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Tutoria 4 SUS

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TUTORIA 4 DE SUS
CNES NET: O Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde – CNES visa ser a base para operacionalizar os Sistemas de Informações em Saúde, sendo estes imprescindíveis a um gerenciamento eficaz e eficiente do SUS. 
    Automatizar todo o processo de coleta de dados feita nos estados e municípios sobre a capacidade física instalada, os serviços disponíveis e profissionais vinculados aos estabelecimentos de saúde, equipes de saúde da família, subsidiando os gestores (MS, SES, SMS, etc.) com dados de abrangência nacional para efeito de planejamento de ações em saúde.
    Dar transparência a sociedade, pelo site, de toda a infra-estrutura de serviços de saúde bem como a capacidade instalada existente e disponível no país.
    Ser, junto com o CNS, o principal elo entre todos os sistemas do SUS. 
O sistema coleta os seguintes dados: 
Informações básicas gerais;
Endereçamento/Localização;
Gestor responsável (SMS, SES, etc.);
Atendimento prestado (Internação, Ambulatório, etc.);
Caracterização (Natureza, Esfera, Ret. Tributos, etc.);
Equipamentos (RX, Tomógrafo, ultra-som, etc.);
Serviços de Apoio (SAME, S. Social, Lavanderia, etc.);
Serviços Especializados (Cardiologia, Nefrologia, Farmácia, etc.);
Instalações Físicas (leitos, salas, etc.);
Profissionais (SUS, Não SUS, CBO, Carga horária, etc.);
Equipes (ESF, PACS, etc.);
Cooperativa.
Benefícios
Auxilia o planejamento em saúde, em todos os níveis do governo;
Disponibiliza informações de infra-estrutura, tipo de atendimento prestado, serviços especializados,leitos e profissionais de saúde existentes nos estabelecimentos de saúde;
O CNES propicia ao gestor o conhecimento da realidade da rede assistencial existente, sua potencialidade e capacidade instalada, visando auxiliar no planejamento em saúde, bem como dar maior visibilidade ao controle social a ser exercido pela população;
1-ENTENDER A REGULAÇÃO DO SUS (LEI 1559/2008 DRAC)
A portaria número 1.559 de 1˚ de agosto de 2008, institui a Política Nacional de Regulação do Sistema Único de Saúde – SUS.
- A Política Nacional de Regulação do SUS foi instituída em todas as unidades federadas, respeitadas as competências das três esferas de gestão, sendo um instrumento de responsabilidade sanitária assumidas pelas esferas de governo. 
- As ações da Política Nacional do SUS estão organizadas em 3 dimensões integradas entre si:
1) Regulação de Sistema de Saúde: os sistemas municipais, estaduais e nacional de saúde e seus respectivos gestores definem a partir de princípios e diretrizes do SUS macrodiretrizes para a Regulação da Atenção à saúde, bem como executando ações de monitoramento, controle, avaliação, auditoria e vigilância desses sistemas;
Objeto: Sistemas de saúde municipais, estaduais e nacional 
Sujeitos: Gestores públicos 
Objetivo: Definição de macrodiretrizes para regulação da atenção, a partir dos Princípios e Diretrizes do SUS. 
Ações: – Regulamentação geral – Controle sobre Sistemas – Avaliação dos Sistemas – Regulação da Atenção à Saúde – Auditoria – Ouvidoria – Controle Social – Vigilância Sanitária – Ações integradas com outras instâncias de Controle Público – Regulação da Saúde Suplementar
2) Regulação da Atenção à Saúde: exercida pelas Secretarias Estaduais e Municipais de Saúde, conforme Termo de Compromisso de Gestão do Pacto pela Saúde, tem como objetivo garantir a adequada prestação de serviços à população e garantir a produção das ações diretas de atenção à saúde, estando, portanto, dirigida aos prestadores públicos e privados, definindo macrodiretrizes para a Regulação do Acesso à Assistência e Controle da Atenção à Saúde, também denominada de Regulação Assistencial e controle de oferta de serviços executando ações de monitoramento, controle, avaliação, auditoria e vigilância da atenção e da assistência à saúde no SUS;
Objeto: Garantia da adequada prestação de serviços à população, através da produção de ações diretas e finais de atenção à saúde – Exercidas pelas SES e SMS. 
Sujeitos: Prestadores públicos e privados (relação entre o gestor e o estabelecimento de saúde) 
Objetivo: Definição de estratégias e macrodiretrizes para Regulação do Acesso à Assistência e Controle da Atenção à Saúde 
Ações: Contratação, Regulação do Acesso à assistência, Avaliação da Atenção à Saúde, Auditoria Assistencial, Controle Assistencial, Cadastros, Habilitação de prestadores, Programação orçamentária por estabelecimento, Autorizações (AIH e APAC), Supervisão hospitalar e ambulatorial, Revisão das faturas.
3) Regulação do Acesso à Assistência: também denominada regulação do acesso ou regulação assistencial. Tem como objeto a or.ganização, controle, gerenciamento e priorização do acesso e dos fluxos assistenciais no âmbito do SUS, e como sujeitos seus respectivos gestores públicos, sendo estabelecida pelo complexo regulador e suas unidades operacionais e esta dimensão abrange a regulação medica, exercendo autoridade sanitária para a garantia do acesso baseado em protocolos, classificação de risco e demais critérios de priorização.
Objeto: Organização, gerenciamento e priorização do acesso e fluxos assistenciais 
- Estabelecida pelo Complexo Regulador e unidades operacionais. Tem como sujeito o usuário Objetivo: Efetivada pela disponibilização da alternativa assistencial mais adequada à necessidade do cidadão por meio de atendimentos às urgências, consultas, leitos, apoio diagnóstico, terapias. 
Contempla as seguintes ações: • regulação médica da atenção pré-hospitalar e hospitalar às urgências; • controle dos leitos disponíveis e das agendas de consultas e procedimentos especializados; • Uso de protocolos assistenciais; • Utilização das referências e fluxos pactuados . • Subsidiar ações de planejamento
São atribuições da regulação do acesso: 
 I - garantir o acesso aos serviços de saúde de forma adequada; 
 II - garantir os princípios da eqüidade e da integralidade; 
 III - fomentar o uso e a qualificação das informações dos cadastros de usuários, estabelecimentos e profissionais de saúde; 
 IV - elaborar, disseminar e implantar protocolos de regulação; 
 V - diagnosticar, adequar e orientar os fluxos da assistência; 
 VI - construir e viabilizar as grades de referência e contrareferência; 
 VII - capacitar de forma permanente as equipes que atuarão nas unidades de saúde; 
 VIII - subsidiar as ações de planejamento, controle, avaliação e auditoria em saúde; 
 IX - subsidiar o processamento das informações de produção; e 
 X - subsidiar a programação pactuada e integrada. 
São atribuições do Complexo Regulador: 
 I - fazer a gestão da ocupação de leitos e agendas das unidades de saúde; 
 II - absorver ou atuar de forma integrada aos processos autorizativos; 
 III - efetivar o controle dos limites físicos e financeiros; 
 IV - estabelecer e executar critérios de classificação de risco; e 
 V - executar a regulação médica do processo assistencial. 
