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DOENÇA CELÍACA

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UNIVERSIDADE LUTERANA DO BRASIL
CURSO DE ENFERMAGEM
MONIQUE MAGNUS AREND
DISTÚRBIOS AUTOIMUNES
Doença Celíaca
TORRES
2015
DOENÇA CELÍACA
A doença
 Doença celíaca é uma doença auto imune, significa intolerância permanente ao glúten. A doença surge não apenas do consumo do glúten e de seus congêneres, mas também de uma combinação de fatores que incluem genes predisponentes e anomalias na estrutura do intestino delgado. Afeta principalmente o intestino delgado, na qual o organismo ataca a si mesmo. Nos indivíduos afetados, a ingestão de glúten causa danos às pequenas protrusões, ou vilos, que revestem a parede do intestino delgado. Esta condição possui outros nomes, tais como espru celíaco e enteropatia glúten-sensível.
 
 Os sintomas podem surgir em qualquer idade após o glúten ser introduzido na dieta. O único tratamento existente é uma rigorosa dieta sem glúten, por toda a vida. Se a dieta não for seguida, o Celíaco pode desenvolver inúmeros problemas de saúde. Mas muito mais comumente observado na infância, entre o primeiro e o terceiro ano de vida.
 Em crianças o quadro clássico é representado pela diarréia crônica, distensão abdominal e desnutrição. Todo Celíaco que não transgride a doença, consegue ter aumento do peso corporal quando mantém uma dieta equilibrada. Entretanto, outros sintomas também podem estar presente, como a dor abdominal, vômitos, constipação intestinal, irritabilidade, anorexia, baixa estatura, entre outros. A pessoa celíaca poderá apresentar apenas um sintoma, ou um conjunto de vários , que desaparecerão com o cumprimento da dieta isenta de glúten. Podem existir algumas doenças associadas, como o diabetes mellitus, hipotireoidismo, anemia ferropriva, intolerância à lactose, deficiência da imunoglobulina A e dermatite herpetiforme.
 O paciente celíaco não necessariamente é tipicamente emagrecido. Devido ao distúrbio de absorção intestinal, a maioria dos indivíduos acometidos estão abaixo do peso, porém cerca de 30% estão com sobrepeso, provavelmente devido à elevada ingestão calórica.
O que é o GLÚTEN?
 É a principal proteína presente no trigo, aveia, centeio, cevada, e no malte(sub-produto da cevada), cereais amplamente utilizados na composição de alimentos, medicamentos, bebidas industrializadas, assim como cosméticos e outros produtos não ingeríveis.
 Na verdade, o prejudicial e tóxico ao intestino do paciente intolerante ao glúten são “partes do glúten”, que recebem nomes diferentes para cada cereal, no trigo é a Gliadina, na cevada é a Hordeína, na aveia é a Avenina e no centeio é a Secalina. O malte, muito questionado, é um produto da fermentação da cevada, portanto apresenta também uma fração de glúten. Os produtos que contenham malte, xarope de malte ou extrato de malte não devem ser consumidos pelos celíacos. O glúten não desaparece quando os alimentos são assados ou cozidos, e por isto uma dieta tem que ser seguida à risca.
 Como a gliadina provoca reação no intestino? Normalmente quando ingerimos proteínas, estas são “quebradas” no estômago e intestino formando aminoácidos ou dipeptídeos (moléculas com 2 aminoácidos) que são absorvidos. A molécula de glúten é resistente às enzimas que “quebram” as proteínas e como resultado, “sobra” uma cadeia de 33 aminoácidos que é a fração tóxica (gliadina). Essa molécula se aloja sob as células da mucosa onde estão as vilosidades e algumas pessoas (celíacos) desenvolvem uma reação imunológica contra a gliadina e destroem a mucosa (onde está aderida a gliadina).
 O glúten agride e danifica as vilosidades do intestino delgado e prejudica a absorção dos alimentos.
 Qual a relação entre DC e intolerância à lactose? Normalmente a lactose é ‘quebrada’ pela ação de uma enzima chamada lactase, a qual é produzida nas células intestinais. Como na DC existe um dano na célula intestinal, a produção de lactase fica prejudicada e, como conseqüência, há dificuldade na absorção da lactose. Essa deficiência melhora com a dieta e, posteriormente o leite poderá ser reintroduzido.
Sinais e Sintomas
 O quadro clínico da doença se manifesta com e sem sintomas.
 I. Clássica: é freqüente na faixa pediátrica, surgindo entre o primeiro e terceiro ano de vida, ao introduzirmos alimentação à base de papinha de pão, sopas de macarrão e bolachas, entre outros industrializados com cereais proibidos.
Caracteriza-se : 
- Diarréia crônica
- Déficit do crescimento
- Anemia ferropriva não curável
- Emagrecimento e falta de apetite
- Distensão abdominal
- Vômitos
- Abortos de repetição
- Desnutrição aguda que podem levar o paciente à morte na falta de diagnóstico e tratamento.
 
