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FísicaFísica 1 F ísica Introdução à FísicaIntrodução à FísicaIntrodução à FísicaIntrodução à FísicaIntrodução à Física Desde a pré-história, o Homem sempre procurou entender os fenômenos naturais que o cercam e a partir do momento em que conseguiu dominar alguns deles como o FOGO, começou a fazer Ciência. Os Gregos, como Aristóteles, Demócrito e Arquimedes, contribuíram muito para aumentar o conhecimento da Humanidade, utilizando principalmente as observações dos fenômenos da Natureza. Ciência: Totalidade dos conhecimentos adquiridos sobre a natureza e a sociedade, logicamente articulados. É um processo dinâmico e em constante evolução. Na Grécia Antiga, o termo “Física”“Física”“Física”“Física”“Física” (physiké) compreendia os fenômenos que ocorrem na Natureza de uma maneira geral. Daí ter sido esta ciência, durante muito tempo, denominada “Filosofia Natural”.“Filosofia Natural”.“Filosofia Natural”.“Filosofia Natural”.“Filosofia Natural”. Os fenômenos que estudaremos não precisam ser necessariamente complexos: o movimento de qualquer objeto, as ondas formadas na superfície da água por uma pedra, um bloco de gelo derretendo, a água fervendo para fazer um ótimo café ou a luz produzida por uma lâmpada que foi acesa são excelentes exemplos que observamos diariamente. Neste primeiro momento, nosso objetivo será estudar um dos vários ramos da Física: a MECÂNICA, que em termos muito simples, estudará os movimentos e as condições em que eles se realizam, sempre relacionando três grandezas físicasgrandezas físicasgrandezas físicasgrandezas físicasgrandezas físicas fundamentais: o comprimento, a massa e o tempo. Por falar em grandezas f ísicas, grandezas f ísicas, grandezas f ísicas, grandezas f ísicas, grandezas f ísicas, é importante lembrar o grande italiano Galileu Galilei, que afirmava que “é prec iso medir o que é mensuráve l e tornaré prec iso medir o que é mensuráve l e tornaré prec iso medir o que é mensuráve l e tornaré prec iso medir o que é mensuráve l e tornaré prec iso medir o que é mensuráve l e tornar mensurável aquilo que não o é.”mensurável aquilo que não o é.”mensurável aquilo que não o é.”mensurável aquilo que não o é.”mensurável aquilo que não o é.” Para tornar mais clara, a frase de Galileu, precisamos saber que mensurável é tudo aquilo que pode ser medido; logo, uma grandeza física é algo que pode ser medido, associado a um valor numérico e a uma unidade de medida. GRANDEZA FÍSICA: TUDO QUE PODEGRANDEZA FÍSICA: TUDO QUE PODEGRANDEZA FÍSICA: TUDO QUE PODEGRANDEZA FÍSICA: TUDO QUE PODEGRANDEZA FÍSICA: TUDO QUE PODE SER MEDIDO OU COMPSER MEDIDO OU COMPSER MEDIDO OU COMPSER MEDIDO OU COMPSER MEDIDO OU COMPARADO EARADO EARADO EARADO EARADO E ASSOCIADO A UMA UNIDADE DE MEDIDA.ASSOCIADO A UMA UNIDADE DE MEDIDA.ASSOCIADO A UMA UNIDADE DE MEDIDA.ASSOCIADO A UMA UNIDADE DE MEDIDA.ASSOCIADO A UMA UNIDADE DE MEDIDA. Durante nosso estudo da Mecânica, iremos falar de muitas grandezas físicas, como por exemplo comprimento, massa, tempo, velocidade, aceleração, força, energia, torque e muitas outras. Quando medimos o comprimentocomprimentocomprimentocomprimentocomprimento, que é uma grandeza física, podemos utilizar várias unidades de medida, como o quilômetro, o metro ou o centímetro. A mesma coisa acontece com a massamassamassamassamassa, que pode ser expressa em grama, quilograma e tonelada, bem como com o tempotempotempotempotempo que aparecerá em segundos, minutos, horas, dias, e muitas outras. Dentre as várias unidades possíveis, para cada grandeza física, apenas uma foi escolhida como padrão no EBR FISICA MOD I AULA 01.pmd 23/3/2004, 12:131 Introdução à Física 2 F ís ic a É sempre interessante relembrar algumas relações entre as várias unidades de medida: DIVISÕES DA MECÂNICA Didaticamente dividimos a Mecânica em três partes: CinemáticaCinemáticaCinemáticaCinemáticaCinemática: estuda o movimentoz sem considerar suas causas, isto é, sem se preocupar com o que o produziu. EstáticaEstáticaEstáticaEstáticaEstática: estuda os corpos em equilíbrio. DinâmicaDinâmicaDinâmicaDinâmicaDinâmica: Estuda os movimentos dos corpos e as causas que os originam, isto é as forças. CINEMÁTICA No início do estudo da cinemática, existe a necess idade de conhecermos alguns conceitos fundamentais: Movimento – Repouso e Referencial: Na Física, costumamos dizer que movimento e repouso são conceitos relativos, observe a figura abaixo: Quando analisamos a criança em relação a sua irmã, podemos dizer que está em repouso, mas quando fazemos isso em relação ao poste ao lado da estrada, dizemos que ambas estão em movimento. Portanto, antes de afirmarmos se um corpo está em repouso ou em movimento, devemos escolher um referencial e somente depois verificar qual a situação do corpo. Definição de repouso:Definição de repouso:Definição de repouso:Definição de repouso:Definição de repouso: Um corpo está em repouso em relação a umUm corpo está em repouso em relação a umUm corpo está em repouso em relação a umUm corpo está em repouso em relação a umUm corpo está em repouso em relação a um referencia l quando sua pos ição não muda noreferencia l quando sua pos ição não muda noreferencia l quando sua pos ição não muda noreferencia l quando sua pos ição não muda noreferencia l quando sua pos ição não muda no decorrer do tempodecorrer do tempodecorrer do tempodecorrer do tempodecorrer do tempo. Definição de movimento:Definição de movimento:Definição de movimento:Definição de movimento:Definição de movimento: Um corpo está em movimento em relação aUm corpo está em movimento em relação aUm corpo está em movimento em relação aUm corpo está em movimento em relação aUm corpo está em movimento em relação a um referencia l quando sua pos ição muda noum referencia l quando sua pos ição muda noum referencia l quando sua pos ição muda noum referencia l quando sua pos ição muda noum referencia l quando sua pos ição muda no decorrer do tempo.decorrer do tempo.decorrer do tempo.decorrer do tempo.decorrer do tempo. Obs.: Um mesmo corpo pode estar em repouso em relação a um referencial e em repouso em relação a outro. TTTTTrajetória:rajetória:rajetória:rajetória:rajetória: Todos os dias, quando você sai de casa e vai até seu trabalho ou sua escola, percorre um trajeto fixo. Se pudermos demarcar todos os pontos percorridos por você, estaremos definindo sua trajetória. A tra jetór ia de um corpo em movimentoA tra jetór ia de um corpo em movimentoA tra jetór ia de um corpo em movimentoA tra jetór ia de um corpo em movimentoA tra jetór ia de um corpo em movimento pode ser definida como a linha formada por todospode ser definida como a linha formada por todospode ser definida como a linha formada por todospode ser definida como a linha formada por todospode ser definida como a linha formada por todos os pontos por onde esse corpo passa.os pontos por onde esse corpo passa.os pontos por onde esse corpo passa.os pontos por onde esse corpo passa.os pontos por onde esse corpo passa. Sistema Internacional de Unidades (SI)Sistema Internacional de Unidades (SI)Sistema Internacional de Unidades (SI)Sistema Internacional de Unidades (SI)Sistema Internacional de Unidades (SI) e será muito utilizado na Física, apesar de muitas vezes não coincidir com a unidade mais conhecida para cada grandeza. EBR FISICA MOD I AULA 01.pmd 23/3/2004, 12:132 3 Introdução à Física F ísica De acordo com a trajetória, os movimentos recebem os seguintes nomes: Movimento RetilíneoMovimento RetilíneoMovimento RetilíneoMovimento RetilíneoMovimento Retilíneo – A trajetória é uma linha reta. Movimento CurvilíneoMovimento CurvilíneoMovimento CurvilíneoMovimento CurvilíneoMovimento Curvilíneo – A trajetória é um tipo de curva. Obs.: A trajetória de um corpo depende do referencial que é adotado: Para o homem que está observando a bomba cair, a trajetóriadescrita é uma curva, mas, para o piloto do avião, a trajetória é retilínea, pois a bomba está se distanciando dele em um movimento vertical, como se ele estivesse parado e a bomba se afastando na vertical. Posição em uma trajetóriaPosição em uma trajetóriaPosição em uma trajetóriaPosição em uma trajetóriaPosição em uma trajetória Certamente você já reparou que os policiais rodoviários que estão nas viaturas utilizam o rádio para se comunicarem com o posto central. Também já deve ter observado que existe nas rodovias os “marcos quilométricos”, no formato de pequenas placas que são fixas nas laterais destas rodovias. Imagine que os policiais receberam a informação que um carro sofreu um acidente no km 50 e que necessita de socorro imediato. Uma viatura sai do posto, e encontra o carro com problemas no km 50, isto é, a 50 km do início da rodovia ou km 0, que é chamado de origem da trajetória. Portanto, a posição do carro acidentado é a distância em que ele se encontra do início da rodovia, ou seja, da sua origem. 0 (origem da trajetória) sentido km 0 km 50 Definição de espaço:Definição de espaço:Definição de espaço:Definição de espaço:Definição de espaço: O espaço (s) é a medida algébrica da distânciaO espaço (s) é a medida algébrica da distânciaO espaço (s) é a medida algébrica da distânciaO espaço (s) é a medida algébrica da distânciaO espaço (s) é a medida algébrica da distância entre a posição ocupada pelo móvel e a origementre a posição ocupada pelo móvel e a origementre a posição ocupada pelo móvel e a origementre a posição ocupada pelo móvel e a origementre a posição ocupada pelo móvel e a origem dos espaços.dos espaços.dos espaços.dos espaços.dos espaços. Unidades do espaço:Unidades do espaço:Unidades do espaço:Unidades do espaço:Unidades do espaço: Nas rodovias a mais utilizada é kmkmkmkmkm, mas na Física, usamos muito a unidade do Sistema Internacional de Unidades, que como vimos é o metro (mmmmm). Deslocamento Escalar:Deslocamento Escalar:Deslocamento Escalar:Deslocamento Escalar:Deslocamento Escalar: Para entender com facil idade o conceito de Deslocamento Escalar, vamos observar a figura abaixo, que ilustra o percurso feito pelo carro da polícia, saindo do posto, até chegar ao carro acidentado. EBR FISICA MOD I AULA 01.pmd 23/3/2004, 12:133 Introdução à Física 4 F ís ic a Neste caso, podemos afirmar que o espaço inicial é igual a so = 0 e o espaço final é s = 50 km. Definição de deslocamento escalar:Definição de deslocamento escalar:Definição de deslocamento escalar:Definição de deslocamento escalar:Definição de deslocamento escalar: O deslocamento escalar (∆s) é a diferença algébrica entre os espaços relativos às posições final e inicial. Esquematicamente: Logo, para o exemplo do carro de polícia: ∆s = s -s = s -s = s -s = s -s = s - ssssso o o o o = 50 – 0 = 50 km.= 50 – 0 = 50 km.= 50 – 0 = 50 km.= 50 – 0 = 50 km.= 50 – 0 = 50 km. VVVVVelocidade Média:elocidade Média:elocidade Média:elocidade Média:elocidade Média: Suponha que durante uma viagem de carro entre duas cidades, você, por pura curiosidade, marcou o horário de saída (8h) e o de chegada (11h). Sabendo que a distância entre as cidades é 180 km, facilmente é capaz de calcular a velocidade média do carro durante todo o percurso. Geralmente dizemos que é só dividir a distância pelo tempo e teremos a resposta, mas o estudo da Física exige mais rigor e substituímos a distância pelo deslocamento escalar e o tempo por um intervalo de tempo. Definição de velocidade média: VVVVVeloc idade esca lar média (ve loc idade esca lar média (ve loc idade esca lar média (ve loc idade esca lar média (ve loc idade esca lar média (vmmmmm) é def in ida) é def in ida) é def in ida) é def in ida) é def in ida como sendo a razão entre o deslocamento escalarcomo sendo a razão entre o deslocamento escalarcomo sendo a razão entre o deslocamento escalarcomo sendo a razão entre o deslocamento escalarcomo sendo a razão entre o deslocamento escalar (((((∆s) e o interva lo de tempo (s) e o interva lo de tempo (s) e o interva lo de tempo (s) e o interva lo de tempo (s) e o interva lo de tempo (∆ t ) , gasto nesset) , gasto nesset) , gasto nesset) , gasto nesset) , gasto nesse deslocamento.deslocamento.deslocamento.deslocamento.deslocamento. Matematicamente: No exemplo da viagem, o deslocamento escalar é igual a 180 km e o intervalo de tempo igual a 3h; portanto a velocidade média foi igual a 60 km/h, o que não significa que durante toda a viagem o carro estava sempre a 60 km/h. Certamente em alguns momentos essa velocidade foi muito superior e em outros chegou a ser nula, quando o motorista parou para um lanche. Unidades da Velocidade Média: No Sistema Internacional, a unidade da velocidade é m/sm/sm/sm/sm/s, apesar de no cotidiano a unidade mais utilizada ser o km/hkm/hkm/hkm/hkm/h, que é encontrada em praticamente todos os velocímetros de carros e motos. Relação entre as unidades: 1 km/h = 1000m/3600s = 1m/3,6s logo 1 m/s = 3,6 km/h Regra prática: Î De km/h para m/s De km/h para m/s De km/h para m/s De km/h para m/s De km/h para m/s → divida por 3,6 divida por 3,6 divida por 3,6 divida por 3,6 divida por 3,6 Î De m/s para km/h De m/s para km/h De m/s para km/h De m/s para km/h De m/s para km/h → multiplique por 3,6 multiplique por 3,6 multiplique por 3,6 multiplique por 3,6 multiplique por 3,6 Exemplos: a) 72 km/h = 72/3,6 = 20 m/s b) 30 m/s = 30.3,6 = 108 km/h VVVVVelocidade Instantânea:elocidade Instantânea:elocidade Instantânea:elocidade Instantânea:elocidade Instantânea: Certamente, durante o percurso da viagem de ônibus, a velocidade foi variável. Em cada instante, o velocímetro registra essas diferentes velocidades, que são conhecidas como velocidade instantânea. Pode-se dizer que o velocímetro é um medidor de velocidade instantânea. Definição: É a velocidade do móvel em um determinadoÉ a velocidade do móvel em um determinadoÉ a velocidade do móvel em um determinadoÉ a velocidade do móvel em um determinadoÉ a velocidade do móvel em um determinado instante de tempo.instante de tempo.instante de tempo.instante de tempo.instante de tempo. Aceleração Escalar Média Nos anúncios de carros novos, uma das características mais utilizadas pelo fabricante para vender seu produto é dizer o valor de sua aceleração. A maioria das pessoas já possui um conhecimento prévio desta grandeza, mas muitas vezes não conhece o conceito correto. Para a Física, aceleração escalar média é uma grandeza física que indica o quanto varia a velocidade escalar em um certo intervalo de tempo. ∆s s s= − 0 V st s s t tm = = − − ∆ ∆ 0 0 EBR FISICA MOD I AULA 01.pmd 23/3/2004, 12:134 5 Introdução à Física F ísica Pelo que foi exposto, podemos concluir que um carro parado no semáforo com o motorista pisando no acelerador, ou um ônibus que viaja em uma estrada plana com velocidade constante de 80 km/h, NÃONÃONÃONÃONÃO possuem aceleração; mas o mesmo carro ao arrancar com o sinal verde até atingir 100 km/h ou o ônibus que na descida é freado, e diminui sua velocidade de 80 km/h para 70 km/h agora possuem aceleração. Definição: A aceleração escalar média mede a rapidezA aceleração escalar média mede a rapidezA aceleração escalar média mede a rapidezA aceleração escalar média mede a rapidezA aceleração escalar média mede a rapidez com que acontecem variações na velocidade decom que acontecem variações na velocidade decom que acontecem variações na velocidade decom que acontecem variações na velocidade decom que acontecem variações na velocidade de um corpo em um certo intervalo de tempo.um corpo em um certo intervalo de tempo.um corpo em um certo intervalo de tempo.um corpo em um certo intervalo de tempo.um corpo em um certo intervalo de tempo. Matematicamente: Utilizando a expressão, retiramos aunidade no Sistema Internacional: No S.I., a unidade de aceleração é m/s/sm/s/sm/s/sm/s/sm/s/s = m/s² a vt v v t tm = = − − ∆ ∆ 0 0 EBR FISICA MOD I AULA 01.pmd 23/3/2004, 12:135 Introdução à Física 6 F ís ic a Exercício Resolvido: Um ônibus passa pelo km 30 de uma rodovia às 6h, e às 9h e 30 min passa pelo km 240. Qual a velocidade escalar média desenvolvida pelo ônibus nesse intervalo de tempo? Solução: O deslocamento escalar é: ∆s = s - so = 240 – 30 = 210 km O intervalo de tempo será: ∆t = t - to = 9 h 30 min - 6 h = 3 h 30 min = 3,5 h Logo: vm = ∆s = 210 km = 60 km/h ∆t 3,5 h 0 10 10 10 10 1 Um corpo em movimento possui uma velocidade de 2m/s e, após 10 s, observa-se que passou para 22 m/s. Calcule a aceleração escalar média desse corpo. Solução: A variação da velocidade é: ∆v = v - vo = 22 – 20 = 20 m/s O intervalo de tempo é: ∆t = 10 s A aceleração escalar média será: a m = ∆v/ ∆t = 20 / 10 = 2 m/s² Observação: am = 2 m/s² significa que a velocidade do objeto aumenta 2 m /s a cada 1 s . 0 20 20 20 20 2 Se um ônibus durante uma viagem entre duas cidades, distantes 400 km, gasta exatamente 5 horas, qual o valor de sua velocidade média? Durante uma viagem de carro, você observa que passou pelo km 20, às 7 h e pelo km 170, às 10h. No km 100, uma pequena parada de 10 minutos foi feita para descanso. Determine a velocidade escalar média no intervalo de tempo das 7 h às 10 h. Um motociclista percorre 54 km em 30 minutos. Determine sua velocidade escalar média, expressando-a em km/h e m/s Em uma corrida, um atleta percorre 3600 m em 12 minutos. Determine sua velocidade escalar média em m/s e km/h. 0 10 10 10 10 1 0 20 20 20 20 2 0 30 30 30 30 3 0 40 40 40 40 4 Um ciclista profissional, em treinamento, pedalou 5000 m, mantendo uma velocidade constante de 36 km/h. Calcule o intervalo de tempo, em segundos, gasto para percorrer essa distância. Um fabricante de veículos anuncia que seu carro faz do repouso até atingir 108 km/h em apenas 10 segundos. Determine em unidades do S.I. a aceleração escalar média deste carro. Um carro com velocidade constante de 90 km/h, trafega por uma avenida, quando, em um certo instante, o motorista percebe o sinal vermelho à sua frente. Imediatamente aciona os freios, parando em 5 segundos. Determine a aceleração adquirida pelo carro em m/s² e diga o significado do sinal negativo encontrado. 0 50 50 50 50 5 0 60 60 60 60 6 0 70 70 70 70 7 (UNB-DF) Um estudante de Física foi aferido por seu professor da seguinte forma: “A Terra está em movimento ou em repouso?”. Obteve como resposta: “Depende do referencial adotado”. A esse respeito, julgue os itens a seguir. I. Um passageiro que viaja sentado numa poltrona em um trem em movimento está em repouso quando o sistema de referência é o próprio trem. II. Um cachorro que acabou de fazer xixi num poste se afasta dele. O poste está em repouso em relação ao cachorro, pois não pode segui-lo. III. Um ponto material qualquer está em movimento em relação a um determinado referencial quando sua posição nesse referencial varia no decurso do tempo. 0 10 10 10 10 1 EBR FISICA MOD I AULA 01.pmd 23/3/2004, 12:136 7 Introdução à Física F ísica (UFMS) Um corredor percorre 0,2 km em linha reta, em um intervalo de tempo de 6,0 minutos. Qual é a sua velocidade média em km/h? a) 1 b) 2 c) 3 d) 4 e) 5 (ESPM-SP) A distância da faculdade até a zona leste da cidade é de 24 km. Considerando a velocidade máxima permitida de 80 km/h, quantos minutos, no mínimo, uma pessoa deve gastar no percurso em trânsito completamente livre? a) 10 b) 12 c) 14 d) 16 e) 18 (Cesgranrio-RJ) Uma pessoa, correndo, percorre 4,0 km com velocidade escalar média de 12 km/h. O tempo do percurso é de: a) 3,0 min b) 8,0 min c) 20 min d) 30 min e) 33 min (PUC-MG) Num passeio promovido pelo Jeep Clube de Minas Gerais, o navegador recebe uma planilha em que se diz que um trecho de 10 km deve ser percorrido a velocidade média de 30 km/h. Se o veículo iniciar o trajeto às 11 h 00 min, ele deverá chegar ao final do referido trecho às: a) 11 h 30 min b) 11 h 10 min c) 12 h 40 min d) 11 h 20 min e) 14 h 00 min 0 20 20 20 20 2 0 30 30 30 30 3 0 40 40 40 40 4 (FEI-SP) Um carro faz uma viagem de 200 km a uma velocidade média de 40 km/h. Um segundo carro, partindo uma hora mais tarde, chega ao ponto de destino no mesmo instante que o primeiro. Qual é a velocidade média do segundo carro? a) 45 km/h b) 50 km/h c) 55 km/h d) 60 km/h e) 80 km/h (UNICENP-PR) Um objeto percorre 250 m de um trajeto com uma velocidade média de 25 m/s e os 50 m restantes com uma velocidade média de 10 m/s. Determine a velocidade média no percurso total. a) 12,5 m/s b) 15 m/s c) 17,5 m/s d) 20 m/s e) 22,5 m/s (Unisinos -RS) Quando um motorista aumenta a velocidade escalar de seu automóvel de 60 km/h para 78 km/h em 10 s, ele está comunicando ao carro uma aceleração escalar média, em m/s², de: a) 18 b) 0,2 c) 5 d) 1,8 e) 0,5 (FGV-SP) Um avião parte do repouso e depois de 20 s decola com velocidade de 360 km/h. Admitindo-se constante a aceleração, qual o seu valor, em m/s²? a) 2 b) 5 c) 10 d) 18 e) 72 0 50 50 50 50 5 0 60 60 60 60 6 0 70 70 70 70 7 0 80 80 80 80 8 0 90 90 90 90 9 (UFPE) Durante o teste de desempenho de um novo modelo de automóvel, o piloto percorreu a primeira metade da pista na velocidade média de 60 km/h e a segunda metade a 90 km/h. Qual a velocidade média desenvolvida durante o teste completo, em km/h? a) 50 b) 65 c) 72 d) 80 e) 92 .......................................................................................................................................................................................................... .......................................................................................................................................................................................................... .......................................................................................................................................................................................................... .......................................................................................................................................................................................................... EBR FISICA MOD I AULA 01.pmd 23/3/2004, 12:137 1 F ís ic a Movimento UniformeMovimento UniformeMovimento UniformeMovimento UniformeMovimento Uniforme No nosso cotidiano, é muito comum exemplos de vários tipos de movimento. Basta olharmos para qualquer lugar e sempre observaremos alguém ou algo se deslocando. Neste momento, interessa-nos um destes movimentos em especial, o Movimento Uniforme. Para entendermos um pouco melhor, imagine alguns exemplos: 1- Um ônibus que em um trecho curto da viagem consegue manter a velocidade constante de 80 km/h. 2- Um avião, no meio do caminho entre Porto Alegre e Recife, onde o piloto automático é ligado e a velocidade se mantêm constante em 350 km/h. 3- Um metrô em movimento entre duas estações, após adquirir sua velocidade máxima, a mantém constante durante certo tempo em 36 km/h, até se aproximar da próxima estação onde precisará diminuir essa velocidade até parar por completo. Poderíamos citar vários outros exemplos, mas já podemos observar que em todos eles, sempre citamos que durante um certo tempo (para nós é mais correto dizer: intervalo de tempo), a velocidade do objeto se manteve constante, isto é, não mudou. Todos esses movimentos são, portanto, exemplos de Movimento Uniforme.Movimento Uniforme.Movimento Uniforme.Movimento Uniforme.Movimento Uniforme. Na linguagem popular, todas as vezes que usamos o termo uniformeuniformeuniformeuniformeuniforme,lembramos de crianças na escola com seus uniformes ou operários nas fábricas uniformizados e prontos para o trabalho. Procurando o termo no dicionário, encontraremos: “Vestimenta padronizada para determinada categoria de indivíduos ou algo que só tem uma forma, é semelhante, análogo, idêntico, ou ainda, algo que não varia”. Para a Física, esse “algo que não varia” é a parte importante. Dizemos então que se não varia permaneceu constanteconstanteconstanteconstanteconstante, não se modificou. Certamente você já deve ter associado que estamos nos referindo à velocidadevelocidadevelocidadevelocidadevelocidade escalarescalarescalarescalarescalar do objeto em movimento, pois em todos os exemplos esta foi a grandeza que se manteve constante. Definição do Movimento Uniforme Concluímos rapidamente que o móvel em Movimento Uniforme realiza deslocamentos iguais (∆s), em intervalos de tempo iguais(∆t). Observe o exemplo abaixo: Fig. 01 – Esfera em movimento uniforme. EBR FISICA MOD I AULA 02.pmd 23/3/2004, 12:131 Movimento Uniforme 2 F ísica Podemos facilmente construir uma tabela do espaço (s) em função do tempo (t). TTTTTabe la 1 – Espaço em função do tempo abe la 1 – Espaço em função do tempo abe la 1 – Espaço em função do tempo abe la 1 – Espaço em função do tempo abe la 1 – Espaço em função do tempo para um móve lpara um móve lpara um móve lpara um móve lpara um móve l em mov imento un i forme.em mov imento un i forme.em mov imento un i forme.em mov imento un i forme.em mov imento un i forme. Percebemos que o espaço inicial (so), isto é, aquele onde o móvel se encontra quando começamos a estudá- lo, quando t = 0 s, é igual a 2 m e que a cada segundo que passa, a esfera percorreu 4 m. Significa dizer que sua velocidade foi constante e igual a 4 m/s. CONCLUSÕES SOBRE O MOVIMENTO UNIFORME 1. Em intervalo de tempos iguais, o móvel realiza deslocamentos iguais. 2. Para qualquer instante de tempo, a velocidade instantânea é sempre igual à velocidade média do móvel. 3. A aceleração de um móvel em Movimento Uniforme é nula, pois não houve variação na velocidade. 4. Se a trajetória for uma linha reta, o movimento é chamado de Movimento Retilíneo e Uniforme (MRU). Função Horária do Espaço Todos os movimentos na Física são associados a expressões matemáticas. Quando essa expressão relaciona o tempo, dizemos que se trata de uma função horáriafunção horáriafunção horáriafunção horáriafunção horária. Portanto, a função horária do espaço deve relacionar o tempotempotempotempotempo com o espaçoespaçoespaçoespaçoespaço percorrido ou deslocamento escalar de um móvel em movimento. Dedução da equação Como no movimento a velocidade instantânea é sempre igual à velocidade média, podemos escrever: F ig . 02 – Móve l des locando-se em mov imento un i forme,F ig . 02 – Móve l des locando-se em mov imento un i forme,F ig . 02 – Móve l des locando-se em mov imento un i forme,F ig . 02 – Móve l des locando-se em mov imento un i forme,F ig . 02 – Móve l des locando-se em mov imento un i forme, do espaço in i c i a l sdo espaço in i c i a l sdo espaço in i c i a l sdo espaço in i c i a l sdo espaço in i c i a l s 00000 para o espaço f ina l s . para o espaço f ina l s . para o espaço f ina l s . para o espaço f ina l s . para o espaço f ina l s . Lembrando que ∆t = t – t0, isto é, tempo final menos tempo inicial e que costumamos sempre considerar t0 = 0 s, podemos escrever: ou Na equação sssssooooo (espaço inicial) e v v v v v (velocidade), são constantes enquanto que sssss (espaço final) e ttttt (tempo final) são variáveis. Classificação dos movimentos: Na Cinemática, uma das class i f icações dos movimentos é quanto à orientação desse movimento sobre a trajetória. O movimento é chamado de ProgressivoProgressivoProgressivoProgressivoProgressivo quando o móvel se desloca a favor da orientação positiva daa favor da orientação positiva daa favor da orientação positiva daa favor da orientação positiva daa favor da orientação positiva da trajetóriatrajetóriatrajetóriatrajetóriatrajetória. Neste caso, o espaço referente às suas posições crescem no decorrer do tempo, seu deslocamento escalar é positivo e sua velocidade escalar também. O movimento é chamado de RetrógradoRetrógradoRetrógradoRetrógradoRetrógrado, quando o móvel se desloca contra a orientaçãocontra a orientaçãocontra a orientaçãocontra a orientaçãocontra a orientação positiva dapositiva dapositiva dapositiva dapositiva da trajetóriatrajetóriatrajetóriatrajetóriatrajetória. Neste caso, o espaço referente às suas posições decresce no decorrer do tempo, seu deslocamento escalar é negativo e sua velocidade escalar também. Gráficos do Movimento Uniforme: Uma das maneiras que a Física utiliza para representar um movimento é utilizando diagramas ou gráficos, parecidos com aqueles que você aprendeu na matemática. v st s v t= → = ∆ ∆ ∆ ∆. s s v t− =0 . s s v t= +0 . F ig . 03 – Mov imento Progress ivo .F ig . 03 – Mov imento Progress ivo .F ig . 03 – Mov imento Progress ivo .F ig . 03 – Mov imento Progress ivo .F ig . 03 – Mov imento Progress ivo . F ig . 04 – Mov imento Retrógrado.F ig . 04 – Mov imento Retrógrado.F ig . 04 – Mov imento Retrógrado.F ig . 04 – Mov imento Retrógrado.F ig . 04 – Mov imento Retrógrado. EBR FISICA MOD I AULA 02.pmd 23/3/2004, 12:132 Movimento Uniforme 3 F ís ic a Como a função horária dos espaços é uma função do 1º grau, o gráfico correspondente é sempre uma reta inclinada e o gráfico da velocidade é sempre uma reta paralela ao eixo do tempo. Conclusões importantes sobre os gráficos do Movimento Uniforme ¾ A área abaixo do diagrama v x t representaA área abaixo do diagrama v x t representaA área abaixo do diagrama v x t representaA área abaixo do diagrama v x t representaA área abaixo do diagrama v x t representa numericamente o deslocamento escalarnumericamente o deslocamento escalarnumericamente o deslocamento escalarnumericamente o deslocamento escalarnumericamente o deslocamento escalar..... ¾ A tangente do ângulo a, no diagramas x t éA tangente do ângulo a, no diagramas x t éA tangente do ângulo a, no diagramas x t éA tangente do ângulo a, no diagramas x t éA tangente do ângulo a, no diagramas x t é numericamente igual a velocidade escalarnumericamente igual a velocidade escalarnumericamente igual a velocidade escalarnumericamente igual a velocidade escalarnumericamente igual a velocidade escalar..... Grá f i co 1 – Espaço em função do tempo e ve loc idade em função doGrá f i co 1 – Espaço em função do tempo e ve loc idade em função doGrá f i co 1 – Espaço em função do tempo e ve loc idade em função doGrá f i co 1 – Espaço em função do tempo e ve loc idade em função doGrá f i co 1 – Espaço em função do tempo e ve loc idade em função do tempo no mov imento un i forme.tempo no mov imento un i forme.tempo no mov imento un i forme.tempo no mov imento un i forme.tempo no mov imento un i forme. Generalizando, podemos dizer que, para o Movimento Uniforme, as propriedades gráficas são: Observação para o aluno: Caso tenha dificuldade em calcular a Área ou entender a definição de tangente de um ângulo, é momento de parar um pouco com a Física e pedir algumas explicações para o professor de Matemática, que poderá auxiliá-lo neste ponto. O conhecimento das grandezas VVVVVelocidadeelocidadeelocidadeelocidadeelocidade, Deslocamento Deslocamento Deslocamento Deslocamento Deslocamento e Intervalo de TIntervalo de TIntervalo de TIntervalo de TIntervalo de Tempoempoempoempoempo é de muita utilidade para interpretar notícias como esta: “O Eurostar, trem que liga Paris a Londres, estabeleceu ontem um novo recorde de velocidade ferroviária no Reino Unido ao atingir os 334,7 km/h. Esta nova marca foi alcançada em um novo trecho de grande velocidade(75 quilômetros), entre o túnel sob o Canal da Mancha e a localidade Britânica de Graves End. Os trens circularão por esse trecho a partir de 28 de setembro, com uma redução de 20 minutos no trajeto, que passará a durar 2 horas e 35 minutos.” Jornal Gazeta do Povo PR 31/07/2003 EBR FISICA MOD I AULA 02.pmd 23/3/2004, 12:133 Movimento Uniforme 4 F ísicae) Como a velocidade é constante e igual a 4 m/s para o exemplo, o gráfico v x t é uma reta paralela ao eixo do tempo. f) O gráfico s x t pode ser construído com base nos valores da tabela do item c: Um móvel em MU obedece à função horária dos espaços s = 2 + 4.t, em unidades do Sistema Internacional (SI). a) Qual sua posição inicial? b) Qual sua velocidade? c) Construa uma tabela do espaço ocupado pelo móvel de 0 a 3 segundos. d) O movimento é progressivo ou retrógrado? Justifique. e) Desenhe o gráfico v x t (Velocidade x Tempo) para o movimento. f) Desenhe o gráfico s x t (Posição x Tempo) para o movimento. SOLUÇÃO:SOLUÇÃO:SOLUÇÃO:SOLUÇÃO:SOLUÇÃO: a) A posição inicial é aquela em que t = 0s. Logo, substituindo t por zero na função horária temos: s = 2 + 4.0 = 2 m b) Por simples comparação com a função horária do movimento uniforme, concluímos que sua velocidade é igual a 4 m/s, pois: s = so + v.t s = 2 + 4.t c) Substituindo o tempo na função horária, obtemos facilmente a tabela abaixo: d) Progressivo, pois os espaços crescem no decorrer do tempo. 0 10 10 10 10 1 A tabela abaixo ilustra as funções horárias de partículas em Movimento Uniforme, com unidades expressas no Sistema Internacional de Unidades. Complete-a com o espaço inicial, velocidade das partículas e classificação (progressivo ou retrógrado). 1- Um móvel realiza um movimento uniforme, que obedece à seguinte função horária: s = 5 + 2.t, com unidades expressas no Sistema Internacional de Unidades. Determine para o movimento do móvel: a) o espaço inicial. b) a velocidade escalar instantânea. c) o espaço após 20 s. d) o deslocamento escalar após 20 s. e) o instante em que o móvel passa pela posição s = 95 m. Um móvel realiza um movimento uniforme, que obedece à seguinte função horária: s = 20 – 2.t, com unidades expressas no Sistema Internacional de 0 20 20 20 20 2 0 30 30 30 30 3 0 10 10 10 10 1 A v (m/s) t (s) 4 0 1 2 3 s (m) t (s)0 2 6 10 14 1 2 3 EBR FISICA MOD I AULA 02.pmd 23/3/2004, 12:134 Movimento Uniforme 5 F ís ic a Unidades. Determine para o movimento do móvel: a) o espaço inicial. b) a velocidade escalar. c) o espaço após 5 s. d) o deslocamento escalar após 5 s. e) o instante em que passa pela origem dos espaços. A tabela abaixo, ilustra os espaços ocupados por um móvel em Movimento Retilíneo, em função do tempo. Para este móvel, determine: a) sua função horária do espaço; b) o valor de Z. O gráfico representa o movimento de um móvel em Movimento Retilíneo e Uniforme. Determine: a) o espaço inicial; b) a velocidade escalar; c) a função horária do espaço. 0 40 40 40 40 4 0 50 50 50 50 5 0 60 60 60 60 6 Dois motociclistas A e B percorrem uma mesma pista retilínea representada pelo eixo orientado, ilustrado abaixo. No início da contagem dos tempos, suas posições são s0A = 10 m e s0B = 80 m. Ambos percorrem a pista no sentido positivo do eixo com velocidades constantes e iguais a vA = 30 m/s e vB = 20 m/s. Determine: a) o instante em que A alcança B. b) a posição do encontro em relação ao marco zero da pista. 0 70 70 70 70 7 Um ônibus em Movimento Uniforme e Retilíneo faz uma viagem em 3 horas. O gráfico abaixo ilustra a velocidade escalar em função do tempo. Determine o deslocamento escalar efetuado pelo ônibus durante a viagem. 0 10 10 10 10 1 (U. São Francisco-SP) Um movimento uniforme é descrito por: s = 20 + 5.t, onde s está em metros e t em segundos. O espaço inicial, a velocidade e o tipo de movimento serão, respectivamente: a) 20 m, 5 m/s, movimento progressivo; b) 5 m, 20 m/s, movimento progressivo; c) 20 m, 5 m/s, movimento retrógrado; d) 5 m, 20 m/s, movimento retrógrado; e) 20 m, 5.t m/s, movimento progressivo. (MACK-SP) Um móvel desloca-se segundo o diagrama da figura. A função horária do movimento é: a) s = 20 - 2.t b) s = 20 – t² c) s = - t² d) s = 20 + 2.t e) s = - 2.t 0 20 20 20 20 2 s (m) t (s)0 20 10 v (m/h) t (h)0 60 30 s t0 20 10 EBR FISICA MOD I AULA 02.pmd 23/3/2004, 12:135 Movimento Uniforme 6 F ísica (FATEC-SP) A tabela fornece, em vários instantes, a posição sssss de um automóvel em relação ao km zero da estrada em que se movimenta. A função horária que nos fornece a posição do automóvel, com as unidades fornecidas, é: a) s = 200 + 30t b) s = 200 - 30t c) s = 200 + 15t d) s = 200 - 15t e) s = 200 - 15t² (UFPA) O gráfico representa os deslocamentos de duas partículas, A e B. Pela interpretação do gráfico, podemos garantir que: a) as partículas partem de pontos diferentes com velocidades diferentes; b) as partículas partem de pontos diferentes com a mesma velocidade; c) as partículas partem de pontos diferentes com velocidades distintas e conservam suas velocidades; d) as partículas partem do mesmo ponto com a mesma velocidade; e) as partículas partem do mesmo ponto com velocidades diferentes. 0 30 30 30 30 3 0 40 40 40 40 4 (FUVEST-SP) Um automóvel faz uma viagem em 6 horas e sua velocidade escalar varia em função do tempo, aproximadamente como mostra o gráfico. A velocidade escalar média do automóvel na viagem é: a) 35 km/h b) 40 km/h c) 45 km/h d) 48 km/h e) 50 km/h (UnB-DF) Qual é o tempo gasto para que uma composição de metrô de 200 m, a uma velocidade de 180 km/h, atravesse um túnel de 150 m, expressando sua resposta em segundos? a) 5 b) 6 c) 7 d) 8 e) 9 (U. E. Sudoeste da Bahia – BA) Dois móveis A e B percorrem uma mesma trajetória e suas posições são dadas, a partir da mesma origem dos espaços, por sA = - 30 + 10.t e sB = - 10 – 10.t (com s em metros e t em segundos). O instante e a posição de encontro são iguais, respectivamente, a: a) 1 s e – 20 m b) 2 s e – 10 m c) 3 s e – 40 m d) 4 s e 20 m e) 5 s e – 60 m (UFRN) Um trem parte de Natal com destino a Recife às 6 h, com velocidade constante de 60 km/h. Uma hora depois, parte de Natal, numa linha paralela, um segundo trem, mantendo uma velocidade constante de 75 km/h. Sabendo que a distância Natal-Recife é de 300 km, podemos afirmar que: a) o segundo trem ultrapassará o primeiro a 70 km de Recife; b) o segundo trem ultrapassará o primeiro a 80 km de Recife; c) o segundo trem ultrapassará o primeiro a 100 km de Recife; d) o segundo trem ultrapassará o primeiro a 120 km de Recife; e) os dois trens chegarão a Recife ao mesmo tempo. 0 50 50 50 50 5 0 60 60 60 60 6 0 70 70 70 70 7 0 80 80 80 80 8 t (h) s (km) 0,0 200 2,0 170 4,0 140 6,0 110 8,0 80 10,0 50 EBR FISICA MOD I AULA 02.pmd 23/3/2004, 12:136 Movimento Uniforme 7 F ís ic a (PUC-RS) Dois trens, A e B, de 200 m e 250 m de comprimento, respectivamente, correm em linhas paralelas com velocidades de 18 km/h e 27 km/h, em sentidos opostos. O tempo que decorre desde o instante em que começam a se cruzar até o instante em que termina o cruzamento é de: a) 10 s b) 25 s c) 36 s d) 40 s e) 50 s .......................................................................................................................................................................................................... .................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................... .......................................................................................................................................................................................................... .......................................................................................................................................................................................................... .......................................................................................................................................................................................................... .......................................................................................................................................................................................................... ........................................................................................................................................................................................................... ........................................................................................................................................................................................................... .......................................................................................................................................................................................................... .......................................................................................................................................................................................................... .......................................................................................................................................................................................................... .......................................................................................................................................................................................................... ........................................................................................................................................................................................................... ........................................................................................................................................................................................................... ........................................................................................................................................................................................................... .......................................................................................................................................................................................................... .......................................................................................................................................................................................................... .......................................................................................................................................................................................................... .......................................................................................................................................................................................................... .......................................................................................................................................................................................................... .......................................................................................................................................................................................................... EBR FISICA MOD I AULA 02.pmd 23/3/2004, 12:137 1 F ísica Movimento Uniformemente VMovimento Uniformemente VMovimento Uniformemente VMovimento Uniformemente VMovimento Uniformemente Variadoariadoariadoariadoariado Neste momento, estamos interessados em um tipo especial de movimento variado, o chamado movimentomovimentomovimentomovimentomovimento uniformemente variadouniformemente variadouniformemente variadouniformemente variadouniformemente variado. Para tentar diferenciar os dois, observe o desenho abaixo, que representa o movimento de um corpo a cada 1 segundo: 1 m/s 5 m/s 11 m/s 7 m/s Figura 01: Movimento Variado Observe que a velocidade aumentou e diminuiu sem aparentemente nenhuma regra especial, sendo, portanto, classificado apenas como movimento variadomovimento variadomovimento variadomovimento variadomovimento variado. Se essas variações na velocidade se processam de um modo perfeitamente regular, ou seja, para intervalos de tempos iguais, as alterações na velocidade escalar sejam iguais, o movimento será denominado UniformementeUniformementeUniformementeUniformementeUniformemente VVVVVariado (MUV).ariado (MUV).ariado (MUV).ariado (MUV).ariado (MUV). Observe o desenho abaixo. 