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Bioquímica - Sistema Endócrino

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Bioquímica Endócrina
Hormônios e Controle do Peso
Tecido Adiposo como órgão endócrino – também é capaz de produzir hormônios, regular e ser regulado.
Hormônio = Leptina (primeiro hormônio descoberto que é produzido por este tecido
Leptina
- Participa da regulação do apetite e do metabolismo
- Produzida principalmente no tecido adiposo branco
- O nome desse hormônio VEM DA CAPACIDADE DE DIMINUIR A INGESTÃO DE ALIMENTOS = inibir a fome = saciedade
- Atua no hipotálamo diminuindo a fome
OBS.: Se você emagrece, você reduz a quantidade de Leptina no organismo fazendo com que o indivíduo sinta fome, afim de manter a Homeostase.
Ciclo vicioso entre inflamação e obesidade
Quanto mais você engorda, mais você produz citocinas pró-inflamatórias. (produzidas pelo tecido adiposo) Quando você emagrece você não perde esse tecido adiposo, porém para de produzir essas citocinas.
 Perda de Peso Ganho de Peso 
Diminuição da Leptina: Aumento da Leptina:
- Aumento da ingestão de alimentos - Diminui a ingestão de alimentos (saciedade)
- Diminuição do gasto de energia - Aumento do gasto de energia
Homeostase para poupar as variações hormonais!!
A Leptina informa ao cérebro a quantidade de tecido adiposo acumulado no organismo
A secreção de Leptina será proporcional ao volume do tecido adiposo.
Fatores que regulam a produção de Leptina:
- Insulina
- Glicocorticóides
- Citocinas
O controle de a ingestão alimentar e o balanço energético é um controle imediato através da sua taxa de açúcar no sangue (glicemia), pelo controle da temperatura corporal e por outros hormônios que regulam a saciedade como a citocinina (?)
O controle da Leptina não é imediato. Quando a gente acaba de comer ela não diminui imediatamente, da mesma forma que ela não aumenta quando estamos com fome. A regulação não é imediata, o controle é feito a longo prazo.
Existem pessoas que tem déficit de Leptina ou em algum dos seus receptores, mas não há nenhuma relação com obesidade. (Na obesidade há alterações com receptores, mas não tem relação com falta da Leptina)
Como a Leptina tem a ver com a sacidade, por que não podemos tratar com Leptina todos os obesos?
Existe um ciclo diário na produção de Leptina eu um pico de produção + ou – 2h da manhã e esse ciclo não está alterado na maioria dos obesos, nem o pico de produção. No caso dos obesos há pouquíssimos casos de mutação do gene da Leptina. O que acontece na maioria das vezes é uma falha da sinalização de Leptina. A Leptina é produzida no tecido adiposo, mas por algum motivo a sinalização dela ao cérebro está rompida. 
Mecanismo de ação da Leptina:
Na membrana dos neurônios há um receptor que a Leptina vai se ligar. Essa ligação da Leptina ao seu receptor são do tipo que estão associados à várias enzimas e nesse caso é a enzima JAK 2, que é uma proteína quinase associada ao receptor. 
Essa enzima possui dois sítios de ligação, um ao receptor de leptina e outro vai catalizar a fosforilação do receptor (autofosforilação). Então a ligação da leptina ao seu receptor vai desencadear a autofosforilação da JAK. Essa fosforilação vai fazer com que a proteína STAT 3 se aproxime (também recebe grupos de fósforo), ela vai dimerizar e migrar para o núcleo. No núcleo ela vai participar da transcrição de fatores importantes na sinalização de leptina.
~
A Leptina é produzida no tecido adiposo, entra na corrente sanguínea e existem diversos receptores para ela, porém os mais relevantes ficam no hipotálamo. No hipotálamo existem diversos populações de neurônios:
- anorexigênicos que inibem a fome
- orexigênicos que vão estimular o apetite. 
Então como a Leptina é um hormônio relacionado a saciedade, vai estimular neuropeptídeos anorexigênicos que vão inibir os orexigênicos. Como por exemplo inibir o neuropeptídeo Y (orexigênico) e assim possibilita o controle do peso corporal.
