Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
www.cers.com.br SÚMULAS STF E STJ Direito Tributário Josiane Minardi 1 Princípio da Anterioridade: STF - Súmula Nº 67 É inconstitucional a cobrança do tributo que houver sido criado ou aumentado no mesmo exercício financeiro. STF - Súmula nº 669 Norma legal que altera o prazo de recolhimento da obrigação tributária não se sujeita ao princípio da anterioridade. Princípio da Anterioridade O tributo que for instituído ou majorado nesse exercício financeiro, (coincide com o ano civil, inicia no dia 1º de janeiro e se encerra no dia 31 de dezembro), somente poderá ser exigido no próximo exercício e desde que tenham transcorridos 90 dias da data da publicação da lei que houver instituído ou majorado o tributo. (art. 150, III, “b” e “c” da CF). a) Temos tributos que não precisam aguardar o próximo exercício (NÃO RESPEITA o Princípio da Anterioridade) e nem 90 dias (NÃO RESPEITA o Princípio Nonagesimal), ou seja, o tributo pode ser cobrado: IMEDIATAMENTE!!!! São eles: - Imposto extraordinário guerra (IEG) - empréstimo Compulsório Guerra ou Calamidade Pública, - Imposto sobre importação (II), - Imposto sobre exportação (IE) - Imposto sobre operações financeiras (IOF) b) Existem tributos, no entanto, que não precisam aguardar o próximo exercício (NÃO RESPEITAM o Princípio da Anterioridade) MAS precisam aguardar 90 dias, para poder ser exigido, (RESPEITAM o Princípio Nonagesimal), são: - IPI - casos de redução e restabelecimento das Alíquotas da CIDE Combustível e do ICMS Combustível (155, § 4º, IV, “c” e 177, § 4º, I, “b” da CF. Contribuição Social (195,§ 6º da CF) c) Existem tributos que devem respeitar o Princípio da Anterioridade (RESPEITAM o Princípio da Anterioridade do Exercício), mas não precisam respeitar 90 dias (NÃO RESPEITAM o Princípio Nonagesimal), são: -IR - alteração de Base de cálculo do IPTU e do IPVA Dizer que esses tributos respeitam a anterioridade do exercício e não respeitam 90 dias significa dizer Importante: o art. 150, III, “b” e “c” que se refere aos princípios da anterioridade do exercício e nonagesimal, só se aplicam no caso de instituição ou majoração de tributo. Imunidades STF - Súmula Nº 73 A imunidade das Autarquias, implicitamente contida no art. 31, v, "a", da Constituição Federal, abrange tributos estaduais e municipais. STF - Súmula Nº 75 Sendo vendedora uma Autarquia, a sua imunidade fiscal não compreende o imposto de transmissão "inter vivos", que é encargo do comprador. STF - Súmula Nº 76 As sociedades de economia mista não estão protegidas pela imunidade fiscal do art. 31, v, "a", constituição federal. STF - Súmula Nº 591 A imunidade ou a isenção tributária do comprador não se estende ao produtor, contribuinte do imposto sobre produtos industrializados. STF - Súmula Nº 544 www.cers.com.br SÚMULAS STF E STJ Direito Tributário Josiane Minardi 2 Isenções tributárias concedidas, sob condição onerosa, não podem ser livremente suprimidas. STF - Súmula Nº 657 A imunidade prevista no art. 150, vi, "d", da constituição federal abrange os filmes e papéis fotográficos necessários à publicação de jornais e periódicos. STF - Súmula nº 724 Ainda quando alugado a terceiros, permanece imune ao iptu o imóvel pertencente a qualquer das entidades referidas pelo art. 150, vi, "c", da constituição, desde que o valor dos aluguéis seja aplicado nas atividades essenciais de tais entidades. STF - Súmula Nº 730 A imunidade tributária conferida a instituições de assistência social sem fins lucrativos pelo art. 150, VI, "c", da constituição, somente alcança as entidades fechadas de previdência social privada