1 m/s 5 m/s 9 m/s 13 m/s Figura 01: Movimento Uniformemente Variado A maioria dos movimentos observados em nosso cotidiano são classif icados como variados,A maioria dos movimentos observados em nosso cotidiano são classif icados como variados,A maioria dos movimentos observados em nosso cotidiano são classif icados como variados,A maioria dos movimentos observados em nosso cotidiano são classif icados como variados,A maioria dos movimentos observados em nosso cotidiano são classif icados como variados, isto é, movimentos onde o módulo da velocidade escalar varia no decorrer do tempo. Neste caso,isto é, movimentos onde o módulo da velocidade escalar varia no decorrer do tempo. Neste caso,isto é, movimentos onde o módulo da velocidade escalar varia no decorrer do tempo. Neste caso,isto é, movimentos onde o módulo da velocidade escalar varia no decorrer do tempo. Neste caso,isto é, movimentos onde o módulo da velocidade escalar varia no decorrer do tempo. Neste caso, a aceleração escalara aceleração escalara aceleração escalara aceleração escalara aceleração escalar, estudada anter iormente, é de fundamental importância. Nas corr idas de, estudada anter iormente, é de fundamental importância. Nas corr idas de, estudada anter iormente, é de fundamental importância. Nas corr idas de, estudada anter iormente, é de fundamental importância. Nas corr idas de, estudada anter iormente, é de fundamental importância. Nas corr idas de automóveis ou motos, na decolagem de um avião ou durante seu pouso ou simplesmente na quedaautomóveis ou motos, na decolagem de um avião ou durante seu pouso ou simplesmente na quedaautomóveis ou motos, na decolagem de um avião ou durante seu pouso ou simplesmente na quedaautomóveis ou motos, na decolagem de um avião ou durante seu pouso ou simplesmente na quedaautomóveis ou motos, na decolagem de um avião ou durante seu pouso ou simplesmente na queda livre de um objeto de determinada altura, os movimentos variados podem ser observados.livre de um objeto de determinada altura, os movimentos variados podem ser observados.livre de um objeto de determinada altura, os movimentos variados podem ser observados.livre de um objeto de determinada altura, os movimentos variados podem ser observados.livre de um objeto de determinada altura, os movimentos variados podem ser observados. Neste caso, a velocidade aumentou seguindo uma regra fixa, sempre 4 m/s a cada segundo, o que significa afirmar que a aceleração foi constante e igual a 4 m/s². Def in ição de Movimento Uni formementeDef in ição de Movimento Uni formementeDef in ição de Movimento Uni formementeDef in ição de MovimentoUni formementeDef in ição de Movimento Uni formemente VVVVVariado:ariado:ariado:ariado:ariado: Movimento Uniformemente VMovimento Uniformemente VMovimento Uniformemente VMovimento Uniformemente VMovimento Uniformemente Variado é aqueleariado é aqueleariado é aqueleariado é aqueleariado é aquele em que a velocidade escalar varia uniformementeem que a velocidade escalar varia uniformementeem que a velocidade escalar varia uniformementeem que a velocidade escalar varia uniformementeem que a velocidade escalar varia uniformemente e a aceleração escalar é constante e não nula.e a aceleração escalar é constante e não nula.e a aceleração escalar é constante e não nula.e a aceleração escalar é constante e não nula.e a aceleração escalar é constante e não nula. MOVIMENTO ACELERADO E RETARDADO: Um movimento uniformemente variado pode ser classificado como acelerado acelerado acelerado acelerado acelerado ou retardadoretardadoretardadoretardadoretardado. O movimento é chamado de aceleradoaceleradoaceleradoaceleradoacelerado quando o módulo de sua velocidade escalar aumenta no decorrer do tempo. Observe a figura abaixo. EBR FISICA MOD I AULA 03.pmd 23/3/2004, 12:131 Movimento Uniformemente Variado 2 F ís ic a O movimento é chamado de retardadoretardadoretardadoretardadoretardado, quando o módulo de sua velocidade escalar diminui no decorrer do tempo. Observe a figura abaixo. Figura 04: movimento retardado.Figura 04: movimento retardado.Figura 04: movimento retardado.Figura 04: movimento retardado.Figura 04: movimento retardado. Observação: Quando a trajetória é uma linha reta, o movimento é denominado Movimento Retilíneo UniformementeMovimento Retilíneo UniformementeMovimento Retilíneo UniformementeMovimento Retilíneo UniformementeMovimento Retilíneo Uniformemente VVVVVariado (MRUV).ariado (MRUV).ariado (MRUV).ariado (MRUV).ariado (MRUV). Função Horária da Velocidade Em todos os movimentos, a Física sempre utiliza relações matemáticas. Neste caso, iremos estabelecer uma lei que fornecerá o valor da velocidade do móvel (v), em função do tempo (t), isto é, uma função v = f(t). Como a aceleração no movimento é constante, precisamos lembrar o conceito de aceleração média: → adotando ttttto o o o o = 0 = 0 = 0 = 0 = 0 e isolando vvvvv na relação acima, facilmente obtemos: v = v0 + at onde: v = velocidade final (m/s) vo = velocidade inicial (m/s) a = aceleração (m/s²) t = tempo (s) Essa expressão é denominada função horáriafunção horáriafunção horáriafunção horáriafunção horária dadadadada velocidade escalar velocidade escalar velocidade escalar velocidade escalar velocidade escalar no Movimento Uniformemente Variado, vvvvv00000 e aaaaa são constantes e a cada valor de ttttt corresponde um valor de vvvvv. Como a função é do 1º grau, o gráfico correspondente é uma reta ascendente ou descendente. Observe os gráficos: FFFFFigura 05: Gráficos da velocidade em função do tempo no MUVigura 05: Gráficos da velocidade em função do tempo no MUVigura 05: Gráficos da velocidade em função do tempo no MUVigura 05: Gráficos da velocidade em função do tempo no MUVigura 05: Gráficos da velocidade em função do tempo no MUV..... No 1º gráfico, a velocidade é crescente no decorrer do tempo; portanto, a aceleração é positiva. O movimento é acelerado pois a>0a>0a>0a>0a>0 e v>0v>0v>0v>0v>0. A ordenada em que a reta corta o eixo vertical representa a velocidade inicial. a a vt v v t tm = = = − − ∆ ∆ 0 0 No 2º gráfico, a velocidade é decrescente no decorrer do tempo; portanto, a aceleração é negativa. O movimento é retardado pois a<0a<0a<0a<0a<0 e v>0v>0v>0v>0v>0. A ordenada em que a reta corta o eixo vertical representa a velocidade inicial. FUNÇÃO HORÁRIA DOS ESPAÇOS O deslocamento escalar ∆S pode ser obtido por meio da área do gráfico v x tv x tv x tv x tv x t, conforme mostrado a seguir. De acordo com o cálculo da área do trapézio, obtemos a segunda função horária do movimento: ∆s = Área s – s0 = ( v + v0 ) . t 2 Substituindo a função horária da velocidade, temos: s = s0 + (v0 +a t + v0 ) . t 2 s = s0 + (2v0.t +a t² ) 2 Simplificando, temos a função horária dos espaços: onde: s = espaço final (m) so = espaço inicial (m) vo = velocidade inicial (m/s) a = aceleração (m/s²) t = tempo.(s) Figura 06: Gráfico v x t no MUV, destacando a área sob o gráfico, que representa numericamente o deslocamento escalar. s s v t at= + +0 0 2 2 EBR FISICA MOD I AULA 03.pmd 23/3/2004, 12:132 Movimento Uniformemente Variado 3 F ísica Como esta função é do 2º grau, o seu gráfico é uma parábola. Sua concavidade pode estar voltada para cima ou para baixo, dependendo do sinal da aceleração escalar: FFFFFigura 07: Gráficos do espaço em função do tempo para o MUVigura 07: Gráficos do espaço em função do tempo para o MUVigura 07: Gráficos do espaço em função do tempo para o MUVigura 07: Gráficos do espaço em função do tempo para o MUVigura 07: Gráficos do espaço em função do tempo para o MUV..... Se a aceleração é positiva, a concavidade da parábola é para cima; se a aceleração é negativa, a concavidade é voltada para baixo. O vértice da parábola sempre representa o instante de tempo em que o móvel inverte o sentido de seu movimento, isto é, sua velocidade torna-se nula instantaneamente e logo depois inverte de sinal. Quando a parábola apresentar interseções com o eixo dos tempos significa que o móvel nestes instantes passa pela origem da trajetória. A intersecção da parábola com o eixo dos espaços representa o espaço inicial (s0). EQUAÇÃO DE TORRICELLI Em muitos casos, o deslocamento escalar é relacionado às variações ocorridas com a velocidade escalar. Uma situação típica é o fato de necessitarmos conhecer a velocidade de um móvel em um certo ponto de sua trajetória, sem a necessidade do conhecimento do tempo. Neste caso, é conveniente evitarmos as funções horárias e analisarmos diretamente a relação entre o espaço e a velocidade, desenvolvida por Evangelista Torricelli (1608 – 1647), matemático e físico italiano, discípulo de Galileu Galilei e que se notabilizou pela descoberta da Pressão Atmosférica e do Barômetro - instrumento medidor de pressão. Torricelli isolou o tempo na 1ª equação e a substituiu na 2ª, obtendo a seguinte relação matemática: v2 = v0 2 + 2a.∆s onde: v = velocidade final (m/s) vo = velocidade inicial (m/s) a = aceleração (m/s²) ∆s = deslocamento escalar (m) GRÁFICO DA ACELERAÇÃO EM FUNÇÃO DO TEMPO Como nesse movimento a aceleração é sempre constante e não nula, o gráfico da aceleração em função do tempo é sempre uma reta paralela ao eixo do tempo e possui as seguintes formas: FFFFFigura 08: Gráficos da aceleração em função do tempo para o MUVigura 08: Gráficos da aceleração em função do tempo para o MUVigura 08: Gráficos da aceleração em função do tempo para o MUVigura 08: Gráficos da aceleração em função do tempo para o MUVigura 08: Gráficos da aceleração em função do tempo para o MUV..... No 1º caso, a aceleração é positiva e a reta é paralela e acima do eixo do tempo. No 2º caso, a aceleração é negativa e a reta paralela está abaixo do eixo do tempo. Movimento Vertical no Vácuo Quando soltamos um objeto de determinada altura, e desprezamos o efeito da resistência do ar, sua velocidade aumenta de maneira uniforme, devido à ação de uma aceleração constante, que é denominada aceleração aceleração aceleração aceleração aceleração gravitacional gravitacional gravitacional gravitacional gravitacional ou aceleração da gravidadeaceleração da gravidadeaceleração da gravidadeaceleração da gravidadeaceleração da gravidade, representada pela letra ggggg e que vale, nas proximidades da superfície terrestre, aproximadamente g = 9,80665 m/s². gh Observação: Muitas vezes, para simplificar os cálculos, adotamos g=10 m/s². Figura 09: Representação do movimento de um objeto solto daFigura 09: Representação do movimento de um objeto solto daFigura 09: Representação do movimento de um objeto solto daFigura 09: Representação do movimento de um objeto solto daFigura 09: Representação do movimento de um objeto solto da altura h, em relação ao solo.altura h, em relação ao solo.altura h, em relação ao solo.altura h, em relação ao solo.altura h, em relação ao solo. EBR FISICA MOD I AULA 03.pmd 23/3/2004, 12:133 Movimento Uniformemente Variado 4 F ís ic a Este movimento na vertical, realizado nas proximidades da superfície terrestre, desprezando a resistência do ar, onde a velocidade inicial é nula (v0 = 0), é denominado QuedaQuedaQuedaQuedaQueda Livre,L ivre,L ivre,L ivre,L ivre, e seu estudo é idênt ico ao Movimento Uniformemente Variado, sendo válidas todas as funções horárias, equações e gráficos descritos anteriormente. Como a aceleração da gravidade é sempre constante e a velocidade inicial é nula, podemos escrever as equações deste movimento da seguinte forma: MUVMUVMUVMUVMUV: QUED: QUED: QUED: QUED: QUEDA LIVRE:A LIVRE:A LIVRE:A LIVRE:A LIVRE: v = v0 + a.t → v = g.t s = s0 + v0.t + a.t² → s = s0 + g.t² 2 2 v² = v0 ² + 2.a.∆s → v² = 2.g.∆s Um móvel em movimento tem a velocidade em função do tempo representada pela tabela abaixo. t (s) 0 1 2 3 4 v (m/s) 1 3 5 7 9 Para este móvel, determine: a) se o movimento é variado ou uniformemente variado, justificando sua resposta. b) a função horária da velocidade. c) a velocidade após 20 s. d) se o movimento é acelerado ou retardado no instante 4s. Solução: a) O movimento é uniformemente variado, pois a velocidade aumenta sempre o mesmo valor (2 m/s ) a cada segundo que passa, logo a = 2 m/s². b) Como a velocidade inicial é v0 = 1 m/s e a aceleração a = 2 m/s², podemos escrever a função horária da velocidade v = v0 + a . t como: v = 1 + 2.t; c) Substituindo o tempo de 20 segundos na função horária temos: v = 1 + 2.20 = 1 + 40 = 41 m/s d) No instante 4 s, a aceleração é positiva e a velocidade também; logo, o movimento é classificado como acelerado. É muito comum encontrarmos anúncios de jornais ou revistas especializadas sobre carros, com reportagens sobre carros novos, citando uma série de números, sendo alguns já significativos para nós. Observe o texto abaixo: “A nova motorização 1.4 gera ao novo Celta 85 cavalos a 5.800 rpm. Com este motor, atinge a velocidade máxima de 161 km/h e acelera de zero a 100 km/h em 12,3 segundos”. Jornal Gazeta do Povo – Ctba – PR 17 de agosto de 2003. 0 10 10 10 10 1 Partindo do repouso, um avião de grande porte precisa atingir uma velocidade de 360 km/h para decolar. Supondo que a aceleração da aeronave seja constante e que o tempo total para decolagem seja igual a 25 s, determine: a) o valor da aceleração em m/s². b) o comprimento mínimo da pista. c) construa o gráfico v x tv x tv x tv x tv x t. Solução: Dados: vo = 0 so = 0 v = 360 km/h = 100 m/s t = 25 s a) v = vo + a.t 100 = 0 + a.25 a = 100/25 = 4 m/s² b) s = so + vo . t + a.t² / 2 s = 0 + 0 . 25 + 4.25² / 2 s = 2 . 625 = 1250 m ou v² = vo² + 2a.∆s 100² = 0² + 2.4. ∆s 10.000 = 8.∆s ∆s = 10.000 / 8 = 1250 m 0 20 20 20 20 2 EBR FISICA MOD I AULA 03.pmd 23/3/2004, 12:134 Movimento Uniformemente Variado 5 F ísica c) A velocidade de um móvel em Movimento Retilíneo e Uniformemente Variado, obedece à função horária v = 2 + 3.t, com as unidades no Sistema Internacional. Para este móvel, determine: a) a velocidade escalar inicial e a aceleração escalar. b) a velocidade 10 segundos após o inicio do movimento. c) se o movimento é acelerado ou retardado no instante 10 s. O espaço de um móvel em Movimento Retilíneo e Uniformemente Variado obedece à função horária S= 4 + 3.t + 2.t², com unidades no Sistema Internacional. Para este móvel, determine: a) o espaço inicial. b) a velocidade escalar. c) a aceleração escalar. d) o espaço ocupado após 2 segundos de movimento. Um móvel, realizando um Movimento Retilíneo Uniformemente Variado, parte da origem da trajetória, com velocidade inicial de 2 m/s e, após 10 segundos, sua velocidade atinge o valor de 32 m/s. Determine: a) a aceleração escalar do móvel neste movimento. b) a função horária da velocidade neste movimento. c) a função horária dos espaços para o movimento deste móvel. Um carro encontra-se com velocidade constante de 72 km/h em uma estrada retilínea, quando o motorista vê um obstáculo 100 m à sua frente, acionando imediatamente os freios. Determine: a) a desaceleração mínima, constante, que deverá ter o carro para evitar o acidente. b) o tempo de duração da freada. Uma locomotiva inicia a travessia de uma ponte com velocidade de 18 km/h. A partir deste instante, é acelerada uniformemente à razão de 1 m/s², atingindo a velocidade de 54 km/h no momento em que acaba sua passagem pela ponte. Determine, para este movimento: a) o comprimento da ponte. b) o tempo de travessia. Um avião, no início da pista para levantar vôo, acelera ao receber autorização da torre, conforme indica o gráfico abaixo. Para o movimento do avião sobre a pista, determine: a) a aceleração escalar. b) a função horária da velocidade. c) a velocidade 10 s após o início do movimento. O gráfico a seguir representa o espaço percorrido por um objeto em Movimento Retilíneo Uniformemente Variado, em função do tempo. 0 10 10 10 10 1 0 20 20 20 20 2 0 30 30 30 30 3 0 40 40 40 40 4 0 50 50 50 50 5 0 60 60 60 60 6 0 70 70 70 70 7 v (m/s) t (s)0 100 20 v (m/s) 100 0 25 t (s): EBR FISICA MOD I AULA 03.pmd 23/3/2004, 12:135 Movimento Uniformemente Variado 6 F ís ic a Para este movimento determine: a) o espaço inicial. b) o instante em que o objeto inverte o sentido de seu movimento. c) o instante em que o objeto passa pela origem da trajetória. d) o sinal da aceleração do objeto. Uma pedra é abandonada em Queda Livre do alto de um prédio de 80 m de altura. Considerando a aceleração da gravidade no local igual a g = 10 m/s² e desprezando os efeitos da resistência do ar, calcule: a) o tempo de queda da pedra. b) a velocidade escalar com que atingirá o solo. 0 80 80 80 80 8 (F. C. M. Volta Redonda - RJ) A equação horária do movimento de um móvel é dada por s = 12 - 2.t + 4.t². A equação da velocidade escalar desse móvel será: a) v = 12 - 2t b) v = 8t - 2 c) v = 2 + 4t d) v = -2 + 2t e) v = 12 - 4t (U. E. Londrina - PR) - Um móvel efetua um movimento retilíneo uniformemente variado obedecendo à função horária s = 10 + 10.t - 5,0.t², onde o espaço sssss é medido em metros e o instante t t t t t em segundos. A velocidade do móvel no instante t = 4,0 s, em m/s, vale: a) 50 b) 20 c) 0 d) - 20 e) - 30 (FUVEST - SP) - Um veículo parte do repouso em movimento retilíneo e acelera a 2 m/s². Pode-se dizer que sua velocidade e a distância percorrida, após 3 s, valem, respectivamente: a) 6 m/s e 9 m b) 6 m/s e 18 m c) 3 m/s e 12 m d) 12 m/s e 36 m e) 2 m/s e 12 m (PUC - PR) Um móvel parte do repouso e desloca-se em movimento retilíneo sobre um plano horizontal. O gráfico representaa aceleração (a) em função do tempo (t). Sabendo-se que no instante t = 0 a velocidade do móvel é nula, calcular a velocidade no instante t = 5 s. a) 36 m/s b) 6 m/s c) 24 m/s d) 15 m/s e) 30 m/s (FEI-SP) Um móvel tem movimento com velocidade descrita pelo gráfico abaixo. 0 10 10 10 10 1 0 20 20 20 20 2 0 30 30 30 30 3 0 40 40 40 40 4 0 50 50 50 50 5 v (m/s) t (s)0 10 1055555 EBR FISICA MOD I AULA 03.pmd 23/3/2004, 12:136 Movimento Uniformemente Variado 7 F ísica Após 10 s, qual será sua distância do ponto de partida? a) 500 m b) 20 m c) 75 m d) 25 m e) 100 m (UFRGS) Um automóvel que anda com velocidade escalar de 72 km/h é freado de tal forma que, 6,0 s após o início da freada, sua velocidade escalar é de 8,0 m/s. O tempo gasto pelo móvel até parar e a distância percorrida até então valem, respectivamente: a) 10 s e 100 m b) 10 s e 200 m c) 20 s e 100 m d) 20 s e 200 m e) 5 s e 150 m (UFSC) Um carro está a 20 m de um sinal de tráfego quando este passa de verde a amarelo. Supondo que o motorista acione o freio imediatamente, aplicando ao carro uma desaceleração de 10 m/s², calcule, em km/h, a velocidade máxima que o carro pode ter, antes de frear, para que ele pare antes de cruzar o sinal. a) 36 b) 54 c) 72 d) 90 e) 108 0 80 80 80 80 8 0606060606 0707070707 (UEPB) Dois automóveis, A e B, deslocam-se um em direção ao outro numa competição. O automóvel A desloca-se a uma velocidade de 162 km/h; o automóvel B, a 108 km/h. Considere que os freios dos dois automóveis são acionados ao mesmo tempo e que a velocidade diminui a uma razão de 7,5 m/s, em cada segundo. Qual é a menor distância entre os carros A e B para que eles não se choquem? a) 135 m b) 60 m c) 210 m d) 195 m e) 75 m (UEL-PR) Um corpo é abandonado a partir do repouso e atinge o chão com velocidade de 20 m/s. Considerando g = 10 m/s², o corpo caiu da altura de: a) 200 m b) 100 m c) 50 m d) 20 m e) 10 m (UECE) Uma pedra, partindo do repouso, cai de uma altura de 20 m. Despreza-se a resistência do ar e adota- se g = 10 m/s². A velocidade da pedra ao atingir o solo e o tempo gasto na queda, respectivamente, valem: a) v = 20 m/s e t = 2 s b) v = 20 m/s e t = 4 s c) v = 10 m/s e t = 2 s d) v = 10 m/s e t = 4 s 0 90 90 90 90 9 1 01 01 01 01 0 (UFPR) Dois automóveis, A e B, partem simulta- neamente de um mesmo ponto, com direções perpendiculares entre si. O móvel A tem velocidade constante e igual a 10 m/s; o móvel B, movimento uniformemente acelerado, partindo do repouso com aceleração de 4 m/s². A distância entre os dois móveis, após 5 s, será, aproximadamente, de: a) 100 m b) 5000 m c) 710 m d) 50 m e) 71 m .......................................................................................................................................................................................................... ........................................................................................................................................................................................................... ........................................................................................................................................................................................................... ........................................................................................................................................................................................................... ........................................................................................................................................................................................................... .......................................................................................................................................................................................................... ........................................................................................................................................................................................................... EBR FISICA MOD I AULA 03.pmd 23/3/2004, 12:137 1 F ís ic a DINÂMICADINÂMICADINÂMICADINÂMICADINÂMICA: Força - 1ª e 2ª Leis de Newton: Força - 1ª e 2ª Leis de Newton: Força - 1ª e 2ª Leis de Newton: Força - 1ª e 2ª Leis de Newton: Força - 1ª e 2ª Leis de Newton Quando empurramos um carro, arrastamos uma caixa, saltamos ou pulamos algum obstáculo, estamos exercendo forças nesses corpos. Em todos esses casos, há relação entre as forças que estão agindo e as alterações que sofre o estado de movimento do corpo em questão. Nosso objetivo neste momento é tentar explicar as causas dos movimentos, estudando o conceito de forçaforçaforçaforçaforça e as Leis de NewtonLeis de NewtonLeis de NewtonLeis de NewtonLeis de Newton. A preocupação do homem em tentar explicar as causas dos movimentos dos corpos terrestres e celestes remonta há pelo menos 2000 anos. Mas foi IsaacIsaacIsaacIsaacIsaac NewtonNewtonNewtonNewtonNewton, que nasceu na Inglaterra no dia do Natal do ano de 1642, quem primeiro apresentou uma teoria que realmente explicava as causas do movimento. Publicou no ano de 1686 seu principal trabalho: Pr inc íp iosPr inc íp iosPr inc íp iosPr inc íp iosPr inc íp ios Matemát icos daMatemát icos daMatemát icos daMatemát icos daMatemát icos da Fi losofia NaturalFi losofia NaturalFi losofia NaturalFi losofia NaturalFi losofia Natural. Sua contr ibuição foi de enorme importância para o desenvolvimento da Física, a tal ponto de receber uma homenagem da tripulação da Apolo XI: "Queremos agradecer à pessoa que tornou possível essa viagem: Isaac Newton". A Mecânica Clássica Mecânica Clássica Mecânica Clássica Mecânica Clássica Mecânica Clássica ou NewtonianaNewtonianaNewtonianaNewtonianaNewtoniana, continua válida até hoje para explicar as causas dos movimentos. Estudaremos as três Leis de Newton, mas antes é necessário conhecer o conceito de força. FORÇA Chutar, amassar, puxar, empurrar, deformar, arremessar, segurar, bater, são ações muito comuns em nossas vidas e que estão associados à grandeza física força. Até hoje, não temos uma definição exata desta grandeza, mas, com facilidade, podemos observar suas causas e seus efeitos. O físico francês Henry PoincaréHenry PoincaréHenry PoincaréHenry PoincaréHenry Poincaré (1854-1912), fez sua tentativa: "A idéia de força é uma noção primitiva, irredutível e indefinível. Ela deriva de uma noção de esforço, que nos é familiar desde a infância". EBR FISICA MOD I AULA 04.pmd 23/3/2004, 12:131 DINÂMICA: Força - 1ª e 2ª Leis de Newton 2 F ísica Já Isaac Newton escreveu: "Uma força imprimida é uma ação exercida sobre um corpo a fim de alterar seu estado, seja de repouso, ou de movimento". Atualmente, vários cientistas, afirmam que: ForçaForçaForçaForçaForça é um agente físico que surge da interação entre no mínimo dois corpos, capaz de produzir alterações em seu estado de movimento (variações de velocidade) ou deformação. No Sistema Internacional, a unidade de força é Newton (NNNNN): uma força de 1 N é a força que aplicada a um corpo de 1 kg, provoca uma aceleração de 1 m/s². a = 1 m/s² F = 1 N m = 1 kg Figura 01: Força de 1 N sendo aplicada em um corpo de 1 kg.Figura 01: Força de 1 N sendo aplicada em um corpo de 1 kg.Figura 01: Força de 1 N sendo aplicada em um corpo de 1 kg.Figura 01: Força de 1 N sendo aplicada em um corpo de 1 kg.Figura 01: Força de 1 N sendo aplicada em um corpo de 1 kg. Outra unidade que também é utilizada é o quilograma- força, cujo símbolo é kgf : 1 kgf é aproximadamente igual a 10 N. Como a força é uma grandeza vetorial, grandeza vetorial, grandeza vetorial, grandeza vetorial, grandeza vetorial, será representada porvetores vetores vetores vetores vetores e necessita , além da intensidade (valor numérico + unidade de medida), de uma direção e de um sentido para ficar completamente caracterizada. VETOR O vetor é representado por um segmento de reta orientado, com uma origem em um ponto O e uma extremidade em um ponto E. Podemos obter facilmente sua intensidade, direção e sentido. a) Intensidade é determinada pelo comprimento do segmento. b) Direção é determinada como sendo a mesma da reta suporte do segmento c) Sentido é determinado pela seta colocada na extremidade do segmento. F F F F Figura 02: Vigura 02: Vigura 02: Vigura 02: Vigura 02: Vetor força sobre uma reta suporte retor força sobre uma reta suporte retor força sobre uma reta suporte retor força sobre uma reta suporte retor força sobre uma reta suporte r..... A grandeza vetorial que o vetor representa é indicada por uma letra com uma pequena seta em cima, para representar o vetor. Por exemplo: Força ( F ) , Velocidade (v), Aceleração (a) → → O grande problema das grandezas vetoriais é quando precisamos somá-las, pois não podemos proceder da mesma forma que fazemos com as grandezas escalares como a massa. Se comprarmos na feira 3 kg de banana e 4 kg de maçã, certamente a massa total será de 7 kg. O mesmo raciocínio não é válido se estivermos lidando com forças. Imagine uma força de 3 N aplicada sobre um corpo por uma pessoa e outra força de 4 N aplicada por outra pessoa sobre o mesmo corpo. Agora não podemos mais afirmar que certamente a força resultante total será 7 N. Como iremos observar nos exemplos abaixo, somente em um caso especial isso será verdade. Vamos tratar apenas de duas forças sendo aplicadas sobre um mesmo corpo. Mesmo assim, temos vários casos, entre os quais podemos destacar: 1º caso Quando o ângulo α entre as forças for igual a 0º, isto é, forças com mesma direção e sentido: → 3 + 4 = 7 !!! 3 + 4 = 5 ??? ou 3 + 4 = 7 ??? F1 + F2 = ??? EBR FISICA MOD I AULA 04.pmd 23/3/2004, 12:132 DINÂMICA: Força - 1ª e 2ª Leis de Newton 3 F ís ic a F = 0 v = Constanter � v = Constante = 0 Repouso (equilíbrio estático)� v = Constante 0 MRU (equilíbrio dinâmico)� � � � � � Figura 03: Soma de duas forças que formam 0º. Figura 03: Soma de duas forças que formam 0º. Figura 03: Soma de duas forças que formam 0º. Figura 03: Soma de duas forças que formam 0º. Figura 03: Soma de duas forças que formam 0º. Ex: Se F1 = 3 N e F2 = 4 N , a resultante será: R = 4 + 3 = 7 N. 2º caso Quando o ângulo α entre as forças for igual a 180º, isto é, forças com a mesma direção mas sentidos opostos: Figura 04: Soma de duas forças que formam 180º. Figura 04: Soma de duas forças que formam 180º. Figura 04: Soma de duas forças que formam 180º. Figura 04: Soma de duas forças que formam 180º. Figura 04: Soma de duas forças que formam 180º. Ex: Se F1 = 4 N e F2 = 3 N , a resultante será: R = 4 - 3 = 1 N 3º caso Quando o ângulo α entre as forças for igual a 90º, isto é, as forças forem perpendiculares: Figura 05: Soma de duas forças que formam 90º. Figura 05: Soma de duas forças que formam 90º. Figura 05: Soma de duas forças que formam 90º. Figura 05: Soma de duas forças que formam 90º. Figura 05: Soma de duas forças que formam 90º. Ex: Se F1 = 3 N e F2 = 4 N , a resultante, aplicando o Teorema de Pitágoras será: R² = 3² + 4² = 9 + 16 logo, R = √ 25 = 5 N Depois de analisarmos os casos acima, podemos concluir que, ao somar duas forças aplicadas a um mesmo corpo, podemos obter como Força Resultante vários valores, que irão mudar à medida que o ângulo entre as forças for diferente. Existe um caso geral, para um ângulo qualquer, mas não iremos neste momento descrevê-lo. Agora que já sabemos o que é uma força e como devemos proceder para somar várias forças, podemos iniciar o estudo das Leis de Newton. Primeira Lei de Newton ou Princípio da Inércia Você certamente já observou casos que ajudam a explicar a Primeira Lei de Newton ou Princípio da Inércia quando um cavalo pára bruscamente na frente de um obstáculo e o cavaleiro continua seu movimento por inércia, ou quando um ônibus arranca bruscamente e você, sem estar seguro, cai, sendo jogado para trás. Outro exemplo ocorre em uma colisão automobilística, onde o carro pára bruscamente e o motorista continua seu movimento por inércia, sendo seguro pelo cinto de segurança e pelo air- bag, dispositivos que impedem que ele colida com o painel ou seja arremessado através do pára-brisas. Quando Newton escreveu sobre a 1ª Lei, afirmou: "A força inata da matéria, é um poder de resistir, através do qual todo o corpo, estando em um determinado estado, mantém esse estado, seja ele de repouso ou de movimento uniforme em linha reta". Podemos tentar simplificar, afirmando que um corpo, livre da ação de forças ou com resultante nula, ou está em repouso ou em movimento retilíneo e uniforme, que são os estados de equilíbrio. logo: EBR FISICA MOD I AULA 04.pmd 23/3/2004, 12:133 DINÂMICA: Força - 1ª e 2ª Leis de Newton 4 F ísica ObservaçãoObservaçãoObservaçãoObservaçãoObservação: Se a resultante das forças que atua sobre um corpo for igual a zero e ele estiver em repouso, dizemos que se encontra em Equilíbrio Estático; se estiver em MRU, estará em Equilíbrio Dinâmico. Segunda Lei de Newton ou Princípio Fundamental da Dinâmica A Segunda Lei de Newton relaciona a força resultante não nula e a variação de velocidade produzida por essa resultante, isto é , a aceleração, que deverá ter a mesma direção e sentido da força resultante. “A aceleração adquirida por um corpo de massa constante é diretamente proporcional à força resultante sobre o corpo, sendo a massa a constante de proporcionalidade.” Matematicamente, temos: Esta equação é conhecida como Equação Fundamental da Dinâmica e é válida para um referencial inercial, não sendo mais válida se a massa do corpo variar. Pela análise da equação, observamos que a mesma força aplicada em corpos de massas diferentes, terá efeitos diferentes. O corpo de maior massa, apresentará menor aceleração e o de menor massa maior aceleração. Concluímos que a massa maior resiste mais a variações na velocidade e, por esse motivo, afirmamos que a massa é a medida da inércia de um corpo. O SISTEMA AIR BAG Em uma colisão frontal, o motorista e os passageiros de um carro são arremessados para frente e podem se ferir gravemente ao se chocarem com o volante, o painel ou o pára-brisa. Os air bags, ou almofadas infláveis, protegem as pessoas nos casos de acidente: ejetados do volante ou do painel, se enchem de nitrogênio instantaneamente. O sistema de air bag é formado por sensores eletrônicos, um inflator para produzir nitrogênio e a almofada em si. Os sensores são programados para ignorar as colisões a menos de 22 km/h. Ao receber os sinais do sensor de colisão, um gerador de calor inflama substâncias químicas para produzir o nitrogênio, que infla o air bag por completo em 1/20 de segundo. Completamente cheio, o air bag absorve o impacto inicial do corpo do motorista, quando este é lançado para frente. Dois pequenos orifícios na parte traseira da almofada deixam escapar o gás para que o motorista ou passageiro possa sair com segurança. Fr m a= . EBR FISICA MOD I AULA 04.pmd 23/3/2004, 12:134 DINÂMICA: Força - 1ª e 2ª Leis de Newton 5 F ís ic a Uma partícula P, de massa igual a 2 kg, encontra-se inicialmente em repouso. Determine, em cada caso, a aceleração adquirida pela partícula. a) P 5 N 7 N Como o ângulo entre as forças é 0º,a resultante será: FR = 5 + 7 = 12 N, logo, a aceleração pode ser calculada pela 2ª Lei de Newton: a = FR/m = 12 / 2 = 6 m/s² b) Como o ângulo entre as forças é 180º, a resultante será: FR = 16 - 12 = 4 N, logo, a aceleração pode ser calculada pela 2ª Lei de Newton: a = FR/m = 4/ 2 = 2 m/s² c) 0101010101 A resultante será: FR² = 6² + 8² = 36 + 64 = 100 Portanto FR = v100 = 10 N, e a aceleração será: a = FR/m = 10/2 = 5 m/s² Na largada de uma corrida de automóveis, o carro nº 1 atinge 108 km/h em apenas 6 s. Supondo que a massa é igual a 1000 kg e desprezando as forças de atrito, calcule a força resultante que atua sobre ele. Solução: - Velocidade inicial = 0 m/s ; velocidade final = 108 km/h = 30 m/s - Calculando a aceleração: a = 30 m/s - 0 / 6 = 30 / 6 = 5 m/s² - Calculando a força resultante pela 2ª Lei de Newton : FR = m.a = 1000 . 5 = 5.000 N 0202020202 0101010101 Uma partícula P, de massa igual a 2 kg, encontra-se inicialmente em repouso. Determine, em cada caso, a aceleração adquirida pela partícula. a) P 3 N 5 N b) 5N P 7 N c) 6 N P 8 N 0202020202 O gato Garfield é um personagem famoso por ser um grande apreciador de lasanha. Mas o gato também é muito curioso, como ilustra o quadrinho abaixo. EBR FISICA MOD I AULA 04.pmd 23/3/2004, 12:135 DINÂMICA: Força - 1ª e 2ª Leis de Newton 6 F ísica Para que um carro permaneça com velocidade constante de 60 km/h durante um percurso em uma estrada retilínea, o motorista deve manter o pedal do acelerador pressionado. Explique por que isto deve acontecer. Quando um avião em velocidade de cruzeiro mantém a velocidade constante de 850 km/h, podemos afirmar que nenhuma força atua sobre ele neste momento? O avião encontra-se em equilíbrio? Qual o tipo? Uma força resultante de intensidade 20 N é aplicada sobre corpos de massas diferentes. Calcule a aceleração obtida se as massas dos corpos forem iguais a: a) 1 kg b) 4 kg c) 10 kg 0303030303 Diga qual Lei da Física está explicando o ocorrido. 0404040404 Um corpo de massa igual a 500 g, inicialmente em repouso, é submetido à ação das forças indicadas na figura. F2 = 15 N F3 = 5 N F1 = 20 N Determine a aceleração que o mesmo irá adquirir. Um corpo de massa m é submetido a uma força resultante FR, que produz uma aceleração de 4 m/s². Se a massa do corpo for aumentada quatro vezes, e a força resultante mantida constante, calcule a nova aceleração do corpo. 0505050505 0606060606 0707070707 (Unifor-CE) Uma força vertical de 30 N e outra horizontal de 40 N estão aplicadas a um corpo. A resultante dessas duas forças tem módulo em newtons igual a: a) 10 b) 20 c) 50 d) 70 e) 120 (Cesgranrio-RJ) Em cada uma das figuras abaixo é representada uma partícula com todas as forças que agem sobre ela. Essas forças, constantes, são representadas por vetores; todas elas têm o mesmo módulo. I II III IV Em qual dos casos a partícula pode ter uma velocidade constante? a) Somente I b) Somente IV c) I e III d) I e IV e) II e IV (Vunesp-SP) As estatísticas indicam que o uso do cinto de segurança deve ser obrigatório para prevenir lesões mais graves em motoristas e passageiros no caso de acidentes. Fisicamente, a função do cinto está relacionada com a: a) 1ª Lei de Newton; b) lei de Snell; c) lei de Ampère; d) lei de Ohm; e) 1ª Lei de Kepler. (UFRFS) A inércia de uma partícula de massa m m m m m se caracteriza: I - pela incapacidade dessa partícula, por si mesma, modificar seu estado de repouso ou de movimento retilíneo uniforme. II- pela incapacidade dessa partícula permanecer em repouso quando uma força resultante é exercida sobre ela. III - pela capacidade dessa partícula exercer forças sobre outras partículas. Das afirmações acima, quais estão corretas? a) Apenas II b) Apenas III c) Apenas I e II 0101010101 0202020202 0303030303 0404040404 EBR FISICA MOD I AULA 04.pmd 23/3/2004, 12:136 DINÂMICA: Força - 1ª e 2ª Leis de Newton 7 F ís ic a .......................................................................................................................................................................................................... .......................................................................................................................................................................................................... .......................................................................................................................................................................................................... .......................................................................................................................................................................................................... .......................................................................................................................................................................................................... .......................................................................................................................................................................................................... .......................................................................................................................................................................................................... ........................................................................................................................................................................................................... ........................................................................................................................................................................................................... ........................................................................................................................................................................................................... ........................................................................................................................................................................................................... ........................................................................................................................................................................................................... ........................................................................................................................................................................................................... d) apenas I e III e) I, II e III (AEU-DF) Um bloco de 5 kg que desliza sobre um plano horizontal está sujeito às forças F = 15 N, horizontal e para a direita, e f = 5 N, horizontal e para a esquerda. A aceleração do corpo é: a) 2 m/s² b) 3 m/s² c) 5 m/s² d) 7 m/s² e) 10 m/s² (UEL-PR) Sobre um bloco de 5,0 kg de massa, age uma força resultante F constante, de módulo 2,0 N. A aceleração que o bloco adquire tem módulo de : a) 10 m/s² e mesmo sentido de F; b) 10 m/s² e sentido oposto de F; c) 0,40 m/s² e mesmo sentido de F; d) 0,40 m/s² e sentido oposto de F; e) 0,20 m/s² e mesmo sentido de F; (Mack-SP) Uma força constante age sobre um corpo de 100 kg e em 5 s varia sua velocidade de 10 m/s para 15 m/s. A intensidade mínima dessa força deve ser de: a) 1500 N b) 1000 N c) 500 N d) 100 N e) 10 N 0505050505 0606060606 0707070707 (UFSC) Sejam dois corpos com massas desconhecidas m1e m2. Uma força de 10 N imprime à massa m1 uma aceleração de 5 m/s² e à massa m2 uma aceleração de 20 m/s². Se a mesma força atuar agora, sobre os dois corpos reunidos, qual será a aceleração, em m/s², do conjunto? a) 1 b) 2 c) 3 d) 4 e) 5 EBR FISICA MOD I AULA 04.pmd 23/3/2004, 12:137 1 F ísica DINÂMICA 2 – 3ª Lei de Newton – Força Peso e Força de AtritoDINÂMICA 2 – 3ª Lei de Newton – Força Peso e Força de AtritoDINÂMICA 2 – 3ª Lei de Newton – Força Peso e Força de AtritoDINÂMICA 2 – 3ª Lei de Newton – Força Peso e Força de AtritoDINÂMICA 2 – 3ª Lei de Newton – Força Peso e Força de Atrito Sempre que andamos, chutamos uma bola, remamos um barco, observamos um avião ou um foguete em pleno vôo ou empurramos uma parede quando estamos sobre patins, estamos estudando a 3ª Lei de Newton3ª Lei de Newton3ª Lei de Newton3ª Lei de Newton3ª Lei de Newton, também conhecida como Princípio da Ação e Reação Princípio da Ação e Reação Princípio da Ação e Reação Princípio da Ação e Reação Princípio da Ação e Reação. Um outro exemplo é quando chutamos uma pedra e sentimos os efeitos da reação da pedra sobre nosso pé. É realmente algo muito dolorido. 