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RESUMO PARASITOLOGIA CLINICA- SEGUNDA ÁREA PROTOZOÁRIOS INTESTINAIS: amebas, flagelados, cilicados, cocídios, microsporídios AULA 1 -AMEBAS Entamoeba histolytica Possui distribuição geográfica mundial e prevalência em 10% da população, com maior incidência na África, Ásia e América Latina. Caracteriza-se por apresentar uma fase de vida comensal, 90% dos casos de amebíase são assintomáticos, entretanto o parasita pode se tornar patogênico, provocando quadros disentéricos de gravidade variável. A amebíase assintomática costuma ocorrer mais no centro-sul do país, enquanto a sintomática ocorre com mais freqüência na região amazônica. Os trofozoítos podem se alimentar de hemácias (importante para diagnóstico) e células da mucosa. Um dos principais sintomas é a leucocitose (desvio a esquerda no hemograma). Podem invadir a mucosa gerando necrose, colite recreativa, apendicite e abcessos. Localização; íleo, ceco. Pode invadir pulmão, fígado, cérebro e pele. PATOGÊNICA Morfologia: Trofozoítas grandes (20-60 µm) com 1 núcleo, cromatina com grânulos delicados, cariossoma pequeno e central, citoplasma ecto e endo, anaeróbios ou aeróbios facultativos. Se locomovem por pseudópodes e multiplicam por divisão binária Os pré-cistos são menores, contém 1 núcleo e corpos cromatóides em bastão, vacúolo com glicogênio. Os cistos são esféricos ou ovais com até 4 núcleos, cromatina regular e cariossoma puntiforme e central. Infecção: Forma infectante -> CISTOS!! Doença de mãos sujas: infecção se da por ingestão de alimentos e água contaminados (fecal-oral) Patologia: Amebíase intestinal e extra intestinal. Produção de anticorpos. Entamoeba dispar É semelhante a E. histolytica, maioria dos portadores assintomáticos, cistos com 1-4 núcleos e a infecção não causa doença invasiva (não patogênica), sem produção de anticorpos. Há uma importante diferença entre estas duas amebas, com distintos epítopos da subunidade pesada 170KD (adesina de superfície e antígeno), são encontrados na E. histolytica e não encontrados na E. dispar. Não é possível diferenciar a E. hystolitica da E. dispar fazendo EPF, o diagnóstico é dado por: cistos de Entamoeba histolytica/E. díspar. Amebíase Intestinal assintomática não invasiva (não patogênica) Entamoeba hartmanni Localização: Lúmem do colon e ceco. Não patogênica. Morfologia: Trofozoita com 4-10 µm, movimentação ativa, pouca distinção entre ecto e endoplasma, vacúolos no citoplasma, núcleo pequeno, grãos de cromatina uniformes, distribuição irregular e cariossoma central ou levemente excêntrico. Cisto com 4 núcleos e forma esférica, com 5 à 10 µm. Corpos cromatoides com etremidades arredondadas. Iodamoeba butschilli Localização: Lúmem do cólon e ceco. Não patogênica. Morfologia: Trofozoíto: 8 – 10 µm, lentos com motilidade não progressiva. Núcleo grande e central sem cromatina periférica, com cariossoma grande e central. Citoplasma vacuolado, podendo contet bactérias. Na coloração por hematoxilina férrica, o vacúolo de glicogênio se dissolve, deixando espaços claros no citoplasma. Cisto: 10-15 µm, forma esférica, 1 núcleo sem cromatina periférica e com membrana espessa, cariossoma grande e central, vacúolo de glicogênio que ocupa 1/3 da célula. Na coloração temporária por lugol, colore com castanho avermelhado enquanto o citoplasma colore amarelo; já na hematoxilina o vacúolo de glicogênio não colore, ficando mais claro que citoplasma. Endolimax nana Localização: cólon e ceco. Não patogênica. Trofozoíto: É a menor das amebas humanas, com 10-12um, pseudopodes largos, movimentos lentos, 1 núcleo, cariossoma grande e irregular, membrana nuclear fina sem grãos de cromatina. Cisto oval com 8 µm, 2-4 núcleos pequenos, corpo cromatóide pequeno e oval Entamoeba coli Não patogenica, porem, excesso de amebas desta espécie causa desequilíbrio intstinal (diarreia). Morfologia: Trofozoito: tem poucos e curtos pseudópodes, não invade o tecido nem fagocita eritrócitos, lentos com motilidade rara. Núcleo grande com cromatina grosseira, irregular e fora do centro. Cisto: Esfericos, com mais de 5 núcleos (ate 8). Entamoeba polecki Parasita de animais (porcos e macacos) que podem acidentalmente infetar humanos. Infecção se dá por deglutição do parasita. Ocorre cinfução com E. histolytica. Geralmente não patológica, mas há relatos e irritação intestinal e desconforto abdominal. Blastocystis himinis Considerada não patogênica, mas há relatos de irritações intestinais e deconforto abdominal. Possui 3 formas morfológicas: vacuolar, granular e ameboide. NÃO POSSUI FORMA TROFOZOÍTICA. Modifica sua etrutura pela emissão de pseudopodes. Nas fezes predomina a forma vacuolar. Ciclo