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3º semestre e 4º semestre - CPC- Direito Processual Civil II - IMPORTANTE - BETH

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DIREITO PROCESSUAL CIVIL II – 3º|4º SEMESTRES
COMPETÊNCIA 
A competência é exatamente o critério de atribuir entre os vários órgãos judiciários as atribuições relativas ao desempenho da jurisdição
JURISDIÇÃO 
É função do Estado, pois decorre da sua soberania de resolver os conflitos, na medida que estes se lhes são apresentados. A jurisdição enquanto pertencente ao estado é una, mais para tornar possível seu exercício ela é dividida em ( parcelas, que recebe o nome de)competências.
Ex: BOLO INTEIRO – JURISDIÇÃO
 BOLO FATIADO - COMPETÊNCIAS
Como o Estado é uma pessoa jurídica de direito publico interno, a função jurisdicional é delegada a pessoas físicas (os magistrados), agentes estatais. 
Por sua vez um único juiz não tem condição de exercer a jurisdição em todo território nacional, portanto a atividade jurisdicional pressupõe a necessidade de organização e de divisão de trabalho entre os membros que integram o Poder Judiciário, fazendo com a que aquela atividade seja distribuída entre diversos órgãos, a partir de alguns critérios.
A norma de competência é atribuída ao órgão e não a pessoa do juiz. Em realidade, todos os agentes têm jurisdição: o que as normas de competência fazem é determinar em que momento e sob quais circunstâncias devem praticá-la ( art. 87, 263, CPC). As normas de competência funcionam como uma "divisão de trabalho" no Judiciário, facilitando a prestação da atividade jurisdicional(art. 86, CPC).
Cada órgão só exerce a jurisdição dentro da medida que lhe fixam as regras sobre competência.
COMPETÊNCIA - CPCatual - Art.87 - NCP Art.43
É importante lembrar que os juízos tem jurisdição, mais nem todos tem competência. 
NCPC: escreve absoluta
CPC Atal: Escreve em razão da matéria ou da hierarquia.
Alteração da competência em razão da matéria ou da hierarquia – absoluta
Ex: todos os processos civis eram encaminhados ao mesmo juízo. De repente surge um juízo especializado na área de família, logo, todas as ações de família que estavam com aquele juízo civil serão encaminhadas para o juízo de família, em razão da matéria.
I COMPETENCIA INTERNACIONAL – ART.88 CPC I
Competência – Cumulativa (concorrente)
 - Exclusiva
A competência internacional pode ser concorrente ou exclusiva. No primeiro caso, como o próprio nome diz, dois países são competentes, concorrentemente, para processar e julgar determinado fato. Já no segundo caso, apenas um deles é competente para processar e julgar determinado fato, excluindo-se, desta maneira, o outro.
É competente a Justiça brasileira? (competência internacional). Vamos buscar a resposta da atenta leitura dos arts. 88 e 89 do CPC[2: ]
Concorrente - Art. 88. “É competente a autoridade judiciária brasileira quando:
I - o réu, qualquer que seja a sua nacionalidade, estiver domiciliado no Brasil;
II - no Brasil tiver de ser cumprida a obrigação; Será competente a justiça brasileira quando o contrato celebrado entre elas tiver estipulado o Brasil como praça de cumprimento da obrigação;
III - a ação se originar de fato ocorrido ou de fato praticado no Brasil.
Parágrafo único. Para o fim do disposto no nº 1, reputa-se domiciliada no Brasil a pessoa jurídica estrangeira que aqui tiver agência, filial ou sucursal.” Ex: argentino que bate carro no Brasil.
* Vide Lei de Introdução ao Código Civil art. 12 e parágrafos.
Exclusiva -Art. 89. “Compete à autoridade judiciária brasileira, com exclusão de qualquer outra: sentenças exclusivas não podem ser homologadas, são ineficaz no Brasil.
I - conhecer de ações relativas a imóveis situados no Brasil;
II - proceder a inventário e partilha de bens, situados no Brasil, ainda que o autor da herança seja estrangeiro e tenha residido fora do território nacional.”
* Vide arts. 10, 12, § 1º, da Lei de Introdução ao Código Civil.
A ação intentada perante tribunal estrangeiro não induz litispendência, nem obsta a que a autoridade judiciária brasileira conheça da mesma causa e das que lhe são conexas.
Significa dizer que o fato de certa ação estar em curso no estrangeiro, nos referidos casos, não inibe que idêntica ação seja ajuizada em foro brasileiro, perante autoridade judiciária nacional. E, a sentença válida será a que transitar em julgado em primeiro lugar. Lembrando, contudo, que a sentença estrangeira só adquire aquela qualidade(coisa julgada), no brasil, após homologação pelo STF(art. 102, I, 'h', CF e 483, CPC).
Sentença estrangeira:
 Uma decisão ou sentença proferida em outro país é ineficaz 
Não pode ser executada no Brasil e não produz aqui os seus efeitos, mesmo que transitada em julgado no estrangeiro.
Para se torne eficaz: É preciso que seja homologada pelo STJ, na forma do art. 105, I, i, CF.
O mecanismo pelo qual a autoridade brasileira outorga eficácia à sentença estrangeira, fazendo com que ela possa ser executada no Brasil denomina-se HOMOLOGAÇÃO DE SENTENÇA ESTRANGEIRA, que hoje é da competência do Superior Tribunal de Justiça
PARA HOMOLOGAR É PRECISO OBSERVAR
Não ferir a ordem publica brasileira.
Se foram seguidas as regras de procedimentos
Se não houve vicio no processo
Se já houve trânsito em julgado no estrangeiro.
02) QUAL A JUSTIÇA COMPETENTE?
JUSTIÇA ESPECIAL – Justiça do trabalho
 - Justiça militar
 - Justiça eleitoral
JUSTIÇA COMUM – Justiça Federal
 - Justiça Estadual
Noções sobre a estrutura do Poder Judiciário 
A Constituição Federal trata do Poder Judiciário nos arts. 92 a 126. É a Constituição Federal que indica, portanto, quais são os órgãos judiciários, definindo-lhes a competência.
A CF, ao formular a estrutura do Judiciário, estabelece a distinção entre a justiça comum e as especiais: a trabalhista, tratada no art. 111; a eleitoral, nos arts. 118 e ss., e a militar, no art. 122.
-A Justiça do Trabalho é composta pelo Tribunal Superior do Trabalho (TST), pelos Tribunais Regionais do Trabalho (TRTs) e pelos juízes do trabalho; 
A eleitoral, pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), os Tribunais Regionais Eleitorais e os juízes eleitorais;
- A militar é dividida em Justiça Militar da União e dos Estados: a da União é composta pelo Superior Tribunal Militar e os Conselhos de Justiça, Especial e Permanente, nas sedes das Auditorias Militares. A dos Estados, Distrito Federal e Territórios pelo Tribunal de Justiça ou Tribunal de Justiça Militar, nos Estados em que o efetivo for igual ou superior a 20.000 integrantes e pelos juízes auditores e pelos Conselhos de Justiça, com sede nas Auditorias Militares.
A competência das justiças especiais é apurada de acordo com a matéria discutida (ratione materiae). 
A das justiças comuns é supletiva: abrange todas as causas que não forem de competência das especiais. A justiça comum pode ser federal ou estadual.
Competência interna: 
Justiça Comum 
Desdobra-se em estadual e federal. 
Federal é composta por juízos e Tribunais Regionais Federais.
 A competência da justiça comum estadual é supletiva. 
 Cabe-lhe o julgamento de todas as demandas, que não forem de competência das justiças especiais, nem da justiça comum federal.
Incumbe aos Estados organizar as suas respectivas justiça, respeitados os dispositivos da CF. 
Sobrepairando aos órgãos de primeiro e segundo graus de jurisdição:
Tanto da justiça estadual quanto da federal, Há o Superior Tribunal Justiça criado pela CF de 1988 (arts. 104 e s.). A função precípua desse órgão é resguardar a lei federal infraconstitucional. 
Acima de todos eles: Supremo Tribunal Federal=> Guardião supremo da Constituição Federal, Competência estabelecida no art. 102 da CF.
Critérios para determinação da competência 
os critérios para classificação compreendem: 
Competência Objetiva 
-Em razão da matéria:
Ratione 
Toma em consideração a matéria 
Ex: As ações podem versar matériacivil, criminal, trabalhista, eleitoral, etc. 
-Em razão do valor:
Estimativa econômica feita pelo autor ao ajuizar a ação
É importante para fixar a competência da justiça comum ou dos Juizados Especiais Cíveis (Lei 9.099/95, art. 3º, I) 
Competência Funcional 
-Determina a atuação do juiz ou tribunal
Juiz singular – 1º Grau - profere sentença 
Tribunais – 2º Grau – julgamento de recursos 
- Exercida por diversos juízes
Competência Territorial 
 Divisão do país em Estados federados
 Toma-se em conta a divisão das comarcas – o foro 
 Foro: circunscrição territorial em que a jurisdição será exercida e pode abranger um ou mais municípios
Conceito de foro e juízo
Competência de foro: 
-É determinada com base no critério territorial 
São consideradas as circunstâncias físicas o Domicílio do réu 
- Lugar do acidente ou de cumprimento do contrato etc 
- Em alguns casos as partes podem eleger o foro, isto é, o lugar onde devem ser resolvidos os conflitos.
1- caso o réu tenha mais de um domicilio= pode ser proposta á ação em qualquer um.
2- se o réu tiver domicilio incerto ou desconhecido= pode propor ação no foro do autor ou onde o réu for encontrado.
3- se o réu tiver domicilio do estrangeiro = pode propor ação no foro do domicilio do autor ou no local onde o réu tem residência no Brasil ou em qualquer foro.
A palavra “foro” é equívoca, É usada em mais de um significado.
 *Em sentido amplo indica a base territorial sobre a qual cada órgão judiciário exerce a sua jurisdição. Exemplo: o foro do STF e do STJ, é todo o território nacional. 
