Extensão Universitária I Textos Científicos Aspectos Metodológicos e Linguísticos Tópico 01

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Tópico 01
Textos Científicos: Aspectos Metodológicos e Linguísticos
NOVA
Extensão Universitária I
1. Introdução
A extensão universitária tem suas raízes no movimento de
Reforma Universitária na América Latina, no início do século
XX. O conceito de extensão evoluiu, mas ainda atende à
premissa de estreitar os laços da universidade com a sociedade.
A universidade tem a finalidade de levar o conhecimento
acadêmico às comunidades e contribuir para a melhoria da
qualidade de vida da população.
Com a Reforma Universitária, a extensão se consolidou como
uma prática fundamental no ensino superior e adquiriu uma
perspectiva mais ampla e abrangente. A extensão passou a
englobar uma diversidade de atividades que incluem cursos,
oficinas, palestras, projetos e programas voltados à comunidade,
com objetos como a construção do conhecimento, ao
desenvolvimento social, à promoção da cultura, à preservação do
meio ambiente e a outras áreas de interesse público.
Apesar de ser comumente encontrada em Universidades
Públicas, a extensão universitária conquistou espaço também
nas instituições privadas, visto que estas contribuem para o
contexto social dentro e fora de seus muros. Portanto, a extensão
universitária não se limita apenas à transferência de
conhecimento, mas também visa à construção de parcerias
significativas e à promoção de uma educação comprometida com
a transformação social e o bem-estar coletivo. Essa abordagem
holística reflete o papel essencial que as universidades
desempenham na construção de uma sociedade mais justa,
inclusiva e democrática.
Para conhecer alguns projetos em universidades particulares,
veja as ações da Pontifícia Universidade Católica (PUC) de Minas
Gerais.
Como visto, a extensão universitária desempenha um papel
crucial no ensino superior, já que é o elo entre a universidade e a
sociedade. Por meio da extensão, os estudantes, professores e
pesquisadores têm a oportunidade de aplicar o conhecimento
acadêmico na solução de problemas reais e contribuir para o
“Sabe-se que, a partir de 1990, houve no Brasil considerável
expansão do ensino privado, que é hoje majoritário, quando
comparado com o ensino público, o que não tem impedido
que sejam as instituições públicas de ensino as grandes
produtoras de conhecimento e geradoras de tecnologia do
país” (PAULA, 2013, p. 19).
3 projetos de extensão que promovem inovação
na PUC Minas.
Os projetos envolvem três áreas distintas como a
interação com crianças superdotadas, a avaliação e
sugestão de melhorias para trabalhadores da construção
civil e o projeto “Ideias”, que discute a cultura
empreendedora.
Veja: https://conexao.pucminas.br/blog/vida-
academica/projetos-de-extensao-puc/

https://conexao.pucminas.br/blog/vida-academica/projetos-de-extensao-puc/
https://conexao.pucminas.br/blog/vida-academica/projetos-de-extensao-puc/
desenvolvimento sustentável e a melhoria da qualidade de vida
das comunidades.
2. Definindo Extensão
Universitária
A extensão universitária é uma prática que se caracteriza pela
interação entre a universidade e a sociedade e tem como objetivo
principal a aplicação do conhecimento gerado no ambiente
acadêmico em benefício da comunidade. Esta interação ocorre
por meio de atividades diversas, como programas, projetos,
cursos, eventos e prestação de serviços, que têm como finalidade
promover a troca de saberes, a inovação e o desenvolvimento
social. Em outras palavras, um grupo de alunos, de um curso ou
de vários cursos, se juntam e organizam, sob supervisão de um
professor, uma atividade que levará conhecimentos que
adquiriram em seus cursos a setores da sociedade que
podem ser: escolas, ONGs, associações de bairros, asilos,
empresas, grupos minoritários, etc.
O que é extensão universitária?

