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ATPS Economia 2

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UNIVERSIDADE ANHANGUERA-UNIDERP
CENTRO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA (CEAD)
Curso de Administração
Polo de Apoio Presencial Campo Verde
CARLOS EDUARDO ALVES RODRIGUES	 RA 411128
IARA MARIA MOMBACH				RA 436010
LUIS CARLOS ALVES RODRIGUES		 RA 411127
ROBERTO ARAUJO MONTAGNER 		RA 408231
ROBSON DE SOUZA					RA 439886
DISCIPLINA ECONOMIA
RELATÓRIO ECONOMICO DA PRODUÇÃO DE LEITE 
Turma N20 – Semestre 2º
PROFESSORA EAD: Ma RENATA M. G. DALPIAZ
TUTOR PRESENCIAL: EDIMAR FERREIRA DOS ANJOS 
Campo Verde – MT
Setembro/2013
DISCIPLINA ECONOMIA
RELATÓRIO ECONOMICO DA PRODUÇÃO DE LEITE 
Turma N20 – Semestre 2º
Relatório econômico da produção de leite apresentado como desafio de aprendizagem da disciplina de economia, no Curso de Administração da Universidade Anhanguera - Uniderp, Turma N20, sob a orientação do Prof. Edimar Ferreira dos Anjos.
 
Campo Verde – MT
Setembro/2013
INTRODUÇÃO
Nos últimos anos o estado de Mato Grosso com o aumento de poder de compra da população atual, aliada à maior preferência por produtos de melhor qualidade, acarretou no aumento da demanda de leite UHT. Relatamos as reais diferenças entre o leite UHT e o pasteurizado através de entrevistas com consumidores de diferentes faixa etária. 
 Neste trabalho apresentaremos uma análise econômica nacional e regional sobre o mercado do leite UHT. Nesta análise foram realizadas várias pesquisas sobre demanda e oferta, quanto se compra e se vende, comportamento do consumidor, tendência de mercado, perfil sócio-econômico dos consumidores, evolução da produtividade, bens substitutos, escolha do consumidor no momento da escolha, tendência de preços, custos de produção, concorrência e histórico de mercado, os custos variáveis e fixos que afetam a produção e o fator de custos que está acima da média na região em estudo.
Abordaremos as definições da política economia e fiscal do Governo Federal que foram levantadas e elaboradas pelo grupo, recolhendo dados sobre inflação e custos dos fatores de produção quanto ao salário mínimo estabelecido pelo governo, efeito da inflação sobre os preços, carga tributária na atividade leiteira, histórico da taxa de juros e crise mundial de 2008 nos EUA e na Europa.
 
1. PERFIL DO CONSUMIDOR DE LEITE 
1.1 PERFIL DO CONSUMIDOR BRASILEIRO QUANTO A FAIXA ETÁRIA
O presente trabalho busca responder quais são as variáveis diferenças na escolha do consumidor entre os leites pasteurizados e o leite UHT, onde as fontes de pesquisa a nível nacional foram obtidas através da Sociedade Brasileira de Economia, Administração e Sociologia Rural, a SOBER.
 O leite UHT e pasteurizado não são os substitutos perfeitos, pois ambos possuem diferenças no armazenamento, validade e na qualidade o que pode significar que muitos consumidores diferenciam os dois produtos ao consumir um ou outro tipo.
Vemos na tabela abaixo como deveria ser a relação população/demanda para que fossem seguidas as recomendações do Ministério da Saúde. 
Tabela 01. Demanda de produção de leite e recomendação de consumo por faixa etária no Brasil. 2010
	Faixa Etária
	Recomendação litros/ano
	População
	Demanda 
(mil litros/ano)
	Crianças até 9 anos
	146
	2.188.032
	319.452
	Adolescentes: 11 a 19 anos
	256
	2.518.066
	644.624
	Adultos: 20 a 69 anos
	219
	8.835.134
	1.934.894
	Idosos: maiores de 70 anos
	219
	516.862
	113.192
	T O T A L
	