Agrp e Npy – orexígenos
POMC e Cart – anorexígenos
Então resumindo, quando você tem aumento da Leptina, a conseqüência final falando de uma integração mais complexa, será a diminuição da ingestão de alimentos e diminuição do ganho de peso pelo aumento do metabolismo
Grelina
Outro hormônio importante para a regulação do peso corporal.
- É produzida no estômago (também produzida no intestino em menor quantidade)
- Ele é antagônico da Leptina: vai estimular o apetite, a lipogênese, adipogênese e reduz a taxa metabólica .
Ao contrário da leptina que é um hormônio de regulação a longo prazo, a grelina tem uma ação mais rápida. Ela está aumentada quando estamos em jejum, por isso que sentimos fome quando estamos em jejum (ela está sinalizando para o nosso cérebro que está na hora de comer).
Então a grelina está em níveis aumentados:
- jejum
- hipoglicemia
Como é um hormônio de ação rápida, assim que comemos ou há a administração de glicose, os níveis de grelina caem e são normalizados. 
Em pacientes com anorexia os níveis de grelina estão elevados. Já nos obesos, estão em baixas concentrações.
Obs.: Os hormônios POMC também tem expressão de receptores de Grelina, porém para Npy isso é muito maior.
~~
Pessoas obesas X Leptina
Pessoas obesas possuem maiores níveis de leptina. Como ela é obesa, ela produz muita leptina com o aumentos dos seus adipócitos. Com muita leptina sendo sinalizada aos receptores, eles acabam se internalizando e ficando inativos. Há uma resistência a esse hormônio. (receptor muito tempo ativado, ele tende a parar de estar disponível na membrana).
O aumento dos adipócitos não influencia só no aumento de leptina. Há também um aumento de hormônios pró-inflamatórios. Outra alteração é a produção de proteína que causam a inibição dos neuropeptídeos orexigêneos e diminuição dos anorexigêneos.
Adiponectina
- Principalmente produzida no tecido adiposo
- Possui 2 receptores (adipoR1 e adipoR2)
- Sua sintese é estimulada por catecolaminas (dopamina, noradrenalina) e cortisol 
Quanto mais obesa for a pessoa, menor serão os níveis de adiponectina.
- Esse hormônio modula vários processos metabólicos, incluindo a regulação da glicemia e o catabolismo de ácidos graxos
- Na corrente sanguínea seus níveis são inversamente relacionados com o percentual de gordura corporal em adultos.
- Tem papel importante na supressão de eventos metabólicos que podem causar diabetes tipo 2, obesidade, aterosclerose, etc.
Além de estar relacionada a obesidade, também está reduzida em diabéticos. A perda de peso corporal aumenta significamente a concentração desse hormônio no plasma
Adiponectina é protetora. Quando você é obeso e tem níveis de adiponectina diminuídos, você acaba perdendo essa proteção. 
Então, níveis diminuídos de adiponectina leva a uma alteração na expressão do receptor, ou seja, uma resistência à adiponectina.
A adiponectina participa de duas vias: via da AMPK e da Cox-2.
A AMPK é uma proteína quinase ativada por AMP, que aumenta o suprimento energético e combate a morte celular. Então um dos motivos da adiponectina ser protetora é o fato desse hormônio combater a morte celular.
A via da COX-2 é uma via inflamatória, que produz prostaglandina mas inibe TNF-alfa. Esse TNF-alfa também é uma citosina pró-inflamatória.
Então resumindo ela combate a morte celular e inibe uma citosina pró-inflamatória (TNF-alfa). E esse efeito é muito importante para o coração porque sabemos que pessoas obesas são mais propensas a problemas cardíacos por diversos motivos, mas principalmente pela falta de adiponectina porque a pessoa acaba ficando sem a proteção desse hormônio, acarretando em um ataque isquêmico, por exemplo.
Hoje em dia os níveis de adiponectina estão sendo usados como marcadores para determinar o risco do paciente possuir algum problema cardíaco 
Obs.: A adiponectina também ajuda a diminuir os níveis de outras citosinas pró-inflamatórias e isso já influencia muito no risco a problemas cardíacos.
