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Hipersensibilidade Alimentar

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HIPERSENSIBILIDADE ALIMENTAR EM CÃES E GATOS
Curso de Graduação em M. Veterinária
Disciplina: Clinica de pequenos I
Professor: Roberio Fiuza 
Acadêmicos:
Bruno Benevides Rodrigues
Claudio Santos Teles Neto
Mario Anderson Araújo Alves
Sobral
2015
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ETIOLOGIA
A hipersensibilidade é a causa de sinais ou sintomas iniciados pela exposição a estímulo definido, tolerado pelos indivíduos normais
Resposta imunológica exagerada.
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ETIOLOGIA
A hipersensibilidade alimentar (HA) ou alergia alimentar inclui-se dentre as dermatopatias alérgicas. 
Fonte: acervo internet
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ETIOLOGIA
A hipersensibilidade alimentar (HA) que acomete cães e gatos.
Desordem cutânea
Não sazonal
Proteínas (glicoproteínas) e peptídios, 
Que escapam à digestão e são absorvidos intactos através da mucosa
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ETIOLOGIA
A HA é um tipo de reação adversa de natureza imunológica,
Resposta clinicamente anormal 
(alimento ingerido ou aditivo alimentar)
Imunoglobulinas responsáveis por tais reações
Alimento pode ter as estruturas protéicas alteradas
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EPIDEMIOLOGIA
1% de todas as dermopatias em cães seja representado pelas hipersensibilidades alimentares
10% das dermatites alérgicas sejam de etiologia alimentar.
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EPIDEMIOLOGIA
Hipersensibilidade alimentar se constitui na terceira em importância quanto a frequência
Dermatite alérgica à picada de pulgas (DAPP) 
Dermatite atópica
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ALÉRGENOS ALIMENTARES
Os alérgenos dietéticos suspeitos ou confirmados são numerosos e incluem:
Carnes bovinas, suínas, eqüinas ,frango, leite bovino, ovos, trigo, aveia, carne de baleia
Fonte: acervo internet
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ALÉRGENOS ALIMENTARES
A carne bovina e o leite bovino são os dois alimentos mais comumente classificados como alérgenos em cães
Fonte: acervo internet
Fonte: acervo internet
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ALÉRGENOS ALIMENTARES
Nenhum cão apresentou alergia a peixe.
A proteína de peixe seria indicada para dieta de exclusão de alergia alimentar com manifestações cutâneas
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FATORES PREDISPONENTES
Genética???
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FATORES PREDISPONENTES
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FATORES PREDISPONENTES
Sexo
Idade
Qualquer idade
Filhotes
Desmame precoce
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PATOGENIA
Os alimentos são misturas complexas de uma série de moléculas alergênicas (FERNANDES, 2005).
Absorção de macromoléculas no intestino = produção de todas as classes de anticorpos.
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PATOGENIA
H.A. Pode ocorrer de duas formas:
Reação do tipo I.
Reação do tipo III e IV.
Inicio rápido – Inicio lento.
Isolados ou concomitantes.
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PATOGENIA
H.A. Tipo I:
Combinação alérgeno – IgE
IgE fixada a mastócitos ou basófilos
Liberação de mediadores químicos (histamina, serotonina, prostaglandina e leucotrieno).
Antígeno escapa do intestino
Sensibiliza basófilos ligados a IgE na pele
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PATOGENIA
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PATOGENIA
H.A. Tipo III
Degranulação tardia das células IgE mediadas.
Formação de imunocomplexos.
Depósitos na lâmina própria do intestino.
Sinais gastrintestinais.
Depósitos na pele.
Resposta inflamatória local.
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PATOGENIA
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ORGÃOS ALVO DA H.A.
Pele; trato gastrointestinal; trato respiratório; trato urinário e; sistema nervoso central.
Sinais gastrointestinais e cutâneos concomitantes = Raro.
Orgão afetado = varia de acordo com o alérgeno.
A pele é o órgão alvo da alergia alimentar, tanto no cão quanto no gato (BAKER, 1990).
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SINAIS CLÍNICOS
WALTON, 1968:
Pequena quantidade de proteína alimentar.