O que é Extensão Universitária?O que é Extensão Universitária?
https://www.youtube.com/watch?v=iX9IDbsxTGw
As atividades de extensão são pautadas por princípios
fundamentais como:
a interdisciplinaridade, que estimula a integração entre
diferentes áreas do conhecimento. Isso significa agrupar
numa ação de extensão o conhecimento de alunos de dois ou
mais cursos ou de um mesmo curso em disciplinas diferentes.
Ex: alunos de Medicina Veterinária, Fisioterapia, Engenharia
e Design de Produto se juntaram para construir um modelo
de cadeira adaptada para cães que têm as patas traseiras
paralisadas. 
a indissociabilidade, que reforça a interdependência entre
ensino, pesquisa e extensão. O conhecimento que é repassado
aos alunos pelo ensino foi gerado e é atualizado por meio de
pesquisas. As ações extensionistas cumprem o papel de tornar
esse conhecimento aplicável a um problema da comunidade.
Ex: um grupo de alunos consegue adesão de um fazendeiro
para reflorestar parte de suas terras. Eles precisarão recorrer
às pesquisas para determinar qual era a vegetação nativa
naquela terra e assim não incorrerem no risco de introduzir
O papel social da extensão universitária e sua
relação dialógica na/para sociedade
Este estudo bibliográfico nos ajuda a elucidar os
princípios da Extensão Universitária e demonstrar sua
importância para a formação do estudante e também
para a sociedade.
Veja Aqui:
https://editorarealize.com.br/editora/anais/conedu/20
22/TRABALHO_COMPLETO_EV174_MD1_ID11556_T
B3011_05122022143707.pdf

https://editorarealize.com.br/editora/anais/conedu/2022/TRABALHO_COMPLETO_EV174_MD1_ID11556_TB3011_05122022143707.pdf
https://editorarealize.com.br/editora/anais/conedu/2022/TRABALHO_COMPLETO_EV174_MD1_ID11556_TB3011_05122022143707.pdf
https://editorarealize.com.br/editora/anais/conedu/2022/TRABALHO_COMPLETO_EV174_MD1_ID11556_TB3011_05122022143707.pdf
ali uma vegetação estranha ao lugar e com potencial de causar
danos ao ambiente.
o respeito à diversidade cultural e à pluralidade de
saberes, que valoriza o diálogo entre a academia e a
comunidade. Ao realizar uma atividade extensionista em
comunidades como quilombolas, pescadores, rendeiras,
paneleiras e outras, é preciso ter em mente que essas
comunidades têm um conhecimento antigo do que fazem,
uma cultura própria e até uma linguagem própria que
precisam ser respeitadas. Em qualquer situação, a extensão
deve objetivar agregar valores às comunidades e não negar os
valores dela.
Os objetivos da extensão universitária incluem a promoção da
cidadania, a melhoria da qualidade de vida, a inclusão social, a
formação de profissionais comprometidos com o
desenvolvimento sustentável e a democratização do
conhecimento científico e tecnológico.
Veja o vídeo para saber mais sobre o NUARES, projeto de
extensão universitária na UVV.
Conheça o NUARES
Projeto de extensão voltado para o auxílio a refugiados
no Espírito Santo

A extensão universitária é um dos pilares do ensino superior,
juntamente com o ensino e a pesquisa. Esses três elementos são
indissociáveis e se complementam, formando uma tríade que
sustenta a missão das universidades de gerar, difundir e aplicar
o conhecimento em benefício da sociedade.
O ensino é o processo de construção e troca de conhecimento
por meio de atividades didáticas, como aulas, seminários e
atividades práticas, e visa à formação de profissionais
capacitados para atuar em diferentes áreas do conhecimento.
A pesquisa é a busca sistemática por novos conhecimentos a
partir do desenvolvimento de estudos, investigações e
experimentos que contribuam para o avanço científico,
tecnológico e cultural.