~~
A leptina e a adiponectina tem funções parecidas em alguns aspectos, mas também sãodiferentes. Sabemos que uma contribui para a função da outra. Quando os níveis de leptina estão muito altos no sangue, a adiponectina também está alterada porque os dois são regulados principalmente pela taxa de glicose no sangue.
~~
Obs.: A resistência a leptina surge ao longo da vida da criança. Ela não nasce com ela.
“comer muito e não se sente saciada” – nasce momento que a resistência aparece na verdade.
~~
“Diante destes resultados ficou evidenciado que havia uma alteração na fisiologia da leptina que não ausência, mas sim um elevadíssimo aumento nos níveis de leptina plasmática. Isso sugeria uma alteração decorrente de uma deficiência no receptor de leptina levando a um quadro de resitência ao hormônio. As altas concentrações de leptina podem estar relacionadas a uma hipersecreção decorrente da ausência do efeito final da leptina”
Em obesos mórbidos os níveis de leptina podem estar 10 vezes a cima do normal. Muita leptina quer dizer que há um problema do receptor do hormônio. 
Hormônios Pancreáticos 
- Pâncreas exógeno (enzimas responsáveis pela digestão: tripsina, amilase, lipase) MAIOR PARTE DO PANCREAS
- Pâncreas endógeno (insulina, glucagon e somatostatina) 
No pâncreas, as ilhotas de Langerhans possuem 3 tipos celulares
- células alfa(glucagon)
- células beta (insulina)
- células delta (somatostatina)
De uma forma simplificada, sabemos que quando a gente come, as taxas de glicose aumentam e você vai aumentar consequentemente a produção de insulina (é a insulina que vai sinalizar para o músculo, fígado e outros orgãos que está na hora de absorver essa glicose). Ao mesmo tempo as taxas de glicose vão inibir as células alfa (glucagon).
Altas taxas de glicose ativam as células beta e assim produzem insulina.
Obs.: Quem sinaliza para a glicose ser armazenada na forma de glicogênio pelo fígado é a insulina. (no tecido adiposo é armazenada como triacilglicerol)
O Glucagon por sua vez é oposto da Insulina, porém eles se regulam. Quando um está alto, o outro está baixo e vice-versa.
Quando estamos em jejum, os níveis de insulina estão baixos. Então as células alfa do pâncreas são ativadas para ter esse glicogênio liberado no fígado e assim quebrar glicogênio e ter glicose disponível em nosso organismo.
~
Insulina
Está diretamente relacionada com a taxa de glicose no sangue.
Podemos estimular facilmente as taxas de insulina porque sabemos que quando nos alimentamos os níveis de insulina sobem rapidamente e vão caindo 1, 2h depois da alimentação. Para ter esses níveis aumentados é só se alimentar novamente.
A insulina vai ser regulada por:
- níveis de glicose;
- sinais neuronais que vão indicar a ingestão de carboidratos (ou seja, que conseguimos estocar mais glicose);
- alimentação rica em aminoácidos (que vão ser quebrados para gerar glicose).
~
Processamento da Insulina
É simples e tem basicamente duas etapas:
Antes de a insulina ser uma insulina madura ela é chamada de preproinsulina que é uma proteína com conformação de aminoácidos diferente, na verdade ela é um pouco maior e existem sucessivas reações de proteólise que vão quebrar a sequência sinal e essa sequência sinal é retirada da proteína e o restante vira proinsulina. Essa proinsulina vai ser quebrada mais uma vez por proteólise removendo o peptídeo C. No final de tudo acaba restando 2 fragmentos - cadeia A e cadeia B. Essas cadeias são ligadas por ponte de sulfeto e assim você tem a insulina madura.