 *Tribunais de Segundo Grau de Jurisdição 
 É a soma dos âmbitos dos foros de todas as comarcas e varas a eles submetidas. 
O foro dos Tribunais de Justiça estaduais é o território do respectivo Estado; Dos Tribunais Regionais Federais, é a soma de todas as varas que pertencem à região que lhe é afeta.
Em primeira instância:
 Foro é designação utilizada como sinônimo de comarca. Cada um dos Estados da Federação está dividido em comarcas, sobre as quais os juízes exercem sua jurisdição. 
Justiça Federal:
 Não há comarcas, mas seções judiciárias. De início só existiam varas federais nas capitais dos Estados, cada um deles e o Distrito Federal constituíam uma seção judiciária (CF, art. 110). As Varas Federais existentes nas de mais cidades são denominadas Sub-seções Judiciárias. 
ART.100 CPC
Foro Especial
São as ações reais sobre bens imóveis = foro competente é o da situação do bem.
Bem= tem que ser direito real
Ações de inventario ou partilha ou que o espolio for réu = foro competente é o foro do ultimo domicilio do réu. 
Se o falecido não tinha domicilio certo = foro competente é o foro da situação dos bens ou lugar do óbto.
Quando for decretado ausência do réu= foro competente é o foro do ultimo domicilio do réu.
Quando o réu for incapaz = foro competente é o foro do domicilio do seu representante legal.
Ação de separação divorcio/anulação de casamento = é o foro do domicilio da mulher.
Ação alimentícia = foro competente é o foro do domicilio do alimentando.
Ação de anulação de titulo = foro do domicilio do devedor.
Quando a união for autora = foro competente é o foro do domicilio do réu.
Quando a união for réu = foro competente é o foro domicilio do autor, local do ato ou do fato, ou DF.
Quando a união for parte
Regra:
Quando a ação for proposta pelo segurado em face do instituto de seguro social, essa pode ser proposta no foro de domicilio do segurado. Se o domicilio do segurado não for cede de órgão da justiça federal a ação poderá ser proposta perante a justiça estadual do local, sendo que o recurso será enviado ao tribunal regional federal da respectiva região.
Art.100 – parágrafo única
Nas ações de reparação de dano foro competente é o foro do lugar do ato ou fato, porém se ação for de reparação de dano em razão de acidente de veículos também poderá ser competente o foro de domicilio do autor
Art.100 - inciso IV
Lugar do ato ou fato
Ação em que se exigir o cumprimento de uma obrigação= o foro competente é o foro do local em que a obrigação deve ser satisfeita.
Comarcas pequenas há normalmente um único juízo que absorve todas as ações 
É preciso aqui tomar um grande cuidado. Frequentemente, a palavra “foro” é utilizada por leis de organização judiciária em sentido diverso daquele do Código de Processo Civil, o que a torna equívoca, com mais de um sentido. A Lei de Organização Judiciária do Estado de São Paulo, por exemplo, denomina foro às unidades jurídico-administrativas de competência, dentro de uma mesma comarca. Por exemplo, a competência dentro da capital de São Paulo é dividida entre o Foro Central e numerosos foros regionais. A palavra “foro” nessas expressões não significa comarca, já que São Paulo é uma comarca só, mas as numerosas regiões em que a competência judiciária é distribuída, dentro da Comarca da Capital. Daí o cuidado redobrado: o que o CPC chama de “foro” corresponde a toda a Comarca da Capital, mas, para a Lei Estadual de Organização Judiciária, foro corresponde às regiões em que a capital está dividida.
Com foro não se confundem os juízos, unidades judiciárias, integradas pelo juiz e seus auxiliares. Na justiça comum estadual o conceito de juízo coincide com o das varas.
Regra: Foro é equivalente a comarca quando se fala da justiça estadual.
Vara: É possível descobri a vara de acordo com á matéria que esta sendo discutida ou algumas vezes pela pessoa. Ex: Em Belo Horizonte tem uma vara especializada em direitos ambientais, logo, á ação de dir. ambiental deve ser proposta nessa vara.
CRITÉRIOS DE DETERMINAÇÃO DE COMPETÊNCIA
Pessoal – ex: quando a pessoa envolvida for JF/União/Crianças 
Territorial – ex: domicilio do réu, domicilio do autor
Matéria – ex: criminal/família
Valor da Causa – ex: toda ação tem um valor
Funcional/hierárquico – EX: a competência originaria dos tribunais é de acordo com a função do juiz – 1º ou 2º grau
Competência absoluta e relativa
Absolutas = ordem publica 
 - Pode ser argüida á qualquer tempo e á qualquer grau de jurisdição.
HM – HIERARQUIA e MATERIA
Somente a incompetência absoluta pode ser reconhecida pelo juiz de ofício. Constitui objeção processual, matéria de ordem pública, que pode ser reconhecida pelo juiz ou alegada pela parte, a qualquer tempo.
Reconhecida a incompetência absoluta, o juiz deve remeter os autos ao juízo competente, sendo nulos os atos decisórios praticados até então. Mesmo que a sentença transite em julgado, a incompetência absoluta ensejará o ajuizamento de ação rescisória.
PRLIMINAR DE CONTESTAÇÃO= É o instrumento adequado para o réu alegar incompetência absoluta. Se não for alegado por meio de preliminar de contestação, o vicio pode ser alegado á qualquer tempo, ate mesmo por meio de uma simples petição.
 
Relativa= interesse das partes
 - Tende a interesse privado
 - Só pode ser argüida até o instante da defesa
 - Não pode ser reconhecida de “ex offício”.
TV – TERRITORIO e VALOR DA CAUSA
Entre as principais causas de modificação podem ser citadas a prorrogação, a derrogação pela eleição de foro, a conexão e a continência, que só se aplicarão em casos de competência relativa.
A incompetência relativa deve ser arguida por exceção de incompetência, no prazo de 15 dias por meio da contestação, sob pena de preclusão (o juízo torna-se competente). Não sendo matéria de ordem pública, o juízo não pode reconhecê-la de ofício. Ou o réu alega e o juiz a reconhece, determinando a remessa dos autos para o juízo competente, ou não a alega, e a matéria preclui. A incompetência relativa jamais gerará nulidade da sentença, nem ação rescisória, já que, não alegada no momento oportuno, haverá a prorrogação de competência.
Prorrogação da competência Pode ocorrer por força de lei ou por vontade das partes. Prorrogase por força delei, nos casos de conexão ou continência. São os casos de prevenção. Diz o Código de Processo Civil brasileiro:
"Art. 103. Reputamse conexas, duas ou mais ações, quando lhes for comum o objeto ou a causa de pedir."
"Art. 104. Dáse a continência entre duas ou mais ações, sempre que há identidade quanto às partes e à causa de pedir, mas o objeto de uma, por ser mais amplo, abrange o das outras."
Regras gerais para a apuração de competência
 Neste item, formularemos algumas regras que devem ser observados por aquele que deseja apurar onde uma determinada demanda deve ser proposta.
 
São seis os passos, sugeridos por Nelson Nery Junior5 :
Se a ação pode ou não ser proposta perante a justiça brasileira, o que exige consulta aos arts. 88 e 89, do CPC;
 Sendo da justiça brasileira, se não se trata de competência originária do Supremo Tribunal Federal ou do Superior Tribunal de Justiça, o que exige consulta aos arts. 102, I e 105, I, da Constituição Federal; 
Se a competência não é da algumas das justiças especiais, conforme arts. 114, 121 e 124, da Constituição Federal; 
Não sendo de competência das justiças especiais, verificar se a competência é da justiça comum federal ou estadual, lembrando que será da primeira nas hipóteses do art. 109, da CF;
 Qual o foro competente, o que exige consulta ao CPC, ou a lei federal especial; 
Qual o juízo competente, nos termos das normas estaduais de organização judiciária.
Exame dos elementos da ação
Para apurar onde determinada demanda deve ser proposta, é imprescindível um exame de todos os elementos da ação. É preciso verificar, primeiro, quem são as partes, porque isso pode repercutir na fixação da competência. Por exemplo: se uma delas for a União Federal, suas autarquias ou empresas públicas, a competência será da justiça federal. Já vimos que, conquanto o CPC, fundado nas lições de Chiovenda, não tenha incluído a qualidade das pessoas como causa de fixação de competência, há em nosso ordenamento jurídico vários casos em que isso ocorre. Outro exemplo: se o réu for a Fazenda Pública Estadual ou Municipal e na comarca houver vara privativa, será dela a competência. A causa de pedir também é relevante: por exemplo, se a ação é pessoal, a competência é do domicílio do réu. Mas se ação pessoal é de reparação de danos por acidente de trânsito, há uma regra mais específica, que prevalece sobre a geral: a competência será a do domicílio da vítima ou do local do acidente. A causa de pedir — o acidente de trânsito — foi determinante para a apuração da competência. Por fim, o pedido também poderá ser. Por exemplo: o de reivindicação de um imóvel, fundada no direito de propriedade, determinará a competência do foro de situação; o de bem móvel, o do domicílio do réu, o que mostra que o bem da vida (pedido mediato) e o tipo de provimento (pedido imediato) podem ser determinantes.
Competência da Justiça Federal 
 Justiça Federal de Primeira Instância
O art. 109, da CF As hipóteses estão fundadas na qualidade das pessoas que participam no processo ou na matéria nele discutida, razão pela qual é sempre absoluta. Para os fins deste curso, interessa-nos apenas a hipótese do art. 109, I, da CF, seja porque é a mais comum, seja porque diz respeito mais diretamente aos processos cíveis. 
