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1 QUÍMICA DOS VEGETAIS (FRUTAS E HORTALIÇAS) 2 PIB em 2002 – US$ 825 milhões • agronegócio ..........................35% • frutas e Hortaliças.................. 9,4% Não existe paralelismo entre aumento de produção e avanço tecnológico pós-colheita PERDAS PÓS-COLHEITA ..................25 – 30% ASPECTOS ECONÔMICOS 3 • Grande dimensão territorial • Dispersão na produção • Distância dos centros de consumo e exportação • Deficiência da rede de transporte e armazenamento • Excesso de oferta FATORES QUE FAVORECEM AS PERDAS 4 FISIOLOGIA PÓS COLHEITA Amadurecimento Senescência Pré-Maturação Maturação Desenvolvimento 1 2 3 4 5 6 Figura 1- Etapas do ciclo vital de frutas 1- Início da formação da polpa 2- Término do crescimento em tamanho 3- Início do período de utilização, mas ainda imaturo 4- Período ótimo para consumo 5- Predominância de reações degradativas 6- Não utilizável para consumo Amadurecimento Senescência Pré-Maturação Maturação Desenvolvimento 1 2 3 4 5 6 Figura 1- Etapas do ciclo vital de frutas Amadurecimento Senescência Pré-Maturação Maturação Desenvolvimento 1 2 3 4 5 6 Amadurecimento Senescência Pré-Maturação Maturação Desenvolvimento 1 2 3 4 5 6 Amadurecimento Senescência Pré-Maturação Maturação Desenvolvimento 1 2 3Pré-Maturação Maturação Desenvolvimento 1 2 Desenvolvimento 1 2 3 4 5 6 Figura 1- Etapas do ciclo vital de frutas 1- Início da formação da polpa 2- Término do crescimento em tamanho 3- Início do período de utilização, mas ainda imaturo 4- Período ótimo para consumo 5- Predominância de reações degradativas 6- Não utilizável para consumo 5 RESPIRAÇÃO VEGETAL – processo metabólico de geração de energia para as alterações associadas com o amadurecimento: amolecimento do vegetal, hidrólise do amido, alteração na cor, sabor e textura. Controlar a respiração é pilar básico para a conservação de frutas e hortaliças Quanto maior a respiração, maior e mais rápidas são as mudanças no vegetal, iniciadas pelo ETILENO 6 ETILENO Hormônio vegetal, que ativa enzimas envolvidas na respiração vegetal • Enzimas do escurecimento enzimático • Enzimas da quebra da consistência • Enzimas da transformação do sabor (azedo / doce) 7 8 CLASSIFICAÇÃO DOS FRUTOS (de acordo o seu desenvolvimento) • Frutos Climatéricos – na etapa final do desenvolvimento, apresentam acentuado aumento na taxa respiratória, até atingirem um ponto máximo, a partir do qual começa a decrescer. Amadurecimento do fruto após a colheita. Abacate, banana, pêssego, fruta-do-conde, goiaba, mamão, tomate. 9 • Frutos não climatéricos – apresentam contínuo decréscimo na taxa respiratória após a colheita, independentemente do estágio de desenvolvimento em que foram colhidos. Os frutos não climatéricos só amadurecem ligados à planta. Após a colheita eles entram em estado de senescência. Ex. citros, abacaxi, carambola e coco. 10 Padrão da atividade respiratória em frutos climatéricos e não climatéricos A- Pré-climatério com um mínimo de respiração B- Climatério com respiração máxima C- Senescência com redução na respiração (pós-climatério) Obs: A respiração de verduras é semelhante à das frutas não climatéricas. 