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11/25/2015 BDQ Prova http://bquestoes.estacio.br/bdq_prova_resultado_preview_aluno.asp 1/6 Avaliação: CEL0247_AV_201301015296 » LINGUAGENS DA ARTE E REGIONALIDADES Tipo de Avaliação: AV Aluno: 201301015296 LUCIANO DE BRITO MARQUES Professor: ANGELA CRISTINA DE SOUZA REGO Turma: 9003/AB Nota da Prova: 6,0 Nota de Partic.: 1,5 Data: 19/11/2015 15:53:31 1a Questão (Ref.: 201301067102) Pontos: 0,5 / 1,5 O fragmento abaixo foi extraído do romance O Guarani, de José de Alencar: /.../Em pé, no meio do espaço que formava a grande abóbada de árvores, encostado a um velho tronco decepado pelo raio, viase um índio na flor da idade. Uma simples túnica de algodão, a que os indígenas chamavam aimará, apertada à cintura por uma faixa de penas escarlates, caíalhe dos ombros até ao meio da perna, e desenhava o talhe delgado e esbelto como um junco selvagem. Sobre a alvura diáfana do algodão, a sua pele, cor do cobre, brilhava com reflexos dourados; os cabelos pretos cortados rentes, a tez lisa, os olhos grandes com os cantos exteriores erguidos para a fronte; a pupila negra, móbil, cintilante; a boca forte mas bem modelada e guarnecida de dentes alvos, davam ao rosto pouco oval a beleza inculta da graça, da força e da inteligência."/.../ Como o índio é representado nessa descrição construída no período romântico? Resposta: É representado como a figura do bom selvagem. Gabarito: O aluno deve apontar a idealização e a influência do modelo heróico europeizado que marcam essa construçào. 2a Questão (Ref.: 201301055054) Pontos: 1,5 / 1,5 O Açúcar (Ferreira Gullar) O branco açúcar que adoçará meu café Nesta manhã de Ipanema Não foi produzido por mim Nem surgiu dentro do açucareiro por milagre. Vejoo puro E afável ao paladar Como beijo de moça, água Na pele, flor Que se dissolve na boca. Mas este açúcar Não foi feito por mim. Este açúcar veio Da mercearia da esquina e Tampouco o fez o Oliveira, 11/25/2015 BDQ Prova http://bquestoes.estacio.br/bdq_prova_resultado_preview_aluno.asp 2/6 Dono da mercearia. Este açúcar veio De uma usina de açúcar em Pernambuco Ou no Estado do Rio E tampouco o fez o dono da usina. Este açúcar era cana E veio dos canaviais extensos Que não nascem por acaso No regaço do vale. Em lugares distantes, Onde não há hospital, Nem escola, homens que não sabem ler e morrem de fome Aos 27 anos Plantaram e colheram a cana Que viraria açúcar. Em usinas escuras, homens de vida amarga E dura Produziram este açúcar Branco e puro Com que adoço meu café esta manhã Em Ipanema. O poeta ao tratar de tema tão coloquial, o torna social e engajado.Caracterize a transformação do coloquial para o social. Resposta: A naturalidade de retratar o poema o fez rever a realidade no desenvolver de sua aplicabilidade, dando a real situação de acontecimentos ao estar absorto em uma única ação: A de adoçar o café. Gabarito: O poema trata do açúcar e de sua produção, dos trabalhadores explorados das plantações de cana de açúcar,vítimas do sistema. 3a Questão (Ref.: 201301028680) Pontos: 0,5 / 0,5 Assinale a alternativa que completa corretamente a afirmação abaixo: Na obra Entrudo, de JeanBaptiste Debret (17681848), observase que... a imagem registra cenas da vida íntima dos senhores de engenho e suas relações com os escravos. há forte presença de traços estéticos característicos do movimento artístico denominado Cubismo. 11/25/2015 BDQ Prova http://bquestoes.estacio.br/bdq_prova_resultado_preview_aluno.asp 3/6 é utilizada a técnica óleo sobre tela, com pinceladas breves e manchas, sem delinear imagens. a cena apresenta composição harmoniosa e nela destacase a representação de figuras humanas. as fisionomias das personagense expressam as relações conflituosas entre senhores e escravos. 4a Questão (Ref.: 201301038078) Pontos: 0,0 / 0,5 Por que a censura atua sobre o cânone artístico? Porque a arte possibilita o autoconhecimento. Porque a arte aproxima o ser humano da divindade. Porque a arte sempre evidencia os problemas de uma nação. Porque a arte é um alento para os sofrimentos da população. Porque a arte põe em risco os interesses específicos do poder instaurado. 