São da competência da justiça federal as causas em que a União, entidade autárquica ou empresa pública federal forem interessadas na condição de autoras, rés, assistentes ou oponentes. Conquanto o texto não o diga expressamente, as fundações públicas federais também se incluem no rol, mas não as sociedades de economia mista federais. Por exemplo, as ações que envolvem o Banco do Brasil (súmula 508, do STF) ou a Petrobrás, sociedades de economia mista, correm na Justiça Estadual. Mas são de competência da justiça federal as ações ajuizadas em face do Banco Central (autarquia), INPI (autarquia) e Caixa Econômica Federal (empresa pública). A participação de qualquer dos entes indicados no art. 109, na condição de partes ou de intervenientes (assistentes simples ou litisconsorciais, oponentes, denunciados, chamados ao processo ou nomeados à autoria), desloca a competência. Mas o mesmo art. 109 estabelece algumas exceções: as causas que são de competência das justiças especiais; e as que versem sobre acidente de trabalho e falência
Ações que não as acidentárias, envolvendo o INSS são de competência da Justiça Federal.
De acordo com a CF, enquanto não instalada na Comarca a Justiça Federal, tais ações serão processadas e julgadas pela Justiça Estadual. Trata-se de uma espécie de competência supletiva da Justiça Estadual, para julgar ações previdenciárias, enquanto não instaurada a Justiça Federal.
A apuração do foro competente
Foro comum
É o estabelecido no art. 94, do CPC. Todas as ações pessoais, e as reais sobre bens móveis, devem ser ajuizadas no foro de domicílio do réu.
Além das ações pessoais, a regra geral abrange as que versam sobre direito real tendo por objeto bem móvel. Mas, se o bem for imóvel, e a ação real, a competência será do foro de situação da coisa.
Por fim, o art. 96 trata da competência para os inventários, partilhas, arrecadação e cumprimento de disposições de última vontade, bem como as ações em que o espólio for réu, atribuindo-a ao foro de domicílio do autor da herança, isto é, do de cujus. Mas, se ele não tinha domicílio certo, o foro de situação dos bens, e, se estes estiverem situados em foros diferentes, o do lugar em que ocorreu o óbito.
Foros especiais 
Foro de situação dos imóveis para as ações reais imobiliárias
As ações possessórias são consideradas reais imobiliárias, de e a competência para julgá-las é do foro de situação da coisa. Essa conclusão se extrai do mesmo art. 95, que inclui a questão da posse entre aquelas que devem ser dirimidas no foro de situação.
-Desapropriação direta e indireta;
 -Adjudicação compulsória, proposta pelo compromissário comprador, que pagou todas as parcelas do compromisso, e que pretende obter uma sentença que substitua a escritura, cuja outorga vem sendo negada pelo vendedor. A controvérsia que havia a respeito ficou superada com a decisão do Pleno do Supremo Tribunal Federal, nesse sentido (RT 514/243)
 -Anulação de registro de determinado imóvel;
 -As ações de anulação e resolução de contrato são pessoais, devendo ser propostas no foro de domicílio do réu. Mas, se houver pedido cumulado de reintegração de posse, tem prevalecido o entendimento que a competência é do foro de situação da coisa. No entanto, há decisões que entendem que, sendo o pedido de resolução o principal, e a reintegração de posse apenas uma conseqüência do primeiro, para apuração de competência deva prevalecer o pedido de resolução contratual, que é pessoal.
Foros da residência da mulher
O art. 100, I, do CPC, estabelece que é competente para as ações de separação dos cônjuges, de conversão desta em divórcio e de anulação de casamento o foro de residência da mulher. Trata-se do comumente chamado “foro privilegiado da mulher”, que não se estende para todas as ações, mas apenas para aquelas cuja pretensão é a da desconstituição da sociedade conjugal, que terão por réu o marido.
Conquanto ainda haja alguma controvérsia, prevalece amplamente o entendimento de que o foro privilegiado da mulher não fere o princípio da isonomia, não padece de inconstitucionalidade, uma vez que ainda pode haver, sobretudo em algumas regiões mais carentes do país, uma dificuldade maior da mulher em ter acesso à justiça, em especial nas ações em que demanda contra o marido. Como a norma do art. 100, I está fundado na residência da mulher (critério territorial), a regra é de competência relativa.
Foro privilegiado do credor de alimentos
 De acordo com o art. 100, II, do CPC, a competência para as ações de alimentos é do domicílio do alimentando, regra que se justifica dada a necessidade de proteger aquele que deles necessita. Como está fundada no domicílio do autor (critério territorial), a regra também é relativa.
Foro do lugardo cumprimento da obrigação 
O art. 100, IV, d, do CPC, atribui competência ao foro do lugar onde a obrigação deve ser satisfeita, quanto às obrigações que ela contraiu.
Foro do lugar do ato ou fato
 O art. 100, V do CPC enumera algumas situações em que a competência — sempre relativa, já que fundada no critério territorial — será o do foro do lugar do ato ou fato. São elas:
A das ações de reparação de dano em geral
As ações em que for réu o administrador ou gestor de negócios alheios.
Foro nas ações de reparação de dano por acidente de veículo ou por crimes
A lei abre ao autor uma alternativa: a de propor no lugar do fato, ou no seu domicílio (CPC, art. 100, parágrafo único). A intenção foi facilitar o acesso das vítimas. Haverá, portanto, foros concorrentes, cabendo a elas a livre opção.
Foro do domicílio do devedor para a ação de anulação de títulos extraviados ou destruídos
 Essa ação vem prevista no art. 907, do CPC, e pressupõe que o portador do título tenha dele sido desapossado injustamente ou o tenha perdido. Para a ação anulatória, a competência — sempre relativa — é do foro do domicílio do devedor.
Competência para as ações em que a União é parte
Quando a União é autora, a demanda será proposta no foro de domicílio do réu, isto é, na seção judiciária desse domicílio, aplicando-se assim a regra geral do art. 94, do CPC. Mas, quando for ré, a ação não será proposta no seu domicílio, mas na seção judiciária do domicílio do autor ou onde houver ocorrido o ato ou fato que deu origem à demanda ou onde esteja situada a coisa (CF, art. 109, §§ 3º e 4º).
	
MODIFICAÇÃO DE COMPETÊNCIA = a)Por vontade das partes
 b)por lei
Por vontade das parte= clausula de eleição do foro vs prorrogação de competência 
Por lei= conexão vs continência 
Obs:
Art.54 NCPC CONEXÃO
O novo código considera ações conexas á ação de execução de titulo extrajudicial é a ação de conhecimento relativo ao mesmo titulo, alem disso o NCPC também considera as ações conexas as ações de execução do mesmo titulo executivo.
NCPC – CONTINÊNCIA
Quando a ação continente tiver sido proposta antes, conseqüência será a reunião das ações contidas e continentes.
Novo CPC 
Art.63 cláusula de eleição do foro
O juiz pode “ex Office” decretar ineficácia da cláusula abusiva de eleição de foro, antes da citação.
Conexão
É um mecanismo processual que permite a reunião de duas ou mais ações em andamento, para que elas tenham um julgamento conjunto.
A principal razão é que não haja decisões conflitantes. Para que duas ações sejam conexas, é preciso que tenham elementos comuns. Sendo assim, seria temerário que fossem julgados por juízes diferentes, cuja convicção não se harmonizasse. Disso poderiam surgir resultados conflitantes, situação que o legislador quis evitar. A reunião ainda se justifica por razões de economia processual, já que, com ela, poderá ser feita uma única instrução e prolatada uma sentença conjunta.
Quando haverá conexão?
 O critério utilizado pelo legislador para definir a existência de conexão é o dos elementos da ação. Toda a ação identifica-se por seus três elementos: as partes, o pedido e a causa de pedir. O art. 103 do CPC estabelece que são conexas duas ações quando lhes for comum o objeto (pedido) ou a causa de pedir. Portanto, desde que tenham um elemento objetivo comum. Não basta coincidência apenas de partes.
Não se justifica a reunião de ações se inexiste qualquer risco de sentenças conflitantes, ou se a reunião não trouxer nenhum proveito em termos de economia processual.
Continência
 Também forma de modificação de competência, vem tratada no art. 104 do CPC, que a define como uma relação entre duas ou mais ações quando houver identidade de partes e de causa de pedir, sendo que o objeto de uma, por ser mais amplo, abrange o das outras. Tal como a conexão, ela enseja a reunião de ações, para evitar decisões conflitantes, havendo aqui um risco ainda maior, já que exige dois elementos comuns (partes e causa de pedir) e a relação entre os pedidos. Todas as regras que valem para a conexão são aplicáveis à continência.
PRINCIPIOS INFRACONSTITUCIONAIS DO DPC
Iniciativa/Demanda/Dispositivo
Impulso oficial
NCP: Art. 2º O processo começa por iniciativa da parte, nos casos e nas formas legais, salvo exceções previstas em lei, e se desenvolve por impulso oficial.
262 CPC - O processo civil começa por iniciativa da parte, mas se desenvolve por impulso oficial. Art. 2º. Nenhum juiz prestará a tutela jurisdicional senão quando a parte ou o interessado a requerer, nos casos e forma legais.
Livre convencimento motivado do juiz
NCPC 371
SISTEMA DE VALORAÇÃO DAS PROVAS 
 - Sistema legal – lei predetermina o valor de cada meio de prova no processo.
Ex: testemunha, pericial, documental.
 - Sistema de intima convicção – O juiz tem total liberdade para dar valor a prova de acordo com sua intima convicção sem necessidade de motivação.
- Livre convencimento motivado do juiz – Por esse sistema o juiz tem liberdade para valorar com sua intima convicção sem necessidade de motivação.
PRINCÍPIO DA LEGALIDADE PROCESSUAL/BOA FÉ
Todos os sujeitos do processo tem o dever de atuar com modalida e probalidade. Não sendo tolerados comportamentos desleais no processo.
Ex: atos de litigância de má fé, atos atentando a dignidade da justiça.
Ex: alterar a verdade dos fatos, falso testemunho.
I Princípios infraconstitucionais I 
I) Iniciativa/Demanda/Dispositivo (art.2º CPC atual/novo): Cabe à parte interessada provocar a jurisdição a fim de obter tutela jurisdicional, quem provoca é a parte. Jurisdição é inerte, cabe a parte iniciar a ação e delimitar os limites da jurisdição. 
