
Prezado(a) aluno(a),
No sentido de aprimorar, ainda mais, sua compreensão a respeito do papel do pedagogo e da importância 
do planejamento para a sistematização de suas ações, indicamos a leitura de: 
PINZAN, Leni Terezinha Marcelo; MACCARINI, Norma Barbosa Benedito; MARTELLI, Andréa Cristina. O 
pedagogo numa perspectiva de trabalho coletivo na Organização escolar. Revista ANALECTA Guarapuava, 
Paraná v. 4 no1 p. 19-28 jan/jun. 2003. 
Para ler o texto acesse a Terefa 10 no ambiente virtual.
III. LEITURA COMPLEMENTAR
do pedagogo na escola. Como qualquer outra atividade profissional a atuação do pedagogo experimenta 
limites e possibilidades. 
Na tarefa relativa ao texto básico solicitamos que você elabore um texto (uma ou duas páginas) que faça 
uma síntese dos limites e possibilidades do planejamento do trabalho do pedagogo no campo de estágio 
(Tarefa 9 do ambiente virtual)
Recomendamos que você faça todas as atividades previstas para o módulo, pois isto o preparará para a 
escrita do texto solicitado. 
Valor: 5 pontos 
29Estágio Supervisionado I 
VI. ATIVIDADE PRÁTICA - OBSERVAÇÃO DA ESCOLA
Prezado(a) aluno(a),
Observe que apesar de apresentar aos alunos outros espaços de atuação além da escola ainda 
continuamos a priorizar o espaço escolar nas atividades de estágio. Neste módulo, as atividades práticas 
serão desenvolvidas no espaço escolar. Durante o módulo anterior você foi orientado a escolher uma 
escola de Educação Básica em sua cidade. Foi orientado também a providenciar toda a documentação 
de estágio, principalmente o Termo de estágio. Sem que este documento esteja aprovado pelo setor de 
estágio da UFU você não poderá desenvolver suas atividades na escola. 
Assim, vamos começar nossas atividades no espaço escolar com a observação geral da escola. Na tarefa 
13 do ambiente virtual você encontrará o roteiro para observação do trabalho de pedagogos desenvolvido 
no contexto da escola. Vale lembrar que esta atividade fará parte do relatório final.
VII. ATIVIDADE PRÁTICA - ENTREVISTA COM MEMBRO DA 
EQUIPE PEDAGÓGICA
Prezado(a) aluno(a),
Além da observação da dinâmica do espaço da escola você deverá realizar uma entrevista com um membro 
da equipe pedagógica que seja pedagogo e esteja disposto a contribuir com o trabalho do estágio, mas 
que não esteja atuando em sala de aula (coordenador pedagógico, diretor, inspetor, orientador, etc). O 
foco desta entrevista será o planejamento do trabalho do pedagogo. Esta atividade também comporá seu 
relatório. Na tarefa 14 do ambiente virtual você encontrará o roteiro para entrevista.
VIII. SÍNTESE DO MÓDULO
A importância do planejamento para a prática do pedagogo foi amplamente discutida nesse módulo. 
Também foram abordados os desafios a serem enfrentados pelo pedagogo no sentido de instituir na 
escola suas proposições de trabalho. Nos textos estudados e nas atividades, você pode perceber que o 
pedagogo deverá sistematizar suas ações, traçar metas, organizar suas prioridades de ação por meio de 
seu plano de trabalho.
30 Estágio Supervisionado I
IX. REFERÊNCIAS
ALMEIDA, J. S. Estágio Supervisionado em prática de ensino: relevância para a formação a mera atividade 
curricular. ANDE. São Paulo, ano 13, n. 20, p. 39-42, mês. 1994
ALMEIDA, J. S. Prática de ensino e estágio supervisionado na formação dos professores. Cadernos de 
Pesquisa. São Paulo, v. ?, n. 3, p. 22-31, Maio, 1995.
ARENDT, H. A crise na educação. Entre o passado e o futuro. São Paulo: Perspectiva, 1972.
CATANI, D. B. (Org.). Universidade, escola e formação de professores. São Paulo: Brasiliensis, 1986.
COSTA, V. M. A educação profissional entre o mercado e a cidadania. Trabalhoe Educação em Perspectiva, 
Belo Horizonte, v. ?, n. 2, p. ?, jan/jul. 1997.