Modelos de Centrais 
• Central de urgência pré-hospitalar e inter-hospitalar
• Central hospitalar e central de urgência inter-hospitlar 
• Central ambulatorial e hospitalar de eletivas 
• Central de crônicos e eventuais 
• Central de Urgência Relativa 
• Central de média e alta complexidade 
• Central de oncologia, hemodiálise, ...
Esfera administrativa 
• Federal ( CNRAC) 
• Estadual 
• Regional 
• Municipal 
# Centras regionais e municipais devem funcionar em co-gestão
- Conforme afirma o art. 6˚ do Decreto, os processos de trabalho que compõem a regulação serão implantados de forma integrada, EM TODAS AS ESFERAS de gestão do SUS, de acordo com as competências de cada esfera de governo.
- Cabe à União, aos Estados, aos Municípios e ao Distrito Federal exercer, em seu 
âmbito administrativo, as seguintes atividades: 
 I - executar a regulação, o controle, a avaliação e a auditoria da prestação de serviços de saúde;
 II - definir, monitorar e avaliar a aplicação dos recursos financeiros; 
 III - elaborar estratégias para a contratualização de serviços de saúde;IV - definir e implantar estratégias para cadastramento de usuários, profissionais e 
estabelecimentos de saúde; 
 V - capacitar de forma permanente as equipes de regulação, controle e avaliação; e 
 VI - elaborar, pactuar e adotar protocolos clínicos e de regulação.
Central Nacional de Regulação e Alta Complexidade – CNRAC
Regulação do fluxo da referência interestadual de usuários que necessitam de assistência hospitalar de alta complexidade 
• Clínicas atendidas: neurologia, cardiologia, oncologia, traumato-ortopedia e gastroenterologia. 
• Clínicas a serem inseridas: implante coclear, labiopalatal e processo transexualizador ...
Sistema Nacional de Regulação – SISREG
Sistema on-line, criado para o gerenciamento de todo complexo regulatório indo da rede básica, como unidade de saúde solicitante de procedimentos de média e alta complexidade, à internação hospitalar, visando à humanização dos serviços, maior controle do fluxo e otimização na utilização dos recursos assistenciais. É uma ferramenta fornecida pelo Ministério de Saúde de forma gratuita sendo sua utilização não compulsória.
2- SAMU vs BOMBEIROS
	Serviços do SAMU-192
	O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu/192) é um programa que tem como finalidade prestar o socorro à população em casos de emergência. Com o Samu/192, o governo federal está reduzindo o número de óbitos, o tempo de internação em hospitais e as seqüelas decorrentes da falta de socorro precoce. O serviço funciona 24 horas por dia com equipes de profissionais de saúde, como médicos, enfermeiros, auxiliares de enfermagem e socorristas que atendem às urgências de natureza traumática, clínica, pediátrica, cirúrgica, gineco-obstétrica e de saúde mental da população. 
O SAMU realiza o atendimento de urgência e emergência em qualquer lugar: residências, locais de trabalho e vias públicas. O socorro é feito após chamada gratuita, feita para o telefone 192. A ligação é atendida por técnicos na Central de Regulação que identificam a emergência e, imediatamente, transferem o telefonema para o médico regulador. Esse profissional faz o diagnóstico da situação e inicia o atendimento no mesmo instante, orientando o paciente, ou a pessoa que fez a chamada, sobre as primeiras ações. 
Ao mesmo tempo, o médico regulador avalia qual o melhor procedimento para o paciente: orienta a pessoa a procurar um posto de saúde; designa uma ambulância de suporte básico de vida, com auxiliar de enfermagem e socorrista para o atendimento no local; ou, de acordo com a gravidade do caso, envia uma UTI móvel, com médico e enfermeiro. Com poder de autoridade sanitária, o médico regulador comunica a urgência ou emergência aos hospitais públicos e, dessa maneira, reserva leitos para que o atendimento de urgência tenha continuidade. 
A partir dessa atuação, o SAMU tem um forte potencial para corrigir uma das maiores queixas dos usuários do Sistema Único de Saúde (SUS), que é a lentidão no momento do atendimento. Historicamente, o nível de resposta à urgência e emergência tem sido insuficiente, provocando a superlotação das portas dos hospitais e pronto-socorros, mesmo quando a doença ou quadro clínico não é característica de um atendimento de emergência. Essa realidade contribui para que hospitais e pronto-socorros não consigam oferecer um atendimento de qualidade e mais humanizado. 
O SAMU 192 é o principal componente da Política Nacional de Atenção às Urgências, criada em 2003, que tem como finalidade proteger a vida das pessoas e garantir a qualidade no atendimento no SUS. A política tem como foco cinco grandes ações: 
* organizar o atendimento de urgência nos pronto-atendimentos, unidades básicas de saúde e nas equipes do Programa Saúde da Família; 
* estruturar o atendimento pré-hospitalar móvel (SAMU 192); 
* reorganizar as grandes urgências e os pronto-socorros em hospitais; 
* criar a retaguarda hospitalar para os atendidos nas urgências; e 
* estruturar o atendimento pós-hospitalar. 
A Rede Nacional SAMU 192 possui hoje 147 serviços de atendimento móvel às urgências, atendendo, com isso, 1.273 Municípios brasileiros, num total de 112 milhões de pessoas.
Fonte: Portal da Saúde - www.saude.gov.br
EM CASO DE EMERGÊNCIA,. LIGUE PARA O NÚMERO 193. Mantendo a calma, identifique-se fornecendo Nome e o Telefone de contato, relate o que realmente está acontecendo e se há vítimas. INFORME CORRETAMENTE O ENDEREÇO DA OCORRÊNCIA.
O Corpo de Bombeiros Militar é instituição permanente, organizada com base na hierarquia e na disciplina, cabendo-lhe, entre outras, as seguintes atribuições: a prevenção e o combate a incêndios e a situações de pânico, assim como ações de busca e salvamento de pessoas e bens; o desenvolvimento de atividades educativas relacionadas com a defesa civil e a prevenção de incêndio e pânico;a análise de projetos e inspeção de instalações preventivas de proteção contra incêndio e pânico nas edificações, para fins de funcionamento, observadas as normas técnicas pertinentes e ressalvada a competência municipal definida no Art. 64, incisos V e VI, e no art. 69, inciso VIII, da Constituição do Estado de Goiás.
Precisa de doação de sangue - Chame o bombeiro!
Alguém passa mal - Chame o bombeiro!  O animal caiu em um poço ou está atolado - Chame o bombeiro!
Em caso de incêndio - Chame o bombeiro!  Vazamentos de gás, produtos químicos - Chame o bombeiro!
Temporadas de enchentes, alagamento - Chame o bombeiro!
Afogamento no mar, rio ou lagoas - Chame o bombeiro!
Acidentes nas estradas e ruas do perímetro urbano - Chame o bombeiro!
