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DPC SEMESTRAL 
Legislação Penal Especial 
Gustavo Junqueira 
Data: 11/03/2013 
Aula 5 
 
DPC SEMESTRAL – 2013 
Anotador(a): Tiago Ferreira 
Complexo Educacional Damásio de Jesus 
RESUMO 
 
SUMÁRIO 
 
1) Lei de Execução Penal – L 7.210/84; 
2) Lei de drogas - L 11.343/06. 
 
 
EXECUÇÃO PENAL 
 
 REMIÇÃO: 
 
Remição pelo trabalho: 
 
Ocorre na razão de 01 dia de pena a cada 03 trabalhados. 
 
*Apenas o condenado em regime fechado ou semiaberto tem direito à remição pelo trabalho. O regime 
aberto tem por pena o próprio trabalho, por isso ele não contará para fins de remição. 
 
A contagem é feita em dias. 
 
Remição pelo estudo: 
 
A contagem é feita em horas. 
 
No estudo o desconto será feito na razão de 01 dia de pena para cada 12 horas de estudo, divididas em ao 
menos 03 dias. Não importa como as horas serão divididas por dia, mas eventual carga extra será desprezada. 
 
*A remição pelo estudo é possível em qualquer regime e também no livramento condicional. É válido o ensino 
à distância, desde que certificado. 
 
É possível cumular trabalho e estudo e a autoridade carcerária deve providenciar a compatibilização de 
horários. 
 
Art. 126, §5º da LEP - Prêmio pela conclusão do curso: O tempo de remição será acrescido em 1/3 no caso de 
conclusão do ensino fundamental, médio ou superior. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2 de 4 
LEI DE DROGAS - L. 11.343/2006 
 
Cria o SISNAD - Sistema Nacional de Drogas. 
 
O SISNAD coordena as atividades relacionadas com (Art. 3º) - Política criminal bifronte: 
 
1) Prevenção do uso e reinserção do usuários; 
2) Repressão ao tráfico; 
 
 
 Artigo 28 - Porte de Drogas: 
 
Natureza jurídica: É crime, nos termos do RE-QO 430105 do STF. 
 
Houve polêmica na comparação das penas previstas no Art. 28 da L 11.343/06 com o conteúdo do Art. 1º da 
LICP. O STF, no entanto, afastou a polêmica: A interpretação do Art. 1º da LICP deve respeitar os termos da 
nova CF/88, que no Art. 5º, XLVI prevê penas diversas das do Art. 1º da LICP. 
 
Não se pune no Art. 28 a autolesão, mas sim o perigo à saúde pública (tipicidade material / resultado jurídico). 
O perigo pode ser menor se a droga for adquirida para consumo pessoal, mas ainda existe e justifica o crime. 
 
Trata-se de crime de perigo abstrato. 
 
Penas do Art. 28: 
-Advertência sobre os efeitos da droga; 
-Prestação de serviços à comunidade; 
-Medida educativa de comparecimento a programa ou curso educativo. 
 
É o juiz que decide se aplica as penas alternativa ou cumulativamente, conforme Art. 27 da L 11.343/06. 
O Art. 27 permite também a substituição de uma pena por outra a qualquer tempo (inclusive na execução), 
ouvidas as partes (no CP isso não é possível). 
 
Descumprida a pena imposta, não há possibilidade de cárcere. Nos termos do Art. 28, §6º, havendo 
descumprimento o juiz deverá aplicar sucessivamente a admoestação verbal e a multa. 
 
Duração das penas: 
 
Para a advertência não há previsão legal. 
 
A prestação de serviços à comunidade e a medida educativa terão duração máxima de 05 meses aos primários 
e 10 meses aos reincidentes. O enunciado 118 do FONAJ (Fórum Nacional dos Juizados Especiais) autoriza a 
aplicação de 10 meses apenas ao reincidente específico (atentar que tal entendimento é do FONAJ, não da lei). 
 