II) Impulso oficial (art.262 atual e 2º novo): Uma vez instaurado o processo por iniciativa da parte, ele se desenvolve por iniciativa do juiz independente de nova manifestação da parte, o juiz sabe como conduzir o processo. 
III) Livre convencimento motivado do juiz (doutrinário atual e 371 novo): Sistema de valoração das provas. 
 Sistema legal: A lei predetermina o valor de cada prova no processo. (Não se adota esse sistema) 
Sistema da íntima convicção: Juiz tem total liberdade para dar valor a prova de acordo com sua convicção, sem necessidade de motivação. (Não adota esse sistema) 
Sistema do livre convencimento motivado: Juiz tem liberdade para valorar a prova desde que o faça de acordo com a prova dos autos e de forma motivada. 
IV) Princípio da lealdade processual- Boa-fé: Todos os sujeitos do processo tem o dever de atuar com moralidade e probidade, não sendo tolerados comportamentos desleais no processo. 
Atos de litigância de má-fé (17 CPC), alterar veracidade dos fatos. (Código atual prevê multa de 1% do valor da causa e indenização por danos causados a parte contrária, novo código prevê multa de 10%). 
 Atos atentatórios ao exercício da jurisdição (14, p.u, novo CPC), criar embaraços ao cumprimento das decisões, “protelar”. Advogado não está sujeito a isso. (Multa de 20% sobre o valor da causa, revertido para o Estado). 
 Atos atentatórios à dignidade a justiça (600, novo CPC), litigância de má-fé no processo de execução. (Multa de 20% sobre valor executado reverte para a parte prejudicada). 
V) Princípio da instrumentalidade das formas (art.194 atual, 188 novo): Processo não é um fim em si, mas um meio para obter-se ou não, um direito material. Se o ato é praticado em desconformidade com a formalidade legal, mas atinge sua finalidade (sem prejuízo a nenhuma parte) esse ato não será anulado. 
VI) Princípio da economia processual (doutrinário): Exige a prática máxima de atos no processo no menor tempo possível, eficiência no processo. 
Pressupostos processuais: São requisitos para o desenvolvimento válido e regular do processo. 
Pressupostos processuais de existência: Requisitos necessários a formação do processo. 
Pressupostosprocessuais de validade: Requisitos necessários para validade do processo. 
Pressupostos processuais negativos: Requisitos que não podem estar presente no processo. 
Existência: Petição inicial: peça inaugural do processo, através da qual o autor provoca a jurisdição e formula pedido de tutela jurisdicional. (Ato inicial do processo, art.282 CPC). Já existe um processo “incompleto”, é necessária a citação do réu para existir um processo, pois sem a citação o processo não esta completo, não existe para o réu. 
Validade: Petição precisa ter aptidão, não pode conter nenhuma causa de inépcia para ser válida. (art.295 p.u). Causas de inépcia: 
Petição sem pedido ou causa de pedir, falta de conexão entre ambas. 
Pedidos incompatíveis entre si. 
Contenha pedido juridicamente impossível. 
Deve-se dirigir a petição apta para o prejuízo competente, o juiz não pode ser impedido (manter relação de parentesco, ser parte, atuou anteriormente no processo), deve-se citar o réu, e haver capacidade processual entre as partes. 
Custos no processo
Custo financeiro do processo pode ser identificado genericamente nas despesas processuais, nos honorários advocatícios e nas despesas extraprocessuais. Estas são as despesas com o advogado, viagens, reproduções de documentos, autenticações, pagamento de serviços de assistentes técnicos etc. Já os honorários só serão devidos ao final do processo e constituem-se direito subjetivo da parte. 
É determinada na sentença, ônus da sucumbência. O valor é o reembolso das despesas adiantado pela parte vencedora e os honorários advocatícios devidos ao advogado da parte vencedora (10 a 20% do valor da condenação, benefício econômico ou valor da causa). Critérios para fixar honorários: Zelo do advogado, complexidade da causa, tempo, lugar do processo, importância da causa etc. 
Honorário pela metade quando o réu reconhecer espontaneamente o pedido. 
Assistência Judiciária gratuita
Pessoas físicas (necessitadas) que apresentarem declaração de pobreza, alegarem que não podem arcar com os custos sem prejudicar o sustento próprio ou de sua família, prova relativa. Pessoa jurídica sem fins lucrativos prova relativa. Com fim lucrativo exige-se prova efetiva do atestado. Estarão dispensados de: 
 -Despesas processuais.
 -Honorários advocatícios.
 -Remuneração dos auxiliares da justiça.
Não abrange multa, litigância de má-fé. O beneficiaria da assistência se for vencido, é condenado a pagar os honorários e custos processuais a parte vencedora é isento do pagamento, a menos que haja alteração de sua situação econômica. Assistência pode ser parcial ou ainda pode-se parcelar as despesas. 
Atos processuais
Atos jurídicos aptos a produzir efeitos no processo, atos praticados dentro e fora do processo. (Ex: eleição de foro, decidido fora mas produz efeito). 
Classificação: 
I) Atos das partes: São os atos praticados pela parte. 
Postulatório: São os atos por meio da qual as partes requerem uma providência. 
Pedido: Ato da parte por meio da qual se requer uma tutela jurisdicional.
Requerimento: Todas demais solicitações das partes. 
Instrutórios: É os atos voltados a produção de provas.  Dispositivos: São os atos de disposição das partes, relacionados à abdicação de alguma vantagem processual. (Ex: desistência da ação). 
Omissivos: decorrem de uma omissão das partes. (Ex: revelia).
 
II) Atos do juiz: Recurso feito diante do ato do juiz. A sentença é o ato do juiz que põe fim a fase de conhecimento ou a fase de execução e que tem o conteúdo dos artigos 267 e 269 (novo 485 e 487 CPC). Sentença é a somatória do conteúdo e sua finalidade. O juiz profere decisão no curso do processo, não é sentença. A sentença põe fim ao procedimento em primeiro grau. 
Decisão interlocutória: Ato do juiz com conteúdo decisório que não seja sentença. (Art.203 novo CPC e 162 antigo). 
 Acórdão: Decisão colegiada dos tribunais. Conjunto de julgadores, o resultado é a soma dos votos, unanime ou por maioria. 
Monocrática dos tribunais: Um julgador do tribunal isoladamente decide. Recurso, questão em recurso. 
 Despacho: Manifestação do juiz sem conteúdo decisório, para mero impulsionamento no processo. 
 Despacho de mero expediente: Despachos que pela ausência de complexidade podem ser delegado ao escrivão com possibilidade de revisão pelo juiz se necessário. 
Forma dos atos processuais
I) Liberdade das formas (art.154): Regra geral é que não há solenidade (não prevê formalidade) na prática dos atos processuais. Com exceção da citação. 
II) Instrumentalidade das formas: Mesmo os atos solenes, se não respeitar a formalidade legal, serão considerados válidos no processo desde que atingido sua finalidade. Se causar prejuízo, anula. 
III) Publicidade (art.180 e 155 novo CPC): Atos são públicos, com exceção segredo de justiça. O novo CPC trás a arbitragem com segredo de cláusula com ato não público. 
IV) Vernáculo: Atos devem estar redigidos em língua portuguesa. 
V) Meios para praticar os atos: Petições das partes deverão ser protocoladas no cartório onde tramita o processo devendo ser entregue a parte com recibo da entrega da petição (protocolada). Protocolo integrado- petição apresentada em juízo diverso daquele onde tramita o processo. 
Lugar dos atos processuais (art.176)
Deve ser praticado na sede do juízo onde tramita o processo. (Exceção carta de ordem, precatória, rogatória, arbitral) 
Carta de ordem: Feita por um tribunal e dirigida a um órgão subordinado a ele. 
Carta precatória: Solicitação feita por um juízo a outro juízo brasileiro. (Ex: ouvir testemunha que mora em outro Estado) 
 -Deprecante: Juízo que expede a carta. 
 -Deprecado: Juízo que recebe a carta. 
Carta rogatória: Solicitação feita por um juízo estrangeiro a um juízo brasileiro. 
Carta arbitral: Arbitro necessita de diligência do poder judiciário poderá expedir carta arbitral. (Ex: cumprimento de tutela provisória). 
Horários processuais: 6h às 20h. É possível estender caso o ato já tenha se iniciado antes do prazo. Os atos só poderão ser praticados fora dos dias úteis com autorização expressa do juiz.
I 4º SEMESTRE – DIREITO PROCESSUAL CIVIL I 
O tempo e lugar dos atos processuais
Tempo: O código utiliza determinações de tempo para a pratica dos atos processuais sob dois ângulos diferentes:
 - O de momento adequado ou útil para a atividade processual 
 - O de prazo fixado para a pratica do ato
 A 1ª regra sobre o tempo hábil a pratica dos atos processuais é a do art. 172, que determina que eles sejam realizados em dias úteis, das 6 às 20 horas. 
Art. 177. Os atos processuais realizar-se-ão nos prazos prescritos em lei. Quando esta for omissa, o juiz determinará os prazos, tendo em conta a complexidade da causa.
 -Entende-se por dias úteis aqueles em que há expediente forense, de modo que “durante as férias e nos feriados não se praticarão os atos processuais” art. 173. O mesmo se diz dos sábados e domingos, que conforme as maiorias das organizações judiciárias não são dias úteis. 
Art. 173. Durante as férias e nos feriados não se praticarão atos processuais. Excetuam-se:
 I - a produção antecipada de provas (art. 846); 
II - a citação, a fim de evitar o perecimento de direito; e bem assim o arresto, o sequestro, a penhora, a arrecadação, a busca e apreensão, o depósito, a prisão, a separação de corpos, a abertura de testamento, os embargos de terceiro, a nunciação de obra nova e outros atos análogos. 