A extensão, por sua vez, é a aplicação e a socialização do
conhecimento gerado no ambiente acadêmico, promovendo o
engajamento da universidade com a sociedade e a solução de
problemas reais.
A relação entre ensino, pesquisa e extensão é fundamental para
garantir a qualidade e a relevância do ensino superior. Essa
integração permite que o conhecimento produzido na academia
seja aplicado de forma efetiva na solução de questões sociais, ao
mesmo tempo em que possibilita aos estudantes e pesquisadores
ampliar sua visão de mundoe desenvolver habilidades práticas e
VOCÊ CONHECE O NUARES ?VOCÊ CONHECE O NUARES ?
https://www.youtube.com/watch?v=YCdkF9y-s1s
compromisso social. Dessa forma, a tríade ensino-pesquisa-
extensão é essencial para a formação de profissionais éticos,
críticos e capazes de contribuir para o desenvolvimento
sustentável e a transformação social.
A extensão, neste âmbito é reconhecida pelo Ministério da
Educação brasileiro como uma das partes primordiais do Ensino
Superior. Veja as diretrizes do Ministério da Educação (MEC),
de 2018, que regulamentam as atividades de extensão.
3. Áreas Temáticas da Extensão
Universitária
A extensão universitária abrange diversas áreas temáticas, as
quais refletem a ampla gama de conhecimentos e disciplinas
presentes nas instituições de ensino superior. Estas áreas
temáticas são fundamentais para orientar e organizar as
atividades de extensão, garantindo que elas sejam relevantes e
atendam às necessidades da sociedade. Veja, a seguir, uma breve
Diretrizes para a Extensão na Educação
Superior Brasileira
O governo federal reconhece as atividades
extensionistas como uma das oportunidades de
melhorar a qualidade de vida da população em geral.
Veja aqui: http://portal.mec.gov.br/index.php?
option=com_docman&view=download&alias=102551-
pces608-18&category_slug=novembro-2018-
pdf&Itemid=30192

http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_docman&view=download&alias=102551-pces608-18&category_slug=novembro-2018-pdf&Itemid=30192
http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_docman&view=download&alias=102551-pces608-18&category_slug=novembro-2018-pdf&Itemid=30192
http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_docman&view=download&alias=102551-pces608-18&category_slug=novembro-2018-pdf&Itemid=30192
http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_docman&view=download&alias=102551-pces608-18&category_slug=novembro-2018-pdf&Itemid=30192
descrição de cada área temática e exemplos de atividades de
extensão relacionadas.
Áreas temáticas da extensão universitária.
Comunicação
A área de comunicação engloba atividades que visam à
democratização da informação, à promoção da liberdade de
expressão e ao desenvolvimento de habilidades comunicativas.
Exemplos de projetos de extensão nessa área incluem oficinas de
jornalismo comunitário, de redação, cursos de oratória e
desenvolvimento de mídias alternativas e orientações
fonoaudiológicas.
Cultura
Na área de cultura, a extensão universitária atua na preservação
e promoção do patrimônio histórico, artístico e cultural, bem
como no fomento às expressões culturais locais e regionais.
Atividades de extensão, neste campo, podem envolver a
realização de eventos artísticos, oficinas de teatro, preservação
de folclores, dança e música, e projetos de incentivo à leitura e à
escrita.
Direitos humanos e justiça
A extensão universitária também aborda questões relacionadas
aos direitos humanos e à justiça, buscando garantir a igualdade,
a inclusão e o acesso à justiça para todos os cidadãos. Nesta área,
podem ser desenvolvidos projetos como ações de
conscientização sobre direitos humanos, assessoria jurídica
gratuita, esclarecimento sobre os direitos dos idosos, atenção a
vítimas de violência, programas de mediação comunitária e
atendimento a refugiados.
Educação
Na área de educação, a extensão universitária visa contribuir
para a melhoria da qualidade do ensino e a democratização do
acesso à educação, por meio de atividades como cursos de
capacitação para professores, projetos de reforço escolar, de
conscientização sobre o bullying e ações de inclusão educacional
para pessoas com deficiência ou em situação de vulnerabilidade
social.