	14.058.094
	3.012.164
Fonte: Ministério da Saúde e IBGE
Mas na realidade o que acontece no que diz respeito a maior parte da população, como veremos a seguir no item 3.1 sobre a tendência de mercado.
1.2 ESCOLHA BASEADA NA RENDA
O consumidor do leite pasteurizado, são apenas 15% dos que possui renda superior a R$ 3.000,00 e outros 85% dos consumidores que tem uma renda inferior, escolhem o leite pasteurizado por causa do preço.
Da mesma forma, no total 25% dos consumidores de leite longa vida possui renda inferior de R$ 1.000,00, porem vários consumidores com renda mais inferior a esta preferem consumir leite UHT devido a suas características. 
O leite UHT é a escolha exclusiva de 81,2% que afirma ser a preferência no Brasil.
2. MERCADO DO LEITE
2.1 EVOLUÇÃO DA PRODUÇÃO LEITEIRA
Gráfico 01. Evolução da produção de leite no Mato Grosso, 1990/2010
(Valores expressos em milhões de litros de leite por ano)
A linha de produção apresentado no gráfico no decorrer dos anos ficou acima da média em 2005 e abaixo da média no ano seguinte, confirmando assim ser um mercado estável em termos de produção.
2.2 EXPORTAÇÃO E IMPORTAÇÃO DE LEITE NO BRASIL
Tabela 02 – Exportação e importação brasileira de lácteos
Nota-se que após a crise mundial nos EUA e Europa a partir do segundo semestre de 2008 as exportações tiveram queda, enquanto as importações aumentaram significativamente como veremos a seguir no item 4.5. 
2.3 MERCADO NACIONAL DO LEITE
Tabela 03. Ranking da Produção de Leite por Estado, 2010/2011.
	