Parágrafo único. O prazo para a resposta do réu só começará a correr no primeiro dia útil seguinte ao feriado ou às férias
 A pratica do ato tempo dar-se-á: 
- Salvo nos casos de citação e intimação, de nenhum efeito são os atos praticados em dias não úteis fora do horário legal.Permite-se, contudo que os atos iniciados em momento adequado possam se prolongar além das 20 horas, quando “o adiamento prejudicar a diligencia ou causar grave dano” art. 172, parágrafo 1. 
Art. 172. Os atos processuais realizar-se-ão em dias úteis, das 6 (seis) às 20 (vinte) horas. 
§ 1o Serão, todavia, concluídos depois das 20 (vinte) horas os atos iniciados antes, quando o adiamento prejudicar a diligência ou causar grave dano 
- Para citação e penhora, há exceção expressa que permite sua pratica em domingos e feriados, ou nos dias úteis fora do horário legal (art. 172, parágrafo 2). 
Art. 172. Os atos processuais realizar-se-ão em dias úteis, das 6 (seis) às 20 (vinte) horas. 
§ 2o A citação e a penhora poderão, em casos excepcionais, e mediante autorização expressa do juiz, realizar-se em domingos e feriados, ou nos dias úteis, fora do horário estabelecido neste artigo, observado o disposto no art. 5o, inciso XI, da Constituição Federal.
 - Eletrônico ocorre em até 24 horas do último dia do prazo. 
- Nas férias (CPC atual 20/12) a (06/01) não se praticam atos com exceção do art. 173 CPC/73 NOVO CPC as férias serão 20/12 a 20/01 (prazos suspensos) art. 214 e 220 do CPC/15.
 - Processa se durante as férias os atos do art. 174 CPC/73 e 215 CPC/15 
A diligencia excepcional, todavia, dependerá dos seguintes requisitos:
 a) pedido da parte que demonstre a excepcionalidade do caso e urgência da medida 
 b) autorização expressa do juiz 
 c) observância do disposto no art. 5, inc. XI da constituição federal. 
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes: 
XI - a casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela podendo penetrar sem consentimento do morador, salvo em caso de flagrante delito ou desastre, ou para prestar socorro, ou, durante o dia, por determinação judicial; (Vide Lei nº 13.105, de 2015) 
Processa-se durante as férias: 
Art. 174. Processam-se durante as férias e não se suspendem pela superveniência delas: 
I - Os atos de jurisdição voluntária bem como os necessários à conservação de direitos, quando possam ser prejudicados pelo adiamento;
 II - As causas de alimentos provisionais, de dação ou remoção de tutores e curadores, bem como as mencionadas no art. 275; 
III - todas as causas que a lei federal determinar.
 Contagem de prazos: 
Os prazos são contados com exclusão do dia do começo e com inclusão do dia do vencimento (art. 184) 
Art. 184. Salvo disposição em contrário, computar-se-ão os prazos, excluindo o dia do começo e incluindo o do vencimento. (Redação dada pela Lei nº 5.925, de 1º.10.1973) 
§ 1o Considera-se prorrogado o prazo até o primeiro dia útil se o vencimento cair em feriado ou em dia em que: (Redação dada pela Lei nº 5.925, de 1º.10.1973)
 I - for determinado o fechamento do fórum; 
II - o expediente forense for encerrado antes da hora normal. 
§ 2º Os prazos somente começam a correr a partir do primeiro dia útil após a intimação (art. 240). (Redação dada pela Lei nº 5.925, de 1º.10.1973) 
Na vigência do CPC/73 a contagem do prazo é continua, uma vez iniciada, conta-se de forma interrupta com exceção das férias que há suspensão. (Caindo o prazo em dias não uteis, sábados,domingos, feriados prorroga-se o prazo para dia útil seguinte da data de publicação. 
Publicação diário oficial = Inicio, contagem dia seguinte 
Eletrônico = DJE Disponibiliza, depois publicação – inicio do prazo, são 3 dias (miga verificar este, estou com duvida).
Art.224 novo CPC/15 
Art. 219 novo CPC/15 
- Não termina ou começa o prazo no fórum fechado ou de férias (suspende o andamento), entretanto dia fechado de fórum conta-se o andamento do prazo. Conta-se feriado, sábado, domingo e acaba somente no 1 dia útil. 
NOVO CPC 
*Com o CPC/15 não vai mais ser prazo continuo, só dia útil se computa.
 *O início do prazo sempre tem que começar em dia útil. 
Finalização prazos processuais (art. 240 CPC/73 e 231 CPC/15) 
Art. 240. Salvo disposição em contrário, os prazos para as partes, para a Fazenda Pública e para o Ministério Público contar-se-ão da intimação. 
Parágrafo único. As intimações consideram-se realizadas no primeiro dia útil seguinte, se tiverem ocorrido em dia em que não tenha havido expediente forense. 
Contagem do prazo se dá seu início: 
- Da publicação via DOE ou DJE (disponibilização)
 - da juntada do AR (correio)
 -Da juntada do mandado (oficial de justiça) 
Disposições Gerais 
Prazo é o espaço de tempo em que o ato processual da parte pode ser validamente praticado. 
Todo prazo é delimitado por dois termos: O inicial (dies a quo) e o final (dies ad quem). 
No primeiro nasce à faculdade de a parte promover o ato, pelo segundo, extingue-se a faculdade, tenha ou não sido levado a efeito o ato. 
Em processo, o termo inicial é ordinariamente a intimação da parte e o final, o momento em que se encerra o lapso previsto em lei. Ambos costumam ser documentados nos autos por certidões do escrivão. 
Denominação dos prazos: Onde estão previstos os prazos: As maiorias dos prazos estão previstos no código, se, porém, houver omissão da lei, caberá ao juiz determinar o prazo em que o ato do processo pode ser praticado, art. 177, segunda parte.
 Art. 177. Os atos processuais realizar-se-ão nos prazos prescritos em lei. Quando esta for omissa, o juiz determinará os prazos, tendo em conta a complexidade da causa. 
No sistema legal, há prazos não só para as partes, mas também para os juízes e para seus auxiliares. O efeito da preclusão, todavia, só atinge as faculdades processuais das partes e intervenientes. Daí a denominação de prazos próprios para os fixados as partes, e prazos impróprios aos dos órgãos judiciários, já que da inobservância destes não decorre consequência ou efeito processual.
 Diz se também que o prazo das partes pode ser comum ou particular. 
Comum: é o que corre para ambos os litigantes, a um só tempo, como o de recorrer, quando há sucumbência recíproca.
Particular: é o que interessa ou pertence apenas a uma das partes, como o de contestar, o de produzir contrarrazões etc. 
Preclusão pode ser de três tipos:
 -Temporal: Perda da faculdade de praticar um ato processual em razão do decurso do prazo (por exemplo, o recurso de embargo de declaração foi interposto no sexto dia).
 - Logica: Perda da faculdade de praticar um ato processual em razão da pratica de um ato incompatível com o ato que se deseja praticar (Por exemplo, aquele que reconheceu a procedência do pedido não pode contestar). Incompatibilidade entre um ato e outro que tenha sido praticado anteriormente. Ex.: Aceitou sentença e depois pede recurso. 
-Consumativa: perda da faculdade de praticar um ato processual em razão da pratica do ato (exemplo, aquele que contestou no quinto dia do prazo não pode complementar a contestação nos dez dias que restariam parar o encerramento do prazo). Resultado de a parte ter praticado o ato e deseja praticar novamente, não pode repetir.
 Classificação: 
De forma geral, os prazos podem ser: 
 a) legais: são os fixados pela própria lei, como o de resposta do réu e o dos diversos recursos. 
 b) judiciais: quando o juiz fixa os prazos (caso não fixe o prazo, será este de cinco dias), os marcados pelo juiz, em casos como o da designação de data para audiência (art. 331, caput), o de fixação de prazo do edital (art. 232, IV), o de cumprimento de carta precatória (art. 203), o de conclusão de prova pericial (art. 427, caput) etc. 
 c) convencionais: finalmente, são ajustados, de comum acordo, entre as partes, como o de suspensão do processo (art. 265, II, e parágrafo 3), ou o de concessão pelo credor ao devedor, na execução, para que a obrigaçãoseja voluntariamente cumprida. (art. 792).
 Natureza dos prazos: 
Segundo sua natureza, os prazos são considerados dilatórios ou peremptórios. 
Dilatório: Põe em jogo apenas, interesse da parte (para apenas uma parte), não é algo fatal, se não cumprir no prazo, não será prejudicada.
 Art. 181. Podem as partes, de comum acordo, reduzir ou prorrogar o prazo dilatório; a convenção, porém, só tem eficácia se, requerida antes do vencimento do prazo, se fundar em motivo legítimo. 
§ 1o O juiz fixará o dia do vencimento do prazo da prorrogação. 
§ 2o As custas acrescidas ficarão a cargo da parte em favor de quem foi concedida a prorrogação 
Peremptório: é o prazo que o seu termino cria uma situação que condiciona a própria função jurisdicional. É fatal, não cumpriu no prazo, o juiz pode prorrogar por calamidade pública ou dificuldade de transporte. 
Ex.: Contestação, recurso, juntada de testemunha. 
Art. 182. É defeso às partes, ainda que todas estejam de acordo, reduzir ou prorrogar os prazos peremptórios. O juiz poderá, nas comarcas onde for difícil o transporte, prorrogar quaisquer prazos, mas nunca por mais de 60 (sessenta) dias. 
Parágrafo único. Em caso de calamidade pública, poderá ser excedido o limite previsto neste artigo para a prorrogação de prazos. 
Ao juiz, todavia, o Código permite, em casos excepcionais, a ampliação de todo e qualquer prazo, mesmo os peremptórios, desde que seja difícil o transporte na Comarca, ou tenha ocorrido caso de calamidade publica.