Biológico Da Amebíase Seu ciclo evolutivo é monoxeno, (completa seu ciclo em apenas um hospedeiro). O homem se infecta ao ingerir cistos presentes na água ou nos alimentos contaminados. O desencistamento ocorre na porção final do intestino delgado (ou no inicio do intestino grosso), liberando os trofozoítos que passam a viver como comensais e a reproduzir-se por divisão binária e fagocitar bactérias e restos alimentares. Os trofozoítos que permanecem no intestino sob a forma comensal reduzem o seu metabolismo, armazenam reservas energéticas e secretam uma parede cística ao seu redor, formando os cistos, que são eliminados através das fezes. Dentro do cisto o parasito realiza divisão binária formando quatro novos indivíduos que desencistam quando chegam ao intestino de um novo hospedeiro. Os cistos podem permanecer viáveis fora do hospedeiro por cerca de 20 dias. TROFOZOÍTO CISTO Patogenia Pode gerar edema, necrose e úlceras. Em casos mais graves, pode ocorrer anemia (pela fagocitose de hemácias), necroses extensas da mucosa, colite ulcerativa, apendicite, perfuração intestinal e peritonite, disseminação a outros órgãos pela circulação porta. Os trofozoítos podem chegar a outros órgãos através da circulação, especialmente ao fígado, onde provocam a formação de abcessos e o desenvolvimento de um quadro freqüentemente fatal (trofozoitos ativos e hematófagos, invasivos/virulentos). Invasão Adesão ao epitélio mediado por lectinas Úlceração, pela liberação de enzimas proteolíticas – citólise Circulação porta distribui para figádo, rins, pulmão, cérebro, pele amebíase extra intestinal. Transmissão: fecal/oral, sexual Sintomatologia: Assintomáticos: eliminação periódica de cistos Sintomáticos: amebíase intestinal. Mais comuns: cólica, diarreia, evacuações mucossanguinas SINTOMAS DA COLITE AMEBIANA: diarreia, disenteria, dor abdominal e lombar, febre Diagnóstico Características das fezes: muco-sanguinolentas, ácidas, presença de hemácias e células epiteliais, neutrófilos e algumas bactérias. Fezes liquidas: pesquisa de formas móveis, contéudo citoplasmático, pseudópodes e ecto/endoplasma (visualização de movimento de trofozoitas) Métodos de concentração Faust, Ritchie, Lutz ou método direto Coloração: Temporário com lugol, azul de metileno, hematoxilina férrica, tricromio. SEMPRE usar coloração permanente para diagnostico final, e não apenas baseado no movimento de trofozoítas.Diferenciação por número de núcleos e distribuição da cromatina, cirtoplasma, vacúolos, corpos cromatóides. Para amebíase intestinal: EPF, pesquisa de cistos e trofozoitas em 3 amostras com evacuação normal e caso negativo + 3 amostras após purgativo salino (Na2SO4). Biópsia e pesquisa de coproantígenos ou anticorpos (ELISA) e PCR Para amebiase hepática: métodos de imagem, aspirado hepático, pesquisa de anticorpos, determinação de leucocitose, anticorpos monoclonais e sondas de DNA Tratamento: metronizadol (principal) Amebíase: tratamento dos casos sintomáticos, detecção e tratamento de assintomáticos Sensibilidade no diagnóstico aumenta com aumento do número de amostras e mudança do método, sendo: direto < direto e concentrado < direto e concentrado + coloração permanente. Profilaxia: higiene pessoal e alimentar, melhoria de condições sanitárias, com destino adequado das fezes, tratamento dos doentes e pelo consumo de água fervida ou filtrada, lembrando que a cloração da água não inativa os cistos. Identificação de assintomáticos manipuladores de alimentos para tratar. Amebas de vida livre Vivem na natureza e a maioria dos seres humanos possui antígenos para essas amebas. Naelgleria fowleri: Infecção: passam pelo neuroeptelio nasal para o cérebro. Pode causar meningoencefalite fatal. Sintomas: dor de cabeça e sintomas meningeos Diagnóstico laboratorial: micrscopia LCR para detecção de trofozoítos. Coloração permanente Giemsa. Acanthamoeba spp. Blamuthia mandrillaris. Diagnóstico por LCR, exame direto de trofozoitas e giemsa (naelgleria) e microscopia em coloração permanente de material de biopsia de cérebro, pele e córnea (acanthamoeba). Tratamento com anfotericina B, não existe tratamento específico. AULA 2 - FLAGELADOS E CILIADOS INTESTINAIS Ciliados Balantidium coli Maior dos protozoários parasitas do homem e único ciliado patogênico encontrado do cólon. Ciliado de suínos (humano e hospdeiro acidental), causa úlcerações parecidas com a E. histolytica, que podem perfurar a parede intestinal. Morfologia: Trofozoito grande e ovoide com cílios e peristoma, movimento rotatório rápido e direcional, núcleo grande e riniforme, e o micronúcleo fica dentro do macronúcleo. Cisto esférico e liso, menor que o trofozoito. Infeção: cistos, pela ingestão de água ou