Estado
	Volume de produção (mil litros)
	Taxa de crescimento
	
% total
	
	2010
	2011
	
	
	Mato Grosso
	708.481
	735.719
	0,038
	2,3
	Goiás
	3.193.731
	3.365.703
	0,054
	10,4
	Mato Grosso do Sul
	511.270
	517.185
	0,012
	1,7
	Rondônia
	802.969
	841.092
	0,047
	2,6
Fonte: IBGE/Pesquisa da Pecuária Municipal.
Tabela 04. Produtores entrevistados sobre a produção de leite no estado de Mato Grosso.
	FAIXA DE PRODUÇÃO DE LEITE (L/DIA)
	NOME DO MUNICIPIO
	Até 50
	De 51 a 100
	De 101 a 200
	De 201 a 500
	Acima de 500
	Total
	Pontes e Lacerda
	24
	11
	9
	3
	1
	48
	Cáceres
	17
	8
	6
	2
	1
	34
	Rondonópolis
	17
	8
	6
	2
	2
	35
	Colíder
	17
	7
	6
	2
	1
	33
	Alta Floresta
	16
	7
	6
	2
	1
	32
	Total:
	91
	73
	19
	9
	6
	182
Tabela 05. Quantidade de leite cru, resfriado e industrializado pelos estabelecimentos segundo os três primeiros meses do ano no Brasil em 2013.
	Meses
	Leite cru ou resfriado adquirido (mil litros)
	Leite cru ou resfriado industrializado pelo estabelecimento (mil litros)
	Total do ano
	5 685 844
	5 669 329
	Total do 1° trimestre
	5 685 844
	5 669 329
	Janeiro
	2 047 555
	2 041 643
	Fevereiro
	1 785 516
	1 780 725
	Março
	1 852 773
	1 846 961
Fonte: IBGE/DPE/COAGRO - Pesquisa Trimestral do Leite
Tabela 06. Quantidade deduzida de leite e custo de produção em Campo Verde – MT e região em 2011.
	Cidades
	Produção (mil litros)
	Custo produção (mil reais)
	Campo Verde
	5.361
	R$ 3.860
	Chapada dos Guimarães
	2.154
	R$ 1.523
	Dom Aquino
	7.332
	R$ 5.205
	Juscimeira
	6.074
	R$ 4.313
Nota-se que o custo médio de produção do leite oscila em torno de R$ 0,71 para a região em estudo, o que está muito acima da média nacional de custos que está em R$ 0,54, ou seja, um aumento de 31% no custo de produção.
3.0 FATORES QUE INFLUÊNCIAM A DINÂMICA ECONÔMICA NA REGIÃO EM ESTUDO
3.1 TENDÊNCIAS DE MERCADO
Nos últimos anos o estado de Mato Grosso com o aumento de poder de compra da população atual, aliada à maior preferência por produtos de melhor qualidade, acarretou no aumento da demanda de leite UHT (popular leite em caixinha), outro fator relevante que não podemos deixar de citar, foram as mudanças na rotina que causaram variações na escolha quanto ao tipo de embalagem que por sua vez são escolhidas por praticidade e comodidade no acondicionamento. Segundo Silva em pesquisa realizada no ano de 2008, um dos fatores que alavancaram o setor significativamente no mercado de lácteos, foi o surgimento do leite longa vida. O consumo deste tipo de produto apresentou na última década (2001 a 2010) um aumento de cinquenta por cento em seu consumo per capita nacional, principalmente pela sua comodidade no acondicionamento, fator este que condiz ao mundo moderno.
Segundo Magdalena ET al. (2008), realizadorade pesquisa com grupos de terceira idade (maiores de 60 anos), os resultados apontaram que há interesse dessa classe de consumidores por um leite dirigido a ele preferencialmente enriquecido com cálcio e acondicionado em embalagem longa vida, e também que há disposição a pagar um pouco mais por um produto assim, já que trazem benefícios a saúde do idoso, fato este que nos leva a pensar em uma nova oportunidade de negócio.
O consumo de leite per capta recomendado pelo Ministério da Saúde, para adultos acima de vinte anos, é de 600 ml por dia ou 219 litros por ano (Zoccal, 2009), no entanto o consumo no Brasil é bastante pequeno mesmo que as pessoas o consideram como um bem essencial. Constatou-se na pesquisa que a quantidade consumida em média é de 96 litros por ano, ou seja, para que fosse seguida a indicação do Ministério da Saúde o consumo deveria mais que dobrar.
Em pesquisas realizadas por membros de nossa equipe, dezessete por cento dos pesquisados abordados relataram que compravam leite pasteurizado semanalmente e afirmaram, “esse leite é muito melhor em termos de sabor” sendo a expressão, com mais gosto de leite. Com tais respostas, vemos a possibilidade adotada nos Estados Unidos onde quase todo o leite é consumido fresco e pasteurizado, assim uma nova oportunidade local se cria, já que o leite pasteurizado vendido em saquinho se encontra em estado de escassez no mercado.
3.2 PERFIL SÓCIO-ECONÔMICO DOS CONSUMIDORES
Os dados que apresentaremos a seguir, foram obtidos através do site do IBGE e entrevista direta o mais homogêneo possível com consumidores local no município de Campo verde-MT, com renda per capita anual igual a R$ 34.639,94 ou R$ 2.886,66 mensal e PIB igual a R$ 1.095.038,00, estando situado na região Sudeste do estado de Mato Grosso juntamente com Primavera do Leste com renda per capta de R$ 3.314,91 mensais e PIB de R$ 2.073.040,00, na região Sul Rondonópolis com RP de R$ 2.026,41 e PIB R$ 5.094.937,00 e Jaciara com RP de R$ 1.304,50 e PIB R$ 401.789,00, na baixada cuiabana a capital Cuiabá com RP R$ 1.670,41 e PIB R$ 11.051.628,00 e Várzea Grande com RP de R$ 1.137,50 e PIB de R$ 3.449.445,00. A região em estudo no ano de 2010 teve um IDH de 0,75 o que significa um acréscimo de 17% em uma década, acarretando nos dias atuais em uma grande oferta de emprego no que diz respeito a atividades industrial na capital, agrícola e agropecuária nas demais localidades, meios estes em que se sustentam as economias local.