FONTANA, R. C. Como nos tornamos professoras. Belo Horizonte: Autêntica, 2000.
FREIRE, P. Pedagogia da Autonomia: saberes necessários à prática educativa. São Paulo: Paz e Terra, 1996. 
FISCHAMANN, R. (Org.). Universidade, escola e formação de professores. São Paulo: Brasiliense, 1987. 
GARCIA, O. G. A aula como Momento de formação de educandos e educadores. Revista de Educação – 
AEC, Brasília, v. ?, n. 104, p. 62-84, mês. 1997.
ALMEIDA, J. S. Estágio Supervisionado em prática de ensino: relevância para a formação a mera atividade 
curricular. ANDE. São Paulo, ano 13, n. 20, p. 39-42, mês. 1994
ALMEIDA, J. S. Prática de ensino e estágio supervisionado na formação dos professores. Cadernos de 
Pesquisa. São Paulo, v. ?, n. 3, p. 22-31, Maio, 1995.
ARENDT, H. A crise na educação. Entre o passado e o futuro. São Paulo: Perspectiva, 1972.
CATANI, D. B. (Org.). Universidade, escola e formação de professores. São Paulo: Brasiliensis, 1986.
COSTA, V. M. A educação profissional entre o mercado e a cidadania. Trabalho e Educação em Perspectiva, 
Belo Horizonte, v. ?, n. 2, p. ?, jan/jul. 1997.
FONTANA, R. C. Como nos tornamos professoras. Belo Horizonte: Autêntica, 2000.
FREIRE, P. Pedagogia da Autonomia: saberes necessários à prática educativa. São Paulo: Paz e Terra, 1996. 
FISCHAMANN, R. (Org.). Universidade, escola e formação de professores. São Paulo: Brasiliense, 1987. 
GARCIA, O. G. A aula como Momento de formação de educandos e educadores. Revista de Educação – 
AEC, Brasília, v. ?, n. 104, p. 62-84, mês. 1997.
LIBÂNEO, J. C. Didática. São Paulo: Cortez, 1994.
LIBÂNEO, J. C. Organização e Gestão da Escola: teoria e prática. 5.ed. rev. e ampl. Goiânia: Editora 
Alternativa, 2004.
LUDKE, M.; ANDRÉ, M. Pesquisa em Educação: abordagens qualitativas. São Paulo: EPU, 1986.
31Estágio Supervisionado I 
MARCONDES, M. I. O papel pedagógico político do professor: dimensões de uma prática reflexiva. In. O 
papel pedagógico e político do professor. Revista de educação – AEC, Brasília, v. ?, n. 104, p. 35-44, mês. 
1997.
MARTIN, L. Orientação Educacional. Teoria e Prática: repensando o estágio. São Paulo: Loyola, 1990.
MELO, G. F. Entre tramas e nós: o estágio e a prática de ensino na formação de professores. Cidade: de 
onde é, 2003, quantidade de folha. Mimeografado.
PEREIRA, O. O que é Teoria. São Paulo: Brasiliense, 1995.
PICONEZ, E. C. B. (Org.). A Prática de Ensino e o Estágio Supervisionado. Campinas: Papirus, 1991.
PIMENTA, S. G. O estágio na formação de professores: Unidade entre teoria e prática? Cadernos de 
Pesquisa, São Paulo, v. ?, n. 94, p. 58-73, Ago. 1995.
PIMENTA, S. G.; LIMA, M. S. L. Estágio e Docência. São Paulo: Cortez, 2004.
RODRIGUES, N. Fundamentos da Organização dos Tempos e Espaço nas Escolas. Belo Horizonte: SEEMG, 
1999.
SILVA, M. S. P. Orientações para a apresentação dos relatórios de estágios. Uberlândia, 1995. Mimeografado.
STRELL, A.; FANTIN, N. D. Formação de professores para o ensino profissionalizante. Porto Alegre: PUCRS, 
1990.
VASCONCELLOS, C. S. Planejamento: Projeto de ensino-aprendizagem e projeto político pedagógico 
– elementos metodológicos para elaboração e realização. 19. ed. São Paulo: Libertad, 2009. v. 1.