alimentos contaminados. Diagnóstico: EPF e o método mais utilizado, mas pode ser feito o diagnóstico pelo exame de urina, escarro, aspirados, conteúdo duodenal e biopsias. Estágios de diagnóstico: cistos (fezes formadas) e trofozoítos (liquidas, pastosas e mucossanguineas). FLAGELADOS Giardia lamblia Coloniza o intestino delgado. A giardose tem maior prevalência em crianças, podendo produzir quadros gastrointestinais agudos e crônicos, podendo causar síndrome de má absorção, esteatorréia e danos na mucosa e microvilosidades dependendo do grau de infecção. Morfologia: Trofozoito piriforme, disco adesivo ou suctorial e 4 pares de flagelos e cistos ovalados com 4 núcleos, fibrilas e corpos escuros em forma de meia-lua Transmissão: ingestão de cistos viáveis por água e alimentos contaminados (cistos resistentes ao cloro), desencistamento no duodeno e colonização do intestino delgado por divisão binária. O cisto é o estágio de infecção e de diagnóstico. Sintomatologia pode ser assintomática ou apresentar diarreia aguda ou crônica com síndrome de má absorção, perda de peso e “atapetamento” (protozoário se adere ao epitélio por lecitinas e proteases e forma uma barreia física que impede absorção no intestino, causando lesões repetitiva e danos ao epitélio). Causa diarreia (diarreia dos viajantes) e é uma doença negligenciada. Possui família de antígenos ricos em cisteina (variação antigênica confunde o sistema imune). Em pacientes imunocomprometidos, pode provocar diarréia crônica e severa, acompanhada de dor abdominal difusa e náuseas. Diagnóstico: exame de fezes (Faust, Ritchie+ lugol) devem ser feitos o mais rápido possivel (encontro de trofozoitos em fezes liquidas por método direto e cistos em fezes formadas em coloração permanente ou temporaria), e exame de conteúdo duodenal(metodo da cápsula duodenal), biopsia (principalmente em casos de suspeita clinica forte e EPF negativo), técnicas de imunodiagnóstico (ELISA e hemaglutinação – 80 – 90% de sensibilidade) e PCR. O EPF tem sensibilidade relativamente baixa evido à intermitência na passagem dos cistos Tratamento: metronidazol, metazoxamida, furazolidona inibe a capacidade de adesão). Benzimidazois causam alteração no citoesquleto do parasito. Chilomastix mesnili Flagelado do intestino grosso, exame direto a fresco com iodo e colorações permanentes. Cisto menor, com núcleo único e formato de limão. Não patogênica Trichomonas Hominis Protozoário não patogenico, hospedeiro do trato intestinal. Não possui forma cistica e a transmissão ocorre através dos alimentos e da água contaminada com fezes (rota fecal-ora). Dientamoeba fragilis Fragelado não patogenico, não apresenta o estágio de cisto. Acredita-se que entre 15 a 20% dos casos de portadores de D. fragilis, apresentam sintomas que estão relacionados com a sua presença. Ente estes sintomas e sinais, destacam-se a diarréia, dor abdominal, fezes amolecidas mucóides ou até mesmo hemorrágicas, flatulência, fraqueza e fadiga, náusea com vômitos e emagrecimento. A transmissão deste parasito ainda é discutível, mas pode estar relacionada com a transmissão de outros parasitos intestinais, como ovos de nematodas, e relação sexual entre homens. O tratamento dos casos sintomáticos pode ser feito com tetraciclina. AULA 3 – COCCÍDEOS Coccídeos: São parasitos intracelulares obrigatórios que habitam a mucosa do intestino delgado do homem. Transmissão acontece através da ingestão dos oocistos (estágios de infecção e diagnóstico) em água e alimentos contaminados. As amostra podem ser fezes, liquido de aspirado jejunal, escarro, aspirado brônquico e biopsia da mucosa intestinal. MORFOMETRIA NECESÁRIA PARA DIFIRENCIAR Crypstosporidium spp. DO Cyclospora cayetanensis. Cryptosporidium spp. Morfologia: Oocistos esféricos, medem de 4 a 6 µm e possuem 4 esporozoitos livres no seu interior. Patogenia: emissão de oocistos descontínua, sendo necessárias várias coletas e exames a cada 3 dias antes de concluir a ausência do protozoário. 1) Pacientes imunocompetentes: gastroenterite transitória (5-10 evacuações/dia) durante 2 semanas com vômitos e dores abdominais; Oocistos identificáveis nas fezes 3 dias após a contaminação. 