Desabamentos de prédios, construções e soterramentos - Chame o bombeiro!
Tentativa de suicídio - Chame o bombeiro!  BOMBEIROS 24 HS A SUA DISPOSIÇÃO!!!
O SAMU 192 é o principal componente da Política Nacional de Atenção às Urgências, criada em 2003, que tem como finalidade proteger a vida das pessoas e garantir a qualidade no atendimento no SUS. A política tem como foco cinco grandes ações:
 organizar o atendimento de urgência nos prontoatendimentos, unidades básicas de saúde e nas equipes do Programa Saúde da Família; 
 estruturar o atendimento pré-hospitalar móvel (SAMU 192); 
 reorganizar as grandes urgências e os pronto-socorros em hospitais; 
 criar a retaguarda hospitalar para os atendidos nas urgências; e 
 estruturar o atendimento pós-hospitalar. A Rede Nacional SAMU 192 possui hoje 147 serviços de atendimento móvel às urgências, atendendo, com isso, 1.273 Municípios brasileiros, num total de 112 milhões de pessoas. Existem dois tipos de ambulâncias: 
 Suporte básico: são responsáveis por atendimentos em casos urgentes, mas sem risco à vida. São equipadas com:pranchas e talas de imobilização, colares cervicais, oxigênio, aparelho de medir pressão, estetoscópio, ambulatório adulto e infantil além de pequenos equipamentos para procedimentos de enfermagem. Contam com motorista e auxiliar ou técnico de enfermagem. 
 Suporte avançado: são chamados para atuar em casos mais graves, como ferimentos com armas brancas ou de fogo, infartos, acidentes de trânsito, envenenamento e derrame cerebral. São unidades equipadas com os itens presentes na ambulância básica mais itens de UTI, como desfibriladores, oximetro, monitores e materiais para procedimentos médicos intensivos. A equipe é formada por enfermeiro, médico e motorista. 
Corpo de Bombeiros 
 Os Bombeiros por sua vez, trabalham com um condutor socorrista e um socorrista, para o atendimento de pacientes que sofreram algum tipo de trauma, ou seja, acidente de carro, moto, caminhão, bicicleta. Também atende pacientes com ferimentos por arma de fogo ou por arma branca (faca, facão, foice, etc), porém podem solicitar apoio do SAMU de acordo com a gravidade do paciente. 
 De acordo com o Cabo Micheletti do Corpo de Bombeiros de Rolândia, o município realizou durante o ano de 2012, 610 atendimento, e em 2013 finalizou janeiro com 34 casos registrados. 
 “A diferença entre SAMU e Corpo de Bombeiros no atendimento de vítimas, está na gravidade decada paciente. Por isso é de extrema importância averiguar a situação e informar corretamente”, afirmou Micheletti.
3- EMERGENCIA vs URGENCIA
Urgência: Ocorrência de agravos à saúde, com risco real e iminente à vida, cujo portador necessita de intervenção rápida e efetiva, estabelecida por critérios médicos previamente definidos, mediante procedimentos de proteção, manutenção ou recuperação das funções vitais acometidas. 
	A urgência, por sua vez, tem a ver com doen- ças graves, insuficiência respiratória, parada cardíaca, hemorragias externas ou internas, hospitais, Pronto Socorro, Centro Cirúrgico, Unidade de Terapia Intensiva, raios-x, tomografia, equipes multidisciplinares, atendimentos individuais, muito tempo investido em poucos pacientes etc.
	Assim, com relação ao atendimento da urgência, deve-se esperar que: UÊ A condição de gravidade seja rapidamente identificada:
O risco seja prontamente superado ou minimizado por intervenções que garantam a manutenção e, ou, recuperação das funções vitais acometidas; 
Em se tratando de atendimentos de maior complexidade, que se tenha à disposição os recursos indicados para o diagnóstico e tratamento definitivo, como exames laboratoriais e de imagem, eletrocardiograma ou endoscopia digestiva, internação, centro cirúrgico ou terapia intensiva.
Emergência: Ocorrência imprevista, com risco potencial à vida, cujo portador necessita de atenção imediata, a fim de se garantir a integridade das funções vitais básicas, esclarecer se há agravos à saúde, ou providenciar condições que favoreçam a melhor assistência médica.
	 De um modo geral, emergência diz respeito à saúde pública, prevenção de acidentes, políticas de educação pública, legislação de trânsito ou normas técnicas em edifícios e parques; no sistema de saúde, relaciona-se com muitos atendimentos em pouco tempo, triagem de risco, diagnóstico diferencial ou primeiro atendimento, que possa iniciar, de maneira eficiente, os procedimentos de inclusão ao sistema de saúde.
	Assim, na atenção às emergências, deve-se esperar de um primeiro atendimento:
Agilidade na avaliação inicial de todos os casos que necessitam de assistência;
Identificação segura dos diagnósticos prová- veis, reconhecendo-se com precisão as ocorrências que são críticas (uma dor abdominal, p. ex., causada por apendicite aguda não deve ser confundida com uma gastrite); 
Prestar o atendimento adequado às urgências que são facilmente reconhecíveis (como na insuficiência respiratória e hemorragias); e também naquelas em que são apenas clinicamente detectáveis (como hemorragias internas ou perfurações de órgãos no interior do tórax ou abdômen);
Prover o encaminhamento apropriado, das condições mais críticas, às unidades assistenciais que estejam pontualmente adequadas para continuidade do atendimento; 
Que as suspeitas diagnósticas de doenças crônicas, sem manifestações de urgência, sejam orientadas a procurar, nos ambulatórios, as respectivas especialidades (a dor abdominal que realmente se origina de uma gastrite, p. ex., deve ser encaminhada à gastroenterologia), sem necessidade de pressa, providenciando-se as orientações necessárias para o alívio dos sintomas.
	No serviço de emergências é relativamente fácil o encaminhamento do paciente para outros atendimentos. Dados confiram que 90% de todos os pacientes atendidos na semana típica de um serviço hospitalar de emergência foram dispensados após consulta médica. Isto evidencia que os pacientes que procuram atendimento, no serviço de emergência, não apresentam condições de gravidade suficiente para permanecerem por mais tempo na unidade, nem demandam outros recursos complementares de diagnóstico ou tratamento.
	No atendimento das urgências, entretanto, isto não se verifica 8 , quando se faz necessários procedimentos técnicos, que devem ser realizados no momento em que se assiste; desde manobras mais simples (como o fornecimento de oxigênio suplementar, retirada de corpos estranhos da via aérea, contenção de hemorragias externas, ou aplicação de soluções intravenosas) até procedimentos cirúrgicos mais invasivos, como a obtenção de uma via aérea substitutiva, por meio da cricostomia ou traqueostomia (cirurgias que podem garantir a respiração em determinados casos de asfixia); drenagem torácica, por sangramentos ou lesões de perfuração dentro do tórax; ou mesmo cirurgias abdominais para tratamento de condições inflamatórias ou obstrutivas, vasculares ou perfurativas.