5a Questão (Ref.: 201301108027) Pontos: 0,5 / 0,5 Embora os artistas do Renascimento voltem a valorizar a propostas desenvolvidas durante a Antiguidade Clássica, especialmente uma compreensão da natureza humana, eles se diferenciam dos artistas do período grecoromano por: terem o apoio da monarquia, enquanto os artistas gregos e romanos não tinham reconhecimento social possuírem mais talento do que os artistas gregos e romanos da Antiguidade Clássica acreditarem na existência da alma, enquanto os artistas gregos e romanos eram materialistas serem cristãos, enquanto os gregos e romanos eram pagãos serem dotados de mais consciência, saber científico e aprimoramento técnico dos que os antigos gregos e romanos 6a Questão (Ref.: 201301042283) Pontos: 0,5 / 0,5 Reclame: Se o mundo não vai bem a seus olhos, use lentes ... ou transforme o mundo ótica olho vivo agradece a preferência". Chacal No poema Reclame, o poeta se utiliza de dois recursos expressivos: apropriação do texto da propaganda e a ambigüidade. A mensagem do poema é : a receita para viver em paz é se alienar,vivendo sem reclamações. as pessoas devem se acomodar quando não podem mudar as coisas. a reclamação não resolve o que não podemos modificar. a escolha para se alienar ou participar só depende de nós. o mundo não pode ser mudado, basta fingir que não vê as injustiças. 11/25/2015 BDQ Prova http://bquestoes.estacio.br/bdq_prova_resultado_preview_aluno.asp 4/6 7a Questão (Ref.: 201301281257) Pontos: 0,0 / 0,5 Sobre a formação da nacionalidade brasileira, é correto afirmar que: os costumes africanos incorporaramse à cultura nacional, não sendo mais possível distinguir as marcas culturais herdadas dos povos da África. a cultura indígena não influenciou a formação da nossa identidade. dos indígenas, herdamos mais significativamente vocábulos étnicos e uma percepção estética acentuada. somente a culinária africana compôs a identidade nacional brasileira. a nossa identidade musical tem influência exclusiva dos ritmos africanos. 8a Questão (Ref.: 201301029046) Pontos: 0,5 / 0,5 Ao reeditar seu primeiro livro – Alguma poesia –, Carlos Drummond de Andrade suprimiu dois poemas, a saber, “Eu também já fui brasileiro” e “Europa, França e Bahia”, mas incluiu “Sentimental”. Leia os trechos dos poemas abaixo para responder o que se pede: Eu também já fui brasileiro: "Eu também já fui brasileiro/ Moreno como vocês./ Ponteei viola, guiei forde/ e aprendi na mesa dos bares/ que o nacionalismo é uma virtude/ Mas há uma hora em que os bares se fecham/ e todas as virtudes se negam./ […]" Europa, França e Bahia: " […] Meus olhos brasileiros se enjoam da Europa./ […]/ Chega!/ Meus olhos brasileiros se fecham saudosos./ Minha boca procura a "Canção do Exílio"./ Como era mesmo a "Canção do Exílio"?/ Eu tão esquecido de minha terra.../ Ai terra que tem palmeiras/ onde canta o sabiá!" Sentimental: "Ponhome a escrever teu nome/ com letras de macarrão./ No prato, a sopa esfria, cheia de escamas/ e debruçados na mesa todos contemplam/ esse romântico trabalho.// Desgraçadamente falta uma letra,/ uma letra somente/ para acabar teu nome!/ Eu estava sonhando.../ E há em todas as consciências este cartaz amarelo:/ ”Neste país é proibido sonhar.”" Assinale a alternativa que traz uma declaração de Drummond, em carta a Mário de Andrade, que tenha relação com mudança na estrutura do livro. “Tímido e inexperiente como sou, acompanho com interesse as suas pesquisas e tentativas no sentido de‘“estilizar o brasileiro vulgar’; não me meto nelas porque, para mim, ainda é cedo. Não fiz a volta à língua, nem me libertei de todo da carga filológica que todos nós trazemos do grupo escolar.” (ANDRADE, Carlos Drummond de & ANDRADE, Mário de. Correspondência de Carlos Drummond de Andrade e Mário de Andrade. Rio de Janeiro: BemTeVi, 2002. p.108) “O resto falhou, mas a boa vontade continua. Tem