2) Pacientes imunodeprimidos: O tempo de emissão dos oocistos e indefinido e contínuo, correspondendo aos períodos de diarreia aquosa (20-30 evacuações/dia) durante 2 semanas ou mais com náuseas, vômitos, dores abdominais, cefaleia e febre. Sintomas frequentes, severos e prolongados. Diagnóstico: Exame direto a fresco (microscopia de contraste diferencial – triagem), imunofluorescência indireta (detecção de oocistos), ELISA (detecção de antígenos), Ziehl- Neelsen (col. Permanente) ou mét. da safranina. Fluorocromos (↑S ↓E) Tratamento para criptosporidose: sintomáticos para diarreia e desidratação. Fármaco: nitazoxanida. Cyclospora cayetanensis Morfologia: os oocistos esporulados (precisam de condições ideias no ambiente) são arredondados e medem cerca de 8-10 µm. Sendo que cada um possui 2 esporocistos com 2 esporozoítos cada. Patologia: 1) Pacientes imunocompetentes: diarreias autolimitadas e infecções moderadas; 2) Pacientes imunodeprimidos: fadiga, náuseas, anorexia, mialgia, perda de peso e diarreia intensa (1-8evacuações/dia). No intestino delgado pode causa atrofia das microvilosidades causando inflamação local e alterações na mucosa. Diagnóstico: exame direto a fresco (microscopia de contraste diferencial – triagem), imunofluorescência indireta (detecção de oocistos), epifluorescência (autofluorescência – Luz UV), PCR, Ziehl-Neelsen (variabilidade na coloração- mesma preparação alguns cistos são corados enquanto outros não) melhor método da safranina. Tratamento para ciclosporose: TMP-SMX. Cystoisospora belli Morfologia: oocisto elipsoide. Quando excretados são imaturos, necessitam de ambiente favorável para se transformarem em oocisto maduro com 4 esporozoítos cada. Patogenia: única protozoose que produz eosinofilia elevada 1) Paciente imunocompetente: infecção benigna, cura espontânea; 2) Paciente imunodeprimido: destruição das céls epiteliais, atrofia das microvilosidades causando a síndrome da má absorção e consequentemente fezes esteatorreicas, perda de peso, diarreia e febre. Diagnóstico: exame direto a fresco s/ coloração, epifluorescência na luz UV, Ziehl-Neelsen e safranina, microscopia de fluorescência. Tratamento para cistoisosporose: TMP-SMX. AULA 4 -MALÁRIA Tambem conhcida como impaludismo, febre palustre, maleita e sezão. No Brasil, amazonia maior expansão de transmissão (predominio). P. vivax > P. falsiparum. Biologia Infecção Humano: portador de gametócitos (reservatório) Vetor: transmissão pela fêmea da especie Anopheles. Forma rara Formas mais comuns no sangue periférico e, P.falsiparum: trofozoito jovem e gametócito Algumas formas são mais raras podem ocorrer, como por transfusão acidental de sangue contaminado com o plasmodio, copartilhamento de seringas, agulhas ou lanceta contaminadas e transmissão neonatal. CICLO O femea inocula esporozoitos na circulação ou hepatócito (ciclo tissular), formam merozoitos, entram em outra célula, esquizogonia eritrocitária, trofozoito maduro, rosácea, trofozoito jovem, trofozoito maduro, esquizonte, merocito, gametócito (macro e micro) Patogenia: Aceso malárico: intenso calafrio seguido de elevação rápida da temperatura, acompanhada de náuseas e/ou vômitos, dor de cabeça, dores musculares e abdominais. À medida que a temperatura começa a baixar, o doente apresenta intensa sudorese. Plasmodium falciparum se não diagnosticada precocemente e tratada adequadamente, pode produzir quadros extremamente graves. A anemia pode ser muito intensa, a função renal pode ser comprometida ou mesmo falir totalmente, a função respiratória pode apresentar serias deficiências, quadros neurológicos como confusão mental e coma igualmente podem ser verificados. Causas da anemia: Ruptura dos eritrócitos pós esquizogonia Ruptura dos eritrócitos parasitados - baço Hemólise por processo imune - ruptura de eritrócitos normais Diagnóstico A melhor preparação: amostra de sangue colhida diretamente por punção digital ou venosa sem anticoagulante (anticoagulante dificulta fiação na lamina – necessário maior tempo de secagem) no pico ou próximo ao pico febril. Gota espessa Vantagem: maior quantidade de amostra em area pequena – maior probabilidade de se encontrar o plasmadio e processo de coloração rapido pois amostra desemoglobinizada. Desvantagens: experiencia na identificação do plasmódio. Para garantir a qualidade, deve-se obter fundo claro, cromatina dos parasitas cora-se em vermelho e o citoplasma em azul. O pigmento malárico, que normalmente não se cora, também aparece com nitidez e sua cor varia do castanho ao negro. Esfregaço delgado Vantagens: fixação das hemácias permite conferir o resultado da gota espessa em caso de dúvida. Não há desemoglobinização, portanto menor perda do parasita. Amostra mais resistente. A presença da parasitemia não se relaciona com as manifestações clínicas, isto é, não há associação entre pico febril e positividade do exame microscópico. Desvantagem: não e indicado para diagnóstico inicial, pois menor quantidade de sangue ocupa a lamina, dificultando o encontro das hemacias. Exame deve ser realizado na cauda do esfregaço, onde as hemacias estão mais separadas. A detecção de baixas parasitemias requer o exame de todo o esfregaço. Quantificação Nº contados Nº de campos Cruzes 40-60 100 (GE) e 200(ES) +/2 1 1 + 2-20 1 ++ 21-200 1 +++ >200 1 ++++ Tratamento: P vivax.