3ª LEI DE NEWTON OU PRINCÍPIO DA AÇÃO E REAÇÃO Para entendermos bem o que ocorre, imagine a situação abaixo esquematizada, mostrando dois blocos de massas diferentes e uma força F aplicada sobre o bloco A: Figura 06: Dois b locos A e B e uma força F ap l i cada sobre o b loco A.F igura 06: Dois b locos A e B e uma força F ap l i cada sobre o b loco A.F igura 06: Dois b locos A e B e uma força F ap l i cada sobre o b loco A.F igura 06: Dois b locos A e B e uma força F ap l i cada sobre o b loco A.F igura 06: Dois b locos A e B e uma força F ap l i cada sobre o b loco A. Se não considerarmos atrito na superfície, certamente ambos os blocos irão se mover juntos, com a mesma aceleração. É fácil entender que o bloco A se move pois a força F é aplicada sobre ele, mas por que o bloco B se moverá? Alguém pode responder que é o bloco A que empurra o B. Em outras palavras, o bloco A exerce uma força sobre o bloco B. Observe a figura abaixo, onde colocamos somente o corpo B: B FAB FFFFFigura 07: B loco B, do exemplo anter iori gura 07: B loco B, do exemplo anter iori gura 07: B loco B, do exemplo anter iori gura 07: B loco B, do exemplo anter iori gura 07: B loco B, do exemplo anter ior, v i s to i so ladamente ., v i s to i so ladamente ., v i s to i so ladamente ., v i s to i so ladamente ., v i s to i so ladamente . Mas se o A aplica uma força no B, este reage e aplica outra força no A, de mesmo módulo, mesma direção, mas com sentido oposto, conforme a figura abaixo, onde colocamos somente o corpo A: A F FBA FFFFFigura 08: Bloco A, do exemplo anteriorigura 08: Bloco A, do exemplo anteriorigura 08: Bloco A, do exemplo anteriorigura 08: Bloco A, do exemplo anteriorigura 08: Bloco A, do exemplo anterior, visto isoladamente., visto isoladamente., visto isoladamente., visto isoladamente., visto isoladamente. As duas forças que aparecem podem ganhar nomes especiais FAB e FBA , pois são aplicadas por corpos diferentes, onde: FAB = Força que o bloco A exerce sobre o bloco B. FBA = Força que o bloco B exerce sobre o bloco A. Características das forças: – possuem mesma intensidade, mesma direção mas sentidos contrários; – são aplicadas em corpos diferentes, logo não se anulam; – ocorrem simultaneamente, formando um par ação e reação. →→ → → A F B EBR FISICA MOD I AULA 05.pmd 23/3/2004, 12:131 DINÂMICA 2 – 3ª Lei de Newton – Força Peso e Força de Atrito 2 F ís ic a Enunciado da 3ª Lei : "Sempre que um corpo A exerce uma força sobre um corpo B, este reage exercendo em A uma outra força, de mesma intensidade e direção, mas de sentido contrário." Que tal um desafio????? Desafie um amigo, afirmando que você é capaz de, com um balão de gás (bexiga), e distante 8 m dele, fazer com que o balão chegue até sua mão sem que ele saia do lugar. Duvida????? Como fazer???? Analise as figuras: Aproveite para explicar o que está ocorrendo: o ar, ao sair do balão, é arremessado para trás com certa força. Este reage, empurrando o balão para frente, com a mesma intensidade e direção, mas sentido oposto. FORÇA PESO Em torno da Terra há uma região chamada Campo Gravitacional, na qual todos os corpos sofrem sua influência e que se apresenta sob a forma de uma força. Os corpos são atraídos por essa força, sofrendo variações na velocidade, em virtude de terem adquirido aceleração, que é chamada de aceleração da gravidade e representada pela letra ggggg, que como já vimos vale nas proximidades da superfície terrestre aproximadamente g = 9,80665 m/s². Pelo princípio fundamental da dinâmica sobre um corpo de massa m atua uma força FR = m.a. Essa força de atração recebe o nome de Força-Peso ou simplesmente Peso, sendo matematicamente calculada por: P = m.g Figura 09: Experimento ilustrativo da 3ª Lei de Newton.Figura 09: Experimento ilustrativo da 3ª Lei de Newton.Figura 09: Experimento ilustrativo da 3ª Lei de Newton.Figura 09: Experimento ilustrativo da 3ª Lei de Newton.Figura 09: Experimento ilustrativo da 3ª Lei de Newton. Onde : m = massa do corpo (kg) g = aceleração da gravidade ( m/s²) P = força peso (N) Observações: O Peso do corpo depende do local onde é medido, pois depende da aceleração da gravidade. O Peso, como a força, é uma grandeza vetorial, com direção vertical e orientada para o centro da Terra. FFFFFigura 10: Pigura 10: Pigura 10: Pigura 10: Pigura 10: Pelo Pelo Pelo Pelo Pelo Princípio da Ação e Rrincípio da Ação e Rrincípio da Ação e Rrincípio da Ação e Rrincípio da Ação e Reação, a Teação, a Teação, a Teação, a Teação, a Terra atrai o corpo com a força P e oerra atrai o corpo com a força P e oerra atrai o corpo com a força P e oerra atrai o corpo com a força P e oerra atrai o corpo com a força P e o corpo atrai a Tcorpo atrai a Tcorpo atrai a Tcorpo atrai a Tcorpo atrai a Terra com a força - Perra com a força - Perra com a força - Perra com a força - Perra com a força - P..... FORÇA DE REAÇÃO NORMAL OU FORÇA NORMAL Imagine um bloco em repouso sobre uma mesa. A Terra atrai o bloco com uma força P. O bloco reage e atrai a Terra. O bloco aplica na mesa uma força de compressão N e a mesa reage, aplicando no bloco uma força com a mesma intensidade e em sentido contrário - N. Observe a figura: F igura 11: Força de Reação Norma l do apo io sobre o b loco apo iadoF igura 11: Força de Reação Norma l do apo io sobre o b loco apo iadoF igura 11: Força de Reação Norma l do apo io sobre o b loco apo iadoF igura 11: Força de Reação Norma l do apo io sobre o b loco apo iadoF igura 11: Força de Reação Norma l do apo io sobre o b loco apo iado sobre uma mesa .sobre uma mesa .sobre uma mesa .sobre uma mesa .sobre uma mesa . P EBR FISICA MOD I AULA 05.pmd 23/3/2004, 12:132 DINÂMICA 2 - 3ª Lei de Newton - Força Peso e Força de Atrito 3 F ísica Observação As forças N e P, apesar de terem o mesmo valor, não constituem um par ação e reação. FORÇA DE ATRITO Até o momento, analisamos o movimento dos corpos sobre superfícies perfeitamente lisas, que não ofereciam nenhuma resistência, isto é, sem atrito. Na prática, o atrito existe e é muito importante para os movimentos. Se você já teve a experiência de patinar no gelo, passar com o carro sobre uma mancha de óleo ou simplesmente andar sobre uma calçada com água e sabão, com certeza sabe muito sobre o atrito. Para explicarmos fisicamente a importância do atrito, considere um corpo sobre uma superfície horizontal, no qual atua uma força F também horizontal,como ilustra a figura, porém insuficiente para deslocá-lo: N F P Figura 12: Corpo sobre superfície horizontal e as forças aplicadas sobre ele.Figura 12: Corpo sobre superfície horizontal e as forças aplicadas sobre ele.Figura 12: Corpo sobre superfície horizontal e as forças aplicadas sobre ele.Figura 12: Corpo sobre superfície horizontal e as forças aplicadas sobre ele.Figura 12: Corpo sobre superfície horizontal e as forças aplicadas sobre ele. Como o corpo está em repouso, a resultante das forças que atuam sobre ele deve ser nula. Somos, portanto, obrigados a admitir a existência de uma força oposta à tendência do movimento, denominada força de atrito (Fat). Fat F Figura 13: Corpo em repouso com as forças horizontais aplicadas sobre ele.Figura 13: Corpo em repouso com as forças horizontais aplicadas sobre ele.Figura 13: Corpo em repouso com as forças horizontais aplicadas sobre ele.Figura 13: Corpo em repouso com as forças horizontais aplicadas sobre ele.Figura 13: Corpo em repouso com as forças horizontais aplicadas sobre ele. O atrito só surge quando há deslizamento ou tendência a ele e ocorre devido às microssaliências existentes entre o corpo e a superfície horizontal. O atrito de deslizamento é uma força que opõe-se à tendência do movimento. Há dois tipos de força de atrito: estática e dinâmica. a) Força de atrito estáticaForça de atrito estáticaForça de atrito estáticaForça de atrito estáticaForça de atrito estática: É aquela que atua enquanto não houveratua enquanto não houveratua enquanto não houveratua enquanto não houveratua enquanto não houver movimentomovimentomovimentomovimentomovimento. Enquanto o atrito for estático, à medida que aumentamos a força motriz FFFFF, a força de atrito Fat também aumenta, de modo a equilibrar a força motriz e impedir oimpedir oimpedir oimpedir oimpedir o movimentomovimentomovimentomovimentomovimento. Mas o atrito não cresce indefinidamente, existindo um valor máximo, que é chamado de força de atrito de destaque(Fat destaque). b) Força de atrito dinâmicaForça de atrito dinâmicaForça de atrito dinâmicaForça de atrito dinâmicaForça de atrito dinâmica: É aquela que atua durante o movimentoatua durante o movimentoatua durante o movimentoatua durante o movimentoatua durante o movimento. Para começar o movimento, partindo do estado de repouso, é preciso que a intensidade da força motriz seja superior à intensidade da força de atrito destaque. Uma vez iniciado o movimento, a força de atrito estática deixa de existir, passando a atuar a força de atrito dinâmica, também contrária ao movimento, e de valor inferior ao da força de atrito destaque. Acompanhe na ilustração gráfica. Figura 14: Gráfico mostrando a relação entre a força motriz F e a força Figura 14: Gráfico mostrando a relação entre a força motriz F e a força Figura 14: Gráfico mostrando a relação entre a força motriz F e a força Figura 14: Gráfico mostrando a relação entre a força motriz F e a força Figura 14: Gráfico mostrando a relação entre a força motriz F e a força de atrito Fde atrito Fde atrito Fde atrito Fde atrito Fatatatatat..... A força de atrito é proporcional à intensidade da reação normal do apoio e pode matematicamente ser obtida por: onde: µ é o coeficiente de atrito entre as superfícies de contato, sendo uma grandeza adimensional, isto é, que não tem unidade de medida. → → → → → F Nat = µ. EBR FISICA MOD I AULA 05.pmd 23/3/2004, 12:133 DINÂMICA 2 – 3ª Lei de Newton – Força Peso e Força de Atrito 4 F ís ic a 0101010101 Observações sobre a força de atrito: – A força de atrito independe da área de contato entre as duas superfícies. – A força de atrito depende da natureza das superfícies em contato. – O coeficiente de atrito estático é maior que o dinâmico. – A força de atrito varia com a velocidade. A curiosa constatação de que o atrito não depende da área de contato entre os pneus e o asfalto era explorada nos antigos carros de corrida. Seus pneus, bastante finos, proporcionavam menor peso ao veículo e menor resistência aerodinâmica, mas o mesmo atrito. O atrito não muda se são mantidos os mesmos materiais das superfícies em contato, entretanto, qualquer alteração na borracha dos pneus ou no tipo de piso, como óleo ou chuva, mudará o coeficiente de atrito e, conseqüentemente a força de atrito. Os modernos pneus usados na Fórmula 1 são feitos de um composto muito mole, que fica ainda mais macio com o aquecimento. Para que durem mais tempo e suportem a compressão contra o solo, com uma borracha tão macia, foi preciso fazê-los mais largos. Quando chutamos uma bola, exercendo uma força de intensidade 3 N, horizontal e para a direita, de acordo com a 3ª Lei de Newton, quem aplica e quais as características da força de reação? Solução: De acordo com a 3ª Lei de Newton, é a bola quem reage e aplica no pé do jogador uma força de 3 N, horizontal e para a esquerda. Considere dois pequenos blocos sobre uma superfície horizontal perfeitamente lisa. O primeiro é de ferro e o segundo é um ímã. Represente as forças horizontais que atuam sobre eles. Diga o que ocorrerá quando forem colocados próximos um do outro. Solução: Os corpos se atrairão mutuamente com forças idênticas, denominadas ação e reação. 0202020202 Ferro ímã→ F → F EBR FISICA MOD I AULA 05.pmd 23/3/2004, 12:134 DINÂMICA 2 - 3ª Lei de Newton - Força Peso e Força de Atrito 5 F ísica 0101010101 Um bloco de madeira de massa igual a 2 kg repousa sobre uma superfície horizontal também de madeira. Considere os coeficientes de atrito estático e dinâmico entre o bloco e a superfície iguais a 0,50 e 0,30, respectivamente. Uma força motriz horizontal F é aplicada sobre o bloco. Considerando g = 10 m/s², determine a aceleração adquirida pelo bloco quando a força motriz vale: a) F = 10 N b) F = 20 N 0303030303 Solução: Inicialmente devemos calcular as forças de atrito estática e dinâmica. Fat ESTÁTICA = µ E . N = 0,50 . 20 = 10 N Fat DINÂMICA = µ D . N = 0,30 . 20 = 6 N a) Se a força motriz for igual a F = 10 N e o atrito; estático Fat ESTÁTICA = 10 N, não há movimento logo, a aceleração é nula (a = 0). b) Se a força motriz for igual a F = 20 N e o atrito dinâmico Fat DINÂMICA = 6 N, há movimento e a aceleração pode ser calculada pela 2ª Lei de Newton: a = FR / m = 20 – 6 / 2 = 12 / 2 = 6 m/s² Sobre a 3ª Lei de Newton, analise as afirmativas abaixo, marcando V se forem verdadeiras e F se forem falsas. a) ( ) Um avião com hélices não pode voar no vácuo. b) ( ) As forças de ação e reação ocorrem simultaneamente. c) ( ) Possuem mesma intensidade, mesma direção e sentido. d) ( ) São aplicadas em corpos diferentes, logo não se anulam Um bloco de metal, de massa igual a 5 kg, repousa sobre uma superfície horizontal. Adotando g = 10 m/s², determine: a) a força de atração gravitacional - Força Peso. b) a reação normal do apoio - Força Normal. Em lagos ou praias de águas calmas, muitas pessoas podem com segurança andar de caiaque. Porém, para irmos para a frente, remamos para trás e quando queremos dar "marcha à ré", remamos para a frente. Explique por que isso é necessário. Quando analisamos um avião com hélices dentro da atmosfera, sabemos que as hélices jogam o ar para trás com um força e o ar, por sua vez, empurra o avião para frente com a mesma intensidade, mesma direção mas sentidos opostos. Explique como um foguete pode viajar no vácuo. 0202020202 0303030303 0404040404 Uma caixa de madeira de 100 kg encontra-se em repouso sobre um piso horizontal. Uma criança, querendo movê-la, aplica uma força de 10 N e observa que a mesma não se move. Vai pedir ajudaaos colegas que um a um vão aumentando a intensidade da força sobre a caixa. Supondo que todas as forças possuem mesma intensidade, direção e sentido e sabendo que são necessárias 6 crianças para que a caixa inicie seu movimento, e apenas 4 para mantê-la em movimento com velocidade constante, complete a tabela abaixo colocando o valor da força de atrito e ao lado se ela é estática ou dinâmica: Um bloco de aço, de massa igual a 2 kg, repousa sobre uma superfície horizontal também de aço. Considere os coeficientes de atrito estático e dinâmico entre o bloco e a superfície iguais a 0,74 e 0,57, respectivamente. Uma força motriz horizontal F é aplicada sobre o bloco. Considerando g = 10 m/s² , determine: 0505050505 0606060606 → F → F EBR FISICA MOD I AULA 05.pmd 23/3/2004, 12:135 DINÂMICA 2 – 3ª Lei de Newton – Força Peso e Força de Atrito 6 F ís ic a 0707070707 0101010101 a) a força de atrito estática máxima. b) a força de atrito dinâmica. c) a aceleração adquirida pelo bloco quando a força motriz for igual a F = 20,4 N. Dois blocos A e B de massas 2 kg e 3 kg, respectivamente, estão apoiados sobre um plano horizontal. Sendo F uma força horizontal constante de 20 N, aplicada em A e o coeficiente de atrito entre os corpos e a superfície 0,2, calcule a aceleração adquirida pelo conjunto. (Faap-SP) A 3ª Lei de Newton é o princípio da ação e reação. Esse princípio descreve as forças que participam na interação entre dois corpos. Podemos afirmar que: a) duas forças iguais em módulo e de sentidos opostos são forças de ação e reação; b) enquanto a ação está aplicada num dos corpos, a reação está aplicada no outro; c) a ação é maior que a reação; d) ação e reação estão aplicadas no mesmo corpo; e) a reação, em alguns casos, pode ser maior que a ação. (Unip-SP) Uma pessoa de massa 80 kg está no pólo Norte da Terra onde a aceleração da gravidade é suposta com módulo igual a 10 m/s². A força gravitacional que a pessoa aplica sobre o planeta Terra: a) é praticamente nula; b) tem intensidade igual a 80 kg; c) tem intensidade igual a 80 N; d) tem intensidade igual a 800 N e está aplicada no solo onde a pessoa pisa; e) tem intensidade igual a 800 N e está aplicada no centro de gravidade da Terra. (Acafe-SC) Um livro está em repouso sobre uma mesa. A força de reação ao peso do livro é: a) a força normal; b) a força que a Terra exerce sobre o livro; c) a força que o livro exerce sobre a Terra; d) a força que a mesa exerce sobre o livro; e) a força que o livro exerce sobre a mesa. (U. Tocantins-TO) Assinale a proposição correta: a) A massa de um corpo na Terra é menor do que na Lua. b) O peso mede a inércia de um corpo. c) Peso e massa são sinônimos. d) A massa de um corpo na Terra é maior do que na Lua. e) O sistema de propulsão a jato funciona baseado no princípio da ação e reação. (UEL-PR) Os blocos A e B têm massas mA = 5,0 kg e mB = 2,0 kg e estão apoiados num plano horizontal perfeitamente liso. Aplica-se ao corpo A a força horizontal F, de módulo 21N. A força de contato entre os blocos A e B tem módulo, em newtons, a) 21 b) 11,5 c) 9,0 d) 7,0 e) 6,0 (F. Carlos Chagas - BA) Quatro blocos M,N, P e Q deslizam sobre uma superfície horizontal, empurrados por uma força F conforme o esquema abaixo. A força de atrito entre os blocos e a superfície é desprezível e a massa de cada bloco vale 3,0 kg. Sabendo-se que a aceleração escalar dos blocos vale 2,0 m/s², a força do bloco M sobre o bloco N é, em newtons, igual a: a) zero b) 6,0 c) 12 d) 18 e) 24 0202020202 0303030303 0404040404 0505050505 0606060606 → F AAAAA BBBBB EBR FISICA MOD I AULA 05.pmd 23/3/2004, 12:136 DINÂMICA 2 - 3ª Lei de Newton - Força Peso e Força de Atrito 7 F ísica (UFRS) Dois blocos A e B, com massas mA = 5 kg e mB = 10 kg, são colocados sobre uma superfície plana horizontal (o atrito entre os blocos e a superfície é nulo) e ligados por um fio inextensível e com massa desprezível (conforme a figura a seguir). O bloco B é puxado para a direita por uma força horizontal F com módulo igual a 30 N. Nessa situação, o módulo da aceleração horizontal do sistema e o módulo da força tensora no fio valem, respectivamente: a) 2 m/s² e 30 N; b) 2 m/s² e 20 N; c) 3 m/s² e 5 N; d) 3 m/s² e 10 N; e) 2 m/s² e 10 N. (ITA-SP) Na figura, temos um bloco de massa igual a 10 kg sobre uma mesa que apresenta coeficientes de atrito estático de 0,30 e cinético de 0,25. Aplica-se ao bloco uma força F de intensidade 20 N. A aceleração da gravidade local tem módulo g = 10 m/s². A intensidade da força de atrito entre o bloco e a mesa e a aceleração do bloco, se F tivesse a intensidade de 35 N, valem, respectivamente: a) 10 N e 0,5 m/s²; b) 10 N e 1 m/s²; 0707070707 0808080808 c) 20 N e 0,5 m/s²; d) 20 N e 1 m/s²; e) 30 N e 2 m/s². (PUC-PR) Dois corpos A e B (mA = 3 kg e mB = 6 kg) estão ligados por um fio ideal que passa por uma polia sem atrito, conforme a figura. Entre o corpo A e o apoio, há atrito cujo coeficiente é 0,5. Considerando-se g = 10 m/s², a aceleração dos corpos e a força de tração no fio valem: a) 5 m/s² e 30 N; b) 3 m/s² e 30 N; c) 8 m/s² e 80 N; d) 2 m/s² e 100 N; e) 6 m/s² e 60 N. (PUCCAMP) O esquema representa um sistema que permite deslocar o corpo Y sobre o tampo horizontal de uma mesa, como conseqüência da diferença das massas dos corpos X e Z. Nesse esquema, considere desprezíveis as massas dos fios e das polias, bem como as forças passivas nas polias e nos corpos X e Z. Sendo g = 10,0 m/s² e sabendo-se que, durante o movimento, o corpo Y tem uma aceleração igual a 1,6 m/s², o coeficiente de atrito entre Y e o tampo da mesa é igual a: a) 0,50 b) 0,40 c) 0,30 d) 0,20 e) 0,10 0909090909 1010101010 (UFCE) Os blocos 1, 2 e 3 estão ligados entre si por uma corda de massa desprezível quando comparada à massa dos blocos, e há atrito entre a mesa e o s blocos. Sejam m1 = 10 kg, m2 = 20 kg e m3 = 0,2. A massa e a inércia da polia são desprezadas e, nessa situação, o bloco 3 desce com aceleração igual à metade da gravidade. Considerando g = 10 m/s², a massa do bloco 3, em kg, vale: a) 12 b) 24 c) 36 d) 42 e) 50 1 2 3 EBR FISICA MOD I AULA 05.pmd 23/3/2004, 12:137 1 F ís ic a TTTTTrabalho - Energia Mecânica e Prabalho - Energia Mecânica e Prabalho - Energia Mecânica e Prabalho - Energia Mecânica e Prabalho - Energia Mecânica e Potênciaotênciaotênciaotênciaotência As palavras TTTTTrabalhorabalhorabalhorabalhorabalho, PPPPPotência otência otência otência otência e Energia Energia Energia Energia Energia são termos que, além de possuir um significado específico para a ciência, possuem também outros sentidos na linguagem "não científica". Certamente você já ouviu estas frases: - O trabalho dignifica o Homem. - Os Estados Unidos são uma potência econômica. - Essa menina tem muita energia, ela não cansa nunca! - Os alimentos são fontes de energia e saúde! - O pai usou de energia ao repreender o filho! Nestes casos, o TTTTTrabalho rabalho rabalho rabalho rabalho pode ser considerado como uma forma de enobrecer o Homem, PPPPPotência otência otência otência otência como destaque no cenário econômico e a Energia Energia Energia Energia Energia foi utilizada como sinônimo de disposição, vigor e firmeza. Em outros momentos, essas palavras aparecerão em frases como: - O trabalho realizado sobre o corpo causou um deslocamento. - A potência deste motor é grande. - Com a falta de chuvas, é preciso economizar energia. - A Energia Cinética está relacionada com o movimento do corpo. - O Sol é a principal fonte de energia para o planeta Terra. O significado das palavras assume agora uma linguagem mais científica. Nosso objetivo agora é explorar os conhecimentos já adquiridos sobre estas grandezasfísicas e defini-las corretamente. Definir Energia sempre foi um grande desafio para os físicos. Desde Galileu, passando por Newton, até chegar a Einstein, muitas foram as definições apresentadas. Ainda hoje, no campo da Física Teórica, brilhantes cientistas continuam a estudar a Energia, que é sem dúvida um conceito unificador da Física. Apesar da dificuldade em sua compreensão, a energia é bastante perceptível. Geralmente podemos dizer que a energia estáenergia estáenergia estáenergia estáenergia está relacionada à capacidade de produzir movimentorelacionada à capacidade de produzir movimentorelacionada à capacidade de produzir movimentorelacionada à capacidade de produzir movimentorelacionada à capacidade de produzir movimento ou real izar alguma tarefa, isto é, capacidade deou real izar alguma tarefa, isto é, capacidade deou real izar alguma tarefa, isto é, capacidade deou real izar alguma tarefa, isto é, capacidade deou real izar alguma tarefa, isto é, capacidade de realizar um trabalhorealizar um trabalhorealizar um trabalhorealizar um trabalhorealizar um trabalho. Quando atiramos um objeto, levantamos um corpo, subimos uma escada, movimentamos um automóvel ou chutamos uma bola em um jogo de futebol, observamos a manifestação da Energia, que pode se manifestar sob diversas modalidades: Energia Elétrica;Energia Elétrica;Energia Elétrica;Energia Elétrica;Energia Elétrica; Energia Química;Energia Química;Energia Química;Energia Química;Energia Química; Energia Térmica;Energia Térmica;Energia Térmica;Energia Térmica;Energia Térmica; Energia Solar;Energia Solar;Energia Solar;Energia Solar;Energia Solar; Energia Nuclear;Energia Nuclear;Energia Nuclear;Energia Nuclear;Energia Nuclear; Energia Eólica;Energia Eólica;Energia Eólica;Energia Eólica;Energia Eólica; Energia MecânicaEnergia MecânicaEnergia MecânicaEnergia MecânicaEnergia Mecânica Mas toda a Energia necessária para realizar tarefas ou produzir movimento é proveniente de algum combustível, como o carvão, a gasolina, o vapor, a fusão ou fissão nuclear ou a queima de alimentos. Um dos princípios básicos da Física afirma que "aaaaa energia não pode ser criada nem destruída, apenasenergia não pode ser criada nem destruída, apenasenergia não pode ser criada nem destruída, apenasenergia não pode ser criada nem destruída, apenasenergia não pode ser criada nem destruída, apenas trans formada de uma forma em outra outrans formada de uma forma em outra outrans formada de uma forma em outra outrans formada de uma forma em outra outrans formada de uma forma em outra ou transferida de um corpo para outrotransferida de um corpo para outrotransferida de um corpo para outrotransferida de um corpo para outrotransferida de um corpo para outro." Este princípio é chamado de Princípio da Conservação da EnergiaPrincípio da Conservação da EnergiaPrincípio da Conservação da EnergiaPrincípio da Conservação da EnergiaPrincípio da Conservação da Energia. É muito comum em nosso cotidiano observarmos as transformações de energia, por exemplo: – Em um carro, a energia química do combustível (gasolina, álcool ou diesel) é transformada em energia do movimento, também chamada de energia cinética. Energia química Energia química Energia química Energia química Energia química ⇒ Energia cinéticaEnergia cinéticaEnergia cinéticaEnergia cinéticaEnergia cinética. – Em uma usina hidrelétrica, a energia mecânica da água é transformada em energia elétrica. Energia mecânicaEnergia mecânicaEnergia mecânicaEnergia mecânicaEnergia mecânica ⇒ Energia elétricaEnergia elétricaEnergia elétricaEnergia elétricaEnergia elétrica. EBR FISICA MOD I AULA 06.pmd 23/3/2004, 12:131 Trabalho - Energia Mecânica e Potência 2 F ísica – Em uma usina termelétrica ou nuclear, a energia térmica da queima de um combustível como o gás, carvão, a lenha ou proveniente de reações nucleares são transformadas em energia elétrica, Energia térmicaEnergia térmicaEnergia térmicaEnergia térmicaEnergia térmica ou nuclearou nuclearou nuclearou nuclearou nuclear ⇒ Energia elétricaEnergia elétricaEnergia elétricaEnergia elétricaEnergia elétrica. – A energia elétrica produzida nas usinas, em nossa casa pode ser transformada em luminosa nas lâmpadas, térmica no chuveiro ou no ferro de passar, sonora no aparelho de som, mecânica e eólica no ventilador. Energia luminosa Energia luminosa Energia luminosa Energia luminosa Energia luminosa Energia térmica Energia térmica Energia térmica Energia térmica Energia térmica Energia elétricaEnergia elétricaEnergia elétricaEnergia elétricaEnergia elétrica Energia sonora Energia sonora Energia sonora Energia sonora Energia sonora Energia mecânica Energia mecânica Energia mecânica Energia mecânica Energia mecânica Energia eólica Energia eólica Energia eólica Energia eólica Energia eólica Neste módulo, falaremos especificamente sobre a Energia Mecânica e suas manifestações, que estão diretamente relacionadas com o movimento e com a deformação. Antes, porém, veremos o conceito de Trabalho de uma força, que está relacionado com a Energia. TRABALHO DE UMA FORÇA Um corpo só realizará um movimento, em relação a um referencial, se possuir energia para isso. Quando você, mediante a aplicação de uma força, empurra um objeto que se encontra inicialmente em repouso, utiliza parte de sua energia, obtida a partir da queima dos alimentos que ingeriu. O ato de puxar, erguer ou empurrar um objeto implica em uma transferência de energiatransferência de energiatransferência de energiatransferência de energiatransferência de energia sua para o objeto. Agora com energia, o objeto pode entrar em movimento e pode até, ao colidir com uma mola presa a uma parede rígida, aplicar uma força sobre ela, comprimindo a mola e transferindo a energia que recebeu de você para ela. EBR FISICA MOD I AULA 06.pmd 23/3/2004, 12:132 Trabalho - Energia Mecânica e Potência 3 F ís ic a Quando o objeto parar, é porque transferiu toda sua energia para a mola, que agora ao se expandir pode novamente dotar o corpo de energia, para que se movimente novamente. Acompanhe a ilustração da situação proposta. No exemplo citado, você percebe a energia sendo transferida de um corpo para outro, mediante a aplicação de forças. Surge o conceito de trabalho de uma força. Definição Trabalho de uma força (τ) é a medida da energia transferida ou transformada através de uma força. O trabalho realizado por uma força (τ), pode ser obtido mediante o conhecimento da força aplicada e do deslocamento do corpo, produzido por essa força. Observe a ilustração: Figura 01: Corpo so f rendo um des locamento de A a té B , dev ido aF igura 01: Corpo so f rendo um des locamento de A a té B , dev ido aF igura 01: Corpo so f rendo um des locamento de A a té B , dev ido aF igura 01: Corpo so f rendo um des locamento de A a té B , dev ido aF igura 01: Corpo so f rendo um des locamento de A a té B , dev ido a ação ação ação ação ação de uma força Fde uma força Fde uma força Fde uma força Fde uma força F Matematicamente: Trabalho = força x deslocamento τ = F . ∆S Obs. A unidade do Trabalho no Sistema Internacional (newton . metro) recebe o nome de joule (J), em homenagem ao físico inglês James Prescott Joule. No S.I. 1 joule = 1 newton x 1 metro ou 1 J = 1 N.m Significa dizer que 1 J é o trabalho desenvolvido por uma força de 1 N, em um deslocamento de 1 m. Agora que sabemos que o Trabalho de uma força (τ) é a medida da energia transferida ou transformada através de uma força, podemos voltar a falar sobre a Energia Mecânica, que é dividida em: ⇒ Energia PEnergia PEnergia PEnergia PEnergia Potencial Gravitacionalotencial Gravitacionalotencial Gravitacionalotencial Gravitacionalotencial Gravitacional; ⇒ Energia CinéticaEnergia CinéticaEnergia CinéticaEnergia CinéticaEnergia Cinética; ⇒ EnergiaPEnergia PEnergia PEnergia PEnergia Potencial Elásticaotencial Elásticaotencial Elásticaotencial Elásticaotencial Elástica. ENERGIA POTENCIAL GRAVITACIONAL É aquela que o sistema possui em virtude da posição ocupada em relação a um certo nível de referência. É uma forma de energia armazenada pelo sistema corpo-Terra e pronta para ser transformada em outra modalidade, em geral, ligada ao movimento. A energia potencial gravitacional (Epg) adquirida por um corpo corresponde ao trabalho da força peso no deslocamento desde uma posição inicial, até um nível de referência. Epg = PEpg = PEpg = PEpg = PEpg = P.h = m.g.h.h = m.g.h.h = m.g.h.h = m.g.h.h = m.g.h onde: m = massa (kg) g = aceleração da gravidade (m/s²) h = desnível vertical entre dois níveis - altura em relação ao solo (m) Epg = Energia Potencial Gravitacional ( J ) F igura 02: Corpo sendoF igura 02: Corpo sendoF igura 02: Corpo sendoF igura 02: Corpo sendoF igura 02: Corpo sendo levado por uma força cons tante a télevado por uma força cons tante a télevado por uma força cons tante a télevado por uma força cons tante a télevado por uma força cons tante a té uma a l tura h , em re lação ao so lo .uma a l tura h , em re lação ao so lo .uma a l tura h , em re lação ao so lo .uma a l tura h , em re lação ao so lo .uma a l tura h , em re lação ao so lo . ∆s EBR FISICA MOD I AULA 06.pmd 23/3/2004, 12:133 Trabalho - Energia Mecânica e Potência 4 F ísica Exemplo: O sistema constituído pelo bate-estacas e pela Terra armazena energia potencial gravitacional. ENERGIA CINÉTICA Considere um corpo de massa mmmmm, inicialmente em repouso em um ponto AAAAA, sobre uma superfície horizontal e sem atrito. A partir de determinado instante, uma força resultante FFFFF, horizontal e constante, passa a atuar sobre o corpo. Figura 03: Corpo de massa m, em repouso, recebendo a ap l i caçãoF igura 03: Corpo de massa m, em repouso, recebendo a ap l i caçãoF igura 03: Corpo de massa m, em repouso, recebendo a ap l i caçãoF igura 03: Corpo de massa m, em repouso, recebendo a ap l i caçãoF igura 03: Corpo de massa m, em repouso, recebendo a ap l i cação de uma força hor izonta l Fde uma força hor izonta l Fde uma força hor izonta l Fde uma força hor izonta l Fde uma força hor izonta l F..... Após um intervalo de tempo, ao passar por um ponto BBBBB, o corpo tem uma velocidade vvvvv e terá sofrido um deslocamento ∆S. A Energia Cinética adquirida pelo corpo, ao atingir o ponto B, é a medida do trabalho realizado pela força F e pode ser obtida por: Ec = m. v² 2 Observação Concluímos observando a expressão, que a Energia Cinética é diretamente proporcional à massa do corpo mas é proporcional ao quadrado da velocidade, o que na prática significa dizer que, dobrando-se a massa, a Energia Cinética também duplica mas dobrando-se apenas a velocidade, a Energia Cinética ficará quatro vezes maior. ENERGIA POTENCIAL ELÁSTICA A Energia Potencial Elástica (Epe) é uma forma de Energia Mecânica, armazenada nos sistemas que sofreram deformações elásticas. É uma forma latente de energia, que pode se transformar em Energia Cinética. Antes do cálculo da Energia Potencial Elástica, é necessário analisarmos a atuação de uma força F sobre uma mola. Imagine uma mola em equilíbrio, tendo uma de suas extremidades presa a uma parede vertical. Se você aplicar na mola uma força FFFFF, observará uma deformação xxxxx ; dobrando a intensidade da força, a deformação passará a ser 2.x2.x2.x2.x2.x; e assim sucessivamente. Esta proporcionalidade ocorre dentro dos limites elásticos da mola. F igura 05: Mola recebendo a ação de uma força e so f rendo umaF igura 05: Mola recebendo a ação de uma força e so f rendo umaF igura 05: Mola recebendo a ação de uma força e so f rendo umaF igura 05: Mola recebendo a ação de uma força e so f rendo umaF igura 05: Mola recebendo a ação de uma força e so f rendo uma deformação proporc iona l .de formação proporc iona l .de formação proporc iona l .de formação proporc iona l .de formação proporc iona l . Concluímos que, dentro do regime elástico suportável, a força aplicada e a deformação obtidaforça aplicada e a deformação obtidaforça aplicada e a deformação obtidaforça aplicada e a deformação obtidaforça aplicada e a deformação obtida são grandezas diretamente proporcionaissão grandezas diretamente proporcionaissão grandezas diretamente proporcionaissão grandezas diretamente proporcionaissão grandezas diretamente proporcionais. Sendo assim, podemos escrever em símbolos: F = K . x Esta expressão é conhecida como Lei de HookeLei de HookeLei de HookeLei de HookeLei de Hooke, pois foi o físico inglês Robert Hooke (1635 - 1703) quem a propôs em 1678 quando escreveu um artigo sobre a elasticidade dos corpos. EBR FISICA MOD I AULA 06.pmd 23/3/2004, 12:144 Trabalho - Energia Mecânica e Potência 5 F ís ic a A constante de proporcionalidade K é denominada constante elástica da mola. Seu valor depende do material e das características da mola. Exemplo: Se uma mola possui K = 100 N/mK = 100 N/mK = 100 N/mK = 100 N/mK = 100 N/m, significa afirmar que é necessário uma força de intensidade 100 N para que a deformação da mola seja igual a 1 m. A representação gráfica entre a força aplicada e a deformação é dada a seguir: F igura 06: Grá f i co da força ap l i cada em uma mola pe la de formaçãoF igura 06: Grá f i co da força ap l i cada em uma mola pe la de formaçãoF igura 06: Grá f i co da força ap l i cada em uma mola pe la de formaçãoF igura 06: Grá f i co da força ap l i cada em uma mola pe la de formaçãoF igura 06: Grá f i co da força ap l i cada em uma mola pe la de formação s o f r i d a .s o f r i d a .s o f r i d a .s o f r i d a .s o f r i d a . Observe que um aumento gradativo na intensidade da força aplicada possibilita um aumento da deformação. O trabalho da força aplicada é justamente a medida da energia transferida à mola. Esta energia fica armazenada na mola sob a forma de energia potencial elástica. A área representa o trabalho, logo: τ = F. x 2 mas como F = K .x τ = K.x.x = Epe 2 Epe = K.x² 2 Esta expressão permite o cálculo da Energia Mecânica Potencial Elástica de uma mola. CONSERVAÇÃO DA ENERGIA MECÂNICA As energias Cinética e as Potenciais gravitacional e elástica formam a totalidade da energia mecânica de um sistema físico e podemos esquematicamente escrever: Em = Ec + Epg + Epe Caso o sistema seja considerado indeformável, ele não poderá acumular energia potencial elástica e sua Energia Mecânica Total se restringe à soma da Energia Potencial Gravitacional com a Cinética: Em = Ec + Epg Estudaremos apenas os chamados SistemasSistemasSistemasSistemasSistemas Mecânicos Conservat ivos em que uma dasMecânicos Conservat ivos em que uma dasMecânicos Conservat ivos em que uma dasMecânicos Conservat ivos em que uma dasMecânicos Conservat ivos em que uma das modalidades da energia mecânica de um sistemamodalidades da energia mecânica de um sistemamodalidades da energia mecânica de um sistemamodalidades da energia mecânica de um sistemamodalidades da energia mecânica de um sistema pode apenas mudar para outra modal idade depode apenas mudar para outra modal idade depode apenas mudar para outra modal idade depode apenas mudar para outra modal idade depode apenas mudar para outra modal idade de energ ia mecânicaenerg ia mecânicaenerg ia mecânicaenerg ia mecânicaenerg ia mecânica. Desprezaremos as poss íveis dissipações que geralmente possam ocorrer , devido à ação de forças resistentes, como as forças de atrito ou a resistência do ar. POTÊNCIA Em alguns problemas técnicos, é fundamental considerar a rapidez darealização de determinado trabalho. Uma máquina será tanto mais eficiente quanto menor o tempo de realização do trabalho de sua força. A máquina que realiza o mesmo trabalho mais rapidamente que outra é chamada de mais potente. Em um certo intervalo de tempo ∆t, se o trabalho realizado é τ, podemos definir potência média como sendo a razão: Pot = τ ∆t No Sistema Internacional de unidades, o trabalho é expresso em J e o intervalo de tempo em s, logo: No S.I.: J = watt = W s Homenagem feita a James Watt, inventor e engenheiro escocês, que teve papel muito importante no desenvolvimento da máquina a vapor. É muito comum o uso de outras duas unidades de potência: Cavalo-vapor - CV 1 CV = 735 W O cavalo vapor é francês e é definido como sendo a potência necessária para erguer uma massa de 75 kg, em um local onde a aceleração da gravidade é igual a 9,8 m/s², por uma altura de 1 m em um tempo de 1 s. O CV é uma unidade muito utilizada nos carros para expressar a potência do motor. Quando dizemos que um carro é mais potente que outro, ele é capaz de realizar, com um mesmo trabalho, por exemplo, um deslocamento de 1km em um tempo menor. EBR FISICA MOD I AULA 06.pmd 23/3/2004, 12:145 Trabalho - Energia Mecânica e Potência 6 F ísica 1 Horse-power - HP 1 HP = 746 W É a medida de potência no sistema britânico de unidades. James Watt estabeleceu o seu valor ao comparar potências desenvolvidas por um cavalo e por uma máquina a vapor. Esta unidade é muito utilizada nos motores elétricos, máquinas de cortar grama e motores náuticos - de popa -, utilizados em barcos e nos carros importados. São muitos os esportes em que o conhecimento das Energias envolvidas torna-se de extrema importância para melhorar o rendimento. No arco e flecha, os atletas, quando preparam um lançamento, devem lembrar da Energia Elástica e da Cinética. No atletismo, o atleta do salto em distância, salto triplo ou do salto com vara, novamente precisa conhecer um pouco sobre a Física. Porém, é na Ginástica Olímpica que as Leis da Física parecem ser desafiadas a todo instante. No salto sobre o cavalo, nas barras assimétricas, na trave ou no solo, o que se observa nas apresentações é algo incrível e de uma beleza extraordinária. O maior exemplo disso foi a inédita medalha de ouro, ganha pela brasileira Daiane dos Santos em agosto de 2003, no Campeonato Mundial de Ginástica, realizado na Califórnia, um movimento nunca antes executado fez a grande diferença nas avaliações dos juizes. EBR FISICA MOD I AULA 06.pmd 23/3/2004, 12:146 Trabalho - Energia Mecânica e Potência 7 F ís ic a 0 10 10 10 10 1 Uma máquina exerce uma força de 30 N sobre uma partícula P, efetuando um deslocamento de 10 m em 10 s. Neste caso, determine: a) o trabalho da força F. b) a potência útil da máquina. Solução F = 30 N ∆S = 10 m ∆t = 10 s a) τ = F . ∆S = 30.10 = 300 J b) PotÚTIL = τ = 300 = 30W∆t 10 Um tijolo, de massa igual a 2 kg, é levado por um operário até o 4º andar de um edifício em construção. Sabendo que cada andar possui 2,5 m e considerando g = 10 m/ s², determine a energia Potencial Gravitacional do sistema tijolo-Terra. Solução: m = 2 kg h = 4 . 2,5 = 10 m g = 10 m/s² Epg = m.g.h = 2.10.10 = 200 J Uma bola de 200 g é chutada por um jogador e sai com uma velocidade de 10 m/s. Calcule a Energia Cinética da bola assim que é chutada. Solução: m = 200 g = 0,2 kg v = 10 m/s² Ec = m.v²/2 = 0,2.10²/2 = 20/2 = 10 J 0 20 20 20 20 2 0 30 30 30 30 3 1- Analise as afirmativas abaixo sobre o Trabalho de uma Força e assinale V se for verdadeira e F se for falsa. a) ( ) No cálculo do trabalho, as grandezas força e deslocamento são fundamentais. b) ( ) No Sistema Internacional de Unidades, o trabalho é expresso em joules. c) ( ) Trabalho de uma força (τ) é a medida da energia transferida ou transformada através de uma força. d) ( ) Se uma força realiza um trabalho de 20 J, atuando sobre um corpo na mesma direção e sentido do seu deslocamento que foi de 5 m, o valor desta força é de 4 N. e) ( ) 1 J é o trabalho desenvolvido por uma força de 1 N, em um deslocamento de 2m. Uma bola de ferro de massa igual a 5 kg é abandonada de uma altura igual a 20 m em relação ao solo. Considerando g = 10 m/s², determine a Energia Potencial Gravitacional da bola: a) antes de ser solta. b) quando estiver a 5 m do solo. c) quando estiver atingindo o solo. Um carro de massa igual a 800 kg está mantendo a velocidade constante e igual a 36 km/h. Determine a Energia Cinética do carro para esta velocidade. O que acontecerá quando dobrarmos o valor da velocidade? Um pequeno revólver de brinquedo que usa uma mola para atirar pequenas esferas de plástico, ao ser armado, tem sua mola comprimida 10 cm. 0 10 10 10 10 1 0 20 20 20 20 2 0 30 30 30 30 3 0 40 40 40 40 4 0 50 50 50 50 5 Sabendo que a constante elástica da mola utilizada é igual a 200 N/m, determine: a) a força elástica necessária para armar o revólver. b) a Energia Potencial Elástica da mola após ser armada. Uma pedra, de massa 2 kg, foi arremessada do solo verticalmente para cima, com velocidade inicial de 30 m/s. Desprezando os efeitos da resistência do ar, considerando o sistema conservativo e adotando g = 10 m/s², determine : a) a energia cinética e a potencial no instante do lançamento. b) a energia cinética e potencial no ponto de altura máxima. c) a altura máxima atingida pela pedra. EBR FISICA MOD I AULA 06.pmd 23/3/2004, 12:147 Trabalho - Energia Mecânica e Potência 8 F ísica 0 60 60 60 60 6 0 70 70 70 70 7 (PUC-SP) Num bate-estaca, um bloco de ferro, de massa superior a 500 kg, cai de uma certa altura sobre a estaca, atingindo o repouso logo após a queda. São desprezadas as dissipações de energia nas engrenagens do motor. A respeito da situação descrita, são feitas as seguintes afirmações: I) houve transformação de energia potencial gravitacional do bloco de ferro em energia cinética, que será máxima no instante imediatamente anterior ao choque com a estaca. II) como o bloco parou após o choque com a estaca, toda a energia do sistema desapareceu. III) a potência do motor do bate-estaca será tanto maior quanto menor for o tempo gasto para erguer o bloco de ferro até a altura ocupada por ele antes de cair. É(São) verdadeira(s): a) somente I; b) somente II; c) somente I e II; d) somente I e III; e) todas as afirmações. 2- (ENEM) A energia térmica liberada em processos de fissão nuclear pode ser utilizada na geração de vapor para produzir energia mecânica que, por sua vez, será convertida em energia elétrica. Abaixo está representado um esquema básico de uma usina de energia nuclear. A partir do esquema são feitas as seguintes afirmações: I. a energia liberada na reação é usada para ferver a água que, com o vapor a alta pressão, aciona a turbina. II. a turbina, que adquire uma energia cinética de rotação, é acoplada mecanicamente ao gerador para produção de energia elétrica. III. a água, depois de passar pela turbina, é pré-aquecida no condensador e bombeada de volta ao reator. Dentre as afirmações acima, somente está(ão) correta(s): a) I; b) II; c) III; d) I e II; e) II e III. (FCC-BA) Na tabela a seguir estão indicadas as velocidades escalares e as massas de dois corpos (A e B). Qual é a relação entre as energias cinéticas (EA e EB ) dos dois corpos? a) EA = EB b) EA = 2.EB c) EA = EB /2 d) EA = 4.EB e) EA = EB /4 0 10 10 10 10 1 0 20 20 20 20 2 0 30 30 30 30 3 Nos parques aquáticos, brincar nos escorregadores mais radicais é para quem tem muita coragem e um pouco de disposição para subir tantas escadas. Se uma criança brinca em um escorregador de 20 m de altura e sai, a partir do repouso, do ponto maisalto. Determine a velocidade com que chegará no ponto mais baixo, que é tomado como ponto de referência, considerando o sistema conservativo e desprezando as forças de atrito. Adote g = 10 m/s². A figura mostra um trecho de uma montanha-russa. Um carrinho, de massa total 300 kg, inicia a descida, partindo do repouso do ponto A . Considerando o sistema conservativo e adotando g = 10 m/s², determine: a) a Energia Mecânica nos pontos A, B e C. b) a velocidade ao passar pelo ponto C. EBR FISICA MOD I AULA 06.pmd 23/3/2004, 12:148 Trabalho - Energia Mecânica e Potência 9 F ís ic a (UFRS) Uma pedra de 4 kg de massa é colocada em um ponto A, 10 m acima do solo. A pedra é deixada cair livremente até um ponto B, a 4 m de altura. Quais são, respectivamente, a energia potencial no ponto A, a energia potencial no ponto B e o trabalho realizado sobre a pedra pela força peso? (Use g=10 m/s² e considere o solo como nível zero para energia potencial). a) 40 J, 16 J e 24 J. b) 40 J, 16 J e 56 J. c) 400 J, 160 J e 240 J. d) 400 J, 160 J e 560 J. e) 400 J, 240 J e 560 J. (UEL-PR) Um corpo de massa 3 kg, inicialmente em repouso, é puxado sobre uma superfície horizontal sem atrito por uma força constante, também horizontal, de intensidade 12 N. Após percorrer 8 m, a velocidade do corpo, em m/s, vale: a) 10 b) 8 c) 5 d) 4 e) 3 (UNEB-BA) Um corpo de 4 kg de massa é solto de uma altura de 20 m. Em três posições, A, B e C, deseja-se relacionar as energias cinética, potencial, com nível 0 no solo, e mecânica do corpo, desprezando a resistência do ar. Os valores de X, Y, Z e W são respectivamente: a) 0, 500, 600 e 1200; b) 0, 600, 800 e 1400; c) 800, 200, 300 e 900; d) 800, 300, 200 e 800; e) 800, 400, 200 e 1000. (PUC-MG) Um corpo de massa M é lançado verticalmente para cima, a partir do solo, em um local de aceleração gravitacional constante. Desprezando a resistência do ar e supondo o referencial de posições no solo, a energia cinética no ponto médio da trajetória ascendente é: a) igual à energia mecânica inicial; b) metade da energia mecânica total; c) menor do que a energia potencial nesse ponto; d) igual à energia potencial no ponto de altura máxima; e) menor do que a energia cinética no ponto médio da trajetória descendente. 0 40 40 40 40 4 0 50 50 50 50 5 0 60 60 60 60 6 (Mackenzie-SP) A esfera M deslocava-se sobre um plano horizontal com velocidade constante, quando a partir de A é obrigada a deslizar sem atrito pela trajetória ABCDEF, sem perder o contato com a pista. No ponto C, sua velocidade tem módulo 6,0 m/s. Adote g = 10 m/s². Sua velocidade v0 era, portanto: a) 12,0 m/s b) 9,0 m/s c) 6,0 m/s d) 4,0 m/s e) zero (UEBA) A figura mostra uma montanha russa numa região onde g = 10 m/s². Um carrinho abandonado em repouso em A, chega em B com velocidade 2 m/s. Desprezando as resistências passivas, a altura hB do ponto B: a) vale 4,8 m; b) não pode ser calculada, pois não é dada a massa do carrinho; c) vale 5,0 m; d) é igual a 4,6 m; e) é igual a 4,0 m. 0 70 70 70 70 7 0 80 80 80 80 8 0 90 90 90 90 9 EBR FISICA MOD I AULA 06.pmd 23/3/2004, 12:149 Trabalho - Energia Mecânica e Potência 10 F ísica(Unifor-CE) Numa pista cujo perfil está representado abaixo, um móvel de 2 kg de massa se desloca sem atrito. A velocidade com que o corpo passa pelo ponto A é de 10 m/s. Despreze o trabalho de forças não conservativas e adote g = 10 m/s². Sabendo que a mola colocada no plano superior apresenta deformação máxima de 0,20 m, quando atingida pelo corpo, sua constante elástica vale, em N/m: a) 2,0.10³ b) 2,0.10² c) 40 d) 20 e) 4,0 A 1,0 m 4,0 m ................................................................................................................................................................................................... ................................................................................................................................................................................................... ................................................................................................................................................................................................... ................................................................................................................................................................................................... ................................................................................................................................................................................................... ................................................................................................................................................................................................... ................................................................................................................................................................................................... ................................................................................................................................................................................................... ................................................................................................................................................................................................... ................................................................................................................................................................................................... ................................................................................................................................................................................................... ................................................................................................................................................................................................... ................................................................................................................................................................................................... ................................................................................................................................................................................................... ................................................................................................................................................................................................... EBR FISICA MOD I AULA 06.pmd 23/3/2004, 12:1410 1 F ís ic a EstáticaEstáticaEstáticaEstáticaEstática É muito comum pendurarmos quadros nas paredes e colocarmos lustres no teto, que ficam pendurados por fios ou correntes. Quando o quadro não fica no lugar correto, tiramos o prego colocado com o auxílio de um martelo, instrumento que é sempre muito útil, e o colocamos em outro local. Também é muito importante saber manusear a chave de rodas para retirar os parafusos da roda de um carro quando ocorre algum problema com o pneu. A chave inglesa, que os encanadores utilizam durante seu trabalho, é uma ferramenta importante quando temos algum problema com os canos em nossa residência. Você deve estar perguntando: o que tudo isso tem a ver com a Física? A resposta é simples: TUDO! Todos os exemplos abordados serão agora estudados, na parte da Mecânica chamada Estática..... O objetivo da Estática (palavra de origem grega que significa imóvel) é estudar as condições de equilíbrio da partícula e do corpo extenso. Por ser mais comum em nosso cotidiano, iremos analisar apenas o equilíbrio do corpo extenso, que possui dimensões e que influenciam no estudo, não podendo ser desprezadas. Convém lembrar que equilíbrio não é sinônimode imobilidade. Veremos que as condições de equilíbrio para um corpo estendem-se também para algumas situações de movimento, como o movimento retilíneo uniforme. Antes, porém, de estudarmos o equilíbrio do corpo extenso, é necessário conhecermos dois conceitos fundamentais: momento de uma força e binário ou par conjugado. A presença de uma força é revelada através dos efeitos causados por ela. Sempre que uma pessoa abre uma porta ou um portão, um mecânico utiliza uma chave de bola para apertar ou retirar um parafuso, um motorista tira os parafusos do pneu furado utilizando uma chave de rodas e um marceneiro retira um prego preso a uma tábua com um martelo; as forças aplicadas vão gradativamente fazendo o Momento de uma Força EBR FISICA MOD I AULA 07.pmd 23/3/2004, 12:141 Estática 2 F ísica corpo girar em torno de um ponto fixo. Esta idéia é fundamental para o entendimento do momento de uma força. Definição Podemos ilustrar como ocorre esta tendência de rotação ao aplicarmos uma força sobre um quadro fixo em apenas um ponto na parede. FFFFFigura 01: Figura 01: Figura 01: Figura 01: Figura 01: Força sendo ap l i cada sobre um quadro, f azendoorça sendo ap l i cada sobre um quadro, f azendoorça sendo ap l i cada sobre um quadro, f azendoorça sendo ap l i cada sobre um quadro, f azendoorça sendo ap l i cada sobre um quadro, f azendo - o g i ra r- o g i ra r- o g i ra r- o g i ra r- o g i ra r..... Matematicamente, podemos determinar a intensidade do momento da força F em relação ao ponto P, como sendo o produto da intensidade F da força pela distância d do ponto à linha de ação da força. MF(P) = ± F . d Onde: d = distância do ponto P à linha de ação da força (m) F = Intensidade da força aplicada no corpo (N) MF(P) = intensidade do momento da força F em relação ao ponto P (N.m). d P F Observações 1- O ponto PPPPP é chamado de pólo. 2- A distância ddddd é chamada de braço da força. 