Gráfico 02. Representativo para renda per capta, PIB e n° de habitantes.
No ano de 2010 o estado de Mato grosso teve um superávit de 59 bilhões - 1,6% em participação no PIB do país parece pouco, mas a população do estado se encontra operando em estado de pleno emprego e mercado de bens de consumo aquecido.
A maioria dos clientes entrevistados (77%) são mulheres casadas da faixa etária entre vinte e cinco e cinquenta e cinco anos, com três a cinco pessoas na família que frequentam os supermercados de duas a três vezes na semana em virtude de promoções, tem renda familiar acima de R$ 2.500,00 mensais e gastam com alimentação uma quantia superior a R$ 700,00/mês. As clientes confirmam ser o leite um bem indispensável no cardápio familiar independentemente do preço como mostra a tabela de fatores quanto à renda, em que as clientes dão uma nota alta ao preço, mas afirmam “não pode faltar em casa”. Os demais 23% dos entrevistados seguiram a mesma tendência as respostas, e as variáveis como bairro de residência, estado civil e renda não se revelaram significativas quanto à escolha do tipo de leite a ser consumido.
3.3 BENS SUBSTITUTOS
A taxa marginal de substituição é a quantidade que um indivíduo está disposto a pagar, sem que abra mão de seu produto para adquirir outro bem similar. A demanda que é o fator regulamentador do preço está diretamente ligado aos bens substitutos, ou seja, se a aumento no preço de um vai ocorrer maior demanda do bem substituto. No caso do leite UHT o maior substituto é o leite pasteurizado, a preferência se dá pelo fato do preço ofertado aos clientes, mas como na região em estudo o leite pasteurizado é limitado, o cliente tem que se conformar com o UHT, o que se reflete na diminuição do consumo. O bem substituto em qualidade de vida refere-se ao leite de soja com seus benefícios a saúde, mas no entanto foge a realidade da maior parte dos consumidores onde se busca um menor preço e maior sabor. Como terceiro bem substituto o referido leite em pó, não foi bem aceito pela dona de casa como sendo um produto comparável ao leite UHT, o que descarta a possibilidade de concorrência. Mas o leite mais barato não dominará todo o mercado por se tratar de produtos diferenciados. 
PREFERÊNCIAS DO CONSUMIDOR NO ATO DA COMPRA
Nas pesquisas realizadas, podemos relatar que o leite longa vida tem um fator determinante no momento da escolha, o preço sem dúvidas é a primeira relação do consumidor com o produto. Nas prateleiras dos supermercados estudados, haviam de três e quatro marcas diferentes de leite UHT para escolha dos clientes, uma minoria de 26% dos entrevistados responderão que compravam determinado leite por ser uma marca de sua preferência já consumida há algum tempo, os outros 74% responderam que o fator que mais pesa no momento da escolha é o preço e relataram que somente não consomem novamente a marca de leite se perceberem alguns indícios de má qualidade. O fator preço quando se é menor de R$ 0,20 não reflete na escolha do consumidor que prefere o fator marca de sua preferência no ato da compra, sendo a diferença no preço da caixa com doze unidades inferior a uma unidade que seria igual a R$ 2,40.
TENDÊNCIAS DE PREÇOS
Os preços estão em alta, levantamento da Scot Consultoria mostra que produtores de leite do país receberam em abril, em média, R$ 0,875 por litro da matéria-prima entregue em março aos laticínios, em que o valor é 2,34% superior ao do mês precedente e 8,23% maior quando comparado ao mesmo período do ano passado. De acordo com o levantamento, o preço ao produtor está em alta desde outubro de 2013.
Rafael Ribeiro, analista da Scot, explica que a alta deste mês decorre principalmente de dois fatores: entressafra para o leite na região central do Brasil e demanda firme.
Com o período de entressafra, a oferta é reflexo de investimentos menores na produção no decorrer do ano passado, período de forte alta dos custos de grãos utilizados na produção leiteira. Está ocorrendo no presente momento uma queda do volume entregue às indústrias, o que aumenta a concorrência entre elas. No atacado, o litro do leite UHT saiu de R$ 2,05 em março para R$ 2,17, em média, em abril. Nas prateleiras dos supermercados, saiu de R$ 2,51, em média, em março, para R$ 2,60.
Pesquisas apontam que com a volta do período chuvoso e safra de grãos com preços estáveis tudo volta à normalidade e segue a tendência de anos anteriores sem mais surpresas, além deste com a alta, os produtores poderão se estruturar e termos uma oferta mais coerente com a demanda.
Gráfico 03. Ilustrativo de produção leiteira
 
