Logo Passei Direto
Buscar

Introdução ao Cuidados Farmacêuticos e à Farmácia clínica

User badge image
Mari Chevrand

em

Material
páginas com resultados encontrados.
páginas com resultados encontrados.
left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

Prévia do material em texto

INTRODUÇÃO AOS CUIDADOS FARMACÊUTICOS E À FARMÁCIA CLÍNICA 
Atuação do Farmacêutico
Charles Hepler e Linda Strand dividiram a atuação do farmacêutico em três períodos:
1. Tradicional: 
· O farmacêutico, conhecido como boticário, manipulava e vendia medicamentos, orientando os pacientes sobre o uso.
 
2. Transição: 
· As atividades voltaram-se para a produção de medicamentos em abordagem técnico industrial. O estabelecimento farmacêutico voltou-se para o lucro e os farmacêuticos perderam autonomia para o desempenho de suas atividades. 
3. Desenvolvimento da atenção ao paciente:
· Insatisfação com a visão comercial do farmacêutico impulsionou um movimento de ressignificação, promovendo sua atuação no cuidado com a saúde da população. 
Contexto Histórico
· A farmaceuticalização da sociedade fez com que crescesse a necessidade de atividades farmacêuticas voltadas ao cuidado para a saúde. 
· Em 1777, na França, o Boticário passa a ser denominado Farmacêutico.
· Farmacovigilância, criada após os eventos adversos graves, principalmente a tragédia causada pela talidomida na época de 60. A partir daí, as atividades farmacêuticas centralizam se na promoção do uso seguro de medicamentos.
· 1963, a 16ª Assembleia Mundial de Saúde aprovou a resoluções sobre reações adversas originando a farmacovigilância. 
· 1966, surgiu nos EUA, a farmácia clínica, visando maior proximidade entre paciente e equipe médica. 
· 1990, Hepler e Strand publicaram o conceito de pharmaceutical care (atenção farmacêutica), como cuidado responsável para alcançar resultados terapêuticos positivos. 
· 1993, a Declaração de Tóquio consagrou a atenção farmacêutica como prática central do farmacêutico. 1994, a Sociedade Europeia de Farmácia Clínica formalizou o conceito de farmácia clínica como “área da saúde, em que o serviço do farmacêutico clínico tem como objetivo desenvolver e promover o uso racional e apropriado os medicamentos e seus derivados”.
Desenvolvimento no Brasil
· 2002, o Consenso Brasileiro definiu a atenção farmacêutico. 
· 2004, foi inserida no Conselho Nacional de Saúde, como parte da assistência farmacêutica. 
· Resolução nº 585, de 29 de agosto de 2013 regulamentou as atribuições clínicas do farmacêutico em três áreas. 
1. Cuidado à saúde;
2. Comunicação e educação em saúde;
3. Gestão da prática, produção e aplicação do conhecimento.
Conceitos Chave
1. Atenção farmacêutica:
· O conjunto de ações voltadas à promoção, proteção e recuperação da saúde, tanto no individual como no coletivo, tendo o medicamento como insumo essencial e visando o acesso ao seu uso racional.
 
2. Cuidados farmacêuticos:
· Conjunto de serviços centrados no indivíduo, que inclui a integração do farmacêutico com a equipe multiprofissional para: 
1. Resolver problemas relacionados à farmacoterapia; 
2. Promover o uso racional de medicamentos;
3. Prevenir doenças e agravos.
Etapas do Processo de Cuidados Farmacêuticos
1. Acolhimento do paciente: pode ser por encaminhamento ou demanda espontânea.
2. Identificação das necessidades de saúde: coleta de dados e avaliação clínica (anamnese, parâmetros).
3. Plano de cuidado: definição de intervenções com participação do paciente.
4. Avaliação e acompanhamento: verificação dos resultados e evolução clínica.
Principais Serviços Farmacêuticos
· Educação em saúde: informações educativas, palestras, desenvolvimento da autonomia do paciente.
· Rastreamento em saúde: Uso de exames ou instrumentos para detectar doenças. 
· Dispensação: Análise técnica da prescrição, entrega e orientação segura do uso dos medicamentos. 
· Manejo de problemas autolimitados: Seleção de terapias para doenças leves, sem necessidade de prescrição médica. 
· Monitorização terapêutica de medicamentos: Medição e ajuste das doses com base em níveis séricos. 
· Conciliação de medicamentos: Revisão da lista de medicamentos em transições de cuidado para evitar erros. 
· Revisão da farmacoterapia: Análise crítica do tratamento em uso, buscando melhorar resultados e reduzir custos. 
· Gestão da condição de saúde: Intervenções focadas em doenças específicas, promovendo o autocuidado. 
· Acompanhamento farmacoterapêutico: Avaliação contínua dos medicamentos usados pelo paciente para garantir eficácia, necessidade e segurança. 
Papel do Farmacêutico na Promoção do Autocuidado Responsável 
1. Problemas de saúde autolimitados ou transtornos menores.
2. O farmacêutico deve entrar no autocuidado garantindo que ele será feito de forma responsável, pois o autocuidado aumenta o riso de interações medicamentosas, efeitos adversos e PRM. 
3. Resolução 44/2009 da ANVISA: O farmacêutico deve estar durante todo o horário de funcionamento do estabelecimento farmacêutico. 
Prescrição Farmacêutica 
Resolução nº 585 de 29 de agosto de 2013 do CFF regulamenta a prescrição farmacêutica. 
· Prescrição farmacêutica é o ato pelo qual o farmacêutico selecione terapias farmacológicas e não farmacológicas e outras intervenções relativas ao cuidado e saúde do paciente, visando a promoção, proteção, recuperação da saúde e prevenção de doenças ou outros problemas de saúde. 
Semiologia Farmacêutica
Estudo dos sinais e sintomas que os indivíduos apresentam e suas aplicabilidades nas diferentes terapias e cuidados em saúde. Através dela, os farmacêuticos desenvolvem suas atribuições clínicas e consegue saber se o paciente está realizando o uso incorreto dos medicamentos, cursando tratamentos ineficazes e equivocados ou tendo efeitos tóxicos. 
Possui 4 etapas:
· Acolhimento;
· Anamnese;
· Definir o plano de cuidado (deve ser acordado com o paciente);
· Acompanhamento.
Comunicação Interprofissional
Ferramenta que aumenta a qualidade do serviço oferecido. Deve ser clara, oportuna, precisa e sem ambiguidades principalmente, compreendida pelos diferentes profissionais.
Vantagens:
· Manutenção da efetividade do trabalho multiprofissional; 
· Otimização do cuidado de forma contínua; 
· Promoção de ações de soluções em saúde; 
· Redução dos agravos e outras questões que coloque o paciente em risco e contribui para a segurança do paciente. 
Importância da Etapa de Acompanhamento do Paciente
Etapas da educação em saúde, apoio emocional e apresentação do plano de cuidado.
Fundamental o uso de linguagem simples e até linguagem não verbal (símbolos).
Benefícios:
· Estreitamento da relação de confiança;
· Paciente se torna capaz de reconhecer suas necessidades; 
· Aumento na adesão dos tratamentos; 
· Paciente desenvolve habilidades para melhor com as possíveis reações adversas dos medicamentos; 
· Paciente se orna mais atento apto a realizar o autocuidado.

Mais conteúdos dessa disciplina