11 TEMPERATURA – aumento de 10ºC, aumenta a velocidade da respiração em 2 ou 3 vezes. COMPOSIÇÃO ATMOSFÉRICA – baixa de O2, ou aumento de CO2, diminui a taxa respiratória. Adequar a conc. de CO2 para cada tipo de fruta: alterações de sabor, aroma, aspecto geral FATORES QUE AFETAM A RESPIRAÇÃO 12 ALTERAÇÕES QUÍMICAS E FISIOLÓGICAS Alteração na textura – transformação da Protopectina – interfere diretamente na consistência Alteração na cor – transformações dos pigmentos. Alterações no sabor – formação de compostos voláteis, redução do teor de ácidos, tanino, compostos fenólicos, etc. 13 Composição dos vegetais Pigmentos Carotenóides Clorofila Antocianinas Antoxantinas Essa composição não inclui grãos como leguminosas e cereais 14 Composição dos vegetais (carotenóides) 15 Composição dos vegetais • Carboidratos: – Açúcares • Glicose, frutose, sacarose – Fibras • Solúveis e insolúveis Essa composição não inclui grãos como leguminosas e cereais 16 Composição dos vegetais A medida dos açúcares totais em frutas e sucos de frutas é feita por refratometria, usando-se o refratômetro de Abbé: • Índice de refração • Massa de sólidos (açúcares e ácidos orgânicos) em 100g da amostra (%) ºBrix. 17 Pigmentos vegetais Clorofila – pigmento verde encontrado nas folhas e frutos verdes. É instável na destruição da célula e quando o metabolismo do vegetal é alterado. É difícil mantê-la intacta durante o processamento 18 Estrutura básica das clorofilas 19 Clorofila verde Feoforbídeo ( marrom) Clorina(incolor) Feofitina Verde oliva Clorofilina (verde brilhante) H+ clorofilase Perda de Mg e fitol Perda de Mg e fitol H+ H+ 20 Composição dos vegetais CAROTENÓIDES Pigmentos de cor amarelo e vermelho alaranjado. Insolúvel em água, solúvel em gorduras e solventes orgânicos. São instáveis durante o processamento do alimento (sensível à luminosidade) Α, β e γ (alfa, beta e gama) caroteno Licopeno Xantofila 21 Composição dos vegetais β-CAROTENO Pigmento de cor amarelo e vermelho alaranjado. Insolúvel em água, solúvel em gorduras e solventes orgânicos. 22 Composição dos vegetais Fontes naturais de CAROTENÓIDES • Manga • Mamão • Maracujá • Cenoura • Pimentão • Tomate (licopeno) • Dendê 23 Composição dos vegetais ANTOCIANINAS Pigmentos vegetais de cores que variam de vermelho, azul e violeta e modificam de acordo o pH do meio. São hidrossolúveis e por isso podem ser perdidas por lixiviação no processamento dos alimentos 24 Antocianinas Existem em solução, várias estruturas em equilíbrio que mudam de cor, conforme o pH: • ácido (até pH 4) – estrutura predominante é o cátion flavilium, de cor vermelha) • alcalino (pH >8) – há desprotonação do anel flavilium, formação do anel quinonoidal (desprotonação), de cor azul 25 Composição dos vegetais ANTOCIANINAS – pigmentos vegetais, sensíveis à diferenças de pH, e com potencial antioxidante. Mudam de cor dependendo do pH, indo do vermelho, violeta e azul, verde e amarelo. 26 27 ANTOXANTINAS – pigmentos vegetais, também sensíveis à diferenças de pH, variando do branco ao amarelo intenso. OUTRAS SUBSTÂNCIAS RESVERATROL – vinhos e uvas FENÓIS, POLIFENÓIS e TANINOS OH Fenol OH OH Difenol O OH OH HO OH OH Catequina (tanino) O O OH OH HO OH OH OH OH HO OH OH Epicatequina (tanino) 28 Composição dos vegetais Fibra fibra alimentar é o conjunto de polissacarídeos (celulose, hemicelulose , gomas e substâncias pécticas) lignina e outros resíduos não digeríveis pelas secreções do trato gastrointestinal. A fibra é derivada de parede celular e de estruturas intercelulares dos vegetais , frutos e sementes. Está associada a outras substâncias como proteínas , compostos inorgânicos , oxalatos , fitatos , lignina e substâncias fenólicas de baixo peso molecular. 