VEIGA, I.P.A. Projeto político-pedagógico: novas trilhas para a escola. In: VEIGA, I.P.A.; FONSECA, M. (Org.). 
Dimensões do projeto político-pedagógico: novos desafios para a escola. Campinas: Papirus, 2001.
 _____ . Projeto Político-Pedagógico da escola: uma construção coletiva. In: VEIGA, I.P. (Org.). Projeto 
Político-Pedagógico da escola: uma construção possível. Campinas: Papirus, 2000.
32 Estágio Supervisionado I
ANOTAÇÕES
33Estágio Supervisionado I 
SUMÁRIO MENSAL
MÓDULO 3 – o pedagogo na sala de aula: a complexa formação 
para a docência 
Prezado(a) aluno(a),
No módulo anterior você teve a oportunidade de compreender melhor as atividades desenvolvidas pelo 
pedagogo em escolas de educação infantil, ensino fundamental e ensino médio, além de analisar o papel 
do pedagogo em funções diversas. Todo o conhecimento construído possibilitará a você analisar, neste 
módulo, a atuação do pedagogo em sala de aula. 
Conteúdos básicos 
3.1 Saberes docentes e reflexão sobre prática
3.2 Reflexão sobre e na prática com condição de atuação do docente
Objetivos
• Observar a atuação do pedagogo em sala de aula com base nos conhecimentos das diversas 
disciplinas desenvolvidas no curso até esta etapa.
• Analisar a formação para a docência e os saberes necessários ao trabalho do pedagogo em sua 
atuação na sala de aula
I – TEXTO BÁSICO
DE TUDO FICA UM POUCO: contextos de formação para a docência
Se de tudo fica um pouco, 
Mas por que não ficaria
Um pouco de mim?
Carlos Drummond de Andrade2
A inspirativa epígrafe que abre este texto e justifica parte do título pretende sublinhar a multiplicidade 
de aspectos envolvidos na docência e a forma dinâmica com que se interpenetram no cotidiano docente. 
Expectativas pessoais, conhecimento científico, conhecimento pedagógico, intuição, habilidades técnicas 
e experiências docentes parecem se fragmentar e ao mesmo tempo se recompor num mosaico dinâmico 
em que a dimensão humana aparece como elemento de ligação. A docência transita pelo uno e pelo 
diverso na medida em que incorpora um pouco de tudo e um pouco de mim e de cada um dos demais. 
1. Saberes docentes – a diversidade do saber ensinar
Até as últimas décadas do século XX a maioria das investigações sobre formação docente fazia uma nítida 
separação entre teoria e prática, além de reduzir a profissão docente à associação de competências 
técnicas (Nunes, 2001).
2 ANDRADE, Carlos Drummond. Antologia poética. 2009. p. 321
34 Estágio Supervisionado I
A partir da década de 90 deste mesmo século é que as pesquisas educacionais se direcionam a investigar 
não só a competência técnica do docente, mas também a sua prática pedagógica. Passou-se a estudar 
como é constituído o trabalho docente, considerando diversos aspectos da sua história, tanto pessoal 
quanto profissional. É neste contexto de valorização da formação de professores, que segundo Nóvoa 
(1992) a investigação sobre os saberes docentes ganharam estímulo e começaram a surgir nas pesquisas 
com o intuito de identificação de diversos saberes que compõem a prática docente.
Dessa forma, em seu desenvolvimento profissional, o professor constrói e reconstrói seus saberes de 
acordo com a necessidade que o cotidiano da sala de aula exige.
Diversos pesquisadores têm investigado esse saber docente que é elaborado e mobilizado durante a ação 
profissional como: Tardif (2002); Gauthier et al (1998); Nóvoa (1992); Tardif Lessard e Lahaye (1991); 
Shulman (1986) dentre outros; optou-se neste estudo por analisar a questão dos saberes segundo Shulman 
(1986) e Gauthier et al (1998).
Shulman (1986) investiga as diversas modalidades de conhecimento que os docentes dominam e como os 
conteúdos trabalhados são transformados para se ensinar. Segundo o autor, é necessário pesquisar o que 
sabem os professores sobre os conteúdos de ensino, como foram adquiridos e como são transformados 
para serem utilizados na sala de aula. Nesta perspectiva, o autor apresenta três categorias de conhecimento 
de conteúdos que fazem parte da mente do professor:
- Conhecimento da matéria e do conteúdo: é a forma como o conhecimento está estruturado na mente 
do professor, está relacionado à quantidade e à qualidade e como este conhecimento está organizado. Ou 
seja, é o conhecimento do assunto ou da matéria por si só.