Efeitos da insulina
↑ captação glicose pelo músculo
↑ captação de glicose pelo fígado
↑ síntese de glicogênio (no fígado e no músculo)
↓ quebra do glicogênio (no fígado e no músculo)
↑ glicólise e produção de acetyl-CoA (no fígado e no músculo)
↑ síntese de ácidos graxos
↑ sintese de triacilglicerol
~
Moléculas envolvidas na síntese e secreção de Insulina
	Substancia 
	Mediadores 
	Mecanismos 
	Efeito 
	Glicose 
	Canais de KATP sensíveis 
	ATP , Ca++ 
	 secreção 
	
	Cálcio
	Diversos
	 secreção 
	
	Malonil Coa
	ATP 
	 secreção 
	
	Acil Coa cadeia longa 
	Exp gênica 
	 síntese 
	Ácidos graxos livres 
	Canais de KATP sensíveis 
	ATP K+ 
	 secreção 
	Polipeptideo inibitório gástrico (GIP) 
	 
	 
	 secreção 
	Aminoácidos
(arginina, alanina e glicina) 
	Canais transportadores de aminoácidos
	Despolarização por Na+ e arginina+
	 secreção
	Glucagon like peptide-1
(GLP-1)
	AMPc 
	 Ca++ intracelular 
	Potencializa os efeitos da glicose
 secreção 
~
Liberação de Insulina
Glicose entra na célula beta via GLUT-2. Dentro da célula existe metabolismo intenso com síntese de ATP. A entrada de glicose causa o fechamento do canal de K+ sensível a ATP (A).
O fechamento desse canal leva a despolarização da membrana, o que permite a entrada de cálco para dentro da célula, via outro canal de cálcio (B).
O aumento dos níveis intracelulares de cálcio ativam a proteína quinase dependente de cálcio. Isso leva a exocitose dos grânulos de insulina.
Receptor de Insulina
- A insulina exerve seus efeitos principalmente nos músculos esqueléticos, cardíaco, fígado e tecido adiposo.
- O receptor de insulina faz parte da grande família de receptores tirosina quinase. Ele é divido em 2 partes: subunidade alfa e subunidade beta (internalizada – sinalização intracelular).
A subunidade alfa é a subunidade que vai de fato interagir com a insulina.
Então recaptulando o receptor de insulina é uma proteína heterotetramérica, com duas subunidades alfa que contém sítios de ligação para insulina, e duas subunidades beta transmembranas, contendo atividade cinase em seus domínios citosólicos.
Então nos tecidos que possuem receptores de insulina, a insulina se liga em sua subunidade alfa e toda vez que a insulina se liga, existe uma mudança conformacional na subunidade alfa e esse sinal é transmitido para a subunidade beta que por sua vez faz se fosforilar. Então a insulina ao se ligar ativa para cascata de sinalização intracelular da subunidade beta. Essa fosforilação atrai o substrato responsivo a insulina, chamado de IRS. Esse substrato fosforilado que vai gerar a sinalização intracelular de fato e para o núcleo vai sinalizar quais mudanças de transcrição devem ser feitas.
Existem 7 tipos de substratos responsivos a insulina, mas o principal é o IRS-1. Então a auto-fosforilação da subunidade beta vai resultar no aumento da atividade tirosinaquinasica desse receptor, iniciando a propagação de sinal.
 
Receptor insulina X Receptor glicose
Como que o receptor responde a insulina fazendo com que a glicose tenha sua resposta alterada? Porque a função do receptor de insulina é fazer com que a glicose seja estocada. Então como que esse receptor de insulina interage com o receptor de glicose?
A insulina vai agir diretamente no transporte de glicose até o órgão alvo. No tecido alvo existem vesículas que estocam esses receptores de glicose. Então, quando a insulina se liga ao receptor, essas vesículas são expostas na membrana. Essas vesículas fundem e se abrem e esses receptores ficam disponíveis para a glicose extracelular. Após isso as vesículas se fecham novamente com a glicose armazenada e voltam para o meio intracelular.
Glucagon
É produzido pelas células alfa do pâncreas.
É antagonista a insulina, porém sua via de sinalização é diferente a da insulina.
Os receptores de insulina não são do tipo tirosina quinase e sim acoplados a proteína G. 
Então o receptor de glucagon ligado a proteína G vai interagir com a adenilatociclase e vai transformar GTP em GDP, quebrando energia, e essa ligação vai produzir AMPc que é o sinalizador intracelular dessa via. O AMPc vai estimular a PKA e essa PKA que vai estimular toda via de sinalização intracelular.