	Ainda que o real dimensionamento, prevenção e tratamento dos riscos e agravos críticos à saúde continuem na alçada de atuação médica, a atenção às urgências e emergências passou a contar, recentemente, com outras frentes assistenciais de grande relevância. A partir das portarias ministeriais, que surgiram nos últimos anos , foram regulamentadas as Unidades Não Hospitalares de Atendimento às Urgências e Emergências, as Centrais de Regulação Médica, o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), entre outras medidas de classificação e ordenação dos itens indicados na atenção às urgências. 			Paralelamente, a adoção dos protocolos de Primeiro Atendimento (ATLS, ACLS, Suporte Básico de Vida, entre outros), na orientação uniforme da assistência, juntamente com a atuação do Serviço de Resgate do Corpo de Bombeiros (no atendimento inicial do trauma), modificaram favoravelmente o panorama assistencial, reafirmando a importância da atenção às funções vitais básicas. O padrão dos protocolos, que ordena prioridades e dimensiona os riscos, classificando-os em ABCDE, firmou-se como linguagem própria e suficiente para todos os níveis e unidades do sistema. 
	Esse padrão define a seguinte ordem de prioridades: A proteção das vias aéreas (A), a fim de se evitar ou corrigir a insuficiência da fun- ção respiratória; (B) a prevenção e reposição das perdas de volume sanguíneo, ou falência cardíaca, na função circulatória; (C) a avalia- ção dos déficits; (D) de outros órgãos e segmentos corporais, a recomendação de se checar, completamente, toda a extensão corporal, através da exposição; (E) a procura exaustiva de lesões identificáveis, o provimento de imobilizações adequadas (a fim de se evitar danos neurológicos, vasculares e ortopédicos), a avaliação da extensão e gravidade dos agravos reais ou potenciais, e a identificação e comunicação dos riscos envolvidos, por meio da regulação médica para outros agentes e setores do sistema. Tais medidas garantiram a orientação constante e segura, no desenvolvimento integral da assistência, tanto na urgência como na emergência.
obs: Se, por um lado, nem toda emergência é uma urgência (já que não apresenta, necessariamente, risco real), por outro, com certeza, toda urgência é uma emergência. Não há como admitir, pois, que haja uma condição de urgência, se ela não vier manifesta pelo evento da emergência.
4-REFERENCIA E CONTRA RFEFERENCIA DO ESTADO
Resumo
O Sistema Único de Saúde (SUS) atualmente passa por grandes transformações e conquistas, acompanhadas por algumas dificuldades na consolidação dos seus princípios. O funcionamento do sistema de referência e contrarreferência em saúde, proposto para contribuir com a garantia dos princípios de integralidade, equidade e universalidade, é um desafio que enfrentamos. Faz-se necessário um sistema de referência e contra-referência que funcione de forma a promover a integração entre os serviços, para que em rede possam oferecer uma assistência de qualidade ao usuário. 
Hierarquização e referência e contra-referência no SUS
O SUS hierarquiza o sistema público de saúde em três níveis: baixa (unidades básicas de saúde), média (hospitais secundários e ambulatórios de especialidades) e alta complexidade (hospitais terciários).
O paciente é atendido nas unidades de saúde de um ou outro nível, conforme a necessidade e a complexidade de seu quadro clínico.
Assim, pacientes de alta complexidade atendidos, por exemplo, em unidades básicas de saúde ou em hospitais secundários, podem ser encaminhados (referência) para hospitais de alta complexidade(hospitais terciários).
Depois de ter sua necessidade atendida e seu quadro clínico estabilizado, o paciente é reencaminhado (contra-referência) para uma unidade de menor complexidade, para dar seguimento ao tratamento.
O modelo SUS de hierarquização do sistema e de referência e contra-referência do paciente procura garantir ao cidadão acesso aos serviços do sistema público de saúde - desde o mais simples até o mais complexo -, de acordo com as reais necessidades do tratamento.
Os níveis de complexidade são limites utilizados para hierarquizar os estabelecimentos do sistema de prestação de serviços de saúde segundo as características das atividades prestadas, a profundidade de especialização das mesmas e a freqüência em que ocorrem. O níve l primário é caracterizado por atividades de promoção, proteção e recuperação da saúde no nível ambulatorial, agrupando atividades de saúde, saneamento e apoio diagnóstico (ex.: postos e centros de saúde). O níve l secundário destina-se a desenvolver atividades assistenciais nas quatro especialidades médicas básicas: clínica médica, gineco-obstetrícia, pediatria e clínica cirúrgica, além de especialidades estratégicas, nas modalidades de atençã o ambulatorial, internação , urgência e reabilitação (ex.: unidades mistas, ambulatórios gerais, hospitais locais e hospitais regionais). O níve l terciári o caracteriza-s e pel a maior capacidade resolutiva de casos mais complexos do sistema, na s modalidades de atendimento ambulatorial, internação e urgência (ex.: ambulatórios de especialidades, hospitais especializados e hospitais de especialidades).
O sistema de referência e contra-referência constitui-se na articulação entre as unidades acima mencionadas, sendo que por referência compreende-se o trânsito do nível menor para o de maior complexidade. Inversamente , a contra-referência compreende o trânsito do nível de maior para o de menor complexidade.
Entende-se por referência e contrarreferência a organização dos serviços de saúde em redes sustentadas por critérios, fluxos e pactuações de funcionamento, para assegurar a atenção integral aos indivíduos. A rede prevê diferentes níveis de complexidade, viabilizando encaminhamentos resolutivos entre os equipamentos de saúde. O sistema em rede deve fomentar e assegurar vínculos nas dimensões intraequipes, interequipes/serviços, entre profissionais da saúde e gestores, e entre usuários e serviços/equipes.8 A articulação entre os diversos setores da rede exige recomposição de processos de trabalho distintos e, portanto, conexões e interfaces entre as intervenções técnicas de cada área profissional, no entanto, com a manutenção das respectivas especificidades. 
O SISTEMA DE REFERÊNCIA E CONTRARREFERÊNCIA
 O sistema de referência e contrarreferência na saúde consiste no encaminhamento de usuários de acordo com o nível de complexidade requerido para resolver seus problemas de saúde. 
Referência refere-se ao ato formal de encaminhamento de um paciente atendido em um determinado estabelecimento de saúde a outro de maior complexidade, e contrarreferência refere-se ao ato formal de encaminhamento de paciente ao estabelecimento de origem (que o referiu) após resolução da causa responsável pela referência.
 Os sistemas de atenção à saúde são definidos pela Organização Mundial da Saúde como o conjunto de atividades cujo propósito primário é promover, restaurar e manter a saúde de uma população.
Os sistemas de atenção à saúde apresentam os seguintes objetivos:
 i. O alcance de um nível ótimo de saúde, distribuído de forma eqüitativa; 
ii. A garantia de uma proteção adequada dos riscos para todos os cidadãos; 
iii. O acolhimento humanizado de todos os cidadãos; 
iv. A garantia da prestação de serviços efetivos e de qualidade; 
v. A garantia da prestação de serviços com eficiência.
