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ESTUDO DO ÁTOMOESTUDO DO ÁTOMO REVISÃO 1. MATÉRIA Tudo o que tem massa e ocupa lugar no espaçoTudo o que tem massa e ocupa lugar no espaço 1.2. Propriedades da matéria Extensivas: dependem do tamanho da amostra (Exs.: massa, volume) Intensivas: independem do tamanho da amostra (Exs.: ponto de fusão, ponto de ebulição, densidade) * Peso específico (ou densidade relativa) Densidade = massa solução / volume Peso específico = densidade subst. / densidade água Propriedade física: pode ser especificada sem referência a qualquer outra substância (Exs.: densidade, cor, magnetismo, massa, volume) Propriedade química: estabelece alguma interação entre substâncias químicas (Ex.: corrosão do ferro quando exposto à água e oxigênio) Fenômeno físico ≠ Reação química (transformação) 1.3. Elementos, Substâncias e Misturas A) Elementos: formas mais simples de matéria (cerca de 118 elementos são conhecidos. Ex.: Hidrogênio - H) B) Substâncias (ou compostos): combinação de elementos, presentes nas mesmas proporções (Ex.: H2O) Átomos: se reúnem para formar moléculas ou aglomerados iônicos, que representam uma substância pura ou espécie química bem definida Moléculas: átomos ligados entre si Aglomerados iônicos: íons (átomos ou grupo de átomos carregados eletricamente) Substância Molécula ou Aglomerado iônico Fórmula Hidrogênio Água Sal comum O H H H H Cl- Na+ H2 NaCl H2O Substâncias puras: qualquer substância simples ou composta, formada por átomos, moléculas ou aglomerados iônicos, todos iguais entre si. Uma substância pura sempre tem: -Propriedades características e bem definidas -Composição química constante Classificação das substâncias: Simples: formadas por átomos de um mesmo elemento químico Compostas: formadas por átomos (ou íons) de elementos químicos diferentes *O átomo de Hélio prefere permanecer “isolado”, representando simultaneamente o elemento químico Hélio e a substância simples Hélio * Há átomos que podem se agrupar de maneiras diferentes, formando substâncias diferentes (alotropia) He O O O O OOxigênio (O2) Ozônio (O3) Hélio (He) C) Misturas: possuem composição variável -Não possuem propriedades características e bem definidas -Não possuem composição química constante * Homogênea (solução): possui propriedades uniformes em seu todo, sendo monofásica (Ex.: solução de NaCl em água) * Heterogênea: não é uniforme, sendo polifásica (Ex.: óleo em água) Elementos químicos Substâncias simples Substâncias compostas Substâncias puras ou espécies químicas Misturas Homogêneas ou soluções Heterogêneas Matéria 2. A CONSTITUIÇÃO DA MATÉRIA - O ÁTOMO Lavoisier (1743-1794): Lei da Conservação das Massas Proust: Lei das Proporções Definidas Dalton (1808): -A matéria é composta por átomos indivisíveis -Todos os átomos de um mesmo elemento têm as mesmas propriedades -Uma reação química consiste no rearranjo dos átomos Entretanto, os átomos individuais permanecem intactos Faraday (1834) - Stoney: Natureza elétrica da matéria ELÉTRONS William Crookes (1850): Tubos de descarga de gás – raios catódicos (-) (+) Anodo Catodo (-) (+) Anodo Catodo (+) (-) Goldstein (1886): usou um tudo de Crookes modificado para produzir um novo tipo de raio, descobrindo partículas de carga elétrica positiva (prótons) Radioatividade (1890): certos elementos são radioativos, ou seja, emitem radiação de alta energia (partículas alfa, partículas beta e raios gama) Thomson (1904): o átomo seria formado por uma pasta positiva recheada pelos elétrons de carga negativa - Divisibilidade do átomo e natureza elétrica da matéria Rutherford (1911): os elétrons estariam girando em torno do núcleo, contrabalançando a carga positiva do núcleo e garantindo a neutralidade do átomo. Partículas de carga zero também estavam presentes no núcleo (nêutrons) - - - - Esfera não maciça Cargas negativas incrustadas Placas de metal carregadas – desvio do raio Polônio Bloco de chumbo Placa de chumbo com orifício Lâmina finíssima de ouroFeixe de partículas α Papel fotográfico - + Partículas