- cloroquina + primaquina P falciparum multirresistentes: o a)sulfato de quinina + doxiciclina (não inicado para menores de8 anos) + primaquina o b)Sulfato de quinina + primaquina AULA 5 – TOXOPLASMOSE Zoonose, protozoário intracelular e extranuclear, possui 2 ciclos (sexuado e assexuado, e é heterogêneo facultativo). Formas graves acometem recém nascidos, forma congênita e imunodeprimidos. Infecção em gestantes dependendo da sorologia, o pre natal varia (risco de primo-infecção e passagem ao concepto), taquizoitos passam a barreira placentária. Para ocorrer a toxoplasma congênita, a mãe deve estar na fase aguda durante a gestação Primeiro trimestre: risco de infecção de 10-15% com sintomas graves Segundo trimestre: risco de infecção de 30% com sintomas mais brandos Terceiro trimestre: risco de infecção de 60%, 90% das vezes assitomaticos Oocistos presentes nas fezes do felídeo e bradizoito presentes dos tecidos taquizoíto Cisto tecidual contendo bradizoíto Transmissão ingestão de bradizoitos em carnes cruas\mal cozidas, oocistos em águas e verduras, taquizoitos transplacentarios (primo-infecção) Sintomatologia encefalite, calcificações cerebrais periféricas, hepatomegalia, corioretinite (90%). As sequelas na forma branda são deficiência visual e intelectual leve e nas graves cegueira, retardo, aborto, etc. Diagnóstico avidez de anticorpos IgG (quanto maior, mais longo o período desde a infecção), Ac anti-toxoplasma IgG, IgM, IgA, imunoblot (diferencia os Ac da mãe e do RN), IFI ELISA profilaxia primaria em grávidas (não comer carne mal cozida, evitar contato com gatos, etc). PCR e pesquisa do protzoario no liquor em gestantes e imunodeprimidos. A avidez dos IgG pode ser medida por ELISA IgG de baixa finidade é produzida no início da resposta imune primária. Gradativamente ao longo do tempo são selecionados os clones de linfócitos B produtores de IgG de elevada afinidade. Na toxoplasmose a IgA anti-toxoplasmose está associada `a infecção aguda e parece desaparecer antes mesmo da IgM. Triagem neonatal (teste do peziho modificado) se houver IgG anti T. gondii a criança esta infectada e deve ser tratada, em caso de lactente não infectado o IgG diminui e zera até os 9 meses (mas se aumenta, há infecção) Acompanhamento pediatrico da mãe e da criança, fundamental. Verificar lesão de fundo de olho (se tiver necrose é irrversivel, e se tiver edema é reversível) 3 PERFIS DE TOXOPLASMOSE (avidez por IgG vai aumentanto de forma crescente, menor no perfil 1 e maior no 3) Perfil I - AGUDO RECENTE IgM, IgA, IgE reagentes e IgG indiferente está presente na soroconversão recente e caracteriza-se pela presença de IgM e IgG de baixa avidez. Na fase muito inicial pode não ser detectada a IgG e, em razão da menor especificidade da IgM encontrada, pode ser útil a repetição do teste com amostra coletada em intervalos de 7 a 15 dias. Nessa fase, anticorpos IgG são de baixa avidez, embora em níveis elevados, e anticorpos IgA podem ser detectados. Perfil II - AGUDO TARDIO IgM e IgG reagentes e IgA e IgE não reagentes apresenta elevados níveis de IgG com índices de avidez crescentes ao longo dotempo e redução gradativa da IgM. O emprego do teste ELISA de captura de IgM, pela elevada sensibilidade, pode mostrar reatividade muito prolongada, por meses, dificultando a definição adequada da fase da infecção. No caso de gestantes, já no segundo ou terceiro trimestre gestacional, que estejam fazendo o teste pela primeira vez e das quais se desconheça a história prévia da toxoplasmose, pode haver dificuldade em estabelecer a importância de resultado positivo de IgM nessa fase. Nesses casos, a ausência de anticorpos IgA, que desaparecem mais rapidamente, e o achado de elevado nível de avidez dos anticorpos igG podem definir o caso. Perfil III - CRONICO IgM, IgA, IgE não reagentes e IgG reagente característico da infecção latente ou crônica, apresenta apenas anticorpos IgG, geralmente em baixos títulos e com elevada avidez. Na triagem sorológica de gestantes, o ideal seria o teste antes da gravides ou o mais precocemente possível, facilitando a interpretação dos resultados. Devem ser utilizados testes para a pesquisa de IgG e IgM. As gestantes soronegativas devem ser acompanhadas ao longo da gestação e orientadas quanto aos cuidados profiláticos da toxoplasmose. A presença de IgG e ausência de IgM geralmente indicam infecção crônica, sem risco de transmissão placentária. É a presença de IgM que sugere a infecção aguda ou recente, sendo difícil estabelecer o período em que ocorreu a parasitemia de risco para infecção fetal. Nesses casos, podem ser necessários