Repare que à redução acentuada na captação de matéria prima em meados do ano, desde o ano 2004 alguns anos mais outros menos o período de escassez oscila, a uma menor oferta, assim podemos nos programar para situações futuras adversas. 
CUSTOS DE PRODUÇÃO
Como podemos visualizar na tabela 07 abaixo, os custos mais altos e variáveis na produção leiteira em Mato Grosso são a compra de ração concentrada, silagem e manutenção de pastagens, fato este que ocorre para que não haja uma diminuição acentuada na produção nos meses mais secos do ano que ocorre entre maio e outubro, onde à demanda maior na quantidade de alimentos, elevando assim os custos de produção e consequentemente o preço pago por litro ao produtor e repassado posteriormente ao consumidor final. 
Os custos variáveis são os gastos para produzir um litro de leite com Alimentos concentrados (rações diversas, farelo de soja, minerais, farelo de trigo), silagem, sanidadeanimal (medicamentos preventivos), além dos produtos químicos utilizados nas maquinas de ordenhadeira, animais e na sala de ordenha. Com custos fixos são inseminação, eletricidade, semente de pastagem, adubo químico e orgânico, manutenção de maquinas e equipamentos e registro de animais, durante o ano todo, IPVA, seguro, manutenção de maquinas, veículos, estábulos, cercas, gasolina, óleo de Carter, taxas diversas. Também como custo fixo real. Temos que contar com a depreciação das maquinas, equipamentos e construção. Custos fixos de oportunidade são a mão-de-obra e os juros sobre o capital total.
Uma mudança recente que beneficiou os produtores, segundo avaliação dos mesmos, foi à aprovação da Lei 12.699/12, a legislação determina que as indústrias informem até o dia 25 de cada mês o preço pago ao produtor pelo litro de leite. Antes dessa regulamentação, os produtores só sabiam o quanto receberiam pelo produto cerca de 60 dias depois de entregar a produção.
Tabela 07. Ilustrativa de rendas e custos médios dos produtores entrevistados no Estado de Mato Grosso, em 2010/2011.
CONCORRÊNCIA
Entre as marcas mais em conta no mercado, a concorrência se faz por uma margem estreita menor que R$ 0,20 por se tratar de um produto de poucas características relevantes que os diferenciam quanto ao gosto e durabilidade, a não ser a minoria que prefere a marca de sua confiança independente de preço, já outros não compram marcas que estiveram envolvidas em questões de qualidade duvidosa.
Os produtores de leite UHT presentes no mercado regional são: Lacbom e Piracanjuba que são as marcas mais conhecidas por sua qualidade, já a Parmalat foi citado como marca de qualidade duvidosa; Mocôca chegou a pouco no mercado concorrendo entre as marcas mais baratas assim como o Italac, Vencedor e Nêne primeiros em volume de vendas e reguladores de preços; por fim o Batavo mais carro por questões de marca/qualidade o que tem pouca saída. Os leites pasteurizados não foram citados na pesquisa por se tratar de um produto de qualidade inferior e em processo de liquidez. 
O mercado espera ansioso por algo novo, empreendedor no que diz respeito a sabor e diferenciação por faixa etária uma vez que seja igual em termos de acondicionamento, durabilidade e praticidade fato este que levou o leite UHT ao topo do mercado de vendas de leite.
 