O Sistema de Referência e Contrarreferência diz respeito a uma rede hierarquizada e integrada de cuidados e serviços que começa na unidade de saúde da família, porta de entrada do sistema, e estende-se até às estruturas de alta complexidade e que proporciona o fluxo orientado dos pacientes nos dois sentidos. Um bom funcionamento deste sistema poderá contribuir para uma maior resolubilidade, uma vez que a grande maioria dos casos deverá ser atendida e resolvida à entrada do sistema, rompendo as grandes filas e aliviando as pressões sobre as estruturas de referência da retaguarda. Além disso, os casos só seriam referenciados após um adequado estudo prévio realizado à entrada do sistema, o que facilitaria a intervenção e reduziria o tempo de permanência na estrutura de referência.
O SUS preconiza, dentro de suas premissas básicas, que as ações de saúde sejam descentralizadas, hierarquizadas e regionalizadas, a rede de atenção deve ser constituída de forma a agregar serviços de complexidade crescente, configurando, basicamente, três níveis de atenção: as unidades de atenção primária, que são ambulatoriais e devem ser providas com profissionais com formação geral e capacidade cognitiva para oferecer os cuidados básicos de promoção, manutenção e recuperação da saúde; as unidades de atenção secundária, que podem ser cuidados nas várias especialidades para as afecções de maior prevalência; e as unidades de atenção terciária, geralmente, constituídas pelos centros hospitalares, com suas unidades ambulatoriais, unidades de emergência e unidades de internação, sendo, nelas, aferidos cuidados de maior complexidade, muitas vezes sob o regime de internação hospitalar. Agregados a essa rede, existem os serviços de atenção domiciliar e o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) com a Regulação Médica (RM).
Após o atendimento especializado, o paciente deverá ser contrarreferenciado à estrutura de entrada que o encaminhou munido do relatório que descreve a sua condição clínica com recomendações para o seguimento ulterior.
 Uma alta eficiência do sistema de referência e contrarreferência enquadra-se no princípio da integralidade da atenção prevista no Programa Saúde da Família e reforça a resolubilidade por proporcionar ao paciente um seguimento contínuo, até a resolução do caso, independentemente de sua complexidade .
No entanto, quando falamos de hierarquia esses sistemas de atenção à saúde ficam fragmentados, sendo aqueles que se (des) organizam através de um conjunto de pontos de atenção à saúde isolados e incomunicados uns dos outros e que, por consequência, são incapazes de prestar uma atenção contínua à população. Em geral, não há uma população adscrita de responsabilização. Neles, a atenção primária à saúde não se comunica fluidamente com a atenção secundária à saúde e, esses dois níveis, também não se comunicam com a atenção terciária à saúde. Diferentemente, os sistemas integrados de atenção à saúde, as redes de atenção à saúde, são aqueles organizados através de uma rede integrada poliárquica de pontos de atenção à saúde que presta uma assistência contínua e integral a uma população definida, com comunicação fluida entre os diferentes níveis de atenção à saúde.
Nos sistemas fragmentados de atenção à saúde, vige uma visão de uma estrutura hierárquica, definida por níveis de “complexidades” crescentes e com relações de ordem e graus de importância entre os diferentes níveis, o que caracteriza uma hierarquia. Esta concepção de sistema hierarquizado vige no SUS que se organiza segundo suas normativas em atenção básica, atenção de média e de altas complexidades. Tal visão apresenta sérios problemas. Ela fundamenta-se num conceito de complexidade equivocado, ao estabelecer que a atenção primária à saúde é menos complexa do que a atenção nos níveis secundário e terciário. Tal visão distorcida de complexidade leva, consciente ou inconscientemente, a uma banalização da atenção primária à saúde e a uma sobrevalorização, seja material, seja simbólica, das práticas que exigem maior densidade tecnológica e que são exercitadas nos níveis secundário e terciário de atenção à saúde. Nas redes de atenção à saúde, essa concepção de hierarquia é substituídapela de poliarquia e o sistema organiza-se sob a forma de uma rede horizontal de atenção à saúde.
A rede de serviços de saúde no país foi sendo construída e implantada ao longo dos anos na lógica da oferta e não da necessidade de saúde da população, sem o compromisso com o princípio da escala; de forma fragmentada, ou seja, sem comunicação entre os diferentes pontos de atenção; a rede é muito polarizada entre atenção ambulatorial e hospitalar, existindo poucos pontos de atenção à saúde não convencionais; em função da baixa escala, há baixa produtividade e a qualidade fica comprometida, os serviços não são integrados e poucos conhecem os problemas de saúde na região que atuam, e não têm vinculação com a clientela; os recursos são despendidos para a realização de procedimentos e tratamentos que não têm impacto na saúde da população, trabalhadores de saúde não estão preparados para atender às condições crônicas e interagir com o usuário estimulando a autonomia; e o usuário do sistema também está insatisfeito com a atenção recebida.
Assim, nas redes de atenção à saúde, não há uma hierarquia entre os diferentes pontos de atenção à saúde, mas a conformação de uma rede horizontal de pontos de atenção à saúde de distintas densidades tecnológicas, sem ordem e sem grau de importância entre eles. Todos os pontos de atenção à saúde são igualmente importantes para que se cumpram os objetivos das redes de atenção à saúde. Apenas se diferenciam pelas diferentes densidades tecnológicas que caracterizam os diversos pontos de atenção à saúde.
As redes de atenção à saúde são organizações poliárquicas de um conjunto de serviços de saúde que permitem ofertar uma atenção contínua e integral à determinada população, coordenada pela atenção primária à saúde, prestada no tempo oportuno, no lugar certo, com o custo adequado, com qualidade, com responsabilidade sanitária e econômica sobre esta população. Desta definição, emergem os conteúdos básicos das redes de atenção à saúde: têm responsabilidades sanitárias e econômicas inequívocas para sua população; são organizadas sem hierarquia entre os pontos de atenção à saúde; implicam um contínuo de atenção nos níveis primário, secundário e terciário; implicam a atenção integral com intervenções promocionais, preventivas, curativas, cuidadoras, reabilitadoras e paliativas; operam sob coordenação da atenção primária à saúde; e prestam atenção oportuna, em tempo e lugares certos e com a qualidade.
Para que se garanta o princípio da integralidade da assistência, contemplado pelo SUS, faz-se necessária a consolidação de um sistema efetivo de referência e contrarreferência, porque, embora a atenção básica tenha certa autonomia em relação às ações de prevenção — principalmente no que se refere à educação em saúde —, há uma interdependência de todo o sistema de saúde para o desenvolvimento da promoção, proteção, recuperação da saúde e garantia do caráter integral do cuidado.
É fundamental que a retaguarda de qualquer tipo respeite o eixo de organização do modelo que é a “rede básica de serviços” e, portanto, ela não pode ser autônoma na captação de clientela e na sua relação tecnológica com os níveis básicos. Esta retaguarda deve contemplar os ambulatórios de especialidades, dimensionados em função das ações da “rede”, e os serviços de apoio, diagnósticos e terapêuticos.
