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BASES MOLECULARES DA CONSTITUIÇÃO CELULAR Aula II Estrutura dos ácidos nucléicos (DNA e RNA) Ligação Fosfodiester Nucleotídeos são os componentes básicos do DNA e RNA Apresenta-se como fita dupla, formando uma dupla hélice (modelo de Watson e Crick) Apresenta a pentose Desoxirribose DNA Apresentam a base nitrogenada “Timina” com exclusividade Promove a Duplicação ou Replicação (possibilita cópias idênticas de si mesmo) Promove a transcrição: molde para a síntese de moléculas de RNAm O DNA é encontrado em maior quantidade no núcleo (cromatina) que no citoplasma (mitocôndrias e cloroplastos) Características nucleotídeos nucleosídeos Base nitrogenada Base nitrogenada P U R I N A S P I R I M I D I N A S BASES Estrutura do DNA O padrão de pontes de hidrogênio entre os pares de bases indicou a orientação anti-paralela das duas fitas na dupla hélice de DNA Ácidos nucleicos de fita dupla podem ser reversivelmente desnaturados Os DNAs celulares são altamente compactados Compactação da cromatina Mas para que servem os ácidos nucleicos? Ácidos nucleicos DNA: armazenamento da informação genética (estabilidade) RNA: várias funções RNA ribossomal (rRNA) RNA mensageiro (mRNA) RNA transportador (tRNA) Outros RNA (snRNA, microRMA, siRNA) FUNÇÕES Coordenar a síntese das enzimas (e demais proteínas) determinando assim as características dos indivíduos (cor dos olhos, cor da pele, estatura, tendências de comportamento, doenças hereditárias, etc) Controla o metabolismo, a reprodução e constituem o material genético ou hereditário de todos os seres vivos. Trifosfato de adenosina (ATP): energia para trabalhos celulares Alberts et al., 2008 Ligações anidridofosfóricas Fosfato inorgânico (Pi) Energia disponível pra trabalho celular e para síntese química Energia da luz solar ou dos alimentos Determinação da sequencia de uma molécula de DNA: Sequenciação Sequenciação H Sequenciação Proteínas Estrutura química: polímeros de aminoácidos unidos por ligações peptídicas (amida) Aminoácidos: estrutura ex. ALANINA R = CH3 Aminoácidos: estrutura e isomeria Aminoácidos: estrutura e isomeria Somente os L-aminoácidos são constituintes das proteínas Classificação dos aminoácidos de acordo com o grupo R Aminoácidos: pK Classificação dos aminoácidos com propriedades especiais Ligação peptídica Peptídeos: algumas dezenas de aa Sistemina (defesa sistêmica) Polipeptídeos: centenas de aa Massa molecular < 10.000 Dáltons Cadeias da Rubisco (fotossíntese) Proteína: milhares de aminoácidos Massa molecular > 10.000 Dáltons Rubisco Estrutura tridimensional das proteínas Estruturas secundárias: α-hélice e folha-β Taiz e Zeiger, 2002 α Ligação peptídica As hélices se enrolam uma sobre a outra, minimizando a exposição dos resíduos hidrofóbicos ao ambiente aquoso Fileira de aminoácidos hidrofóbicos “a” e “d” Coiled-coilds α-Hélices entrelaçadas podem formar espirais enroladas. Estrutura tridimensional das proteínas Estrutura terciária e quaternária: modelos da mioglobina e da hemoglobina Estrutura tridimensional das proteínas Forças intra e intermoleculares que mantêm a estrutura tridimensional das proteínas e desnaturação Pontes de hidrogênio Interações eletrostáticas Interações hidrofóbicas Forças de Van der Waals Pontes dissulfeto Taiz e Zeiger, 2002 Desnaturação de proteínas A desnaturação pode ser reversível, depende da proteína e das condições desnaturantes usadas CLASSIFICAÇÃO DAS PROTEÍNAS COMPOSIÇÃO QUÍMICA FORMA E SOLUBILIDADE Simples: apenas aminoácidos Conjugadas: com grupo prostético Fibrosas: alongadas, associadas em redes, insolúveis Globulares: arredondadas, enoveladas e solúveis Estruturais: formam estruturas intra ou intercelulares Enzimas: catalisam reações químicas Transportadores: transporte de solutos entre as faces das membranas Receptores: percebem sinais moleculares etc FUNÇÃO BIOLÓGICA PEPTÍDEOS E PROTEÍNAS: FUNÇÕES Enzimas Transporte Armazenamento de nutrientes Locomoção Estruturais Defesa ou ataque Regulação metabólica Comunicação Definição: Catalisadores biológicos: aceleram a velocidade das reações bioquímicas (não são consumidas na reação) Função: Viabilizar a atividade das células, quebrando moléculas ou juntando-as para formar novos compostos (pH 7.0, solvente aquoso, 37ºC, 1 atm) 99,99% das reações químicas da célula são catalisadas por enzimas ENZIMAS: proteínas catalíticas Com exceção de um pequeno grupo de moléculas de RNA com propriedades catalíticas, chamadas de RIBOZIMAS, todas as enzimas são PROTEÍNAS (globulares, de estrutura terciária). Classificação Tipo de reação catalisada Oxirredutases → reações de oxirredução Transferases → reações de transferência de grupos Hidrolases → reações de hidrólise (nuclases, proteases, etc) Liases → formação ou remoção de ligações duplas Isomerases → interconversão de isômeros Ligases → reações de condensação ENZIMAS: proteínas catalíticas Estrutura Simples → apenas aminoácidos Conjugadas → cadeia(s) polipeptídica(s) + cofator (íon metálico ou coenzima) RNA Estrutura Enzimática Ribozimas Se covalente Apoenzima ou Apoproteína Holoenzima Cofator Proteína Pode ser: • íon inorgânico • molécula orgânica Coenzima Grupo Prostético Cofator Enzimas: estrutura ENZIMAS: especificidade da reação Enzimas: redução da energia de ativação Estrutura e mecanismo de ação das enzimas Sítio ativo: fenda na molécula de enzima (E) para a ligação do(s) composto(s) a ser(em) modificado(s) Substrato (S): composto(s) modificado(s) pela E Taiz e Zeiger, 2002 Estado de transição: torção molecular que permite a quebra ou formação de ligações Produto (P): composto(s) resultante(s) da ação da E Cinética enzimática Equação de Michaelis-Menten Vo = (Vmax [S]) / (Km + [S]) Vo → velocidade inicial Vmax → velocidade máxima [S] → concentração de S Km → constante de Michaelis [S] na qual Vo = ½ Vmax E + S ES EP E + P Regulação enzimática Retroalimentação negativa Fosforilação Retroalimentação alostérica Proteínas ligadoras de GTP São interruptores moleculares Diagrama mostrando a forma geral com que que modificações em múltiplos domínios são adicionados (e removidos) a proteínas através de redes de sinalização, e como o código regulador combinatorial resultante é interpretado para alterar o comportamento de uma célula Como se estudam as proteínas? Raios-X RMN Sequenciamento Cromatografia Imunoensaios (utilização de anticorpos) Eletroforese Centrifugação Testes funcionais (de atividade) Técnicas de DNA recombinante