- Conhecimento pedagógico dos conteúdos: é a maneira de apresentar ou formular um assunto tornado-o 
compreensível para os outros. É nesta categoria que se estabelecem analogias e ilustrações. Está 
relacionado ao como ensinar.
- Conhecimento curricular: é o conhecimento acerca do currículo, é o conjunto de características que 
orientam a seleção de conhecimentos para se trabalharem um determinado nível de ensino.
Shulman (1986) não trabalha explicitamente com um conceito de saber da experiência, mas se refere 
ao mesmo quando seleciona os conhecimentos necessários para os professores, o que denomina de 
saber dos professores, que é produzido pela experiência dos docentes ou pelas maneiras que os saberes 
curriculares, dos conteúdos ou pedagógicos podem ser organizados para serem ensinados.
Percebe-se que para Shulman (1986) o docente em sua prática profissional, faz adequações ou 
transformações para se ensinar os conteúdos, o que significa que a dimensão do “saber da experiência” 
mesmo não sendo explicitado por ele, é objeto de sua preocupação.
Dentro dessa mesma temática, Gauthier et al (1998) afirma que a docência deve ser entendida como um 
ofício repleto de saberes que a caracterizam.
Entende-se dessa forma, que se a docência é uma profissão que produz e utiliza saberes, torna-se 
necessário conhecer e investigar esses saberes docentes para que eles possam contribuir com a formação 
de professores.
Para Gauthier et al (1998) o ensino é entendido como uma atividade complexa, que leva o professor a 
julgar, tomar decisões e agir em situações imprevisíveis, isso exige do profissional a aplicação de regras 
e atitudes reflexivas. Essa capacidade de julgar e escolher determinada atitude em detrimento de outra 
está apoiada e relacionada com os saberes dos professores que só podem ser entendidos se relacionados 
às condições que dão sustentação ao seu trabalho. Dessa forma, o saber do professor é resultado de uma 
produção social, portanto não é estável, mas construído constantemente em sua ação prática.
35Estágio Supervisionado I 
O professor não é considerado um reprodutor de saberes já estruturados cientificamente, mas também 
um construtor de seus saberes na ação. De acordo com Gauthier et al (1998) o saber docente pode ser 
definido como aquele obtido durante o exercício profissional e que é mobilizado com o objetivo de realizar 
alguma atividade relacionada ao ensino.
Os mesmos autores apontam a importância de se entender a formação de professores como um espaço 
privilegiado para a mobilização dos diversos saberes, os quais o professor sempre recorre em sua ação 
profissional. 
Gauthier et al (1998) afirma que o ofício do professor é feito de saberes que são mobilizados de acordo 
com a necessidade apresentada na ação profissional:
- Saber disciplinar: está relacionado aos saberes produzidos pelos pesquisadores nas diferentes disciplinas 
científicas e o domínio do conteúdo que será transmitido, já que não tem como ensinar algo que não se 
domina;
- Saber da tradição pedagógica: é o saber das aulas, é um saber que muitas vezes apresenta fragilidades, 
só terá validade a partir da relação estabelecida com o saber da ação pedagógica;
- Saber experencial: é aquele adquirido por meio da experiência profissional, sua limitação reside no fato 
de que é produzido por argumentos que não podem ser comprovados por meio de métodos científicos;
- Saber da ação pedagógica: são os saberes da experiência que são publicados através das pesquisas 
desenvolvidas em sala de aula.
Neste sentido, considera-se os saberes docentes como conhecimentos construídos pelo professor e que 
estão à serviço de sua prática profissional, estão em constante movimento e são reconstruídos de acordo 
com a realidade.
Entende-se que os que os saberes docentes são oriundos de diversas fontes: curso de formação inicial e 
continuada, história de vida, experiências pessoais e profissionais, prática pedagógica, convivência em 
grupo, troca de experiências.