 Nas dificuldades de transporte, a ampliação máxima poderá atingir 60 dias (art. 182, segunda parte), na calamidade publica, poderá até ultrapassar o mencionado limite (art. 182, parágrafo único) 
Formação do processo
 
Na análise do art. 262 do CPC, vê-se que o início do processo se dá mediante provocação das partes. Os juízes não de oficio e sem iniciativa da parte ou MP, não há processo.
 Art. 262. O processo civil começa por iniciativa da parte, mas se desenvolve por impulso oficial. 
Passada essa fase inaugural, o processo passa a se desenvolver por impulso oficial do juiz que pode investigar e coletar provas que considere oportunas para apuração da verdade, assim:
 
A ação se considera proposta quando: 
a) com o despacho da petição inicial, se houver uma vara 
b) com a distribuição, se houver, mais de uma vara.
 c) Necessidade de citação para angularização processual, art. 219 3.
Suspensão do processo art. 265 do CPC.
 -Consiste na paralisação da marcha dos atos processuais até que a causa suspensiva desapareça. 
Restitui-se a parte o prazo que faltava quando da suspensão. Só se praticam atos urgentes no interregno da suspensão, art. 266 do CPC. Art. 265, I do CPC 
Art. 265. Suspende-se o processo:
 I - pela morte ou perda da capacidade processual de qualquer das partes, de seu representante legal ou de seu procurador;
 II - pela convenção das partes; (Vide Lei nº 11.481, de 2007)
 III - quando for oposta exceção de incompetência do juízo, da câmara ou do tribunal, bem como de suspeição ou impedimento do juiz; 
Divorcio consensual, inventario, não precisa de citação. 
Nulidades processuais 
- A nulidade em sentido amplo é um estado de irregularidade que tende a conduzir o ato a ineficácia. A forma do ato processual é meio e não fim em si mesmo e só deverá ser declarada nulidade pela inobservância quando tiver deixado de atingir utilmente o seu fim.
 
- A forma determina a conseqüência do ato processual e que garante a finalidade para a qual a lei prevê. 
Espécies de vicio de atos processuais:
 - A inexistência significa que o ato não reúne os requisitos mínimos para que o mundo jurídico o aceite ou reconheça. Pode se dizer que a inexistência pode ser declarada de oficio e é insanável endoprocessualmente e extra processualmente, vale dizer, a inexistência pode ser alegada em qualquer tempo, inclusive depois de encerrado o prazo para a propositura de ação rescisória.
 Atos inexistentes: Impede o ingresso do ato no mundo jurídico 
Ex: Sentença sem assinatura do juiz, juiz falso, todos atos serão nulos, devido à ausência dos pressupostos de existência. 
Atos nulos (nulidade absoluta) 
- Já a nulidade absoluta vicia o ato processual, atingindo um interesse público. Pode se dizer que a nulidade absoluta pode ser declarada de oficio e alegada, dentro do processo, em qualquer tempo. Ocorrendo o transito em julgado, a nulidade absoluta pode ser alegada no período de dois anos por meio de ação rescisória. Portanto, a nulidade absoluta é insanável endoprocessualmente, mas sanável extra processualmente. 
Por exemplo: sentença sem fundamentação e incompetência absoluta 
Ocorre nas hipóteses, quando não se respeita a forma imposta, o vício deve ser invalidado pelo juiz. Art. 249 CPC.
 Art. 249. O juiz, ao pronunciar a nulidade, declarará que atos são atingidos, ordenando as providências necessárias, a fim de que sejam repetidos, ou retificados. 
§ 1o O ato não se repetirá nem se lhe suprirá a falta quando não prejudicar a parte. 
§ 2o Quando puder decidir do mérito a favor da parte a quem aproveite a declaração de nulidade, o juiz não a pronunciará nem mandará repetir o ato, ou suprir-lhe a falta. 
Ex: Recurso sem ser na forma devida. 
Pode ser argüido em qualquer momento.
 Nulidade Relativa 
Pode se dizer que a nulidade relativa não pode ser declarada de oficio, devendo ser alegada pela parte prejudicada na primeira oportunidade que tiver para falar nos autos (art. 245 do CPC). Portanto, é vicio sanável endoprocessualmente.
 Ocorre quando ato, embora viciado em sua forma, mostra-se capaz de produzir efeitos, se a parte prejudicada não requerer sua invalidade, sob pena de preclusão. O defeito é ratificável, a alegação deve ser feita na 1ª oportunidade e não pode ser usada para beneficiar a parte ( ) nulidade.
 Há uma tendência do processo civil moderno quanto ao aproveitamento ou conservação dos atos processuais e do próprio processo (princípio do aproveitamento ou da conservação), mesmo diante dos vicio considerados de maior gravidade, como a nulidade absoluta. Por isso, vem se decidindo que não se deve decretar a nulidade se o ministério público não participou do processo (segundo o caput do art. 246 do CPC, “ É nulo o processo, quando o ministério Público não for intimado a acompanhar o feito em que o Ministério Público não for intimado a acompanhar o feito que deva intervir”), quando a decisão for favorável ao interesse público (não nulidade sem prejuízo). 
Efeitos
- A nulidade de parte do ato não prejudica os outros que são independentes. (Art. 243 a 249). 
Art. 243. Quando a lei prescrever determinada forma, sob pena de nulidade, a decretação desta não pode ser requerida pela parte que lhe deu causa. 
Art. 244. Quando a lei prescrever determinada forma, sem cominação de nulidade, o juiz considerará válido o ato se, realizado de outro modo, lhe alcançar a finalidade. 
Art. 245. A nulidade dos atos deve ser alegada na primeira oportunidade em que couber à parte falar nos autos, sob pena de preclusão. Parágrafo único. Não se aplica esta disposição às nulidades que o juiz deva decretar de ofício, nem prevalece a preclusão, provando a parte legítimo impedimento. 
Art. 246. É nulo o processo, quando o Ministério Público não for intimado a acompanhar o feito em que deva intervir. Parágrafo único. Se o processo tiver corrido, sem conhecimento do Ministério Público, o juiz o anulará a partir do momento em que o órgão devia ter sido intimado. 
Art. 247. As citações e as intimações serão nulas, quando feitas sem observância das prescrições legais. 
Art. 248. Anulado o ato, reputam-se de nenhum efeito todos os subsequentes, que dele dependam; todavia, a nulidade de uma parte do ato não prejudicará as outras, que dela sejam independentes.
 2. Inalterabilidade do pedido e causa após citação, art. 263 e 264 do CPC
 Art. 263. Considera-se proposta a ação, tanto que a petição inicial seja despachada pelo juiz, ou simplesmentedistribuída, onde houver mais de uma vara. A propositura da ação, todavia, só produz, quanto ao réu, os efeitos mencionados no art. 219 depois que for validamente citado.
 Conforme o art. 264 do CPC, existem três momentos muito distintos em que pode correr a alteração:
 Art. 264. Feita a citação, é defeso ao autor modificar o pedido ou a causa de pedir, sem o consentimento do réu, mantendo-se as mesmas partes, salvo as substituições permitidas por lei. Parágrafo único. A alteração do pedido ou da causa de pedir em nenhuma hipótese será permitida após o saneamento do processo
 - Antes da citação, o autor pode alterar livremente a causa de pedir ou pedido
 - Depois da citação e antes do saneamento do processo, o autor pode alterar a causa de pedir ou pedido, desde que o réu consinta 
- Depois do saneamento do processo, o autor não poderá alterar a causa de pedir ou o pedido Alguns entendem que essas regras relativas a alteração da causa de pedir ou pedido também se aplicam a inclusão do litisconsortes facultativos (em razão da economia processual e da necessidade de evitar julgamentos contraditórios). Outros porem, não aceitam a inclusão de litisconsortes ulteriores (em razão do princípio do juiz natural). 
Extinção processual com mérito, art. 269 do CPC
 A razão da função jurisdicional, é a participação social, e ela se dá em especial com a sentença de mérito, no que significa dizer que o juiz analisou e julgou o direito violado, portanto deu procedência (autor venceu) ou improcedência (réu venceu). 
As hipóteses de julgamento com mérito estão no art. 269 do CPC.
 Art. 269. Haverá resolução de mérito: 
I - quando o juiz acolher ou rejeitar o pedido do autor
 A sentença de mérito típica é aquela que julga o pedido do autor, vale dizer, o mérito da causa, a lide. Tanto faz se o juiz julga o pedido procedente ou improcedente ou parcialmente procedente. Em todas essas situações estará proferindo uma sentença de mérito típica. Normalmente ou juiz não está autorizado a julgar o pedido antes de ouvir o réu, mas o código permite que isso ocorra nas hipóteses dos art. 285 A e 730, III (improcedência prima facie ou julgamento antecipadíssimo da lide). 
II - quando o réu reconhecer a procedência do pedido 
O reconhecimento da procedência do pedido, também conhecido como reconhecimento jurídico do pedido, acontece quando o réu adere ao pedido formulado pelo autor. Trata-se de uma modalidade de auto composição, a submissão, em razão de apenas um dos conflitantes sacrifica o seu interesse em benefício do outro. Para que o advogado reconheça a procedência do pedido, é preciso que o mandato lhe confira esse poder especifico. 
Vale notar que o reconhecimento do pedido não ser confunde com a confissão, o reconhecimento é uma hipótese de sentença de mérito, enquanto que a confissão é apenas um meio de prova. Ademais, o reconhecimento só pode ser realizado pelo réu, enquanto que a confissão pode ser tanto pelo autor quanto o réu. E ainda o reconhecimento incide sobre o direito, e a confissão sobre o fato. 
III - quando as partes transigirem; 
A transação é uma modalidade de auto composição, do qual ambos conflitantes sacrificam seus interesses. O advogado pode transigir, desde que o mandato lhe der este poder especifico. Ademais, o juiz pode homologar transação dentro ou fora do processo, ainda que esta inclua matéria não posta em juízo (inciso III do art. 475-N).