3- A intensidade do momento pode ser positiva ou negativa, → → depende do sentido de movimento do corpo. Por convenção, quando gira no sentido horário é negativo e quando gira no amti-horário é positivo. 4- Aumentando o braço da força, mantendo a mesma força, o momento aumenta. É por esse motivo que, ao fecharmos uma porta, geralmente empurramos próximo à maçaneta e não próximo às dobradiças, onde uma força maior deveria ser aplicada. Figura 03: O momento de uma força depende da posição onde a força é aplicada.Figura 03: O momento de uma força depende da posição onde a força é aplicada.Figura 03: O momento de uma força depende da posição onde a força é aplicada.Figura 03: O momento de uma força depende da posição onde a força é aplicada.Figura 03: O momento de uma força depende da posição onde a força é aplicada. É também por esse motivo que, quando não conseguimos retirar o parafuso da roda usando uma chave de rodas comum, aumentamos o braço da chave de roda, adaptando um cano e conseguimos retirar o parafuso. Figura 04: Com um cano como extensão, o momento da força aumenta.Figura 04: Com um cano como extensão, o momento da força aumenta.Figura 04: Com um cano como extensão, o momento da força aumenta.Figura 04: Com um cano como extensão, o momento da força aumenta.Figura 04: Com um cano como extensão, o momento da força aumenta. BINÁRIO OU PAR CONJUGADO É o sistema constituído de duas forças de mesmaÉ o sistema constituído de duas forças de mesmaÉ o sistema constituído de duas forças de mesmaÉ o sistema constituído de duas forças de mesmaÉ o sistema constituído de duas forças de mesma intensidade, mesma direção, sentidos opostos eintensidade, mesma direção, sentidos opostos eintensidade, mesma direção, sentidos opostos eintensidade, mesma direção, sentidos opostos eintensidade, mesma direção, sentidos opostos e aplicados em pontos distintos de um corpo.aplicados em pontos distintos de um corpo.aplicados em pontos distintos de um corpo.aplicados em pontos distintos de um corpo.aplicados em pontos distintos de um corpo. Momento de uma força, emMomento de uma força, emMomento de uma força, emMomento de uma força, emMomento de uma força, em relação a um ponto, é a tendênciarelação a um ponto, é a tendênciarelação a um ponto, é a tendênciarelação a um ponto, é a tendênciarelação a um ponto, é a tendência causada pela força em fazer ocausada pela força em fazer ocausada pela força em fazer ocausada pela força em fazer ocausada pela força em fazer o corpo girar em torno do ponto.corpo girar em torno do ponto.corpo girar em torno do ponto.corpo girar em torno do ponto.corpo girar em torno do ponto. EBR FISICA MOD I AULA 07.pmd 23/3/2004, 12:142 Estática 3 F ís ic a EQUILÍBRIO DO CORPO EXTENSO Para garantir o equilíbrio do corpo extenso, devemos impor duas condições de equilíbrio: uma para evitar a translação do corpo e outra para evitar sua rotação. Condições para que um corpo extenso estejaCondições para que um corpo extenso estejaCondições para que um corpo extenso estejaCondições para que um corpo extenso estejaCondições para que um corpo extenso esteja em equilíbrio:em equilíbrio:em equilíbrio:em equilíbrio:em equilíbrio: 1- A resultante do sistema de forças deve ser nula: FFFFFRRRRR = F = F = F = F = F11111 + F + F + F + F + F22222 + F + F + F + F + F33333 ... + F ... + F ... + F ... + F ... + Fnnnnn = 0 = 0 = 0 = 0 = 0 EQUILÍBRIO DE TRANSLAÇÃOEQUILÍBRIO DE TRANSLAÇÃOEQUILÍBRIO DE TRANSLAÇÃOEQUILÍBRIO DE TRANSLAÇÃOEQUILÍBRIO DE TRANSLAÇÃO 2- A soma algébrica dos momentos das forças do sistema deve ser nula em relação a qualquer ponto: MMMMMRRRRR = M = M = M = M = M11111 + M + M + M + M + M22222 + M + M + M + M + M33333 ... + M ... + M ... + M ... + M ... + Mnnnnn = 0 = 0 = 0 = 0 = 0 EQUILÍBRIO DE ROTEQUILÍBRIO DE ROTEQUILÍBRIO DE ROTEQUILÍBRIO DE ROTEQUILÍBRIO DE ROTAÇÃOAÇÃOAÇÃOAÇÃOAÇÃO Observação 1- Se apenas a 1ª condição for satisfeita, dizemos que está apenas em equilíbrio de translação. 2- Se apenas a 2ª condição for satisfeita, dizemos que está apenas em equilíbrio de rotação. 3- O corpo extenso somente estará em equilíbrio quando as duas condições forem satisfeitas. Muitas vezes, o corpo extenso é apoiado em um ou mais de seus pontos. É fundamental para qualquer análise representar a força exercida pelo apoio sobre o corpo no ponto de contato entre o corpo e o apoio. Acompanhe as figuras. Figura 07: Corpo extenso apoiado em um ou dois pontos.Figura 07: Corpo extenso apoiado em um ou dois pontos.Figura 07: Corpo extenso apoiado em um ou dois pontos.Figura 07: Corpo extenso apoiado em um ou dois pontos.Figura 07: Corpo extenso apoiado em um ou dois pontos. Significa dizer que cada ponto de contato exerce uma força sobre o corpo rígido. Colocado isto, podemos resolver um grande problema da infância. Como podem duas crianças de massas diferentes brincarem de gangorra? Ou um pai brincar com seu filho na gangorra? Vamos nos exercícios resolvidos explicar como isso é possível. F igura 05: Exemplos de b inár io ou par con jugado.F igura 05: Exemplos de b inár io ou par con jugado.F igura 05: Exemplos de b inár io ou par con jugado.F igura 05: Exemplos de b inár io ou par con jugado.F igura 05: Exemplos de b inár io ou par con jugado. Esquematicamente, temos: F D F Figura 06: Binário ou par conjugado.Figura 06: Binário ou par conjugado.Figura 06: Binário ou par conjugado.Figura 06: Binário ou par conjugado.Figura 06: Binário ou par conjugado. Matematicamente, podemos escrever: Mbinário = ± F . D Onde: D = braço do binário (m) F = Intensidadede uma das forças aplicadas (N) Mbinário = Momento do binário (N.m) Observação 1- A resultante de um binário é nula. 2- Um binário não provoca translação do corpo, mas apenas sua rotação. 3- O binário obedece a mesma convenção de sinais do momento de uma força. → → → → → → → EBR FISICA MOD I AULA 07.pmd 23/3/2004, 12:143 Estática 4 F ísica ALAVANCAS: As alavancas podem girar em torno de um ponto de apoio, ficando sujeitas a uma força potenteforça potenteforça potenteforça potenteforça potente, aplicada em um de seus pontos, que tem como objetivo deslocar uma força resistenteforça resistenteforça resistenteforça resistenteforça resistente. Conforme a posição do ponto de apoio, as alavancas podem ser divididas em três tipos: interfixa, inter-resistente e interpotente. O benefício que as alavancas nos trazem não são descobertas recentes. O grego Arquimedes, que viveu na cidade de Siracusa, uma colônia grega situada na Sicília, entusiasmou-se tanto com a alavanca, que formulou a famosa frase: "Se me derem uma alavanca e um ponto de"Se me derem uma alavanca e um ponto de"Se me derem uma alavanca e um ponto de"Se me derem uma alavanca e um ponto de"Se me derem uma alavanca e um ponto de apoio, deslocarei o mundo".apoio, deslocarei o mundo".apoio, deslocarei o mundo".apoio, deslocarei o mundo".apoio, deslocarei o mundo". Exageros à parte, Arquimedes verificou que, com o auxílio de uma barra rígida e um ponto de apoio, é possível ao homem erguer ou equilibrar uma carga muito grande. Concluiu que, quanto maior for a distância do operador ao ponto de apoio da barra, menor será a intensidade da força que ele deverá aplicar. Alavanca InterfixaAlavanca InterfixaAlavanca InterfixaAlavanca InterfixaAlavanca Interfixa: O ponto de apoio está situado entre a Força Potente e a Força Resistente. São alavancas interfixas a tesoura, o alicate, a balança de pesos e a alavanca de Arquimedes. Alavanca Inter-resistenteAlavanca Inter-resistenteAlavanca Inter-resistenteAlavanca Inter-resistenteAlavanca Inter-resistente: A Força Resistente está situada entre o ponto de apoio e a Força Potente. Como exemplo desse tipo de alavanca, podemos citar o quebra-nozes e o carrinho de mão. Alavanca InterpotenteAlavanca InterpotenteAlavanca InterpotenteAlavanca InterpotenteAlavanca Interpotente: A Força Potente está situada entre o ponto de apoio e a Força Resistente. São exemplos a pinça, o pegador de gelo e a pá usada na construção civil. EBR FISICA MOD I AULA 07.pmd 23/3/2004, 12:144 Estática 5 F ís ic a Se na figura abaixo, a força F for igual a 2 N e a distância d for de 0,5 m, calcule o momento gerado pela força quando: a) a força faz o objeto girar no sentido horário. b) a força faz o objeto girar no sentido anti-horário. Solução: a) MF(P) = - F . d MF(P) = -2 . 0,5 = - 1 N.m b) MF(P) = + F . d MF(P) = + 2 . 0,5 = + 1 N.m Um corpo extenso e rígido sofre a ação de três forças conforme a ilustração. Verificar se encontra-se em equilíbrio: 0101010101 0202020202 Solução: 1ª Condição: FR = F1 + F2 + F3 =10 + 4 - 14 = 0 EQUILÍBRIO DE TRANSLAÇÃO Em relação ao ponto O: 2ª Condição: MR(O) = M1 + M2 + M3 = + 10 . 4 - 4 . 3 - 14 . 2 = 40 - 28 - 12 = 0 EQUILÍBRIO DE ROTAÇÃO Como as duas condições foram satisfeitas, o corpo extenso está em equilíbrio. Um pai de massa 100 kg, quer brincar com seu filho de massa 40 kg em uma prancha de 7 m que serve como gangorra, sendo apoiada em apenas um único ponto. Determine a distância x para que isso seja possível. Solução: É fácil imaginar que se colocarmos o ponto de apoio mais próximo do pai iremos obter o equilíbrio. O problema é: qual a distância exata? Se conseguir obter equilíbrio, a distância x pode ser calculada pela 2ª condição do equilíbrio do corpo extenso, pegando exatamente o apoio como ponto de referência: MR=M1+M2 = 1000.x - 400 (7-x)=0 1000 . x - 2800 + 400 . x = 0 1400 . x = 2800 x = 2 m 0303030303 Sobre a grandeza física Momento de uma Força, em relação a um ponto P, analise as afirmativas assinalando V se forem verdadeiras ou F se forem falsas. a) ( ) O ponto P é chamado de pólo. b) ( ) A distância d é chamada de braço da força. c) ( ) A intensidade do momento pode ser positiva ou negativa. d) ( ) Aumentando o braço da força, mantendo a mesma força, o momento aumenta. e) ( ) Ao dobrarmos o braço da força, o momento quadruplica. As chaves de roda são utilizadas quando se deseja trocar um pneu furado de um carro. Em muitos casos, o motorista tem dificuldades para retirar os parafusos por estarem muito apertados. Alguns chegam a subir na chave fazendo tentativas desesperadoras e esquecem que um conhecimento básico da Física pode ajudar a resolver o problema. 0101010101 0202020202 EBR FISICA MOD I AULA 07.pmd 23/3/2004, 12:145 Estática 6 F ísica fig.a fig.b Imagine que na "figura.a", a força necessária para girar o parafuso seja 100 N e a distância 30 cm. Se na "figura.b", aumentarmos esta distância para 120 cm, qual será o valor da força necessária para fazer o mesmo parafuso girar? Uma chave de boca correta é utilizada com a intenção de retirar um parafuso. Uma força F de 100 N é aplicada no ponto A, como mostra a figura. Determine o momento mínimo necessário para retirar o parafuso. Quando abrimos uma porta, aplicamos uma força que a fará girar em relação a um ponto. Observe a ilustração abaixo, onde as forças F1 e F2 são iguais a 10 N, a distância d1 = 80 cm e d2 = d1/2. Caso 1 Caso2 Calcule o momento das forças em cada caso, em relação ao ponto P. Que conclusão podemos obter analisando as respostas? Ao abrirmos uma torneira comum, aplicamos duas forças de mesma intensidade em suas extremidades, conforme ilustra a figura abaixo. Determine o momento do binário, em unidades do SI, sabendo que a força F = 5 N e que o braço do binário é igual a 7 cm. Uma barra homogênea e horizontal, de peso desprezível, é submetida a várias de forças que estão no mesmo plano, conforme a figura abaixo. Determine a intensidade da força F para que a barra esteja em equilíbrio de translação. Duas pessoas transportam uma caixa pesando 500 N sobre uma tábua de madeira de 5 m de comprimento. Se a tábua é homogênea e pesa 50 N, e a caixa é colocada a 2 m da extremidade B, determine a força que cada pessoa exerce. 0303030303 → 0404040404 0505050505 0606060606 0707070707 EBR FISICA MOD I AULA 07.pmd 23/3/2004, 12:146 Estática 7 F ís ic a 0808080808 0101010101 (UERJ) Para abrir uma porta, você aplica sobre a maçaneta, colocada a uma distância d da dobradiça, conforme a figura abaixo, uma força de módulo F perpendicular à porta. Para obter o mesmo efeito, o módulo da força que você deve aplicar em uma maçaneta colocada a uma distância d/2 da dobradiça dessa mesma porta, é: a) F/2 b) F c) 2F d) 4F (Unifor-CE) A figura representa cinco forças F1 , F2 , F3 , F4 e F5 , de mesmo módulo, aplicadas no ponto A da barra AO. Pode-se afirmar que a força que exerce maior momento em relação ao ponto O é: a) F1 b) F2 c) F3 d) F4 e) F5 (PUC-MG) A figura representa uma régua homogênea com vários furos eqüidistantes entre si, suspensa por um eixo que passa pelo ponto central O. Colocam-se cinco ganchos idênticos, de peso P cada um, nos furos G,H e J, na seguinte ordem: 1 em G; 1 em H e 3 em J. Para equilibrar a régua colocando outros cinco ganchos, idênticos aos já usados, num único furo, qual dos furos usaremos? a) A b) B c) C d) D e) E (Mack-SP) "Quando duas crianças de pesos diferentes brincam numa gangorra como a da figura a seguir, para se obter o equilíbrio com a prancha na horizontal, a criança leve deveficar mais __________ do ponto de apoio do que a criança pesada. Isto é necessário para que se tenha o mesmo __________ dos respectivos pesos". Considerando que a prancha seja homogênea e de secção transversal constante, as expressões que preenchem correta e ordenadamente as lacunas anteriores são: a) perto e momento de força. b) longe e momento de força. c) perto e valor. d) longe e valor. e) longe e impulso. 0202020202 → → → → → → → → → → 0303030303 0404040404 A barra AB, da figura a seguir, é homogênea, tem 10 m de comprimento e pesa 20 N. Ela ainda sofre a ação de uma força F de intensidade igual a 40 N. Havendo equilíbrio, que valores assumem as intensidades das reações dos apoios? EBR FISICA MOD I AULA 07.pmd 23/3/2004, 12:147 Estática 8 F ísica (Ufmg) A figura mostra um brinquedo, comum em parques de diversão, que consiste de uma barra que pode balançar em torno de seu centro. Uma criança, de peso P1, senta-se na extremidade da barra a uma distância X do centro de apoio. Uma segunda criança, de peso P2‚ senta-se do lado oposto a uma distância X/2 do centro. Para que a barra fique em equilíbrio na horizontal, a relação entre os pesos das crianças deve ser a) P2 = P1/2. b) P2 = P1. c) P2 = 2P1. d) P2 = 4P1. (Unifor-CE) Na figura abaixo, a força F = 200 N é aplicada no ponto A da alavanca AB, de peso desprezível, mantendo o sistema em equilíbrio. O valor do peso, colocado na extremidade B, em N, é de: a) 200 b) 300 c) 500 d) 600 e) 1200 (UFGO) Três crianças, Juquinha, Carmelita e Zezinho, de massas 40, 30 e 25 kg, respectivamente, estão brincando numa gangorra. A gangorra possui uma prancha homogênea de 4 m e massa de 20 kg. Considerando que o suporte da gangorra seja centralizado na prancha e que g = 10 m/s², pode-se afirmar que: 01) se os meninos sentarem nas extremidades da prancha, só poderá existir equilíbrio se Carmelita sentar-se em um determinado ponto da prancha do lado de Juquinha. 02) se Carmelita sentar-se junto com Zezinho, bem próximos da extremidade da prancha, não existirá uma posição em que Juquinha consiga equilibrar a gangorra; 04) se Juquinha sentar-se no lado esquerdo, a 1 m do centro da gangorra, Zezinho terá que sentar-se no lado direito e a 1,6 m do centro, para a gangorra ficar em equilíbrio; 08) se Juquinha sentar-se na extremidade esquerda ( a 2 m do centro) e Zezinho na extremidade direita, haverá equilíbrio se Carmelita sentar-se a 1 m à direita do suporte; 16) numa situação de equilíbrio da gangorra, com as três crianças sentadas sobre a prancha, a força normal que o suporte faz sobre a prancha é de 950 N; 32) com Juquinha e Zezinho sentados nas extremidades da prancha, a gangorra tocará o chão no lado de Juquinha. Nesse caso, Zezinho ficará em equilíbrio porque a normal, que a prancha faz sobre ele, anula seu peso. (Fuvest-SP) Duas pessoas carregam um bloco de concreto que pesa 900 N, suspenso a uma barra AB de peso desprezível, de 1,5 m de comprimento, cujas extremidades apoiam-se nos respectivos ombros. O bloco está a 0,5 m da extremidade A . A força aplicada pela extremidade B, ao ombro do carregador, será de: a) 1800 N b) 900 N c) 600 N d) 450 N e) 300 N (PUC-PR) A barra homogênea e uniforme figurada abaixo tem peso igual a 2000 N e está em equilíbrio sobre dois apoios. A força de reação no apoio B vale: a) 2000 N b) 1000 N c) 1500 N d) 1250 N e) 2250 N 0505050505 0606060606 0707070707 0808080808 0909090909 EBR FISICA MOD I AULA 07.pmd 23/3/2004, 12:148 Estática 9 F ís ic a (E.F.E. Itajubá-MG) Três crianças brincam em uma gangorra. Maria e Paula estão sentadas nas extremidades, conforme a figura, e suas massas são 40 kg e 30 kg respectivamente. Onde Júlia, de 20 kg, deve se posicionar de modo que a gangorra tenha a horizontal com a posição de equilíbrio? Maria Paula 5,0m 5,0m .......................................................................................................................................................................................................... ........................................................................................................................................................................................................... ........................................................................................................................................................................................................... .......................................................................................................................................................................................................... ........................................................................................................................................................................................................... ........................................................................................................................................................................................................... ........................................................................................................................................................................................................... .......................................................................................................................................................................................................... ........................................................................................................................................................................................................... ........................................................................................................................................................................................................... ........................................................................................................................................................................................................... ........................................................................................................................................................................................................... ........................................................................................................................................................................................................... ........................................................................................................................................................................................................... .......................................................................................................................................................................................................... ........................................................................................................................................................................................................... ........................................................................................................................................................................................................... ........................................................................................................................................................................................................... ........................................................................................................................................................................................................... ...................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................... EBR FISICA MOD I AULA 07.pmd 23/3/2004, 12:149 Gabarito 1 F ísica INTRODUÇÃO À FÍSICA Exercícios de Aplicação 01- Vm = 80 km/h 02- Vm = 50 km/h 03- Vm = 30 m/s 04- Vm = 18 km/h 05- ∆t = 500 s 06- am = 3 m/s² 07- am = - 5m/s² - significa que o módulo da velocidade está diminuindo no decorrer do tempo. Exercícios de Vestibular 01- V F V 02- b 03- e 04- c 05- d 06- b 07- d 08- e 09- b Desafio Letra c MOVIMENTO UNIFORME Exercícios de Fixação 01- 02- a) s0 = 5 m b) v = + 2 m/s c) s = 45 m d) ∆s = 40 m e) t = 45 s 03- a) s0 = 20 m b) v = - 2 m/s c) s = 10 m d) ∆s = - 10 m e) t = 10 s 04- s = 10 + 2.t 05- a) s0 = 10 m b) v = 1 m/s c) s = 10 + 1.t 06- ∆s = 180 km 07- a ) t = 7 s b) sA = sB = 220 m Questões de Vestibulares 01- a 02- a 03- d 04- a 05- b 06- c 07- a 08- e Desafio Letra c MOVIMENTO UNIFORMEMENTE VARIADO Exercícios de Aplicação 01- a) v0 = 2 m/s e a = 3 m/s² b) v = 32 m/s c) acelerado. 02- a) s0 = 4 m b) v0 = 3 m/s c) a = 4 m/s² d) s = 18 m 03- a) a = 3,0 m/s² b) v = 2 + 3,0.t c) s = 0 + 2.t + 1,5.t² 04- a) a = - 2,0 m/s² b) t = 10 s 05- a) ∆s = 100 m b) t = 10 s 06- a) a = 5 m/s² b) v = 0 + 5.t c) v = 50 m/s 07- a) s0 = 12 m b) t = 2 s c) t = 6 s d) Aceleração negativa, pois a concavidade é para baixo. 08- a) t = 4 s b) v = 40 m/s Questões de Vestibular 01- b 02- e 03- a 04- e 05- e 06- a 07- c 08- d 09- d 10- a Desafio Letra e DINÂMICA: FORÇA - 1ª E 2ª LEIS DE NEWTON Exercícios de Aplicação 01- a) a = 4 m/s² b) a = 1 m/s² c) a = 5 m/s² 02- O quadrinho refere-se à 1ª Lei de Newton ou Princípio da Inércia, segundo a qual os corpos em movimento tendem a se manter em estado de movimento. 03- A força produzida pelo motor do carro deve apenas anular as forças de atrito e resistência do ar para manter a velocidade constante. 04- Sobre o avião atuam várias forças mas a força resultante deve ser nula pois a velocidade é constante. O avião encontra-se em Equilíbrio Dinâmico. 05- a) a = 20 m/s² b) a = 5 m/s² c) a = 2 m/s² 06- a = 60 m/s² 07- a = 1m/s² EBR FISICA MOD I GAB.pmd 23/3/2004, 12:141 Gabarito 2 F ís ic a Questões de Vestibulares 01- c 02- d 03- a 04- c 05- a 06- c 07- d Desafio Letra d DINÂMICA 2 - 3ª LEI DE NEWTON - FORÇA PESO E FORÇA DE ATRITO Exercícios de Aplicação 01- a) V b) V c) F d) V 02- a) P = 50 N b) N = 50 N 03- Remamos para trás para que a reação da água sobre os remos nos empurre para a frente e vice-versa. 04- Os gases queimados são impelidos para trás com uma força (ação); eles reagem (reação), exercendo outra força de mesma intensidade e direção mas sentido oposto, que irá impulsionar o foguete para frente. 05- 06- a) fatEST. = 14,8 N b) fatDIN. = 11,4 N c) a = 4,5 m/s² 07- a = 2m/s² Questões de Vestibulares 01- c 02- e 03- c 04- e 05- e 06- d 07- e 08- d 09- a 10- d Desafio letra d TRABALHO - ENERGIA MECÂNICA E POTÊNCIA Exercícios de Aplicação 01- a) V b) V c) V d) V e) F 02- a) 1000 J b) 250 J c) 0 03- 40.000 J. Ao duplicarmos a velocidade, a Energia Cinética será quatro vezes maior. 04- a) F = 20 N b) Epe = 1 J 05- a) Ec = 900 J e Epg = 0 J b) Ec = 0 J e Epg = 900 J c) h = 45 m 06- v = 20 m/s 07- a) EmA = EmB = EmC = 30.000 J b) v = 10 m/s = 36 km/h Questões de Vestibulares 01- d 02- d 03- c 04- c 05- b 06- d 07- b 08- d 09- a Desafio letra a ESTÁTICA Exercícios de Aplicação 01- V V V V F 02- F = 25 N 03- 30 N.m 04- MF1 = 8 N.m e MF2 = 4 N.m. Quando a distância é menor, o momento também será, dificultando a abertura da porta. 05- Mb = 0,35 N.m 06- F = 14 N 07- 225N e 325 N 08- NA = 42 N NB = 18 N. Questões de Vestibular 01- c 02- b 03- B 04- b 05- c 06- d 07- 02 + 04 + 08 = 14 08- e 09- d Desafio Júlia deve ficar a 2,5 m do ponto de apoio, do mesmo lado de Paula. EBR FISICA MOD I GAB.pmd 23/3/2004, 12:142 Termologia e Calorimetria 1 F ís ic a TTTTTermologia e Calorimetriaermologia e Calorimetriaermologia e Calorimetriaermologia e Calorimetriaermologia e Calorimetria Quando falamos que algo está “frio” ou “quente”, pelo simples contato físico de nossas mãos com a substância ou corpo, temos que pensar em algumas situações: o que é frio para um esquimó? – 10ºC? Para nós, que estamos num país tropical este valor parece bastante baixo, mas para um esquimó é um dia em que ele não sofrerá com o frio, pois mora em um lugar onde as temperaturas chegam a – 50ºC, facilmente. Da mesma forma, quando falamos para um morador do deserto que a temperatura hoje atingirá 35ºC, ele achará que será um dia bastante agradável. A temperatura, o calor e os processos de transmissão de calor são alguns dos conceitos físicos que iremos estudar e que começaram a ser estudados mais intensamente quando se iniciou a pesquisa das máquinas térmicas, na Revolução Industrial. TEMPERATURA Para podermos entender o conceito de temperatura, precisamos “mergulhar” no interior da matéria, e imaginar os átomos e as moléculas se agitando, dentro de um corpo. Se os átomos ou moléculas estão “organizadinhos” dentro do material, eles também estão em constante agitação. Segundo Lord Kelvin, estudioso da temperatura, que dedicou boa parte de sua vida às pesquisas sobre o calor e a temperatura, só podemos ter átomos ou moléculas completamente parados se tivermos o valor de temperatura chamado de “zero absoluto”. ZERO ABSOLUTO: valor de temperatura mínima em que, átomos ou moléculas estão completamente parados. Este valor é de –273,15ºC. Percebendo a diferença entre a agitação dos átomos ou moléculas de corpos com diferentes temperaturas, chegou-se à conclusão de que ela está relacionada com a agitação térmica destes. Temperatura: é a medida da ag i tação térmica média dos átomos ou moléculas de um corpo. Existem diversas formas de medirmos a temperatura de um corpo, mas para isto usamos um termômetro graduado em uma certa escala termométrica. Assim, criaram-se várias escalas de medida de temperatura. As mais usuais são: - escala Celsius (usada na maioria dos países, inclusive o Brasil) - escala Kelvin (usada no meio científico, em laboratórios de pesquisa) - escala Fahrenheit (usada nos países de língua inglesa, Estados Unidos e Inglaterra, principalmente) Estas três escalas são conhecidas como escalas termométricas oficiais. Quando estamos vendo uma corrida de carros na TV, que está ocorrendo nos Estados Unidos, por exemplo, e aparece na tela do televisor o valor da temperatura da pista, este valor está em graus Fahrenheit. Como podemos fazer para obter este valor na escala Celsius? Termologia e Calorimetria 2 F ís ic a Existem formas de convertermos os valores de uma escala em outra. Basta conhecermos os chamados pontos fixos de cada escala, que são: a temperatura de fusão do gelo (ponto do gelo) e de ebulição da água (ponto do vapor), ambos sob pressão normal. Observe a relação entre as escalas citadas: Assim, temos a relação entre as escalas: ou , simplificando: Desta forma podemos facilmente converter uma temperatura de uma escala para outra escala. F igura 01: Esca las termométr icas o f i c ia i s e pontos f i xos na esca la C e l s i u s . CALOR Um conceito que muitas vezes cometemos erro ao nos referirmos a ele é o conceito de calor. Quando falamos que está calor, porque a temperatura está alta, temos quelembrar que para o pessoal que vive nas regiões desérticas este valor pode ser um refresco! Com base nestas observações, percebemos que só tem sentido falarmos em calor se tivermos um outro corpo como referência, para sentir essa energia do corpo. Não podemos olhar para um corpo e dizer que ele está quente ou frio. Precisamos tocá-lo. Desta forma, só tem sentido falarmos em calor quando há transferência de energia de um corpo para outro. Calor: é uma forma de energia, em trânsito, que se transfere de um corpo para outro, em virtude da diferença de temperatura entre eles. Assim sendo, se dois corpos de mesma temperatura forem postos em contato não há transferência de calor entre eles, pois os dois estão em equilíbrio térmico. Para falarmos em calor, então, devemos levar em conta os seguintes aspectos que podem causar essa variação: a variação de temperatura, a massa do corpo e o tipo de material do qual o corpo é feito, pois um corpo pode doar ou receber calor mais facilmente que outro. A água precisa de mais calor para se aquecer do que um pedaço de ferro, por exemplo. Esta característica é chamada de calor específico do corpo. O calor pode ser medido em calorias (cal), ou em Joules (J). A relação entre elas é: 1 cal = 4,186J Temos também: 1 kcal = 1000 cal Termologia e Calorimetria 3 F ís ic a Resumindo: O calor é di ferente de temperatura . Temperatura mede a agitação das moléculas ou átomos e o calor a energia que se transfere de um corpo para outro, devido à diferença de temperatura entre eles. PROPAGAÇÃO DE CALOR Quando chegamos perto de uma fogueira sentimos calor, mesmo sem encostar no fogo. Se colocarmos cera numa extremidade de uma barra metálica e aquecermos a outra ponta dessa barra, a cera derrete. Se colocarmos o congelador de uma geladeira na parte de baixo dela, esta geladeira não irá manter os produtos dentro dela resfriados. Qual é a explicação destes fenômenos físicos? A explicação está nos processos de transmissão de calor, que podem ocorrer de 3 formas diferentes: - condução: os átomos ou moléculas ficam nos lugares, mas transferem a energia de umas para as outras, através do material que constitui o corpo. É o processo característico dos sólidos. Exemplo: Se aquecermos um pedaço de metal com cera na outra extremidade, a cera irá derreter após algum tempo, pois o calor passa de uma extremidade a outra sem que as moléculas da barra se movimentem. Ocorre apenas a agitação dessas moléculas e a passagem de energia de uma para a outra. Este é o processo por condução. Obs.: – Metais são bons condutores térmicos (se agitam mais rápido) – Vidro, madeira, borracha, são maus condutores térmicos. - convecção: é o processo em que o calor se transmite pela movimentação de matéria de um local para outro, devido à diferenças de densidade. É o processo característico dos fluidos. F igura 02 : Propagação do calor por condução térmica. F igura 03 : Propagação do ca lor por convecção térmica . Exemplos: Quando a água está em ebulição, a água do fundo do recipiente, mais quente e menos densa, sobe e a água da parte superior, mais fria e densa, desce. O ar condicionado fica em cima para o ar frio descer e o quente subir. O refrigerador da geladeira fica em cima para o ar frio descer, e o quente subir. Resumindo: Maior temperatura, menor densidade, sobe. Menor temperatura, maior densidade, desce. – Irradiação: O processo ocorre pela emissão de um tipo especial de ondas, chamadas ondas de infravermelho, de um corpo. As ondas de infravermelho, representam uma forma das ondas eletromagnéticas, emitidas por corpos radiantes, como o sol, por exemplo. Este processo de transmissão do calor, não necessita de um meio material, sendo portanto o único processo que pode ocorrer no vácuo. Exemplos: O calor que vem do Sol para a Terra se propaga no vácuo. O calor de uma fogueira chega até nós pela irradiação, pois mesmo que estivéssemos no vácuo, sentiríamos calor. F igura 04: Propagação do ca lor por i r rad iação. Termologia e Calorimetria 4 F ís ic a TROCAS DE CALOR O calor sensível, é o calor cedido ou recebido por um corpo onde a sua temperatura está variando, dentro de um mesmo estado físico. Normalmente é relacionado com a quantidade de massa da substância, o calor específico do material e a variação da temperatura, através da relação: ∆Q = m . c . ∆t Onde: ∆Q = quantidade de calor cedido ou recebido pelo corpo, preferencialmente em calorias m = massa do corpo, geralmente em gramas c = calor específ ico do material, expresso normalmente em cal/gºC. ∆t = variação da temperatura, em ºC. Esta relação é conhecida como Equação Fundamental da Calorimetria. CALOR ESPECÍFICO Cada tipo de material tem uma característica própria, em termos de transferir mais ou menos calor para o meio onde está. Esta propriedade é chamada de calor específico, e é um valor encontrado em laboratório, não nos cabendo memorizá-los. Temos esse valor nos sólidos, nos líquidos e nos gases. Exemplo: Um pedaço de vidro troca bem menos energia com outro corpo do que um pedaço de metal (é só pegarmos um vidro e um pedaço de metal, com a mesma massa e aquecê-los, para sentirmos a diferença). Veja alguns calores específicos: Exemplo: 1 g de prata, precisa de 0, 056 cal para variar em 1°C sua temperatura. 1 g de alumínio, precisa de 0, 219 cal para variar em 1°C sua temperatura. Logo, a prata varia mais facilmente sua temperatura do que o alumínio, ou seja: quem tem maior calor específico possui menor variação de temperatura. CAPACIDADE TÉRMICA É uma grandeza física que expressa a forma como o corpo troca calor com o meio externo. De uma forma resumida, podemos dizer que é o quociente entre a quantidade de calor cedida ou recebida por um corpo, e a respectiva variação de temperatura, ou seja: C = ∆Q ∆t Podemos também expressar a capacidade térmica em termos do calor específico e da massa, substituindo a quantidade de calor e simplificando a temperatura: C = ∆Q ∆Q = m . c . ∆t C = m . c . ∆t ∆t ∆t C = m . c Exemplo: a) Um bloco de 10 g de alumínio (Al) tem o mesmo calor específico de um bloco de 5 kg de alumínio, só que o bloco maior demora mais a esquentar e depois demora mais a esfriar que o pequeno, pois possui maior capacidade térmica que o outro. F igura 05: B locos d i ferentes de mesmo mater ia l , possuem mesmo ca lor espec í f i co mas capac idades térmicas d i ferentes . Al Al Termologia e Calorimetria 5 F ís ic a FASES DA MATÉRIA Ao variarmos a temperatura de um corpo, o mesmo pode apresentar diferentes estados físicos. Cada mudança de estado físico tem um nome particular. Observe: SÓLIDO LÍQUIDO GASOSO Características de cada fase da matéria: O estado sólido apresenta forma e volume constantes. O estado líquido apresenta volume definido, mas forma do recipiente que o contém. O estado gasoso não apresenta nem forma e nem volume constantes. CALOR LATENTE Calor latente (L) é o calor presente na mudança de estado físico, onde não há mudança de temperatura. Este calor, que o corpo pode receber (calor positivo) ou ceder (calor negativo) ocasiona não o aumento da temperatura, mas sim a mudança do estado físico (fase). O calor latente pode ser obtido pela relação entre a quantidade de calor cedida ou recebida e a massa do corpo: L = ∆Q m onde: L = calorlatente da mudança de estado físico do corpo, expressa geralmente em cal/g. ∆Q = quantidade de calor cedido ou recebido, geralmente em cal. m = massa do corpo, geralmente em g. Quando o corpo está no estado sólido, recebendo calor sensível, sua temperatura irá aumentar, até atingir sua temperatura de fusão. Se continuarmos fornecendo calor, não irá ocorrer mudança na sua temperatura, mas sim mudança do estado físico desse corpo, (sólido para o líquido), F igura 06: Diagrama de mudança de fase. F igura 07: Es tados f í s i cos da matér ia que é chamada de fusão. Durante todo o processo de mudança de estado, a temperatura não se altera e o calor recebido é chamado Calor Latente. O Calor Latente é característico da substância que constitui o corpo e recebe nomes diferentes para cada mudança de estado físico ocorrido, por exemplo: - Calor Latente de Fusão do Gelo: L FUSÃO = 80 cal/g - Calor Latente de Solidificação da Água: L SOLIDIFICAÇÃO = - 80 cal/g - Calor Latente de Vaporização da Água: L VAPORIZAÇÃO = 540 cal/g - Calor Latente de Condensação da Água: L CONDENSAÇÃO = - 540 cal/g Exemplos: a) Calor latente de fusão do gelo: 80 cal/g, ou seja, para 1 g de gelo a 0ºC, precisamos fornecer 80 cal de calor para que ele se funda e vire água líquida, mas ainda a 0ºC. b) Calor latente de vaporização da água: 540 cal/g, ou seja, para cada 1 g de água a 100ºC, precisamos fornecer 540 cal de calor para que a água vire vapor, na fase gasosa, mas ainda a 100ºC. CURVAS DE AQUECIMENTO São gráficos que mostram o comportamento da variação da temperatura com o calor, mostrando as mudanças de estado físico (linhas horizontais, onde a temperatura permanece constante), e a variação da temperatura com calor (linhas inclinadas) No diagrama, temos em cada trecho: AB – somente sólido BC – sólido + líquido CD – líquido DE – líquido + vapor EF – vapor T F – temperatura de fusão T E – temperatura de ebulição Termologia e Calorimetria 6 F ís ic a Nesses gráficos, quando temos uma linha horizontal, significa que nesse valor de temperatura está ocorrendo mudança de estado físico. Na figura mostrada está ocorrendo mudança de estado físico no trecho BC (fusão) e no trecho DE (vaporização), mas isto é verdadeiro apenas se o corpo estiver recebendo calor. Se estiver cedendo calor, o trecho ED corresponde à condensação e o trecho CB à solidificação. Nos trechos AB, CD e EF temos variação de temperatura, respectivamente nos estados, sólido, líquido e gasoso. FORMAÇÃO DOS VENTOS Depois que o Sol se põe, no nível do mar, por exemplo, a água e a areia deixam de receber calor e começam a esfriar. Mas a areia esfria rapidamente (à noite ela fica gelada!), e a água do mar demora a esfriar. Por isso, à noite, o mar fica “quentinho”. O ar que está sobre o mar fica mais quente do que o ar que está sobre a areia. Mais aquecido, fica menos denso e sobe. Assim, o ar que está sobre a areia se desloca em direção ao mar: é a brisa terrestre. Esta é a segunda forma de propagação de calor conhecida como convecção. Para ocorrer convecção é preciso que exista matéria, e que “suas partes” estejam a diferentes temperaturas, de modo que haja deslocamento de matéria, que, ao se deslocar, conduz o calor. Esses deslocamentos são chamados correntes de convecção. A convecção ocorre até que seja atingido o equilíbrio térmico, isto é, quando todas as partes estiverem à mesma temperatura. CONGELADOR Por causa da convecção, o congelador é colocado na parte superior da geladeira e os aparelhos de ar condicionado devem ficar na parte superior dos cômodos. Na parte superior, o ar é resfriado, torna-se mais denso e desce, empurrando para cima o ar que está mais quente. Este encontra o congelador, é resfriado e desce. O processo continua até que seja atingido o equilíbrio térmico, isto é, até que todo o ar do ambiente esteja à mesma temperatura. GARRAFA TÉRMICA Existe um aparelho capaz de manter a temperatura de líquidos por um bom tempo: a garrafa térmica. Ela é capaz de manter um líquido quente ou frio, graças à combinação de três fatores: ela evita a condução, a irradiação e a convecção de calor. Veja como funciona uma garrafa térmica. sobe vidro espelhado (paredes duplas) invólucro plástico (isolante) vácuolíquido quente ou frio Congelador Abaixo do invólucro plástico existe uma garrafa formada por duas camadas de vidro. Entre as duas camadas quase não existe ar (vácuo simples). Sem ar não existem átomos, ou moléculas, de modo que se evita a propagação de calor por condução. Além disso, a superfície do vidro é espelhada, interna e externamente. Desse modo, quando há líquido quente no interior da garrafa, o calor que seria Brisa terrestre praia mar ar quentear frio Termologia e Calorimetria 7 F ís ic a 0 1 Transforme as temperaturas nos exemplos abaixo: a) A quantos graus Fahrenheit equivale uma temperatura de 30ºC? Resolução: 32 180 30 100 − = F Multiplicando em x, fica: 100F – 3200 = 5400 100F = 5400 + 3200 100F = 8600 F = 86ºF b) Se aparecer na TV que a pista onde os carros irão correr está numa temperatura de 104ºF, significa que este valor é o equivalente a 40ºC, um valor conhecido por nós. Resolução: Para resolvermos basta colocarmos o valor de 104ºF no lugar de F e encontrar o C correspondente. 9C = 72 . 5 ∴ C = 40ºC c) Numa das regiões mais frias do mundo o termômetro indica –76ºF. Qual é o valor desta temperatura na escala Celsius? ⇒ ⇒ ⇒ 180C = -10800 C = -60ºC 0 2 b) Qual o calor específico da substância que constitui o corpo. Resolução: ∆Q = m . c . ∆t 6000 = (300).(c).(100) 6000 = (30000).(c) c = 6000 c = 0,2 cal/g°C 30000 Um bloco de gelo de massa 600 gramas encontra-se a 0°C. Determine a quantidade de calor para que toda a massa de gelo se transforme em água a 0°C. Dado calor latente de fusão do gelo igual a 80 cal/g. Resolução: L = ∆Q 80 = ∆Q m 600 ∆Q = 80 . 