testes complementares, como a determinação de IgA e do índice de avidez da IgG, e até exames diretos de detecção do parasito. Na vigência da suspeita, o diagnóstico e o tratamento da toxoplasmose congênita são importantes para prevenir lesões cerebrais e oculares que podem ocorrer, ainda que de forma assintomática, em razão da maior suscetibilidade do neonato, mesmo quando ele não apresenta sinais aparentes da doença. Os Ac IgG detectados no soro do recém-nascido são, em parte, maternos e a detecção de IgM confirma a infecção intra-uterina. No entanto, por causa da imaturidade imunológica, muitos neonatos não produzem IgM. A detecção de IgA parecem ser mais sensíveis nesses casos, mas o emprego de técnicas de biologia molecular ainda é a perspectiva mais promissora para o diagnóstico precoce e eficiente. Tratamento RECEM NASCIDOS E IMUNODEPRIMIDOS: pirimetamina e sulfadiazina, acido folinico GESTANTE espiramicina ou clindamicina, predsona (reduz necrose e inflamação ocular), pirimetamina é contra-indicada no primeiro trimestre por ser teratogênica AULA 6 – TRIPANOSSOMA CRUZI É o agente etiológico da doença de chagas, é uma doença de notificação obrigatória. Protozoário com formas: Amastigota: intracelular e arredondada, com flagelo que não externaliza. Presentes no tecido cardíaco, ficam no citoplasma e formam ninhos, se multiplicam por divisão binária até rompar a célula. Podem formar ninhos na placenta e atingir o feto Epimastigota: membrana que não externaliza, presente apenas nos triatomíneos Tripomastigota: presente em sangue, fezes e meios de cultivo. Citoplasma posterior ao núcleo e possui flagelo. Não se reproduzem no sangue, parasitam células esqueléticas, cardíacas, lisas, células nervosas Ciclo heteroxenico, flebotomineo urina e defeca nos hospedeiro (transmissão vetorial), tripomastigotas entram no sangue e se diferenciam em amastigota, fazem ninhos no tecido cardíaco e após estourar a célular vira tripomastigota de novo e vai para circulação para ser sugada pelo flebotomineo FASE 1 primeiros 10 dias, apenas sintomas clínicos (chagona de inoculação, sinal de romana, febre, enfartamento ganglionar FASE 2 de 10 dias a 1 mes FASE 3 Ac e IgM FASE 4 Ac e IgG não negativa mais Infecção oral (caldo de cana, açaí, leite materno) transplantes, tripomastigotas do flebotomineo, RN de mãe infectada Aguda: chagoma de inoculação, sintomas inespecíficos, 4-12 dias, e 30-40 dias por inoculação vetorial Crônica: após período de latência, 10-20 anos, compromete coração, esôfago, porção distal do intestino As formas assintomáticas são as mais comuns e as formas sintomáticas acometem principalmente crianças (sinal de romana – edema em 1 olho, chagoma de inoculação – semelhante a furúnculo) CASOS COM MEGAS megaesôfago, megacolon, megacoração. O tripanossoma consome a fibra nervosa, relaxando a fibra nervosa que fica flácida e aumenta de volume. Dependendo do parasito, os sintomas podem ser cardiopatias ou casos com megas, e geralmente ataca órgãos ocos Diagnóstico ver origem do paciente, sinais de porta de entrada. Para a fase crônica e aguda podem ser usados métodos imunológicos (IFI, ELISA), PCR, WB. TESA BLOT E IMUNOBLOT são confirmatórios em caso de duvidas Fase aguda: observação do parasita no sangue, exame de sangue a fresco (maior precisão, método de eleição), gota espessa (levantamento epidemiológico) camada delgada (mais detalhes) ou métodos de concentração em caso de negativos (Strout, microhematócrito) Fase crônica: xenodiagnóstico, hemocultura, métodos parasitológicos indiretos e principalmente métodos sorológicos, usando-se pelo menso 2 metodos diferentes (ELISA, IFI, ELISA com antígenos do parasita). Caso um de positivo e outro negativo, repetir o teste. Transmissão vertical transmissão congênita, importante confirmar diagnostico sorológico da mãe, e caso positivo a criança deve passar pelo exame parasitológico, e se estiver infectada imediatamente receber o tratamento etiológico. Caso não tenham feitos os exames e a mãe esteja infectada, é ncessario exames de IgG anti T cruzi Tratamento especifico (para eliminar o parasito): Benznidazol Sintomático( para amenizar os sintomas): cardiotônicos, antiarrítmicos, cirirgia de esôfago e colon). Avaliação do tratamento com exames sorológicos (paciente não deve doar sangue até estar curado) AULA 7 – LEISHMANIOSES Ocorrem em inumeros animais em são endemicas em muitos paises, causadas pro protozoários. A transmissão ao hospedeiro vertebrado ocorre por picadas de dipteros (flebotomíneos). É um parasita intrecelular obrigatório e se multiplica nas células do sistema fagocitico mononuclear, apresenta 2 estágios de desenvolvimento (amastigota e promastigota, ambas com