Meio Ambiente
A extensão universitária também atua na promoção da
sustentabilidade ambiental, desenvolvendo projetos e atividades
que visam à conservação da biodiversidade, à recuperação de
áreas degradadas e à educação ambiental. Exemplos de ações
nessa área incluem campanhas de arborização urbana, oficinas
de reciclagem, divulgação da energia solar e projetos de
agricultura sustentável.
Saúde
Na área da saúde, a extensão universitária busca melhorar a
qualidade de vida e o bem-estar da população, por meio de ações
de promoção da saúde, prevenção de doenças e assistência à
saúde. Estas atividades podem incluir campanhas de vacinação,
de amamentação, atendimentos médicos e odontológicos, e
programas de educação em saúde.
Trabalho
A extensão universitária na área de trabalho visa promover a
inclusão produtiva, o empreendedorismo e a geração de
emprego e renda, por meio de atividades como cursos de
capacitação profissional e orientação para o mercado de
trabalho.
Tecnologia e produção
Os projetos de extensão universitária na área de Tecnologia e
produção abrangem todo o uso de novos meios digitais e
tecnológicos, inovação, empreendedorismo digital, criação de
novos meios para a comunicação online. Buscam-se atividades
que envolvam o desenvolvimento e a educação tecnológica da
comunidade civil, como a criação de aplicativos que auxiliem o
cotidiano, automatização de serviços burocráticos ou
ferramentas de mapeamento.
4. Modalidades de Atividades de
Extensão
A extensão universitária engloba uma diversidade de atividades
que são organizadas em diferentes modalidades, cada uma com
suas características e objetivos específicos. Veja, a seguir, uma
descrição detalhada das principais modalidades de atividades de
extensão: programas, projetos, cursos, eventos e prestação de
serviços.
Programas
Os programas de extensão são iniciativas de médio e longo prazo
que envolvem a coordenação e a integração de várias atividades,
como projetos, cursos e eventos, em torno de um tema ou área
temática específica. Esses programas têm como objetivo
promover ações de extensão de forma articulada e integrada,
potencializando os impactos e resultados das ações
desenvolvidas. Exemplos de programas de extensão incluem
iniciativas voltadas para a inclusão social, a promoção da saúde
ou a educação ambiental. Em outras palavras, é o conjunto
articulado de projetos e outras ações de extensão (cursos,
eventos, prestação de serviços), preferencialmente integrando as
ações de extensão, pesquisa e ensino. Esses programas têm
caráter orgânico-institucional, clareza de diretrizes e orientação
para um objetivo comum.
Projeto de extensão isolado.
Projetos
Os projetos de extensão são atividades processuais e contínuas,
planejadas e executadas para atender a uma demanda específica
da sociedade, com objetivos, prazos e recursos bem definidos.
Estes projetos podem ser desenvolvidos por professores,
estudantes e pesquisadores em parceria com organizações da
sociedade civil, empresas e órgãos públicos. Exemplos de
projetos de extensão incluem ações de alfabetização, campanhas
de vacinação e projetos de recuperação de áreas degradadas. O
projeto pode ser: vinculado a um programa (forma preferencial
– o projeto faz parte de um conjunto de ações com mesmo
objetivo) ou não – vinculado a um programa (projeto isolado).
Cursos
Os cursos de extensão são atividades educacionais de curta ou
média duração, com carga horária mínima de 8 horas e critérios
de avaliação definidos, que visam à capacitação e atualização
profissional, bem como à difusão do conhecimento científico e
tecnológico. Esses cursos podem ser oferecidos em diferentes
formatos, como presencial, a distância ou semipresencial, e
abordar temas variados, como idiomas, informática, artes e
saúde. Quando tiverem menos de 8 horas devem ser
classificados como “evento”. Exemplos de atividades de extensão
incluem oficinas de fotografia, cursos de programação e
workshops de empreendedorismo.