600 = 48000cal ou ∆Q = 48 kcal Um corpo de massa 300 g recebeu 6000 calorias, e sua temperatura variou em 100°C, sem mudança de estado físico. Determine: a) Qual sua capacidade térmica. Resolução: C = ∆Q = 6000 C = 60 cal/°C ∆t 100 0 3 irradiado para fora é refletido para dentro; caso o líquido seja frio, o calor de fora não penetra na garrafa, pois é refletido pela superfície do vidro para fora. Isso evita a propagação de calor por irradiação. E todas as partes do líquido dentro da garrafa estarão à mesma temperatura, de modo que também não ocorre convecção. Por isso, é possível conservar líquidos no interior de uma garrafa térmica, por um bom tempo, praticamente à temperatura em que foi colocado, pois ela diminui ao máximo as trocas de calor entre o líquido e o meio externo (Esse tipo se dispositivo é chamado de adiabático, que não troca calor com o meio externo). Termologia e Calorimetria 8 F ís ic a A temperatura crítica do corpo humano é 42°C. Em graus Fahrenheit, quanto vale essa temperatura? Qual é a leitura de um termômetro graduado em Celsius para a leitura de 104°F? Quais são os pontos de mudança de estado físico da água na escala Celsius? Estando num lugar a 40° F, você vai ficar com frio ou calor? Por quê? O calor pode passar de um corpo para outro estando os dois à mesma temperatura? Explique. Deitados sobre o tapete da sala, Mingau e Faísca (dois gatinhos malhados) parecem gostar do clic-clic do fogo crepitandona lareira. De que modo estão recebendo o calor? Um corpo de massa 100 g ao receber 2400 cal varia sua temperatura de 20°C para 60°C, sem variar seu estado físico. Calcule o calor específico da substância que constitui esse corpo, nesse intervalo de temperatura. Uma pedra, retirada de um forno a 100°C, é imediatamente colocada sobre um grande bloco de gelo a 0°C. Até o equilíbrio térmico, verifica-se a formação de 40 g de água. Sendo o calor latente de fusão do gelo 80 cal/g, a capacidade térmica da pedra, em cal/°C, vale quanto? Sempre que fornecermos calor a um corpo sua temperatura irá aumentar? Como se chama este calor, caso a resposta seja negativa? Como se chama a mudança do estado físico do líquido para o gasoso? 0 1 0 2 0 3 0 4 0 5 0 6 0 7 0 8 0 9 1 0 (Mackenzie-SP) Um turista, ao descer no aeroporto de Nova York, viu um termômetro marcando 68 °F. Fazendo algumas contas, esse turista verificou que essa temperatura era igual à de São Paulo, quando embarcara. A temperatura de São Paulo, no momento de seu embarque, era de: a) 10 °C b) 15°C c) 20 °C d) 25 °C e) 28 °C (UEL-PR) Quando Fahrenheit definiu a escala termométrica que hoje leva o seu nome, o primeiro ponto fixo definido por ele, o 0°F, correspondia à temperatura obtida ao se misturar uma porção de cloreto de amônia com três porções de neve, à pressão de 1atm. Qual é esta temperatura na escala Celsius? a) 32 °C b) -273 °C c) 37,7 °C d) 212 °C e) -17,7 °C (UECE) O clima de regiões próximas de grandes massas de água, como mares e lagos, caracteriza-se por uma grande estabilidade térmica, ao contrário de regiões no interior do continente, onde há acentuadas variações de temperatura entre o dia e a noite. A propriedade que torna a água um regulador de temperatura é: a) sua grande condutividade térmica b) sua grande densidade c) seu elevado calor específico d) seu pequeno calor específico (PUC-MG) Assinale a opção INCORRETA: a) A transferência de calor por condução só ocorre nos sólidos. b) A energia gerada no Sol alcança a Terra por radiação. c) Na transferência de calor por convecção, ocorre transporte de matéria. d) A transferência de calor por convecção ocorre nos gases e líquidos. e) Uma barra de alumínio conduz melhor o calor do que uma barra de madeira. (UFRS) Para que dois corpos possam trocar calor é necessário que: I - estejam a diferentes temperaturas. II - tenham massas diferentes. III - exista um meio condutor de calor entre eles. Quais são as afirmações corretas? a) Apenas I. b) Apenas II. c) Apenas I e II. d) Apenas I e III. 0 1 0 2 0 3 0 4 0 5 Termologia e Calorimetria 9 F ís ic a (Unirio-RJ) Para que a vida continue existindo em nosso planeta, necessitamos sempre do calor que emana do Sol. Sabemos que esse calor está relacionado às reações de fusão nuclear no interior dessa estrela. A transferência de calor do Sol para nós ocorre através de: a) convecção. b) condução. c) irradiação. d) dilatação térmica. e) ondas mecânicas. (ENEM) Uma garrafa de vidro e uma lata de alumínio, cada uma contendo 330ml de refrigerante, são mantidas em um refrigerador pelo mesmo longo período de tempo. Ao retirá-las do refrigerador com as mãos desprotegidas, tem-se a sensação de que a lata está mais fria que a garrafa. É correto afirmar que: a) a lata está realmente mais fria, pois a capacidade calorífica da garrafa é maior que a da lata. b) a lata está de fato menos fria que a garrafa, pois o vidro possui condutividade menor que o alumínio. c) a garrafa e a lata estão à mesma temperatura, possuem a mesma condutividade térmica, e a sensação deve-se à diferença nos calores específicos. d) a garrafa e a lata estão à mesma temperatura, e a sensação é devida ao fato de a condutividade térmica do alumínio ser maior que a do vidro. e) a garrafa e a lata estão à mesma temperatura, e a sensação é devida ao fato de a condutividade térmica do vidro ser maior que a do alumínio. (UFRS) A seguir são feitas três afirmações sobre processos termodinâmicos envolvendo transferência de energia de um corpo para outro. I- A radiação é um processo de transferência de energia que NÃO ocorre se os corpos estiverem no vácuo. II- A convecção é um processo de transferência de energia que ocorre em meios fluidos. III- A condução é um processo de transferência de energia que NÃO ocorre se os corpos estiverem à mesma temperatura. Quais estão corretas? a) Apenas I. b) Apenas II. c) Apenas III. d) Apenas I e II. e) Apenas II e III. (Fuvest-SP) Analise fisicamente as afirmativas seguintes: I. Para derreter um bloco de gelo rapidamente, uma pessoa embrulhou-o num grosso cobertor. II. Para se conservar o chope geladinho por mais tempo, deve-se colocá-lo numa caneca de louça. III. Um aparelho de refrigeração de ar deve ser instalado em um local alto num escritório. Assinale: a) se apenas I e II estiverem corretas. b) se apenas II e III estiverem corretas. c) se apenas I estiver correta. d) se apenas II estiver correta. e) se apenas III estiver correta. (UFG) A temperatura é uma das grandezas termodinâmicas cuja a variação pode alterar as propriedades térmicas de substâncias. Assim, ( ) devido a uma diferença de densidade entre as partes de um fluido (líquidos, gases e vapores), o processo de propagação de calor ocorre por convecção térmica. ( ) a capacidade térmica depende do estado de agregação da substância. ( ) a temperatura é a medida da quantidade de calor de uma substância. ( ) o ponto de fusão e o ponto de solidificação de uma substância ocorrem em temperaturas diferentes, à mesma pressão. 0 6 0 7 0 8 0 9 1 0 (UEL-PR) O gráfico a seguir representa o calor absorvido por dois corpos sólidos M e N em função da temperatura. A capacidade térmica do corpo M, em relação ao corpo N, vale a) 1,4 b) 5,0 c) 5,5 d) 6,0 e) 7,0 Termologia e Calorimetria 10 F ís ic a ................................................................................................................................................................................................... ................................................................................................................................................................................................... ................................................................................................................................................................................................... ................................................................................................................................................................................................... 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Dilatação Térmica 1 F ís ic a Dilatação TérmicaDilatação TérmicaDilatação TérmicaDilatação TérmicaDilatação Térmica São inúmeras as aplicações desse interessante conceito da Física. Quando andamos de carro sobre um viaduto, vemos várias trilhas com borracha no meio: são as chamadas juntas de dilatação, para que o viaduto não “quebre” com a variação da temperatura. Numa linha de trem, entre um trilho e outro, existe um espaço, para que num dia de calor o trilho possa aumentar de tamanho e não estrague a linha de trem. Quando fazemos uma calçada, deixamos espaços entre pedaços dela, para que a mesma não trinque e venha a se danificar num dia de calor. Estes e outros exemplos fazem parte da chamada dilatação térmica dos corpos. Fig. 01: Junta de dilatação do trilho de trem A dilatação ocorre quando aumentamos a temperatura de um corpo, pois normalmente ele tem suas dimensões aumentadas. Quando diminuímos a temperatura de um corpo, ele tem suas dimensões diminuídas, e dizemos que ocorreu uma contração térmica. Dilatação térmica: aumento das dimensões de um corpo, causado pelo aumento da temperatura do mesmo. Contração térmica: diminuição das dimensões de um corpo, causado pela diminuição da temperatura do mesmo. Este comportamento é explicado tendo como base o conceito de temperatura, que diz que quando esta aumenta, aumenta o grau de agi tação das moléculas, e consequentemente o volume do corpo. Observe: A dilatação pode ocorrer: - nos SÓLIDOS; - nos LÍQUIDOS. F igura 01 : Ba ixa ag i tação térmica , ou molecu lar - contração térmica . A l ta ag i tação térmica , ou molecu lar – d i l a tação térmica . DILATAÇÃO DOS SÓLIDOS Quando um corpo é aquecido, ele aumenta suas dimensões para todos os lados. Mas existem casos em que uma das dimensões é predominante sobre as demais. Dessa forma, a dilatação dos sólidos pode, didaticamente, ser estudada sob três aspectos: – LINEAR: a dimensão predominante é o comprimento – SUPERFICIAL: as dimensões predominantes são a largura e a altura, ou seja, a área do corpo. – VOLUMÉTRICA: todas as dimensões são predominantes na dilatação. Como dilatação é uma variação no tamanho do corpo, vamos chamar de: ∆L = dilatação linear ∆S = dilatação superficial ∆V = dilatação volumétrica A dilatação depende: – da variação da temperatura (quanto maior a variação da temperatura, maior a dilatação sofrida pelo corpo). – do tamanho inicial do corpo, quer seja no comprimento, na superfície ou no volume (um trilho de ferro de 20 m de comprimento, dilata mais do que uma barra de ferro de 1m, pois tem mais moléculas se agitando). – do tipo de material (cada material possui um valor, chamado de coeficiente de dilatação, que representa se ele dilata mais ou menos do que outro material). Dilatação Térmica 2 F ís ic a a) DILATAÇÃO LINEAR Neste tipo de dilatação a dimensão predominante é o comprimento. Veja o que acontece com uma barra quando se aumenta a temperatura da mesma: L i ∆L = L F – L i L i ∆L L F Figura 02: Dilatação linear. Podemos ainda, obter a dilatação linear, utilizando as características físicas do material estudado, tais como seu tamanho inicial e sua constituição química (tipo de material). Logo: ∆L = α . L i . ∆T onde: ∆L = dilatação linear L i = comprimento inicial L F = comprimento final ∆T = variação da temperatura α = coeficiente de dilatação linear, que depende do tipo de material Ex. uma régua, um trilho de trem, uma ponte. Fig. 03: exemplos de dilatação linear b) DILATAÇÃO SUPERFICIAL Neste tipo de dilatação o corpo possui duas dimensões predominantes: o comprimento e a largura. Si Sf ∆S = S F – S i ∆S F igura 04: Di la tação Super f i c ia l . Podemos ainda, obter a dilatação superficial, utilizando as características físicas do material estudado, tais como sua área inicial e o tipo do material do qual ela é feita. Logo: ∆S= β . S i . ∆T onde: ∆S = dilatação superficial S i = área inicial S F = área final ∆T = variação da temperatura β = coeficientede dilatação superficial OBS. → O coeficiente de dilatação superficial β, é sempre duas vezes o coeficiente de dilatação linear α β = 2 . α Ex.: chapa metálica, estrada, calçada. Fig. 04: exemplos de dilatação superficial c) DILATAÇÃO VOLUMÉTRICA Neste tipo de dilatação, todas as dimensões do corpo são predominantes: comprimento, largura e altura, portanto ocorrerá variação no volume do corpo. Dilatação Térmica 3 F ís ic a V i ∆V = V F – V i V F V i ∆V Figura 05: Dilatação volumétrica. Podemos ainda, obter a dilatação volumétrica, utilizando as características físicas do material estudado, como o volume inicial e o material do qual o corpo é feito. Logo: ∆V = γ . V i . ∆T onde: ∆V = dilatação superficial V i = volume inicial V F = volume final ∆T = variação da temperatura γ = coeficiente de dilatação volumétrica OBS. → O coeficiente de dilatação volumétrico γ, é sempre três vezes o coeficiente de dilatação linear α γ = 3 . α Ex.: um bloco, um tijolo, um parafuso. Fig. 06: exemplos de dilatação volumétrica UNIDADE DOS COEFICIENTES DE DILATAÇÃO Para unidade de α, β e γ, usamos a unidade °C-1, ou seja, nas equações de dilatação sempre iremos trabalhar com a temperatura em °C. Alguns coeficientes de dilatação linear: Observação: Não precisamos ter tabelas com coeficientes de dilatação superficial e volumétrica, pois basta conhecermos o coeficiente de dilatação linear e as relações entre eles. β = 2 . α γ = 3 . α DILATAÇÃO DOS LÍQUIDOS O líquido não possui forma definida, tomando a forma do recipiente no qual ele se encontra. Por esse motivo, é necessário estudar a dilatação do líquido e do recipiente que o contém simultaneamente. Considere um recipiente sólido, totalmente cheio de um líquido. Quando ele é aquecido, muitas vezes percebemos que o líquido dilatou quando ocorre um extravasamento ou transbordamento do mesmo. Porém, não podemos afirmar que o volume de líquido que transbordou corresponde à dilatação volumétrica pois o recipiente também sofreu dilatação. Desta forma, podemos perceber que a dilatação do líquido é volumétrica, e composta de duas formas: A dilatação do recipiente (∆V RECIPIENTE ) O líquido que vazou (((((∆V APARENTE ) Figura 07: Dilatação volumétrica de um líquido. substância Coeficiente de dilatação linear (α) em ºC -1 concreto alumínio chumbo cobre ferro latão ouro prata vidro comum porcelana zinco 1,2 x 10-5 2,4 x 10-5 2,7 x 10-5 1,7 x 10 -5 1,2 x 10-5 2,0 x 10-5 1,5 x 10-5 1,9 x 10-5 0,9 x 10-5 0,3 x 10-5 2,6 x 10-5 Dilatação Térmica 4 F ís ic a Logo, a dilatação real sofrida pelo líquido é: ∆V REAL = ∆V RECIPIENTE + ∆V APARENTE DILATAÇÃO IRREGULAR OU ANÔMALA DA ÁGUA A água é uma substância que se dilata irregularmente, ou seja, em um certo intervalo de temperatura (entre 0°C e 4°C) seu volume diminui, enquanto a temperatura aumenta. Veja o gráfico do volume em função da temperatura: Figura 08: Gráfico da dilatação irregular da água De acordo com a equação da densidade d = m / V, percebemos que a água possui sua máxima densidade na temperatura de 4°C. A dilatação irregular da água explica o fato de, nos lagos de regiões frias, formar uma camada de gelo apenas na superfície, mantendo a vida aquática no lago. Figura 09 : o lago congela somente na superfície, devido à dilatação irregular da á g u a V a V 4 t( C) o Explicação: Como a temperatura externa do lago vai diminuindo, o volume também diminui, aumentando a densidade, fazendo as moléculas frias descerem até o fundo e as mais quentes a subirem para a superfície (lembra das correntes de convecção?). De 4°C para baixo o volume aumenta, logo a densidade diminui e as moléculas ficam na superfície até congelarem à 0°C, mantendo a água do fundo do lago líquida. Além disso, o gelo da superfície funciona como um isolante térmico, mantendo a água sob o gelo a 4°C. Alguns coeficientes de dilatação dos líquidos: substância Coeficiente de dilatação volumétrica (γ ) em ºC-1 álcool 100 x 10-5 gases 3,66 x 10 -3 gasolina 11 x 10-4 mercúrio 18,2 x 10-5 POR QUE A ÁGUA SE DILATA AO SER CONGELADA? A explicação desse fato é dada pela estrutura cristalina da água no estado sólido. Cada molécula de água se liga a outras quatro moléculas através de ligações quimicas chamadas pontes de hidrogênio. A estrutura espacial pode ser representada por canais hexagonais (como num favo de mel) e, por causa deles, o gelo tem um volume relativamente grande explicado pelos espaços vazios. Quando o gelo se funde, anéis hexagonais são quebrados porque se quebram as pontes de hidrogênio.Os espaços vazios passam a ser menores, ocupando menor volume. O aquecimento de uma certa massa de água de 0oC a 4oC leva a uma diminuição de volume que pode ser explicada pelas sucessivas quebras dos anéis hexagonais da estrutura do gelo. Na temperatura de 4oC observa-se o menor volume da água. A partir dos 4oC, o volume da água vai aumentando Dilatação Térmica 5 F ís ic a em conseqüência da maior energia cinética das moléculas. O gráfico a seguir mostra como varia o volume de uma determinada massa de gelo e água, em função da temperatura. Conseqüências desse comportamento da água Uma determinada massa de água ocupa, no estado sólido, um volume muito maior do que no estado líquido. 01 02O comprimento de um fio de alumínio é de 40 m, à temperatura de 20ºC. Aquecemos o fio à 60ºC sabendo que o coeficiente de dilatação linear do alumínio é 24 X 10 –6 ºC-1 , calcule: a) a sua dilatação linear ∆T = 60 – 20 = 40°C ∆L = α . L i .∆T ∆L = 24 X 10 –6 . 40 . 40 ∆L = 38400X 10 –6 ∆L = 0,0384 m b) o seu comprimento final ∆L = L F – L i L F =∆L + L i L F = 0,0384 + 40 L F = 40,0384 m Um recipiente de vidro está completamente cheio com 400 cm3 de Hg, à 20ºC. Aquece-se o conjunto até 35ºC. Dados: γ Hg = 0,00018 ºC-1 , γ vidro = 0,00003ºC-1. Determine: a) a dilatação volumétrica do recipiente ∆T = 35 – 20 = 15°C ∆V = γ . V i . ∆T ∆V = 0,00003 . 400 . 15 ∆V = 0,18 cm3 b) a dilatação real do mercúrio? ∆V = γ . V i . ∆T ∆V = 0,00018 . 400 . 15 ∆V = 1,08 cm3 c) a quantidade de líquido que vazou? ∆V = 1,08 – 0,18 ∆V = 0,9 cm3 Por esta razão que frascos de vidro fechados, cheios de água, estouram dentro do congelador. Se considerarmos uma mesma massa de água nos estados sólido e líquido, podemos afirmar que a densidade no estado sólido é menor do que no estado líquido - o gelo ocupa maior volume. Isto explica por que o gelo flutua. Imaginemos como seria se o gelo fosse mais denso do que a água líquida. A água, nas represas e nos lagos, ao se congelar, afundaria, fazendo com que mais água líquida entrasse em contato com ar frio, o que provocaria também o seu congelamento. Em regiões onde, no inverno, a temperatura cai muito abaixo de zero graus Celsius, toda a massa de água do lago se solidificaria, matando todos os peixes e outros organismos que vivem na água. Dilatação Térmica 6 F ís ic a Um bloco de ferro tem um volume de 50cm 3 a 0°C. Determine até que temperatura devemos aquecê-lo a fim de que seu volume seja igual à 50,425cm3.(α FE =12X10-6 °C-1) 03 ∆V = γ . Vi . ∆T 0,425 = 50 . (3 . 12x10-6) . T F 0,425 = 1800x10-6 . T F 0,425 = 0,0018 . T F T F = 236,11°C 01 Uma barra de ferro tem comprimento de 10 m, à 0ºC. O coeficiente de dilatação linear do ferro é de 12 X 10 –6 ºC–1. Calcule: a) a sua dilatação linear b) o seu comprimento final Um fio metálico (α = 1,2 X 10 –5 ºC-1), homogêneo, tem, a 20ºC, o comprimento de 50 m. Determine a dilatação linear e o comprimento final do fio quando aquecido até 100ºC. Uma placa retangular de alumínio tem 10 cm de largura e 40 cm de comprimento à temperatura de 20ºC. Esta placa é colocada num ambiente cuja temperatura é de 50ºC. Calcule sua dilatação superficial, sabendo que o coeficiente de dilatação da placa vale β = 46 x 10 –6 ºC-1 (Dica: Área da placa é largura X comprimento). Um paralelepípedo a 10ºC tem dimensões iguais a 10x20x30cm, feito de material com coeficiente de dilatação α = 8x10-6 ºC-1. Determine o acréscimo de volume quando sua temperatura vai a 110ºC. Um dono de posto de gasolina consulta a tabela e verifica que o álcool tem coeficiente de dilatação γ = 10-3 ºC-1. Assim, se ele comprar 14000 litros de álcool num dia em que a temperatura é de 20ºC e vendê-lo num dia em que a temperatura é de 30ºC, estará ganhando quantos litros a mais? 02 03 04 05 Quando aquecemos uma barra de metal ela fica mais comprida por dilatação. Isto significa que a massa da barra aumentou? Um relógio de pêndulo extremamente preciso em uma dada cidade suíça foi trazido para o Brasil, para a cidade de Salvador/BA. Verifica que, apesar de todos os cuidados tomados no transporte do relógio, que o mesmo, aqui no Brasil, não apresenta a mesma pontualidade. Por que isto acontece? E o relógio em terras brasileiras atrasa-se ou adianta-se? Nas ilustrações das figuras, temos uma lâmina bimetálica composta de chumbo e bronze, coladas à temperatura T 0, cujos coeficientes médios de dilatação linear são respectivamente α Pb =2,9×10-5° C-1e α bronze =1,9×10-5 °C-1. Explique por que a lâmina se encurva. Qual o princípio em que se baseia a construção de um termômetro? Uma barra metálica se dilata numa única direção? Explique? 06 07 08 09 10 Dilatação Térmica 7 F ís ic a 01 (Unirio-RJ) A figura a seguir representa uma lâmina bimetálica. O coeficiente de dilatação linear do metal A é a metade do coeficiente de dilatação linear do metal B. À temperatura ambiente, a lâmina está na vertical. Se a temperatura for aumentada em 200°C, a lâmina: a) continuará na vertical. b) curvará para a frente. c) curvará para trás. d) curvará para a direita. e) curvará para a esquerda. (UFMG) O coeficiente de dilatação térmica do alumínio (Al) é, aproximadamente, duas vezes o coeficiente de dilatação térmica do ferro (Fe). A figura mostra duas peças onde um anel feito de um desses metais envolve um disco feito do outro. Á temperatura ambiente, os discos estão presos aos anéis. Se as duas peças forem aquecidas uniformemente, é correto afirmar que: a) apenas o disco de Al se soltará do anel de Fe. b) apenas o disco de Fe se soltará do anel de Al. c) os dois discos se soltarão dos respectivos anéis. d) os discos não se soltarão dos anéis. (UFRS) Uma barra retilínea e uniforme, feita de um material cujo coeficiente de dilatação linear é positivo e independente da temperatura, recebe calor de uma fonte térmica. Entre os gráficos a seguir, qual aquele que melhor representa a variação ∆L do comprimento da barra como função da variação ∆T de sua temperatura? 02 03 (UECE) Três barras retas de chumbo são interligadas de modo a formarem um triângulo isósceles de base 8cm e altura 10cm. Elevando-se a temperatura do sistema: a) a base e os lados se dilatam igualmente b) os ângulos se mantêm c) a área se conserva d) o ângulo do vértice varia mais que os ângulos da base (UEL-PR) Um recipiente de vidro de capacidade 2,0.102cm3 está completamente cheio de mercúrio, a 0°C. Os coeficientes de dilatação volumétrica do vidro e do mercúrio são, respectivamente, 4,0.10-5C°-1 e 1,8.10-4C°-1. Aquecendo o conjunto a 100°C, o volume de mercúrio que extravasa, em cm3, vale a) 2,8.10-4 b) 2,8.10-3 c) 2,8.10-2 d) 2,8.10-1 e) 2,8 (PUCCAMP-SP) As figuras mostram as variações do volume V dos corpos A e B, C e D e E e F em função da temperatura T. 04 05 06 Dilatação Térmica 8 F ís ic a Nessas situações, analise as afirmativas a seguir: I - A situação I pode ocorrer para dois sólidos de mesmo material. II - A situação II somente pode ocorrer se o coeficiente de dilatação de D for maior que o dobro do coeficiente de dilatação de C. III - A situação III somente ocorre se o coeficiente de dilatação de E for maior que o de F. Pode-se afirmar que SOMENTE a) I é correta. b) II é correta. c) III é correta. d) I e II são corretas. e) II e III são corretas. (Mackenzie-SP) No estudo dos materiais utilizados para a restauração de dentes, os cientistas pesquisam, entre outras características, o coeficiente de dilatação térmica. Se utilizarmos um material de coeficiente de dilatação térmica inadequado, poderemos provocar sérias lesões ao dente, como uma trinca ou até mesmo sua quebra. Neste caso, para que a restauração seja considerada ideal, o coeficiente de dilatação volumétrica do material de restauração deverá ser: a) igual ao coeficiente de dilatação volumétrica do dente. b) maior que o coeficiente de dilatação volumétrica do dente, se o paciente se alimenta predominantemente com alimentos muito frios. c) menor que o coeficiente de dilatação volumétrica do dente, se o paciente se alimenta predominantemente com alimentos muito frios. d) maior que o coeficiente de dilatação volumétrica do dente, se o paciente se alimenta predominantemente com alimentos muito quentes. e) menor que o coeficiente de dilatação volumétrica do dente, se o paciente se alimenta predominantemente com alimentos muito quentes. (UFPE) O gráfico abaixo apresenta a variação do comprimento L de uma barra metálica, em função da temperatura T. Qual o coeficiente de dilatação linear da barra, em °C-1? a) 1,00 × 10-5 b) 2,00 × 10-5 c) 3,00 × 10-5 d) 4,00 × 10-5 e) 5,00 × 10-5 (UFRS) Um recipiente de vidro, cujas paredes são finas, contém glicerina. O conjunto se encontra a 20°C. O coeficiente de dilatação linear do vidro é 27×10-6 °C-1 e o coeficiente de dilatação volumétrica da glicerina é 5,0×10-4 °C-1. Se a temperatura do conjunto se elevar para 60°C, pode-se afirmar que o nível da glicerina no recipiente a) baixa, porque a glicerina sofre um aumento de volume menor do que o aumento na capacidade do recipiente. b) se eleva, porque a glicerina aumenta de volume e a capacidade do recipiente diminui de volume. c) se eleva, porque apenas a glicerina aumenta de volume. d) se eleva, apesar da capacidade do recipiente aumentar. a) permanece inalterado, pois a capacidade do recipiente aumenta tanto quanto o volume de glicerina. (FGV-SP) O dono de um posto de gasolina recebeu 4000 litros de combustível por volta das 12 horas, quando a temperatura era de 35°C. Ao cair da tarde, uma massa polar vinda do Sul baixou a temperatura para 15°C e permaneceu até que toda a gasolina fosse totalmente vendida. Qual foi o prejuízo, em litros de combustível, que o dono do posto sofreu? (Dados: coeficiente de dilatação do combustível é de 1,0. 10-3 °C-1) a) 4l b) 80l c) 40l d) 140l e) 60l 07 08 09 10 (Fuvest-SP) Dois termômetros de vidro idênticos, umcontendo mercúrio (M) e outro água (A), foram calibrados em 0°C e 37°C, obtendo-se as curvas M e A, da altura da coluna do líquido em função da temperatura. A dilatação do vidro pode ser desprezada. Considere as seguintes afirmações: I - O coeficiente de dilatação do mercúrio é aproximadamente constante entre 0°C e 37°C. II - Se as alturas das duas colunas forem iguais a 10mm, o valor da temperatura indicada pelo termômetro de água vale o dobro da indicada pelo de mercúrio. Dilatação Térmica 9 F ís ic a III - No entorno de 18°C o coeficiente de dilatação do mercúrio e o da água são praticamente iguais. Podemos afirmar que só são corretas as afirmações a) I, II e III b) I e II c) I e III d) II e III e) I ................................................................................................................................................................................................... ................................................................................................................................................................................................... ................................................................................................................................................................................................... ................................................................................................................................................................................................... ................................................................................................................................................................................................... ................................................................................................................................................................................................... ................................................................................................................................................................................................... ................................................................................................................................................................................................... ................................................................................................................................................................................................... ................................................................................................................................................................................................... ................................................................................................................................................................................................... ................................................................................................................................................................................................... ................................................................................................................................................................................................... ................................................................................................................................................................................................... ................................................................................................................................................................................................... ................................................................................................................................................................................................... ................................................................................................................................................................................................... ................................................................................................................................................................................................... ................................................................................................................................................................................................... ................................................................................................................................................................................................... Gases F ís ic a GasesGasesGasesGasesGases Os gases se constituem num capítulo à parte da Física por possuírem características particulares. Para percebermos a importância dos gases, basta vermos que toda a camada que envolve o planeta, a atmosfera, é constituída de gases, tais como: oxigênio, hidrogênio, nitrogênio, gases nobres, entre outros. Muitos processos que envolvem transformações gasosas também são interessantes, tais como uma panela de pressão no fogo, o aquecimento dos gases que causam os ventos, a diferença de pressão que faz com que haja deslocamentos de massas gasosas, e que faz, entre muitas coisas, que haja poluição, devido à grande quantidade de gases expelidos pelas fábricas, causando estragos para a natureza. Gás: é uma substância que não possui forma e nem volume constante, adaptando-se à forma e ao volume do recipiente no qual está incluso. É constituído de pequenas moléculas que se movimentam desordenadamente. Estado do gás: um gás se define de acordo com certas variáveis, chamadas de variáveis de estado do gás. São elas: - pressão (p), que é o resultado do choque das moléculas contra as paredes do recipiente. Sua unidade pode ser N/m2 (chamada de Pascal) ou atm (atmosfera), ou ainda mmHg. A relação entre as unidades é: 1 atm = 10 5 N/m2 (Pa) ou 760 mmHg = 1 atm - volume (V), é o volume do recipiente que contém o gás. Sua unidade pode estar em m3 (metro cúbico) ou L (litros) - temperatura (T), mede o grau de agitação térmica das moléculas (sempre na escala Kelvin). Se estiver em outra escala temos que transformar para Kelvin. Existem duas categorias de gases: os gases reais e os gases ideais ou perfeitos. - Real: é o gás normal, onde existem interações entre suas moléculas, o que torna muito difícil seu estudo, porque, além das variáveis de estado, ainda temos que nos preocupar com estas interações. - Ideal: neste tipo de gás, podemos desprezar as interações entre as suas moléculas, e nos preocuparmos somente com as variáveis de estado. Iremos considerar um gás real como ideal, sob duas condições: → baixas pressões; → altas temperaturas. Para encontrarmos a equação dos gases, precisamos ainda de um conceito da química, chamado “mol” (n), que expressa uma certa quantidade de moléculas. Mol é a quantidade padrão de moléculas de um gás. Quando temos um mol de um certo gás, dizemos que temos 6,02 x 10 23 moléculas deste gás. 1 mol = 6,02 x 10 23 moléculas Podemos calcular o número de mols n (plural de mol) de uma substância pela relação: n = m M Onde: n = n° de mols da substância m = massa em gramas M = massa molecular do gás em grama/mol. Figura 02 : moléculas do gás se movimentando fig. 01:gases em movimento no dia-a-dia 1 af.fisica parte 3.pmd 7/13/2004, 2:57 PM2 Gases F ís ic a Obs.: A massa molecular (M) é a massa em gramas de uma molécula, obtida multiplicando-se as massas em gramas dos átomos pelo respectivo número de átomos presentes na molécula: Exemplo: H 2 O → 2 x 1g + 1 x 16g = M = 18 g/mol EQUAÇÃOGERAL DOS GASES IDEAIS (EQUAÇÃO DE CLAPEYRON) Verificando a dependência entre as variáveis de estado, Paul-Emile Clapeyron, físico francês, estabeleceu a relação entre as variáveis de estado de um gás ideal. A relação é: p . V = n . R . T onde: p = pressão do gás V = Volume do gás n = número de mols do gás R = Constante universal dos gases perfeitos. T = temperatura absoluta do gás. A constante universal dos gases ideais pode admitir dois valores: 1°) Se o volume for dado em m3, e a pressão em N/m2, utilizamos R como sendo igual à: R = 8,31 J/K.mol 2°) Se o volume for dado em L, e a pressão em atm, utilizamos R como sendo igual à: R = 0,082 atm.L/K.mol Estas constantes foram obtidas nas chamadas CNTP (Condições Normais de Temperatura e Pressão). São elas: p = 1 atm T = 0°C (273K) Ainda em CNTP, podemos dizer que um mol de moléculas de gás ocupa 22,4 litros de volume. Observação: - os gases se dilatam igualmente, não importando que sejam gases diferentes. - Para R = 0,082, ficamos com a equação resumida: p . V = n . 0,082 T TRANSFORMAÇÕES GASOSAS Se um gás possui um certo conjunto de valores das variáveis de estado e, no mínimo, duas delas sofrerem alterações, dizemos que o gás passou de um estado para outro, isto é , sofreu uma transformação gasosa: ESTADO 1 ESTADO 2 p 1 , V 1 , T 1 p 2 , V 2 , T 2 Figura 03 : Transformação do gás de um estado a outro com mudança das variáveis de estado Na maioria das vezes, quando um gás passa de um estado para outro, uma das variáveis permanece constante, simplificando os cálculos. Temos três tipos particulares de transformações gasosas: →Transformação ISOTÉRMICA; → Transformação ISOBÁRICA; → Transformação ISOVOLUMÉTRICA. Vejamos cada caso: TRANSFORMAÇÃO ISOTÉRMICA (T = constante): Um gás pode passar de um estado para outro de maneira que sua temperatura permaneça constante. Para isto ocorrer, na experiência abaixo foi adicionada lentamente pressão sobre o embolo, para que se mantivesse o equilíbrio térmico: Figura 04 : transformação isotérmica 2 af.fisica parte 3.pmd 7/13/2004, 2:57 PM3 Gases F ís ic a Percebemos que, à medida que aumenta a pressão, o volume diminui, ou seja, p e V são inversamente proporcionais, isto quer dizer: p. V = constante Esta relação é conhecida como Lei de Boyle Ou seja: p 1 .V 1 = p 2 . V 2 TRANSFORMAÇÃO ISOBÁRICA (P = CONSTANTE) Quando o gás é aquecido e está num recipiente com um êmbolo móvel, sofre uma mudança de estado, passando a ocupar um volume maior, mas, no entanto, a pressão externa sobre ele não se altera. Se o gás passar de um estado para outro sem alterar a pressão, dizemos que ele sofreu uma transformação isobárica, conforme o desenho abaixo: F igura 05: Gás so f rendo aumento de vo lume à pressão constante Percebemos que, à medida que se aumenta a temperatura, aumenta o volume do gás, ou seja, o volume é diretamente proporcional à temperatura. Sendo assim, podemos afirmar que: V = constante T Esta relação é conhecida como Lei de Gay-Lussac Ou seja: V 1 = V 2 T 1 T 2 TRANSFORMAÇÃO ISOVOLUMÉTRICA (OU ISOCÓRICA) (V = CONSTANTE) Existe uma transformação em que o gás é aquecido ou resfriado e o mesmo se encontra num recipiente fechado. Se o gás passar de um estado para outro e o volume não se alterar, dizemos que ocorreu uma transformação isovolumétrica, conforme segue: P 1 , T 1 , V P 2 , T 2 , V calor Figura 06 : Transformação do gás de um estado a outro com volume constante Conforme vemos, se aquecermos ou resfriarmos um gás confinado numa caixa de volume fixo, sua pressão se altera, bem como sua temperatura, nos levando à seguinte conclusão: p = constante T Esta relação é conhecida como Lei de Charles Ou seja: p 1 = p 2 T 1 T 2 O EFEITO ESTUFA FAZ MAL? O efeito estufa é um fenômeno natural, ou seja, existe na natureza, independente da ação do homem e das atividades econômicas. Ele é causado pela presença de determinados gases na atmosfera terrestre e, por este motivo, estes gases são chamados de gases de efeito estufa. Sem a ajuda do efeito estufa, o Sol não conseguiria aquecer a Terra o suficiente para que ela fosse habitável, pois a temperatura média do planeta estaria em torno de 17 ºC negativos e sua superfície coberta de gelo. O efeito estufa garante que a temperatura média do planeta esteja atualmente próxima aos 15 ºC, portanto mais ou menos 32 ºC acima do que seria sem ele. Além disso, sem o efeito estufa, o planeta estaria sujeito a variações bruscas de temperatura entre a noite e o dia, como acontece na lua e também nos desertos. As figuras acima nos ajudam a compreender o funcionamento do efeito estufa. Os raios de luz penetram 3 af.fisica parte 3.pmd 7/13/2004, 2:57 PM4 Gases F ís ic a 01 02 a atmosfera, atingem a superfície da Terra (figura 1) e voltam ao espaço (figura 2). Ao atingir a superfície do planeta, esses raios mudam de características físicas e transformam-se em calor. Uma parte deste calor emitida, agora, pela Terra e que está prestes a retornar para o espaço é aprisionada na atmosfera (figuras 2 e 3) justamente devido à presença dos gases de efeito estufa. O efeito estufa pode ser definido de várias formas. A grosso modo, consiste no aprisionamento na atmosfera de parte do calor gerado pela interação da luz solar com a atmosfera com a superfície da Terra e refletido de volta ao espaço. Podemos visualizar e entender o efeito estufa, quando entramos em um carro estacionado por algumas horas sob o sol. Ao abrirmos a porta, sentimos imediatamente a temperatura muito quente do ar, contrastando com a temperatura fora do carro. Isto acontece, devido ao aprisionamento do calor no interior do carro. Os vidros do carro agem de forma parecida a atmosfera terrestre, isto é, permitem que a luz do sol ingresse, mas impedem que o calor saia. Este é também o princípio exato de uma estufa. Veja quais são os gases que provocam o efeito estufa: - Vapor d'água (H 2 0) - Ozônio (O 3 ) - Dióxido de carbono (CO 2 ) - Metano (CH 4 ) - Óxido Nitroso (N 2 0) - Clorofluorcarbonos (CFCs) - Hidrofluorcarbonos (HFCs) - Perfluorcarbonos (PFCs) Um recipiente cúbico de aresta 20cm contém um gás à pressão de 0,8 atm. Para outro cubo de aresta 40cm, qual será a pressão do gás mantendo-se constante a sua temperatura? V 1 = 20 x 20 x 20 = 8.000 cm3 V 2 = 40 x 40 x 40 = 64.000 cm3 p 1 = 0,8 atm p 1 .V 1 = p 2 . V 2 0,8 . 8.000 = p 2 . 64.000 p 2 = 0,1 atm Com base no gráfico a seguir, que representa uma transformação isovolumétrica de um gás ideal, podemos afirmar que, no estado B, a temperatura é de: T 1 = 273 + 20 = 293K p 1 = p 2 T 1 T 2 2 = 4 293 T 2 T 2 = 586K ou 313°C Uma massa de ar ocupava um volume de 1 L, quando a sua temperatura e sua pressão eram, respectivamente, iguais a 20°C e 1 atm. Esta massa de gás foi comprimida isotermicamente até ocupar um volume de 0,5 L. a)Qual a temperatura da massa de gás no final do processo? Como é uma transformação isotérmica, a temperatura no estado inicial e no estado final do gás é a mesma, ou seja: 20°C, que equivalem a 293K (Kelvin) b) Qual a pressão da massa de ar no final do processo? p 1 .V 1 = p 2 . V 2 1 . 1 = p 2 . 0,5 p 2 = 2 atm 03 1 2 3 4 af.fisica parte 3.pmd 7/13/2004, 2:57 PM5 Gases F ís ic a 01 Sob pressão de 5 atm e à temperatura de 0o C, um gás ocupa o volume de 45 litros. Determine sob que pressão o gás ocupará o volume de 30 litros, se for mantida constante a temperatura. Na temperatura de 300 K e sob pressão de 1 atm, uma massa de gás perfeito ocupa o volume de 10 litros. Calcule a temperatura do gás quando, sob pressão de 2 atm, ocupar o volume de 20 litros. Num recipiente de volume constante é colocado um gás à temperatura de 400 K e pressão de 75 cmHg. Qual é a pressão à temperatura de 1200 K? Um gás perfeito está sob pressão de 20 atm, na temperatura de 200 K e apresenta um volume de 40 litros. Se o referido gás tiver sua pressão alterada para 40 atm, na mesma temperatura, qual será o novo volume? O gás de um dos pneus de um jato comercial em vôo encontra-se à temperatura de -33°C. Na pista, imediatamente após o pouso, a temperatura do gás encontra-se a +87°C. a) Transforme esses dois valores de temperatura para a escala absoluta. b) Supondo que se trate de um gás ideal e que o volume do pneu não varia, calcule a razão entre as pressões inicial e final desse processo. Colocamos no interior de um recipiente de 41 litros, 320 gramas de oxigênio (Massa Molecular M = 32 g/ mol) à 127°C. a) Qual o número de mols n do gás? b) Qual a pressão do gás? Um gás perfeito à pressão de 1 atm ocupa um volume de 4 litros. Ele sofre uma transformação isotérmica e o seu volume atinge 10 litros. Determine a nova pressão do gás. Zequinha é apaixonado por jogar futebol. Certo dia, ele combinou com seus amigos jogar uma partida na quadra de seu prédio, à noite. Durante a tarde ele procurou sua bola e encontrou-a ao Sol, verificando que estava bem cheia. No entanto, à noite, seus amigos reclamaram que ele poderia ter enchido melhor a bola. Sabendo que na noite do jogo estava bem frio, como você explicaria o fato da bola ter ficado um pouco murcha? Qual variável de estado permanece constante na transformação gasosa: a) isobárica b) isovolumétrica c) isotérmica Quais são as condições para que possamos considerar um gás real como sendo um gás ideal ou perfeito? 02 03 04 05 06 07 08 09 10 01 (PUC-RJ) Uma câmara fechada, de paredes rígidas contém ar e está sob pressão atmosférica e à temperatura de 20°C. Para dobrar a pressão na câmara, o ar deve ser esquentado para: a) 546°C b) 586°C c) 40°C d) 293°C e) 313°C (Unirio-RJ) Certa massa de gás ideal sofre uma transformação isobárica na qual sua temperatura absoluta é reduzida à metade. Quanto ao volume desse gás, podemos afirmar que irá: a) reduzir-se à quarta parte. b) reduzir-se à metade. c) permanecer constante. 02 d) duplicar. e) quadruplicar. (Cesgranrio-RJ) Um gás ideal evolui de um estado A para um estado B, de acordo com o gráfico representado a seguir. A temperatura no estado A vale 80K. 03 5 af.fisica parte 3.pmd 7/13/2004, 2:57 PM6 Gases F ís ic a Logo, sua temperatura no estado B vale: a) 120K. b) 180K. c) 240K. d) 300K. e) 360K (UECE) Uma dada massa de gás ideal sofreu evolução termodinâmica que a levou de um estado inicial de equilíbrio P situado no plano pressão x volume, para um estado final de equilíbrio Q, conforme a figura. Se no estado inicial P a temperatura era 100K, no estado final Q a temperatura é: a) 200 K b) 350 K c) 400 K d) 700 K (Mackenzie-SP) Um gás perfeito a 27°C apresenta volume de 600cm3 sob pressão de 2,0 atm. Ao aumentarmos a temperatura para 47°C e reduzirmos o volume para 400cm3, a pressão do gás passará para: a) 4,0 atm. b) 3,2 atm. c) 2,4 atm. d) 1,6 atm. e) 0,8 atm. (PUC-RJ) Nas panelas de pressão utilizadas para cozinhar alimentos: I) a temperatura dos alimentos aumenta enquanto a pressão interna se mantém constante; II) a temperatura dos alimentos se mantém constante enquanto a pressão interna aumenta; III) a temperatura e a pressão do vapor interno aumentam até o vapor ser expelido pela válvula de segurança; IV) a válvula de segurança se abre devido à pressão exercida contra as paredes pelos alimentos sólidos; V) a temperatura de ebulição da água é maior pois a pressão interna é maior. 