cinetoplasto) Amastigota: intracelular, macrofagos, DNA do cinetoplasto muito estudado (ESTÁGIO DE DIAGNÓSTICO). Ovais, fusiformes, nucleo grande, vacuolos, sem flagelo Promastigota: forma do vetor, inoculada pelo mosquito na picada(ESTÁGIO DE INFECÇÃO). É maior que a amastigota, mais alongada, nucleo arredondado, encontrada no microscópio Estágio de infecção inseto inocula promastigota, é fagocitada por macrofagos e suprime sua resposta, desenvolve amastigotas que estouram o macrofago e são ingeridas pelo mosquito completando o ciclo Patogenia formas tegumentares, mucocutaneas e viscerais com largo espectro de manifestações clinicas Leishmaniose visceral (LV) ou calazar: LEISHMANIA DOLOVANI, INFANTUM E CHAGASI. Alto risco de morte, são doenças de notificação compulsória e atinge principalmente homens, idosos, crianças e imunodeprimidos. Causa esplenomegalia, hepatomegalia e fibrose e hiperplasia de fígado, parasitos na medula, desregulação da hematopoese, anemia, linfonodos aumentados, deposição de imunocomplexos nos rins, pneumonite, edema e alongamento de vilosidades. Ocorre por transmissão vetorial, compartilhamento de seringas, etc. Suspeita por febre + hepatomegalia associada ou não a esplenomegalia Fase aguda: febre, palidez, hepatomegalia, diarréia Período de estado: emagrecimento Período final: edema, febre, óbito, hepatoesplenomegalia,anorexia Leishmaniose tegumentar americana (LTA) leishmaniose cutânea, mucocutanea e cutaneo difusa Interação parasito-célula hospedeira promatigotas metaciclocas encontram protenas do soro, saliva e fluidos do inseto Incubação de 2 semanas a 3 meses, a lesão pode regredir espontaneamente, ficar estacionária ou evoluir para um nódulo dérmico (histiocitoma) Maxidilan: presente na saliva, é uma substancia dilatadora que inibe apresentação de ag de leishmania pelos macrófagos, imunomodeladora da resposta imune). Lipofosfoglicano (LPG): protege contra ação do complemento e inibe enzimas hidroliticas do fagossoma Protease gp63:degrada complemento e enzimas lisossomais LEISHMANIOSE CUTANEA úlceras na derme e epiderme, grande densidade de parasitos nos estágios iniciais, com tendência a escassez nas ulceram crônicas (amazonenses, brasiliensis, iainsoni, guyanensis) LEISHMANIOSE CUTANEOMUCOSA (LCM) infecção na derme com úlceras, pode occorer mestástase com invasão de mucosa e destruição da cartilagem (nariz, faringe, boca, laringe) (brasiliensis e guyanensis) LEISHMANIOSE CUTANEA DIFUSA (LCD) forma lesões difusas não ulceradas por toda pele com grande numero de amasigotas, é uma variação da forma e cutânea geralmente ocorre em imunodeprimidos (HIV) (amazonenses) L. BRASILIENSIS causam metástases, n invadem vísceras, poucos encontrados nos meios de cultura e nas ulceras, costumam colonizar (vao para lugares longe do foco) causando lesõs secundárias L. MEXICANA não faz metástase, lesões bengnas na pele, aparecem bem no local de lesão e meio de cultura L. DONOVANI muito pequenos, fazem metástase (baço, fígado, etc) e é visceral Diagnóstico Visceral: punção de medula (nunca das vísceras!), IgG e IgM, reações cruzadas com T. Cruzi, ELISA, Ag recombinantes, ELISA, IFI, PCR. Material de punção é usado para esfregaços por aposição, cultura, inoculação em hamster. Leishmania tegumentar americana (LTA): intradermoreação de Montenegro (Ag de promastigotas), biopsia das bordas da lesão, esfregaço corado (giemsa) histopaologico (ecido e ninhos de amastigostas), cultura de promastigostas (LIT, NNN) Diagnóstico de espécie – para todas as leishmanias: DNA do cinetoplasto, PCR, hibridização. Quanto mais recente a lesão, maior o número de parasitos Tratamento LV: anfotericina, permanganato, antimoniato, pentamidinas, pentosam (estibogliconato sódico) e miltefosine (hexadecilfosfocolina) LTA: antimoniato, pentamidina, desoxicolato estibogliconato, compressas com permanganato em lesões secundárias, pentamdina, anfotericina B, leishvacin, glucantime Profilaxia proteção contra picada de flebotomineos, diagnostico e tratamento de doentes, construção de casas longe das matas, eliminação de cães com sorologia positiva, combate ao vetor, vacinação (50% de eficiência) amastigotas promastígota s tripomastigota AULA 8 – PROTOZOÁRIOS DO SISTEMA UROGENITAL Trichomonas vaginalis Tricomonose: uma doença sexualmente transmissível. O T. vaginalis é anaeróbio facultativo e cresce na ausência deoxigênio em faixa de pH entre 5,0 e 7,5 e em temperatura entre 20 e 4O°C. Local da Infecção: o organismo habita o trato genitourinário do homem e da mulher, onde produz a infecção e não sobrevive fora do sistema urogenital. Morfologia: Flagelado: tipicamente elipsóide, piriforme ou oval. Não possui a forma cística, somente a