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BelloConcursos - Apostila Objetiva Processo Penal

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Rodrigo Bello 
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Rodrigo Bello 
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1
Processo PenalProcesso PenalProcesso PenalProcesso Penal 
 
 
 Rodrigo BelloRodrigo BelloRodrigo BelloRodrigo Bello 
é advogado criminalista, pós-graduado lato sensu pela Universidade Gama Filho em 
Direito Penal e Processual Penal, palestrante, colaborador do Instituto Millenium, 
professor de Processo Penal e Leis Especiais em cursos preparatórios e pós-graduação 
nos Cursos Jurídico – Paraná, Fórum – Rio de Janeiro, Lexus – Rio de Janeiro, Ênfase – 
Rio de Janeiro, Cejusf – Volta Redonda/RJ, Cejus – Salvador/BA, Lumem – Recife/PE, 
Supremo Concursos – Belo Horizonte/MG, Núcleo Avançado de Aperfeiçoamento 
Jurídico – Ipatinga/MG e das redes Ejufe e Interasat, além do curso on-line ForumTV e 
SupremoTV. Autor da obra Prática Profissional de Direito Penal (Ed. JusPodivum) e de 
diversos artigos jurídicos. 
Contatos 
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twitter: @bellorodrigo 
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Apresentação 
Esta apostila foi elaborada como uma ferramenta de auxílio aos candidatos de provas 
objetivas onde são exigidas questões de Processo Penal. Não tem a pretensão de 
substituir obras de processo penal. O intuito foi ajudar na revisão da matéria e de 
alguns aspectos da lei que, às vezes, passa, desapercebidos na leitura simples e 
monótona da lei. Ao final, comentários de recente concurso do Tribunal Regional 
Federal da 4ªregião. 
 
Dedicatória 
Aos meus primeiros alunos do Supremo Concursos em Belo Horizonte, da turma 
TJ.MG, que em minha estréia em solo mineiro, me receberam de uma forma que 
jamais imaginaria. Agradeço a cada um de vocês, de coração. 
 
Inspiração 
Ada Pellegrine Grinover: “Em face do estado de inocência do acusado, a antecipação 
do resultado do processo representa providência excepcional, que não pode ser 
confundida com a punição, somente justificada em casos de extrema necessidade. Por 
isso, antes de mais nada, a restrição antecipada do direito de liberdade do acusado 
deve obedecer os requisitos necessários para a decretação de qualquer provimento 
cautelar: o fumus bonis iuris, entendido como a plausibilidade do direito invocado 
pelos interessados na medida cautelar; e o periculum in mora que, no caso de prisão 
cautelar, se configura como periculum libertatis, ou seja, a demonstração de que a 
liberdade do acusado pode pôr em risco os resultados do processo, quer com relação 
ao seu desenvolvimento regular, quer quanto à concreta efetivação da sanção penal 
que venha afinal a ser imposta.” 
 
 
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2
1. Princípios Constitucionais do Processo Penal 
 
.Princípio do Juiz Natural (art. 5º inc. LIII CF) � Garantia de um 
julgamento em um foro pré-determinado, ou seja, o agente de um 
determinado crime será julgado, de antemão, por um juízo previamente 
competente. Impede-se, assim, criação de tribunais para julgamento de 
determinado delito após seu cometimento (art. 5º inc. XXXVII). 
Importante frisar que este princípio constitucional não se confunde com 
uma inovação da recente reforma do CPP (leis 11.689, 11.690 e 11.719 de 
2008), que trouxe para o processo penal, tardiamente, o princípio da 
identidade física do juiz (art. 399 §2º CPP), que impõe ao magistrado que 
conduziu a instrução a ser o que proferirá a decisão final. Evidente que este 
juiz é o mais apto a proferir uma decisão penal justa, pois teve contato direto 
com todos os elementos de prova. 
 
.Princípio do Devido Processo Legal (art. 5º inc.LIV CF) � São as regras 
do jogo. Princípio que traduz a garantia que o acusado tem de, durante a fase 
processual, serem respeitadas todas as suas garantias e ainda, que seja 
respeitada toda a ordem procedimental estabelecida em lei. O acusado não 
pode ser surpreendido durante o processo penal. Por mais grave que tenha 
sido o crime cometido o acusado tem direito de saber qual será o momento de 
apresentação de testemunhas, qual o momento onde ele poderá externar sua 
versão no interrogatório e por aí em diante. A democracia impõe essa 
exigência. Sabiamente alguns doutrinadores definem esse princípio como o 
“processo tipificado”. 
 
.Princípio do Contraditório (art. 5º inc. LV CF) � Ação e reação. É a 
possibilidade que o acusado tem de se manifestar em relação a algo que foi 
produzido no processo penal. Exemplo interessante que temos com a reforma 
do CPP é a possibilidade atual de, em juízo, serem feitas perguntas 
diretamente às testemunhas (art. 212 CPP). 
 
.Princípio da Ampla Defesa (art. 5º inc. LV CF) � É a utilização pelo 
acusado de todos os meios defensivos fornecidos pelo legislador. No processo 
penal temos a defesa técnica que é exercida pelo patrono da causa, na figura 
do advogado ou do defensor, e a autodefesa, aquela exercida pelo próprio 
acusado, cujo exemplo clássico é o momento do interrogatório. 
Vale lembrar que ampla defesa não se confunde com plenitude de 
defesa, esta também garantida constitucionalmente, quando do julgamento 
dos crimes dolosos contra a vida (art. 5º inc. XXXVIII CF). Plenitude de defesa 
seria a utilização de meios jurídicos e não jurídicos. Inerente ao julgamento 
popular do tribunal do júri. 
 
.Princípio da Presunção de Inocência ou da Não Culpabilidade (art. 5º 
inc. LVII CF) � Hoje o princípio mais desrespeitado em terra brasilis. Preconiza 
o princípio que somente após o trânsito em julgado de uma decisão penal 
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3
condenatória poderemos considerar o acusado culpado. O que vemos hoje em 
dia é a estigma de criminoso de alta periculosidade com o simples 
indiciamento. O indiciado, sujeito investigado, já carrega estigmas que a 
Constituição não permite. 
O ser humano julga constantemente e esse tipo de pré-julgamento não 
é benéfico para a seara criminal. Na tentativa de se proteger ainda mais o 
princípio constitucional da não culpabilidade foi editada recentemente a 
Súmula Vinculante 11 acerca da excepcionalidade do uso das algemas, 
senão vejamos: 
SÓ É LÍCITO O USO DE ALGEMAS EM 
CASOS DE RESISTÊNCIA E DE FUNDADO 
RECEIO DE FUGA OU DE PERIGO À 
INTEGRIDADE FÍSICA PRÓPRIA OU ALHEIA, 
POR PARTE DO PRESO OU DE TERCEIROS, 
JUSTIFICADA A EXCEPCIONALIDADE POR 
ESCRITO, SOB PENA DE 
RESPONSABILIDADE DISCIPLINAR, CIVIL E 
PENAL DO AGENTE OU DA AUTORIDADE E 
DE NULIDADE DA PRISÃO OU DO ATO 
PROCESSUAL A QUE SE REFERE, SEM 
PREJUÍZO DA RESPONSABILIDADE CIVIL 
DO ESTADO. 
 
Evidentemente que temos, em nosso artigo mais importante da 
Constituição (art. 5º), mais princípios constitucionais que regem o moderno 
Processo Penal Constitucional. Para uma boa preparação recomendamos o 
destaque desses princípios para um melhor entendimento de nossa matéria. 
Destarte, é de suma importância nos situarmos na sustentabilidade 
constitucional de nosso Processo Penal. Preconiza a doutrina mais atual e 
democrática que nosso processo penal é regido pelo Sistema Acusatório, que 
seria na verdade um conjunto de princípios, regras, garantias e dogmas 
constitucionais que podem ser assim resumidos: 
.Processo de Partes, Acusação e Defesa bem definidos; 
.Imparcialidade do Juiz; 
.Publicidade; 
.Contraditório; 
.Presunção de Inocência; 
.Princípio Acusatório, ou seja, juiz eqüidistante da persecução penal; 
.Liberdade do Acusado; 
.Prova produzida pelas partes; 
.Oralidade. 
 
 
 
 
 
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4
2. Estrutura Analítica do Crime 
Para facilitar nosso entendimento processual evidente que a análise do aspecto 
material se faz presente e importante. No intuito de facilitar nosso estudo acerca de 
diversos temas que envolvem ambas as ciências foi elaborado o quadro analítico 
abaixo, trazendo ao leitor o conceito tripartida do crime. 
TÍPICO ILÍCITO CULPÁVEL Punibilidade 
Tipo é o conjunto dos 
elementos do fato 
punível descrito na lei 
penal; é a descrição 
concreta da conduta 
proibida. 
Tipicidade é a 
conformidade do fato 
praticado pelo agente 
com a moldura 
descrita na lei penal. 
Para o fato ser típico 
deve compreender: 
Dolo ou culpa – 
resultado – nexo 
causal – tipicidade. 
Dolo é a consciência e 
vontade de realização 
da conduta no tipo. 
Culpa é a 
inobservância do dever 
objetivo de cuidado 
(imprudência 
negligência-imperícia 
Elementares são 
imprescindíveis para a 
configuração do tipo e 
as circunstâncias são 
dados. 
 