 A produção de glucagon é sempre oposta a de insulina. Então enquanto os níveis de insulina são proporcionais aos de glicose, no caso do glucagon será inversamente proporcional. Quando nos alimentamos os níveis de glucagon caem.
Efeitos do Glucagon
↑ Quebra de glicogênio
↓ Sintese de glicogênio
↓ Glicólise
↑ Gliconeogênese
↑ Mobilização de ácidos graxos
↑ Cetogênese
Glicogênio na Lipólise
Há a interação do glucagon como seu receptor na membrana do adipócito. Com isso há a estimulação do adenilato ciclase, com quebra de ATP e aumento nos níveis intracelulares de AMPc. O AMPc ativa a PKA que por sua vez vai fosforilar a lipase hormônio-sensível e a perilipina (proteína que cobre a gotícula de gordura).
Quando a perilipina é fosforilada pela PKA, ela muda de conformação e dá espaço para a enzima lipase hormônio-sensível que também foi fosforilada. Assim, os TAG irão começar a ser degradados na forma de glicerol e ácidos graxos, que serão transportados pela corrente sanguínea.
Hormônios – Visão Geral
Hormônios sinalizam através de sua migração do local de síntese para o local de ação. São usualmente transportados no sangue. 
- Nesse caso são chamados de hormônios com efeitos endócrinos (exemplo: Insulina).
- Hormônios de efeitos parácrinos agem diretamente nas células alvo da vizinhança (ex: hormônios do trato gastrointestinal).
- Quando sinais também são emitidos para as células que os sintetizam, dizemos que o hormônio tem efeito autócrino (ex: prostaglandinas). Efeito autócrino é comum em células tumorais que estimulam seu próprio crescimento dessa maneira. 
OBS.: Insulina, que é formada nas células beta do pâncreas, possui efeitos endócrinos e parácrinos. Como um hormônio endócrino, regula os níveis de glicose e o metabolismo de gordura. Como um hormônio parácrino, inibe a síntese de glucagon das células alfa vizinhas.
~~
Regulação de Liberação dos Hormônios
Hormônios circulantes estão em baixas concentrações no sangue (10-2 a 10-7 mol.L-1) Esses valores mudam periodicamente dependendo da hora do dia, mês, ano, ou dos ciclos fisiológicos.
 Um exemplo disso são os níveis circulantes de cortisol. Por ser um ativador da gliconeogênese, cortisol é secretado e liberado pela manhã mas os níveis caem durante o dia, quando os níveis de glicogênio do fígado estão menores. Então ele ativa a gliconeogenese
Muitos hormônios são liberados no sangue de maneira irregular, como o hormônio luteiniante (LH, lutropina). Ele é liberado em forma de pulso, para manter a concentração do hormônio ao longo do dia e varia de individuo para individuo.
Outros hormônios são regulados por eventos específicos, como a liberação de insulina em resposta a concentração de glicose no sangue. Ou seja, quando nos alimentamos os níveis tendem a subir e ao longo dia eles caem até a próxima alimentação.
~
Hierarquia hormonal
Todos os hormônios sentem uma hierarquia de resposta. Os hormônios respondem ao SNC e o SNC que vai controlar a síntese e produção dos hormônios. A região responsável por essa regulação é o Hipotálamo (região do núcleo do cérebro) que tem muitos receptores para diversos hormônios (leptina, insulina...). Então quando existe um estimulo neuronal, o hipotálamo estimula a liberação de hormônios liberadores, que vão se ligar na hipófise (eixo hipotálamo-hipófise) e estimular que a conversão de precursores desses hormônios. Chegando na região da glândula periférica, a Tropina estimula a produção de hormônio e esse hormônio vai agir na célula alvo.
E quando nós temos o excesso desse hormônio, existe um feedback negativo para diminuir justamente a sinalização desse hormônio. Então se o hormônio está em excesso, ele vai sinalizar para que diminua essa sinalização (geralmente essa resposta vem do hipotálamo que passa essa informação para a hipófise, chegando posteriormente nas glândulas periféricas e depois nas células alvo
Diabetes (tipo 1)
- Falta de insulina. 