04 A(s) afirmativa(s) correta(s) é(são): a) II e III. b) III e V. c) III. d) II e V. e) I e IV. (PUC-SP) Uma câmara de volume constante contém um mol de um gás ideal a uma pressão de 0,50 atm. Se a temperatura da câmara for mantida constante e mais dois mols do mesmo gás forem nela injetados, sua pressão final será a) 1,50 atm. b) 1,00 atm. c) 0,50 atm. d) 1,75 atm. e) 0,75 atm. (UEL-PR) Um recipiente rígido de 50 litros contém gás perfeito à pressão de 0,80 atm e temperatura de 27°C. Quando a temperatura aumentar para 57°C, a pressão, em atmosferas, aumentará para a) 0, 88 b) 0,92 c) 0, 96 d) 1,0 e) 1,3 (UFRN) Preocupado com a inclusão dos aspectos experimentais da Física no programa do Processo Seletivo da UFRN o- professor Samuel Rugoso quis testar a capacidade de seus alunos de prever os resultados de uma experiência por ele imaginada. Apresentou-lhes a seguinte situação: Num local, ao nível do mar, coloca-se um frasco de vidro (resistente ao fogo) com água até a metade, sobre o fogo, até a água ferver. Em seguida, o frasco é retirado da chama e tampado com uma rolha que lhe permite ficar com a boca para baixo sem que a água vaze. Espera-se um certo tempo até que a água pare de ferver. O professor Rugoso formulou, então, a seguinte hipótese: “Se prosseguirmos com a experiência, derramando água fervendo sobre o frasco, a água contida no mesmo não ferverá; mas, se, ao invés disso, derramarmos água gelada, a água de dentro do frasco ferverá” (ver ilustração a seguir) 05 06 07 08 09 6 af.fisica parte 3.pmd 7/13/2004, 2:57 PM7 Gases F ís ic a A hipótese do professor Rugoso é: a) correta, pois o resfriamento do frasco reduzirá a pressão em seu interior, permitindo, em princípio, que a água ferva a uma temperatura inferior a cem graus centígrados. b) errada, pois, com o resfriamento do frasco, a água não ferverá, porque, em princípio, haverá uma violação da lei de conservação da energia. c) correta, pois a entropia do sistema ficará oscilando, como é previsto pela segunda lei da termodinâmica. d) errada, pois o processo acima descrito é isobárico, o que torna impossível a redução da temperatura de ebulição da água. (UFSM-RS) As variáveis que podem definir os estados possíveis para 1 mol de gás ideal são: a) calor, massa e volume. b) temperatura, densidade e pressão. c) temperatura, pressão e volume. d) densidade, pressão e calor. e) densidade, massa e calor. 10 (UEL-PR) Dois recipientes I e II estão interligados por um tubo de volume desprezível dotado de torneira T, conforme esquema a seguir Num determinado instante o recipiente I contém 10 litros de um gás, à temperatura ambiente e pressão de 2,0 atm, enquanto o recipiente II está vazio. Abrindo-se a torneira, o gás se expande exercendo pressão de 0,50 atm, quando retornar à temperatura ambiente. O volume do recipiente II, em litros,vale: a) 80 b) 70 c) 40 d) 30 e) 10 ................................................................................................................................................................................................... ................................................................................................................................................................................................... ................................................................................................................................................................................................... ................................................................................................................................................................................................... ................................................................................................................................................................................................... ................................................................................................................................................................................................... ................................................................................................................................................................................................... ................................................................................................................................................................................................... 7 af.fisica parte 3.pmd 7/13/2004, 2:57 PM8 Termodinâmica 1 F ís ic a TTTTTermodinâmicaermodinâmicaermodinâmicaermodinâmicaermodinâmica Sempre que apreciamos uma “Maria-fumaça” nos perguntamos como algo tão grande e pesado consegue se mover com tanta facilidade sobre os trilhos. Ela é uma chamada máquina térmica, que utiliza a transformação do calor em trabalho. Este ramo da Física passou por grande evolução na época da Revolução Industrial, ocorrida na Europa no século XVIII. Menos homens trabalhando, mais trabalho e com mais qualidade, assim pensavam os inventores das máquinas térmicas, objetos de estudo da Termodinâmica. Termodinâmica: É o ramo da Física que estuda a relação entre a mecânica e a termologia, pois estuda as relações entre trabalho (τττττ) e as trocas de calor com o sistema, verificando também a variação de energia interna. 1ª LEI DA TERMODINÂMICA Para entendermos como funciona uma máquina térmica, precisamos conhecer alguns conceitos: - Sistema: tudo aquilo que observamos e estudamos ( as máquinas térmicas, por exemplo). - Vizinhança: todo o restante do universo, sem o sistema (uma fonte que fornece calor para o sistema, por exemplo). ENERGIA INTERNA DO GÁS Energia Interna de um gás (U): A origem da palavra gás é alemã, Geist que significa espírito. As moléculas de um gás não são muito coesas. Isto faz com que elas tenham movimentação contínua e desordenada. Conseqüentemente, o gás tende a se expandir, ocupando todo o espaço do recipiente que o contém. O gás também possui a propriedade de compressibilidade e expansibilidade. As moléculas do gás, devido às colisões entre si e com as paredes do recipiente, modificam constantemente a direção e a velocidade do seu movimento, causando uma variação na energia cinética média de cada uma delas. A energia cinética média é diretamente proporcional à temperatura absoluta do gás. n = nº de mols do gás; R = constante universal dos gases T = temperatura absoluta do gás GÁS IDEAL São gases fictícios que agem conforme as regras abaixo, em algumas situações os gases reais comportam- se praticamente como ideais: - As moléculas constituintes do gás encontram-se em movimento contínuo e desordenado; - Não existem forças de coesão entre as moléculas; - O volume da molécula é desprezível comparado ao do gás; - Há choques constantes entre as moléculas e as paredes do recipiente que são perfeitamente elásticos, não havendo perda de energia pelo sistema. Variação da ENERGIA INTERNA (∆U): É a variação da energia cinética das moléculas de um gás, dentro de um sistema. E nRT c = 3 2 Termodinâmica 2 F ís ic a Observe o esquema: Sistema recebe calor (Q) Aumenta Energia Interna (∆U>0) Aumenta a Temperatura (∆T>0) Sistema cede calor (Q) Diminui Energia Interna (∆U<0) Diminui a Temperatura (∆T<0) Se um sistema receber (ou ceder) calor ele pode ter sua energia interna aumentada (ou diminuída). Resumindo: ∆U → aumenta (+) ∆T→ aumenta ∆U → diminui (-) ∆T→ diminui ∆U = 0 (não varia) ∆T= 0 (não varia) TRABALHO TERMODINÂMICO O trabalho, τ, é uma grandeza física vista na mecânica que está associada a uma força (F) que realiza um deslocamento (∆x). Como relacionamos o trabalho na termodinâmica? Quando o gás recebe calor, pode se expandir, o que causa uma força nas paredes do recipiente em que ele está contido, ocasionando a movimentação de um êmbolo, ou parede móvel, que o recipiente tenha. Assim, o gás realiza trabalho. Exemplo: Um gás confinado em um sistema, quando recebe uma quantidade de calor, aumenta de volume, realizando uma expansão. Imagine um gás dentro de um recipiente provido de um êmbolo móvel, recebendo calor: F igura 01 - Gás rea l i zando t raba lho à pressão constante τ = −p V V f i .( ) Q Q → Se o êmbolo é móvel o gás realiza um trabalho com pressão constante, temos: → Essa expressão é utilizada para se calcular o trabalho de uma expansão isobárica, onde: t = trabalho realizado pelo sistema p = pressão (constante) V f = volume final (após a expansão) V i = volume inicial (antes da expansão) IMPORTANTE: → A temperatura, quando utilizada deve estar, obrigatoriamente na escala Kelvin: T K = t C + 273 → Antes de substituir-se valores na equação da 1ª Lei, devemos fazer uma análise energética das grandezas, pois elas podem assumir valores positivos ou negativos. Observe as variáveis do sistema termodinâmico: Vizinhança Recebe Q Realiza τττττ Analisando as ilustrações acima, podemos perceber que: Q = τττττ + DU Que é conhecida como a 1ª lei da termodinâmica, onde: Q = calor recebido ou cedido pelo sistema τττττ = trabalho realizado pelo ou sobre o sistema ∆U = variação da energia interna (alguns autores usam ∆E) Obs.: Para as 3 grandezas acima, utilizamos a unidade do sistema Internacional para Energia e Trabalho que é o Joule (J). Algumas vezes, podemos encontrar também a caloria (cal), lembrando que 1 cal = 4,2 J, aproximadamente. Sendo assim, podemos estabelecer a seguinte convenção de sinais: Sistema recebe calor → Q + Sistema cede calor → Q - Sistema recebe trabalho → τττττ - Sistema realiza trabalho → τ τ τ τ τ + Sistema ∆U Termodinâmica 3 F ís ic a GRÁFICOS DA PRESSÃO PELO VOLUME, DE CICLOS TERMODINÂMICOS Ciclo: ocorre quando um sistema sai e retorna ao mesmo estado, de forma que seu estado inicial e final são iguais. Obs.: no ciclo fechado ∆U = 0 Quando uma máquina realiza tranformações termodinâmicas, ou seja, o gás passa de um estado para outro, podemos representar estes estados do sistema através de gráficos. Observe o exemplo: � Do estado A até o estado B, o gás não realiza trabalho, pois o volume não se altera. � Do estado B até o estado C, o gás realiza trabalho positivo (expansão), pois o volume aumenta. � Do estado C até o estado A, o gás recebe trabalho (τ τ τ τ τ = negativo), pois o volume diminui, sob pressão constante. Podemos calcular o trabalho realizado por um sistema ou recebido pelo sistema, atravésda área sob os gráficos: Ciclo horário: τ τ τ τ τ positivo V Ciclo anti-horário: τ τ τ τ τ negativo Figura 02: Gráficos de transformações cíclicas de um gás. A 2ª lei da termodinâmica diz respeito ao rendimento de uma máquina térmica. Será que todo o calor recebido por uma máquina se transforma integralmente em trabalho? Basta colocarmos nossa mão num motor em funcionamento que percebemos a energia degradada em virtude do atrito que as peças da máquina tem. Portanto, uma máquina térmica recebe uma certa quantidade de energia, realiza trabalho e perde, ou degrada, uma certa quantidade de energia. Máquina térmica: é toda aquela que transforma a energia recebida de uma fonte quente em trabalho, e cede, ou degrada, parte dessa energia para uma fonte fria. F igura 03: Esquema de uma máquina térmica . Observamos que o trabalho é equivalente à diferença entre os calores: τ τ τ τ τ = Q 1 – Q 2 Para calcularmos o rendimento de uma máquina, que é o objetivo da 2ª Lei da termodinâmica, basta dividirmos a energia útil pela energia total, ou seja: η = E ÚTIL E TOTAL A energia útil é o trabalho realizado, e a energia total é o calor recebido pela fonte quente: η = τ Q 1 Substituindo o trabalho na equação do rendimento, temos: η = Q 1 – Q 2 Q 1 Termodinâmica 4 F ís ic a E assim chegamos à: η = 1 – Q 2 Q 1 Onde: η = rendimento da máquina (alguns autores usam a letra r) Q 1 = calor da fonte quente Q 2 = calor da fonte fria CICLO DE CARNOT Se uma máquina funcionasse segundo a máquina idealizada por Nicolas Leonardi Sadi Carnot, físico e engenheiro francês, esta máquina teria o maior rendimento possível, porém jamais atingindo 100%. Ela funcionaria segundo o gráfico abaixo: Fig 04: O Ciclo de Carnot é constituído por quatro transformações: Duas transformações adiabáticas altenadas com duas transformações isotérmicas. Obs.: transformação adiabática é aquela em que o gás dentro de um sistema passa de um estado para o outro sem trocar calor com o meio externo (a vizinhança), isto é Q = 0. Observe o ciclo: - A → B: o sistema transforma o calor recebido de uma fonte quente em trabalho → ocorre uma expansão isotérmica. - B → C: realizando trabalho, o sistema tem sua temperatura diminuída de T 1 para T 2 → ocorre uma expansão adiabática. - C → D: o trabalho é realizado sobre o sistema, diminuindo o volume → ocorre uma compressão isotérmica. - D → A: a temperatura aumenta de T 2 para T 1 , utilizando a energia interna do sistema gasoso → ocorre uma compressão adiabática. Conclusões de Carnot: - É impossível uma máquina, que opere em ciclos, aproveitar todo o calor recebido para realizar um trabalho termodinâmico - Podemos calcular o rendimento da máquina através das diferenças de temperatura entre as fontes quente e fria. Desta forma o rendimento (η) de uma máquina térmica pode ser dado por: η = 1 – T 2 T 1 Onde: η = rendimento da máquina T 1 = temperatura da fonte quente. T 2 = temperatura da fonte fria. Da expressão acima, se obtém um número decimal, que deve ser multiplicado por 100% para que se obtenha rendimento da máquina em %, comumente utilizado nos problemas. Igualando as expressões: η = 1 – Q 2 com η = 1 – T 2 Q 1 T 1 Chegamos à seguinte expressão: Q 1 = T 1 Q 2 T 2 Logo: “É impossível construir uma máquina que, operando em ciclos, transforme todo o calor recebido de uma fonte quente em trabalho.” Termodinâmica 5 F ís ic aMÁQUINA TÉRMICA EM NOSSAS CASAS Uma das máquinas mais utilizadas hoje em dia é o refrigerador. Sua invenção foi realmente de grande ajuda para as pessoas, que passaram a preservar seus alimentos por mais tempo. O refrigerador parte de um princípio muito simples: se o calor não sai espontaneamente de um corpo frio para um corpo quente, nós vamos forçá-lo a sair! Em vez de o gás realizar trabalho, nós realizaremos trabalho sobre ele! Como isso é feito? Trata-se de outro processo em que ocorrem transformações gasosas. Sabemos que, quando expandimos um gás, sua pressão diminui, assim como sua temperatura. Por um cano fino que passa pelo interior da geladeira, um gás é solto e se expande a baixa pressão. Nessa expansão, a temperatura do gás diminui. Com isso, o gás retira calor do ambiente que está à sua volta, ou seja, do interior da geladeira. Um compressor que está na geladeira comprime o gás (freôn, em geral) que se encontra numa câmara. Você pode observar que atrás de sua geladeira existe outro cano, fino e comprido, por onde o gás sai do interior da geladeira. Ele libera o calor para a atmosfera, para novamente repetir o processo. Calcule o trabalho realizado por um gás que está com um volume de 8 x 10-6 m3, sob pressão constante de 2 x 105 N/m2, para que ele passe a ocupar um volume de 13 x 10-6 m3. ∆V = 13 x 10-6 - 8 x 10-6 = 5 x 10-6 m3 τ = p . ∆V τ = 2 x 105 . (5 x 10-6) τ = 1 J Um sistema recebe 200 cal de calor de uma fonte externa. Use 1 cal = 4,2 J. Determine: a) Qual o trabalho realizado numa expansão isotérmica? ∆U = 0 (isotérmica) Q = 840J Q = τ + ∆U 840 = τ + 0 τ = 840 J 01 02 Termodinâmica 6 F ís ic a b) Qual a variação da energia interna se fosse uma transformação isovolumétrica? ∆V = 0 → t = 0 Q = t + ∆U 840 = 0 + ∆U ∆U = 840 J 03) Uma máquina que opera segundo o ciclo de Carnot (rendimento máximo) recebe 1000 J de calor em cada ciclo, de uma fonte quente que está a 800 K de temperatura e cede calor para uma fonte fria que está a 400 K de temperatura. Calcule: a) o calor cedido à fonte fria. Q 1 = T 1 Q 2 T 2 1000 = 800 Q 2 400 03 Q 2 = 1000 x 400 = 500J 800 Q 2 = 500J b) o trabalho realizado em cada ciclo. Num ciclo fechado temos que ∆U = 0. Q = τ + ∆U 1000 = τ + 0 τ = 1000 J c) o rendimento da máquina. η = 1 – 400 800 η = 1 – 1 2 η = 0,5 = 50% 01 Qual é a variação de energia interna de um gás ideal sobre o qual é realizado um trabalho de 80 J durante uma compressão isotérmica? Um mol de gás ideal sofre transformação A→B→C indicada no diagrama pressão x volume da figura a seguir. a) Qual é a temperatura do gás no estado A? b) Qual é o trabalho realizado pelo gás na expansão A→B ? c) Qual é a temperatura do gás no estado C? Dado: R (constante dos gases)=0,082 atm.l/ mol K=8,3J/mol K O trabalho realizado pelo sistema no ciclo vale, em joules: 02 03 Quais os rendimentos máximos das “máquinas térmicas” que operam entre as temperaturas de 50°C e 0°C e daquelas que operam entre as temperaturas de 100°C e 50°C? Os automóveis atuais começam a ser feitos de outros materiais que não metais. Nos motores destes veículos a presença de materiais cerâmicos e plásticos industriais é cada vez mais comum. Que vantagemestes novos materiais apresentam em relação aos materiais tradicionais? Uma máquina recebe da fonte quente 1000 J por ciclo. Se em cada ciclo o trabalho realizado é de 200 J, qual a quantidade de calor que deve ser rejeitada para a fonte fria? 04 05 06 Termodinâmica 7 F ís ic a O rendimento de uma máquina térmica é de 20%. Se em cada ciclo a máquina recebe da fonte quente 200 J de calor, qual o trabalho realizado por ela, em cada ciclo? Qual é a variação da energia interna, numa transformação cíclica de um sistema? Se uma máquina térmica recebe da fonte quente 200 J de calor e realiza um trabalho de 200 J, qual lei da termodinâmica está sendo desrespeitada? 07 A figura representa, num diagrama p-V, uma expansão de um gás ideal entre dois estados de equilíbrio termodinâmico, A e B. A quantidade de calor cedida ao gás durante esta expansão foi 5,0×103J. Calcule a variação de energia interna do gás nessa expansão. 10 08 01 09 (UEL-PR) Uma máquina térmica de Carnot é operada entre duas fontes de calor a temperaturas de 400 K e 300 K. Se, em cada ciclo, o motor recebe 1200 calorias da fonte quente, o calor rejeitado por ciclo à fonte fria, em calorias, vale: a) 300 b) 450 c) 600 d) 750 e) 900 (ENEM) A refrigeração e o congelamento de alimentos são responsáveis por uma parte significativa do consumo de energia elétrica numa residência típica. Para diminuir as perdas térmicas de uma geladeira, podem ser tomados alguns cuidados operacionais: I. Distribuir os alimentos nas prateleiras deixando espaços vazios entre eles, para que ocorra a circulação do ar frio para baixo e do quente para cima. II. Manter as paredes do congelador com camada bem espessa de gelo, para que o aumento da massa de gelo aumente a troca de calor no congelador. III. Limpar o radiador (“grade” na parte de trás) periodicamente, para que a gordura e o poeira que nele se depositam não reduzam a transferência de calor para o ambiente. Para uma geladeira tradicional é correto indicar, apenas, a) a operação I b) a operação II. c) as operações I e II. d) as operações I e III. e) as operações II e III. (UFSM-RS) Assinale verdadeira (V) ou falsa (F) em cada uma das afirmativas. ( ) É impossível transferir energia na forma de calor de um reservatório térmico à baixa temperatura para outro com temperatura mais alta. ( ) É impossível construir uma máquina térmica que, operando em ciclos, transforme em trabalho toda a energia a ela fornecida na forma de calor. ( ) Em uma expansão adiabática de um gás ideal, o trabalho é realizado às custas da diminuição da energia interna do gás. ( ) Em uma expansão isotérmica de um gás ideal, o trabalho é realizado às custas da diminuição da energia interna do gás. A seqüência correta é: a) F - V - F - V. b) F - V - V - F. c) F - F - V - V. d) V - F - F - V. e) V - F - V - F. (UFMG) A Primeira Lei da Termodinâmica estabelece que o aumento ∆U da energia interna de um sistema é dado por ∆U = ∆Q - ∆T, onde ∆Q é o calor recebido pelo sistema, e ∆T é o trabalho que esse sistema realiza. Se um gás real sofre uma compressão adiabática, então: a) ∆Q = ∆U. b) ∆Q = ∆T. c) ∆T = 0. d) ∆Q = 0. e) ∆U = 0. 02 03 04 Termodinâmica 8 F ís ic a (FGV-SP) É dado um sistema S ideal constituído por: I. um cilindro; II. um pistão; e III. uma massa invariável de gás, aprisionado pelo pistão no cilindro. Admita positiva toda energia fornecida a S e negativa a que é fornecida por S. Considere Q e T, respectivamente, calor e trabalho trocados por S. Nessas condições é correto que, para S, qualquer que seja a transformação a) isométrica, Q e T são nulos. b) a soma T+ Q é igual a zero. c) adiabática Q=0 e T pode ser nulo. d) isobárica, T+ Q=0. e) isotérmica, Q=0 e T pode ser nulo. (Ufflumi-RJ ) O gráfico representa a transformação de um gás ideal que passa do estado I para o estado II e, depois, do estado II para o estado III. Para que o gás passe do estado I para o II, é necessário que se lhe forneçam 100kJ de calor; para que passe do estado II para o III, que se lhe retirem 50kJ de calor. Sabe-se que a pressão do gás no estado I é de 100kPa. Pode-se afirmar que a variação da energia interna do gás ao passar do estado I para o III é igual a: a) zero b) -200 kJ c) -50 kJ d) -140 kJ e) -150 kJ (UFRS) Enquanto se expande, um gás recebe o calor Q = 100 J e realiza o trabalho t = 70 J. Ao final do processo, podemos afirmar que a energia interna do gás: a) aumentou 170 J. b) aumentou 100 J. c) aumentou 30 J. d) diminuiu 70 J. e) diminuiu 30 J. 05 06 (UEM-PR) Uma determinada máquina térmica deve operar em ciclo entre as temperaturas de 27°C e 227°C. Em cada ciclo ela recebe 1000 cal da fonte quente. O máximo de trabalho que a máquina pode fornecer por ciclo ao exterior, em calorias, vale a) 1000 b) 600 c) 500 d) 400 e) 200 (UECE) Uma garrafa hermeticamente fechada contém 1 litro de ar. Ao ser colocada na geladeira, onde a temperatura é de 3°C, o ar interno cedeu 10 calorias até entrar em equilíbrio com o interior da geladeira. Desprezando-se a variação de volume da garrafa, a variação da energia interna desse gás foi: a) - 13 cal b) 13 cal c) - 10 cal d) 10 cal (PUCCAMP-SP) O esquema a seguir representa trocas de calor e realização de trabalho em uma máquina térmica. Os valores de T 1 e Q 2 não foram indicados, mas deverão ser calculados durante a solução desta questão. Considerando os dados indicados no esquema, se essa máquina operasse segundo um ciclo de Carnot, a temperatura T 1 , da fonte quente, seria, em Kelvins, igual a: a) 375 b) 400 c) 525 d) 1200 e) 1500 07 08 09 10 Termodinâmica 9 F ís ic a ................................................................................................................................................................................................... ................................................................................................................................................................................................... ................................................................................................................................................................................................... ................................................................................................................................................................................................... ................................................................................................................................................................................................... ................................................................................................................................................................................................... ................................................................................................................................................................................................... ................................................................................................................................................................................................... ................................................................................................................................................................................................... ...................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................... ................................................................................................................................................................................................... ................................................................................................................................................................................................... ................................................................................................................................................................................................... ................................................................................................................................................................................................... ................................................................................................................................................................................................... ................................................................................................................................................................................................... (Fatec-SP) Um gás ideal sofre transformações segundo o ciclo dado no esquema p x V a seguir. O trabalho total no ciclo ABCA é a) igual a -0,4J, sendo realizado sobre o gás. b) igual a -0,8J, significando que o gás está perdendo energia. c) realizado pelo gás, valendo +0,4J. d) realizado sobre o gás, sendo nulo. e) nulo, sendo realizado pelo gás. Óptica Geométrica F ís ic a Óptica GeométricaÓptica GeométricaÓptica GeométricaÓptica GeométricaÓptica Geométrica O estudo da luz sempre fascinou as pessoas, que, desde a antigüidade, procuraram entendê-la e explicar os seus fenômenos. Os filósofos gregos já tentavam entender como e por que vemos os objetos. Platão acreditava que partículas eram emitidas pelos olhos que atingiam os objetos e tornava-os visíveis. Já Aristóteles dizia que a luz era como um “fluído imaterial”, que se propagava entre o olho humano e o objeto que se queria observar. Um grande número de físicos posteriormente se dedicou à explicação dos fenômenos luminosos como Newton, Huyghens, Young e Maxwell e será sobre suas conclusões que iremos falar neste capítulo. O estudo da luz ao longo dos anos, estabeleceu leis, princípios e fenômenos, que norteiam seu comportamento nos espelhos planos ou esféricos, nas lentes e nos instrumentos ópticos. ÓPTICA →→→→→ É a parte da física que estuda a luz e os fenômenos luminosos. - Óptica física: estuda a luz levando em conta sua natureza ondulatória, para explicação de fenômenos como difração, interferência. - Óptica geométrica: estuda a luz sem se preocupar com a sua natureza, considerando a luz como se fossem raios que viajam em linha reta. Se a Óptica estuda a luz, é importante sabermos sua definição: F ig . 01: luz re f le t indo a pa lavra e v indo de ga láx ias d i s tantes Fig. 02 – A luz do Sol leva cerca de 8 minutos para chegar à Terra Luz →→→→→ forma de Energia Radiante, que se propaga por meio de ondas eletromagnéticas e que é capaz de provocar sensação visual num observador normal. VELOCIDADE DA LUZ: A luz viaja, no vácuo, numa velocidade limite de 300.000 km/s, conhecida como velocidade da luz, que é uma constante física que designamos por c. c = 300.000 km/s = 3 x 108 m/s Obs.: os valores exatos da velocidade da luz no ar e no vácuo são praticamente iguais, e por isso arredondamos os valores para o valor acima, para facilidade de cálculos. V VÁCUO = 299.793 km/s V AR = 299.700 km/s Existe uma classificação das fontes de luz, com relação à emissão de luz: - corpo luminoso ou fonte primária: corpo que emite luz própria. Exemplos: Sol, lâmpada acesa. - corpo iluminado ou fonte secundária: corpo que reflete a luz recebida de um corpo luminoso. Exemplos: a Lua, um planeta, um caderno sobre uma mesa. 1 Óptica Geométrica F ís ic a F ig . 03: corpos luminoso e i luminado Os diferentes meios se comportam de formas distintas ao serem atravessados pela luz, e podem ser classificados em: - opacos: corpos que não deixam a luz ultrapassá-los. Exemplos: madeira, placa metálica. - translúcidos: corpos que deixam a luz passar parcialmente. Exemplos: plásticos, vidro fosco. - transparentes: são corpos que deixam a luz passar totalmente. Exemplo: vidro fino, ar. Um conjunto de infinitos raios luminosos é chamado de feixe de luz e pode ser de três tipos, conforme sua origem e propagação: - Divergente: quando se propagam saindo radialmente de um corpo ou fonte luminosa - Convergente: quando se propagam chegando a uma fonte ou corpo. - Paralelo: quando se propagam paralelamente, sendo os raios equidistantes entre si. Fig. 04 - Feixes de luz. PRINCÍPIOS DA ÓTICA GEOMÉTRICA 1° Propagação Retilínea da luz A luz se propaga em linha reta, em meios homogêneos e transparentes. Fenômeno explicado: formação de sombras. F ig . 05 – A luz do se propaga em l inha reta para formar as sombras 2° REVERSIBILIDADE DA LUZ Se a luz vai de A para B, numa determinada trajetória, ao retornar de B para A, seguirá o mesmo caminho. Ela independe do sentido de propagação. Fenômeno explicado: enxergar uma pessoa pelo espelho e esta pessoa nos enxergar. F ig . 06 - A luz não possu i um sent ido ún ico de propagação 3° INDEPENDÊNCIA DOS RAIOS LUMINOSOS Os raios luminosos se propagam em linha reta e ao se cruzarem continuam a se propagar como se nada tivesse acontecido. Fenômeno explicado: as luzes continuarem da mesma cor nos shows, após se cruzarem. Fig. 03 – o vidro liso é um corpo transparente; o fosco é translúcido. 2 Óptica Geométrica F ís ic a F ig . 07 - A luz do se propaga de maneira independente Câmara Escura de Orifício É um dispositivo que mostra a propagação retilínea da luz. Este princípio é utilizado nas máquinas fotográficas e equipamentos ópticos em geral (inclusive o olho humano). F ig . 08 - Câmara escura de or i f í c io Observação Para calcularmos o tamanho das imagens formadas, basta usarmos a equivalência de triângulos. REFLEXÃO DA LUZ Este fenômeno luminoso explica uma série de observações interessantes, como as cores, o fato de podermos ver objetos, a formação de imagens nos espelhos planos e esféricos, entre outras coisas. Reflexão Luminosa → É o fenômeno pelo qual um feixe luminoso incide sobre uma superfície e retorna para o mesmo meio do qual é proveniente. A reflexão pode ser ordenada (regular) ou difusa. – REFLEXÃO ORDENADA: A luz incide em raios paralelos e se reflete em raios paralelos, sobre uma superfície plana, lisa e polida. Só podemos observar o objeto iluminado se estivermos com o olho na trajetória do raio refletido. F ig . 10 - Re f lexão ordenada ou regu lar – REFLEXÃO DIFUSA: A luz incide em raios paralelos sobre uma superfície irregular e se reflete com raios difusos, isto é, em todas as direções. Este fenômeno nos permite enxergar as coisas de qualquer lugar de uma sala, por exemplo. F ig . 11 - Re f lexão d i fusa ou i r regu lar LEIS DA REFLEXÃO Para entendermos a formação de imagens nos espelhos, precisamos antes estudar com mais detalhes a reflexão da luz, que obedece certas leis: 1ª LEI DA REFLEXÃO: "O raio incidente, o raio refletido e a linha Normal são coplanares". Fig. 12 – 1ª lei da reflexão 3 Óptica Geométrica F ís ic a Observação Linha Normal é a linha imaginária que sempre é perpendicularà superfície, no ponto onde incide o raio de luz. 2ª LEI DA REFLEXÃO: “O ângulo de incidência é igual ao ângulo de reflexão”. RAIO INCIDENTE RAIO REFLETIDO SUPERFÍCIE NORMAL i = r i r Fig. 13 – 2ª lei da reflexão Estas duas leis servem de base para formarmos imagens de objetos. CORES: O vermelho dessas rosas é uma propriedade intrínseca das rosas ou será devido apenas à luz que incide sobre elas? Resposta: a cor de um objeto depende tanto da luz que ilumina esse objeto quanto de propriedades específicas de sua superfície e textura. Para entender melhor esse fato vamos ver como as cores podem ser somadas e subtraídas. A experiência de Newton com dois prismas é um exemplo de SOMA de cores. As cores componentes, somadas no segundo prisma, reproduzem a luz branca. Mas, não é necessário usar todas as cores visíveis para obter o branco. Basta usar três cores, ditas primárias: o vermelho, o azul e o verde. Projetando, sobre uma tela branca, feixes de luz com essas três cores primárias, observamos que a soma delas, no centro, é branca. A soma do vermelho com o verde é o amarelo e assim por diante. Qualquer cor visível pode ser obtida somando essa três cores, variando adequadamente a intensidade de cada uma delas. Na verdade, com essas três cores conseguimos cores que nem estão no espectro solar, como o marrom. Isso é usado na tela da televisão. Se você olhar bem de perto verá que a tela é coberta de pontos com apenas essas três cores. Vistos de longe, os pontos se mesclam e vemos toda a gama multi-colorida. SUBTRAIR cores consiste em eliminar uma ou mais das componentes da luz. Por exemplo, misturar tintas equivale a subtrair cores. Desde crianças, sabemos que tinta azul misturada com tinta amarela dá tinta verde. O que acontece é que os pigmentos da tinta azul absorvem as componentes do lado vermelho e os pigmentos da tinta amarela absorvem as componentes do lado azul. Sobram as componentes intermediárias, isto é, o verde. Voltamos, então, às rosas do início. Na figura ao lado, vemos as mesmas rosas iluminadas por luz verde. A Somando as cores primárias 4 Óptica Geométrica F ís ic a 01 02 luz verde incidente é fortemente absorvida pelas pétalas das rosas e elas tornam-se quase pretas. A cor das rosas depende, portanto, das substâncias de suas pétalas, da luz ambiente e da interação entre elas. Resumindo - Um corpo branco reflete toda luz que incide sobre ele. - U corpo preto absorve toda luz que incide sobre ele. - Um corpo azul, por exemplo, absorve todas as cores e reflete somente o azul. Iluminando rosas com luz verde. Foi anunciada a descoberta de um sistema planetário semelhante ao nosso, em torno da estrela Vega, que está situada a 26 anos-luz da Terra. Determine, em km, a distância de Vega até a Terra. Em 1 ano temos 31.536.000 segundos. Em 26 anos, temos 26 X 31.536.000 = 819.936.000 segundos A distância é dada pela velocidade multiplicada pelo tempo: Distância = 300.000 x 819.936.000 = 2,46 x 1014 km. Distância = 2,46 x 1014 km Um objeto luminoso AB, de 5 cm de altura, está a 20 cm de distância de uma câmara escura de profundidade 10cm. Determine: a) a altura da imagem Por comparação de triângulos, podemos fazer: b) a diferença de tamanho quando aproximamos o objeto 4 cm da câmara escura Se aproximarmos 4cm, a distância de 20 cm passa a ser de 16 cm, e a altura da imagem será de: Logo, a diferença entre as imagens será de 3,125 - 2,5 = 0,625 cm. Relacione as colunas com os princípios da óptica geométrica: A) propagação retilínea da luz B) reversibilidade dos raios luminosos C) independência dos raios luminosos ( ) luzes no show continuam com as mesmas cores ( ) reflexão no espelho retrovisor de um carro ( ) eclipse ( ) sombra ( ) duas lanternas ligadas com seus raios luminosos se cruzando Seqüência correta: C - B - A - A - C5 20 10 2,5 i i cm = = 5 16 10 3,125 i i cm = = 03 01 Um ano-luz é a distância que a luz percorre no vácuo em 1 ano. Calcular, em km, a distância percorrida pela luz em três anos (Suponha 1 ano = 365 dias) Determine o ângulo de reflexão nos raios abaixo: a) 02 A B 5cm i 10cm 20cm 45º 5 Óptica Geométrica F ís ic a 01 b) c) Quando observamos um show, no palco, vemos as luzes coloridas se cruzarem, e mesmo assim continuam com a mesma cor ao atingirem o palco. Que princípio da óptica geométrica é descrito nesta cena? Explique. Por que um objeto opaco faz sombra quando iluminado? 03 04 Considerando as três cores primárias, vermelho, verde e azul, responda: Um objeto que é amarelo sob luz branca, é iluminado por luz azul. Qual a cor apresentada pelo objeto nesta situação? Do ponto de vista óptico, quais são as três cores básicas (ou primárias), que são inclusive aquelas captadas pelo olho humano? Quando observamos uma estrela que está a 4 anos-luz da Terra, estamos vendo como a estrela era ou como ela é? Um objeto de 4,0 m de altura é colocado a 2,0 m de uma câmara escura de orifício, que possui 20 cm de profundidade. Qual o tamanho da imagem formada no fundo da câmara escura? Em um dado instante, uma vara de 2,0 m de altura, vertical, projeta no solo, horizontal, uma sombra de 50 cm de comprimento. Se a sombra de um prédio próximo, no mesmo instante, tem comprimento de 15 m, qual a altura do prédio? Um corpo opaco, quadrado, possui uma sombra quadrada. Isto é uma prova de qual princípio da óptica geométrica? 05 06 07 08 09 10 (UFMG) Nessa figura, dois espelhos planos estão dispostos de modo a formar um ângulo de 30° entre eles. Um raio luminoso incide sobre um dos espelhos, formando um ângulo de 70° com a sua superfície. Esse raio, depois de se refletir nos dois espelhos, cruza o raio incidente formando um ângulo α de a) 90° b) 100° c) 110° d) 120° e) 140° (UEL-PR) Considere as seguintes afirmativas: I- A água pura é um meio translúcido. II- O vidro fosco é um meio opaco. III- O ar é um meio transparente. Sobre as afirmativas acima, assinale a alternativa correta. a) Apenas a afirmativa I é verdadeira. b) Apenas a afirmativa II é verdadeira. c) Apenas a afirmativa III é verdadeira. d) Apenas as afirmativas I e a III são verdadeiras. e) Apenas as afirmativas II e a III são verdadeiras. (UFV) Em uma situação, ilustrada na figura 1, uma lâmpada e um observador têm, entre si, uma lâmina de vidro colorida. Em outra situação, ilustrada na figura 2, ambos, a lâmpada e o observador, encontram-se à frente de uma lâmina de plástico colorida, lisa e opaca. Mesmo sendo a lâmpada emissora de luz branca, em ambas as situações o observador enxerga as lâminas como sendo de cor verde. 02 03 X 2X 60º 6 Óptica Geométrica F ís ic a Pode-se, então, afirmar que, predominantemente: a) o vidro reflete a luz de cor verde, absorvendo as outras cores, e o plástico transmite a luz de cor verde, absorvendo as outras cores. b) o vidro absorve a luz de cor verde, transmitindo as outras cores, e o plástico absorve a luz de cor verde, refletindo as outras cores. c) o vidro transmite a luz de cor verde, absorvendo as outras cores, e o plástico absorve a luz de cor verde, refletindo as outras cores. d) o vidro transmite a luz de cor verde, absorvendo as outras cores, e o plástico reflete a luz de cor verde, absorvendo as outras cores. e) o vidro absorve a luz de cor verde, transmitindo as outras cores, e o plástico reflete a luz de cor verde, absorvendo as outras cores. (Unirio-RJ) Durante a final da Copa do Mundo, um cinegrafista, desejando alguns efeitos especiais, gravou cena em um estúdio completamente escuro, onde existia uma bandeira da "Azurra" (azule branca) que foi iluminada por um feixe de luz amarela monocromática. Quando a cena foi exibida ao público, a bandeira apareceu: a) verde e branca. b) verde e amarela. c) preta e branca. d) preta e amarela. e) azul e branca. (PUCCamp-SP) O texto a seguir tem quatro expressões maiúsculas que se referem ao fenômeno de reflexão da luz ou ao fenômeno de refração da luz. "Estamos numa manhã ensolarada. A LUZ DO SOL ATRAVESSA A ÁGUA DA PISCINA (1), ILUMINANDO O FUNDO (2) que parece estar mais acima. Na sala, a luz do sol, que PASSA PELA VIDRAÇA (3), é ESPALHADA PELAS PAREDES BRANCAS (4), tornando a sala ainda mais clara. A reflexão da luz é o fenômeno principal correspondente às expressões: a) 1 e 2 b) 1 e 3 c) 2 e 3 d) 2 e 4 e) 3 e 4 (Fuvest-SP) Em agosto de 1999, ocorreu o último eclipse solar total do século. Um estudante imaginou, então, uma forma de simular eclipses. Pensou em usar um balão esférico e opaco, de 40 m de diâmetro, que ocultaria o Sol quando seguro por uma corda a uma altura de 200 m. Faria as observações, protegendo devidamente sua vista, quando o centro do Sol e o centro do balão estivessem verticalmente colocados sobre ele, num dia de céu claro. Considere as afirmações abaixo, em relação aos possíveis resultados dessa proposta, caso as observações fossem realmente feitas, sabendo-se que a distância da Terra ao Sol é de 150×106 km e que o Sol tem um diâmetro de 0,75×106 km, aproximadamente. I. O balão ocultaria todo o Sol: o estudante não veria diretamente nenhuma parte do Sol. II. O balão é pequeno demais: o estudante continuaria a ver diretamente partes do Sol. III. O céu ficaria escuro para o estudante, como se fosse noite. Está correto apenas o que se afirma em a) I b) II c) III d) I e III e) II e III (UECE) A moderna tecnologia empregada na telecomunicação utiliza as fibras ópticas, em substituição aos cabos metálicos. As mensagens são transmitidas através de impulsos luminosos, em vez de impulsos elétricos. A transmissão da luz, ao longo das fibras ópticas, é baseada no fenômeno da: a) difração b) polarização c) refração d) reflexão total (UFRN) Ana Maria, modelo profissional, costuma fazer ensaios fotográficos e participar de desfiles de moda. Em trabalho recente, ela usou um vestido que apresentava cor vermelha quando iluminado pela luz do sol. Ana Maria irá desfilar novamente usando o mesmo vestido. Sabendo-se que a passarela onde Ana Maria vai desfilar será iluminada agora com luz monocromática verde, podemos afirmar que o público perceberá seu vestido como sendo: a) verde, pois é a cor que incidiu sobre o vestido. b) preto, porque o vestido só reflete a cor vermelha. c) de cor entre vermelha e verde devido à mistura das cores. d) vermelho, pois a cor do vestido independe da radiação incidente. 04 05 06 07 08 7 Óptica Geométrica F ís ic a 10 ................................................................................................................................................................................................... ................................................................................................................................................................................................... ................................................................................................................................................................................................... ................................................................................................................................................................................................... ................................................................................................................................................................................................... ................................................................................................................................................................................................... ................................................................................................................................................................................................... ................................................................................................................................................................................................... ................................................................................................................................................................................................... ................................................................................................................................................................................................... ................................................................................................................................................................................................... ................................................................................................................................................................................................... ................................................................................................................................................................................................... ................................................................................................................................................................................................... (PUCCamp-SP) Andrômeda é uma galáxia distante 2,3x106 anos-luz da Via Láctea, a nossa galáxia. A luz proveniente de Andrômeda, viajando à velocidade de 3,0x105 km/s, percorre a distância aproximada até a Terra, em km, igual a a) 4.1015 b) 6.1017 c) 2.1019 d) 7.1021 e) 9.1023 09 (UFES) Um objeto amarelo, quando observado em uma sala iluminada com luz monocromática azul, será visto na cor: a) amarelo. b) azul. c) preto. d) violeta. e) vermelho. (Vunesp-SP) Quando o Sol está a pino, uma menina coloca um lápis de 7,0x10-3 m de diâmetro, paralelamente ao solo, e observa a sombra por ele formada pela luz do Sol. Ela nota que a sombra do lápis é bem nítida quando ele está próximo ao solo mas, à medida que vai levantando o lápis, a sombra perde a nitidez até desaparecer, restando apenas a penumbra. Sabendo-se que o diâmetro do Sol é de 14x108 m e a distância do Sol à Terra é de 15x1010m, pode-se afirmar que a sombra desaparece quando a altura do lápis em relação ao solo é de: a) 1,5 m. b) 1,4 m. c) 0,75 m. d) 0,30 m. e) 0,15 m. 8 Espelhos F ís ic a EspelhosEspelhosEspelhosEspelhosEspelhos O fascínio despertado pelos espelhos remonta de muito tempo. Eram os objetos que os portugueses e espanhóis trocavam com os índios por outras riquezas. O fato de podermos observar outras imagens nos espelhos possui um enorme número de aplicações: retrovisores de automóveis, aparelhos de uso dos dentistas, observação em mercados (espelho convexo), composição de várias imagens (associação de espelhos), entre outras. As leis da reflexão, além de raios particulares e convenção de sinais, nos fornece o conhecimento para compreendermos estes interessantes fenômenos físicos do nosso dia a dia. Fig. 01: Espelhos ESPELHOS PLANOS São superfícies lisas, polidas, que refletem especularmente a luz. Características: - A imagem possui reversão lateral (o lado direito vira esquerdo e vice-versa); - A imagem é sempre virtual, pois se forma "atrás" do espelho; - A distância do objeto ao espelho é igual à distância da imagem ao espelho. d d ‘ F ig . 