Eventos
Os eventos de extensão são atividades temporárias que envolvem
a realização de palestras, debates, exposições, seminários,
conferências e outras atividades de caráter cultural, científico ou
técnico. Estes eventos têm como objetivo promover a divulgação
e a discussão de temas relevantespara a sociedade, estimular a
troca de experiências e fomentar a cooperação entre a
universidade e a comunidade. A ação implica a apresentação
e/ou exibição pública, livre ou com público-alvo específico, do
conhecimento ou produto cultural, artístico, esportivo, científico
e tecnológico desenvolvido, conservado ou reconhecido pela
Universidade. Exemplos de eventos de extensão incluem feiras
de ciências, mostras de cinema e fóruns de discussão sobre
políticas públicas, congresso, ciclo de debates, exposição,
seminários, hackatons, evento esportivo, festival e meetups.
Prestação de Serviços
A prestação de serviços de extensão consiste na oferta de
atendimentos, consultorias, assessorias e outras atividades que
visam à solução de problemas concretos da sociedade e à
melhoria da qualidade de vida das comunidades. Estes serviços
são realizados por profissionais e estudantes da universidade,
em parceria com organizações públicas e privadas, e podem
abranger diversas áreas, como saúde, educação, meio ambiente e
tecnologia. Em outras palavras, é a realização de trabalho
oferecido pela Instituição de Educação Superior ou contratado
por terceiros (comunidade, empresa, órgão público, etc.). A
prestação de serviços se caracteriza pela intangibilidade,
inseparabilidade processo/produto e não resulta na posse de um
bem. Um serviço é uma atividade intangível realizada para
atender a uma necessidade específica. Pode envolver
conhecimento, habilidade, experiência ou esforço por parte do
prestador de serviço. Exemplos incluem serviços de consultoria,
educação, saúde, reparo de equipamentos, etc. 
Podemos criar uma situação com as modalidades de extensão
para deixar bem claras suas possibilidades. Imagine que a
Instituição criou um programa de atendimento escolar
denominado “Voltei para o Fundamental”. Esse programa
permite que alunos dos cursos da UVV levem conhecimentos
produzidos/aprendidos no ensino superior às escolas da rede
pública do ensino fundamental. Pretende, ainda, acompanhar a
evolução de turmas da quinta até a nona série. Terá, portanto, a
duração de cinco anos. Entre seus objetivos, poderiam constar:
Melhorar o desempenho acadêmico, cultural, de saúde, de
relacionamento das crianças atendidas.
Uma vez criado, esse programa receberá diferentes projetos que
contribuem com seu objetivo principal.
Ele pode ter um Projeto de Recuperação de Aprendizagem, com
o objetivo de oferecer ajuda nos exercícios da Tarefa de Casa,
garantindo que a criança assistida realmente aprenda o que
precisa. Alunos da UVV iriam à escola ajudar nos deveres
escolares, no contraturno de estudos da criança.
Pode contemplar também um Projeto de Saúde Bucal para
ensinar às crianças cuidados com a boca e com os dentes. Neste
tipo de projeto, os alunos ensinam às crianças técnicas de
escovação, por exemplo.
Dentro do Programa, pode haver uma Prestação de
Serviço oferecendo tratamento dentário para as crianças do
Projeto. Assim, o Projeto de Saúde Bucal e a Prestação de
Serviços se complementariam.
Ainda como parte do Programa, poderia haver Palestras aos
professores para que aprendam a identificar e prevenir situações
de bullying, tão comum nas escolas e que trazem sofrimento a
muitas crianças.
Agregado ao Programa, é possível ter um Curso para as crianças
e até para os professores sobre Educação Financeira,
conhecimento que costuma ser muito negligenciado entre nós.
Poderia ser realizado, também, um Evento na escola que mostra
o progresso das crianças em suas tarefas de casa. São muitas as
possibilidades.