se não houver contribuição dos beneficiários. IMUNIDADES Classe finita e imediatamente determinável de normas jurídicas, contida no texto da Constituição Federal, e que estabelece, de modo expresso, a incompetência das pessoas políticas de direito constitucional interno para expedir regras instituidoras de tributos que alcancem situações específicas e suficientemente caracterizadas1. A imunidade tributária é, em resumo, quando a CONSTITUIÇÃO veda a criação e a cobrança de tributos sobre determinadas situações ou sobre determinados sujeitos. Principais diferenças entre imunidade e isenção: IMUNIDADES ISENÇÃO 1 CARVALHO, Paulo de Barros. Curso de Direito Tributário, 21ª edição. Saraiva. 2009, p. 202. Previsão na CF Previsão em LEI Irrevogável Pode ser revogada, salvo nas hipóteses do art. 178 do CTN Interpretação à luz dos Princípios Interpretação LITERAL IMUNIDADES GENÉRICAS As imunidades genéricas estão previstas no art. 150, VI da CF e referem-se apenas aos Impostos. As pessoas e situações previstas no artigo 150, VI da CF não devem pagar apenas os impostos, devendo pagar as demais espécies tributárias, como as taxas, contribuição de melhoria, contribuições e empréstimo compulsório. IMUNIDADES RECÍPROCAS A imunidade tributária recíproca, prevista no art. 150, VI, “a” da CF, consequência do modelo Federal de Estado, cujas bases repousam na necessária igualdade política-jurídica entre as unidades que compõe o Estado Federal, veda a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios de instituírem impostos sobre o patrimônio, renda e serviços um dos outros. Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: (...) VI - instituir impostos sobre: a) patrimônio, renda ou serviços, uns dos outros. O artigo supracitado prevê que a imunidade tributária recíproca alcança apenas os impostos, podendo incidir, portanto, em outras espécies tributárias, como taxas, contribuições e etc. De acordo com o § 2º, § 3º do art. 150 da CF a imunidade recíproca é extensiva às AUTARQUIAS E FUNDAÇÕES PÚBLICAS desde que cumpram 4 requisitos: www.cers.com.br SÚMULAS STF E STJ Direito Tributário Josiane Minardi 3 a) Cumpram suas finalidades essenciais ou qualquer uma delas decorrentes; b) Sejam instituídas e mantidas pelo Poder Público; c) Não cobraem preços e nem tarifas; d) Não entrem na concorrência privada. No entanto, o Supremo Tribunal Federal tem entendido que algumas empresas públicas, bem como algumas sociedades de economia mista, são merecedoras da regra imunizante, quando prestam serviço público de caráter obrigatório e de forma exclusiva. Cita-se como exemplo da ECT – Empresa de Correios e Telégrafos, conforme jurisprudência a seguir: EMENTA: CONSTITUCIONAL. TRIBUTÁRIO. ECT - EMPRESA BRASILEIRA DE CORREIOS E TELÉGRAFOS: IMUNIDADE TRIBUTÁRIA RECÍPROCA: C.F., art. 150, VI, a. EMPRESA PÚBLICA QUE EXERCE ATIVIDADE ECONÔMICA E EMPRESA PÚBLICA PRESTADORA DE SERVIÇO PÚBLICO: DISTINÇÃO. TAXAS: IMUNIDADE RECÍPROCA: INEXISTÊNCIA. I. - As empresas públicas prestadoras de serviço público distinguem-se das que exercem atividade econômica. A ECT - Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos é prestadora de serviço público de prestação obrigatória e exclusiva do Estado, motivo por que está abrangida pela imunidade tributária recíproca: C.F., art. 22, X; C.F., art. 150, VI, a. Precedentes do STF: RE 424.227/SC, 407.099/RS, 354.897/RS, 356.122/RS e 398.630/SP, Ministro Carlos Velloso, 2ª Turma. II. - A imunidade tributária recíproca -- C.F., art. 150, VI, a -- somente é aplicável a impostos, não alcançando as taxas. III. - R.E. conhecido e improvido. (RE 364202,Rel. Min. Carlos