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SETOR PÚBLICO DE SAÚDE A PARTIR DE 1990
NOB 01/91; 01/92 E 01/93
BUSCA DA ESTRUTURAÇÃO E ORGANIZAÇÃO DO SUS 
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As leis que instituíram o SUS não foram suficientes para implementar as modificações pretendidas ➠ transformar um setor saúde caracterizado pela centralização federal, predomínio da assistência individual-curativa hospitalar, sem integração interinstitucional e sem participação social, em um setor descentralizado, atendimento integral priorizando das ações preventivas e participação da comunidade. 
As Normas Operacionais Básicas (NOBS)
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Para efetivar as modificações ➠ Normas Operacionais Básicas (NOBs), formuladas no Ministério da Saúde➠Instrumentos de regulamentação e orientação do processo de implantação descentralizada do SUS.
As NOBs: definição ➠ documentos operacionais cujo caráter dinâmico e flexível permite a incorporação de peculiaridades que vão colaborando para a configuração do SUS. 
As Normas Operacionais Básicas (NOBS)
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Regulamentação da descentralização do SUS  Norma Operacional Básica nº 01/91 de 1991:
pouco rompeu com o modelo estabelecido no período pré-SUS. 
Surge a partir do argumento da inviabilidade conjuntural de regulamentar o artigo 35 da Lei 8.080 definia o repasse direto e automático de recursos do fundo nacional aos fundos estaduais e municipais de saúde, sendo 50% por critérios populacionais e os outros 50% segundo o perfil epidemiológico e demográfico, a capacidade instalada e a complexidade da rede de serviços de saúde, a contrapartida financeira, etc 
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NOB 01/91
Venda de serviços pelos Estados e municípios Nela, Estados e Municípios tinham o caráter de prestadores de serviços de saúde e a União (Ministério da Saúde) atuava como uma espécie de comprador. 
Modelo de atenção à saúde voltado para a produção de serviços
instrumento utilizado para legitimar este repasse foi o convenial, considerado ilegal na época. 
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NOB 01-92
Avanço em relação à NOB 91
Já aparece o reflexo do movimento Municipalista
Cotinha o texto afirmando que o SUS não era continuação do SUDS ou do INAMPS e ainda que se tratava de processo continuado, que demanda vários movimentos complexos, com diferentes respostas por Estados e Municípios.
Avança procurando definir o conceito de Integralidade
Aloca recursos do INAMPS para constituir o Fundo Nacional de Saúde (FNS)
Estimula a descentralização com a criação do Fatorde Estímulo à Municipalização (FEM) e do Fator de estímulo à Gestão Estadual (Fege).
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As NOBs 01/91e 01/92 geram muita insatisfação surge movimento pela efetiva implantação do SUS e descentralização.
1992 – IX CONFERÊNCIA NACIONAL DE SAÚDE. Tema: “Municipalização da Saúde – condição indispensável para a efetiva implantação do SUS”.
Recomendações da IX Conferência – “Descentralização das ações de saúde – a ousadia de cumprir a lei”.
Veio, após discussões, a constituir chamada NORMA OPERACIONAL BÁSICA Nº 01/93 (NOB 01/93 DE 20/05/93.
1993  extinção do INAMPS o comando centralizado do INAMPS torna-se obsoleto suas atribuições passam para o Ministério da Saúde
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NOB 01/93
Estabelece processo gradual, flexível e negociado para habilitar os municípios para o SUS.
Assegura viabilidade política para as mudanças operacionais necessárias.
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NOB 01/93
Foram constituídas comissões intergestores para operacionalizar a descentralização
  Forma privilegiada de Negociação, pactuação, articulação e integração entre gestores (Secretários Estaduais, Municipais e Ministério da Saúde) 
A pactuação entre as esferas de governo seria feita através das:
 Comissões Intergestores Tripartite (CIT, nível federal) e 
Intergestores Bipartite (CIB, nível estadual).
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A Comissão Intergestores Tripartite - CIT, integrada por representantes 
dos gestores municipais (CONASEMS - Conselho Nacional de Secretários Municipais de Saúde); 
estaduais (CONASS - Conselho Nacional de Secretários de Saúde) e 
federal (Ministério da Saúde).
Comissão Intergestores Bipartite - CIB, integrada por representantes dos:
Gestores municipais (COSEMS - Colegiado de Secretários Municipais de Saúde) e 
Gestor estadual (Secretaria Estadual de Saúde), 
NOB 01/93
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Comissões Intergestores:
		São responsáveis pelo gerenciamento do Sistema Único de Saúde, apreciando, entre outros  assuntos, os pactos e programações entre gestores, buscando a integração entre as esferas de governo.
NOB 01/93
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Nelas são pactuados, por exemplo, os tetos financeiros possíveis  dentro das disponibilidades orçamentárias  oriundos dos recursos das três esferas de governo, capazes de viabilizar a atenção às necessidades assistenciais e às exigências ambientais. 
NOB 01/93: Comissões Intergestores
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Os Estados e Municípios teriam que se habilitar a uma das três formas de gestão
incipiente, 
parcial ou 
Semiplena.
 De acordo com o nível organizacional e comprometimento com o SUS.
NOB 01/93 – FORMAS DE GESTÃO
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Para os Estados, havia as formas 
parcial e 
semiplena.
Cada uma das formas representava um nível diferente e progressivo de transferência de responsabilidades e autonomia de gestão.
NOB 01/93 – FORMAS DE GESTÃO
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MUNICÍPIOS
Gestão Incipiente
Assumir imediata ou progressivamente contratação e autorização de cadastramento de prestadores;
Programar e autorizar internações hospitalares e procedimentos ambulatoriais,
Controlar e avaliar serviços públicos e privados;
Demonstrar disposição e condições de assumir as unidades ambulatoriais públicas do município;
Assumir ações básicas de saúde, nutrição, educação para saúde, Vigilância epidemiológica e sanitária, saúde do trabalhador.
Requisitos: ter Conselho Municipal de Saúde e Fundo Municipal de Saúde ou conta especial
NOB 01/93
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Gestão parcial
Assumir as responsabilidades da modalidade anterior;
Requisitos:
Conselho Municipal de Saúde
Fundo Municipal de Saúde
Plano Municipal de Saúde
Relatório de Gestão
Plano de Cargos, Carreiras e Salários 
Contrapartida orçamentária
NOB 01/93
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Gestão Semiplena
Assumir as responsabilidades da modalidade anterior;
Completa responsabilidade sobre a gestão de prestação de serviços 
Planejamento, cadastramento, controle e avaliação, pagamento dos prestadores de serviços ambulatoriais e hospitalares, públicos e privados
Requisitos:
Conselho Municipal de Saúde
Fundo Municipal de Saúde
Plano Municipal de Saúde
Relatório de Gestão
Plano de Cargos, Carreiras e Salários 
Contrapartida orçamentária
NOB 01/93
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Nesse período, 62,9% dos municípios foram habilitados em alguma forma de gestão, sendo apenas 4,6% destes na forma mais avançada (semiplena), 19,7% em gestão parcial e 75,7% em gestão incipiente. 
Com relação à constituição de sistemas municipais, os progressos não foram significativos, já que somente em municípios habilitados na condição semiplena , com maior autonomia e descentralização, houve aumento das responsabilidades assumidas.
NOB 01/93
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