Assim, um Programa é uma proposta mais permanente, a qual
pode durar alguns anos e é mais abrangente porque pode abrigar
vários projetos, eventos, cursos etc. Em qualquer uma dessas
ações em que você se envolva, haverá contribuição para o seu
desenvolvimento pessoal e para a melhoria da comunidade onde
você atuou.
Programas de extensão.
Assim como os Projetos, os Cursos, Eventos e a Prestação de
Serviços podem
estar atrelados a Programas ou Projetos, mas podem também ser
oferecidos de forma isolada.
5. Princípios Norteadores da
Extensão Universitária
A extensão universitária é orientada por princípios fundamentais
que garantem sua qualidade, relevância e efetividade na
promoção do desenvolvimento social. Esses princípios
norteadores são essenciais para a concepção e a execução das
atividades de extensão e refletem os valores e objetivos das
instituições de ensino superior.
Apresentamos uma descrição detalhada dos principais princípios
norteadores da extensão universitária a seguir:
Interdisciplinaridade
A interdisciplinaridade é um princípio que promove a integração
e a cooperação entre diferentes áreas do conhecimento,
favorecendo a abordagem de questões complexas e a elaboração
de soluções inovadoras e eficazes. Na extensão universitária, a
interdisciplinaridade estimula a colaboração entre professores,
pesquisadores e estudantes de diversas áreas, permitindo o
desenvolvimento de atividades de extensão mais ricas e
abrangentes.
No programa “Voltei para o Fundamental”, que imaginamos, as
ações mencionadas envolvem diversos alunos com
conhecimentos de áreas diferentes, como Economia,
Administração, Pedagogia, Odontologia, Psicologia e outras.
Estas diferentes áreas se juntam, por meio dos alunos que, ao
mesmo tempo em que aprendem, possibilitam o atendimento de
situações escolares complexas, como rendimento deficiente,
baixa autoestima, precariedade em saúde. 
Indissociabilidade
A indissociabilidade é o princípio que reforça a interdependência
e a complementaridade entre ensino, pesquisa e extensão,
assegurando que esses três pilares do ensino superior sejam
integrados e valorizados de forma equilibrada. Na extensão
universitária, a indissociabilidade garante que o conhecimento
produzido na academia seja aplicado e socializado na solução de
problemas reais e na promoção do bem-estar social. Ex.: de
forma bem resumida, queremos comentar um trabalho
excepcional que uma docente da UVV está desenvolvendo com
seus alunos. Trata-se de um projeto isolado de extensão
denominado Todos podem ver células – Estratégias de ensino de
biologia celular e histologia para deficientes visuais. Para
conseguir êxito, ela e os alunos que a acompanham precisam
consultar pesquisas que esclareçam aspectos importantes da
deficiência visual e de como vencer as limitações impostas por
ela. Depois disso, usam este conhecimento na confecção de
modelos de células que possam ser “vistos” por meio do tato,
com uso de material adesivo tipo esparadrapo ou fita crepe ou
feito em impressora 3D.
Interação dialógica
A interação dialógica é um princípio que valoriza o diálogo, a
troca de saberes e a construção conjunta do conhecimento entre
a universidade e a sociedade. Na extensão universitária, a
interação dialógica implica a participação ativa e a
corresponsabilidade dos diferentes atores envolvidos nas
atividades de extensão, promovendo a aprendizagem mútua e o
respeito às diversidades culturais e aos saberes locais. Ex:
imagine que um grupo de alunos se proponha a fazer uma
cartilha sobre proteção do meio ambiente para uma colônia
pesqueira. Ainda que os pescadores tenham pouca instrução
formal, eles detêm um conhecimento valioso sobre marés, tipos
de peixes, época, ventos, redes de arrasto e outros. Este
conhecimento tem um vocabulário próprio transmitido na
colônia de uma geração a outra. Ao pensar em uma cartilha de
proteção ambiental, os alunos precisam levar esses
conhecimentos e vocabulários em conta. Passarão, assim, por
uma experiência de troca de saberes.
