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CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE

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- CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE
Dimensões Constitucionais (Conceito, História)
 - O constitucionalismo é um movimento político, social e jurídico, que busca submeter o Estado a uma constituição.
 Para entender melhor o conteúdo, existem eventos históricos que marcaram o constitucionalismo:
Magna Carta (1215)- Dá-se inicio ao governo na Inglaterra do “Rei João Sem Terra”, logo, este rei era enfraquecido, pois não era um grande proprietário de Terras na Inglaterra. Tinha também, as figuras dos Barões, estes por sua vez, eram grandes proprietários de terras. Pela má administração do Rei João, os Barões impõem ao Rei uma Carta Magna. Limitando, então, o poder do Rei sobre seu governo. 
Revolução Gloriosa (Metade do Século XVII- Inglaterra) – Tem-se em seu resultado, a submissão do Rei a um parlamento. Durante esta revolução, muitos documentos importantes foram escritos, como Bill of Rights (declaração de direitos).
Revolução Francesa (1789)- Seu motivo foi dado, pelo absolutismo exagerado da monarquia. Mas, durante essa revolução, um dos objetivos era justamente limitar o Poder do Estado, era, portanto, necessário um documento escrito para regulamentar a Organização de um Estado, que seria a constituição. Logo, em 1791, foi feita a primeira Constituição Francesa.
Em 1803 nos Estados Unidos- Acontece o Julgamento do Masbury versus Madison, julgado pela Suprema Corte Americana. O magistrado John Marshall, diz de forma clara que “a constituição é suprema” e se houvesse um conflito entre as leis e a constituição, deve prevalecer à constituição. Foi nesta data, que se tem uma base do que é o constitucionalismo. 
OBS: A constituição Americana de 1787 foi à primeira Constituição escrita do mundo. 
Concepções de Constituição.
- Sentido social: O sociólogo, Ferdinand Lassale, diz que a Constituição é o somatório das forças reais de poder. 
- Sentido político: O jurista Carl Shmitt, desenvolve a teoria decisionista da constituição, para Shmitt a constituição era a decisão política fundamental de um povo.
- Sentido Jurídico: O grande jurista, Hans Kelsen, cria-se a teoria pura do direito. Kelsen entende que o estudo do direito está impregnado a muitas coisas que não são jurídicas, estabelecendo, portanto, as bases de uma ciência jurídica. Para o jurista, a constituição é o fundamento de validade de todas as normas jurídicas, entendendo, que o ordenamento jurídico, pode ser entendido como uma pirâmide e no ápice desta, encontra-se a constituição. 
- Sentido culturista: A constituição é produto de um fato cultural, produzido pela sociedade e que por ela pode influir.
(Neo) Constitucionalismo
- É o conjunto de ideias que surgem a partir da segunda metade do século XX (depois da segunda guerra mundial), que tem por objetivo rever aquilo que se entende por constituição. Pretendendo também, estabelecer um conjunto de ideias entre a constituição e a realidade, sendo efetiva. 
1ª ideia de (neo) constitucionalismo: Vai se fixar a força normativa de uma constituição. 
2ª ideia de (neo) constitucionalismo: A constituição é um valor em si mesmo. Um valor que precisa ser protegido, inclusive, contra a vontade da maioria.
3ª ideia de (neo) constitucionalismo: É a ideia de sociedade aberta de interpretes. A interpretação dá constituição não é algo que deve ser apenas dos juristas. Sendo assim, todos os agentes sociais são legítimos interpretes da constituição. 
4ª ideia de (neo) constitucionalismo: Existe uma clara intenção de haver uma reconciliação entre o direito e a ética. 
Constituição Formal e Material
Material: O que vai importar para definirmos se uma norma tem caráter constitucional ou não, será o seu conteúdo, pouco importando como aquela norma foi introduzida no ordenamento jurídico. 
Formal: Neste caso, não mais interessa o conteúdo da norma, mas sim a forma como ela foi introduzida no ordenamento jurídico. 