CONDUTA (ação ou 
comportamento 
humano) – Finalismo: 
dirigida à consecução 
de um fim. Se este for 
lícito, gerará culpa; ao 
revés, sendo fim 
ilícito, haverá dolo. 
+ 
RESULTADO 
+ 
NEXO DE 
CAUSALIDADE 
+ 
TIPICIDADE (formal 
e/ou conglobante) 
= 
FATO TÍPICO 
 
Ilícito é o 
comportamento 
humano contrário à 
ordem jurídica que 
lesa ou expõe a perigo 
bens jurídicos 
tutelados. 
Ilicitude é a relação 
de antagonismo que 
se estabelece entre a 
conduta humana 
voluntária e o 
ordenamento jurídico. 
Causas excludentes 
de Ilicitude: estado 
de necessidade – 
legítima defesa – 
estrito cumprimento 
do dever legal – 
exercício regular do 
direito – 
consentimento do 
ofendido 
 
 
Quando o agente não 
atua em: estado de 
necessidade, legítima 
defesa, estrito 
cumprimento do dever 
legal, exercício regular 
do direito e 
consentimento do 
ofendido. 
= 
FATO ILÍCITO 
Culpabilidade é a 
censurabilidade, a 
reprovabilidade social. 
Para ser culpável 
deve haver: 
imputabilidade, que 
é a condição de 
maturidade; 
potencial 
consciência da 
ilicitude, que é a 
possibilidade do 
agente saber que a 
conduta é ilícita e 
exigibilidade de 
conduta diversa. 
As excludentes de 
culpabilidade são: 
doença mental, 
menoridade, 
embriaguez, erro de 
proibição, coação 
moral irresistível e 
obediência hierárquica. 
 
IMPUTABILIDADE 
+ 
POTENCIAL 
CONSCIÊNCIA DA 
ILICITUDE 
+ 
EXIGIBILIDADE DE 
CONDUTA DIVERSA 
= 
FATO CULPÁVEL 
 
OBS: 3 sentidos da 
culpabilidade � 
a) Elemento 
integrante do 
tipo 
b) Como medidor 
de pena 
c) Como 
impedimento 
para resp. obj. 
Depois de verificada a 
tipicidade, a ilicitude e 
a culpabilidade há o 
crime e este, portanto, 
deve ser punido. 
Punibilidade é a 
possibilidade jurídica 
de o Estado impor a 
sanção ao autor do 
delito. 
Causas de Extinção 
da Punibilidade: 
morte do agente, 
anistia, graça, indulto, 
abolitio criminis, 
decadência, 
prescrição, 
perempção, renúncia, 
perdão do ofendido, 
retratação do agente, 
perdão judicial. 
 
 
 
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5
3. Persecução Criminal 
 
Persecução Criminal é todo aquele caminho trilhado pelo Estado a fim de 
se apurar a autoria de um crime e a materialidade do mesmo para que ao final 
seja prolatada uma decisão penal justa. Dividida em 2 fases. 
1ª Fase 2ª Fase 
Preliminar – Investigação 
Inquérito Policial, CPI 
Processual – Ação Penal 
 
 
4. Inquérito Policial 
 
Conceito: Conjunto de diligências presidido por autoridade policial com o 
intuito de investigar para se obter informações referentes aos indícios de 
autoria e materialidade do crime. 
Formas de Abertura (art. 5º CPP): De ofício pelo delegado de polícia, a 
requerimento do ofendido, mediante requisição do Ministério Público. 
Vale observar que esta abertura de Inquérito Policial, de ofício, pelo 
delegado, só acontece nos casos de ação penal pública, tema este que 
veremos na seqüência. Justifica-se essa observação, pois se o crime for de 
ação penal pública condicionada à representação ou crime de ação penal 
privada, a autoridade policial para iniciar as investigações precisa respeitar 
determinadas condições prévias, tais como a representação do ofendido ou a 
anuência da vítima. 
Já o requerimento do ofendido é chamado de notícia crime, que nada 
mais é que um pedido de abertura de inquérito policial, que pode ou não ser 
atendido pela autoridade policial. Em caso de negatória do delegado, o 
ofendido pode recorrer administrativamente (art. 5º §2º CPP) ou entregar 
diretamente a notícia crime ao membro do parquet. 
 
Características: 
a) Oficial (art. 4º CPP): presidência do Delegado de Polícia. 
b) Escrito (art. 9º CPP) 
c) Discricionário (art. 6º, 7º e 14 CPP): a autoridade policial não segue 
um rito pré-ordenado durante a investigação. Não se aplica, 
portanto, o princípio do devido processo legal (art. 5º LIV CF). Vale 
lembrar que uma das possibilidades que o delegado tem durante as 
investigações é de ordenar a identificação do indiciado pelo processo 
datiloscópico, todavia devem ser respeitadas algumas formalidades, 
agora numa recente lei, a 12.037/09. 
d) Sigiloso (art. 20 CPP): apesar da permanência desta característica, é 
inegável que hoje ela perde sua força tendo em vista a publicidade 
constitucional (art. 5º LX), o Estatuto da OAB que permite acesso do 
advogado a qualquer inquérito policial (art. 7º XIII_XV 8.906/94) e a 
recente Súmula Vinculante 14 reproduzida a seguir: 
 
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6
É DIREITO DO DEFENSOR, NO INTERESSE 
DO REPRESENTADO, TER ACESSO AMPLO 
AOS ELEMENTOS DE PROVA QUE, JÁ 
DOCUMENTADOS EM PROCEDIMENTO 
INVESTIGATÓRIO REALIZADO POR ÓRGÃO 
COM COMPETÊNCIA DE POLÍCIA 
JUDICIÁRIA, DIGAM RESPEITO AO 
EXERCÍCIO DO DIREITO DE DEFESA. 
 
Voltando às características: 
 
e) Inquisitório: Significa a não aplicabilidade de princípios 
constitucionais sensíveis, tais como o da ampla defesa e do 
contraditório (art. 5º inc. LV CF). 
 
Prazo (Art. 10 CPP): 10 dias indiciado preso, 30 dias indiciado solto. Vale 
lembrar que este termo “indiciado” é o mais técnico para àqueles que são 
investigados preliminarmente. Já “acusado” é àquele que responde 
processualmente. 
Encerramento do Inquérito Policial: O delegado de polícia, ao encerrar as 
investigações, não poderá arquivar o inquérito policial (art. 17 CPP). Deverá 
elaborar um relatório (art. 10§1º CPP) e enviá-lo ao titular da ação penal 
pública (Ministério Público) quando se tratar de crimes dessa titularidade e 
para o juízo competente, nos demais casos, ou seja, nos casos de 
investigações preliminares acerca de crimes de ação penal privada (art. 19 
CPP). 
Na grande maioria, ou seja, crimes de ação penal pública, o promotor de 
justiça quando recebe o inquérito policial poderá adotar 3(três) medidas. Em 
primeiro lugar sendo verificados os indícios de autoria e materialidade, ele 
deverá propor a denúncia (ação penal pública) conforme art. 24 CPP. Por outro 
lado, poderá ainda requisitar novas diligências se assim entender conveniente 
(art. 16 CPP). Concluindo, pode ainda o órgão ministerial opinar pelo 
arquivamento (art. 28 CPP). 
Arquivamento significa encerramento das investigações. Essa postura 
pode acontecer quando o membro do parquet entende que não tem subsídios 
para a propositura da ação penal. O juiz é chamado para fiscalizar a atuação 
ministerial e pode ou não homologar seu pedido. Não homologando este 
pedido, o Procurador Geral de Justiça é chamado para resolver o impasse.Pode adotar assim a postura de propositura da ação penal ou confirmar o 
arquivamento, medida esta que será definitiva. Todo este procedimento poderá 
ser analisado legalmente com a simples leitura do art. 28 CPP. 
 
 
 
 
 
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7
5. Ação Penal 
 
� . Pública � Incondicionada (100 CP – 24 CPP) 
 
� Condicionada a) representação do ofendido 
(100 §1º CP e 24 CPP) 
 
 b) requisição do Ministro da 
Justiça (100§1º CP e 24 CPP) 
 
 
� . Privada � Exclusiva (100 §2º CP e 30 CPP) 
 
� Personalíssima (236 §único CP) 
 
� Subsidiária da Pública (100 §3º CP e 29-46 
CPP) 
 
As ações penais são divididas em públicas (denúncia) por serem de 
titularidade do órgão público, o Ministério Público. Por sua vez, as ações penais 
privadas são chamadas de queixas-crime e a titularidade é do ofendido, do 
particular. 
 
Prazo: 
Pública � 5 dias réu preso, 15 dias réu solto (art. 46 CPP). 
Privada � 6 meses a contar do conhecimento da autoria (art. 38 CPP). 
 
Princípios: 
Ação Penal Pública: Oficialidade (órgão do Ministério Público que propõe 
a ação – 129 I CF), Obrigatoriedade (com o conhecimento da autoria e da 
materialidade - art. 24 CPP), Indivisibilidade (característica da obrigatoriedade, 
o denunciante deverá propor a ação penal contra todos os eventuais autores 
de um delito) e Indisponibilidade (impossibilidade de desistência da ação penal 
– art. 42 CPP). 
Ação Penal Privada: Oportunidade (escolha, discricionariedade na 
propositura ou não da ação penal – art. 30 CPP, podendo ocorrer à renúncia – 
art. 49 CPP), Disponibilidade (possibilidade de desistência da ação penal 
através do perdão, art. 51 CPP, e da perempção, art. 60 CPP), Indivisibilidade 
(a escolha não é contra quem, portanto escolhida a via jurisdicional, a ação 
penal deve ser proposta contra todos – art. 48 CPP). 
 
Condições da Ação Penal: Atualmente nos valemos da teoria geral do 
processo, portanto, as condições da ação são legitimidade ad causam, 
possibilidade jurídica do pedido e interesse de agir. Entretanto, como forma de 
se proteger o cidadão, é necessário o preenchimento de mais uma condição da 
ação, que agora está positivada no CPP, a justa causa (art. 395 III CPP). 
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8
Poderíamos defini-la, como o conjunto informativo mínimo que dá ensejo à 
propositura da ação penal. 
 
Requisitos da Ação Penal: (art. 41 CPP) 
. exposição do fato criminoso; 
. qualificação do acusado ou sinais característicos; 
. tipificação da conduta criminosa; 
. rol de testemunhas e; 
. procuração com poderes especiais (para ações penais privadas). 
 
