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RESUMO DIREITOS AUTORAIS

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RESUMO 
 
ART. 5º XXVII: aos autores pertence o direito exclusivo de 
utilização, publicação ou reprodução de suas obras, transmissível aos 
herdeiros pelo tempo que a lei fixar; 
 
CONCEITO: DIREITO AUTORAL: 
 
 Denominação dada ao rol de direitos dos autores em relação às suas 
obras criadas sejam elas de cunho artístico, literário ou científico. 
 Assim, o direito autoral é o conjunto de direitos que visam resguardar a 
expressão de ideias e preserva para os autores o exclusivo direito de 
reprodução dos seus trabalhos; 
 Configuram como direitos que o indivíduo possui sobre sua criação 
ideológica, perfazendo o direito patrimonial e o direito moral que detém 
ante a sua obra; 
 São direitos presentes em todas as áreas de criação da sociedade – 
artísticas, culturais, científicas e industriais; 
 Lida basicamente com a imaterialidade característica da propriedade 
intelectual; 
 “No seu conceito clássico, é o direito extrapatrimonial que se vincula à 
própria pessoa do autor da criação, tendo por objeto um direito imaterial, 
que é a própria ‘idéia” e caracterizado pela temporalidade da proteção 
que lhe é conferida, ao encontrar um limite no direito da coletividade de 
gozar livremente da criação artística, científica ou técnica (PAESANI, 
2006). 
 QUEM É O AUTOR? A Lei 9.610/98 (LDA) traz um conceito bem 
resumido da figura do autor, quando define no seu artigo 11 que “autor é 
a pessoa física criadora de obra literária, artística ou científica”. Deste 
modo, o autor será sempre uma pessoa física, pois somente à pessoa 
humana é dada a capacidade de criação, mesmo no caso de pessoas 
jurídicas, cujo cerne criativo será sempre das pessoas físicas que a 
compõem; 
 DIREITOS PATRIMONIAIS E MORAIS DO AUTOR: Os direitos 
patrimoniais são referentes ao aspecto pecuniário e econômico do 
direito do autor, que podem ser cedidos, de forma onerosa ou gratuita, a 
terceiro interessado, facultado a este explorar a obra através de 
qualquer meio existente ou que venha a existir, tendo esculpo legal no 
artigo 28 da LDA que determina que “cabe ao autor o direito exclusivo 
de utilizar, fruir e dispor da obra literária, artística ou científica.” Desta 
forma, o direito patrimonial de autor é um direito de cunho real, 
marcando‐se por sua alienabilidade, penhorabilidade, prescritibilidade, 
temporalidade e transmissibilidade (por via contratual e/ou sucessória). 
 DIREITOS MORAIS DO AUTOR: os chamados direitos morais do autor 
seriam reconhecidos como direitos da personalidade, encontrando forte 
respaldo na atual lei brasileira. Nestes moldes, estes direitos seriam 
personalíssimos, inalienáveis, irrenunciáveis, impenhoráveis e 
absolutos, surgidos no momento da criação da obra e não tendo 
qualquer relação econômica ou pecuniária a eles atrelada. A LDA 
enumera em seu artigo 24 os direitos morais de autor, quais sejam: 
 “Art. 24. São direitos morais do autor: 
 I ‐ o de reivindicar, a qualquer tempo, a autoria da obra; 
 II ‐ o de ter seu nome, pseudônimo ou sinal convencional indicado ou 
anunciado, como sendo o do autor, na utilização de sua obra; 
 III ‐ o de conservar a obra inédita; 
 IV ‐ o de assegurar a integridade da obra, opondo‐se a quaisquer 
modificações ou à prática de atos que, de qualquer forma, possam 
prejudicá‐la ou atingi‐lo, como autor, em sua reputação ou honra; 
 V ‐ o de modificar a obra, antes ou depois de utilizada; 
 VI ‐ o de retirar de circulação a obra ou de suspender qualquer forma de 
utilização já autorizada, quando a circulação ou utilização implicarem 
afronta à sua reputação e imagem; 
 VII ‐ o de ter acesso a exemplar único e raro da obra, quando se 
encontre legitimamente em poder de outrem, para o fim de, por meio de 
processo fotográfico ou assemelhado, ou audiovisual, preservar sua 
memória, de forma que cause o menor inconveniente possível a seu 
detentor, que, em todo caso, será indenizado de qualquer dano ou 
prejuízo que lhe seja causado” (NIGRI, 2006, p.28). 
 COM o surgimento da Internet ‐ tornou os processos de criação ainda 
mais complexos e seus meios de produção simplistas, enveredando‐se 
na problemática de controle das obras e no distanciamento desta em 
relação a seu autor; 
 A Internet é vista como “terra de ninguém”, onde tudo seria permitido e 
não há responsabilização por danos causados; 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RESGATE HISTÓRICO 
 Os direitos do autor são decorrência da Modernidade; 
 Foi somente depois de um longo decorrer histórico, já após o 
Renascimento, que os direitos autorais foram inseridos nos sistemas 
legislativos ao redor do mundo; 
 Na Grécia, um dos berços da cultura ocidental – com suas 
manifestações criativas no teatro, na literatura, nas artes plásticas e 
no próprio Direito, não se conheceu os direitos de autor como são 
previstos hoje. Em sua cultura, já havia a idéia de titularidade e o 
plágio era repudiado, porém sem muito aprofundamento dessas 
questões. 
 Em Roma, com a figura dos copistas ‐ profissionais remunerados que 
reproduziam as obras por meio de cópias manuscritas – o direito autoral 
ganhou uma primitiva forma jurídica, pois “passava a obra 
 Na Idade Média, com a União de Estado e Igreja, toda a produção 
intelectual era controlada pelo poder eclesiástico, sendo a figura dos 
copistas substituída por religiosos isolados do secularismo e com a 
função de trabalhar sobre as obras que passavam pelo crivo da Igreja, 
sendo todas as outras consideradas profanas e censuradas. 
 Neste contorno, na Inglaterra do século XVI, os comerciantes livreiros, 
amparados da proteção governamental, detinham monopólio sobre 
todos os escritos impressos, manipulando‐os de acordo com o interesse 
real, exercendo assim verdadeira censura sobre as obras que não 
fossem favoráveis à monarquia. A essa vantagem deu‐se o nome de 
copyright, direito posto aos editores e não aos autores. 
 O Copyright Act, “uma lei para o encorajamento da aprendizagem, 
através da concessão das cópias dos livros impressos aos autores ou 
compradores de tais cópias, durante os tempos mencionados” 
 