Classificação da constituição
- Quanto à origem: A constituição poderá ser outorgada e promulgada. Outorgadas são as constituições impostas, de maneira unilateral, pelo agente revolucionário, que não recebeu do povo a legitimidade para em nome dele atuar (Ex: Constituição de 1824, 1937,1967). A promulgada, também chamada de democrática, votada ou popular é aquela Constituição fruto de um trabalho de uma Assembleia Nacional Constituinte, eleita diretamente pelo povo, para que em nome dele, atuar, nascendo, portanto, da deliberação da representação legítima popular. (Ex: Constituição de 1891, 1934, 1946, 1988)
- Quanto à forma: Escrita ou Costumeira. Escrita, seria a Constituição formada por um conjunto de regras sistematizadas e organizadas em um único documento, estabelecendo as normas fundamentais de um Estado. Costumeira, seria aquela, que ao contrário da escrita, não traz as regras em um único texto solene e codificado. 
- Quanto à extensão: Sintética ou analítica. As sintéticas seriam aquelas enxutas, veiculadoras apenas dos princípios fundamentais e estruturais do Estado. Analíticas são aquelas que abordam todos os assuntos que os representantes do povo, entenderam como fundamentais. 
- Quanto ao conteúdo: Material ou Formal. Material será aquele texto que contiver as normas fundamentais e estruturais do Estado, a organização de seus órgãos, os direitos e garantias fundamentais. Formal, será aquela constituição que elege como critério o processo de sua formação, e não o conteúdo de suas normas. 
- Quanto ao modo de elaboração: Dogmática ou Histórica. Dogmáticas, sempre escritas, consubstanciam os dogmas estruturais e fundamentais do Estado. Histórica, constituem-se através de um lento e contínuo processo de formação, ao longo do tempo, reunindo a história e as tradições de um povo.
- Quanto à alterabilidade: Rígida, Semirrígida, Flexível, Fixas, Transitoriamente flexíveis, Imutáveis e Super-rígida. A rígida são aquelas constituições que exigem para sua alteração, um processo seletivo mais rígido, mais solene, dificultoso do que o processo de alteração de normas infraconstitucionais; o quórum de votação de 3/5 dos membros de cada Casa, em dois turnos de votação, para aprovação das emendas constitucionais. Flexível é aquela constituição que não possui um processo legislativo de alteração mais dificultoso do que o processo legislativo de alteração de normais infraconstitucionais. Semirrígida é aquela constituição que é tanto rígida, como flexível, ou seja, algumas matérias exigem um processo seletivo mais dificultoso do que exigido para as leis infraconstitucionais, enquanto outros não requerem tal formalidade. As fixas são aquelas que só podem ser alteradas por um poder de competência igual àquele que as criou, ou seja, o poder constituinte originário. Transitoriamente Flexíveis são as suscetíveis de reforma, com base no mesmo rito das leis comuns, mas apenas por determinado período, sendo este ultrapassado, o documento constitucional passa a ser rígido. Imutáveis são aquelas constituições inalteráveis e que se pretendem permanecer eternas. Super-rígida são normas com o processo legislativo rígido, mas com normas materialmente imutáveis. 
- Quanto à sistemática: Reduzidas ou Variadas. Reduzidas são aquelas que se materializam em um só código básico e sistemático. Variadas são aquelas que se distribuiriam em vários textos e documentos esparsos. 
OBS: A constituição brasileira de 1988 é promulgada, escrita, analítica, formal, dogmática, rígida e reduzida.
 
Poder Constituinte
- O poder constituinte pode ser elaborado como o Poder de elaborar ou atualizar uma Constituição, mediante supressão, modificação ou acréscimo de normas constitucionais. Logo, sua titularidade pertence ao povo.
Poder Constituinte Originário: É aquele que instaura uma nova ordem jurídica, rompendo por completo com a ordem jurídica precedente/anterior. Sendo assim, seu objetivo fundamental é criar um novo Estado. 
 - Poder Constituinte Originário Histórico: Seria o verdadeiro poder constituinte originário, elaborado pela primeira vez.
 - Poder Constituinte Originário Revolucionário: São todos aqueles posteriores ao histórico,sendo assim, a cada nova constituição, ocorrerá o que se chama de “Novo Estado”.
OBS: O poder constituinte é autônomo, inicial, ilimitado juridicamente, incondicionado, soberano na tomada de suas decisões, um poder de fato e político, permanente.
 - Poder Constituinte formal: É o ato de criação propriamente dito e que atribui a “roupagem” com status constitucional a um complexo normativo.