- Caracteriza-se pela incapacidade das células beta do pâncreas em produzir insulina. A falta do hormônio é geralmente atribuída a uma destruição seletiva das células beta.
- Com a falta de insulina, a glicose não é captada e não entra nas células, permanecendo na circulação sanguínea em grandes quantidades e posteriormente é excretada.
- Causas: Fatores ambientais, como infecções virais e exposição a agentes químicos potencialmente tóxicos, tem sido apontados como os principais agentes envolvidos no surgimento da doença
- Isoladamente ou em conjunto, estes fatores podem disparar reações auto-imunes que culminam com a destruição irreversível das células beta.
- O diabetes tipo I é a forma menos frequente da doença, afetando entre 5% e 10% do total de doentes das Américas a cada ano.
- Entretanto, é a mais severa onde as complicações aparecem de forma mais prematura e onde o surgimento da doença é quase sempre detectado em indivíduos abaixo dos 20 anos.
Existe uma deficiência na produção de insulina pelas células beta pancreáticas, mas os níveis de glicose estão normais porque a pessoa se alimenta. Então se tem pouca insulina circulante, a sinalização na insulina na célula alvo também estará diminuída porque se tem menos insulina disponível, você tem menos insulina sendo captada pela célula alvo. Com isso a célula alvo vai captar menos glicose e haverá menos glicogênio sendo formado. Então se a glicose não consegue ser captar, ela fica em excesso na corrente sanguinea.
Sintomas de um individuo com diabetes tipo 1
- Perda de peso (menos glicose sendo estocada, menos energia.)
- Extremamente cansada
- Visão embaçada
- Mais urina (precisa-se de mais liquido para poder excretar essa glicose em excesso)
- Muita sede
Tratamento
- Injeções diárias de insulina. 
A quantidade de injeções diárias é variável em função do tratamento e também em função da quantidade de insulina produzida pelo pâncreas.
A insulina sintética pode ser de ação lenta ou rápida:
* ação lenta é ministrada ao acordar e ao dormir; 
* ação rápida é indicada logo após grandes refeições.
Para controlar este tipo de diabetes é necessário o equilíbrio de três fatores: a insulina, a alimentação e o exercício.
~~
Diabetes (tipo 2)
Diferente da Diabetes do tipo que é uma redução da produção de insulina por uma perda funcional dos células beta pancreáticas, a diabetes tipo 2 se caracteriza por uma resistência periférica a insulina que é produzida. Essa resistência se dá no músculo, tecido adiposo e no fígado (que são os principais órgãos que tem receptores para insulina. Então a resistência estará nesses receptores, no mau funcionamento deles.
Então geralmente essa doença está relacionada à obesidade e ao sedentarismo. Então como os níveis de insulina são proporcionais aos níveis de glicose, se a pessoa come demais cada vez ela vai ter mais insulina e quando nós temos um excesso de insulina na circulação acaba ocorrendo um mau funcionamento dos receptores pelo excesso. Esses receptores não conseguem ficar sinalizando e enviando sinal para dentro da célula o tempo todo. Então ele tende a ser internalizado, ou seja, perde sua funcionalidade normal, não conseguindo promover a entrada de glicose necessária para dentro da célula (isso acontece quando temos um excesso de substrato.)
Em casos mais graves, as células beta pancreáticas deixam de produzir insulina pela exaustão.
Diabetes Gestacional
- Fisiopatologicamente similar ao Diabetes Mellitus tipo 2.
- 90% das pacientes com tem uma deficiência de receptores de insulina (prévia a gestação). 
- Como na DM tipo 2, as mulheres que desenvolvem a DMG são aquelas com sobrepeso ou obesidade.
- As pacientes têm um apetite aumentado, secundário ao excesso de insulina. 
Macrossomia é o efeito mais comum: a hiperglicemia materna + aumento do trânsito de ácidos graxos e aminoácidos para o feto gera o seu crescimento anormal. 