muitíssimos defeitos, a colaboração é o que há de mais arcadeNoé, a parte material não agrada, mas em Minas é isso mesmo, não se pode fazer muito melhor do que fizemos. Teu magnífico ‘Capítulo’ salvou a nossa honra literária, comprometida pelo inevitável passadismo de alguns colaboradores. Obrigado pelo inestimável apoio que você nos deu.” (ANDRADE, Carlos Drummond de & ANDRADE, Mário. Op. cit. p.133) “Não me sinto capaz de grandes coisas, por isso também não sinto dificuldade em renunciar a executálas. […] E não me queira mal, se um dia eu te escrever que rasguei o meu caderno de versos.” (ANDRADE, Carlos Drummond de & ANDRADE, Mário. Op. cit. p.208) “Também eu já estou aporrinhando de brasileirismo confessado. Meu brasileirismo agora já está assimilado, já faz parte de mim, não me preocupa mais. Se não enxergo errado em mim mesmo, estou percebendo que meus versos agora pendem para um semvergonhismo dos sentidos quase ingênuo de tão cínico, e se preocupam cada vez mais em falar de mulher, de amor, de besteiras universais, não de Brasil, de palmeiras, onças, papagaios, Ouro Preto etc..” (ANDRADE, Carlos Drummond de & ANDRADE, Mário. Op. cit. p.325 326) “É sobre o Osvaldo, e não pode prestar porque, além de eu não fazer crítica que preste, foi feito em condições particularmente penosas. Brinquei um pouco com Osvaldo; diga se fui injusto. Não quis sêlo, isso não. O povo talvez não compreenda, mas ele, você, alguns mais compreenderão.” (ANDRADE, Carlos Drummond de & ANDRADE, Mário. Op. cit. p.165) 9a Questão (Ref.: 201301068131) Pontos: 1,0 / 1,0 Observe o quadro para responder à questão: 11/25/2015 BDQ Prova http://bquestoes.estacio.br/bdq_prova_resultado_preview_aluno.asp 5/6 Colecção Roberto Marinho. Seis décadas da arte moderna brasileira. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 1989. p.53.) A ¿cidade¿ retratada na pintura de Alberto da Veiga Guignard está tematizada nos versos: Repousemos na pedra de Ouro Preto, Repousemos no centro de Ouro Preto: São Francisco de Assis! igreja ilustre, acolhe, À tua sombra irmã, meus membros lassos. (MENDES, Murilo. Poesia completa e prosa. Org. Luciana Stegagno Picchio. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1994. p. 460.) Bembelelém Viva Belém! Belém do Pará porto moderno integrado na equatorial Beleza eterna da paisagem Bembelelém Viva Belém! (BANDEIRA, Manuel. Poesia e prosa. Rio de Janeiro: Aguilar, 1958. Vol. I, p. 196.) No cimento de Brasília se resguardam maneiras de casa antiga de fazenda, de copiar, de casa-grande de engenho, enfim, das casaronas de alma fêmea. (MELO NETO, João Cabral. Obra completa Bahia, ao invés de arranha-céus, cruzes e cruzes De braços estendidos para os céus, E na entrada do porto, Antes do Farol da Barra, O primeiro Cristo Redentor do Brasil! (LIMA, Jorge de. Poesia completa. Org. Alexei Bueno. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1997. p. 211.) Por entre o Beberibe, e o oceano Em uma areia sáfia, e lagadiça Jaz o Recife povoação mestiça, Que o belga edificou ímpio tirano. (MATOS, Gregório de. Obra poética. Ed. James Amado. Rio de Janeiro: Record, 1990. Vol. II, p. 1191.) 10a Questão (Ref.: 201301038100) Pontos: 1,0 / 1,0 Sobre a relação música/poesia, podese dizer que: até a metade do século XX, a letra de música era, de fato poética; a partir desse período, o empobrecimento as as desqualifica como poesia os críticos são unânimes em afirmar que a composição musical não deve ser considerada como poesia as letras de música são, geralmente, de baixa qualidade, não se pode, portanto, considerálas como textos poéticos as letras de música têm sido estudadas nos espaços acadêmicos, o que as qualifica, em muitos casos, como textos poéticos os compositores, de um modo geral, não aceitam que sua música seja compreendida como poesia 11/25/2015 BDQ Prova http://bquestoes.estacio.br/bdq_prova_resultado_preview_aluno.asp 6/6 Período de não visualização da prova: desde 12/11/2015 até 24/11/2015.
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