 - Poder Constituinte material: É o lado substancial do poder constituinte originário, qualificando o direito constitucional formal com status de norma constitucional. O material diz o que é constitucional, logo, o material precede o formal.
Poder Constituinte Derivado: É instituído e criado pelo poder constituinte originário. Logo, o Poder Derivado deverá obedecer às regras impostas de seu criador (Poder Originário).
 - Poder Constituinte Derivado Reformador: Tem capacidade de modificar uma Constituição, por meio de um processo específico, estabelecido pelo Originário, sem que haja uma verdadeira revolução. Ex: Emendas Constitucionais.
- Poder Constituinte Derivado Decorrente: É submisso ao Originário, sendo, que sua principal função é estruturar a Constituição dos Estados-membros. Tal competência decorre do autogoverno; auto-organização; e autoadministração. Devendo obedecer:
- Princípios Sensíveis (Art. 34, VII ‘a-e’): São aqueles que se infringidos ensejam a mais grave sanção que se pode impor a um Estado-Membro da Federação: a intervenção, retirando-lhe a autonomia organizacional, que caracteriza a estrutura federativa.
- Princípios Constitucionais Estabelecidos: São aqueles que limitam, vedam ou proíbem a ação indiscriminada do Poder Constituinte Decorrente. Ocorrendo: (A)limites explícitos vedatórios: proíbem os Estados de praticar atos ou procedimentos contrários ao fixado pelo Poder Originário ou limites explícitos mandatórios: restrições à liberdade de organização. (B) limites inerentes: implícitos ou tácitos vedam qualquer possibilidade de invasão de competência por parte do Estado-Membro. (C) limites decorrentes: decorrem de disposições expressas. 
- Princípios Constitucionais Extensíveis: São aqueles que integram a estrutura da Federação Brasileira. 
- Poder Constituinte Derivado Revisor: Assim como o reformador e o decorrente são submissos ao Originário. Destinando-se, então, adaptar a Constituição à realidade daquela sociedade. Sendo assim, a revisão se dá após 5 anos da entrada em vigor daquela Constituição, pelo voto da maioria absoluta do Congresso Nacional, em sessão unicameral.
Direito Constitucional Intertemporal
Recepção de normas constitucionais: Todas as normas que forem incompatíveis com a nova constituição serão revogadas, por ausência de recepção. A contrário sensu pode-se dizer que aquelas normas que não forem incompatíveis com a nova constituição serão recepcionadas, podendo até adquirir uma nova roupagem. 
Inconstitucionalidade Superveniente: O STF não admite a teoria da inconstitucionalidade superveniente de ato normativo produzido antes da nova Constituição e do novo paradigma. Logo, se trata de compatibilidade e haverá recepção, ou então, haverá incompatibilidade e ocorrerá a revogação. 
Princípio da Contemporaneidade: Onde toda lei criada em tempo anterior a CF/88 tem a incidência da Nova Constituição e Ordem Jurídica anterior - (Recepção, Repristinação, Desconstitucionalização e Recepção Material de Norma Constitucional) e toda lei criada após a atual CF sofre Controle de Constitucionalidade.
Fenômenos da Recepção:
- Analisa-se a compatibilidade material perante a nova Constituição.
- A lei para ser recebido, precisa ter compatibilidade formal e material perante a Constituição, cuja regência ela foi editada.
- Ocorre o fenômeno da nova roupagem
- Em complemento, um ato normativo que deixe de ter previsão no novo ordenamento jurídico, poderá ser recebido. 
- Se incompatível a lei anterior será revogada, não se falando de inconstitucionalidade superveniente.
- Nessa técnica ou é pelo sistema difuso, ou concentrado.
- É possível, a mudança de uma competência federativa para legislar.
- É possível a recepção de somente parte de uma lei
- A recepção e a revogação acontecem com a promulgação do novo texto.
Repristinação: É o retorno de uma norma revogada para o ordenamento jurídico. Logo, o Brasil adotou a impossibilidade do fenômeno de repristinação, salvo se a nova ordem jurídica assim pronunciar.
Desconstitucionalização: Trata-se do fenômeno pelo qual as normas da Constituição anterior, desde que compatíveis com a nova ordem, permanecem em vigor, mas com status de lei infraconstitucional. Logo, o fenômeno da desconstitucionalização não é verificado no Brasil. 