A L 11.343/06 não comina pena mínima e por isso prevalece a sanção de 01 dia como mínima - é o menor 
prazo penal, nos termos do Art. 10 do CP (Nucci). 
 
A pena de multa não segue a regra do CP (Art. 49 do CP). No porte de drogas a multa pode ser aplicada na 
proporção de 40 a 100 dias-multa, com valor de 1/30 até três vezes o salário mínimo vigente. 
 
 
 
 
3 de 4 
Verbos do Art. 28 da L 11.343/06: 
 
“Adquirir”: Prevalece que o verbo adquirir se consuma com o mero acordo de vontades, sendo desnecessária a 
tradição. 
 
Prevalece que o verbo “usar” é atípico. O verbo “usar” não está previsto e assim se estiver desatrelado do 
porte é formalmente atípico. 
 
Verbos não previstos como “importar” para uso próprio, pela letra da lei, configuraria tráfico, pois o Art. 33 (ao 
contrário do Art. 28) não prevê elemento subjetivo no tipo. Prevalece, no entanto, nos tribunais, que por 
proporcionalidade deverá ser aplicada a pena do Art. 28 (analogia in bonam partem). 
 
Conduta equiparada: §1º do Art. 28 - “cultivar”: O cultivo de pequena quantidade para consumo pessoal terá 
pena do Art. 28. 
 
Prescrição: O Art. 30 traz prazo prescricional específico de 02 anos. 
 
Insignificância no porte: Atualmente é pacífico o entendimento pela inaplicabilidade da insignificância ao porte 
de drogas militar (HC 98447 STF). 
Fora do âmbito militar em regra não se admite a insignificância, mas o STF, no HC 110475, admitiu a 
insignificância quando se tratar de quantidade excepcionalmente ínfima (0,6 gramas de droga). 
 
Critério para determinar porte ou tráfico (Art. 28, §2º) - São eles: 
 
-Natureza e quantidade da droga; 
-Local; 
-Condições da ação; 
-Circunstâncias sociais e pessoais; 
-Conduta e antecedentes; 
 
O §7º do Art. 28 impõe ao juiz a determinação de colocar à disposição do infrator tratamento gratuito. 
 
 
TRÁFICO 
 
Art. 243 da CF/88 - As glebas em que forem localizadas culturas ilegais serão expropriadas sem indenização. 
No RE 543974 o STF entendeu que a expropriação abrange toda a propriedade e não apenas a área de cultivo 
ilegal. 
 
 Artigo 33: 
 
A prática de mais de um verbo no mesmo contexto configura um só crime. 
 
Em votação majoritária o STJ entendeu (hoje pacífico) que a prática de vários verbos em contextos diversos 
configura concurso de crimes, sendo possível o reconhecimento de crime continuado. 
 
Consumação do “importar”: O verbo “importar” já está consumado na aduana, pois ingressou no território 
nacional (há um acórdão do TRF da 4ª região em sentido contrário - é posição minoritária). 
 
Consumação do “remeter”: O atual entendimento do STJ é que o verbo “remeter” se consuma com a entrega 
da droga ao serviço de transporte, sendo desnecessário que chegue ao destino. 
 
4 de 4 
 
Peculiaridade do flagrante preparado: Hipótese do policial à paisana que simula compra de drogas - Os verbos 
provocados pela atividade policial configuram crime impossível (“vender”, “fornecer”, “entregar”), nos termos 
da Súm. 145 do STF. São típicos os verbos não provocados (“guardar”, “trazer consigo”, “ter em depósito”). 
 
Prova do tráfico: 
 
1 - Prevalece que a chamada de corréu isolada não é suficiente. 
 
2 - Prevalece imensamente que a palavra isolada de policiais é suficiente para a condenação. Justificativas: a) 
os crimes de tráfico geram temor na população, que se recusa a testemunhar; b) o policial é servidor público e 
goza de fé e confiança do Estado - não é razoável negar credibilidade à sua versão. 
 
O STJ, no HC 131455, entendeu desnecessária a apreensão da droga (Rel(a). Min. Assis de Moura).