29 Classificação das fibras • Fibras Insolúveis: • Celulose polímero de celobiose (glicose com uniões beta 1-4) • lignina polímero de ácidos polifenólicos esterificados a glicídios e contendo fenilpropano), • Cutina verniz protetor das folhas polímeros de ácidos graxos de cadeia longa, saturados e insaturados. • Suberina celulose unida a ceras, resinas e taninos (curtiça e raizes-mandioca) 30 Classificação das fibras Fibras solúveis Hemiceluloses: Arábanos, xilanos, arabanoxilanos, galactanos, mananos, glicomananos, xiloglucanos e ácidos urônicos. Pectina polímeros do ácido galacturônico Goma Guar galactomano do endosperma de leguminosasGoma arábica (acácia) Polissacarídeos esterificados a ác. Urônicos 31 PROTOPECTINAS Encontrados em frutas verdes. São insolúveis em água e são responsáveis pela rigidez dos frutos. ÁCIDOS PÉCTICOS Encontrados em frutas “passadas”. São constituídos de ácidos poligalacturônicos, isentos de grupos metil-éster e não formam geléia. SUBSTÂNCIAS PÉCTICAS 32 SUBSTÂNCIAS PÉCITICAS (cont.) ÁCIDOS PECTÍNICOS (PECTINAS) Substâncias colidais, não necessariamente solúveis em água, constituído por ácidos poligalacturônicos com número significativo de metoxilas na forma de ésteres. Dependendo do grau de metoxilação podem formar géis com sacarose em meio ácido, ou em presença de cátions divalentes ( Ca++, Mg++) geléia “diet”. 33 ALTERAÇÕES QUÍMICAS (frutas e hortaliças) Escurecimento do vegetal Causado por enzima – enzima, substrato e oxigênio O bloqueio de um desses elementos evita a reação de escurecimento. Agentes redutores, calor ou redução do pH. 34 ALTERAÇÕES DO VEGETAL Enzima Substrato Oxigênio Compostos fenólicos: ác caféico, clorogênico e gálico 35 COMPOSTOS FENÓLICOS DE FRUTAS E HORTALIÇAS Ácido Gálico Ácido Caféico Ácido Clorogênico 36 ALTERAÇÕES NA TEXTURA 37 CONTEÚDO DE PECTINA EM ALGUNS ALIMENTOS FRUTA-------------------------------------------------------% DE PECTINA Maça ............................................................................... 0,5 – 1,6 Polpa de maçã ................................................................. 1,5 – 2,5 Banana ................................ ............................................0,7 – 1,2 Polpa de Beterraba ............................... .......................... .. 1,0 Carambola ............................... ........................................ 0,66 Cenoura ............................... ...........................................0,2 – 0,5 Goiaba .................................................. ...........................0,77 – 0,99 Polpa de limão ....................................................... ......... 2,5 - 4,0 Lichia ....................................................... ....................... 0,42 Manga ................................................................ ............. 0,26 – 0,42 Casca da laranja ............................................................. 3,5 – 5,5 Mamão papaya ................................................................ 0,66 - 1,0 Pêssego ............................................................... ...........0,1 - 0,9 Abacaxi ............................................................... ............0,04 – 0,13 Morango ................................................................ ...........0,6 - 0,7 Tamarindo ................................................................ .......... 1,71 Tomate ................................................................ ..............0,2 - 0,6 Fonte: RENARD & THIBAULT, 1993. 38 Bibliografia Consultada 1. OETTERER, MARÍLIA et al. Fundamentos de Ciência e Tecnologia. São Paulo: Manole, 2006. 2. BOBBIO, FLORINDA O; BOBBIO, PAULO A. Introdução à Química dos Alimentos, 2. ed. São Paulo: Livraria Varela, 1992. 3. ARAÚJO, M. A. Química de Alimentos: teoria e prática. 2 ed. São Paulo: Livraria Varela, 2001.
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