~
OBS.: Os tecidos mais afetados são justamente aqueles que não dependem de insulina para realizar a captação de glicose para o interior de suas células. É o caso, por exemplo, do tecido nervoso, retina e matriz extracelular, etc. Com a livre entrada de glicose nesses tecidos, as reações de glicação e geração de radicais livres ocorrem sem controle, causando inflamação, danos ao DNA celular além de síntese desordenada de citocinas pró-inflamatórias. 
Neuropatia diabética
Perda da sensibilidade e sudores dos pés, impotência sexual, incontinência urinária, anormalidades na bexiga, diarréia, etc. A queda da inervação simpática do suprimento vascular dos pés contribuipara o aparecimento de úlceras (pé diabético). 
Homeostase do Cálcio
O cálcio é importante como segundo mensageiro, porque os receptores de cálcio são importantes para a maioria das vias de sinalização do corpo. 
No individuo saudável há a ingestão de 1000mg de cálcio por dia, ele é absorvido no intestino (350mg). Teremos então 800mg de cálcio sendo excretado nas fezes (650mg de cálcio da dieta + 150mg que é excretado normalmente). Dos 350mg que é absorvido, 200mg é excretado na urina. 
Funções do cálcio:
- Mineralização dos ossos.
- Sinalização celular
- Condução nervosa
- Função protéica
- Exocitose
~
Então o cálcio estará muito relacionado a glândula paratireóide e ao paratormônio. O paratormônio vai regular os níveis de cálcio sanguineo.
Paratormônio e Calcitonina 
- O hormônio da paratireóide aumenta a absorção de vitamina D e absorção intestinal de cálcio, o que se traduz em um aumento rápido e sustentado da quantidade de cálcio no sangue. 
- É um hormônio secretado pelas glândulas paratireóideas. Ele atua aumentando a concentração de cálcio no sangue, ao passo que a calcitonina (um hormônio produzido pelas células parafoliculares da tireóide) atua diminuindo a concentração de cálcio.
- O paratormônio estimula a atividade osteolítica (destruir os depósitos de cálcio dos ossos) dos osteoclastos e a osteólise osteocítica (reabsorção de cálcio e fosfato em osso ainda não mineralizado):
* aumenta a absorção renal de cálcio; 
* aumenta a absorção de vitamina D3 e a síntese de vitamina D;
* aumenta a absorção intestinal de cálcio, o que se traduz num incremento rápido e sustentado da quantidade de cálcio no sangue.
Cálcio é depositado principalmente nos ossos, porque ele é depositado nos ossos pela calcitonina e absorvido por eles pelo paratormônio.
Níveis baixos de cálcio no sangue vão ativar as células da paratireóide a produzirem o paratormônio, como vimos esse paratormônio é um hormônio endócrino que é liberado pelo corrente sanguínea e vai ter receptores específicos em tecidos alvos (osso e rins). Então nos ossos e nos rins esse paratormônio vai aumentar a absorção de cálcio.
Esse hormônio também tem a função de aumentar a produção de calcitriol – forma ativa da vitamina D. Então nós ingerimos a vitamina D numa forma inativa e o paratormônio converte essa forma em calcitriol. Então teremos um aumento da concentração plasmática de cálcio.
O calcitrol aumenta a absorção de cálcio pela via intestinal, inibindo a excreção deste mineral pelos rins (urina).
Então recaptulando o paratormônio vair agir: 
Osso: provoca o aumento da reabsorção óssea pela ativação dos osteoblastos que, por sua vez, libertam citoquinas que promovem a diferenciação de percursores de osteoclastos em osteoclastos.
Rim: aumenta a atividade da 1α- hidroxilase (responsável pela produção de calcitriol) e promove o aumento da reabsorção de Ca2+ .
Intestino: promove a formação de vitamina D ativa, levando aumento indireto da absorção de Ca2+ e Pi. 
OBS.: Em casos de dietas prolongadas com deficiência de Ca2+, a PTH evita a hipocalcémia à custa da degradação do osso/reabsorção óssea.