α Átomos Chadwick (1932): provou que no núcleo não existem apenas partícula de carga elétrica positiva (prótons), mas, também, partículas sem carga elétrica, que foram chamadas de nêutrons + + + + ++ + + Núcleo do átomo nêutrons prótons Átomo Núcleo Eletrosfera Prótons Nêutrons elétrons Estrutura atômica Partículas do átomo: Massa atômica (u) Carga (coulomb) Unidade de carga elétrica Próton 1,007276 1,62x10-19 +1 Nêutron 1,008665 0 0 Elétron 0,0005486 -1,62x10-19 -1 Radioatividade (Becquerel, 1896): propriedade dos átomos de emitir partículas e radiações – Luz - (raios x, luz visível, ultravioleta, infravermelho, ondas) A luz é caracterizada por suas intensidades e comprimento: λ x v = c λ = comprimento de onda (A, mm, m, nm) c = vel. da luz (3x1010cm/ s) v = frequência (s-1 = Hz) Amplitude Comprimento de onda Unidades de comprimento: 1A = 10-8 cm 1nm =10-9 Hz Mecânica Clássica (Maxwell): toda partícula elétrica em movimento emite energia Espectro contínuo: luz visível de todos os comprimentos de onda Prisma Lâmpada comum Anteparo Espectro de linhas (ou de massa atômica): a luz emitida não contém radiação de todos os comprimentos de onda Prisma Lâmpada de hidrogênio Anteparo Como os átomos somente absorvem ou emitem luz de alguns comprimentos de onda, as experiências espectrais pareciam indicar que a energia dos elétrons não podia ter qualquer valor...... Todas as linhas, todos os comprimentos do onda na região do visível Algumas linhas. Cada linha é um comprimento de onda característico Série de linhas do espectro do hidrogênio Balmer (visível); Lyman (ultravioleta); Paschen (infravermelho); Bracket (infravermelho); Pfund (infravermelho) Bohr percebeu que a elucidação da estrutura atômica seria encontrada na natureza da luz emitida pelas substâncias a temperaturas altas ou sob influência de uma descarga elétrica............ Mecânica Quântica (Plank e Einstein-1900): a luz possui propriedades de onda e partículas Quantum = energia emitida em blocos (fótons) E = hv Plank e Einstein mostraram que a energia é emitida em pacotes (quantum). A energia, entretanto, tem uma natureza dualística, podendo exibir propriedades de um feixe de partículas (fótons) ou de um trem de ondas...... Einstein: demonstração da equação da energia para uma partícula Plank: demonstração da equação da energia para uma onda E = energia de um fóton emitido ou absorvido por uma substância h = cte de Plank (6,63x10-3Joule .s) Bohr (1913): o elétron, ao girar em torno do átomo, estaria obedecendo a Mecânica Quântica O elétron de um átomo pode possuir apenas certas quantidades de energia (o elétron está restrito a níveis de energia específicos no átomo) Equação para a energia do elétron Bohr escolheu valores inteiros porque ele considerou que o elétron só pode ter certas quantidades discretas de energia e nunca valores intermediários. O número quântico serve para identificar a órbita do elétron e a energia de um elétron em uma órbita particular depende do valor de n E = -A/n2 A = constante n = número quântico (número inteiro de 1 ao infinito) Quando um átomo absorve energia, o elétron aumenta de energia, passando de um nível para outro e, quando o elétron retorna a um nível de energia mais baixo, emite um quantum de energia na forma de cor bem definida ou outra radiação eletromagnética+ e- -n = 1 n = 2 n = 3 Fóton ∆E = En2 - En1 2.1. Evolução do Modelo Atômico De Broglie (1924): combinou as expressões de Plank e Einstein, obtendo uma relação entre a massa de um fóton e seu comprimento ou frequência - O elétron teria um comportamento de partícula-onda “A todo elétron em movimento está associada uma onda característica” (Princípio da Dualidade) Surgimento dos números quânticos inteiros: Cordas de um violão: ondas simples com extremidades fixas (nós), onde a amplitude é zero As ondas dos elétrons também são estacionárias, embora sejam de formas muito diferentes das que ocorrem nas cordas de um violão, uma vez que o átomo é tridimensional. Assim, nas três dimensões existem três números quânticos. Erwin