Modalidades de Ação Penal Pública: 
 
a) Incondicionada: no silêncio da lei penal que define crimes, o Ministério 
Público tem o dever de propor a ação, não precisando respeitar requisito 
algum. 
b) Condicionada à Representação: a representação (art. 39 CPP) é uma 
condição de procedibilidade. Para ajuizamento da ação penal, o MP deverá 
respeitar este requisito prévio, que nada mais é que uma manifestação de 
vontade. O legislador informará o operador do direito neste sentido. 
Exemplificando, o crime de ameaça do art. 147 CP. 
Pela possibilidade de retratação da representação, importante a leitura 
do art. 25 CPP, que a permite até o momento de oferecimento da ação penal. 
c) Condicionada à Requisição do Ministro da Justiça: casos genéricos de 
ofensa à soberania nacional (art. 145 §único CP). 
 
Modalidades de Ação Penal Privada: 
 
a) Propriamente Dita: O legislador deverá informar em sua 
letra pura da lei que determinado crime somente se 
procede mediante queixa. Vejamos os crimes contra a 
honra em suas modalidades clássicas do caput dos artigos 
138, 139 e 140 do CP. 
b) Personalíssima: não cabe substituição processual (art. 31 
CPP), podendo somente ser ajuizada pelo ofendido. 
Exemplo único em nossa legislação no art. 236 §único do 
CP – Induzimento a erro essencial e ocultação de 
impedimento no momento do casamento. 
c) Subsidiária da Pública: Também chamada de queixa 
supletiva, queixa substitutiva ou queixa subsidiária, esta 
ação se traduz em uma garantia constitucional (art. 5º LIX 
CF) e ocorre quando o Ministério Público não intenta a 
denúncia no prazo estabelecido pelo art. 46 CPP. Esta é a 
regra disposta no art. 29 CPP. 
STÃO 62 
 
 
 
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9
6. Competência 
 
Tema de extrema complexidade que pode ser, didaticamente, 
simplificada com a estipulação de uma nova ordem dos incisos do art 69 do 
CPP. 
 
Ordem Artigo Competência 
em razão 
Objetivo Característica 
1º Art. 69 
V 
Conexão ou 
Continência 
Reunião 
processual 
nos casos de 
concursos de 
agentes e de 
crimes 
Regra Geral em 
nome da economia 
processual e 
segurança jurídica 
2º Art. 69 
inc. 
VII 
Prerrogativa de 
Função 
Foro 
Privilegiado 
Constitucional, 
Absoluta, Especial 
3º Art. 69 
inc. III 
Natureza da 
Infração 
Justiça 
Especializada 
Constitucional, 
Absoluta, Geral 
4º Art. 69 
inc I-II 
Local Justiça 
Comum 
Infraconstitucional, 
Relativa, Geral 
5º Art. 69 
inc IV, 
VI 
Distribuição e 
Prevenção 
Residuais Residuais 
 
Em primeiro lugar, devemos nos preocupar com a reunião processual 
nos casos de concursos de agentes e concursos de crimes. Lembrando de 
ensinamentos de Direito Penal relativos à teoria do domínio final do fato e dos 
concursos materiais, formais e crimes continuados. Esta primeira regra se faz 
presente tendo em vista a economia processual e a segurança jurídica 
principalmente em razão de ser mais seguro o surgimento de uma sentença 
penal una. 
Em seguida, a preocupação gira em torno da prerrogativa de função, 
competência esta constitucional que pode gerar deslocamento do feito tendo 
em vista o foro privilegiado. É de suma importância destacarmos que a 
competência em “razão da pessoa” vislumbrada doutrinariamente é em relação 
ao cargo exercido. Vale lembrar que foram declarados inconstitucionais os 
parágrafos 1º e 2º do art. 84 CPP. Sobre o tema, recente lei 12.019/09. 
Após a análise quanto ao agente que cometeu o delito, nossa 
preocupação é voltada à natureza do crime. Teríamos competências em razão 
da natureza da infração em nossa Constituição? Vejamos: 
.Art. 5º inc. XXXVIII – crimes dolosos contra a vida – Tribunal do Júri; 
.Art 109 CF – crimes “federais” – Justiça Federal; 
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10
.Art 98 I CF – crimes de menor potencial ofensivo (art. 61 lei 9.099/95) 
– Juizado Especial Criminal (lei 9.099/95); 
.Art 118 CF – crimes eleitorais – Justiça Eleitoral; 
.Art 122 CF – crimes militares – Justiça Militar; 
 
Finalizando e otimizando nosso estudo de competência, estaríamos 
agora diante do enfrentamento em relação à competência em razão do local. 
Competência infraconstitucional relativa, que poderá ser alterada tendo em 
vista a preponderância dos mandamentos constitucionais. 
Neste instante vale a abordagem da Súmula 704 do STF: 
 
NÃO VIOLA AS GARANTIAS DO JUIZ 
NATURAL, DA AMPLA DEFESA E DO 
DEVIDO PROCESSO LEGAL A ATRAÇÃO 
POR CONTINÊNCIA OU CONEXÃO DO 
PROCESSO DO CO-RÉU AO FORO POR 
PRERROGATIVA DE FUNÇÃO DE UM DOS 
DENUNCIADOS. 
 
Esta súmula aplicar-se-á quando tivermos eventualconcurso de crimes 
envolvendo detentores de prerrogativa de função. Com base nesta regra, o 
processo do mensalão se encontra no STF, pois alguns dos acusados, por 
ostentarem a condição de Deputado Federal, atraem os demais que não 
possuem originariamente competência na mais alta corte do país. 
UESTÃO 
 
7. Prova 
 
A doutrina mais moderna de processo penal conceitua prova como sendo 
tudo aquilo que tem por objetivo tentar demonstrar a exatidão dos fatos sobre 
o crivo do contraditório. Perfeita a definição, ocasionando assim, uma 
impossibilidade de utilização desse termo durante as investigações 
preliminares inquisitórias, onde não se permite reagir de algo produzido 
naquele instante. 
Sobre o tema, corriqueiro em exame de ordem, importante o candidato 
ficar atento às inúmeras novidades surgidas desde 2003, com a lei 10.792 e 
com a mais recente 11.690/08, esta fazendo parte da recente reforma 
processual penal. 
 
Princípios da Prova: 
a) Princípio do Livre Convencimento ou da Persuasão Racional ou 
do Livre Convencimento Motivado (art. 155 CPP c/c Exposição 
de Motivos CPP VII) � Ordena uma livre e fundamentada 
apreciação da prova, não podendo o magistrado entender que 
uma prova seria mais importante do que outra. Impede, 
portanto, o princípio autoritário da prova legal ou tarifada. 
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b) Princípio do Ônus da Prova (art. 156 CPP) � A prova da 
alegação incumbirá a quem a fizer. Notemos que o art. 156 2ª 
parte permite que o juiz facultativamente possa perquirir 
provas. Essa 2ª parte não é vista muito bem por grande parte 
da doutrina que defende o princípio acusatório, onde o juiz 
deve-se manter imparcial e eqüidistante da colheita de provas. 
 
Meios de Prova: 
O rol a partir do art. 158 CPP não é taxativo. Temos dois meios de prova 
bastante conhecidos e quem não no CPP: a delação premiada e o retrato 
falado, o desenho elaborado por profissional habilitado. Tecemos algumas 
considerações acerca do tema. 
 
Exame de Corpo de Delito (art. 158 CPP): 
Corpo de Delito são os vestígios que os crimes materiais deixam. É 
aquele lastro deixado que precisa ser analisado pelo perito. Atualmente exige-
se apenas 1 perito (alteração da lei 11.690/08) e na ausência deste, 2 
pessoas idôneas portadoras de diploma de curso superior (art. 159 CPP). 
O exame de corpo de delito realizado pelo perito ou por duas pessoas 
diplomadas chama-se, doutrinariamente, de exame de corpo de delito direto. 
Características: 
Oficial � realizado pela perícia; 
Imprescindível � para se provar a materialidade de um crime, exige-se 
o exame. Na falta, podemos aplicar o art. 167, que traz o exame de corpo de 
delito indireto. 
Urgente � quanto mais rápido a realização do exame, mais fácil será a 
elaboração do laudo pericial. 
Irrepetível, em regra � tendo em vista a urgência, geralmente o laudo 
pericial é feito durante a investigação preliminar. Assim, no momento 
processual, ao exercer o contraditório, o acusado se manifesta em relação a 
algo pretérito, algo que fora formado no passado e por sua natureza não 
poderá ser repetido. Assim a doutrina chama esse contraditório de diferido, 
postergado ou retardado. 
Mais uma novidade da reforma foi a possibilidade de assistente técnico 
no processo penal (art. 159§3º e 4º CPP). 
 
Interrogatório (art. 185 CPP): 
Natureza de Meio de Prova e Meio de Defesa. Momento mais importante 
para o exercício da autodefesa por parte do acusado. Imprescindível a 
presença do defensor (art. 185 CPP). 
O interrogatório sofreu sensíveis alterações em 2003 com a lei 10.792 e 
em 2009 foi criado o interrogatório por videoconferência com base na lei 
11.900. 
Art. 185 §2º - Interrogatório por videoconferência; 
Quando caberá? 
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12
Excepcionalmente nos seguintes casos � prevenir risco à segurança 
pública, suspeita que o preso integre organização criminosa; possa fugir 
durante o deslocamento; para viabilizar a participação do réu quando haja 
dificuldade; impedir a influência do réu no ânimo do réu e da testemunha ou 
da vítima e responder gravíssima questão de ordem pública. 
Art. 186 CPP – direito ao silêncio; 
Art. 185 §5º - entrevista prévia antes do interrogatório; 
Art. 187 CPP – Interrogatório de Qualificação e de Mérito; 
Art. 188 CPP – esclarecimentos posteriores após a realização do 
interrogatório presidido pelo magistrado. 
Art. 196 CPP – novo interrogatório 
 
Do Ofendido (art. 201 CPP): 
A vitimologia, incansável ciência lutadora, consegue na reforma dar um 
destaque ao papel da vítima no processo penal. As principais alterações são: 
� primeira pessoa a ser ouvida na audiência (art. 400 CPP); 
� comunicação de todos os atos (art. 201 §2º CPP); 
� atendimento multidisciplinar (art. 201 §5º CPP); 
� receber em sentença criminal indenização à título de reparação de 
dano moral e material (art. 63§único c/c 387 IV CPP). 
 