Torna-se necessário que o curso de formação inicial, perceba a importância de se trabalhar e promover 
a articulação entre todos os saberes, principalmente entre a formação teórica – que são os saberes 
disciplinares e os conhecimentos advindos do contexto universitário. Ao entender a docência como 
uma atividade que mobiliza diversos saberes, torna-se imprescindível o conhecimento dos mesmos por 
parte dos alunos que serão futuros professores, o que poderá contribuir para uma melhor formação e 
profissionalização docente. O estágio de torna nesta perspectiva o lugar privilegiado para que os docentes 
em formação localizem estes saberes nas práticas e se interessem por desenvolver sua própria formação.
2. Contextos: Teorias e práticas
Como podem se configurar a prática educativa e conseqüentemente a formação de professores no 
contexto contemporâneo? Em que medida o estágio se insere neste contexto de formação? Antes de 
iniciarmos a tentativa de construir uma resposta possível é preciso que se atente para uma concepção 
presente na própria formulação da pergunta. A premissa de que a ação do docente e sua formação não 
se descolam ou que não é possível pensar em formação do docente sem ter um olhar no cotidiano das 
práticas educativas que se desenvolvem nas escolas. Nossa primeira tarefa talvez seja a de identificar 
o que se pode dizer a respeito do contexto em que se realizam estas práticas e que denominamos de 
contemporâneo. A tradição do pensamento moderno nos ensina que falar do tempo e do lugar em que 
se vive constitui–se exercício complexo, dada nossa percepção não tão clara produzida na impossibilidade 
de um distanciamento do objeto. Esta concepção de que o conhecimento prescinde de distanciamento o 
que o eleva a categoria de ação impregnada de neutralidade e verdade absoluta é hoje questionada. Esta 
36 Estágio Supervisionado I
é uma primeira característica do contexto contemporâneo, a consciência cada vez mais aguda daquilo que 
nos cerca. Assim, pressupõe-se que a formação de professores inclui a capacidade de ensinar consciente 
de seu lugar e tempo e da provisoriedade do que se ensina. 
Para Moraes (2002) experimentamos uma passagem da Era Material para a Era Relacional. Para ela o 
poder, antes centrado na quantidade e disponibilidade de recursos físicos e materiais, desloca-se para a 
teia de relações representada pelo conjunto de informações e conhecimentos disponíveis o que implica 
dizer que o poder “está sendo transferido para o ser humano, o indivíduo, compreendido como um ser 
de relações, como tudo que existe na natureza.” (p.210). Por outro lado, esta centralidade no indivíduo 
imprime para ele um perfil diversificado. Exige-se flexibilidade, criatividade, versatilidade, dentre outras 
características. Estas exigências se constituem como imperativos do mercado, do crescimento econômico 
que segundo Assmann (1996) passa a “cobrar uma ponte entre escola e uma capacitação básica flexível 
diante de um mercado de trabalho cada vez mais exigente no que se refere a versatilidade adaptativa 
do trabalhador e ao acompanhamento atualizado dos avanços científico-técnicos.” (p.112). Portanto, 
pressupõe-se uma formação de professores para o que Assmann denomina de cidadania competitiva 
e criatividade produtiva. Contudo, é preciso que se equilibrem as chamadas exigências do mercado, 
reconhecer sua ambigüidade como alerta Assmann “o sim fácil pode redundar em servidões, e não fácil 
pode produzir a invalidez epistemológica por razões ideológicas, isto é, a paralisia paradigmática dos que 
se bloqueiam na resistência, incapazes de formular alternativas. “(p.112)
Ainda na descrição deste contexto é preciso identificar a expansão cada vez maior da aprendizagem para 
além dos limites da escola criando no seu entorno uma cultura aprendente. Esta expansão provoca uma 
(re) definição da finalidade e do papel da educação. Pressupõe-se por este modo uma formação docente 
focada num papel definido da educação e que não só encaminhe o aluno como alguém que aprenderá ao 
longo da vida, mas que coloque o professor em igual condição.
Poderíamos ressaltar inúmeras outras características deste tempo/lugar denominado por uma variedade de 
designações: era do conhecimento, sociedade da informação, sociedade da mente. Contudo, entendemos 
que os três pontos descritos anteriormente, quais sejam a consciência dinâmica do tempo

Continue navegando