Recepção material de normas constitucionais: A da persistência de normas constitucionais anteriores que guardam, se bem que título secundário, a antiga qualidade de normas constitucionais. Logo, o fenômeno da recepção material, só existirá, ocorrendo expressa manifestação da nova Constituição, caso contrário às normas serão revogadas.
Teoria da Retroatividade Mínima: Adotada pelo ordenamento jurídico brasileiro. Significando, que a lei nova atinge apenas os efeitos dos atos anteriores, verificado após a data que ela entra em vigor.
Hermenêutica Constitucional
 - É o conjunto de métodos e postulados, que auxiliam o interprete na busca do sentido da constituição.
Mutações Constitucionais
- Reforma Constitucional: Seria a modificação do texto constitucional, através dos mecanismos definidos pelo Poder Constituinte Originário (emendas), alterando, suprimindo ou acrescentando artigos no texto legal.
- Mutação: Não seriam alterações meramente perceptíveis, mas sim alterações no significado e sentido interpretativo de um texto constitucional. Sendo assim, exteriorizam o caráter dinâmico e de prospecção a norma jurídica, por meio de processos informais. Estes por sua vez, querem dizer no sentido de não estarem previstos dentre aquelas mudanças formalmente estabelecidas no texto constitucional.
- Nas mutações tais mudanças decorrem da evolução de uma sociedade. Ao passo que uma nação evolui, a norma se adequará a tal desenvolvimento. 
- Lembrando que nas mutações ocorrerá uma reinterpretação da norma, sem, contudo, alterar o texto constitucional que prevalece o mesmo. 
Regras e Princípios: Tanto as regras, como os princípios são espécies de normas. Sendo assim, não ocorre hierarquia entre si, pois é incorreto dizer que uma regra é mais importante que um princípio e vice-versa. Cada espécie normativa desempenha funções diferentes e complementares, não podendo seque conceber uma sem a outra.
Critérios 
- Abstração: Os princípios são normas com um grau de abstração relativamente elevado; de modo diverso, as regras possuem uma abstração relativamente reduzida.
- Grau de determinação na aplicação ao caso concreto: Os princípios por serem vagos e indeterminados, carecem de mediações concretizadoras (do legislador, juiz); enquanto as regras são suscetíveis de aplicação direta.
- Caráter de fundamentaliedade no sistema da fonte de direitos: Os princípios são normas de natureza e papel fundamentais no ordenamento jurídico, devido a sua posição hierárquica no sistema das fontes ou sua importância estruturante dentro do sistema jurídico.
- Proximidade da ideia de direito: Os princípios são juridicamente vinculantes, radicados na existência de justiça ou na ideia de direito; as regras podem ser normas vinculativas com um conteúdo meramente funcional.
- Natureza normogenética: Os princípios são fundamentos de regras, isto é, são normas que estão na base ou constituem a ratio de regras jurídicas, desempenhando, por isso, uma função normogenética fundamentante. 
Regras: Relatos descritivos de condutas a partir das quais, mediante subsunção, havendo enquadramento do fato à previsão abstrata, chega-se à conclusão. Diante do conflito entre regras, apenas uma prevalece dentro da ideia do tudo ou nada. A regra somente deixada de incidir sobre a hipótese de fato que contempla se for inválida, se houver outra mais específica ou se não estiverem vigor.
Princípios: A previsão dos relatos se da de maneira mais abstrata, sem se determinar a conduta correta, já que cada caso concreto deverá ser analisado para que o interprete dê o exato peso entre os eventuais princípios em choque. Assim, aplicação dos princípios “não será no esquema tudo ou nada, mas graduada à vista das circunstâncias representadas por outras normas ou por situações de fato”.
Teoria da Derrotabilidade: As regras não devem ser obedecidas somente por serem regras e editadas por uma autoridade. Elas devem ser obedecidas de um lado, porque sua obediência é moralmente boa e de outro, porque produz efeitos relativos a valores prestigiados pelo próprio ordenamento jurídico, como segurança, paz e igualdade. 
- A teoria da derrotabilidade é apresentada e sustentada aqui com a finalidade de demonstrar que as regras jurídicas podem ser derrotadas/afastadas, tendo razão de ser reconhecida, na medida em que reconhece que as normas (regras) jurídicas regulam e tutelam as condutas humanas.