Das Testemunhas (art. 202 CPP): 
Principal novidade em relação a esse meio de prova, que traduz a 
possibilidade do cidadão brasileiro contribuir com a justiça informando a 
verdade é a possibilidade de perguntas diretas pelas partes (art. 212 CPP – 
redação determinada pela lei 11.690/08). 
Ainda temos a possibilidade de testemunha ser inquirida por 
videoconferência (art. 217 CPP). 
As proibições e impedimentos em relação às testemunhas estão 
dispostos nos arts. 206 e 207. 
Observando ainda que a testemunha que descumpre com um chamado 
judicial comete o crime de desobediência (art. 330 CP) e se por acaso mente 
em juízo comete o crime de falso testemunho (art. 342 CPP). 
 
Confissão (art. 197 CPP) – Reconhecimento de Pessoas (art. 226 CPP) – 
Acareação (art. 229 CPP) – Documentos (art. 231 CPP) e Indícios (art. 239 
CPP) 
São outros meios de prova sem necessidade de maiores 
esclarecimentos, senão a pura leitura de seus referidos artigos. 
 
 
 
 
 
 
 
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13
8. Procedimento Ordinário 
 
O procedimento ordinário, mais genérico e abrangente, sofreu inúmeras 
alterações com a recente reforma processual de 2008. A lei 11.719/08 
começa inovando trazendo uma certeza legal em relação à escolha dos 
procedimentos, senão vejamos com a análise do art. 394 §1º CPP. 
Penas Máximas Abstratas acima de 4 anos � Procedimento Ordinário; 
Penas Máximas Abstratas abaixo de 4 anos � Procedimento Sumário; 
Crimes de Menor Potencial Ofensivo � Procedimento Sumaríssimo. 
Assim sendo procedimento ordinário, o procedimento se inicia com: 
1) propositura da ação – obrigatoriedade em cumprimento dos 
requisitos do art. 41 e 44 do CPP; 
2) recebimento da ação e citação do acusado – o que ocasiona o 
recebimento de uma ação penal é o preenchimento das 
condições da ação (art. 395 CPP). Com o recebimento, em 
regra, o juiz mandará o oficial de justiça citar pessoalmente o 
acusado para responder a acusação e tomar conhecimento da 
amplitude da acusação. Caso o réu se oculta para não ser 
citado, este será citado por hora certa (art. 362 CPP). Trata-se 
de uma novidade da lei 11.719/08. Ainda permanece a citação 
por edital nos casos do art. 363§1º CPP. 
3) Com a citação realizada, segundo o novo artigo 363 CPP, o 
processo terá completada sua formação. 
4) Em 10 dias o acusado deverá apresentar a resposta do 
acusado, também chamada de resposta preliminar ou defesa 
prévia. Peça importantíssima, de apresentação obrigatória, 
onde o acusado deverá colocartudo quer for interessante para 
sua defesa. 
5) Possibilidade de Absolvição Sumária (art. 397 CPP). 
Excludentes, atipicidade, dentre outras causas, geram a 
absolvição sumária. 
6) Marcação da Audiência de Instrução e Julgamento em 60 dias 
(art. 400 CPP). Rege esta audiência o princípio da concentração 
dos atos instrutórios. A intenção da reforma é condensar todos 
os atos de instrução numa só audiência (ofendido + 
testemunhas de acusação(8) + testemunhas de defesa(8) + 
perito + acareações + reconhecimento de pessoas + 
interrogatório). Destacamos a posição do interrogatório agora 
no final da instrução, gerando assim uma maior possibilidade 
de exercício do princípio constitucional da ampla defesa. 
7) Neste momento duas possibilidades podem acontecer. 1ª: não 
havendo necessidade alguma de diligência ou sendo 
indeferidas, serão abertas as alegações orais por 20min 
prorrogável por mais 10min, primeiro a acusação, depois a 
defesa (art. 403 CPP). Entretanto, 2ª possibilidade: se o fato 
for complexo, muitos acusados ou sendo caso de procederem 
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com algumas diligências, o juiz encerra a audiência. Após a 
realização das diligências, o magistrado abre vista à acusação 
para apresentar em 5 dias Alegações Finais Escritas por 
Memoriais. Após, vista a defesa para também em 5 dias 
apresentar suas Alegações Finais Escritas por Memoriais (art. 
403§3º CPP). 
8) Sentença (art. 381 CPP): será prolatada em audiência se as 
alegações finais forem orais (regra – art. 403 CPP) ou após 10 
dias no caso das alegações finais escritas por memoriais (art. 
404 §único CPP). 
 
Em relação às diferenças com o procedimento sumário, poderíamos 
destacar 3(três): Número de Testemunhas, que no sumário são 5(cinco – art. 
532 CPP) ao invés de 8(oito) do ordinário. No procedimento ordinário deve-se 
marcar a audiência em 60 dias. No sumário em 30 dias (art. 531 CPP). E no 
sumário só temos possibilidade de alegações finais orais (art. 534 CPP), 
enquanto que no ordinário temos a regra na oralidade e a exceção a escrita. 
Segue abaixo quadro sistemático do novo procedimento ordinário para 
um estudo esquematizado. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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PROCEDIMENTO ORDINÁRIO - 394§1º I CPP 
Crimes cuja pena máxima for igual ou superior a 4 anos de pena privativa de liberdade 
 
Oferecimento da Ação Recebimento da Ação (art. 396 c/ 399 CPP) Resposta do Acusado 
Penal – Denúncia ou Queixa ���� + Citação (art. 396 c/c 351 CPP) ���� ou 
(Arts. 41-44 c/c 396 CPP) *casos de rejeição da ação (art. 395 CPP) Defesa Prévia 
 Citação Pessoal (art. 351CPP) 10 dias 
 Citação Por Hora Certa (art. 362 CPP) 
 Citação Por Edital (art. 363 §1º CPP) (Art. 396-A CPP) 
 
 
���� Absolvição Sumária ���� Audiência de Instrução .Ofendido (art. 201 CPP) 
 (art. 397 CPP) e Julgamento em 60 dias .Testemunhas de Acusação (202 CPP) 
 (art. 400 CPP) .Testemunhas de Defesa (202 CPP) 
 .Perito (art. 400§2º CPP) 
 .Acareação (art. 229 CPP) 
 .Reconhecimento de Pessoas (art. 226 CPP) 
 .Interrogatório (art. 185 CPP) 
 
 
���� Sem Diligências (art. 402 c/c 403 CPP) ���� Alegações Finais Orais ���� Sentença 
 em 20min +10min (art. 403 CPP) 
(art. 403 c/c 381 CPP) 
���� Com Diligências (art. 403§3º c/ 404 CPP) ���� Alegações Finais Escritas ���� Sentença 
 por memorial em 5 dias 10 dias 
 (art. 403 §3º 404 §ú CPP) (art. 404 §ú CPP) 
 
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9. Prisão Cautelar 
 
Tema este que precisamos estudar com alguns princípios e garantias 
constitucionais nos orientando. Disposições específicas acerca da prisão a 
partir do inciso LXI do art. 5º que, por sua importância, passamos a 
transcrevê-lo: 
LXI - ninguém será preso senão em flagrante delito ou por ordem escrita 
e fundamentada de autoridade judiciária competente, salvo nos casos de 
transgressão militar ou crime propriamente militar, definidos em lei; 
O motivo da transcrição do presente artigo tem o intuito de alertar 
também o leitor para a importância da constitucionalização progressiva que as 
reformas pontuais de processo penal vem apresentando. Esta intenção não foi 
diferente na recente reforma de 2011, das medidas cautelares, da lei 12.403. 
Sobre o tema, indicamos o vídeo-gratuito no Youtube que gravamos 
junto com o professor Gabriel Habib sobre o tema. 
Sobre a terminologia “Cautelar”, esta é utilizada porque tem o objetivo 
de assegurar o bom andamento da persecução criminal. Além disso, é anterior 
ao trânsito em julgado e é considerada provisória. Vejamos considerações 
importantes sobre as 4 modalidades de prisões cautelares. 
 
 
PRISÃO EM 
FLAGRANTE 
PRISÃO 
TEMPORÁRIA 
PRISÃO 
PREVENTIVA 
PRISÃO 
DOMICILIAR 
Art. 301 CPP e 
seguintes 
Lei 7960/89 Art. 311 CPP Art. 317 CPP 
 
 
Modalidades: 
 
 
301 1ª Parte: 
Facultativo 
301 2ª Parte: 
Obrigatório ou 
Compulsório 
302 I-II: Próprio, 
Perfeito ou Real 
302 III – Impróprio 
ou Imperfeito 
302 IV – Presumido 
ou Ficto 
Particularidades: 
1) Somente 
durante IP 
2) Crimes do art. 
1º inc III e 
Hediondos 
(8.072/90) 
3) Prazo Certo e 
Determinado. 
Art. 2º 
7.960/89 – 5 
dias 
prorrogáveis 
por igual 
período ou Art. 
2º §4º 
8.072/90 – 30 
dias 
prorrogáveis 
por igual 
período 
4) Mandado de 
Prisão serve 
como Nota de 
 
Requisitos (312 
CPP): 
 
 
.garantia da 
ordem pública 
.garantia da 
ordem econômica 
. assegurar a 
aplicação da lei 
penal 
.conveniência da 
instrução criminal 
 
.indícios de autoria 
.materialidade do 
fato 
 
*2 últimos 
obrigatórios 
conjugados com 
os demais 
 
 
 
 
 
 
Consiste no 
recolhimento 
do indiciado 
ou acusado 
em sua 
residência, só 
podendo nela 
ausentar-se 
com 
autorização 
judicial. 
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17
Culpa 
5) Independe de 
Alvará de 
Soltura 
Situações: 
Preparado (S. 145 
STF) - ilegal 
Forjado - ilegal 
Esperado - legal 
Retardado - legal 
Legitimados: 
 
Delegado de Polícia 
Ministério Público 
Legitimados: 
Delegado de 
Polícia 
Ministério Público 
Querelante 
Juiz de Ofício, 
durante a ação 
penal somente 
Assistente 
Hipóteses: 
-Maior de 80 
Anos; 
- 
Extremamente 
debilitado por 
motivo de 
doença grave; 
- 
Imprescindível 
aos cuidados 
especiais de 
menor de 6 
anos de idade 
ou com 
deficiência; 
-Gestante a 
partir do 
7ºmês de 
gravidez ou 
sendo esta de 
alto risco 
Art. 304 – Recibo de 
Entrega 
Requisitos (art. 1º 
inc lei 7.960/89): 
I+III ou II+III ou 
I+II+III 
Art. 313: I - 
apenas 
para crimes 
dolosos 
com pena superior 
a 
4 anos. 
Demais casos na 
lei. 
 
