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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ CENTRO DE CIÊNCIAS TECNOLÓGICAS DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA QUÍMICA LABORATÓRIO DE ENGENHARIA QUÍMICA II PIPETA DE ANDREASEN Prof.: Valter Alunos: Fábio Augusto de M. O. e Silva RA: 64660 Fernanda Arzani RA: 60844 Geovana Fachini RA: 64967 Isabela S. Ganassin RA: 61570 Débora M. Tamura RA: 60904 Nayara Gomes RA: 64258 Março, 2013 OBJETIVO Caracterizar o material obtido na moagem por meio de análise granulométrica, utilizando a pipeta de Andreasen. MATERIAIS E MÉTODOS Materiais - Areia - Pipeta de Andreasen - Beckers - Cronometro - Estufa - Solução de Hexametafosfato de sódio a 0,1% em peso - Água Metodologia Primeiramente lavou-se a pipeta de andreasen com água comum, para retirada de impurezas deixadas em experimentos anteriores, feito isso, pesou-se uma quantidade da areia moída com tamanho menor do que 400 mesh, adicionou-se uma solução de Hexametafosfato na pipeta de Andreasen e juntamente com ela, colocou-se a quantidade de areia medida. Após tudo preparado, começou-se a agitar a pipeta de modo que a mistura atingisse concentração uniforme e foi-se retirando as amostras nos tempos determinados. A cada tempo, retirava-se 10 ml de solução e passava para um Becker previamente pesado, após 11 amostras serem colhidas, colocou-as dentro de uma estufa para secarem, durante 22 horas, a uma temperatura de 50 °C, no dia seguinte, retirou-se os beckers da estufa e os pesou, para obter as novas medidas. RESULTADOS E DISCUSSÃO Dados experimentais: Massa de areia utilizada = 8,0274 g; Volume da solução de hexametafosfato = 0,47 L; Variação de altura: (23,00 - 17,62)cm = 5,38 cm; A concentração inicial Co é dada por: = 0,01708 g/ ml; Na Tabela 1 são apresentados os valores das massas aferidas para cada tempo de coleta juntamente com as massas dos respectivos béqueres. Tabela 1. Massa de areia fina em solução de hexametafosfato de sódio coletada pela pipeta de Andreasen com o tempo. Tempo (min) Massa de areia (g) 1 0,0930 2 0,0673 3 0,0510 5 - 8 0,0335 12 0,0289 16 0,0243 20 0,0209 30 0,0167 40 0,0200 50 0,0185 Dados da literatura: A solução de hexametafosfato de sódio foi aproximada para a água pura para que fossem determinadas a viscosidade e a densidade do fluido. As velocidades terminais das partículas (Vt), as frações individuais (X) e os diâmetros de Stokes (Dst) foram determinados pelas relações: Demonstração de cálculos para o béquer nº 3: O valor de L foi encontrado da seguinte forma: A altura da coluna de líquido na proveta correspondente a 10 mL é: h = 23*10/ 470 = 0,489 Assim, sendo n o número de vezes que foram retirados 10 mL da suspensão de areia, a diminuição da altura da coluna de líquido é dada por: L = 23 – n*h Os valores obtidos por meio dos cálculos mencionados e medições são apresentados na Tabela 2. Tabela 2. Resultados obtidos a partir dos cálculos teóricos. Tempo (s) Massa de areia (g) L (cm) Vt (cm/s) DSt (µm) C*103 (g/cm3) X=(C/Co) 1-X 60 0,0930 23,00 0,3833 56,14 9,30 0,544 0,456 120 0,0673 22,51 0,1876 55,61 6,73 0,394 0,606 180 0,0510 22,02 0,1223 44,86 5,10 0,299 0,701 300 - - - - - - - 480 0,0335 20,55 0,0428 26,54 3,35 0,196 0,804 720 0,0289 20,06 0,0279 21,43 2,89 0,169 0,831 960 0,0243 19,57 0,0204 18,32 2,43 0,142 0,858 1200 0,0209 19,08 0,0159 16,18 2,09 0,122 0,878 1800 0,0167 18,60 0,0103 13,02 1,67 0,098 0,902 2400 0,0200 18,11 0,0075 11,11 2,00 0,117 0,883 3000 0,0185 17,62 0,0059 9,85 1,85 0,108 0,892 A Tabela 2 apresenta uma falha, a massa de areia correspondente ao tempo de 300 segundos não pode ser aferida porque o béquer que a continha não resistiu à estufa onde se realizou a secagem. Isto implicou em um ponto a menos a ser considerado nas análises. O gráfico da Figura 1 apresenta a relação entre as frações de areia acumulada e cada diâmetro de Stokes: Figura 1. Fração de partículas acumuladas por diâmetro de Stokes. Pela Tabela 2 observa-se que a velocidade terminal das partículas diminui com tempo. Fato devido à ação da gravidade, que exerce uma força proporcional à massa das partículas, portanto, apresenta maior intensidade nas partículas de maiores massas. Quando o peso das partículas em suspensão se iguala ao empuxo dessas partículas, de forma que haja equilíbrio mecânico, não existirá mais o deslocamento dessas. Por isso, a classificação deve ser realizada com base em outro método. Assim sendo, as partículas de maiores diâmetros apresentam maior volume, e consequentemente maior massa, logo são as primeiras a iniciarem o movimento de queda. Dessa forma, com o tempo, mais partículas de menores diâmetros estão em movimento e as de diâmetro maiores já não estão, isto é, o diâmetro de Stokes diminui e concentração de partículas em suspensão também. A variação da concentração de areia na solução de acordo com o seu diâmetro pode ser verificada na Figura 2: Figura 2. Histograma da fração individual pelo diâmetro. Pela Figura 2 observa-se que a amostra de areia adicionada à solução de hexametafosfato de sódio possuía maiores frações com granulometria elevada, numa faixa de 8 a 10 µm. As maiores dificuldades na prática foram: Pipetar com a boca exatamente os 10 ml em cada ponto retirado. Homogeneizar o sistema areia+solvente antes de iniciar a prática. Consequentemente isso acarretou alguns erros ao processo. Conclusão A análise e caracterização das partículas finas na faixa de 3 a 70 µm foram realizadas com boa precisão pelo método da pipeta de Andreasen, apesar das dificuldades enfrentadas na prática. Um fator de possível influência é o efeito de parede, que afeta as partículas que se sedimentam próximas às paredes da proveta devido à tensão de cisalhamento e à tendência ao não deslizamento, além da falta de precisão na pipetação e na homogeneização da mistura. Referências: MCCABE, Warrem L.; SMITH, Julian C.; HARRIOTT, Peter. Operaciones unitarias en Ingenieria Quimica. Cuarta edición. Aravaca (Madrid): McGRAW-HILL/INTERAMERICANA, 1991. Pag. 867-875.
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