Shrödinger (1926): calculou matematicamente a posição do elétron na eletrosfera, de acordo com a Mecânica Ondulatória: Ondas eletrônicas = orbital (cada orbital em um átomo possui uma energia característica e é visto como uma região em torno do núcleo onde se espera encontrar um elétron) Ondas estacionárias de um violão: número inteiro Modelo dos orbitais: o elétron é uma partícula-onda que se desloca (ou vibra) no espaço, com maior probabilidade dentro de uma região (orbital) 3. NÍVEIS E SUBNÍVEIS DE ENERGIA (NÚMEROS QUÂNTICOS) Sommerfeld (1915): imaginou que algumas órbitas, camadas ou níveis (K, L, M, ...) seriam formados por subníveis ou subcamadas. Os subníveis teriam orientações diferentes no espaço (orbitais), e o elétron possuía movimentos de rotação em torno de si próprio (spin = girar) NÍVEIS DE ENERGIA: são regiões determinadas ao redor do núcleo atômico onde o elétron pode se movimentar sem perder nem ganhar energia. A) Número quântico principal (n): informa em que nível energético está o elétron. Quanto maior o valor de n, maior a energia dos níveis (n também determina o tamanho dos orbitais) K L M N O P Q Camada Nível K n = 1 L n = 2 M n = 3 N n = 4 O n = 5 P n = 6 Q n = 7 SUBNÍVEIS DE ENERGIA: estão relacionados ao movimento que o elétron descreve ao redor do núcleo e, portanto, fornecem a sua energia cinética. B) Número quântico azimutal (l): a camada principal é composta por uma ou mais subcamadas ou subníveis, cada um especificado pelo número quântico secundário ou azimutal. Este número determina a forma de um orbital Representação dos subníveis s (sharp) – linhas nítidas p (principal) – linhas principais d (diffuse) – linhas difusas f (fine) – linhas finas Subnível s p d f Valor de l 0 1 2 3 Número máximo 2 6 10 14 de elétrons C) Número quântico magnético (m): cada subcamada ou subnível é composta(o) de um ou mais orbitais. Um orbital é caracterizado pelo seu valor de m, que serve para determinar sua orientação no espaço em relação aos outros orbitais O número quântico magnético tem valores inteiros que variam entre -l a +l Subnível s p d f Valor de l 0 1 2 3 Número máximo 2 6 10 14 de elétrons -3 -2 -1 0 +1 +2 +3 -2 -1 0 +1 +2 -1 0 +1 0 s d f • Podemos atribuir, assim, a cada onda, um conjunto de valores para n, l e m. Por exemplo, uma onda terá n = 1, l = 0 e m = 0. Isto nos permite identificá-la como um orbital 1s e imaginarmos um orbital 1s como sendo ocupado por um elétron •É como se o átomo fosse um edifício garagem para elétrons, onde cada orbital é uma vaga, com uma energia e forma de onda particular Cada subnível comporta um número variável de orbitais p Diagrama energético: 6d 5f 7s 6p 5d 4f 6s 5p 4d 5s 4p 3d 4s 3p 3s 2p 2s 1s 0 0 -1 0 +1 -1 0 +1 0 0 -1 0 +1 -1 0 +1-2 +2 0 -1 0 +1 -1 0 +1-2 +2 0 -1 0 +1-2 +2 +3-3 -1 0 +1-2 +2 -1 0 +1 0 -1 0 +1-2 +2 +3-3 -1 0 +1-2 +2 Aumento de energia * Os elétrons são distribuídos na ordem crescente de energia dos subníveis Nota-se que, a medida em que n se torna maior, o espaçamento entre as camadas sucessivas fica menor. Esse estreitamento provoca uma superposição entre as subcamadas D) Número quântico de Spin (s): surge em decorrência do elétron se comportar como se estivesse girando. Uma vez que o elétron pode girar em apenas duas direções, s só pode ter dois valores s = - 1/2 s = + 1/2 s = - 1/2 s = + 1/2 Situações para os dois elétrons com spins: A) Iguais (paralelos ou antiparalelos) - Repulsão elétrica (cargas de mesmo sinal repelem-se) - Repulsão magnética (campos magnéticos iguais repelem-se) B) Diferentes ( paralelo e antiparalelo) - Repulsão elétrica (cargas de mesmo sinal repelem-se) - Atração magnética (campos magnéticos diferentes atraem-se) O elétron é dotado de carga elétrica e está em cte movimento em torno do núcleo. Esse movimento cria um campo magnético * Cada elétron em um átomo pode ser associado a um conjunto de valores para seus 4 números quânticos (n, l, m e s) que determinarão o orbital no qual o elétron se encontra e a direção na qual ele está girando Princípio da