 IV - quando o juiz pronunciar a decadência ou a prescrição 
A prescrição consiste na perda de uma pretensão em razão do não exercício dentro do prazo legal. Enquanto a decadência, que pode ser legal ou convencional, consiste na perda de um direito potestativo em razão do não exercício dentro do prazo legal. 
V - quando o autor renunciar ao direito sobre que se funda a ação. 
A parte pode renunciar o próprio direito material afirmado em juízo e a pretensão. Trata-se de uma forma de auto composição, a submissão, porque somente um dos conflitantes sacrifica o seu interesse em benefício do outro, a semelhança no que ocorre com o reconhecimento jurídico do pedido. O advogado pode renunciar a pretensão (o direito afirmado em juízo), desde que o mandato lhe outorgue poderes para tanto. 
Extinção do Processo sem mérito - Analise do art. 267 do CPC/73 e 268 CPC/73 
Extinção do processo sem mérito, profere uma sentença terminativa e coisa julgada formal (todo processo tem), coisa julgada material (não pode mais propor a ação).
 Art. 267. Extingue-se o processo, sem resolução de mérito: (Redação dada pela Lei nº 11.232, de 2005) 
I - quando o juiz indeferir a petição inicial;
Il - quando ficar parado durante mais de 1 (um) ano por negligência das partes; 
III - quando, por não promover os atos e diligências que lhe competir, o autor abandonar a causa por mais de 30 (trinta) dias; 
IV - quando se verificar a ausência de pressupostos de constituição e de desenvolvimento válido e regular do processo; 
V - quando o juiz acolher a alegação de perempção, litispendência ou de coisa julgada; 
VI - Quando não concorrer qualquer das condições da ação, como a possibilidade jurídica, a legitimidade das partes e o interesse processual;
VII - pelo compromisso arbitral; 
VII - pela convenção de arbitragem; (Redação dada pela Lei nº 9.307, de 23.9.1996) 
VIII - quando o autor desistir da ação; 
IX - quando a ação for considerada intransmissível por disposição legal; 
X - quando ocorrer confusão entre autor e réu; 
XI - nos demais casos prescritos neste Código.
 § 1o O juiz ordenará, nos casos dos ns. II e Ill, o arquivamento dos autos, declarando a extinção do processo, se a parte, intimada pessoalmente, não suprir a falta em 48 (quarenta e oito) horas. 
§ 2o No caso do parágrafo anterior, quanto ao no II, as partes pagarão proporcionalmente as custas e, quanto ao no III, o autor será condenado ao pagamento das despesas e honorários de advogado (art. 28). 
§ 3o O juiz conhecerá de ofício, em qualquer tempo e grau de jurisdição, enquanto não proferida a sentença de mérito, da matéria constante dos nos. IV, V e VI; todavia, o réu que a não alegar, na primeira oportunidade em que lhe caiba falar nos autos, responderá pelas custas de retardamento. 
§ 4o Depois de decorrido o prazo para a resposta, o autor não poderá, sem o consentimento do réu, desistir da ação. 
Litisconsórcio
 É a pluralidade de pessoas que atuam como parte no mesmo polo da relação processual ou, segundo a maioria da doutrina, simplesmente uma pluralidade de partes.
 -Normalmente, os sujeitos da relação processual são singulares: autor e réu. Há, porém, casos em que ocorre o litisconsórcio, ou seja, no polo passivo pode existir mais de um réu e/ou no polo ativo mais de um autor. 
2.2 Classificação quanto ao momento da formação: inicial ou ulterior:
 É inicial o litisconsórcio constituído na propositura da ação, quando o credor promove ação de cobrança contra devedores solidários. 
É ulterior o litisconsórcio após a propositura da ação, quando o devedor solidário, demandado pelo credor, chama outro devedor solidário ao processo (inciso III do art. 77 do CPC/73), ou quando os sucessores assumem o polo da relação processual em razão do sucedido ter falecido.
 2.3 Classificação quanto à sorte dos litisconsortes no plano material: simples ou unitário 
-O litisconsórcio é simples quando permite decisões diferentes para cada litisconsorte. Isto ocorre, em razão de que cada consorte possui uma lide distinta com relação a parte adversária (discute-se no processo uma relação jurídica material). 
Ex.: Se “a” e “b” forem atropelados por “c”, e em face deste promoverem uma ação de reparação de danos, o litisconsórcio formado entre elas será simples, na medida em que: “a” e “b” possuíram lides distintas com relação a “c”, o juiz ao condenar “c” a reparar danos causados, poderá atribuir valores distintos para cada litisconsorte. 
-O litisconsórcio é unitário quando o juiz tiver de decidir de modo igual para todos os litisconsorte.Isto ocorre porque os litisconsortes possuem uma só lide com relação a parte adversaria (discute-se no processo uma única relação jurídica incindível).
 Ex.: Se o ministério público promover uma ação declaratória de nulidade de casamento em face de uma casal (art. 1.549 do CC), o litisconsórcio formado pelos cônjuges será unitário, pois existe uma só lide entre o ministério público de um lado, e o casal, de outro. 
2.4 Classificação quanto à obrigatoriedade da formação: facultativo ou necessário 
-É facultativo o litisconsórcio cuja formação não é obrigatória, apesar de admitido como medida de economia processual ou para evitar decisões conflitantes, desde que presente uma das hipótese previstas no art. 46 do CPC/73. 
As hipóteses do art. 46 são: 
-comunhão de direitos ou obrigações (credores solidários ou devedores solidários numa ação de cobrança, condomínio tradicional) 
-identidade de fundamentação de fato ou de fundamentação de direito (ação indenizatória proposta por familiares de vítima de acidente aéreo, ou ação proposta por servidores públicos em face da fazenda pública, pleiteando alguma vantagem com fundamento em determinada lei, ação de indenização proposta contra empresa de ônibus)
 -conexão (identidade de causa de pedir ou pedido, ainda que parcial- por exemplo, ação proposta por sócios para anulação da assembleia geral ordinária da sociedade, ação de indenização proposta contra empresa de ônibus)
 -afinidade de questões (proximidade entre as causa de pedir- por exemplo, ação propostas por pessoas que foram multadas por infrações de transito ocorrida no mesmo local, 2 filhos incapazes, doente mentais) 
-O litisconsórcio necessário é aquele cuja formação se mostra obrigatória por expressa disposição legal ou ainda porque é unitário – natureza da relação jurídica – salvo exceções. 
No caso de previsão legal: o litisconsórcio passivo entre o antigo proprietário e os confinantes da ação de usucapião do imóvel (art. 942 CPC/73). 
No caso de litisconsórcio unitário: o litisconsórcio formado pelos contratados na ação de anulação de contrato proposta pelo contratante. 
2.4.1 Litisconsórcio necessário passivo e litisconsórcio necessário ativo 
- Cabe ao autor requerer a citação de todos os litisconsortes necessário no polo passivo. Se não o fizer, deverá o juiz conceder lhe um prazo para tanto, sob pena de extinção do processo sem resolução de mérito. Não deve o juiz ordenar a citação do litisconsorte necessário de oficio, pois estará violando o princípio da inercia. Vale destacar que a falta de citação de um litisconsorte necessário acarreta a inexistência da sentença (ou a ineficácia da sentença, para alguns) e pode ser discutida em qualquer tempo por meio da querela nullitatis. 
-Já no polo ativo, todos devem demandar. Se alguns dos titulares de uma relação jurídica material incindível (uma relação contratual, por exemplo), não quiser demandar, os demais titulares dessa relação jurídica podem promover a ação (ajuizarem ação declaratória de nulidade da relação jurídica contratual). 
Há muitas posições a respeito desse assunto, destacando-se três: 
-não é possível promover a ação, porquanto indispensável a presença de todos os litisconsortes (art. 47 do CPC); 
-é possível promover a ação, porque não existe litisconsorte necessário no polo ativo, haja vista que a Constituição assegura a todos o amplo acesso à justiça (inciso XXXV do art. 5º da CF);
 -é possível promover a ação, desde que requeiram a citação – alguns falam em intimação – do litisconsorte recalcitrante para ingressar no processo.
 A terceira posição parece ser a que mais se aproxima do modelo previsto no parágrafo único do art. 47 do CPC. Citado ou intimado o litisconsorte necessário, pode ele:
 -integrar o polo ativo, como litisconsorte ulterior; 
-não ingressar no processo, mas os demais litisconsortes ativos atuarão como substitutos processuais dele; 
-ingressar no polo passivo, como litisconsorte ulterior, para simplesmente impugnar a qualidade de litisconsorte ativo ou para responder à demanda. 
2.5 Litisconsórcio facultativo unitário 
Vale anotar que o litisconsórcio simples não se confunde com o litisconsórcio facultativo, nem o litisconsórcio unitário se confunde com o litisconsórcio necessário. O litisconsórcio é facultativo ou necessário, conforme a obrigatoriedade de sua formação, e simples ou unitário, conforme a sorte dos litisconsortes no plano do direito material. Portanto, o litisconsórcio pode ser:
 -facultativo e simples: por exemplo, o litisconsórcio formado pelos devedores solidários demandados em ação de cobrança 
-facultativo e unitário: por exemplo, o litisconsórcio formado entre os condôminos que reivindicam a coisa comum em face de terceiro
 -necessário e simples: por exemplo, o litisconsórcio formado pelos confinantes na ação de usucapião; ou 
-necessário e unitário: por exemplo, o litisconsórcio formado entre o titular do domínio e o adquirente, demandados em ação pauliana.
 O litisconsórcio unitário é, como regra, necessário, salvo hipótese de legitimação extraordinária admitida pela lei. Por exemplo: o art. 1.314 do Código Civil permite a cada condômino reivindicar de terceiro a coisa comum (legitimação extraordinária com relação aos demais). Assim, o litisconsórcio ativo formado pelos condôminos na ação reivindicatória será facultativo – porque um só poderia prover a ação – e unitário – porque a decisão de mérito deve ser igual para todos os condôminos. Outro exemplo: o inciso LXXIII do art. 5º da CF e o art. 1º da Lei n. 4.717/65 permitem que qualquer cidadão promova uma ação popular (legitimação extraordinária com relação aos demais). Assim, o litisconsórcio ativo formado por cidadãos na ação popular será facultativo – porque um só poderia promover a ação – e unitário – porque a decisão de mérito deve ser igual para todos os cidadãos.