Velloso, D.J. 05-10-2004) Outro exemplo de empresa pública que teve a imunidade reconhecida pelo STF, em 2007 (RE-AgR 363.412) é a INFRAERO. Em fevereiro de 2007, o STF, na Ação Cautelar nº 1.550-2 reconheceu também a imunidade da sociedade de economia mista – CAERD, Companhia de Águas e Esgotos de Rondônia. IMUNIDADES DOS TEMPLOS DE QUALQUER CULTO O art. 150, VI, “b” da CF veda aos Entes Federativos instituírem IMPOSTOS sobre os templos de qualquer culto. A expressão “templos de qualquer culto” deve ser interpretada de forma ampla, abrangendo todas as formas de expressão de religiosidade. Só não irá abranger os templos de inspiração demoníaca, nem cultos satânicos, nem suas instituições, por contrariar a teleologia do texto constitucional. Portanto, deve haver valores morais e religiosos. A imunidade dos templos de qualquer culto visa tutelar a liberdade religiosa, e por essa razão tudo, exatamente tudo, que estiver em nome da instituição religiosa e cumprir sua finalidade essencial terá imunidade, ou seja, não terá que pagar impostos. Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios (...) VI - instituir impostos sobre: (...) b) templos de qualquer culto (...) § 4º - As vedações expressas no inciso VI, alíneas "b" e "c", compreendem somente o patrimônio, a renda e os serviços, relacionados com as finalidades essenciais das entidades nelas mencionadas. Recentemente, o STF decidiu que não incide IPTU sobre os cemitérios que sejam extensão da entidade religiosa: EMENTA: RECURSO EXTRAORDINÁRIO. CONSTITUCIONAL. IMUNIDADE TRIBUTÁRIA. IPTU. ARTIGO 150, VI, "B", CB/88. CEMITÉRIO. EXTENSÃO DE ENTIDADE DE CUNHO RELIGIOSO. 1. Os cemitérios que consubstanciam extensões de www.cers.com.br SÚMULAS STF E STJ Direito Tributário Josiane Minardi 4 entidades de cunho religioso estão abrangidos pela garantia contemplada no artigo 150 da Constituição do Brasil. Impossibilidade da incidência de IPTU em relação a eles. 2. A imunidade aos tributos de que gozam os templos de qualquer culto é projetada a partir da interpretação da totalidade que o texto da Constituição é, sobretudo do disposto nos artigos 5º, VI, 19, I e 150, VI, "b". 3. As áreas da incidência e da imunidade tributária são antípodas. Recurso extraordinário provido. (RE 578562, Min. Rel. Eros Grau, D.J. 21-05-2008) IMUNIDADE SUBJETIVA A imunidade do art. 150, VI, “c” da CF visa tutelar a liberdade política, a liberdade sindical e estimular colaboradores do Estado na prestação de serviços de assistência social, desde que sem finalidade lucrativa. Tal imunidade refere-se a certas pessoas, razão porque é chamada de imunidade subjetiva. São 4 pessoas que nos termos desse dispositivo constitucional não irão pagar impostos sobre suas rendas, patrimônio e serviços: a) Entidades de Assistência Social Sem Fins Lucrativos; b) Entidade de Educação Sem fins Lucrativos; c) Partidos Políticos e Suas Fundações; d) Sindicato dos Trabalhadores. A parte final do art. 150, VI, “c” da CF estabelece que essas pessoas somente terão direito à imunidade tributária se atenderem requisitos estabelecidos em lei. Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: (...) VI - instituir impostos sobre: (...) c) patrimônio, renda ou serviços dos partidos políticos, inclusive suas fundações, das entidades sindicais dos trabalhadores, das instituições de educação e de assistência social, sem fins lucrativos, atendidos os requisitos da lei. Nesse sentido, o artigo 14 do Código Tributário Nacional prevê três requisitos que devem ser cumpridos pelas 4 pessoas jurídicas acima para poderem gozar da imunidade aludida. São eles: a) Não distribuírem qualquer parcela de seu patrimônio ou de suas rendas, a qualquer título; b) Aplicarem integralmente, no País, os seus recursos na manutenção dos seus objetivos institucionais; c) Manterem escrituração de suas receitas e despesas em livros revestidos de formalidades capazes de assegurar sua exatidão. O § 1º do art. 14 do CTN estabelece que a Autoridade competente poderá suspender a imunidade da pessoa que não cumprir quaisquer um desses requisitos. Ressalta-se, ainda, que os Partidos Políticos, além de cumprirem os requisitos do art. 14 do CTN devem cumprir mais dois: a) estarem devidamente registrados no Tribunal Superior Eleitoral (art. 17, § 2º, CF), e; b) não atentarem contra os costumes e princípios do Estado brasileiro. Nos termos da Súmula 724 do STF todas pessoas do art. 150, VI, “c” da CF (entidade de assistência social sem fins lucrativos, entidades de educação sem fins lucrativos, partidos políticos e suas fundações e sindicato dos trabalhadores) ainda que tenham imóveis locados para terceiros não irão pagar IPTU desses imóveis, desde que utilizem o valor dos aluguéis para cumprimento de suas finalidades essenciais. Súmula 724 STF - AINDA QUANDO ALUGADO A TERCEIROS, PERMANECE IMUNE AO IPTU O IMÓVEL PERTENCENTE A QUALQUER DAS ENTIDADES REFERIDAS PELO ART. 150, VI, "C", DA CONSTITUIÇÃO, DESDE QUE O VALOR DOS ALUGUÉIS SEJA APLICADO NAS ATIVIDADES ESSENCIAIS DE TAIS ENTIDADES. www.cers.com.br SÚMULAS STF E STJ Direito Tributário Josiane Minardi 5 (Súmula 724, SESSÃO PLENÁRIA, julgado em 26/11/2003, DJ de 9/12/2003, p. 1; DJ de 10/12/2003, p. 1; DJ de 11/12/2003, p. 1) Quanto às Entidades de Assistência Social, é oportuno salientar que são aquelas que auxiliam o Estado no atendimento dos direitos sociais, tais como, saúde, segurança, maternidade, trabalho, etc. Por essa razão, afirma-se que cumprir assistência social é respeitar o artigo 203 da CF. As entidades que cumprirem o art. 203 da CF e não visarem lucro, assim como as entidades beneficentes, as Organizações não Governamentais (ONGs), dentre outras, terão a imunidade tributária prevista no art. 150, VI, “c” da CF. Outro exemplo de entidades que gozam de imunidade tributária são aquelas que compõem o Sistema “S” (SESI, SENAI, SENAC, SEBRAE), que promovem a integração do mercado de trabalho. Imunidade reconhecida pelo STF, RE 235.737. Recentemente o STF reconheceu que as entidades fechadas de previdência privada que NÃO exigirem de seus associados contribuições para custeio do benefício, também têm direito à imunidade que se refere o art. 150, VI, “c” da CF. Súmula 730 STF - A IMUNIDADE TRIBUTÁRIA CONFERIDA A INSTITUIÇÕES DE ASSISTÊNCIA SOCIAL SEM FINS LUCRATIVOS PELO ART. 150, VI, "C", DA CONSTITUIÇÃO, SOMENTE ALCANÇA ÀS ENTIDADES FECHADAS DE PREVIDÊNCIA SOCIAL PRIVADA SE NÃO HOUVER CONTRIBUIÇÃO DOS BENEFICIÁRIOS. (Súmula 730, SESSÃO PLENÁRIA, julgado em 26/11/2003, DJ de 9/12/2003, p. 2; DJ de 10/12/2003, p. 2; DJ de 11/12/2003, p. 2) Ressalta-se, ainda, que as entidades de assistência social sem fins lucrativos, além de serem imunes ao pagamento de impostos, também gozam de imunidade das contribuições sociais, nos termos do artigo 195, § 7º da Constituição Federal. Assim, a única pessoa do artigo 150, VI da CF que além de possuir o benefício de não pagar impostos, também não irá pagar contribuição social, é a Entidade de Assistência Social sem fins lucrativos. IMUNIDADE OBJETIVA (ART. 150, VI, “d” CF) O art. 150, VI, “d” da CF trata sobre a imunidade objetiva, que proíbe a União, Estados, Distrito Federal e Municípios de instituírem impostossobre alguns objetos, tais como livros, jornais, periódicos e o