02 – Formação de imagem no espe lho p lano OBJETO IMAGEM ESPELHO ASSOCIAÇÃODE DOIS ESPELHOS PLANOS: Podemos associar dois espelhos planos de maneira a formarmos um certo número de imagens, que depende do ângulo entre eles. → Se o ângulo for diferente de 0o, dizemos que a associação é angular. A relação que permite o cálculo deste número é: N = 360 - 1 α Onde: N = número de imagens formadas α = ângulo entre os dois espelhos F ig . 03 – Assoc iação angu lar de espe lhos p lanos 1 Espelhos F ís ic a Observação α par → objeto pode estar em qualquer lugar α ímpar→ objeto deve estar no plano bissetor entre os espelhos. → Se o ângulo entre eles for igual a 0o, dizemos que a associação é paralela. O número de imagens formadas é infinito. F ig . 04 – Assoc iação para le la de espe lhos p lanos ESPELHOS ESFÉRICOS São superfícies refletoras em forma de uma calota esférica. → Se a face refletora é interna o espelho é dito côncavo. → Se a face refletora for a externa o espelho é dito convexo. F ig . 05 – Representação de um espe lho côncavo e de um convexo Elementos de um Espelho Esférico F ig . 06 – E lementos do espe lho es fér ico C = centro de curvatura do espelho F = foco do espelho (está situado na metade do raio do espelho) V = vértice (ponto em que o eixo principal toca o espelho) R = raio do espelho (distância do centro de curvatura ao vértice) f = distância focal Podemos observar que o raio é duas vezes a distância focal, ou seja: R = 2 . f Raios Particulares Para construirmos imagens de objetos em espelhos esféricos, temos 4 raios particulares, sendo necessário somente dois para construirmos qualquer imagem. São eles: 1° caso: F ig . 07 – Ra io par t i cu lar que passa pe lo foco “O raio que incide paralelamente ao eixo principal reflete passando pelo foco”. 2° caso: F ig . 08 – Ra io par t i cu lar que passa pe lo foco “O raio que incide passando pelo foco, reflete paralelamente ao eixo principal”. 3° caso: F ig . 09 – Ra io par t i cu lar que passa pe lo centro de curvatura “O raio que passa pelo centro de curvatura reflete- se sobre si mesmo”. 2 Espelhos F ís ic a 4° caso F ig . 08 – Ra io par t i cu lar que passa pe lo foco “O raio que incide no vértice do espelho reflete simetricamente em relação ao eixo principal”. CONSTRUÇÃO GEOMÉTRICA E CARACTERÍSTICAS DAS IMAGENS FORMADAS ESPELHO CÔNCAVO a) Objeto (o) depois do centro de curvatura (p >2f). o Características da imagem (i): - real, - invertida, - menor do que o objeto, - formada entre o foco e centro de curvatura. b) Objeto (o) no centro de curvatura ( p = 2f) o i c) Objeto (o) entre o foco e o centro de curvatura (f<p<2f) o i Características da imagem (i): - real, - invertida, - maior que o objeto, - formada após o centro de curvatura. d) Objeto (o) sobre o foco (p=f) Características da imagem (i): - imprópria, - se forma no infinito. Características da imagem (i): - real, - invertida, - do mesmo tamanho que o objeto, - formada sobre o centro de curvatura. 3 Espelhos F ís ic a Características da imagem (i): - virtual, - direita, - maior que o objeto, - formada atrás do espelho. ESPELHO CONVEXO Só temos 1 caso de formação de imagem: o i Características da imagem (i): - virtual, - direita, - menor que o objeto, - formada “atrás” do espelho. EQUAÇÃO DE GAUSS Observe a figura: Fig. 11 – elementos do espelho esférico Cada elemento da figura possui um nome, onde temos: p = distância do objeto ao vértice do espelho p’= distância da imagem ao espelho o = altura do objeto i = altura da imagem f = distância focal R = raio de curvatura Por semelhança de triângulos, chegamos à equação de Gauss: 1 = 1 + 1 f p p’ E a equação do aumento linear transversal: A = i = - p’ o p Convenção de sinais: f + → espelho côncavo f - → espelho convexo p’ + → imagem real p’ - → imagem virtual i + → imagem direita i - → imagem invertida Fibra Óptica Elemento s imples de transmissão ópt ica, caracterizado por um núcleo, por onde a luz é transmitida, e uma casca, que confina a luz no interior do núcleo. O confinamento é obtido com uma diferença de índices de refração entre a casca e o núcleo. É composta de material dielétrico, normalmente o vidro, tem a forma de um filamento cilíndrico e diâmetro comparável a um fio de cabelo. PEQUENAS DIMENSÕES E BAIXO PESO: O volume e o peso dos cabos ópticos são muito inferiores ao dos cabos convencionais em cobre, para transportar a mesma quantidade de informações, facilitando o manuseio e a instalação dos cabos. e) objeto (o) entre o foco e o vértice do espelho ( p < f ) i o 4 Espelhos F ís ic a GRANDE CAPACIDADE DE TRANSMISSÃO E BAIXA ATENUAÇÃO: Os sistemas de comunicações por fibras ópticas têm uma capacidade de transmissão muito superior a dos sistemas em cabos metálicos. Devido à baixa atenuação, podem transmitir sinais a distâncias muito grandes. Com a tecnologia de amplificadores ópticos, é possível uma transmissão interurbana com até centenas de quilômetros de distância sem estações intermediárias, aumentando a confiabilidade do sistema, diminuindo o investimento inicial e as despesas de manutenção. IMUNIDADE À INTERFERÊNCIA: Por serem feitas de material dielétrico, as fibras ópticas são totalmente imunes a ruídos em geral e interferências eletromagnéticas, como as causadas por descargas elétricas e instalações de alta tensão. AUSÊNCIA DE DIAFONIA: (linha cruzada) As fibras ópticas não causam interferência entre si, eliminando assim um problema comum enfrentado nos sistemas com cabos convencionais, principalmente nas transmissões em alta frequência, eliminando necessidade de blindagens que representam parte importante do custo de cabos metálicos. PROCESSOS DE FABRICAÇÃO: Existem vários processos para a fabricação das fibras ópticas. Vamos detalhar um dos principais, que é o adotado pela Pirelli Cabos e, a partir dele, explicar algumas variações existentes. PROCESSO DE EMENDA POR FUSÃO AUTOMÁTICA Clivagem: Após o processo de abertura do cabo e limpeza das fibras, é necessário o processo de corte de precisão da fibra. É este processo que permite que a fibra tenha um corte absolutamente perpendicular e a união com a outra extremidade seja a mais perfeita possível. -Clivador manual: utilizado em cortes de pequena escala e testes gerais. -Clivador automático: para cortes de alta precisão em larga escala.Emenda por Fusão: as duas extremidades da fibra já devidadamente limpas e clivadas, o equipamento de fusão fará o alinhamento horizontal e vertical, de forma que os condutores fiquem alinhados para menos perda do feixe luminoso do laser. PROTEÇÕES E FORMAÇÃO DO CABO Para a proteção mecânica da fibra óptica, ainda na torre de estiramento, ela recebe uma camada de resina, normalmente acrilato, estando pronta para receber uma pintura de identificação e demais proteções mecânicas dielétricas ou armações metálicas emaplicações sujeitas a maiores esforços, formando os cabos ópticos. 01 Que tipo de espelho se utiliza em motocicletas? Como a motocicleta possui uma visão limitada, precisamos de um espelho que aumente o campo visual da pessoa que a guia. Este espelho que diminui o tamanho da imagem, a fim de aumentar esse campo visual, é o espelho esférico convexo, e não o plano, como imaginamos que seja. Um espelho côncavo fornece, de um objeto real situado a 40 cm do seu vértice, uma imagem real situada a 20 cm do vértice. 02 5 Espelhos F ís ic a a) determine a distância focal do espelho b) determine seu raio de curvatura R = 2 . f R = 2 . 13,3 R = 26,6 cm Um objeto de 6 cm de altura está localizado à distância de 30 cm do vértice de um espelho convexo de 40 cm de raio. Determine: a) a posição da imagem (p’) Como o espelho é convexo, a distância focal f é – 20 cm. A distância do objeto ao espelho, p, é 30cm. Substituindo na equação: 1 1 1 ' 1 1 1 40 20 1 1 2 40 1 3 40 f p p f f f f = + = − + + = = = 13,3 03 1 1 1 f p p= + ′ 1 1 1 1 1 1 20 30 1 3 2 60 1 5 60 p f p p p p p = − ′ = − − ′ − − = ′ − = ′ ′ = −12 b) a altura da imagem c) o aumento linear transversal da imagem ' 12 6 30 2, 4 i p o p i i cm − = = = 2, 4 6 0, 4 iA o A A = = = Quais são as características da imagem formada por um espelho plano? Para se barbear, um jovem fica com o seu rosto situado a 50 cm de um espelho, e este fornece sua imagem ampliada 2 vezes. Que tipo de espelho é este? Qual o seu raio de curvatura? Um objeto O é colocado sobre o centro de curvatura C de um espelho esférico côncavo. Quais as características da imagem formada? Um objeto é colocado entre dois espelhos planos, que têm suas faces refletoras se confrontando. O objeto está a igual distância dos dois espelhos. O ângulo formado entre os dois espelhos é de 45°. Qual o número de imagens deste objeto que podemos ver nos dois espelhos? Um corpo encontra-se a 20 cm da superfície refletora de um espelho plano. Qual a distância entre o corpo e a imagem conjugada por este espelho? Observa-se a imagem de um relógio conjugada por um espelho plano vertical. O relógio, dada a posição de seus ponteiros, parece indicar 2 h. Na verdade que horas indica o relógio? O raio de curvatura de um espelho esférico é de 40 cm. Qual o valor da distância focal? A imagem de um objeto conjugada por um espelho esférico é real, menor e invertida. O espelho é côncavo ou convexo? Uma menina está a 20 cm de um espelho esférico côncavo e observa a imagem do seu rosto duas vezes 01 02 03 04 05 06 07 08 09 6 Espelhos F ís ic a ampliada. Determine a distância focal do espelho. Quais são as características da imagem fornecida por um espelho esférico convexo? Cite dois exemplos de aplicação deste tipo de espelho. 10 (UFPE) Um objeto é colocado diante de dois espelhos planos que formam um ângulo de 90° entre si. Considerando o raio luminoso mostrado nas figuras a seguir, determine qual a figura que melhor representa imagens do objeto formadas em cada espelho. (UERJ) Uma garota, para observar seu penteado, coloca- se em frente a um espelho plano de parede, situado a 40 cm de uma flor presa na parte de trás dos seus cabelos. Buscando uma visão melhor do arranjo da flor no cabelo, ela segura, com uma das mãos, um pequeno espelho plano atrás da cabeça, a 15 cm da flor. A menor distância entre a flor e sua imagem, vista pela garota no espelho de parede, está próxima de: a) 55 cm b) 70 cm c) 95 cm d) 110 cm 01 02 (Mackenzie-SP) Quando colocamos um ponto objeto real diante de um espelho plano, a distância entre ele e sua imagem conjugada é 3,20 m. Se esse ponto objeto for deslocado em 40 cm de encontro ao espelho, sua nova distância em relação à respectiva imagem conjugada, nessa posição final, será: a) 2,40 m b) 2,80 m c) 3,20 m d) 3,60 m e) 4,00 m (UECE) A figura a seguir ilustra um espelho esférico côncavo E. Sobre o eixo principal estão indicados pontos eqüidistantes, entre os quais se encontram o foco F e o centro da curvatura O. Se um objeto real é colocado no ponto N, a imagem conjugada pelo espelho se formará no ponto: a) M b) Q c) O d) P (Cesgranrio-RJ) A vigilância de uma loja utiliza um espelho convexo de modo a poder ter uma ampla visão do seu interior. A imagem do interior dessa loja, vista através desse espelho, será: a) real e situada entre o foco e o centro da curvatura do espelho. b) real e situada entre o foco e o espelho. c) real e situada entre o centro e o espelho. d) virtual e situada entre o foco e o espelho. e) virtual e situada entre o foco e o centro de curvatura do espelho. (PUC-MG) Uma pessoa, a 1,0m de distância de um espelho, vê a sua imagem direita menor e distante 1,2 m dela. Assinale a opção que apresenta corretamente o tipo de espelho e a sua distância focal: 03 04 05 06 7 Espelhos F ís ic a a) côncavo; f = 15 cm b) côncavo; f = 17 cm c) convexo; f = 25 cm d) convexo; f = 54 cm e) convexo; f = 20 cm (Unirio-RJ) Um objeto é colocado diante de um espelho. Considere os seguintes fatos referentes ao objeto e à sua imagem: I - o objeto está a 6 cm do espelho; II - o aumento transversal da imagem é 5; III - a imagem é invertida. A partir destas informações, está correto afirmar que o(a): a) espelho é convexo. b) raio de curvatura do espelho vale 5 cm. c) distância focal do espelho vale 2,5 cm. d) imagem do objeto é virtual. e) imagem está situada a 30 cm do espelho. (PUC-PR) A figura apresenta uma montagem utilizada por um professor de Física numa aula experimental, sendo E 1 um espelho côncavo de distância focal 15 cm. E 2 é um espelho plano, disposto paralelamente ao eixo principal do espelho E 1 . F é uma fonte luminosa, situada a 5 cm do ponto A, de paredes opacas, dotada de uma abertura, de forma que a luz incide inicialmente em E 1 . Na figura, AO = AB = BC = CD =15 cm. 07 08 A respeito da imagem final conjugada pelos dois espelhos, pode-se afirmar: a) É virtual e se forma no ponto C. b) Não será projetável, pois E 2 conjuga imagem virtual. c) É real e se localiza entre E 2 e o eixo principal de E 1 . d) É real e vai se formar no ponto D. e) É virtual e está localizada no ponto B. (PUCCamp-SP) Um objeto, de 2,0 cm de altura, é colocado a 20 cm de um espelho esférico. A imagem que se obtém é virtual e possui 4,0mm de altura. O espelho utilizando é: a) côncavo, de raio de curvatura igual a 10 cm. b) côncavo e a imagem se forma a 4,0 cm do espelho. c) convexo e a imagem obtida é invertida. d) convexo, de distância focal igual a 5,0 cm. e) convexo e a imagem se forma a 30 cm do objeto. (UFSM-RS) A figura representa um objeto O colocado sobre o centro de curvatura C de um espelho esférico côncavo. A imagem formada será a) virtual, direita e menor. b) virtual, invertida e menor. c) real, direta e maior. d) real, invertida e maior. e) real, invertida e de mesmo tamanho. 09 10 Na figura a seguir estão representados um objeto O e sua imagem i conjugada por um espelho esférico côncavo, cujo eixo principal é xx’. De acordo com a figura, o vértice do espelho está localizado no ponto a) 1 b) 2 c) 3 d) 4 e) 5 8 Refração da Luz F ís ic a RRRRRefração da Luzefração da Luzefração da Luzefração da Luzefração da Luz Umasérie de fenômenos interessantes que ocorrem no nosso dia-a-dia, como, por exemplo: um lápis parecer estar “quebrado” quando colocado parcialmente dentro de um copo contendo água, o Sol parecer maior quando está se pondo no horizonte, a profundidade de uma piscina parecendo ser menor do que realmente é, a luz branca se decompondo em várias cores ao passar por um prisma, a formação do arco-íris, entre outros, podem ser explicados pela Refração da luz. A Refração é um fenômeno que observa a variação da velocidade e, quase sempre, o desvio da direção da luz, ao passar de um meio para outro, e suas relações matemáticas. F ig . 01: A lgumas observações da re f ração da luz REFRAÇÃO DA LUZ A refração é um fenômeno pelo qual a luz passa de um meio para outro, e sofre uma variação em sua velocidade de propagação, podendo ser acompanhada de um desvio da direção de propagação da luz. RI N θ i A B θ r RR Fig. 02: Refração da luz ao passar de um meio A para um meio B. Onde: RI – raio incidente RR – raio refratado θ i - ângulo de incidência θ r - ângulo de refração ÍNDICE DE REFRAÇÃO a)Absoluto É a relação entre a velocidade da luz no vácuo e a velocidade da luz num meio. Este número expressa o quanto a luz será mais lenta no meio do que no vácuo, pois no vácuo a luz tem sua velocidade maior: c = 3x108 m/s. n = c v Onde: n = índice de refração absoluto c = velocidade da luz no vácuo v = velocidade da luz no meio Obs. O índice de refração do vácuo é igual a 1 e o do ar é aproximadamente igual a 1. n vácuo = 1 n ar ≅ 1 Podemos obter algumas conclusões importantes: 1- O índice de refração absoluto é uma grandeza adimensional, isto é, não possui unidade de medida. 2- Qualquer meio material deve apresentar um índice de refração maior que 1 (n > 1). 1 Refração da Luz F ís ic a b) Relativo É a relação entre os índices de refração de dois meios diferentes. Esta comparação se torna interessante quando relacionamos as velocidades da luz nos dois meios: n A = v A n B v B Onde: n A = índice de refração do meio A n B = índice de refração do meio B v A = velocidade da luz no meio A v B = velocidade da luz no meio B LEI DA REFRAÇÃO 1ª Lei: O raio incidente, o raio refratado e a linha normal são coplanares, ou seja, estão contidos num mesmo plano. Fig. 03: 1ª lei da refração 2ª Lei: A luz, ao passar de um meio para o outro e sofrer um desvio, terá sua direção determinada pela Lei de Snell- Descartes (estudiosos da luz e dos fenômenos luminosos): n A sen θi = n B sen θr onde: n A = índice de refração do meio A n B = índice de refração do meio B θ i = ângulo de incidência θ r = ângulo de refração Comparando-se dois meios, aquele que apresentar maior índice de refração é dito mais REFRINGENTE, que o outro, e o que tiver menor índice de refração, menos REFRINGENTE. REFRINGÊNCIA Quando a luz vai de um meio MAIS refringente para um meio MENOS refringente, o raio de luz se afasta da normal, pois sua velocidade aumenta: RI N θ i A n A > n B B θ r RR F ig . 04: A luz passando de um meio mais re f r ingente para um meio menos re f r ingente Quando a luz vai de um meio MENOS refringente para um meio MAIS refringente, o raio de luz se aproxima da normal, pois sua velocidade diminui: RI N θ i A n A < n B B θ r RR Fig. 05: A luz passando de um meio menos refringente para um meio mais refringente Ângulo limite Existe uma situação física em que a luz não passa de um meio para outro. Quando isso ocorre, dizemos que ali ocorreu o fenômeno do ângulo limite (L) ou reflexão total. Para que este fato ocorra, o raio luminoso tem que incidir de um meio mais refringente para um meio menos refringente, sempre. Observe: N Fig. 06: Diferentes ângulos de incidência do raio luminoso (raio 3 possui ângulo limite) + refrigente 3 2 1 ve rm elh o vermelho az ul azu l ve rd e ver de - refrigente 2 Refração da Luz F ís ic a Na figura anterior os raios 1 e 2 ainda refratam, mas o raio 3 já não refrata, pois aumentamos um pouco mais seu ângulo e ocorreu a reflexão total. Para calcularmos este ângulo, basta conhecermos os índices de refração dos meios: sen L = n MENOR n MAIOR L = ângulo limite n MENOR = índice de refração de menor valor dos dois meios (normalmente o ar) n MAIOR = índice de refração de maior valor dos dois meios Dioptro plano Chamamos de dioptro todo sistema formado por dois meios homogêneos e transparentes à luz, separados por uma superfície plana. Exemplo: ar e água. Fig. 07: dioptro ar-água Profundidade aparente Quando observamos um objeto dentro da piscina e temos a sensação de que ele está mais próximo da superfície do que realmente está, dizemos que ele está em uma profundidade aparente. Esta profundidade aparente (p’) pode ser calculada através da relação: n OBSERVADOR = p’ n OBJETO p Onde: n OBSERVADOR = índice de refração do meio onde está o observador n OBJETO = índice de refração do meio onde está o objeto p’ = distância da imagem i à superfície de separação dos meios p = distância do objeto o à superfície de separação dos meios Curiosidades: A formação do arco-íris. O arco-íris, presente em nosso cotidiano, se forma devido ao fenômeno da dispersão da luz. Ao passar por um prisma, a luz branca (que é a união de todas as cores) se dispersa, separando-se nas cores: vermelho, alaranjado, amarelo, verde, azul, anil e violeta. Fig. 08: dispersão das cores pelo prisma A miragem F ig . 09: As fa l to parece es tar molhado (miragem) As observações precedentes mostram que a reflexão total faz com que a superfície da água funcione como um verdadeiro espelho nas condições particulares em que ocorre. Esta propriedade é comum também às substâncias muito pouco densas (pouco refringentes), como os gases. Mas ocorreria a mesma coisa com o ar? Olhando ao longo de uma estrada asfaltada, retilínea, em dia de muito calor, vê-se que ela, no fim da reta, parece prateada, como se estivesse coberta por uma vasta poça de água. A estrada, porém, está perfeitamente seca: o asfalto absorve o calor e aquece, por sua vez, uma pequena camada de ar em contato com a sua superfície. Este ar torna-se, desta maneira, menos denso do que o ar da camada situada imediatamente acima. A luz que vem do horizonte, na nossa direção, pode então refletir-se totalmente sobre a superfície que separa a camada quente da fria. Isso faz com que um objeto lá colocado (como uma árvore) produza uma imagem invertida semelhante à que se produziria se houvesse poças de água sobre a estrada. Deste fato decorre a impressão de que esta se encontra molhada. É a miragem. 3 Refração da Luz F ís ic a PORQUE O CÉU É AZUL ? O PÔR DO SOL É VERMELHO ? E AS NUVENS SÃO BRANCAS ? A resposta está em comoos raios solares interagem com a atmosfera. Quando a luz passa através de um prisma, o espectro é quebrado num arco-íris de cores. Nossa atmosfera faz o mesmo papel, atuando como uma espécie de prisma onde os raios solares colidem com as moléculas e são responsáveis pela dispersão do azul. Quando olhamos a cor de algo, é porque este “algo” refletiu ou dispersou a luz de uma determinada cor associada a um comprimento de onda. Uma folha verde utiliza todas as cores para fazer a fotossíntese, menos o verde, porque esta foi refletida. Devido ao seu pequeno tamanho e estrutura, as minúsculas moléculas da atmosfera difundem melhor as ondas com pequenos comprimentos de onda, tais como o azul e violeta. As moléculas estão espalhadas através de toda a atmosfera, de modo que a luz azul dispersada chega aos nossos olhos com facilidade a luz azul é dispersada dez vezes mais que a luz vermelha. A luz azul tem uma frequência (ciclos de onda por segundo) que é muito próximo da frequência de ressonância dos átomos, ao contrário da luz vermelha. Logo a luz azul movimenta os elétrons nas camadas atômicas da molécula com muito mais facilidade que a vermelha. Isso provoca um ligeiro atraso na luz azul que é reemitida em todas as direções num processo chamado dispersão de Rayleigh ( Físico inglês do século 19). A luz vermelha, que não é dispersa e sim transmitida, continua em sua direção original, mas quando olhamos para o céu é a luz azul que vemos porque é a que foi mais dispersada pelas moléculas em todas as direções.Luz violeta tem comprimento de onda menor que luz azul, portanto dispersa-se mais na atmosfera que o azul. Porque então não vemos o céu violeta? Porque não há suficiente luz ultravioleta. O sol produz muito mais luz azul que violeta. Quando o céu está com cerração, névoa ou poluição, há partículas de tamanho grande que dispersam igualmente todos os comprimentos de ondas, logo o céu tende ao branco pela mistura de cores. Isso é mais comum na linha do horizonte. No vácuo do espaço extraterrestre, onde não há atmosfera, os raios do Sol não são dispersos, logo eles percorrem uma linha reta do sol até o observador. Devido a isso os astronautas vêem um céu negro. Em Júpiter o céu também é azul, porque ocorre o mesmo tipo de dispersão do azul na atmosfera do planeta, como na Terra. Porém, em Marte, o céu é cor de rosa, ja que há uma quantidade excessiva de partículas de poeira na atmosfera Marciana, devido à presença de óxidos de ferro originários do solo. Se a atmosfera de Marte fosse limpa da poeira, ela seria azul, porém um azul mais escuro já que a atmosfera de Marte é muito mais rarefeita. Quando o Sol está no horizonte, a luz leva um caminho muito maior através da atmosfera para chegar aos nossos olhos do que quando está sobre nossas cabeças. A luz azul, nesse caminho, foi toda dispersada, a atmosfera atua como um filtro , e muito pouca luz azul chega até você, enquanto que a luz vermelha que não é dispersada e sim transmitida, alcança nossos olhos com facilidade. Nessa hora a luz branca está sem o azul. Durante a dispersão da luz nas moléculas, ocorre o fenômeno de interferência destrutiva, em que a onda principal se subdivide em várias outras de menor intensidade e em todas direções, porém mantendo a energia total conservada. O efeito disto é que a luz azul do Sol que vinha em linha reta, passa a ir em todas as direções. Ao meio dia, todas as direções estão próximas de nós, mas, no entardecer, a dispersão leva para longe do nosso campo de visão o azul já que a luz solar percorre uma longa tangente na circunferência da terra até chegar aos nossos olhos. Além disso, o vermelho e o laranja tornam-se muito mais vívidos no crepúsculo quando há poeira ou fumaça no ar, provocado por incêndios, tempestade de poeira e vulcões. Isso ocorre porque essas partículas maiores também provocam dispersão com a luz de comprimento de onda próximos, no caso, o vermelho e laranja. Nas nuvens existem partículas (gotas de água) de tamanhos muito maiores que o comprimento de ondas da luz, ocorrendo dispersão generalizada em todo o espectro visível e iguais quantidades de azul, verde e vermelho se juntam formando o branco. 4 Refração da Luz F ís ic a 01 02 A velocidade da luz amarela do benzeno é de 200.000 km/s. Ache o índice de refração absoluto do benzeno. n = c v n = 300.000 200.000 n = 1,5 Analisando a tabela, para um mesmo ângulo de incidência diferente de zero, o maior desvio na direção de um raio de luz que se propaga no ar ocorrerá quando penetrar em qual dos meios? No álcool etílico, pois possui maior índice de refração, o que causa um maior desvio, comparativamente ao ar, que possui índice de refração 1. Um pescador vê um peixe num lago. O peixe encontra- se a 2,8m de profundidade da superfície livre da água. Sabe-se que n AR = 1 e n ÁGUA = 4/3. Determine: a) a profundidade aparente (p’) n OBSERVADOR = p’ n OBJETO p 1 = p’ 4/3 2,8 p’= 2,1m b) a elevação aparente (x) x = p – p’ x = 2,8 – 2,1 x = 0,7m 03 01 O índice de refração de um meio é 1,5. Qual a velocidade da luz nesse meio? As miragens são efeitos ópticos, produzidos por desvios de raios luminosos. Em dias ensolarados e quentes, olhando ao longo do asfalto, tem-se a impressão de que está molhado. Com base na refração da luz, explique por que esse fenômeno ocorre. 02 03 Três peixes, M, N e O, estão em aquário com tampa não transparente com um pequeno furo como mostra a figura. Uma pessoa com o olho na posição mostrada na figura provavelmente verá qual peixe? 5 Refração da Luz F ís ic a 10 06 07 08 09 01 Em um experimento, um aluno colocou uma moeda de ferro no fundo de um copo de alumínio. A princípio, a moeda não pode ser vista pelo aluno, cujos olhos situam- se no ponto O da figura. A seguir, o copo foi preenchido com água e o aluno passou a ver a moeda, mantendo os olhos na mesma posição O. Por que ele passou a ver a moeda? A figura mostra a trajetória de um raio de luz que se dirige do ar para uma substância X. Podemos concluir que o índice de refração da substância X em relação ao ar é igual a: Qual é a velocidade da luz em um diamante cujo índice de refração absoluto é 2,42? Dado: velocidade da luz no vácuo: 300.000 km/s. 04 05 Suponha um raio de luz incidir do ar para o vidro. Calcule a velocidade da luz no vidro, sabendo que o índice de refração do vidro é 1,5 e que a velocidade da luz no ar é 300.000 km/s. Um peixe encontra-se a 100cm da superfície da água, na mesma vertical que passa pelo olho do observador. a) calcule a posição do peixe na sua altura virtual (Índice de refração da água: 4/3) b) determine a elevação aparente do peixe Luzes de diferentes freqüências (vermelha, alaranjada, amarela, verde, azul, anil e violeta) incidem paralelamente sobre a superfície de uma lâmina de vidro, no vácuo, como mostrado na figura a seguir: Utilizando-se a Lei de Snell, que conclusões se podem obter para as diferentes cores, em relação aos índices de refração e velocidades de propagação, no vidro? Como se chama o fenômeno ocorrido para formação do arco-íris? Qual a seqüência das cores separadas? (PUCMG) O fundo de uma piscina, para quem olha do lado de fora dela, parece mais próximo da superfície da água, devido à: a) dispersão b) difração c) refração d) interferência (Fuvest-SP) Suponha que exista um outro universo no qual há um planeta parecido com o nosso, com a diferença de que a luz visível que o iluminaé monocromática. Um fenômeno ótico causado por esta luz, que não seria observado neste planeta, seria: a) a refração. b) a reflexão. c) a difração. d) o arco-íris. e) a sombra. 02 (UECE) Uma folha de papel, com um texto impresso, está protegida por uma espessa placa de vidro. O índice de refração do ar é 1,0 e o do vidro 1,5. Se a placa tiver 3cm de espessura, a distância do topo da placa à imagem de uma letra do texto, quando observada na vertical, é: a) 1 cm b) 2 cm c) 3 cm 03 6 Refração da Luz F ís ic a (Mackenzie-SP) Um feixe luminoso monocromático atravessa um determinado meio homogêneo, transparente e isótropo, com velocidade de 2 ,4 .10 8m/s. Considerando c=3,0.108m/s, o índice de refração absoluto deste meio é: a) 1,25 m/s b) 1,25 c) 0,8 m/s d) 0,8 e) 7,2.1016 m2/s2 (UFV-ES) O Sol é visível, mesmo quando se encontra abaixo da linha do horizonte, em decorrência da interação entre a luz e a atmosfera. O fenômeno envolvido no processo é a: a) difração. b) reflexão. c) absorção. d) interferência. e) refração. (UFRS) Considere as afirmações abaixo. I- Para que uma pessoa consiga observar sua imagem por inteiro em um espelho retangular plano, o comprimento do espelho deve ser, no mínimo, igual à altura da pessoa. II- Reflexão total pode ocorrer quando raios luminosos que se propagam em um dado meio atingem a superfície que separa esse meio de outro com menor índice de refração. III- A imagem de um objeto real fornecida por um espelho convexo é sempre virtual, direita e menor do que o objeto, independentemente da distância deste ao espelho. Quais estão corretas? a) Apenas I. b) Apenas II. c) Apenas I e II. d) Apenas II e III. e) I, II e III. (UFPE) Qual das figuras abaixo melhor representa a trajetória de um raio de luz monocromática, ao atravessar uma janela de vidro (imersa no ar) de espessura d? 04 05 06 07 (UFMG) O empregado de um clube está varrendo o fundo da piscina com uma vassoura que tem um longo cabo de alumínio. Ele percebe que o cabo de alumínio parece entortar-se ao entrar na água, como mostra a figura a seguir. Isso ocorre porque: a) a luz do sol, refletida na superfície da água, interfere com a luz do sol refletida pela parte da vassoura imersa na água. b) a luz do sol, refletida pela parte da vassoura imersa na água, sofre reflexão parcial na superfície de separação água-ar. c) a luz do sol, refletida pela parte da vassoura imersa na água, sofre reflexão total na superfície de separação água- ar. d) a luz do sol, refletida pela parte da vassoura imersa na água, sofre refração ao passar pela superfície de separação água-ar. e) o cabo de alumínio sofre uma dilatação na água, devido à diferença de temperatura entre a água e o ar. (UFMG) A figura 1 a seguir mostra um feixe de luz incidindo sobre uma parede de vidro a qual está separando o ar da água. Os índices de refração são 1,00 para o ar, 1,50 para vidro e 1,33 para a água. A alternativa que melhor representa a trajetória do feixe de luz passando do ar para a água é: 08 09 7 Refração da Luz F ís ic a 10 (Fuvest-SP) Um pássaro sobrevoa em linha reta e a baixa altitude uma piscina em cujo fundo se encontra uma pedra. Podemos afirmar que: a) com a piscina cheia, o pássaro poderá ver a pedra durante um intervalo de tempo maior do que se a piscina estivesse vazia. b) com a piscina cheia ou vazia o pássaro poderá ver a pedra durante o mesmo intervalo de tempo. c) o pássaro somente poderá ver a pedra enquanto estiver voando sobre a superfície da água. d) o pássaro, ao passar sobre a piscina, verá a pedra numa posição mais profunda do que aquela em que ela realmente se encontra. e) o pássaro nunca poderá ver a pedra. (UEL-PR) Um raio de luz se propaga do meio (1), cujo índice de refração vale 2, para outro meio (2) seguindo a trajetória indicada na figura a seguir. Dados: sen 30° = 1/2 sen 45° = 2/2 sen 60° = 2/2 O ângulo limite para esse par de meios vale: a) 90° b) 60° c) 45° d) 30° e) zero. ................................................................................................................................................................................................... ................................................................................................................................................................................................... ................................................................................................................................................................................................... ................................................................................................................................................................................................... ................................................................................................................................................................................................... ................................................................................................................................................................................................... ................................................................................................................................................................................................... ................................................................................................................................................................................................... ................................................................................................................................................................................................... 8 Lentes Esféricas F ís ic a Lentes EsféricasLentes EsféricasLentes EsféricasLentes EsféricasLentes Esféricas As lentes estão presentes em nosso cotidiano, e é de fundamental importância conhecermos suas características, tipos e como formam as imagens. Quando tiramos uma fotografia, usamos óculos de grau, vemos um filme no cinema, olhamos células num microscópio, sempre nos deparamos com lentes. Alguns defeitos da visão podem ser corrigidos com o uso de lentes. Podemos ampliar a imagem de um objeto ou diminui-la, dependendo da necessidade. Portanto se você está enxergando mau e precisa ir ao oftalmologista (médico que trata dos olhos), dê uma estudada nesta aula e você irá bem mais informado para o exame de vista. Bons estudos! Fig. 01: Lente sendo usada em um óculos de grau LENTES ESFÉRICAS As lentes são dispositivos formados por uma substância de refringência diferente do meio onde estão imersas. São instrumentos importantes, pois possuem muitas aplicações ópticas, dentre as quais: correção de problemas de visão, retroprojeção de imagens, ampliação e diminuição de objetos através de suas imagens. COMPORTAMENTO ÓPTICO DAS LENTES Dependendo do meio onde estão imersas, as lentes podem ser c lass i f icadas em convergentes ou divergentes. Se o meio onde a lente está imersa for menos refringente que a lente (a maioria dos casos, pois a lente quase sempre está imersa no ar, sendo feita de vidro), a lente de bordas finas é chamada de convergente, e a de bordas grossas de divergente. Normalmente podemos chamar a lente convergente de lente côncava, e a divergente de convexa, pois seus comportamentos ópticos se parecem com estes tipos de espelhos. F ig . 02: Ap l i cações das lentes es fér icas lente convergente → espelho côncavo lente divergente → espelho convexo F ig . 03: Lentes convergentes (as duas pr imeiras) e d ivergentes (as duas ú l t imas) Obs.: se o meio em que elas estiverem imersas for mais refringente, a lente de bordas finas é divergente e a de bordas grossas convergente. 1 Lentes Esféricas F ís ic a Elementos de uma lente Vejamos como se chamam os principais elementos de uma lente: F ig . 04: E lementos das lentes F i - foco imagem A i - ponto antiprincipal imagem F o - foco objeto A o - ponto antiprincipal objeto O - centro óptico da lente - considere que os raios de luz sempre virão do lado esquerdo das lentes, neste exemplo. Com isso a nomenclatura acima sempre terá este formato. Índices de Refração da Lente e do Meio Os livros costumam dizer que uma lente que tem as bordas delgadas e a parte central mais espessa é convergente, enquanto que outra lente, com bordas espessas é divergente. Isso só é verdade se o material da lente tiver índice de refração maior que o meio de onde vem a luz. Se o material do qual a lente é feita possuir menor índice de refração do que o meio, nós temos a situação contrária, ou seja: lentes de bordos delgados são divergentes e as de bordos espessos convergentes. Simbologia Representamos as lentes através dos símbolos: F ig . 05: S ímbolo para lente convergente e para lente d ivergente Raios Principais para Formação de Imagens Precisamos utilizar pelo menos dois raios principais para construir uma imagem. São eles: Lentes convergentes F ig . 06: Ra ios par t i cu lares para formação de imagens, para lentes c o n v e r g e n t e s - Um raio de luz, que se propaga paralelamente ao eixo principal da lente, sofre refração passando pelo foco imagem. - Um raio de luz, que se propaga passando pelo foco objeto da lente, sofre refração saindo paralelamente ao eixo principal da lente - Um raio de luz, que incide na lente sobre o seu centro óptico, irá refratar sem sofrer desvio algum. Lentes divergentes F ig . 07: Ra ios par t i cu lares para formação de imagens, para lentes d i v e r g e n t e s 2 Lentes Esféricas F ís ic a - Um raio de luz que se propaga paralelamente ao eixo principal da lente sofre refração, e o prolongamento do raio refratado vai passar sempre pelo foco imagem. - Um raio de luz que se propaga de tal forma que o seu prolongamento passe pelo foco objeto, irá refratar paralelamente ao eixo principal da lente, sempre. - Um raio de luz que incide na lente sobre o seu centro óptico, não irá sofrer desvio algum. Formação Geométrica das Imagens Dependendo de onde se localiza o objeto sobre o eixo óptico da lente, a imagem terá características próprias. Podemos construir esta imagem utilizando os raios principais vistos acima. Observe os casos: Primeiro vejamos os casos de formação de imagens para as lentes convergentes: Características da imagem (i) natureza : real orientação : invertida tamanho : menor Características da imagem (i) natureza : real orientação : invertida tamanho : igual Características da imagem (i) natureza : real orientação : invertida tamanho : maior Características da imagem (i) natureza : imprópria orientação : indeterminada tamanho : indeterminado Características da imagem (i) natureza : virtual orientação : direita tamanho : maior Lente Divergente (um único tipo de imagem formada) Características da imagem (i) natureza : virtual orientação : direita tamanho : menor 3 Lentes Esféricas F ís ic a Estudo Matemático das Lentes Esféricas Usamos as mesmas equações dos espelhos esféricos, tomando cuidado apenas com as convenções de sinais: 1 = 1 + 1 f p p’ E a equação do aumento linear transversal: A = i = - p’ o p Convenção de sinais: f > 0 → lente convergente f < 0 → lente divergente p > 0 → objeto real p < 0 → objeto virtual p’ > 0 → imagem real p’ < 0 → imagem virtual A > 0 → o e i têm mesmo sinal - Imagem Direita A < 0 → o e i têm sinais opostos - Imagem Invertida Olho Humano O olho é um sistema óptico composto por uma lente convergente (cristalino), retina (anteparo onde se forma a imagem invertida) e nervo óptico. F ig . 08: Olho humano Quando a pessoa tem visão normal, a imagem se forma exatamente sobre a retina, conforme mostra a figura abaixo: F ig . 09: Formação da imagem para um o lho normal Mas muitas pessoas não possuem um olho normal, e apresentam alguns defeitos de visão, como a miopia, hipermetropia, astigmatismo, presbiopia e estrabismo. Vejamos os dois casos mais importantes: ⇒ miopia Ocorre quando a imagem se forma antes da retina: F ig . 10: Formação da imagem antes da ret ina (miop ia ) Correção: devemos usar lentes divergentes, para que a imagem se forme na retina. F ig . 11: Correção para miop ia 4 Lentes Esféricas F ís ic a ⇒ hipermetropia: Ocorre quando a imagem se forma depois da retina. F ig . 12: Formação da imagem depois da ret ina (h ipermetrop ia ) Correção: devemos usar lentes convergentes, para que a imagem se forme na retina. F ig . 13: Correção para h ipermetrop ia Curiosidade: Visão do olho hipermétrope 1) Lupa A lupa é o instrumento óptico de ampliação mais simples que existe. Sua principal finalidade é a obtenção de imagens ampliadas, de tal maneira que seus menores detalhes possam ser observados com perfeição. A lupa, também chamada de microscópio simples, consiste em uma lente convergente, logo, cria imagens virtuais. Em linhas gerais, qualquer lente de aumento pode ser considerada como uma lupa. Há tipos que constam de um suporte contendo a lente, uma armação articulada, onde é colocada a lâmina que contém o objeto a ser observado e um espelho convergente (o condensador), para concentrar os raios luminosos sobre o objeto. Este deve ser colocado a uma distância da lente, menor que a distância focal da mesma. Há uma condição para que a imagem formada seja nítida. De acordo com o foco objeto da lente usada como lupa, temos uma distância mínima de visão nítida. Se a lente for colocado próxima a um objeto, numa distância menor que a sua distância mínima de visão nítida, a imagem não será visível. 5 Lentes Esféricas F ís ic a 2) Câmera fotográfica A câmera fotográfica, como um instrumento óptico de projeção, se baseia no princípio de que um objeto visto através de uma lente convergente, a uma distância maior que a distância da mesma, produz uma imagem real e invertida, e mais ainda: seu tamanho é inversamente proporcional à distância foco objeto. A lente ou sistema de lente empregada recebe o nome de objetiva. É importante que a imagem seja projetada sobre o filme, se a mesma se formar antes ou depois do filme teremos uma foto fora de foco. Por isso, ajusta-se as lentes objetivas a fim de que obter uma imagem nítida. Quando em foco, a imagem formada no filme fotográfico é real e invertida. 3) Microscópio composto O microscópio composto, ou simplesmente, microscópio, é um instrumento óptico utilizado para observar regiões minúsculas cujos detalhes não podem ser distinguidos a olho nu. É baseado no conjunto de duas lentes. A primeira é a objetiva, que é fortemente convergente (fornece uma imagem real e invertida) e possui pequena distância focal, fica voltada para o objeto e forma no interior do aparelho a imagem do mesmo. A segunda, é ocular, também com pequena distância focal, menos convergente que a objetiva, permite ao observador veressa mesma imagem, ao formar uma imagem final virtual e direita. Essas lentes são colocadas diametralmente em extremidades opostas de um tubo, formando o conjunto chamado de canhão. O sistema que permite o afastamento ou aproximação do conjunto ocular – objetiva permite uma melhor visualização do campo observado ao focalizá-lo. 4) Luneta astronômica As lunetas astronômicas são instrumentos ópticos de aproximação, são usadas na observação de objetos muito distantes. As lunetas astronômicas são instrumentos formados por dois sistemas ópticos distintos: uma lente objetiva, de grande distância focal, que proporciona uma imagem real e invertida do objeto observado, e uma lente ocular, com distância focal menor, que proporciona uma imagem virtual e invertida do objeto. Os dois sistemas são colocados nas extremidades opostas de um conjunto de tubos concêntricos, que se encaixam um nos outros, fazendo variar à vontade o comprimento do conjunto, a fim de focar melhor o objeto a ser observado. As lunetas de grande porte e alta capacidade de ampliação são dotadas de uma luneta menor, pesquisadora, já que as primeiras possuem um campo de visão pequeno. 