Essa retaguarda à atenção básica deve ter como objetivo realizar trabalhos conjuntos entre o profissional generalista e o especialista, e não simplesmente encaminhar este paciente a um nível superior de atenção à saúde e deixar de se preocupar com ele, assim como a referencia deve prestar um apoio ao profissional generalista. 
Para isso, temos atualmente as equipes de referência onde uma das suas atuações seria o apoio matricial á atenção básica em saúde, ou seja, essa equipe de especialistas ajuda os profissionais generalistas no que se refere ao tratamento dos usuários, e consequentemente a resolubilidade neste primeiro nível aumento, não necessitando necessariamente encaminhar o usuário à referência. Apoio matricial e equipe de referência são, ao mesmo tempo, arranjos organizacionais e uma metodologia para a gestão do trabalho em saúde, objetivando ampliar as possibilidades de realizar-se clínica ampliada e integração dialógica entre distintas especialidades e profissões.
Clínica ampliada e compartilhada baseia-se na reconstrução do trabalho clínico segundo um “neoartesanato”. Para isso, é necessário ver o ser humano além de sua dimensão orgânica ou biológica, interagindo com outras ciências e garantindo a autonomia ao paciente.
O apoio matricial em saúde objetiva assegurar retaguarda especializada a equipes e profissionais encarregados da atenção a problemas de saúde. Trata-se de uma metodologia de trabalho complementar àquela prevista em sistemas hierarquizados, a saber: mecanismos de referência e contrarreferência, protocolos e centros de regulação. O apoio matricial pretende oferecer tanto retaguarda assistencial quanto suporte técnico pedagógico às equipes de referência. Depende da construção compartilhada de diretrizes clínicas e sanitárias entre os componentes de uma equipe de referência e os especialistas que oferecem apoio matricial. Essas diretrizes devem prever critérios para acionar o apoio e definir o espectro de responsabilidade tanto dos diferentes integrantes da equipe de referência quanto dos apoiadores matriciais.
A equipe ou profissional de referência são aqueles que têm a responsabilidade pela condução de um caso individual, familiar ou comunitário. Objetiva ampliar as possibilidades de construção de vínculo entre profissionais e usuários.
A média complexidade ambulatorial é composta por ações e serviços que visam atender aos principais problemas e agravos de saúde da população, cuja complexidade da assistência na prática clínica demande a disponibilidade de profissionais especializados e a utilização de recursos tecnológicos, para o apoio diagnóstico e tratamento.
Para acrescentar esta definição, há uma relação dos grupos que compõem os procedimentos de média complexidade do Sistema de Informações Ambulatoriais (SIA):
• procedimentos especializados realizados por profissionais médicos, outros profissionais de nível superior e nível médio; 
• cirurgias ambulatoriais especializadas; 
• procedimentos tráumato-ortopédico;
• ações especializadas em odontologia;
 • patologia clínica;
 • anatomopatologia e citopatologia; 
• radiodiagnóstico;
 • exames ultrassonográficos;
 • diagnose; 
• fisioterapia;
 • terapias especializadas;
 • próteses e órteses;
 • anestesia.
Entende-se por alta complexidade o conjunto de procedimentos que, no contexto do SUS, envolve alta tecnologia e alto custo, objetivando propiciar à população acesso a serviços qualificados, integrando-os aos demais níveis de atenção à saúde (atenção básica e de média complexidade). Principais áreas que compõem a alta complexidade do SUS, organizadas em redes são:
• assistência ao paciente portador de doença renal crônica (por meio dos procedimentos de diálise); 
• assistência ao paciente oncológico;
• cirurgia cardiovascular; cirurgia vascular; cirurgia cardiovascular pediátrica; 
• procedimentos da cardiologia intervencionista; 
• procedimentos endovasculares extracardíacos; 
• laboratório de eletrofisiologia; 
• assistência em tráumato-ortopedia; 
• procedimentos de neurocirurgia; 
• assistência em otologia; 
• cirurgia de implante coclear; 
• cirurgia das vias aéreas superiores e da região cervical; 
• cirurgia da calota craniana, da face e do sistema estomatognático; 
• procedimentos em fissuras lábio-palatais; 
• reabilitação protética e funcional das doenças da calota craniana, da face e do sistema estomatognático; 
• procedimentos para a avaliação e o tratamento dos transtornos respiratórios do sono; 
• assistência aos pacientes portadores de queimaduras; 
• assistência aos pacientes portadores de obesidade (cirurgia bariátrica); 
• cirurgia reprodutiva;
• genética clínica; 
• terapia nutricional;• distrofia muscular progressiva; 
• osteogênese imperfeita; 
• fibrose cística e reprodução assistida. 
Os procedimentos da alta complexidade encontram-se relacionados na tabela do SUS, em sua maioria no Sistema de Informação Hospitalar (SIH), e estão também no Sistema de Informações Ambulatoriais (SIA) em pequena quantidade, mas com impacto financeiro extremamente alto, como é o caso dos procedimentos de diálise, quimioterapia, radioterapia e hemoterapia.
A diferença da assistência primária para a secundária ou para a terciária refere-se praticamente a três eixos:
 1) A incorporação de tecnologia material. Cada sistema de saúde vai dizer respeito a uma dada realidade. A disponibilidade tecnológica de cada país será importante parâmetro para definir a incorporação de equipamentos nos diversos níveis de assistência. Assim, a atenção primária incorpora pequena densidade de tecnologia.
 2) A capacitação profissional, e essa não diz respeito à sua qualificação em ótima ou ruim, mas, sim, ao tempo gasto na formação profissional, isto é, o tempo socialmente relevante e diferenciado.
3) O perfil de morbidade. Teríamos ao nível primário, as doenças mais corriqueiras. Esse é o perfil de doença que vai ser atendido na atenção primária que seja resolutiva. O secundário ficaria com um padrão intermediário e o terciário com as situações mais complexas.
 As tecnologias em saúde são classificadas em leves, leve-duras e duras. As leves são as tecnologias de relações como o acolhimento, o vínculo, a autonomização, a gestão como forma de orientar processos; as leve-duras são os saberes estruturados como a Clínica, a Epidemiologia, a Psiquiatria, o gerenciamento, a administração, e as tecnologias duras são os equipamentos, as normas e as estruturas organizacionais.
Contudo, na atenção primária é que se faz a promoção da saúde e proteção específica com a principal finalidade de prevenir doenças, fazendo uso principalmente das tecnologias leves. 
É evidente que o gasto que se tem com o nível de atenção é proporcional à sua complexidade tecnológica. Temos que ter cuidado com atendimentos de patologias mais simples em serviços tecnologicamente mais complexos. Isso porque elas não necessitam dessa tecnologia para serem atendidas. 
A finalidade não é simplesmente a economia do gasto, mas a alocação segundo o critério de adequação à necessidade do procedimento a ser realizado.