papel destinado à sua impressão. Sobre estes objetos não irão incidir o ICMS - quando saem do estabelecimento comercial, IPI - quando saem da indústria e II - se houver a importação. A imunidade acima referida visa possibilitar o acesso à cultura e à informação, e sua finalidade é baratear o custo dos livros, jornais, periódicos e papéis destinados a impressão. Terão imunidade os livros que transmitirem pensamentos e idéias formalmente orientadas, independentemente do conteúdo. Nesse sentido, segue-se o julgado do STF: CONSTITUCIONAL. TRIBUTÁRIO. IMUNIDADE. ART. 150, VI, "D" DA CF/88. "ÁLBUM DE FIGURINHAS". ADMISSIBILIDADE. 1. A imunidade tributária sobre livros, jornais, periódicos e o papel destinado à sua impressão tem por escopo evitar embaraços ao exercício da liberdade de expressão intelectual, artística, científica e de comunicação, bem como facilitar o acesso da população à cultura, à informação e à educação. 2. O Constituinte, ao instituir esta benesse, não fez ressalvas quanto ao valor artístico ou didático, à relevância das informações divulgadas ou à qualidade cultural de uma publicação. 3. Não cabe ao aplicador da norma constitucional em tela afastar este benefício fiscal instituído para proteger direito tão importante ao exercício da democracia, por força de um juízo subjetivo acerca da qualidade cultural ou do valor pedagógico de uma www.cers.com.br SÚMULAS STF E STJ Direito Tributário Josiane Minardi 6 publicação destinada ao público infanto-juvenil. 4. Recurso extraordinário conhecido e provido. (RE 221.239, Rel. Min. Ellen Gracie, DJ 06-08-2004). EMENTA Álbum de figurinha. Imunidade tributária. art. 150, VI, "d", da Constituição Federal. Precedentes da Suprema Corte. 1. Os álbuns de figurinhas e os respectivos cromos adesivos estão alcançados pela imunidade tributária prevista no artigo 150, VI, "d", da Constituição Federal. 2. Recurso extraordinário desprovido. (RE nº 179893, Min. Rel. Menezes Direito, DJ 15-04-2008). Com relação aos periódicos e jornais, somente perderão a imunidade se apresentarem cunho eminentemente publicitário, sem qualquer destinação à cultura e à educação, como os encartes. No entanto, a presença de propaganda no corpo do próprio periódico ou jornal que apresente informações à cultura e à educação não afasta a imunidade. Nesse sentido, o STF, no RE nº 199.183 reconheceu a imunidade da lista telefônica por ter utilidade pública, ainda que veicule anúncios e publicidade. Observa-se que a norma constitucional imuniza apenas o papel destinado à impressão dos livros, jornais e periódicos, abrangendo apenas os materiais similares ao papel, como os filmes e papéis fotográficos, sem trazer a imunidade para os demais insumos como as tintas, cola e linha. Súmula 657 STF - A IMUNIDADE PREVISTA NO ART. 150, VI, "D", DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL ABRANGE OS FILMES E PAPÉIS FOTOGRÁFICOS NECESSÁRIOS À PUBLICAÇÃO DE JORNAIS E PERIÓDICOS. (Súmula 657, SESSÃO PLENÁRIA, julgado em 24/09/2003, DJ de 9/10/2003, p. 3; DJ de 10/10/2003, p. 3; DJ de 13/10/2003, p. 3) Obs: A EC n. 75 incluiu a alínea “e” no artigo 150, VI, da CF que estabelece imunidade para: Fonogramas e videofonogramas musicais produzidos no Brasil contendo obras musicais ou literomusicais de autores brasileiros e/ou obras em geral interpretadas por artistas brasileiros, bem como os suportes materiais ou arquivos digitais que os contenham, salvo na etapa de replicação industrial de mídias ópticas de leitura a laser. Assim, os CDs e DVDs produzidos no Brasil com obras musicais ou literomusicais de autores nacionais não irão pagar impostos.
Compartilhar