Biossíntese de calcitriol 
Então sabemos que ingerimos a vitamina D pela alimentação, porém essa vitamina D também é absorvida pela pele na forma de vitamina D3. Ela é transportada para o fígado, mas é só nos rins com a ação do paratormônio que ela vai se tornar ativa.
OBS.: os estrogênios regulam positivamente e negativamente a remodelagem óssea, por isso que as mulheres sofrem com a osteoporose (perda de massa óssea)
Catecolaminas
São compostos químicos que tem um grupamento catecol, derivados da tirosina. São substancias que podemos chamar de neurotransmissores ou hormônios e algumas catecolaminas são aminas biogênicas. O que isso quer dizer?
Etapa limitante
feniletanolamina
 
n-metiltransferase
Dopamina 
beta-hidroxilase
DOPA-hidroxilase
Tirosina-hidroxilase
Noradrenalina e Adrenalina
Produzidos nas glândulas supra-renais (por isso são neuro-hormônios) 
As supra-renais são divididas em córtex (cortisol) e medula (adrenalina, em menor concentração temos também noradrenalina).
Então a adrenalina e a noradrenalina serão liberadas em resposta a situações de estresse. São hormônios de estado de atenção.
Existe uma comunicação direta com SNC com a supra-renal para que a glândula libere esse hormônios de resposta rápida.
- aumento da frequência e força de contração cardíacas;
- aumento da taxa metabólica;
- aumento da glicogenólise hepática e muscular;
- aumento da pressão arterial;
- aumento da frequência respiratória.
Ao mesmo tempo que isso acontece, há uma resposta longa pelos adrenocorticotrófico.
“O cortisol é um hormônio que está diretamente vinculado com o estresse metabólico. Isso porque o estresse agudo leva a uma secreção contínua de cortisol e leptina, pois não acontece o feedback entre esses hormônios. Assim sendo, o corpo perde a sensibilidade a ação da leptina, causando a obesidade.
O estresse indica uma condição de alteração no que se diz respeito à homeostasia, sendo que, esse tem âmbito multifatorial, entre eles fatores ambientais, biológicos etc.
O cortisol denota efeitos metabólicos porque estimula a glicogenólise pelo fígado e diminui a utilização de glicose pelas células do organismo. Esse hormônio também ocasiona o catabolismo, ou seja, transforma moléculas grandes em menores, de proteínas nas células extra-hepáticas, principalmente nas células do músculo, direcionando os aminoácidos para o fígado, onde ocorrerá a síntese protéica. Além disso, o cortisol atua na utilização de gordura do tecido adiposo, que após a oxidação dos ácidos graxos são mandados para o fígado.
Nos casos de estresse, a leptina funciona em conjunto com o cortisol. Quando há um aumento nos níveis do cortisol, também ocorre um aumento nos níveis de leptina liberados pelos adipócitos. Porém, o metabolismo fica sensível a ação da leptina. Como já foi comentado, a leptina possui a função de informar ao cérebro que as reservas de energia em forma de gordura estão satisfatórias.
Sendo assim, porque pacientes obesos têm demonstrado níveis elevados de leptina, já que ele é um hormônio indicador de saciedade? Estudos realizados nesses pacientes mostraram que os níveis séricos de leptina são proporcionais a massa de tecido adiposo, portanto não há uma deficiência de leptina, mas sim uma resistência a seus efeitos. Outro motivo plausível que explica tal patologia é que possa existir uma deficiência no transporte desse hormônio para o interior do encéfalo, que é afirmado pelo fato de que pacientes obesos apresentam contrações liquóricas de leptina diminuídas quando comparado com concentrações plasmáticas. E, como não há leptina no interior do encéfalo em obesos não há sensação de saciedade e permanece a ingestão de alimentos. Já no estado normal onde não há presença de estresse, a leptina atuaria cessando a ação do eixo hipotálamo-hipofisário-adrenal, modulando a secreção do cortisol.”
Farmacos adrenérgicos 
Os principais fármacos que afetam a sintese de adrenalina agem no alfa-2 receptor (inibem a produção de adenilato ciclase e diminuem a produção de AMPc). Sendo assim você tem uma diminuição no estado de alerta porque esse receptor é inibitório
Inibir a recaptação da

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