OS DIREITOS DO AUTOR NO DOMÍNIO INTERNACIONAL 
 
 A primeira convenção propriamente dita, que visou medidas 
estritamente voltadas à proteção dos direitos autorais foi a Convenção 
Internacional para a Proteção das Obras Literárias e Artísticas – 
Convenção de Berna, em 1886. A Convenção de Berna preconizava a 
regra de proteção mínima nas normais autorais internacionais, ficando 
a cargo de cada país participante o disciplinamento destas, respeitando 
seus costumes e seu sistema jurídico. Para isto, Berna legou três 
princípios: Princípio do tratamento nacional ou assimilação, onde os 
Estados participantes da convenção devem dispensar, aos autores dos 
demais, proteção idêntica à dispensada aos seus nacionais; Princípio da 
proteção automática, que não pode depender de qualquer exigência, 
como registros, depósitos, fiscalizações etc.; Princípio da 
independência da proteção, segundo o qual a proteção dispensada em 
cada país é autônoma, ou seja, não depende da existência de proteção 
idêntica no país de origem da obra, desde que haja a circulação desta 
pelos outros países membros; 
 
 Outra convenção internacional de suma importância aconteceu em 
Genebra, em 1952. Conhecida como Convenção Universal sobre Direitos 
de Autor, tratava essencialmente em harmonizar dois posicionamentos 
legislativos, as dos “direitos de autor” e a do copyright. A convenção 
foi conduzida pelos Estados Unidos, tendo a UNESCO como 
organizadora, adotando dois princípios básicos, a saber; 
 
BRASIL 
 
 Convenção de Berna: Decreto nº 75.699 e esta promulgada em 
24 de dezembro de 1975, pelo Decreto nº 76.906. 
 A Convenção de Roma foi promulgada no Brasil em 19 de 
outubro de 1965, através do Decreto nº 57.125. 
 As primeirasnormas voltadas para a proteção do direito autoral 
no Brasil foram consubstanciadas na Lei nº 496, de 1º de agosto 
de 1898(Lei Medeiros Albuquerque). Seu teor era basicamente o 
amparo dado aos autores de obra literária, científica ou artística 
para fazerem uso de sua criação, assim como serem detentores 
de reproduções, tendo a faculdade de autorizar a publicação, 
representação, execução ou qualquer outro modo de expressão 
da obra. A Lei nº 496/1898 foi revogada pelo Código Civil de 
1916; 
 Em 1973(LEI MAIS ABRANGENTE) , foi aprovada no Congresso 
Nacional a Lei nº 5.988, considerada o segundo grande estatuto 
brasileiro privativo de direito autoral, trazendo ainda mais 
inovações e conceitos para a matéria; 
 Desde publicação, edição, contrafação até transmissão, 
fonograma, produtor cinematográfico, produtor fonográfico, 
artista, videofonograma etc. 
 O mesmo se dá em relação aos tipos de obras intelectuais, 
relacionando‐se desde livros, brochuras, cartas‐missivas e outros 
escritos, até obras musicais, cinematográficas, desenhos, 
pinturas e assemelhados, cartas geográficas, adaptações e 
traduções de obras, et 
 A CONSTITUIÇÃO 1988, ART.5º- “XXVII – aos autores pertence o 
direito exclusivo de utilização, publicação ou reprodução de suas 
obras, transmissível aos herdeiros pelo tempo que a lei fixar. A 
matéria consta do art. 5º, XXVII, que contém duas normas bem 
distintas. A primeira e principal confere aos autores o direito 
exclusivo de utilizar, publicar reproduzir suas obras, sem 
especificar, como faziam as Constituições anteriores; mas, 
compreendidos e, conexão com o disposto no inciso IX do mesmo 
artigo, conclui‐se que são obras literárias, artísticas, científicas 
e de comunicação. Enfim, aí se asseguram os direitos do autor 
de obra intelectual, reconhecendo‐lhe, vitaliciamente, o 
chamado “direito de propriedade intelectual”, que compreende 
direitos morais e patrimoniais [...]” 
 Hoje no Brasil, a Lei dos direitos autorais vigente é a 9.610 de 
1998, conhecida como Lei de Direitos Autorais – LDA, mais 
objetiva e, de certa forma, mais moderna que a Lei 5.988/73, pois 
abrangeu novas mídias oriundas da expansão tecnológica, 
inserindo‐se em uma nova realidade social. Alguns preceitos 
tomados pelos tratados internacionais da OMPI, como o WPPT e 
o WCT, foram inseridos e ampliados pela LDA,

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