 A atenção primária de saúde ainda enfrenta problemas no sistema, com a dificuldade de integração entre os vários níveis, ilustrada pela falta de referência e contrarreferência de saúde e, mais especificamente, de comunicação entre os vários níveis do sistema, não havendo aproveitamento de todas as oportunidades e possibilidades de ações e intervenções, passando responsabilidades de sua competência para outros níveis.
 O sucesso e a agilidade dos encaminhamentos dependem, em grande parte, dos relacionamentos interpessoais e da informalidade, mais do que de um fluxo sistematizado entre os níveis de complexidade, indicando que as "vias formais" de acesso não funcionam adequadamente.
 Na prática, não se construíram os meios para haver um diálogo entre a atenção básica e os serviços especializados e hospitalares. São dois mundos supostamente articulados, mas operando com lógicas distintas. E, nesse enfrentamento, a atenção básica sai perdendo, pois socialmente ela é o local das “práticas simplificadas”, da “medicina de pobre para pobres”, sempre “culpabilizado” por sua ineficiência e desqualificação.
 Qual a melhor maneira de assegurar a integralidade?
 Os mecanismos de referência e contrarreferência (eternamente propostos e raramente concretizados) ou a constituição (mais flexível) de equipes de apoio matricial e de mecanismos de educação permanente em saúde de acordo com as necessidades dos trabalhadores da atenção básica? Pergunta essa complexa.
Esta deficiência do sistema de referência e contrarreferência não ocorre somente em nosso país. De acordo com uma pesquisa realizada em Montevideo sobre os sistemas de referência e contrarreferência em pediatria, os resultados encontrados mostram uma utilização ineficiente dos recursos. É necessário estabelecer medidas para racionalizar o sistema de atenção e promover sua eficácia.
As economias de escala referem-se a uma situação em que os custos médios de longo prazo caem com o crescimento da escala ou do volume de atividades, sendo este período um tempo suficientemente longo para permitir todos os insumos serem variáveis.
Quando falamos em escala, falamos em quantidade, fator essencial para a qualidade da assistência. 
As economias de escala são a máxima utilização dos recursos, procurando-se obter baixos custos da produção. Esse tipo de economia ocorre quando determinadas necessidades de saúde requerem uma organização e gestão que justifique uma oferta de serviços que garanta maior resolubilidade e menor custo. Para tanto, os serviços poderão estar mais dispersos ou mais concentrados. 
Os mais dispersos, tais como as unidades de saúde da família; em maior número e menor custo unitário, favorecerão a economia de escala a médio e longo prazos, porque os benefícios que essas unidades trarão à população, diminuindo os gastos com internações hospitalares, exames especializados, necessidades de especialistas, etc, terão custos mais baixos que os investidos na produção desses serviços e acarretarão em diminuição de gastos em saúde – economia de escala. 
Os serviços mais concentrados, como os serviços hospitalares serão em menor número, oferecendo maior variedade de serviços e intervenções especializadas e caras, não ocorrendo, portanto, a duplicidade de serviços que demandariam mais gastos com materiais, equipamentos, pessoal, dentre outros – economia de escopo.
Portanto, a economia de escopo potencializa a economia de escala.
 A organização de um sistema de prestação de serviços que se utiliza de critérios econômicos de escala e de escopo, necessariamente, irá fundamentar-se no princípio da integralidade das suas ações, que pressupõe mecanismos de referência e contrarreferência bem estabelecidos, objetivando a resolubilidade.
As redes de atenção à saúde exigem uma combinação de economia de escala, qualidade e acesso a serviços de saúde, com territórios sanitários e níveis de atenção. No Brasil, há enormes diferenças entre estados e dentro dos estados mais de 75% dos municípios têm menos de vinte mil habitantes, uma escala insuficiente para a organização de redes de atenção à saúde, eficientes e de qualidade. Por isso, as redes terão que se organizar com autossuficiência na média complexidade nas microrregiões e com autossuficiência em alta complexidade nas macrorregiões. Essas situações colocam para as Secretarias Estaduais de Saúde o papel preponderante de coordenador e indutor de um novo sistema de atenção voltado para o atendimento das necessidades da população. 
Assim, por todo o exposto, a compreensão do funcionamento do SUS a partir da realidade, pode permitir avanços na reflexão que contribua para o reconhecimento de suas potencialidades, limites e caminhos a percorrer.
[FONTES:
http://repositorio.unesp.br/bitstream/handle/11449/96410/dias_cf_me_botfm.pdf?sequence=1
Ministério da Saúde. Política Nacional de Atenção às Urgências. Brasília; 2004. (Série E, Legislação de Saúde).
Campos GWS, Domitti AC. Apoio matricial e equipe de referência: uma metodologia para gestão do trabalho interdisciplinar em saúde. Cad Saúde Pública. 2007; 23(2):399-407
http://www.scielo.br/pdf/sdeb/v38nspe/0103-1104-sdeb-38-spe-0209.pdf- Avaliação do sistema de referência e contrarreferência segundo os profissionais da Atenção Básica no contexto do 1º ciclo de Avaliação Externa.]
5-CENTRO DE REFERENCIA DE ALTA COMPLEXIDADE (HAJ)
O Hospital Araújo Jorge (HAJ) é a primeira e a maior unidade operacional da ACCG (Associação de combate ao câncer em Goiás). É uma unidade de saúde privada e filantrópica, atendendo em média 80% dos pacientes pelo Sistema Único de Saúde (SUS). O HAJ atende pacientesde todas as idades, oferecendo tratamento para todos os tipos de câncer com os mais modernos recursos da atualidade. O Hospital Araújo Jorge é considerado referência no tratamento do câncer no Centro-Oeste, mas também atende pacientes de outras regiões brasileiras, notadamente Norte e Nordeste (Acre, Pará, Rondônia, Tocantins, Bahia).
Há mais de 50 anos o Hospital Araújo Jorge está no grupo dos maiores e melhores hospitais brasileiros especializados em cancerologia, atendendo por mês cerca de 30.000 pacientes de todas as idades; possui 166 leitos e realiza, em média, 83.000 procedimentos mensais, entre consultas, internações, cirurgias, sessões de quimioterapia e radioterapia, exames anátomo-patológicos, citológicos e exames de patologia clínica, entre outros serviços oferecidos.
No caso dos pacientes do SUS - Sistema Único de Saúde a primeira consulta na unidade é agenda pela SMS - Secretaria Municipal de Saúde.
Internação
O Setor de Internação do Hospital Araújo Jorge é o setor responsável pelo encaminhamento dos pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) para internação na unidade em casos de cirurgia, quimioterapia e radioterapia.
Confira abaixo os procedimentos necessários para a internação de pacientes do SUS - Sistema Único de Saúde:
  1. Para Cirurgias (pacientes de Goiânia):
- As guias de cirurgias são encaminhadas pelo hospital à Secretaria Municipal de Saúde para autorização. O prazo para autorização, em média, demora uma semana. O agendamento das cirurgias é feito pelo Hospital Araújo Jorge, conforme disponibilidade de vagas e urgência dos casos.