4. POLITICAS MONETÁRIA E FISCAL DO GOVERNO FEDERAL
4.1 INFLAÇÃO E CUSTO DOS FATORES DE PRODUÇÃO
Fatores de produção são os elementos que tornam possível a produção de determinado bem. A teoria econômica se baseia em três fatores de produção: o capital, o trabalho e os recursos naturais ou terra, dentre eles o segundo é o fator mais instável podendo mudar com o tempo, cultura e políticas do governo. 
Veja na tabela abaixo o histórico de preços dos fatores de produção nos últimos dez anos, em que foram realizados vários reajustes em relação a inflação no decorrer da década.
Tabela 08. Vigência e valores do salário mínimo
	VIGÊNCIA
	VALOR MENSAL
	VIGÊNCIA
	VALOR MENSAL
	01.01.2013
	678,00
	01.02.2009
	465,00
	01.01.2012
	622,00
	01.03.2008
	415,00
	01.03.2011
	545,00
	01.04.2007
	380,00
	01.01.2011
	540,00
	01.04.2006
	350,00
	01.01.2010
	510,00
	01.05.2005
	300,00
Tais custos cada vez maiores contribuem para o aumento do preço na cadeia produtiva do leite UHT. Como vimos na tabela, houve um aumento salarial de 226% nos últimos dez anos, o que se reflete na formação de preço do produto final. 
4.2 INFLAÇÃO E PREÇOS
Com a inflação em alta o salário passa a ser corroído, quando elevada também encarece os produtos nacionais e aumenta a demanda por produtos importados, reduz as exportações desequilibrando toda a balança comercial do país. Para que a situação seja mantida em controle o governo tem de a adotar medidas para a desvalorização da moeda e assim frear as importações.
Isso faz com que produtos essenciais a produção do leite UHT como o petróleo em termos de logística, os fertilizantes utilizados na manutenção de pastagens e outros materiais utilizados sem similar nacional, fiquem mais carros, aumentando o custo de produção do setor que depende desses itens. Tudo isso provoca elevação no preço do leite UHT, e só tem seu fim com a queda real da inflação.
4.3. CARGA TRIBUTÁRIA SOB O MERCADO DE LEITE UHT
Tabela 08. Expressa tributos e percentuais
	TRIBUTO
	PERCETUAL
	ICMS
	7%
	IPI
	0%
	PIS
	1,65%
	CONFINS
	7,6%
	TOTAL
	16,25%
Como podemos analisar na tabela 08, os encargos de maior relevância são o ICMS e o CONFINS. Em caso de incentivo fiscal o governo pode reduzir suas taxas, contribuindo com o crescimento do setor.
 