Art. 306 – 
Obrigaçõesdo 
Delegado de Polícia 
após a lavratura do 
APF – Retrato Fiel 
dos incisos 
LXII,LXIII,LXIV do 
art. 5º CF 
Momentos (art.1º 
inc I lei 7.960/89): 
 
Somente durante o 
Inquérito Policial 
Momentos (art. 
311 CPP): 
 
Durante o 
Inquérito Policial e 
Ação Penal 
 
 
A prisão especial do art. 295 CPP não é modalidade de prisão cautelar e 
sim modalidade de encarceramento. Determinadas pessoas podem ser 
encarceradas em celas especiais. Esta modalidade só se aplica às prisões 
cautelares. 
Por falar em cautelar, o termo também demanda alguns sinônimos 
espalhados pela doutrina: processual, pré-processual e prisão provisória. 
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Com a reforma processual de 2008 que, cansativamente abordamos, 
foram extintas duas modalidades de prisão cautelar: a prisão em decorrência 
de sentença penal condenatória e prisão em decorrência de pronúncia. 
Todavia, não significa dizer que foram impedidas prisões nestes dois 
momentos processuais. Atualmente as prisões podem ser decretadas de forma 
preventiva (arts. 387 §único e 413 §3º CPP). E mais, nestes dois momentos, 
de pronúncia e de sentença penal condenatória recorrível exige-se a renovação 
da fundamentação caso o acusado esteja respondendo já o processo preso. 
Constitucionalmente, lembremos: a regra é a liberdade. O Código de 
Processo Penal é uma carta de proteção aos inocentes, como diria doutrina 
clássica. 
Inclusive, um dos objetivos da lei 12.403/11 foi realçar ainda mais um 
jargão que é muito ouvido na área acadêmica: 
 
A regra é a liberdade, a exceção é a prisão. 
 
Tal mudança enfrenta ainda muita resistência em nossa cultura latina 
autoritária, todavia a mudança de cultura precisa existir. É vital, necessária. A 
importância é tamanha que o legislador em seu art. 319 nos traz novas 
medidas cautelares diversas da prisão. Senão vejamos: 
Art. 319. São medidas cautelares diversas da prisão: 
I - comparecimento periódico em juízo, quando necessário para informar 
e justificar atividades; 
II - proibição de acesso ou freqüência a determinados lugares quando, 
por circunstâncias relacionadas ao fato, deva o indiciado ou acusado 
permanecer distante desses locais para evitar o risco de novas infrações; 
III - proibição de manter contato com pessoa determinada quando, por 
circunstâncias relacionadas ao fato, deva o indiciado ou acusado dela 
permanecer distante; 
IV - proibição de ausentar-se da Comarca quando a permanência seja 
conveniente para a investigação ou instrução; 
V - recolhimento domiciliar no período noturno e nos dias de folga nos 
crimes quando o investigado ou acusado tenha residência e trabalho fixos; 
VI - suspensão do exercício de função pública ou de atividade de 
natureza econômica ou financeira quando houver justo receio de sua utilização 
para a prática de infrações penais; 
VII - internação provisória do acusado nas hipóteses de crimes 
praticados com violência ou grave ameaça, quando os peritos concluírem ser 
inimputável ou semi-imputável (art. 26 do Código Penal) e houver risco de 
reiteração; 
VIII - fiança, nas infrações que a admitem, para assegurar o 
comparecimento a atos do processo, evitar a obstrução do seu andamento ou 
em caso de resistência injustificada a ordem judicial. 
IX- monitoração eletrônica. 
§ 1º REVOGADO 
§ 2º REVOGADO 
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19
§ 3º (Revogado). 
§ 4º A fiança será aplicada de acordo com as disposições do Capítulo VI 
deste Título, podendo ser cumulada com outras medidas cautelares. 
Com a relevância do tema da lei 12.403/11, segue o quadro 
comparativo com a integralidade da lei de forma comparativa com a legislação 
anterior. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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20
Art. Redação Antiga 
Dec.Lei 3689/41 (CPP) 
Nova Redação 
Lei 12.403/01 
282 
Art. 282. À exceção do flagrante delito, a prisão não 
poderá efetuar-se senão em virtude de pronúncia ou nos 
casos determinados em lei, e mediante ordem escrita da 
autoridade competente. 
Art. 282. As medidas cautelares previstas neste Título deverão ser 
aplicadas observando-se a: 
I - necessidade para aplicação da lei penal, para a investigação ou a 
instrução criminal e, nos casos expressamente previstos, para evitar a 
prática de infrações penais; 
II - adequação da medida à gravidade do crime, circunstâncias do fato e 
condições pessoais do indiciado ou acusado. 
§ 1º As medidas cautelares poderão ser aplicadas isolada ou 
cumulativamente. 
§ 2º As medidas cautelares serão decretadas pelo juiz, de ofício ou a 
requerimento das partes ou, quando no curso da investigação 
criminal, por representação da autoridade policial ou mediante 
requerimento do Ministério Público. 
§ 3º Ressalvados os casos de urgência ou de perigo de ineficácia da 
medida, o juiz, ao receber o pedido de medida cautelar, determinará a 
intimação da parte contrária, acompanhada de cópia do requerimento e 
das peças necessárias, permanecendo os autos em juízo. 
§ 4º No caso de descumprimento de qualquer das obrigações impostas, o 
juiz, de ofício ou mediante requerimento do Ministério Público, de seu 
assistente ou do querelante, poderá substituir a medida, impor outra em 
cumulação, ou, em último caso, decretar a prisão preventiva (art. 312, 
parágrafo único). 
§ 5º O juiz poderá revogar a medida cautelar ou substituí-la quando 
verificar a falta de motivo para que subsista, bem como voltar a decretá-
la, se sobrevierem razões que a justifiquem. 
§ 6º A prisão preventiva será determinada quando não for possível a sua 
substituição por outra medida cautelar (art. 319).’ 
283 
 
Art. 283. A prisão poderá ser efetuada em qualquer dia 
e a qualquer hora, respeitadas as restrições relativas à 
inviolabilidade do domicílio. 
Art. 283. Ninguém poderá ser preso senão em flagrante delito ou por 
ordem escrita e fundamentada da autoridade judiciária competente, em 
decorrência de sentença condenatória transitada em julgado ou, no curso 
da investigação ou do processo, em virtude de prisão temporária ou prisão 
preventiva. 
§ § 1º As medidas cautelares previstas neste Título não se aplicam à 
infração a que não for isolada, cumulativa ou alternativamente cominada 
pena privativa de liberdade. 
§ 2º A prisão poderá ser efetuada em qualquer dia e a qualquer hora, 
respeitadas as restrições relativas à inviolabilidade do domicílio. 
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21
Art. Redação Antiga 
Dec.Lei 3689/41 (CPP) 
Nova Redação 
Lei 12.403/01 
289 Art. 289. Quando o réu estiver no território nacional, 
em lugar estranho ao da jurisdição, será deprecada a 
sua prisão, devendo constar da precatória o inteiro teor 
do mandado. 
Art. 289. Quando o acusado estiver no território nacional, fora da 
jurisdição do juiz processante, será deprecada a sua prisão, devendo 
constar da precatória o inteiro teor do mandado. 
§ 1º Havendo urgência, o juiz poderá requisitar a prisão por qualquer 
meio de comunicação, do qual deverá constar o motivo da prisão, bem 
como o valor da fiança ser arbitrada. 
§ 2º A autoridade a quem se fizer a requisição tomará as precauções 
necessárias para averiguar a autenticidade da comunicação.§ 3º O juiz processante deverá providenciar a remoção do preso no prazo 
máximo de 30 (trinta) dias, contados da efetivação da medida." 
289-A Art. 289-A. O juiz competente providenciará o imediato registro do 
mandado de prisão em banco de dados mantido pelo Conselho 
Nacional de Justiça para essa finalidade. 
§ 1º Qualquer agente policial poderá efetuar a prisão determinada no 
mandado de prisão registrado no Conselho Nacional de Justiça, ainda 
que fora da competência territorial do juiz que o expediu. 
§ 2º Qualquer agente policial poderá efetuar a prisão decretada, ainda 
que sem registro no Conselho Nacional de Justiça, adotando as 
precauções necessárias para averiguar a autenticidade do mandado e 
comunicando ao juiz que a decretou, devendo este providenciar, em 
seguida, o registro do mandado na forma do caput deste artigo. 
§ 3º A prisão será imediatamente comunicada ao juiz do local de 
cumprimento da medida o qual providenciará a certidão extraída do 
registro do Conselho Nacional de Justiça e informará ao juízo que a 
decretou. 
§ 4º O preso será informado de seus direitos, nos termos do inciso 
LXIII do art. 5o da Constituição Federal e, caso o autuado não informe 
o nome de seu advogado, será comunicado à Defensoria Pública. 
§ 5º Havendo dúvidas das autoridades locais sobre a legitimidade da 
pessoa do executor ou sobre a identidade do preso, aplica-se o 
disposto no § 2º do art. 290 deste Código. 
§ 6º O Conselho Nacional de Justiça regulamentará o registro do 
mandado de prisão a que se refere o caput deste artigo. 
298 Art. 298. Se a autoridade tiver conhecimento de que o 
réu se acha em território estranho ao da sua jurisdição, 
poderá, por via postal ou telegráfica, requisitar a sua 
captura, declarando o motivo da prisão e, se afiançável a 
REVOGADO 
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infração, o valor da fiança. 
299 
Art. 299. Se a infração for inafiançável, a captura 
poderá ser requisitada, à vista de mandado judicial, por 
via telefônica, tomadas pela autoridade, a quem se fizer 
a requisição, as precauções necessárias para averiguar a 
autenticidade desta. 
 