WALTON, 1967:
68% dos pacientes 
Expostos ao alimento
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SINAIS CLÍNICOS
As principais características da alergia são:
Manifestações relacionadas com a pele.
Apresenta prurido intenso (MAIS IMPORTANTE).
Levando um autotraumatismo.
Desencadeando o aparecimento de outras doenças secundárias na pele.
Tornando o diagnóstico e o tratamento uma tarefa difícil e demorada.
NASCENTE et al; 2006
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SINAIS CLÍNICOS
O prurido é mais frequente:
Localizado ou generalizado.
Normalmente atinge:
As orelhas;
Otite repetitivo.
Os membros;
A região inguinal ou axilar;
A face;
Periocular;
Perilabial.
O pescoço;
O períneo. 
MEDLEAU et al; 2003
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SINAIS CLÍNICOS
A pele pode ficar:
Rosada / Avermelhada;
Surgir pápulas (bolinhas vermelhas);
Urticaria;
Pelo ato de frequentemente se coçar , os animais podem apresentar:
Falhas de pêlos;
Escoriações;
Descamações.
Dra. Camila Domingues de Oliveira, 2014
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SINAIS CLÍNICOS
Com agravamento e cronicidade do quadro alérgico a pele começa a ficar:
Escura (Hiperpigmentação);
Espessa ( Hiperceratose e lignificação).
Dra. Camila Domingues de Oliveira, 2014
Fonte: Reis, 2008
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SINAIS CLÍNICOS
Devido às alterações inflamatórias apresentam episódios de:
Infecções Bacterianas (piodermatite superficial);
Infecções Fúngicas (malasseziose tegumentar e otológica).
Fonte: Dermatopet, 2010
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SINAIS CLÍNICOS
Problemas gastrintestinais.
Estes sinais são leves.
Vômitos e diarreia 
< 15% dos casos são manifestados.
Endoscópica do duodeno com diarreia responsiva à dieta.
DAY, 2005; OSBORN, 2006; GRIFFIN, 2007
Qualittas.com.br
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SINAIS CLÍNICOS
Também podem ocorrer sinais: 
Nervosos;
Urológicos;
Respiratórios;
Pseudolinfoma;
Mal-estar;
Hematológico;
Febre.
Porém o envolvimento de muitos órgãos não é comum. 
GRIFFIN, 2007
BICHARD & SHERDING, 2008
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DIAGNÓSTICO
O diagnóstico é um desafio a ser vencido.
Anamnese
Exame físico
Exames complementares
LUCAS, 2004
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DIAGNÓSTICO
Exames complementares:
Hemograma:
Eosinofilia relativa ou absoluta.
Teste intradérmico:
Extratos alimentares suspeitos são inoculados na pele. 
Após 15 minutos faz leitura (pápulas formadas).
Teste gastroscópico:
Inocula extratos na mucosa e observa a formação de:
Inflamação, edema e produção de muco.
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DIAGNÓSTICO
RAST e ELISA 
Detecção quantitativa de IgE.
Histopatológico (intestino)
Infiltração eosinofilica
Histopatológico (pele)
Infiltrados mononuclear
Hipersensibilidade tardia
Diagnóstico mais recomendado para (HA):
Teste de restrição alimentar.
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TESTE DE RESTRIÇÃO ALIMENTAR
Consiste em retirar todos os ingredientes que este já tenha ingerido anteriormente.
Por período no mínimo 45 dias.
Reintroduzi-los aos poucos outro alimento.
Dietas caseiras (regrada)
Dietas comerciais hipoalergénicas.
NASCENTE et al; 2006
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DIETAS CASEIRAS
Fontes de proteína mais utilizadas são
Carne de cavalo, coelho ou peixe.
Fonte de  hidrato de carbono:
Arroz ou a batata. 
As dietas caseiras são a  melhor alternativa para o diagnóstico de (HA):
Contudo, a longo prazo,  podem provocar carências vitamínicas no paciente.
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DIETAS COMERCIAIS HIPOALERGÉNICAS
Nutricionalmente equilibradas:
Número limitado de aditivos e conservantes.
Existem no mercado dietas hipoalergénicas:
Proteína selecionada ou proteína hidrolisada.