trofozoítica. Patogenia: Manifestações Clínicas na Mulher: o Pode ser assintomático ou inflamação severa (vaginite) o Corrimento vaginal de cor amarelo-esverdeado, bolhoso, odor característico, mais freqüente no período pós-menstrual. o Prurido vulvovaginal de intensidade variável, independente do corrimento. o Dor e dificuldade para as relações sexuais (dispareunia de intróito). o Dor ao urinar (disúria) e freqüência miccional (policiúria). Manifestações Clínicas no Homem o Freqüentemente assintomática o Pela manhã pode ser observado corrimento leitoso ou purulento, antes da passagem da urina. o Diferente da mulher, o homem pode ter somente uma infecção auto-limitada Complicações Problemas relacionados com a gravidez o Parto prematuro e baixo peso do bebê ao nascer. o O T. vaginalis pode contribuir para doença pulmonar crônica de recém nascidos por inflamação ou outro fenômeno inexplicável. Fertilidade o O risco de infertilidade é quase 2 vezes maior em mulheres com história de tricomonose comparado com mulheres que nunca tiveram tal infecção Aumento da transmissão do HIV o O T. vaginalis causa pontos hemorrágicos na mucosa, permitindo o acesso do vírus para a corrente sangüínea. o Os pacientes assintomáticos permanecem sexualmente ativos, propagando ainda mais a infecção. o O diagnóstico e tratamento para a infecção por T. vaginalis pode reduzir significativamente a transmissão do HIV. Diagnóstico Não pode ser baseado somente na apresentação clínica, pois a infecção poderia ser confundida com outras DSTs. HOMEM MULHER AMOSTRA Secreção uretral, urina, esperma (massagem prostática, lavagem prepucial). Secreção vaginal, urina. ORIENTAÇÃO Deve-se orientar à comparecer ao local a coleta pela manhã sem ter urinado no dia e sem ter tomado nenhum medicamento tricomonicida há 15 dias Deve-se orientar a não realizar a higiene vaginal durante um período de 18 à 24 horas anteriores à coleta e sem ter feito uso de nenhum medicamento tricomonicida há 15 dias Deve ser feito uma preservação temporária da amostra caso a análise não ocorra imedatamente após a coleta (ideal). Deve ser feita por líquidos de transporte (solução salina isotônica ou solução salina isotônica glicosada) ou por meios de transporte (Meio de Stuart e Meio de Amie). Isso deve ser feito pois a identificação do parasito é baseado na sua motilidade, que pode ser perdida se permanecer à temperatura ambiente. Para preservar permanentemente, usa-se Fixador de Schaudinn, Fixador Álcool-Polivinílico (APV) ou ainda vapores de ósmio. Exame microscópico convencional de preparações a fresco e de esfregaços fixados e corados, junto com os métodos culturais, são os procedimentos laboratoriais mais comumente empregados no diagnóstico da tricomonose urogenital. O diagnóstico da tricomonose, tradicionalmente, depende da observação microscópica do protozoário móvel. Exame direto a fresco de preparações não coradas: secreção vaginal ou cervical dos exsudatos uretrais, e do líquido prostático diluídos em solução salina isotônica (O,15 M) tépida, é o exame de rotina usual para a identificação do flagelado. Exame direto a fresco de preparações coradas: Os organismos imóveis (axóstilo) são visíveis após a coloração com a solução de iodo de D’ Antoni. Uso do corante “Vaginal Identification Pathogens” (VIP). Preparações fixadas e coradas: principal -> Giemsa Diagnóstico cultural: O método de cultura é o padrão-ouro para o diagnóstico porque é simples de interpretar e requer somente 300-500 tricomonas/ml de inóculo para iniciar o crescimento. No entanto, são necessários alguns dias para a identificação do parasita, tempo durante o qual os pacientes infectados podem continuar a transmitir a infecção. Resultados negativos somente podem ser liberados após 120 horas de cultivo. InPouchTVTM: é um sistema de transporte e de cultivo de T. vaginalis; eficaz, sensível e específico. Um inóculo contendo de 1 a 10 organismos é suficiente para positivar o teste. A bolsa é de plástico, transparente, dividida em duas câmaras que são separadas por um canal, que só permite a passagem do meio entre elas, quando pressionadas. Imunodiagnóstico:O imunodiagnóstico através de reações de aglutinação, métodos de imunofluorescência (direta e indireta) e técnicas imunoenzimáticas (ELISA) têm contribuído para aumentar o índice de certeza do resultado. Não substituem os exames parasitológicos (microscópio e cultura), mas podem completá-los, quando negativos. Tratamento: As medidas profiláticas são as mesmas recomendadas para o controle de outras DSTs: uso de preservativo. Administração de metronidazol (Flagil). Tratamento realizado pelo paciente e parceiro sexual.
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