Art. 299. A captura poderá ser requisitada, à vista de mandado 
judicial, por qualquer meio de comunicação, tomadas pela autoridade, 
a quem se fizer a requisição, as precauções necessárias para 
averiguar a autenticidade desta." 
300 
Art. 300. Sempre que possível, as pessoas presas 
provisoriamente ficarão separadas das que já estiverem 
definitivamente condenadas. 
Art. 300. As pessoas presas provisoriamente ficarão separadas das 
que já estiverem definitivamente condenadas, nos termos da lei de 
execução penal. 
Parágrafo Único. O militar preso em flagrante delito, após a 
lavratura dos procedimentos legais, será recolhido a quartel da 
instituição a que pertencer, onde ficará preso à disposição das 
autoridades competentes. 
306 Art. 306. A prisão de qualquer pessoa e o local onde se 
encontre serão comunicados imediatamente ao juiz 
competente e à família do preso ou a pessoa por ele 
indicada. (Redação dada pela Lei nº 11.449, de 2007). 
§ 1o Dentro em 24h (vinte e quatro horas) depois da 
prisão, será encaminhado ao juiz competente o auto de 
prisão em flagrante acompanhado de todas as oitivas 
colhidas e, caso o autuado não informe o nome de seu 
advogado, cópia integral para a Defensoria Pública. 
(Redação dada pela Lei nº 11.449, de 2007). 
§ 2o No mesmo prazo, será entregue ao preso, mediante 
recibo, a nota de culpa, assinada pela autoridade, com o 
motivo da prisão, o nome do condutor e o das 
testemunhas. (Incluído pela Lei nº 11.449, de 2007). 
 
 
Art. 306. A prisão de qualquer pessoa e o local onde se encontre 
serão comunicados imediatamente ao juiz competente, ao Ministério 
Público e à família do preso ou à pessoa por ele indicada. 
§ 1º Em até 24 (vinte e quatro) horas após a realização da prisão, 
será encaminhado ao juiz competente o auto de prisão em flagrante e, 
caso o autuado não informe o nome de seu advogado, cópia integral 
para a Defensoria Pública. 
§ 2º No mesmo prazo, será entregue ao preso, mediante recibo, a 
nota de culpa, assinada pela autoridade, com o motivo da prisão, o 
nome do condutor e os das testemunhas. 
310 
Art. 310. Quando o juiz verificar pelo auto de prisão em 
flagrante que o agente praticou o fato, nas condições do 
art. 19, I, II e III, do Código Penal, poderá, depois de 
ouvir o Ministério Público, conceder ao réu liberdade 
provisória, mediante termo de comparecimento a todos 
os atos do processo, sob pena de revogação. 
 Parágrafo único. Igual procedimento será adotado 
Art. 310. Ao receber o auto de prisão em flagrante, o juiz deverá 
fundamentadamente: 
I - relaxar a prisão ilegal; ou 
II - converter a prisão em flagrante em preventiva, quando presentes 
os requisitos constantes do art. 312 deste Código, e se revelarem 
inadequadas ou insuficientes as medidas cautelares diversas da 
prisão; ou 
III - conceder liberdade provisória, com ou sem fiança. 
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quando o juiz verificar, pelo auto de prisão em flagrante, 
a inocorrência de qualquer das hipóteses que autorizam 
a prisão preventiva (arts. 311 e 312). (Incluído pela Lei 
nº 6.416, de 24.5.1977) 
 
Parágrafo único. Se o juiz verificar, pelo auto de prisão em flagrante, 
que o agente praticou o fato nas condições constantes dos incisos I a 
III do caput do art. 23 do Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 
1940 - Código Penal, poderá, fundamentadamente, conceder ao 
acusado liberdade provisória, mediante termo de comparecimento a 
todos os atos processuais, sob pena de revogação. 
311 Art. 311. Em qualquer fase do inquérito policial ou da 
instrução criminal, caberá a prisão preventiva decretada 
pelo juiz, de ofício, a requerimento do Ministério Público, 
ou do querelante, ou mediante representação da 
autoridade policial. (Redação dada pela Lei nº 5.349, de 
3.11.1967) 
Art. 311. Em qualquer fase da investigação policial ou do processo 
penal, caberá a prisão preventiva decretada pelo juiz, de ofício, se no 
curso da ação penal, ou a requerimento do Ministério Público, do 
querelante ou do assistente, ou por representação da autoridade 
policial. 
312 
Art. 312. A prisão preventiva poderá ser decretada 
como garantia da ordem pública, da ordem econômica, 
por conveniência da instrução criminal, ou para 
assegurar a aplicação da lei penal, quando houver prova 
da existência do crime e indício suficiente de autoria. 
(Redação dada pela Lei nº 8.884, de 11.6.1994) 
Art. 312. A prisão preventiva poderá ser decretada como garantia da 
ordem pública, da ordem econômica, por conveniência da instrução 
criminal, ou para assegurar a aplicação da lei penal, quando houver 
prova da existência do crime e indício suficiente de autoria. 
Parágrafo único. A prisão preventiva também poderá ser decretada 
em caso de descumprimento de qualquer das obrigações impostas por 
força de outras medidas cautelares (art. 282, § 4º). 
313 
 
 
Art. 313. Em qualquer das circunstâncias, previstas no 
artigo anterior, será admitida a decretação da prisão 
preventiva nos crimes dolosos: (Redação dada pela Lei 
nº 6.416, de 24.5.1977) 
 I - punidos com reclusão; (Redação dada pela Lei 
nº 6.416, de 24.5.1977) 
 II - punidos com detenção, quando seapurar que o 
indiciado é vadio ou, havendo dúvida sobre a sua 
identidade, não fornecer ou não indicar elementos para 
esclarecê-la; (Redação dada pela Lei nº 6.416, de 
24.5.1977) 
 III - se o réu tiver sido condenado por outro crime 
doloso, em sentença transitada em julgado, ressalvado o 
disposto no parágrafo único do art. 46 do Código Penal. 
(Redação dada pela Lei nº 6.416, de 24.5.1977) 
Art. 313. Nos termos do art. 312 deste Código, será admitida a 
decretação da prisão preventiva: 
I - nos crimes dolosos punidos com pena privativa de liberdade 
máxima superior a 4 (quatro) anos; 
II - se tiver sido condenado por outro crime doloso, em sentença 
transitada em julgado,ressalvado o disposto no inciso I do caput do 
art. 64 do Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940 - Código 
Penal; 
III - se o crime envolver violência doméstica e familiar contra a 
mulher, criança, adolescente, idoso, enfermo ou pessoa com 
deficiência, para garantir a execução das medidas protetivas de 
urgência; 
IV – REVOGADO 
Parágrafo único. Também será admitida a prisão preventiva quando 
houver dúvida sobre a identidade civil da pessoa ou quando esta não 
fornecer elementos suficientes para esclarecê-la, devendo o preso ser 
colocado imediatamente em liberdade após a identificação, salvo se 
outra hipótese recomendar a manutenção da medida." 
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 IV - se o crime envolver violência doméstica e 
familiar contra a mulher, nos termos da lei específica, 
para garantir a execução das medidas protetivas de 
urgência. (Incluído pela Lei nº 11.340, de 2006) 
 
314 
Art. 314. A prisão preventiva em nenhum caso será 
decretada se o juiz verificar pelas provas constantes dos 
autos ter o agente praticado o fato nas condições do art. 
19, ns. I, II ou III do Código Penal. (Redação dada pela 
Lei nº 5.349, de 3.11.1967) 
Art. 314. A prisão preventiva em nenhum caso será decretada se o 
juiz verificar pelas provas constantes dos autos ter o agente praticado 
o fato nas condições previstas nos incisos I, II e III do caput do art. 
23 do Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940 - Código 
Penal. 
315 Art. 315. O despacho que decretar ou denegar a prisão 
preventiva será sempre fundamentado. (Redação dada 
pela Lei nº 5.349, de 3.11.1967) 
Art. 315. A decisão que decretar, substituir ou denegar a prisão 
preventiva será sempre motivada. 
317 Art. 317. A apresentação espontânea do acusado à 
autoridade não impedirá a decretação da prisão 
preventiva nos casos em que a lei a autoriza. 
Art. 317. A prisão domiciliar consiste no recolhimento do indiciado ou 
acusado em sua residência, só podendo dela ausentar-se com 
autorização judicial. 
318 
 
 
 
Art. 318. Em relação àquele que se tiver apresentado 
espontaneamente à prisão, confessando crime de autoria 
ignorada ou imputada a outrem, não terá efeito 
suspensivo a apelação interposta da sentença 
absolutória, ainda nos casos em que este Código Ihe 
atribuir tal efeito. 
Art. 318. Poderá o juiz substituir a prisão preventiva pela domiciliar 
quando o agente for: 
I - maior de 80 (oitenta) anos; 
II - extremamente debilitado por motivo de doença grave; 
III - imprescindível aos cuidados especiais de menor de 6 (seis) anos 
de idade, ou com deficiência; 
IV - gestante a partir do 7º (sétimo) mês de gravidez ou sendo esta 
de alto risco. 
Parágrafo único. Para a substituição, o juiz exigirá prova idônea dos 
requisitos estabelecidos neste artigo. 
319 
 
 
Art. 319. A prisão administrativa terá cabimento: 
 I - contra remissos ou omissos em entrar para os 
cofres públicos com os dinheiros a seu cargo, a fim de 
compeli-los a que o façam; 
 II - contra estrangeiro desertor de navio de guerra 
ou mercante, surto em porto nacional; 
 III - nos demais casos previstos em lei. 
Art. 319. São medidas cautelares diversas da prisão: 
I - comparecimento periódico em juízo, quando necessário para 
informar e justificar atividades; 
II - proibição de acesso ou freqüência a determinados lugares quando, 
por circunstâncias relacionadas ao fato, deva o indiciado ou acusado 
permanecer distante desses locais para evitar o risco de novas 
infrações; 
III - proibição de manter contato com pessoa determinada quando, 
por circunstâncias relacionadas ao fato, deva o indiciado ou acusado 
dela permanecer distante; 
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 § 1o A prisão administrativa será requisitada à 
autoridade policial nos casos dos ns. I e III, pela 
autoridade que a tiver decretado e, no caso do no II, 
pelo cônsul do país a que pertença o navio. 
 § 2o A prisão dos desertores não poderá durar 
mais de três meses e será comunicada aos cônsules. 
 § 3o Os que forem presos à requisição de 
autoridade administrativa ficarão à sua disposição. 
 