Princípios ou Postulados Constitucionais Hermenêuticos 
- Força Normativa da Constituição: A constituição é norma jurídica obrigatória, que tem aptidão para influenciar nos caminhos ou rumos de uma sociedade. 
- Máxima efetividade: Das normas constitucionais devemos extrair o máximo de efeitos que elas podem produzir. 
- Unidade Constitucional: Dentro da constituição não existe antinomias verdadeiras. Sendo assim, não há conflitos entre duas normas no texto constitucional, pois esta é uma norma única. 
- Concordância Prática ou Harmonização Constitucional: O interprete no caso concreto, devem buscar conciliar norma jurídica aparentemente inconciliável. Em outras palavras os bens constitucionais protegidos, em caso de conflito ou concorrência, devem ser tratados de maneira que a afirmação de um ato não implique o sacrifício do outro.
- Integrador: O interprete deve buscar interpretações, que prestigiem a unidade política e social. Sendo assim, o interprete não deve chegar a interpretações desagregadoras, não devendo chegar também a soluções hermenêuticas que gerem o caos. 
- Conformidade funcional ou Correção funcional: O interprete deve respeitar o esquema organizatório funcional, previsto de forma coerente pela constituição federal.
- Presunção de Constitucionalidade: Todas as leis nascem com um selo de qualidade, ou seja, todas as leis nascem porque é adequada a constituição. Não se enquadrando a lei maior, esta será considerada norma inconstitucional. 
- Interpretação conforme a Constituição: Quando uma norma for plurissignificativa, ou seja, quando uma norma permitir que se extraia dela mais de um significado, sendo que um dos significados é constitucional e os outros significados são inconstitucionais, o interprete deve adotar a norma que está em conformidade com a constituição. 
- Proporcionalidade e Razoabilidade: Segundo este princípio, a interpretação é função de homens ponderados, ou seja, devendo chegar a decisões prudentes. Dentro desse princípio, há três subprincípios: 
Necessidade: A adoção da medida que possa restringir direitos só se legitima se indispensável para o caso concreto, e se não poder substitui-la por outra menos gravosa. 
Adequação: O meio escolhido deve atingir o objetivo querido.
Proporcionalidade em sentido estrito: Sendo a medida necessária e adequada, deve-se investigar se o ato praticado, em termos de realização do objetivo pretendido, supera a restrição a outros valores constitucionalizados. 
Eficácia e aplicabilidade das normas constitucionais
Normas de Eficácia Plena: Aquela norma, cuja eficácia é direita e imediata, independe de integração. Sendo assim, tem aptidão para produzir todos os efeitos, desde a entrada em vigor da Constituição Federal. Logo, seu conteúdo não pode ser restringido/reduzido pelo legislador infraconstitucional. Ex: Art. 1,CF dizendo respeito ao princípio fundamentais da CF, este não pode restringir-se a um tipo de pessoa, mas está voltado a todos de forma integral.
Normas de Eficácia Contida: Aquela norma, cuja eficácia é direita e imediata, mas sofre restrições, precisando de integração de outras normas. Sendo assim, está norma através de regulamentação infraconstitucional o legislador reduz o alcance, o conteúdo do direito constitucional. Ex. Art. 5, XIII, CF dizendo que é livre o exercício e ofício de qualquer função, logo, poderá ocorrer restrição a este direito, pois não são todos que podem exercer tal função, mas apenas uma determinada pessoa, por mais que seja um direito integral, sofre restrição do legislador, exigindo certa qualificação. 
Normas de Eficácia Limitada: Aquela norma, cuja eficácia é mediata e reduzida. Sendo assim, não tem aptidão para produzir todos os efeitos desde a entrada em vigor da Constituição Federal, dependendo de norma integradora. Tais normas, podem impor ao estado o dever de agir.
 - Princípio Programático: São aquelas normas que estabelecem programas, objetivos, metas que o Estado precisa alcançar.
 - Princípio Institutivo: São aquelas normas que prevê a criação de um órgão, de uma entidade ou de um instituto jurídico. 
OBS: Todas as normas constitucionais tem aptidão para produzir efeitos, umas de maneira eficiente e direita, e outras de maneira reduzida. Logo, todas produzem efeitos importantíssimos.

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