 2. Para Cirurgias (pacientes do interior):
- Os pedidos de cirurgia são encaminhados pelo paciente para a secretaria municipal de seu município, para autorização do secretário da saúde. Após a autorização municipal, o pedido é encaminhado pelo representante para a codificação do SAMU
O Setor de Arquivo Médico é a porta de entrada do paciente no Hospital Araújo Jorge, pois o serviço é responsável pela abertura do prontuário dos pacientes em tratamento na unidade. Todos os pacientes em tratamento no Hospital Araújo Jorge devem abrir o prontuário antes da realização da primeira consulta.
Os documentos necessários são identidade, CPF, cartão SUS e, em casos de convênios, guia ou cartão, além dos exames que comprovam a suspeita ou diagnóstico de câncer.
A Associação de Combate ao Câncer em Goiás possui dois Serviços de Radioterapia, um localizado no Hospital Araújo Jorge em Goiânia e o outro na Unidade Oncológica de Anápolis. Trata-se de um dos maiores Serviços de Radioterapia do país atendendo pacientes particulares, de convênio e do Sistema Único de Saúde (SUS), sendo deste último o segundo maior centro no país em número de atendimentos. O número de pacientes atendidos é em média 350 por dia. 
As enfermarias do Hospital Araújo Jorge, onde ficam internados os pacientes atendidos pelo SUS – Sistema Único de Saúde, estão sendo reformadas. O projeto é coordenado pelo Setor de Assistência Social da unidade e teve início em dezembro de 2011, mas não tem data para terminar, já que a sua conclusão depende de recursos financeiros.
O Hospital Araújo Jorge é uma unidade hospitalar especializada no tratamento oncológico que possui toda a infra-estrutura necessária para o diagnóstico e controle da doença.
O Setor de Imagem realiza exames como raio-x, ultrassonografia, mamografia, tomografia, entre outros exames imprescindíveis para o diagnóstico e acompanhamento da evolução do tratamento.
Além dos exames por imagem o Hospital Araújo Jorge possui Laboratório de Imunofenotipagem, responsável pelos exames que diagnosticam e possibilitam o acompanhamento de neoplasias hematológicas (leucemias), do Setor de Medicina Nuclear, que realiza exames e tratamentos utilizando substâncias radioativas ou "traçadores", além dos setores de Anatomia Patológica e Patologia Clínica.
O Sistema Único de Saúde (SUS) mantém uma série de centros de referência para tratamento das mais diversas doenças. São clínicas e hospitais públicos e privados que oferecem à população o que há de melhor no País em determinada especialidade. Os centros de referência também são responsáveis pelos tratamentos que envolvam procedimentos de alto custo e que requeiram, muitas vezes, equipamentos tecnológicos avançados. São os chamados tratamentos de alta complexidade bastante comuns nas áreas de oncologia, neurologia, cardiologia, entre outras. Os centros de referência recebem pacientes encaminhados por outras unidades de saúde na mesma região em que atua ou mesmo, em muitos casos, fora dela. Conheça alguns dos principais centros de referência do país em determinadas especialidades
Corpo clínico 
O Hospital Araújo Jorge possui uma equipe de cerca de 100 médicos especialistas em cancerologia. O atendimento é individualizado, dividido por serviços, de acordo com a região do corpo acometida pela doença. Encontre aqui o seu médico. 
Atendimento multidisciplinar: 
O paciente em tratamento no Hospital Araújo Jorge é atendido por uma equipe multidisciplinar de profissionais especialistas em cancerologia, que de forma transdisciplinar promove a integração com as equipes de fonoaudiologia, psicologia, nutrição, fisioterapia e assistência social, entre outras especialidades. Como a maioria dos pacientes do HAJ é usuária do SUS, notadamente pela sua condição econômica, é de grande importância o papel do Serviço Social no gerenciamento das situações adversas de cada caso. 
O HAJ.
O Hospital Araújo Jorge (HAJ) é a primeira e a maior unidade operacional da ACCG. É uma unidade de saúde privada e filantrópica, atendendo em média 80% dos pacientes pelo Sistema Único de Saúde(SUS). O HAJ atende pacientes de todas as idades, oferecendo tratamento para todos os tipos de câncer com os mais modernos recursos da atualidade. O Hospital Araújo Jorge é considerado referência no tratamento do câncer no Centro-Oeste, mas também atende pacientes de outras regiões brasileiras, notadamente Norte e Nordeste (Acre, Pará, Rondônia, Tocantins, Bahia).
Há mais de 50 anos o Hospital Araújo Jorge está no grupo dos maiores e melhores hospitais brasileiros especializados em cancerologia, atendendo por mês cerca de 30.000 pacientes de todas as idades; possui 166 leitos e realiza, em média, 83.000 procedimentos mensais, entre consultas, internações, cirurgias, sessões de quimioterapia e radioterapia, exames anátomopatológicos, citológicos e exames de patologia clínica, entre outros serviços oferecidos. 
Convênios 
Para o presidente da Associação de Combate ao Câncer em Goiás, Alexandre João Meneghini, a condição de atendimento que o Hospital Araújo Jorge oferece tem muita participação dos convênios e colaborações que a instituição tem conseguido. Entre essas parcerias, o presidente ressalta a do governo estadual que, segundo Meneghini, foi fundamental para que o hospital alcançasse a estrutura atual. Sobre os avanços da estrutura, o diretor técnico do Araújo Jorge, Márcio Roberto, fez questão de ressaltar que somente nos últimos anos a unidade conseguiu sair do vermelho e investiu em novos equipamentos necessários para realizar exames essenciais aos pacientes em tratamento. Ao finalizar a visita, o governador Marconi Perillo disse que o hospital é acolhedor e atende milhares de pessoas que buscam atendimento de oncologia, por isso precisa de apoio para dar prosseguimento ao importante trabalho que tem feito para a população de Goiás. Nesta quarta-feira, o hospital estava com 180 pessoas internadas e realiza, diariamente, cerca de 300 procedimentos de radioterapia e duas mil consultas. 
Histórico
Em 20 de janeiro de 1956, é concretizado o sonho do médico alagoano Dr. Alberto Augusto de Araújo Jorge: a fundação da Associação de Combate ao Câncer em Goiás, a ACCG. A Instituição foi fundada pelo Dr. Araújo Jorge e contou com o apoio de um grupo de médicos e do Rotary Clube de Goiânia 
Especialidades Aparelho digestivo Cabeça e pescoço Cardiologia Ginecologia e mama Infectologia Neuro-oncologia Oncologia ClinicaOncologia Pediátrica Ortopedia Pediatria Pele e tórax Cirurgia plástica Radiologia Urologia
Exames Endoscopia Imagem Transplante de Medula Imunofenotipagem Medicinia Nuclear Patologia Anatômica Patologia Clínica Internação UTI Enfermagem Pronto-atendimento Centro cirúrgico 
Tratamento Quimioterapia Transplante de medula Radioterapia Internação Serviços de Apoio Fisioterapia Enfermagem Nutrição e dietética Psicologia Assistência Social Curativos
	
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