 
IV - proibição de ausentar-se da Comarca quando a permanência seja 
conveniente para a investigação ou instrução; 
V - recolhimento domiciliar no período noturno e nos dias de folga nos 
crimes quando o investigado ou acusado tenha residência e trabalho 
fixos; 
VI - suspensão do exercício de função pública ou de atividade de 
natureza econômica ou financeira quando houver justo receio de sua 
utilização para a prática de infrações penais; 
VII - internação provisória do acusado nas hipóteses de crimes 
praticados com violência ou grave ameaça, quando os peritos 
concluírem ser inimputável ou semi-imputável (art. 26 do Código 
Penal) e houver risco de reiteração; 
VIII - fiança, nas infrações que a admitem, para assegurar o 
comparecimento a atos do processo, evitar a obstrução do seu 
andamento ou em caso de resistência injustificada a ordem judicial. 
IX- monitoração eletrônica. 
§ 1º REVOGADO 
§ 2º REVOGADO 
§ 3º (Revogado). 
§ 4º A fiança será aplicada de acordo com as disposições do Capítulo 
VI deste Título, podendo ser cumulada com outras medidas 
cautelares. 
320 
Art. 320. A prisão decretada na jurisdição cível será 
executada pela autoridade policial a quem forem 
remetidos os respectivos mandados. 
Art. 320. A proibição de ausentar-se do país será comunicada pelo 
juiz às autoridades encarregadas de fiscalizar as saídas do território 
nacional, intimando-se o indiciado ou acusado para entregar o 
passaporte, no prazo de 24 (vinte e quatro) horas. 
321 Art. 321. Ressalvado o disposto no art. 323, III e IV, o 
réu livrar-se-á solto, independentemente de fiança: 
 I - no caso de infração, a que não for, isolada, 
cumulativa ou alternativamente, cominada pena 
privativa de liberdade; 
 II - quando o máximo da pena privativa de 
liberdade, isolada, cumulativa ou alternativamente 
cominada, não exceder a três meses. 
 
 
Art. 321. Ausentes os requisitos que autorizam a decretação da 
prisão preventiva, o juiz deverá conceder liberdade provisória, 
impondo, se for o caso, as medidas cautelares previstas no art. 319 
deste Código e observados os critérios constantes do art. 282 deste 
Código. 
I- REVOGADO 
II- REVOGADO 
322 
Art. 322. A autoridade policial somente poderá conceder 
Art. 322. A autoridade policial somente poderá conceder fiança nos 
casos de infração cuja pena privativa de liberdade máxima não seja 
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fiança nos casos de infração punida com detenção ou 
prisão simples.(Redação dada pela Lei nº 6.416, de 
24.5.1977) 
superior a 4 (quatro) anos. 
Parágrafo único. Nos demais casos, a fiança será requerida ao juiz, 
que decidirá em 48 (quarenta e oito) horas. 
323 Art. 323. Não será concedida fiança: 
I - nos crimes punidos com reclusão em que a pena 
mínima cominada for superior a 2 (dois) anos; (Redação 
dada pela Lei nº 6.416, de 24.5.1977) 
II - nas contravenções tipificadas nos arts. 59 e 60 da 
Lei das Contravenções Penais; (Redação dada pela Lei nº 
6.416, de 24.5.1977) 
III - nos crimes dolosos punidos com pena privativa da 
liberdade, se o réu já tiver sido condenado por outro 
crime doloso, em sentença transitada em julgado; 
(Redação dada pela Lei nº 6.416, de 24.5.1977) 
IV - em qualquer caso, se houver no processo prova de 
ser o réu vadio; 
V - nos crimes punidos com reclusão, que provoquem 
clamor público ou que tenham sido cometidos com 
violência contra a pessoa ou grave ameaça. (Incluído 
pela Lei nº 6.416, de 24.5.1977) 
 
 
 
 
Art. 323. Não será concedido fiança: 
I – nos crimes de racismo; 
II – nos crimes de tortura, tráfico ilícito de entorpecentes e drogas 
afins, terrorismo e nos definidos como crimes hediondos; 
III – nos crimes cometidos por grupos armados, civis ou militares, 
contra a ordem constitucional e o Estado Democrático.’(NR) 
IV – REVOGADO 
V – REVOGADO 
324 Art. 324. Não será, igualmente, concedida fiança: 
 I - aos que, no mesmo processo, tiverem quebrado 
fiança anteriormente concedida ou infringido, sem 
motivo justo, qualquer das obrigações a que se refere o 
art. 350; 
 II - em caso de prisão por mandado do juiz do 
cível, de prisão disciplinar, administrativa ou militar; 
 III - ao que estiver no gozo de suspensão 
condicional da pena ou de livramento condicional, salvo 
se processado por crime culposo ou contravenção que 
admita fiança; 
 IV - quando presentes os motivos que autorizam a 
decretação da prisão preventiva (art. 312). (Incluído 
pela Lei nº 6.416, de 24.5.1977) 
 
 
Art. 324. Não será, igualmente, concedido fiança: 
I – aos que, no mesmo processo, tiverem quebrado fiança 
anteriormente concedida ou infringido, sem motivo justo, qualquer 
das obrigações a que se referem os art. 327 e 328 deste Código; 
II – em caso de prisão civil ou militar; 
III – REVOGADO; 
IV – quando presentes os motivos que autorizam a decretação da 
prisão preventiva (art.312). 
325 Ficam revogados o § 2º e seus incisos I, II e III do 
art. 325 
 
 
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Art. 325. O valor da fiança será fixado pela autoridade 
que a conceder nos seguintes limites: (Redação dada 
pela Lei nº 7.780, de 22.6.1989) 
 a) de 1 (um) a 5 (cinco) salários mínimos de 
referência, quando se tratar de infração punida, no grau 
máximo, com pena privativa da liberdade, até 2 (dois) 
anos; (Incluída pela Lei nº 7.780, de 22.6.1989) 
 b) de 5 (cinco) a 20 (vinte) salários mínimos de 
referência, quando se tratar de infração punida com 
pena privativa da liberdade, no grau máximo, até 4 
(quatro) anos; (Incluída pela Lei nº 7.780, de 
22.6.1989) 
 c) de 20 (vinte) a 100 (cem) salários mínimos de 
referência, quando o máximo da pena cominada for 
superior a 4 (quatro) anos. (Incluída pela Lei nº 7.780, 
de 22.6.1989) 
 § 1o Se assim o recomendar a situação econômica 
do réu, a fiança poderá ser: (Incluído pela Lei nº 8.035, 
de 27.4.1990) 
 I - reduzida até o máximo de dois terços; (Incluído 
pela Lei nº 8.035, de 27.4.1990) 
 II - aumentada, pelo juiz, até o décuplo. (Incluído 
pela Lei nº 8.035, de 27.4.1990) 
 § 2o Nos casos de prisão em flagrante pela prática 
de crime contra a economia popular ou de crime de 
sonegação fiscal, não se aplica o disposto no art. 310 e 
parágrafo único deste Código, devendo ser observados 
os seguintes procedimentos: (Incluído pela Lei nº 8.035, 
de 27.4.1990) 
 I - a liberdade provisória somente poderá ser 
concedida mediante fiança, por decisão do juiz 
competente e após a lavratura do auto de prisão em 
flagrante; (Incluído pela Lei nº 8.035, de 27.4.1990) 
 Il - o valor de fiança será fixado pelo juiz que a 
conceder, nos limites de dez mil a cem mil vezes o valor 
do Bônus do Tesouro Nacional - BTN, da data da prática 
 
Art. 325. O valor da fiança será fixado pela autoridade que a 
conceder nos seguintes limites: 
I – de 1 (um) a 100 (cem) salários mínimos, quando se tratar de 
infração cuja pena privativa de liberdade, no grau máximo, não for 
superior a 4 (dois) anos; 
II – de 10 (cinco) a 200 (duzentos) salários mínimos, quando o 
máximo da pena privativa de liberdade cominada for superior a 4 
(quatro) anos; 
§ 1º Se assim recomendar a situação econômica do preso, a fiança 
poderá ser: 
I - dispensada, na forma do art. 350 deste Código; 
II - reduzida até o máximo de 2/3 (dois terços); ou 
III - aumentada pelo juiz até 1000 (mil) vezes. 
§ 2º REVOGADO: 
I – REVOGADO; 
II – REVOGADO; 
III - REVOGADO. 
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do crime; (Incluído pela Lei nº 8.035, de 27.4.1990) 
 III - se assim o recomendar a situação econômica 
do réu, o limite mínimo ou máximo do valor da fiança 
poderá ser reduzido em até nove décimos ou aumentado 
até o décuplo. (Incluído pela Lei nº 8.035, de 27.4.1990) 
 