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DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL
Outros tipos de hipersensibilidade:
Atópia, picada de pulga.
Parasitoses:
Escabiose, cheiletiose, Demodex canis, pediculose.
Fúngos:
Dermatófitos: Microsporum, Epidermophyton e Trichophyton
Dermatite por Malassezia.
HNILICA & MEDLEAU, 2003
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DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL
Priorizar a dermatite atópica.
Sinais clínicos semelhantes:
Lesões de pele, otite e sinais gastrintestinais.
OSBORN, 2006
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TRATAMENTO
A primeira medida 
Retirar o todos os alimentos
Nos pacientes suspeitos (HA)
X
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TRATAMENTO
É indicado (prurido grave).
Prednisona ou Prednisolona:
0,5 a 1 mg/kg/24h, por via oral, de 10 a 14 dias.
A dieta de restrição:
Ate duas semanas, após a medicação.
BICHARD & SHERDING, 2008 
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TRATAMENTO
Quando outras doenças estão presentes como:
Piodermite secundária,
Otite externa,
Escabiose,
Dermatite por Malassezia.
Devem ser tratadas com medicamentos apropriados.
 Pois o controle da infecção secundária é um componente essencial.
HNILICA & MEDLEAU, 2003
Fonte: blogdodinoadestrador.wordpress.com 
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TRATAMENTO
Quando a é piodermatite
é o único sintoma.
Cefalexina 
30 mg/kg/12h durante quatro semanas
Deve-se manter a medicação por no mínimo uma semana após a cura clínica.
20 mg/kg em intervalos de 24 horas
HNILICA & MEDLEAU, 2003
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TRATAMENTO 
Quando consiste com otite externa.
limpeza
(água ou solução salina) para remoção do exsudato, a cada 2 dias.
HNILICA & MEDLEAU, 2003
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TRATAMENTO
Otite por levedura (Malassezia)
Preparar uma solução otológica antifúngica (clotrimazol, nistatina, tiabendazol, miconazol)
0,2 a 0,4 ml, em intervalos de 12 horas
Mantendo a medicação uma semana após a cura clínica da otite.
HNILICA & MEDLEAU, 2003
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TRATAMENTO
Malassezíase estiver em outras regiões do corpo:
(Perioral e perianal) ;
Quadro for leve (lesões localizadas);
Banhos com xampus a base:
Cetoconazol 2%, miconazol 2% ou clorexidina 3%, em intervalos de 2 a 3 dias.
Quadros moderados a graves (lesão generalizada) 
Itraconazol
5 a 10 mg/kg de, por via oral, a cada 24 horas. 
Este é mantido por 2 a 4 semanas após a cura.
HNILICA & MEDLEAU, 2003
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TRATAMENTO
Otite por bacteriana
solução otológica com antibióticos (gentamicina, neomicina, cloranfenicol, tobramicina, enrofloxacina).
Dose e o tempo de duração são os mesmo descritos na otite fúngica.
HNILICA & MEDLEAU, 2003
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TRATAMENTO
Ácaros de orelha
Todos os cães em contato com o doente devem ser tratados. 
Os acaricidas otológicos são: 
Selamectina: 6 a 12 mg/kg, duas aplicações tópicas mensais.
Ivermectina: 0,3 mg sub-cutâneo, a cada 10 dias, em três doses.
Fipronil: 0,1 a 0,15 ml por via auricular, a cada 14 dias, em três doses.
HNILICA; MEDLEAU, 2003
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TRATAMENTO
Escabiose canina
Fipronil
6 ml/kg, três aplicações com intervalos de 2 semanas.
HNILICA & MEDLEAU, 2003
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TRATAMENTO
Alterações gastrointestinal
Metronidazol: 10-20 mg/kg, a cada 12 horas.
Doxicilina 10 mg/kg, a cada 12 horas.
Tilosina 20-40 mg/kg, a cada 12 horas.
BICHARD & SHERDING, 2008
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PROGNÓSTICO
Favorável.
Observar outros fatores:
Infecções secundárias,
Escabiose, 
Demodicose, 
Atópia,
DAPP,
Dermatite de contato concomitante.
HNILICA & MEDLEAU, 2003
48
DUVIDAS? 
OBRIGADO!
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