Exclusão de Pauli: um orbital comporta no máximo dois elétrons com spins contrários Dois elétrons em um átomo não podem ter todos os 4 números quânticos iguais 3.1. Distribuição Eletrônica -Os elétrons vão se encaixando na eletrosfera partindo dos níveis e subníveis de menor energia para os de maior energia; só passamos para um subnível superior quando o inferior já estiver lotado -Num mesmo subnível, de início, todos os orbitais devem receber seu primeiro elétron e só depois, cada orbital passará a receber seu 2° elétron (Regra de Hund ou da Máxima Duplicidade) -Num orbital, o primeiro elétron é, por convenção, o de spin negativo -1/2 (↑) Diagrama de Pauling (Regra das Paralelas) 2 K 1 1s 8 L 2 2s 2p 18 M 3 3s 3p 3d 32 N 4 4s 4p 4d 4f 32 O 5 5s 5p 5d 5f 18 P 6 6s 6p 6d 2 Q 7 7s NíveisCamadas N° máximo de elétrons por nível s(0) p(1) d(2) f(3) 2 6 10 14 1 3 5 7 Subníveis N° máximo de elétrons por subnível N° de orbitais por subnível Princípio da Construção Progressiva l 0 1 2 3 4 5 6 7 n 1 1s 2 2s 2p 3 3s 3p 3d 4 4s 4p 4d 4f 5 5s 5p 5d 5f 5g 6 6s 6p 6d 6f 6g 6h 7 7s 7p 7d 7f 7g 7h 7i 8 8s 8p 8d 8f 8g 8h 8i 8j 2 6 10 14 18 22 26 30 Ocupação Seqüência pela qual devem-se preencher os subníveis energéticos com elétrons. A regra é que os primeiros subníveis a serem ocupados são aqueles com menor soma n + l. Se dois subníveis têm a mesma soma, preenche-se antes o que tem um n menor. n + l Representação espacialElemento N total de elétrons Distribuição eletrônica Hidrogênio 1 K (n = 1) 1s1 Representação gráfica Hélio 2 K (n = 1) 1s2 Lítio 3 L (n = 2) 1s2 2s1 K (n = 1) Berílio 4 L (n = 2) 1s2 2s2 K (n = 1) Boro 5 L (n = 2) 1s2 2s2 2p1 K (n = 1) l= 0 l= 0 l= 0 l= 0 l= 0 l= 1 Valore máximos: N° orbitais por nível n2 N° máximo de elétrons por nível2n2 N° orbitais por subnível 2l + 1 N° máximo de elétrons por subnível 2(2l + 1) = 4l + 2 * Distribuição eletrônica dos íons Os elétrons que o átomo irá ganhar ou perder serão recebidos ou retirados da última camada eletrônica e não do subnível mais energético. Ex.: Fe (Z = 26) Fe0 1s2 2s2 2p6 3s2 3p6 4s2 3d6 Fe2+ 1s2 2s2 2p6 3s2 3p6 3d6 Fe3+ 1s2 2s2 2p6 3s2 3p6 3d5 Assim, numa distribuição eletrônica: -Elétrons mais externos: pertencentes a última camada que recebeu elétron -Elétrons de maior energia: são os do último subnível a ser preenchido -Última camada: chamada camada de valência Subnível mais energético Camada mais externa 3.2. Formas geométricas dos orbitais (Distribuição Espacial dos elétrons) Princípio da Incerteza de Heisenberg: não é possível calcular a posição e velocidade de um elétron num mesmo instante Orbital: região de maior probabilidade de se encontrar um elétron = alta densidade eletrônica Orbitais do subnível s: esféricos • • No máximo 2 elétrons 0 s Orbitais do subnível p: a densidade eletrônica está distribuída em determinadas regiões ao longo de uma linha reta passando através do núcleo. Um subnível p é composto por três orbitais p, cada um tendo a mesma forma. Eles diferem um do outro apenas nas direções onde suas densidades eletrônicas são encontradas (estas direções foram ângulos retos entre si) px py pz No máximo 6 elétrons • • • • •• px py pz -1 0 +1 d No máximo 10 elétrons • • •• • • • • • • • • • -2 -1 0 +1 +2 f * Quanto maior o n, maior a nuvem eletrônica, estando os elétrons a uma maior distância do núcleo e o átomo torna-se maior à medida que seus subníveis de maior energia tornam-se ocupados No máximo 14 elétrons • • • • • • • • Três cubos • • • • • • •• • • -3 -2 -1 0 +1 +2 +3 4. CONCEITOS FUNDAMENTAIS Número atômico (Z): número de prótons existentes no núcleo de átomo Número de massa (A): soma do número de prótons (Z) e de nêutrons (N) existentes num átomo A = Z + N Elemento químico: conjunto de todos os átomos com o mesmo número atômico ZXA * Um átomo, es seu estado fundamental, é neutro, ou seja, o número de elétrons na eletrosfera é igual ao número de prótons do núcleo, e em conseqüência suas cargas se anulam Número de massa Número atômico
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