334 Art. 334. A fiança poderá ser prestada em qualquer 
termo do processo, enquanto não transitar em julgado a 
sentença condenatória. 
Art. 334. A fiança poderá ser prestada enquanto não transitar em 
julgado a sentença condenatória. 
335 Art. 335. Recusando ou demorando a autoridade 
policial a concessão da fiança, o preso, ou alguém por 
ele, poderá prestá-la, mediante simples petição, perante 
o juiz competente, que decidirá, depois de ouvida aquela 
autoridade. 
Art. 335. Recusando ou retardando a autoridade policial a concessão 
da fiança, o preso, ou alguém por ele, poderá prestá-la, mediante 
simples petição, perante o juiz competente, que decidirá em 48 
(quarenta e oito) horas. 
336 
 
 
Art. 336. O dinheiro ou objetos dados como fiança 
ficarão sujeitos ao pagamento das custas, da 
indenização do dano e da multa, se o réu for condenado. 
Parágrafo único. Este dispositivo terá aplicação ainda no 
caso da prescrição depois da sentença condenatória 
(Código Penal, art. 110 e seu parágrafo). 
Art. 336. O dinheiro ou objetos dados como fiança servirão ao 
pagamento das custas, da indenização do dano, da prestação 
pecuniária e da multa, se o réu for condenado. 
Parágrafo único. Este dispositivo terá aplicação ainda no caso da 
prescrição depois da sentença condenatória (art. 110 do Código 
Penal). 
337 Art. 337. Se a fiança for declarada sem efeito ou 
passar em julgado a sentença que houver absolvido o 
réu ou declarado extinta a ação penal, o valor que a 
constituir será restituído sem desconto, salvo o disposto 
no parágrafo do artigo anterior. 
Art. 337. Se a fiança for declarada sem efeito ou passar em julgado 
sentença que houver absolvido o acusado ou declarada extinta a ação 
penal, o valorque a constituir, atualizado, 
será restituído sem desconto, salvo o disposto no parágrafo único do 
art. 336 deste Código. 
341 
Art. 341. Julgar-se-á quebrada a fiança quando o réu, 
legalmente intimado para ato do processo, deixar de 
comparecer, sem provar, incontinenti, motivo justo, ou 
quando, na vigência da fiança, praticar outra infração 
penal. 
Art. 341. Julgar-se-á quebrada a fiança quando o acusado: 
I – regularmente intimado para ato do processo, deixar de 
comparecer, sem motivo justo; 
II – deliberadamente praticar ato de obstrução ao andamento do 
processo; 
III – descumprir medida cautelar imposta cumulativamente com a 
fiança; 
IV – resistir injustificadamente a ordem judicial. 
V- praticar nova infração penal dolosa. 
343 Art. 343. O quebramento da fiança importará a perda Art. 343. O quebramento injustificado da fiança importará na perda 
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de metade do seu valor e a obrigação, por parte do réu, 
de recolher-se à prisão, prosseguindo-se, entretanto, à 
sua revelia, no processo e julgamento, enquanto não for 
preso. 
de metade do seu valor, cabendo ao juiz decidir sobre a imposição de 
outras medidas cautelares ou, se for o caso, a decretação da prisão 
preventiva. 
344 Art. 344. Entender-se-á perdido, na totalidade, o valor 
da fiança, se, condenado, o réu não se apresentar à 
prisão. 
Art. 344. Entender-se-á perdido, na totalidade, o valor da fiança, se, 
condenado, o acusado não se apresentar para o início do cumprimento 
da pena definitivamente imposta. 
345 Art. 345. No caso de perda da fiança, depois de 
deduzidas as custas e mais encargos a que o réu estiver 
obrigado, o saldo será recolhido ao Tesouro Nacional. 
Art. 345. No caso de perda da fiança, o seu valor, deduzidas as 
custas e mais encargos a que o acusado estiver obrigado, será 
recolhido a fundo penitenciário, na forma da lei. 
346 Art. 346. No caso de quebramento de fiança, feitas as 
deduções previstas no artigo anterior, o saldo será, até 
metade do valor da fiança, recolhido ao Tesouro Federal. 
Art. 346. No caso de quebramento de fiança, feitas as deduções 
previstas no art. 345 deste Código, o valor restante será recolhido a 
fundo penitenciário, na forma da lei. 
350 
 
Art. 350. Nos casos em que couber fiança, o juiz, 
verificando ser impossível ao réu prestá-la, por motivo 
de pobreza, poderá conceder-lhe a liberdade provisória, 
sujeitando-o às obrigações constantes dos arts. 327 e 
328. Se o réu infringir, sem motivo justo, qualquer 
dessas obrigações ou praticar outra infração penal, será 
revogado o benefício. 
Art. 350. Nos casos em que couber fiança, o juiz, verificando a 
situação econômica do preso, poderá conceder-lhe liberdade 
provisória, sujeitando-o às obrigações constantes dos arts. 327 e 328 
deste Código e a outras medidas cautelares, se for o caso. 
Parágrafo único. Se o beneficiado descumprir, sem motivo justo, 
qualquer das obrigações ou medidas impostas, aplicar-se-á o disposto 
no § 4º do art. 282 deste Código. 
393 Art. 393. São efeitos da sentença condenatória 
recorrível: 
I - ser o réu preso ou conservado na prisão, assim nas 
infrações inafiançáveis, como nas afiançáveis enquanto 
não prestar fiança; 
II - ser o nome do réu lançado no rol dos culpados. 
 
REVOGADO 
439 Art. 439. O exercício efetivo da função de jurado 
constituirá serviço público relevante, estabelecerá 
presunção de idoneidade moral e assegurará prisão 
especial, em caso de crime comum, até o julgamento 
definitivo 
 
Art. 439. O exercício efetivo da função de jurado constituirá serviço 
público relevante e estabelecerá presunção de idoneidade moral 
594 REVOGADO REVOGADO 
595 Art. 595. Se o réu condenado fugir depois de haver 
apelado, será declarada deserta a apelação 
REVOGADO 
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30
Vistas as formas que o Estado tem de retirar do cidadão sua liberdade, 
através das prisões cautelares, finalizando o presente capítulo, enfrentemos as 
chamadas contracautelas, ou seja, formas e medidas processuais para se 
readquirir o status a quo. O que o então preso pode fazer para retomar sua 
liberdade. Vejamos: 
 
 
Modalidade Preso Solto Contracautela 
Prisão em 
Flagrante 
A legalidade 
da prisão é 
aferida 24 
depois pelo 
magistrado 
Alvará de 
Soltura 
expedido pelo 
magistrado 
 
Liberdade 
Provisória 
(art. 310 – 321 
CPP) 
Prisão 
Temporária 
Mandado de 
Prisão 
expedido pelo 
Magistrado 
Independe do 
Alvará de 
Soltura 
Liberdade com 
o esgotamento 
do prazo. Sem 
contracautela 
específica 
Prisão 
Preventiva 
Mandado de 
Prisão 
expedido pelo 
Magistrado 
Alvará de 
Soltura 
expedido pelo 
magistrado 
Revogação da 
Prisão 
Preventiva 
(art. 316 CPP) 
Prisão Ilegal Relaxamento 
de Prisão (art. 
5º LXV CF) 
 
 
Vale observar que ao tratarmos as contracautelas, o teor destas 
medidas não enfrenta o mérito dos fatos. São medidas céleres que enfrentam 
tão somente o título prisional. No caso do relaxamento, por exemplo, deve-se 
apenas questionar a ilegalidade da prisão, tais como desrespeito ao art. 306 
CPP ou até mesmo caso de flagrante forjado. 
Já o famoso remédio constitucional Habeas Corpus não é considerado 
uma contracautela específica. Trata-se de uma medida genérica, constitucional 
que visa, como um todo, proteger a liberdade (art. 5º LXVIII CF c/c art. 647 
CPP) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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31
10. Recursos 
 
Sobre a teoria geral dos recursos, algumas considerações podem ser 
traçadas. 
 
Características/Princípios: 
� Voluntários (art. 574 CPP); 
� Taxativos; 
� Tempestivos; 
� Unirrecorríveis; 
� Fungibilidade (art. 579 CPP); 
� Vedação da Reformatio in Pejus (art. 617 CPP); 
� Indisponibilidade para o Ministério Público (art. 576 CPP); 
� Anteriores à Coisa Julgada 
� Inconformismo; 
� Reexame de determinada matéria. 
 
Efeitos: 
� Devolutivo; 
� Suspensivo; 
� Extensivo (art. 580 CPP); 
� Regressivo (art. 589 CPP). 
 
Pressupostos – Juízo de Admissibilidade (em regra): 
 
Admissibilidade 
Juízo que Proferiu a Decisão 
Órgão a quo 
Folha de Rosto 
Análise dos seguintes Pressupostos: 
- previsão legal 
- forma prescrita 
- tempestividade 
 
Juízo de Mérito (em regra): 
 
Mérito 
Juízo da Instância Superior 
Órgão Ad Quem 
Folha de Razões 
Análise do Mérito Recursal – Fatos – Fundamentos - Pedido 
 
 
 
 
 
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Apresentação dos Recursos e seus objetivos: 
 
 
Recurso Art. Prazo Em face de: 
Recurso em 
Sentido Estrito 
Art. 581 CPP 5 dias (art. 586) 
5 dias por 
instrumento + 2 
dias para razões 
(art. 587 – 588) 
Decisões 
Interlocutórias 
Apelação Art. 593 CPP 
Art. 82 lei 
9.099/95 
5 dias (art. 593) 
5 dias por termo 
+ 8 para razões 
(art. 600) 
10 dias (art. 82 
9.099/95) 
Sentença Penal 
Embargos 
Infringentes e 
de Nulidade 
Art. 609 §único 
CPP 
10 dias (art. 609 
§único) 
Acórdão não 
unânime 
Embargos de 
Declaração 
Arts. 382 - 619 
CPP e art. 83 lei 
9.099/95 
2 dias (arts. 382-
619) 
5 dias (art. 83 
§1º lei 9.099/95)

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