5) Projetor de Slides O projetor de slides, ou projetor de diapositivos, utiliza também uma lente convergente como princípio central de seu funcionamento. O projetor de diapositivos possui uma lâmpada F que é a fonte encarregada de iluminar o slide. Para isso, ela é colocada no foco de uma lente convergente L 1 . Os raios luminosos que partem de F, após passar pela lente L 1 saem paralelos, pois a lâmpada está no foco da lente. Esses raios iluminam o diapositivo. A luz que sai do slide vai atingir, agora, a lente L 2 . Para a lente L 2 o slide é um objeto real que vai ter sua imagem, também real, formada sobre uma tela. Para que a imagem do diapositivo se forme exatamente sobre a tela, utiliza-se uma cremalheira P. Girando-se a engrenagem, podemos fazer com que a lente se aproxime ou se afaste do slide. Assim, podemos fazer com que a imagem seja formada exatamente sobre a tela. 6 Lentes Esféricas F ís ic a 01 Que tipo de lente tem o óculos da pessoa que sofre de: a) hipermetropia b) miopia a) convergente b) divergente Uma lente convergente tem f = 6 cm. Um objeto luminoso de 4 cm de altura é colocado a 9 cm da lente. Calcule a posição e a altura da imagem. Posição (p’): 01 02 1 1 1 ' 1 1 1 ' 1 1 1 ' 6 9 1 3 2 ' 18 1 1 ' 18 ' 18 ( ) f p p p f p p p p p cm imagemreal = + = + = − − = = = ' 18 4 9 8 i p o p i i cm imagem invertida − = − = = − A lente convergente pode ser comparada com que tipo de espelho? E a divergente? Convergente: Côncavo Divergente: Convexo. 03 Um objeto de 3,0cm de altura é colocado perpendicularmente ao eixo de uma lente convergente, de distância focal 18,0cm. A distância do objeto à lente é de 12cm. Calcule o tamanho da imagem, em centímetros, fornecida pela lente. Uma vela é colocada a 50cm de uma lente, perpendicular a seu eixo principal. A imagem obtida é invertida e do mesmo tamanho da vela. a) Determine se a lente é convergente ou divergente. Justifique sua resposta. b) Calcule a distância focal da lente. Que tipo de problema de visão se resolve com o uso de lentes convergentes e divergentes? Uma pessoa míope tenta usar seus óculos para concentrar a luz solar, em um dia muito claro, e com isso ascender um palito de fósforo. No entanto, e não parece ter êxito. Justifique. Uma lente convergente, funcionando como lupa, possui 10cm de distância focal. Um observador observa a imagem de um objeto colocado a 8cm da lente. Determine o aumento linear transversal da imagem. Quando olhamos para um colega que usa óculos reparamos que, com os óculos, seus olhos parecem ser menores do que quando ele tira os óculos. Este colega é míope ou hipermétrope? Um aquário esférico de paredes finas é mantido dentro de outro aquário que contém água. Dois raios de luz atravessam esse sistema da maneira mostrada na figura a seguir, que representa uma secção transversal do conjunto. Pode-se concluir que, nessa montagem, o aquário esférico desempenha a função de: 02 03 04 05 06 07 7 Lentes Esféricas F ís ic a Uma vela é colocada a 50cm de uma lente, perpendicular a seu eixo principal. A imagem obtida é invertida e do mesmo tamanho da vela. a) Determine se a lente é convergente ou divergente. b) Calcule a distância focal da lente. Imersas no ar, como se chamam as lentes de bordos finos? E as de bordos grossos? 09 10 01 (Cesgranrio-RJ) Um raio luminoso, propagando-se no ar, atravessa uma lente de vidro plano-côncava, como está representado nas figuras a seguir. Dentre as configurações apresentadas, está(ão) correta(s): a) apenas a I. b) apenas a II. c) apenas I e a III. d) apenas I e a IV. e) apenas a II e a III. (Unesp-SP) Assinale a alternativa correta. a) Quando alguém se vê diante de um espelho plano, a imagem que observa é real e direita. b) A imagem formada sobre o filme, nas máquinas fotográficas, é virtual e invertida. c) A imagem que se vê quando se usa uma lente convergente como “lente de aumento” (lupa) é virtual e direita. d) A imagem projetada sobre uma tela por um projetor de slides é virtual e direita. e) A imagem de uma vela formada na retina de um olho humano é virtual e invertida. (UFPE) A lente da figura a seguir tem distância focal de 10cm. Se ela for usada para observar um objeto que esteja a 5cm, como aparecerá a imagem deste objeto para um observador posicionado do outro lado da lente? 02 03 a) Invertida e do tamanho do objeto. b) Invertida e menor que o objeto. c) Invertida e maior que o objeto. d) Direta e maior que o objeto. e) Direta e menor que o objeto. (UFRS) Um objeto real está situado a 12cm de uma lente. Sua imagem, formada pela lente, é real e tem uma altura igual à metade da altura do objeto. Tendo em vista essas condições, considere as afirmações a seguir. I - A lente é convergente. II - A distância focal da lente é 6cm. III - A distância da imagem à lente é 12cm. Quais delas estão corretas? a) Apenas I b) Apenas I e II c) Apenas I e III d) Apenas II e III e) I, II e III 04 Uma câmara fotográfica artesanal possui uma única lente delgada convergente de distância focal 20cm. Você vai usá-la para fotografar uma estudante que está em pé a 100cm da câmara, conforme indicado na figura. Qual deve ser a distância, em centímetros, da lente ao filme, para que a imagem completa da estudante seja focalizada sobre o filme? 08 8 Lentes Esféricas F ís ic a 05 (PUC-MG) O tipo de lente da história do Bidu é usado para corrigir: a) miopia e astigmatismo. b) hipermetropia e miopia. c) presbiopia e hipermetropia. d) presbiopia e miopia. e) astigmatismo e estrabismo. (UERJ) As figuras abaixo representam raios solares incidentes sobre quatro lentes distintas. Deseja-se incendiar um pedaço de papel, concentrando a luz do sol sobre ele. A lente que seria mais efetiva para essa finalidade é a de número: a) I b) II c) III d) IV (PUC-MG) A figura a seguir mostra esquematicamente dois defeitos de visão, que podem ser corrigidos pelo uso das seguintes lentes: a) convergentes para os casos A e B. b) divergentes para os casos A e B. c) convergente para o caso A e divergente para o B. d) divergente para o caso A e convergente para o B. e) um dos defeitos mostrados não pode sercorrigido com o uso de lentes. 06 07 (UEL-PR) Um objeto (O) encontra-se em frente a uma lente. Que alternativa representa corretamente a formação da imagem (I)? (PUCcamp-SP) Um objeto real é disposto perpendicularmente ao eixo principal de uma lente convergente, de distância focal 30cm. A imagem obtida é direita e duas vezes maior que o objeto. Nessas condições, a distância entre o objeto e a imagem, em cm, vale: a) 75 b) 45 c) 30 d) 15 e) 5 (UFF-RJ) Considere as seguintes proposições: 1- no foco de uma lente de óculos de pessoa míope, não se consegue concentrar a luz do Sol que a atravessa 2- lentes divergentes nunca formam imagens reais 3- lentes convergentes nunca formam imagens virtuais 4- lentes divergentes nunca formam imagens ampliadas, ao contrário das convergentes, que podem formá-las 5- dependendo dos índices de refração da lente e do meio externo, uma lente que é divergente em um meio pode ser convergente em outro Com relação a estas proposições, pode-se afirmar que: a) somente a 5 é falsa b) a 1 e a 2 são falsas c) a 1 e a 4 são falsas d) somente a 3 é falsa e) a 3 e a 5 são falsas 08 09 10 9 Lentes Esféricas F ís ic a ................................................................................................................................................................................................... ................................................................................................................................................................................................... ................................................................................................................................................................................................... ................................................................................................................................................................................................... ................................................................................................................................................................................................... ................................................................................................................................................................................................... ................................................................................................................................................................................................... ................................................................................................................................................................................................... ................................................................................................................................................................................................... ................................................................................................................................................................................................... ................................................................................................................................................................................................... ................................................................................................................................................................................................... ................................................................................................................................................................................................... ................................................................................................................................................................................................... ................................................................................................................................................................................................... ................................................................................................................................................................................................... ................................................................................................................................................................................................... (Fuvest-SP) Uma pessoa segura uma lente delgada junto a um livro, mantendo seus olhos aproximadamente a 40cm da página, obtendo a imagem indicada na figura. Em seguida, sem mover a cabeça ou o livro, vai aproximando a lente de seus olhos. A imagem, formada pela lente, passará a ser a) sempre direita, cada vez menor. b) sempre direita, cada vez maior. c) direita cada vez menor, passando a invertida e cada vez menor. d) direita cada vez maior, passando a invertida e cada vez menor. e) direita cada vez menor, passando a invertida e cada vez maior. 10 Gabarito F ís ic a TERMOLOGIA E CALORIMETRIA Exercícios de Aplicação 01- 107,6°F 02- 40°C 03- 0°C e 100°C 04- Com frio, pois esta temperatura é bem menor que a do nosso corpo. 05- Não, pois o calor é uma energia em trânsito, e se transfere de um corpo para outro devido à diferença de temperatura entre eles. 06- Por irradiação. 07- 0,6 cal/g°C 08- 32 09- Não, pois o corpo pode estar na temperatura de mudança de estado físico, e aí este calor é chamado de latente. 10- vaporização Questões de Vestibulares 01- c 02- e 03- c 04- a 05- a 06- c 07- d 08- e 09- b 10- C C E E Desafio Letra e DILATAÇÃO TÉRMICA Exercícios de Aplicação 01- a) ∆L = 0,0024 m b) L F = 10,0024 m 02- ∆L = 0,08 cm L F = 50,08 cm 03- ∆S = 0,552 cm2 04- ∆V = 14,4 cm3 05- 140 litros 06- Não. O que ocorre é o aumento nos espaços entre as moléculas que constituem o material, devido ao aumento da agitação térmica. 07- Como a temperatura média em Salvador é maior que na Suíça, a haste do relógio de pêndulo dilatou-se e desse modo não é mais pontual. Com o aumento da haste do relógio, o pêndulo demora mais para completar um ciclo (ida e volta), e desta forma demora mais para marcar os segundos, atrasando-se. 08- Quando a lâmina bimetálica é submetida a uma variação de temperatura, será forçada a curvar-se, pois os metais não se dilatarão igualmente, pois o coeficiente de dilatação do chumbo é diferente do coeficiente de dilatação do bronze. 09- Se baseia na dilatação da substância termométrica presente no interior do termômetro. 10- Se dilata em todas as direções, mas a direção predominante é o comprimento. Questões de Vestibulares 01- e 02- b 03- e 04- b 05- e 06- b 07- a 08- e 09- d 10- b Desafio Letra c. GASES Exercícios de Aplicação 01- 7,5 atm 02- 1200 K 03- 3 atm 04- 20 litros. 05- a) 240 K e 360 K b) 2/3 06- a) 10 mols b) 8 atm 07- 4 atm 08- A queda de temperatura diminui a pressão interna em relação à externa. 09- a) pressão b) volume c) temperatura 10- baixas pressões e altas temperaturas Questões de Vestibulares 01- e 02- b 03- d 04- d 05- b 06- b 07- a 1 Gabarito F ís ic a 08- a 09- a 10- c Desafio Letra d TERMODINÂMICA Exercícios de Aplicação 01- zero 02- a) T A = 293 K b) 6,1 . 102 J c) T C = 293 K 03- 5,0 x 105 J 04- 15% e 13% 05- Os novos materiais trazem as vantagens de serem mais leves e menores condutores de calor. 06- 800 J por ciclo 07- 40 J 08- zero 09- 2ª lei 10- 3,0×103J Questões deVestibulares 01- e 02- d 03- b 04- d 05- c 06- e 07- c 08- d 09- c 10- a Desafio Letra a ÓPTICA GEOMÉTRICA Exercícios de Aplicação 01- 2,83 x 1013 km 02- a) 45° b) 30° c) 30° 03- Princípio da independência dos raios luminosos, que diz: se dois raios luminosos se cruzarem, eles continuam se propagando independentemente, como se nada tivesse acontecido. 04- A luz não contorna os limites do objeto. Assim, no anteparo fica uma zona não iluminada correspondente ao contorno do objeto. 05- Preta 06- Vermelho, Verde e Azul. 07- A luz que chega hoje a Terra dessa estrela, partiu dela há 4 anos. Desta forma estamos vendo como a estrela era há 4 anos. 08- 40 cm. 09- 60 m 10- Propagação retilínea da luz. Questões de Vestibulares 01- d 02- c 03- d 04- d 05- d 06- a 07- d 08- b 09- c 10- c Desafio Letra c ESPELHOS Exercícios de Aplicação 01- virtual, direita e igual. 02- côncavo, de raio de curvatura 2,0 m 03- real, invertida e de mesmo tamanho. 04- 7 imagens 05- 40 cm 06- 10 h 07- 20 cm 08- côncavo 09- 40cm 10- menor, virtual, direita. Exemplos: espelhos de motocicletas, espelhos em corredores de mercado. Questões de Vestibulares 01- d 02- d 03- a 04- b 05- d 06- c 07- e 08- d 09- d 10- e 2 Gabarito F ís ic a Desafio Letra d REFRAÇÃO DA LUZ Exercícios de Aplicação 01- 200.000 km/s 02- Próximo ao asfalto o ar está mais quente, e assim fica menos denso. A luz, sofre desvio, pois o ar aquecido tem diferente índice de refração do ar à temperatura ambiente, causando o desvio da luz, parecendo uma miragem. 03- Apenas o peixe M, que está mais próximo à normal. 04- a luz proveniente da moeda sofre refração ao passar da água para o ar, permitindo a sua visualização. 05- 1,48 06- v = 123.966 km/s 07- 200.000 km/s 08- a) 75cm b) 25cm 09- Considerando a ordem das cores no esquema, da esquerda para a direita; pode-se dizer que nessa ordem a velocidade é decrescente e o índice de refração é crescente. 10- Dispersão. Vermelho, alaranjado, amarelo, verde, azul, anil, violeta. Questões de Vestibulares 01- c 02- d 03- b 04- b 05- e 06- d 07- b 08- d 09- c 10- a Desafio Letra c LENTES ESFÉRICAS Exercícios de Aplicação 01- 9 cm. 02- a) lente convergente. b) 25 cm. 03- Hipermetropia e Miopia, respectivamente. 04- As lentes corretoras de um míope são divergentes e portanto não concentram a luz solar. 05- 5 vezes maior. 06- Míope. 07- Lente divergente. 08- 25 cm. 09- a) lente convergente. b) 25 cm. 10- convergente e divergente. Questões de Vestibulares 01- c 02- c 03- d 04- a 05- c 06- b 07- c 08- a 09- d 10- d Desafio Letra a 3 1 Eletricidade F ís ic a EletricidadeEletricidadeEletricidadeEletricidadeEletricidade O fascínio que a eletricidade despertou no homem remonta desde os tempos da Grécia Antiga (séc. VI a.C.), quando Thales de Mileto, sem saber cientificamente o que fazia, dizia que pedaços de âmbar (eléktron) atritados com peles de animais tinham o poder de atrair pequenos objetos, devido à força elétrica entre as cargas que surgiam nos corpos. Se soubesse até onde sua pesquisa inicial chegaria, ele a teria detalhado bem mais, e estaria orgulhoso do seu grande feito, ao ver, hoje, o homem desenvolvendo materiais supercondutores, sem resistência elétrica praticamente. A eletricidade se desenvolveu muito e, ao acendermos uma lâmpada, trazemos o espírito de centenas de pesquisadores que deram um pouco de si para atingirmos o atual estágio de desenvolvimento da eletricidade. O estudo da eletricidade estática, manifestada nas cargas elétricas, além de interessante é importante, pois muitos equipamentos precisam de dispositivos de proteção para não sofrerem danos devido a ela. F ig . 01: geração e d i s t r ibu ição de energ ia e lé t r i ca Vamos ver como se desenvolveram, ao longo do tempo, algumas pesquisas sobre eletricidade. Histórico da eletricidade – Thales de Mileto (século VI a.C.) na antiga Grécia atritou âmbar (do grego eléktron) com pele de animais e este passou a atrair pequenos objetos; – Willian Gilbert (1544-1603) inventou o pêndulo elétrico; – Otto Von Guericke (1602-1686) observou a repulsão entre cargas elétricas; – Charles François Du Fay (1698-1739) observou que a força podia ser atrativa ou repulsiva; – Benjamin Franklin, por volta da metade do século XVIII, afirmou que a eletricidade era um fluído: corpo com bastante fluído (+) e com pouco fluído (-); – Charles Augustin de Coulomb (1736-1806) formulou matematicamente a lei da força de atração e repulsão entre cargas elétricas; – Alexandre Volta (1745-1826) descobriu a corrente elétrica, ao inventar a pilha; – Hans Christian Oersted (1777-1851) relacionou a eletricidade e o magnetismo, ao ver que uma bússola se deflexionava com uma corrente elétrica próxima a ela; – James Clerk Maxwell (1831-1879) relacionou matematicamente a eletricidade e o magnetismo através de suas quatro equações. A eletricidade pode, didaticamente, ser divida em duas partes: – Eletrostática → parte da eletricidade que estuda cargas em repouso; – Eletrodinâmica → parte da eletricidade que estuda os fenômenos relativos à corrente elétrica. 01 Fisica.pmd 31/7/2004, 14:041 Eletricidade 2 F ís ic a ELETROSTÁTICA Fig. 02: no núcleo do átomo estão as cargas positivas (prótons) e ao redor as negativas (elétrons) Conceitos iniciais O átomo possui cargas negativas (elétrons) e cargas positivas (prótons). Ele é, por natureza, eletricidade pura. Veja alguns valores de suas partículas fundamentais: Átomo neutro É o átomo que possui igual número de cargas positivas e negativas. Também chamado de átomo em equilíbrio elétrico. Carga elétrica elementar É a carga de um elétron ou de um próton, apresentada apenas em módulo, cujo valor é igual a 1,6.10-19 C. É o menor valor de carga da eletricidade, descoberta feita pelo físico americano Robert Andrews Millikan, em sua famosa experiência da gota de óleo, que lhe permitiu medir o valor da carga do elétron e concluir que a carga elétrica de um corpo é “quantizada”, pois toda e qualquer carga é expressa em múltiplos da carga elementar. Carga elétrica de um corpo (Q) A carga de um corpo nada mais é do que o saldo (di ferença) entre o número de prótons e o número de elétrons responsáveis pela condução de eletricidade, multiplicado pela carga elétrica elementar. Q = n . e- Onde: Q = carga elétrica total do corpo; n = número de partículas presentes na carga (diferença entre o número de cargas positivas e negativas do corpo); e- = carga elétrica elementar. A unidade de carga elétrica, no Sistema Internacional, é o coulomb (C), sendo muito comum, na prática, utilizarmos submúltiplos da unidade fundamental. 1 mC = 10 –3 C (lê-se: miliCoulomb) 1 µC = 10 –6 C (lê-se: microCoulomb) 1 nC = 10 –9 C (lê-se: nanoCoulomb) 1 pC = 10 –12 C (lê-se: picoCoulomb) Elétron livre São os elétrons que se encontram soltos no material, e são eles, na verdade, que conduzem a eletricidade nos corpos, através dos átomos que constituem o material. Os elétrons da eletrosfera se tornam livres através de um ganho de energia que eles podem obter de várias formas: eletrização por atrito, recebimento de energia através de diferença de potencial, reações químicas. Ao se despreenderem do átomo, ficam soltos no meio da rede cristalina do condutor e se movimentam dentro dele, livremente. Fig. 03: Átomos e elétrons livres Carga puntual A idéia de cargapuntual é a de uma carga que possui dimensões desprezíveis em relação às demais dimensões do problema. Uma carga de tamanho pequeno, mas de valor de carga considerável. Condutores e isolantes Nos metais, os elétrons das órbitas mais externas estão fracamente ligados aos respectivos átomos, podendo se libertar, tornando-se elétrons livres, que possuem a capacidade de se mover no interior do sólido e transportar carga elétrica através dele. Estes sólidos são denominados condutores de eletricidade. Como exemplo, podemos citar o cobre, ferro, prata, ouro, alumínio e muitos outros. 01 Fisica.pmd 31/7/2004, 14:042 3 Eletricidade F ís ic a Diferentemente dos condutores, existem alguns corpos onde os elétrons estão firmemente ligados aos seus respectivos átomos, fazendo com que praticamente não existam elétrons livres, o que torna muito difícil o deslocamento das cargas elétricas por esses corpos. Estes sólidos podem ser chamados de isolantes elétricos ou dielétricos. Como exemplo, temos a madeira, borracha, vidro, porcelana, plástico e vários outros. – Princípios da Eletrostática 1) Princípio da atração e repulsão elétrica. Charles Du Fay, estudando cargas elétricas, enunciou a seguinte lei: “cargas de mesmo sinal se repelem e cargas de sinais contrários se atraem”. F ig . 04: pr inc íp io da a t ração e repu lsão e lé tr ica 2) Princípio da conservação da carga elétrica. A carga elétrica é sempre conservada, ou seja, é a mesma antes e depois de realizarmos a eletrização num corpo. Carga antes = Carga depois – Processos de eletrização Eletrização é o processo no qual um corpo, inicialmente neutro, passa a adquirir carga elétrica. Existem três processos de eletrização: 1° eletrização por atrito Dois corpos neutros de materiais diferentes são atritados um no outro até que elétrons livres passem de um corpo para o outro. O corpo que cedeu elétrons ficará eletrizado positivamente pois terá excesso de prótons: e o que recebeu ficará eletrizado negativamente, pois agora terá mais elétrons do que prótons. F ig . 05: as cargas passam de um corpo para outro → resultado final : cargas iguais e sinais contrários 2° eletrização por contato Este processo, como o próprio nome diz, exige o contato físico entre os corpos. Ocorre quando um corpo eletrizado encosta em outro, que pode estar neutro ou já possuir uma carga elétrica. F ig . 06: e le t r ização por conta to Neste exemplo, antes do contato, o corpo A encontra- se eletrizado positivamente, isto é, com excesso de prótons ou falta de elétrons e o B está neutro, ou seja, possui o mesmo nº de prótons e elétrons. Durante o contato, há uma transferência de cargas negativas do corpo B para o corpo A, o que faz diminuir a quantidade de carga do B. Depois que os corpos são separados, observa-se que ambos ficaram com carga elétrica idêntica e de mesmo sinal. → resultado final: cargas iguais, sinais iguais 3° eletrização por indução Na eletrização por indução, o corpo neutro se eletriza após passar pelo processo da indução eletrostática e ser ligado ao fio terra. – Primeiro passo: ocorre a indução eletrostática (que é a separação das cargas de um corpo neutro pela proximidade de um corpo eletrizado, que pode estar positivo ou negativamente carregado); 01 Fisica.pmd 31/7/2004, 14:043 Eletricidade 4 F ís ic a – Segundo passo: ligamos um lado do corpo que teve a separação das cargas (induzido) ao fio terra, utilizando um fio condutor. Isto fará com que ocorra a passagem de elétrons do corpo para a Terra ou da Terra para o corpo, dependendo da carga ; – Terceiro passo: desligamos o fio terra e afastamos o corpo que ocasionou a separação das cargas (indutor). Pronto: o corpo está eletrizado porém com carga contrária ao do indutor. → resultado final: cargas quase iguais, sinal contrário ao do indutor. Lembre-se: – o corpo que possui carga no começo do processo é o INDUTOR; – o corpo inicialmente neutro é o INDUZIDO. F ig . 07: e tapas da e le t r ização por indução Os isolantes se eletrizam? Um corpo dielétrico não sofre eletrização, mas, se aproximarmos dele um corpo eletrizado, ocorrerá um fenômeno interessante chamado de POLARIZAÇÃO, que nada mais é do que o alinhamento das moléculas do dielétrico, uma vez que não ocorre movimentação de elétrons livres, raros neste tipo de material que não os possui em grande quantidade. Como resultado final, após o alinhamento, temos sinal positivo de um lado e negativo do outro do corpo. F ig .08: po lar ização do i so lante ELETROSCÓPIOS São aparelhos que se destinam a verificar se um corpo está ou não eletrizado. Existem dois tipos: a) pêndulo eletrostático: dispositivo que se destina a verificar se um corpo possui ou não carga elétrica. Podemos construir um pêndulo com um suporte isolante, um fio isolante e uma bolinha de papel alumínio, por exemplo. Quando aproximamos um corpo carregado, a bolinha se induz eletrostaticamente, as cargas se separam nela, o corpo que foi aproximado da bolinha a atrai e quando esta se move é sinal de que o corpo possui carga. Não podemos dizer o sinal da carga do corpo, pois para isso a bolinha teria que estar carregada eletricamente com carga de sinal conhecido, o que não é importante saber, e nem é essa a função do eletroscópio. F ig . 09: pêndulo e le t ros tá t i co: se a bo l inha se mover, o corpo aprox imado tem carga b) eletroscópio de folhas: é constituído de uma haste metálica que possui numa ponta uma bola e na outra duas folhinhas soltas. Quando aproximamos da bola um corpo que possui carga, as cargas da parte metálica do eletroscópio se induzem e se separam, fazendo com que nas folhinhas fiquem cargas de um mesmo sinal (positiva ou negativa), o que causa a repulsão das folhas, indicando a presença de carga no corpo que se aproximou da bola do eletroscópio. Se as folhinhas não se moverem, é porque o corpo aproximado não possui carga. 01 Fisica.pmd 31/7/2004, 14:044 5 Eletricidade F ís ic a F ig . 10: e le t roscópio de fo lhas : se as fo lhas se abr i rem, o corpo tem carga Importante Lembre-se que prótons jamais saem de um corpo para ir para outro. Quem se movimenta são os elétrons livres, pois é muito menor a força que liga um elétron ao átomo do que a força que liga os prótons no núcleo do átomo. Observações – Em todo condutor eletrizado, as cargas elétricas em excesso depositam-se na superfície externa (repulsão elétrica). – Se o condutor possuir a forma esférica, a distribuição das cargas é uniforme. – Se o condutor não possuir a forma esférica, haverá maior concentração de cargas elétricas em excesso nas regiões pontiagudas (poder das pontas, explica o funcionamento do pára-raios). LEI DE COULOMB Charles Augustin de Coulomb, engenheiro militar francês, inventou um dispositivo que chamou de balança de torção, que lhe permitiu medir as forças elétricas entre corpos eletricamente carregados. F ig . 11: ba lança de torção de Coulomb. Observando a figura, percebemos que o valor da força é diretamente proporcional ao valor das cargas e inversamente proporcional ao quadrado da distância que as separa. Coulomb chegou a estas conclusões quando aumentou o valor de uma das cargas e depois percebeu que a força aumentou na mesma proporção. Ao aumentar o valor da segunda carga, percebeu que a força elétrica entre elas também aumentou na mesma proporção. Após exaustivas repetições destas medidas percebeu a proporcionalidade entre a força e as cargas. Ao afastar as cargas, mediu o valor da força entre elas e viu que esta diminuía quadraticamentecom o aumento da distância. Assim, juntando estes dois resultados, elaborou a lei que leva o seu nome, sobre a força de atração e repulsão entre cargas elétricas. Essa lei, a exemplo da lei da Gravitação Universal de Newton, é conhecida como lei do inverso do quadrado da distância. Fig.12: relação entre a força elétrica e a carga elétrica Consideremos duas cargas puntuais Q 1 e Q 2 separadas por uma distância d (também usado r por alguns autores). Existe uma força elétrica F de interação entre elas, dada pela relação: F = K 0 Q 1 . Q 2 d2 Esta relação matemática também é conhecida como Lei de Coulomb, onde: – F = força elétrica de interação entre as cargas, cuja unidade no SI é o newton (N); – d = distância que separa as cargas Q 1 e Q 2 , cuja unidade no SI é o metro (m ); – Q 1 e Q 2 são as cargas elétricas, cuja unidade no SI é o coulomb (C); – K 0 = constante eletrostática no vácuo, cuja unidade no SI é N.m²/C². Atenção → Força positiva: significa repulsão entre os corpos eletricamente carregados. → Força negativa: significa atração entre os corpos eletricamente carregados. 01 Fisica.pmd 31/7/2004, 14:045 Eletricidade 6 F ís ic a Observação – O valor da constante eletrostática usado é sempre o valor do vácuo, sendo que em outros meios basta dividirmos o valor da força no vácuo pela constante K relativa do meio. – O valor de K 0 no vácuo vale: K 0 = 9,0 x 109 N.m2/C2 lairetamoieM acirtéleidetnatsnoC (K ) oucáV rA onezneB rabm ordiV oelÓ aciM anirecilG augÁ 0000,1 5000,1 3,2 7,2 5,4 6,4 4,5 34 18 – Alguns valores de constante dielétrica relativa: ELETRICIDADE ESTÁTICA NO COMPUTADOR Apesar de ser de grande conhecimento de técnicos e montadores que a eletricidade estática causa danos aos componentes eletrônicos, muitos ainda ignoram o grau de sensibilidade de peças tão delicadas e continuam armazenando e transportando sem tomar as mínimas precauções. Danos causados por eletricidade estática são geralmente invisíveis sem a ajuda de um bom microscópio, de preferência um eletrônico, e, talvez por causa disso, muitos ignorem os riscos e outros até duvidam que ele realmente exista e/ou que possa dani f icar os componentes, e muitos até se perguntam: se não conseguimos ver ou sentir, como é que pode causar algum estrago? O corpo humano acumula eletricidade estática de diversas maneiras. O simples ato de andar, correr, passear de carro, ou tocar um objeto qualquer que já esteja carregado, fará com que seu corpo fique carregado eletricamente, tornando-o uma “arma” em potencial, pronta para destruir. Alguns ambientes podem deixá-lo mais vulnerável, e facilitando o acúmulo de cargas, como, por exemplo, piso acarpetado (natural ou sintético), pois a fricção com as fibras do carpete no ato de andar aumenta sensivelmente a velocidade de acúmulo das cargas no corpo. Para aqueles que não acreditam que ela existe, lembre- se daquela experiência que aprendemos na escola, onde pedaços pequenos de papéis são atraídos por um pente de plástico que fica carregado de eletricidade estática após ser friccionado rapidamente numa flanela ou no próprio cabelo do experimentador (cuidado para não arrancar os cabelos). Ao tocar em um componente eletrônico, as cargas estáticas são transferidas rapidamente para esse componente, ocorrendo uma espécie de "choque" de baixíssima corrente, mas com intensidade suficiente para danificar parcialmente ou totalmente os circuitos internos existentes dentro desse componente. Esses chips podem danificar-se imediatamente, ou ficarem parcialmente danificados, passando a exibir erros intermitentes, ficando sensíveis ao aumento de temperatura, podendo até mes- mo queimarem sozinhos depois de algum tempo, dimi- nuindo o tempo de vida útil. Muito cuidado, portanto, ao tocar, armazenar e transportar componentes eletrônicos, pois eles são sensíveis a descargas provenientes de acumulo de eletricidade estática. Siga estas dicas para que possa minimizar os riscos e os conseqüentes danos nos componentes: – Ao transportar, tente sempre fazê-lo em sacolas apropriadas, que protejam os componentes da eletricidade estática. Elas geralmente são de cor alumínio fosco e, às vezes, vêm com um aviso parecido com este fixado em uma etiqueta de cor vermelha ou amarela: 01 Fisica.pmd 31/7/2004, 14:046 7 Eletricidade F ís ic a “CAUTION contents subject to damage by static electricity DO NOT OPEN except at approved static- free workstation (CUIDADO componentes sujeitos a danos causados por eletricidade estática NÂO ABRA exceto em estação de trabalho anti-estática aprovada). – Evite tocar os chips com os dedos. – Evite tocar nos conectores de módulos de memórias (os pentes), pois além da eletricidade estática, a gordura acumulada nos dedos pode oxidá-lo mais rapidamente. – Ao colocar ou retirar placas (fax modem, rede, vídeo, etc.) pegue-as sempre pelas pontas, inserindo no slot com cuidado para não forçar, sem tocar em nenhum componente. – Ao fazer limpeza de placas mãe, utilize um pincel apropriado para limpeza de componentes sensíveis à eletricidade estática, vendido por empresas especia- lizadas, evite o uso de pincéis comuns para pintura. 0 1 0 2 É dado um corpo eletrizado com carga elétrica de 6,4µC. Qual é o número de elétrons em falta neste corpo? (carga elementar do elétron: 1,6 x 10-19 C) Solução: Q = n . e- 6,4 x 10-6 = n . 1,6 x 10-19 n = 6,4 x 10-6 1,6 x 10-19 n = 4,0 x 1013 elétrons Utilizando seus conhecimentos adquiridos sobre a Eletrostática, responda as questões abaixo. a) O que acontece se ligarmos um condutor carregado ao solo? As cargas que estão em excesso neste condutor irão para a Terra, até que se atinja o equilíbrio eletrostático e o corpo fique descarregado. b) O que acontece se tentarmos eletrizar um condutor por atrito, segurando-o com a mão? As cargas que surgirem devido à eletrização se descarregarão imediatamente, pois nosso corpo é condutor, e funcionará como um fio terra. Calcule a força elétrica de atração entre duas cargas, uma de - 1,6 x 10-19 C e outra de + 1,6 x 10-19 C, separadas por uma distância de 5,3 x 10–11 m, no vácuo. F = K 0 . Q 1 . Q 2 d2 F = 9 x 109 . 1,6 x 10-19 . 1,6 x 10-19 (5,3 x 10–11)2 F = 8,2 x 10–8 N 0 3 01 Fisica.pmd 31/7/2004, 14:047 Eletricidade 8 F ís ic a 0 1 Determine o número de elétrons em falta numa carga positiva de 1 C. Quantos elétrons devemos retirar de uma moeda inicialmente neutra, para que ela adquira uma carga de + 1,584 x 10-17C? Lembre-se que o valor da carga elétrica elementar é de 1,6 x 10-19 C. A força elétrica entre uma carga Q 1 = 5x10-6 C e uma carga Q 2 = 4x10-8 C é de 2x10-3 N. Calcule a distância que as separa. Quantas vezes maior ou menor será o valor da força elétrica se dobrarmos a distância que separa duas cargas elétricas? Duas cargas positivas e iguais são separadas por uma distância de 3 m, tendo uma força de repulsão de 0,4 N. Qual é o valor de cada carga? 0 2 Atrito Contato Indução Cargas: Cargas: Cargas: Sinais: Sinais: Sinais: Caminhões que transportam combustível e gás costumam ter uma corrente ou fita metálica presa na carroceria do veículo, e vai se arrastando pelo chão. Qual é a utilidade deste dispositivo? Qual é o resultado final dos processos de eletrização? Complete a tabela abaixo. O que significa dizer que a cargaelétrica é quantizada? Quais são os princípios da eletrostática? Se dobrarmos os valores de duas cargas elétricas que se atraem com uma força F, mantendo-se constante a distância entre elas, qual será o novo valor da força elétrica? 0 3 0 4 0 5 0 6 0 7 0 8 0 9 1 0 (CEFET–PR) Dois corpúsculos eletrizados repelem-se com uma força cuja intensidade é F. Se a distância entre eles for duplicada, a força de interação será: a) F/4 b) F/2 c) F d) 2F e) 4F (Mackenzie-SP) Nos vértices A, B e C de um triângulo equilátero são colocadas as cargas +q, –q e +q, respectivamente. O vetor que melhor representa a força resultante que age na carga colocada em C é: a) a b) b c) c d) d e) e 0 1 0 2 (UFMG) Um professor mostra uma situação em que duas esferas metálicas idênticas estão suspensas por fios isolantes. As esferas se aproximam uma da outra, como indicado na figura. Três estudantes fizeram os seguintes comentários sobre essa situação. Cecília - uma esfera tem carga positiva, e a outra está neutra; Heloísa - uma esfera tem carga negativa, e a outra tem carga positiva; Rodrigo - uma esfera tem carga negativa, e a outra está neutra. Assinale a alternativa correta. a) Apenas Heloísa fez um comentário pertinente. b) Apenas Cecília e Rodrigo fizeram comentários pertinentes. c) Todos os estudantes fizeram comentários pertinentes. d) Apenas Heloísa e Rodrigo fizeram comentários pertinentes → → → → → 0 3 01 Fisica.pmd 31/7/2004, 14:048 9 Eletricidade F ís ic a (UEL-PR) Uma partícula está eletrizada positivamente com uma carga elétrica de 4,0x10-15C. Como o módulo da carga do elétrons é 1,6x10-19C, essa partícula: a) ganhou 2,5 x 104 elétrons. b) perdeu 2,5 x 104 elétrons. c) ganhou 4,0 x 104 elétrons. d) perdeu 6,4 x 104 elétrons. e) ganhou 6,4 x 104 elétrons. (UECE) A matéria, em seu estado normal, não manifesta propriedades elétricas. No atual estágio de conhecimentos da estrutura atômica, isso nos permite concluir que a matéria: a) é constituída somente de nêutrons; b) possui maior número de nêutrons do que de prótons; c) possui quantidades iguais de prótons e elétrons; d) é constituída somente de prótons. (UFPE) Duas partículas de mesma massa têm cargas Q e 3Q. Sabendo-se que a força gravitacional é desprezível em comparação com a força elétrica, indique qual das figuras melhor representa as acelerações vetoriais das partículas. 0 4 0 5 0 6 (PucMG) Duas cargas positivas, separadas por uma certa distância, sofrem uma força de repulsão. Se o valor de uma das cargas for dobrada e a distância duplicada, então, em relação ao valor antigo de repulsão, a nova força será: a) o dobro; b) o quádruplo; c) a quarta parte; d) a metade. 0 7 0 8 0 9 (Mackenzie-SP) Nos pontos A e B do vácuo (k 0 =9.109N.m2/C2) são colocadas as cargas elétricas puntiformes q A =8.10-6C e q B =6.10-6C, respectivamente. A força de repulsão entre essas cargas tem intensidade de 1,2 N. A distância entre os pontos A e B é: a) 20 cm; b) 36 cm; c) 48 cm; d) 60 cm; e) 72 cm. (UFRS) Considere um sistema de duas cargas esféricas positivas (q 1 e q 2 ), onde q 1 = 4 q 2 . Uma pequena esfera carregada é colocada no ponto médio do segmento de reta que une os centros das duas esferas. O valor da força eletrostática que a pequena esfera sofre por parte da carga q 1 é: a) igual ao valor da força que ela sofre por parte da carga q 2 ; b) quatro vezes maior do que o valor da força que ela sofre por parte da carga q 2 ; c) quatro vezes menor do que o valor da força que ela sofre por parte da carga q 2 ; d) dezesseis vezes maior do que o valor da força que ela sofre por parte da carga q 2 ; e) dezesseis vezes menor do que o valor da força que ela sofre por parte da carga q 2 . (UFSM-RS) Uma esfera de isopor de um pêndulo elétrico é atraída por um corpo carregado eletricamente. Afirma- se, então, que: I. o corpo está carregado necessariamente com cargas positivas; II. a esfera pode estar neutra; III. a esfera está carregada necessariamente com cargas negativas. Está(ão) correta(s): a) apenas I; b) apenas II; c) apenas III; d) apenas I e II; e) apenas I e III. 1 0 (Fuvest-SP) Tem-se 3 esferas condutoras idênticas A, B e C. As esferas A (positiva) e B (negativa) estão eletrizadas com cargas de mesmo módulo Q, e a esfera C está inicialmente neutra. São realizadas as seguintes operações: 1°) toca-se C em B, com A mantida à distância, e em seguida separa-se C de B; 2°) toca-se C em A, com B mantida à distância, e em seguida separa-se C de A; 3°) toca-se A em B, com C mantida à distância, e em seguida separa-se A de B. 01 Fisica.pmd 31/7/2004, 14:049 Eletricidade 10 F ís ic a Podemos afirmar que a carga final da esfera A vale: a) zero; b) +Q/2; c) - Q/4; d) +Q/6; e) - Q/8. ................................................................................................................................................................................................... ................................................................................................................................................................................................... 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É importante sabermos o que eles podem provocar, sejam danos ou benefícios. Se existir uma carga elétrica em algum lugar de sua casa, ali existirá também um Campo Elétrico. Mas calma, não precisa sair desligando tudo nos interruptores. Estes campos só são prejudiciais ao nosso organismo se possuírem valores muito elevados, que os façam proporcionar descargas elétricas e estas descargas, sim, podem causar prejuízos (por exemplo um raio numa tempestade). Além do Campo Elétrico, a Diferença de Potencial Elétrico (d.d.p.), também está associada a descargas elétricas. Precisamos conhecer estas grandezas físicas, pois observar suas conseqüências, muitas vezes desastrosas, nos leva a tomar precauções e cuidados especiais em nossa convivência com as cargas elétricas. Fig. 01: raio – Campo elétrico elevado CAMPO ELÉTRICO Sempre que tivermos uma carga Q, fixa em uma determinada posição, teremos ao seu redor uma região de influência, na qual ao colocarmos qualquer carga de prova (ou carga teste) q, em um ponto P, esta sofrerá a ação de uma força F de origem elétrica e poderá se mover, sob a ação desta força. A esta região de influência denominamos Campo Elétrico (E). Fig. 02: força de repulsão criada por uma carga positiva Q = carga geradora do campo medida em coulomb (C) q = carga de prova medida em coulomb (C) F = força elétrica medida em newton (N) A força elétrica (F) responsável pela movimentação da carga é definida, em termos do campo elétrico: F = q . E De onde podemos definir o campo Elétrico em termos da força e da carga de prova: E = F q Sua unidade no SI: N/C (Newton por Coulomb) Campo Elétrico: região ao redor de uma carga elétrica onde outras cargas menores são influenciadas por ela, repelindo ou atraindo as cargas menores com uma certa força elétrica. O campo elétrico é uma grandeza vetorial e, como tal, possui módulo, direção e sentido que o caracterizam: Módulo: E = F q Direção: a reta que une a carga geradora com a carga de prova. 02 Fisica.pmd 31/7/2004, 14:061 Campo Elétrico 2 F ís ic a Sentido: Se q > 0, o campo tem o mesmo sentido da força elétrica que atua sobre a carga de prova. Se q < 0, o campo tem sentido contrário ao da força elétrica que atua sobre a carga de prova. Fig.03: sentido da força elétrica IMPORTANTE A única função da carga de prova é verificar a existência ou não do campo elétrico, pois seu valor não influi em nada no valor do campo. CAMPO DEVIDO A UMA CARGA PUNTUAL Imaginemos uma carga puntual Q e uma carga de prova q, situada em um ponto P, separadas por uma distância d, no vácuo, interagindo. d Fig. 04: força de repulsão criada por uma carga puntual positiva De acordo com a Lei de Coulomb, a força de interação entre elas é: F = K 0 Q . q d2 Substituindo na definição de campo, temos E = F q Substituindo a força: K 0 Q . q E = d2 q Simplificando q temos: E = K 0 Q d2 Que é a expressão para o cálculo do campo elétrico devido a uma carga puntual Q, no ponto P. Onde: Q = carga elétrica criadora do campo elétrico, expressa no SI em coulomb (C). d = distância da carga Q ao ponto considerado, expressa no SI em metros (m). K 0 = constante eletrostática, cujo valor no vácuo é igual a 9x109 N.m2/C2. CAMPO ELÉTRICO DE VÁRIAS CARGAS PUNTUAIS Quando temos várias cargas criando campos elétricos, e desejamos calcular o campo elétrico num determinado ponto devido a todas elas, devemos calcular o campo que cada carga gera no ponto e efetuar a soma vetorial destes campos. Fig. 05: campo criado por várias cargas no ponto P LINHAS DE CAMPO ELÉTRICO OU LINHAS DE FORÇA DO CAMPO ELÉTRICO As linhas de campo são representações imaginárias que nos ajudam a visualizar o comportamento do campo elétrico ao redor da carga geradora Q. Foi um conceito introduzido pelo físico inglês Michael Faraday, um dos maiores destaques da Física experimental. Observe: Fig. 06: linhas de campo elétrico de cargas puntuais. → 02 Fisica.pmd 31/7/2004, 14:062 3 Campo Elétrico F ís ic a Importante: As linhas de força sempre “SAEM” de uma carga positiva, por convenção. As linhas de força sempre “CHEGAM” numa carga negativa, por convenção. As linhas de força nunca se cruzam. Linhas de “força” são sinônimos de linhas de “campo”. Quanto maior a densidade (mais próximas entre si) das linhas de campo, mais intenso é o campo elétrico. CAMPO ELÉTRICO DE UM CONDUTOR ESFÉRICO Um condutor esférico, metálico de raio R (podemos imaginar uma esfera), possui cargas distribuídas em sua superfície externa. Quando formos calcular o campo em uma região próximo à esfera, devemos levar em conta o seu raio, e não somente a distância da superfície ao ponto, pois ela se comporta como se toda a carga estivesse localizada no seu centro. + + R + + + P + + + + R r d = R + r Logo, a expressão para o cálculo do campo na superfície da esfera é: E = K 0