HISTÓRICO DA TAXA DE JUROS
Tabela 09. Apresenta a taxa de juros imposta pelo governo no primeiro mês de cada ano a partir de 2006.
	DATA
	% a.a
	DATA
	% a.a
	16.01.2013
	7,12
	21.01.2009
	12,66
	18.01.2012
	10,40
	23.01.2008
	11,18
	19.01.2011
	11.17
	24.01.2007
	12,93
	27.01.2010
	8,65
	18.01.2006
	17,26
O crescimento maior da economia se dá em momentos em que a taxa SELIC opera em baixa, assim os consumidores estão com maior poder aquisitivo e o consumo aumenta. Na tabela 09 vemos que o mercado mais favorável desde 2006 é no presente, em que a taxa é uma das menores dos últimos dez anos. 
 
EFEITOS DA CRISE MUNDIAL NO MERCADO LÁCTEO
Com a crise financeira que deu início nos EUA e espalhou-se pelo mundo, ocorreu uma situação adversa no mercado de lácteos. Sem saldo os países importadores reduziram suas compras deprimindo as cotações, com repercussões no preço interno de todos os países importadores, até mesmo o Brasil. O preço médio do leite em pó antes da crise estava cotado a US$ 4.000,00 por tonelada, mas após junho de 2008, início da crise, despencou e não chegou a US$ 2.200,00 por tonelada, acarretando desta forma uma grande oferta no pais, chegando a ser pago até 18% a menos por litro do que no mesmo período do ano anterior. Não bastando à queda nos preços mais um fator complicador pode ser sentido, 10% de aumento nos custo de produção, ocorrendo assim uma redução de 7% na captação de leite.
CONCLUSÃO
Podemos concluir que nos últimos anos a região em estudo obteve significativo aumento de poder de compra da população, que prefere produtos de melhor qualidade, acarretando no aumento da demanda de leite UHT (popular leite em caixinha), outro fator relevante que não podemos deixar de citar, foram as mudanças na rotina que causaram variações na escolha quanto ao tipo de embalagem que por sua vez são escolhidas por praticidade e comodidade no acondicionamento.
Nos estudos sobre o perfil dos consumidores, foi constatada que os clientes de supermercados mesmo com baixa renda não deixam de comprar o leite longa vida em meados do ano quando os preços se elevam, por se tratar de um bem essencial a saúde, mas responderam que a autos custos reduzem o consumo, já que na área em estudo o bem substituto que seria o leite pasteurizado está em faze de liquidez no mercado.
Concluímos que as políticas do Governo Federal se mantêm segura quanto a taxa de juros, taxa de impostos, mercado de fatores de produção e câmbio sem que descuide da inflação o que significa que o pais está crescendo, não com ritmo acelerado mas continuo. Uma prova do bom funcionamento do sistema econômico do governo foi a crise mundial de 2008 que afetou o mercado de lácteos, mas gráficos mostram que a produção manteve-se em constante evolução sem que houvesse grandes oscilações na produção, o que indica que foram pagos pelo litro do leite um valor superior a seu custo de produção.
A concorrência se faz por pequenas margens de preço e qualidade, mas o que poderia revolucionar o mercado do leite UHT definitivamente segundo os entrevistados, seria um leite mais saboroso e fresco até mesmo com adições de nutrientes e vitaminas para que sejam atendidas todas as faixa etária da população. Desta forma seriaum produto inovador sem que perdesse os dois fatores principais: comodidade e praticidade.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
http://www.cnpgl.embrapa.br/nova/informacoes/estatisticas/producao/tabela0234.php
http://www.cnpgl.embrapa.br/nova/informacoes/estatisticas/producao/tabela0240.php
http://www.cnpgl.embrapa.br/nova/informacoes/estatisticas/producao/grafico02.55.php
http://www.cnpgl.embrapa.br/nova/informacoes/estatisticas/producao/grafico02.64.php
http://www.senarminas.org.br/News.aspx?Code=2070&Portal=1&PortalNews=1&ParentCode=139&ParentPath=None&ContentVersion=R
http://www.noticiasagricolas.com.br/analises/leite-cepea/127649-leite-preco-e-o-maior-em-seis-anos-para-setembro--mercado-sinaliza-estabilidade.html#.UjZxk8ayDfI
http://www.sober.org.br/palestra/15/54.pdf
http://www.brasil.gov.br/sobre/economia/mercado-financeiro/inflacao
http://www.infopedia.pt/$factores-de-producao;jsessionid=ISrDJ4BnQsLVWOFHFUZ6UQ__
http://www.canaldoprodutor.com.br/comunicacao/artigos/impactos-da-crise-mundial-no-mercado-de-lacteos
http://www.receita.fazenda.gov.br/publico/EducacaoFiscal/PrimeiroSeminario/22CARGATRIBUTARIAPRODUTOSDECONSUMOPOPULAR.pdf
http://www.bcb.gov.br/?COPOMJUROS

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