Impacto e transformação
O princípio do impacto e da transformação enfatiza a
importância de gerar resultados concretos e positivos para a
sociedade por meio das atividades de extensão universitária. Isto
implica a necessidade de planejar e executar ações que
contribuam efetivamente para a solução de problemas, a
melhoria da qualidade de vida e a promoçãoda justiça social.
Além disso, a avaliação dos impactos e a mensuração dos
resultados das atividades de extensão são fundamentais para
garantir sua efetividade e para orientar ações futuras.
Estes princípios norteadores, entre outros, são fundamentais
para garantir que a extensão universitária cumpra sua missão de
promover o desenvolvimento social e a transformação da
realidade. Ao seguir esses princípios, a extensão universitária
contribui para a formação de profissionais éticos, críticos e
comprometidos com a construção de um mundo mais justo,
sustentável e inclusivo. No exemplo que vimos sobre o programa
“Voltei para o Fundamental”, o projeto de apoio às tarefas de
casa pode gerar grande impacto na formação de alunos que nem
sempre podem contar com ajuda de pais que precisam trabalhar,
ou que não têm conhecimento necessário para ajudar por nem
terem chegado àquele grau de ensino. Ao receber ajuda
sistemática além das aulas regulares, os alunos terão mais
chances de desenvolver seu potencial de estudos, além de
agregar valor de aprendizagem (impacto), também melhoram
sua autoestima (transformação) pela redução do fracasso
escolar. O impacto pode ser formalmente medido quando se
compara o desempenho daquela turma com ela mesma em anos
anteriores ou com outra turma equivalente, que não esteja
recebendo a mesma ajuda.
Princípios norteadores da extensão universitária.
6. Conclusão
Este tópico mostrou os conhecimentos básicos da Extensão
Universitária. Menciona o tripé da educação superior que se
assenta sobre o ensino, a pesquisa e a extensão. Com foco nessa
última, apresentou seus princípios de interdisciplinaridade,
indissociabilidade, interação, impacto e transformação. Abordou
as áreas temáticas e as modalidades da extensão. Ao conteúdo,
foram anexados exemplos que objetivam esclarecer os conceitos
teóricos apresentados.
7. Referências
Alves, J. L.; Silva, M. A. Extensão universitária e inovação
social: estratégias para o enfrentamento de desafios
contemporâneos. Porto Alegre: UFRGS, 2020.
VIDEOCAST
A extensão universitária e responsabilidade social

Texto Científico Tópico 01
UVV
05:26
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https://vimeo.com/
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Andriola, W. B.; Barrozo Filho, J. L. Avaliação de Políticas
Públicas para a Educação Superior: o caso do Programa
Universidade para Todos (PROUNI). Campinas: Revista da
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Pereira, F. J. S.; Nascimento, R. M. Impacto e avaliação de
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Rodrigues, V. M. O fórum de pró-reitores de extensão e sua
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https://www.scielo.br/j/aval/a/yF8fSy9jbSG78hFspPdNkcL/
https://editorarealize.com.br/editora/anais/conedu/2022/TRABALHO_COMPLETO_EV174_MD1_ID11556_TB3011_05122022143707.pdf
https://editorarealize.com.br/editora/anais/conedu/2022/TRABALHO_COMPLETO_EV174_MD1_ID11556_TB3011_05122022143707.pdf
https://editorarealize.com.br/editora/anais/conedu/2022/TRABALHO_COMPLETO_EV174_MD1_ID11556_TB3011_05122022143707.pdf
https://periodicos.ufmg.br/index.php/revistainterfaces/article/view/18930/15904
https://periodicos.ufmg.br/index.php/revistainterfaces/article/view/18930/15904
DOI: 10.14393/REPOD-v4n2a2015-34562. Disponível em:
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