 II. Não Clássica: apresenta manifestações monossintomáticas, e as alterações gastrintestinais não chamam tanto a atenção. Pode ser por exemplo:
- Fadiga
- Baixo ganho de peso e estatura
- Esterilidade
- Anemia resistente a ferroterapia
- Osteoporose antes da menopausa
 III. Assintomática: por vezes ocorre a doença sem sintomas, são por isso realizados nestes casos, exames ( marcadores sorológicos) em familiares de primeiro grau do celíaco, que têm mais chances de apresentar a doença (10%).
Se não tratada a doença, podem surgir complicações como o câncer do intestino, anemia, osteoporose, abortos de repetição e esterilidade.
Diagnóstico
 São realizados exames especializados para avaliar a absorção da D.Xilose e dosagem de gordura nas fezes, assim como dosagem de anticorpos antigliadina, antiendomíseo, e antitransglutaminase, porém, é absolutamente necessária a realização da Biopsia do Intestino Desgado (BID), a qual deve ser obtida, preferencialmente, da Junção duodeno-jejunal.
 Atenção: Não existem motivos que justifiquem iniciar dieta isenta de glúten sem realizar a biopsia.
 As amostras podem ser obtidas utilizando-se cápsula perioral, conhecida como cápsula de Watson ou Crosby-Kugler, que é acoplada a uma sonda ou pinça durante o processo de endoscopia digestiva alta. Em ambos os casos é importante o envolvimento de profissionais habituados com o diagnóstico da D.C., tanto para a obtenção dos fragmentos intestinais como para sua avaliação.
 Classificação de Marsh é uma classificação histológica (microscópica) do estado da mucosa intestinal no que se refere à Doença Celíaca. Ela leva em conta o grau de atrofia e a presença de células inflamatórias. Sua graduação vai de 0 (normal) a 3 (3a, 3b, 3c). O estágio 3c significa atrofia total. Mesmo no grau mais avançado de atrofia pode haver regressão para o normal com a dieta sem glúten.
Tratamento
 Para a Doença Celíaca existe um único tratamento: uma dieta rigorosa, onde devem ser retirados todos os alimentos e preparações que contenham o glúten. Não se deve comer “só um pouquinho” desses alimentos, pois podem ocorrer consequências danosas para o paciente.
 Deve-se substituir os ingredientes que contenham glúten (como a farinha de trigo), por outras opções como o uso de farinha de arroz, amido de milho, farinha de milho, fubá, farinha de mandioca, polvilho e fécula de batata.
 A dieta deve ser seguida por toda a vida, porque a quantidade de glúten suficiente para causar sintomas varia de paciente para paciente. Se não aparecerem sintomas depois que o paciente ingerir glúten, isto não significa que o alimento não lhe fará mal.
 A vigilância da dieta deve ser permanente, já que a ingestão de glúten pode acontecer até sem que percebamos, chamada de contaminação cruzada. Como por exemplo, através de óleo de fritura utilizado no preparo de alimentos com glúten e depois para a fritura de alguma preparação sem glúten.
 Muitos celíacos tem falta de vitaminas pela má absorção de nutrientes, tendo que fazer reposição por meio de fármacos com aajuda de uma dieta rica dos mesmos. Muito comumente são a vitamina B12 e a vitamina D, estas reposições podem perdurar por muito tempo. Dependendo do grau de defasagem é necessário o uso prolongado e continuo, por exemplo a vitamina B12 realizada mensalmente se o caso assim exigir.
Observações
 O contato do glúten com a pele do celíaco não pode causar problema, para ativar a doença o glúten tem que entrar em contato com a mucosa intestinal. O contato eventual com a pele, como o manuseio de produtos que contenham glúten, não oferece riscos. Por outro lado, não é aconselhável que um celíaco trabalhe como padeiro ou confeiteiro, pois a exposição seria muito grande e a chance de contaminação também.
 Porque a Doença Celíaca é tão pouco conhecida? Embora a DC seja muito antiga, tinha-se pouco conhecimento científico a seu respeito até algumas décadas atrás. Primeiramente, descobriu-se que a doença era uma reação ao trigo, depois foi identificada sua característica imunológica e, finalmente sua predisposição genética. A classificação microscópica da doença (Marsh) foi instituída em 1992. A descoberta de seus anticorpos foi ainda mais recente. Além disso, a doença não tem um sintoma característico. Muitas vezes são sintomas discretos ou alterações laboratoriais inespecíficas. Se não houver forte suspeita do médico para pedir os exames adequados o diagnóstico torna-se difícil.
REFERÊNCIAS
- Material fornecido pela diretoria da www.acelpar.com.br (Associação dos Celíacos do Paraná)
- 2RS Sem glúten (palestras desenvolvidas pela ACELBRA)
- www.celiacos.org.pt
 - ACELBRA (Associação dos Celíacos do Brasil) www.acelbra.org.br 
- www.riosemgluten.com 
- Manual Informativo Básico (Nutricionista Cecília Carvalho) Dr. Hugo de Lacerda Werneck Junior
- FRENZ http://www.crispyfrenz.com.br/a-doenca-celiaca-
ANEXOS
Vilosidades da mucosa do intestino normal
Vilosidades da mucosa do intestino de um Celíaco

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