 Perempção.
 Litisconsórcio facultativo 
- As partes podem litigar mas não são forçados
 Hipóteses:
 - Art. 46. Duas ou mais pessoas podem litigar, no mesmo processo, em conjunto, ativa ou passivamente, quando:
 I - entre elas houver comunhão de direitos ou de obrigações relativamente à lide;
 II - os direitos ou as obrigações derivarem do mesmo fundamento de fato ou de direito; 
III - entre as causas houver conexão pelo objeto ou pela causa de pedir; 
IV - ocorrer afinidade de questões por um ponto comum de fato ou de direito. Parágrafo único. O juiz poderá limitar o litisconsórcio facultativo quanto ao número de litigantes, quando este comprometer a rápida solução do litígio ou dificultar a defesa. O pedido de limitação interrompe o prazo para resposta, que recomeça da intimação da decisão.(Incluído pela Lei nº 8.952, de 13.12.1994) 
Efeitos
 - Juiz limita número de litisconsortes (art. 48 CPC) 
Art. 48. Salvo disposição em contrário, os litisconsortes serão considerados, em suas relações com a parte adversa, como litigantes distintos; os atos e as omissões de um não prejudicarão nem beneficiarão os outros.
 - Contagem do prazo em dobro (191, 241 CPC), com exceção do art. 730. 
Art. 191 – Quando os litisconsortes tiverem diferentes procuradores, ser-lhe-ão contados em dobro os prazos para contestar, para recorrer e, de modo geral, para falar nos autos. 
Intimação obrigatória de todos 
Art. 49 – Cada litisconsorte tem o direito de promover o andamento do processo e todos devem ser intimados dos respectivos atos. 
- afasta revelia (320, I do CPC). 
A revelia não induz, contudo, o efeito mencionado no artigo antecedente; 
I – se, havendo pluralidade de réus, algum deles contestar a ação; 
II – se o litigio versar sobre direitos indisponíveis
 III – se a petição inicial não estiver acompanhada do instrumento público, que a lei considere indispensável a prova do ato.
 - Recurso de um aproveita os demais, 509 do CPC 
Art. 509 – O recurso interposto por um dos litisconsortes a todos aproveita, salvo se distintos ou opostos os seus interesses.
 Parágrafoúnico. Havendo solidariedade passiva, o recurso interposto por um devedor aproveitará aos outros, quando as defesas opostas ao credor lhes forem comuns. 
Litisconsórcio necessário, o CPC obriga art. 113 a 115 CPC/15
 Hipóteses:
 - Denunciação da lide 
A denunciação da lide é uma ação regressiva, proposta sob a forma de incidente processual. Feita a denunciação, num único processo existirão duas ações: uma principal e uma de regresso.
 O resultado da ação de regresso depende do resultado da ação principal, vale dizer, o pedido da demanda regressiva não pode ser julgado procedente se o denunciante for vitorioso da demanda principal. Por isso alguns dizem que a demanda principal é prejudicial à demanda regressiva – outros, no entanto, entendem que a demanda principal é preliminar a demanda regressiva, pois o mero exame desta – e não o seu resultado – estaria condicionado ao resultado daquela. 
São três os casos de denunciação da lide previstos no art. 70 do CPC: 
I – Ao alienante, na ação em que terceiro reivindica a coisa, cujo domínio foi transferido à parte, a fim de que esta possa exercer o direito que dá evicção lhe resulta 
- No inciso I, o adquirente denuncia a lide ao alienante, para que seja regressivamente indenizado pela perda da coisa em razão da sentença, conhecida como evicção, numa ação em que demanda ou é demandado por alguém (a denunciação da lide pode ser feita pelo autor ou pelo réu, exceto na hipótese do inciso II do art. 70 do CPC). 
Exemplo: “a” aliena um bem a “b”, depois “c” promove ação reivindicatória em face de “b”, que denuncia a lide “a”, se a sentença declarar que o bem pertence a “c” (evicção), condenará “a” a indenizar “b” (direito que dá evicção resulta).
 II – Ao proprietário ou ao possuidor indireto quando, por forca de obrigação ou direito, em casos como o do usufrutuário, do credor pignoratício, do locatário, o réu, citado em nome próprio, exerça a posse direta da coisa demanda .
Já no inciso II, o possuidor direto (por exemplo, o locatário) réu numa ação principal (por exemplo, numa ação de reintegração de posse), denuncia a lide o proprietário ou possuidor indireto (por exemplo, o tocador), para que seja regressivamente ressarcido pelo prejuízo da perda da demanda para o terceiro. 
III - aquele que estiver obrigado, pela lei ou pelo contrato, a indenizar, em ação regressiva, o prejuízo do que perder a demanda
 Já no inciso III, a parte de uma demanda principal (por exemplo, o causador do dano), que pode ser regressivamente indenizada, em razão de lei ou contrato (contrato de seguro), denuncia a lide a quem tem o dever de cobri-lhe o prejuízo por eventual perda da demanda (o segurador). 
Denunciação da lide (parte 2) 
Esta espécie pode ser manifestada tanto pelo autor como pelo réu, embora seja mais comum no segundo caso. Tem por escopo o exercício do direito de regresso nos próprios autos da ação originaria. Exemplo clássico é visualizado na denunciação da lide manifestada pelo empregador, quando demandado por ato praticado pelo seu empregado. 
Com a denunciação da lide, objetiva-se a resolução de duas relações jurídicas: 
a) Uma do autor com o réu 
b) Outra do réu com o litisdenunciado.
 Não há sucessão ou substituição de partes, mas acumulação de partes, incluindo-se o terceiro no processo, com a manutenção das partes originarias. 
A denunciação da lide é em principio facultativa, já que a sua não manifestação não retira da parte o direito de exercitar a pretensão de regresso nos autos de outra demanda judicial, após o desfecho da relação processual primitiva. Contudo, a doutrina inclina-se para afirmar que é obrigatória na situação que envolve a evicção (inciso I do art. 70 e art. 450 do CC). 
Manifestada pelo réu, o processo é suspenso, para o aperfeiçoamento da citação do litisdenunciado, que pode:
 I – Aceitar a denunciação e contestar o pedido, caso em que o processo prosseguirá entre o autor, de um lado, e de outro, como litisconsortes, o denunciante e o denunciado (este também pode apresentar defesa). 
II – Tornar-se revél, ou comparecer apenas para negar a qualidade que lhe foi atribuída, caso em que cumprirá ao denunciante prosseguir na defesa até o final 
III – confessar os fatos alegados pelo autor, caso em que o denunciado assumira o processo, podendo o denunciante prosseguir na defesa quando a denunciação tiver sido feita pelo autor, o litisdenunciado pode aditar a petição inicial. 
A sentença proferida no processo resolve duas relações jurídicas, reconhecendo (ou não) o direito do litisdenunciante de receber o valor da condenação em regresso, dispensando a propositura de nova ação de conhecimento contra o terceiro. 
CHAMAMENTO AO PROCESSO
PALAVRA CHAVE: SOLIDARIEDADE
Ocorre quando o réu chama terceiros co-devedores para integrarem o polo passivo da ação. Essa modalidade de intervenção de terceiro pressupõe que o réu e o chamado sejam devedores solidários do autor.
Trata-se de uma faculdade do réu nos casos em que o autor intenta a ação contra apenas um dos responsáveis. 
*Sempre facultativo
*Cabível no processo de conhecimento
*Chamante e chamado formam litisconsórcio ulterior.
OBJETIVO:
1) Economia processual
2) Formar titulo executivo contra aqueles que são chamados ao processo
HIPÓTESES:
1) Fiador que chama o afiançado ao processo
2) Quando o fiador é demandado, ele pode chamar o co - fiador
3) Quando o co - devedor é acionado, ele pode chamar ao processo os co - devedores solidários. 
INCIDENTE DE DESCONSIDERAÇÃO DA PERSONALIDADE JURIDICA
NCPC
É um incidente processual que provoca a intervenção forçada de terceiro que será citado e fará parte do processo até que seja resolvido o incidente. Incidente processual para resolver se vai ou não desconsiderar a personalidade jurídica. 
DESCONSIDERAÇÃO INVERSA DA P.J
Quando o sócio se torna insolvente por ter integralizado seu patrimônio na empresa e os credores passam a cobrar a empresa.
A inciativa é dos sócios e MP.
É cabível no processo de conhecimento, cumprimento da sentença e na execução de titulo (a qualquer momento)
Se a desconsideração for requerida na inicial, não há necessidade de instauração do incidente, pois o sócio ou a PJ figurarão desde logo como réus. 
PROCEDIMENTO:
requerimento de instauração do incidente feito pelo interessado
citação do sócio ou P.J - tem 15 dias para se manifestar e fazer indicação de provas 
se considerar que não é caso de desconsideração, o terceiro é excluido do processo
se entender cabível a desconsideração, o terceiro passa a ser parte no processo
AMICUS CURIAE
É intervenção provocada pelo juiz pelas partes com objetivo de aprimorar as decisões judiciais. É um mero colaborador do juiz para aprimorar. Não tem interesse jurídico.
*Pode ocorrer a qualquer momento
*Não altera a competência do juiz
*Não tem legitimidade recursal, exceto:
	> pode interpor recurso para esclarecer a decisão
	> pode interpor recurso no julgamento IRDR 
*os demais poderes do amicus curiae deverão ser regulados pelo juiz ou pelo relator caso a caso.
HIPÓTESES:
1) quando houver relevância da matéria ou especificidade do tema ou repercussão social

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