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UNIVERSIDADE ESTADUALDE MARINGÁ CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS DEPARTAMENTO DE QUÍMICA DISCIPLINA 3320 – QUÍMICA ORGÂNICA EXPERIMENTAL I SÍNTESE DO CICLOEXENO Acadêmicos e acadêmica: Amanda Pini Semensate R.A.: 83260 Letícia Utiyama R.A.: 88941 Rômulo Luzia de Araújo R.A.: 82193 Docente: Me. Expedito Leite Silva MARINGÁ, JANEIRO DE 2016 1. INTRODUÇÃO 1.1 – DESIDRATAÇÃO DE ÁLCOOIS O aquecimento da maioria dos álcoois com um ácido forte provoca a perda de uma molécula de água ( desidratam) e a formação de um alceno. Os ácidos mais comumente utilizados em laboratórios são de Bronsted, como o ácido sulfúrico ou o ácido fosfórico Reação de desidratação de álcoois: As condições experimentais: temperatura e concentração do ácido – que são necessárias para realizar a desidratação estão intimamente relacionadas com a estrutura do álcool individual. Álcool em carbono primário são mais difíceis de desidratar. Desidratação de etanol, requer um ácido sulfúrico concentrado a temperatura de 180⁰C. Álcool em carbono secundário, o cicloexanol, desidrata-se em ácido fosfórico 85% a temperatura de 85⁰C. Álcool terciário desidrata-se em ácido sulfúrico aquoso 20% a temperatura de 85⁰C. 1.2 - MECANISMO PARA DESIDRATAÇÃO DE ÁLCOOIS SECUNDARIO E TERCIARIO: REAÇÃO E1 Pode se basear em um mecanismo em etapas, propostos originalmente por F. Whitmore ( da universidade Estadual da Pennsylvania). O mecanismo de uma reação E1 na qual o substrato é um álcool protonado, consideremos como exemplo, a desidratação do álcool ter-butilico. O mecanismo de Whitmore não explica a ordem de reatividade de álcoois: terciário> secundário> primário. Sozinho, ele não explica a formação de mais de um produto na desidratação de certos álcoois, nem a ocorrência de um esqueleto de carbono rearranjado na desidratação de outros, acoplado com a estabilidade de carbocátions, o mecanismo de Whitmore é eventualmente responsável por todas as observações com ralação a álccois secundários e terciários. 2. OBJETIVOS Sintetizar cicloexeno, partindo do cicloexanol em catálise ácida sob o mecanismo de reação E1. 3. MATERIAIS E PROCEDIMENTOS 3.1 MATERIAIS Cicloexanol; Ácido sulfúrico; Solução saturada de NaCl; Solução aquosa de Na2CO3 10%; Cloreto de cálcio anidro; Tetracloreto de carbono; Solução 20% de Bromo em ácido acético; Permanganato de potássio 5%; Balão 50 ml; Pedras de porcelana; Sistema de destilação; Funil de separação; Suporte universal; Termômetro. 3.2 PROCEDIMENTO Em um balão de 50 ml, adicionou-se 10 ml de cicloexanol, 0,1 ml de ácido sulfúrico concentrado e algumas pedras de porcelana, e agitou-se a solução. Montou-se o sistema de microdestilação, como na figura 1, e para a coleta do destilado, usou-se um frasco em banho de gelo. O balão foi aquecido, tomando cuidado para manter a temperatura abaixo dos 100°C. O balão foi aquecido até que se observasse no balão um pequeno resíduo. Juntou-se o destilado dos três grupos, e a ele adicionou-se, 2 ml de solução aquosa saturada de cloreto de sódio e 2 ml de solução aquosa de carbonato de sódio 10%, posteriormente transferiu-se a mistura para um funil de separação, agitando-o e retirando a pressão do sistema. Separou-se a camada aquosa, coletando o restante (fase orgânica) em um béquer e adicionando a ele cloreto de cálcio anidro. Agitou-se e filtrou-se o produto coletando a solução. Figura 1: Sistema de microdestilação. Caracterização: 1. Em um tubo de ensaio colocou-se 10 gotas de tetracloreto de carbono, 5 gotas de solução a 20% de bromo em ácido acético. Agitou-se a solução adicionando a ela 5 gotas de cicloexeno, observou-se o resultado. 2. Em um tubo de ensaio adicionou-se 10 gotas de uma solução de permanganato de sódio 5%. Adicionou-se 5 gotas de cicloexeno, observou-se a alteração. 4. RESULTADOS E DISCUSSÕES Ao adicionarmos ao cicloexanol 0,1 ml de ácido sulfúrico concentrado, este age como catalizador na reação, levando à desidratação do álcool, sob mecanismo de eliminação, E1. Figura 2: desidratação do cicloexanol com ácido sulfúrico. Montou-se então um sistema de destilação, a fim de separar o cicloexano com qualquer outra substância presente na solução. Como o cicloexanol é facilmente desidratado, a temperatura foi sempre mantida abaixo de 100ºC. Notou-se durante o experimento uma mudança de cor na solução presente no balão a ser aquecido: quanto mais quente tornava-se o sistema, mais escura tornava-se a cor da solução. Ela partiu de uma coloração amarelada, passando por um esverdeado e finalizando num negro profundo. Juntou-se então a solução destilada dos três grupos da sala num erlenmeyer de 125 mL. A isto, adicionou-se a solução concentrada de NaCl e a solução de Na2CO3 10%. O cloreto de sódio foi posto para fazer uma melhor separação das duas fases do sistema, já o bicarbonato de sódio era essencial para neutralizar qualquer resquício de ácido presente. Após a separação das fases e descarte da parte líquida, usou-se de sulfato de cobre para retirar resquícios de água da fase etérea, filtrando-a em seguida e pondo-a em um balão, destilando-a em seguida. Posteriormente foi realizado a micro-destilação recolhendo como destilado 17,56 mL de cicloexano. Como isto referia-se ao resultado da junção de todas as soluções problemas dos grupos, dividiu-se por três, logo cada grupo havia produzido 5,86 mL. Calculou-se então o rendimento do experimento: Utilizou-se 10,00 mL de cicloexanol, que possui densidade de 0,962 g/cm³. Logo: Como da equação geral a proporção de cicloexanol para cicloexano é 1:1, temos que 1 mol de daquele formará 1 mol deste. Ou seja, 74,12 g de cicloexanol terá como produto 92,57 g de cicloexano. Como utilizamos 3,85 g de cicloexanol no experimento: Obtêm-se que x equivale a 7,89 g de cicloexano. Já que se obteve 5,86 mL do hidrocarboneto, que possui densidade de 0,8110 g/cm³, calcula-se: Descobriu-se anteriormente que o valor esperado de cicloexano a ser formado era de 9,62 g. Deve-se então calcular o quanto de rendimento foi realmente possível ser obtido: Assim, tem-se que y = 49,40%, que é o rendimento da reação. Nas reações de caracterização, usou-se a reação de bromação e a reação de hidroxilação. Na bromação, o cicloexeno foi identificado quando inicialmente uma solução de cor marrom, que continha 6 gotas de CCl4 e 5 gotas de Br2 em ácido acético 20%, quando adicionada o cicloexeno houve a mudança de coloração para incolor, confirmando a presença do cicloexeno. Figura 3: reação de bromação do cicloexeno. Na hidroxilação, a solução inicial era da cor violeta, contendo 10 gotas de uma solução de permanganato de potássio 5%, e ao adicionar o cicloexeno, observou-se a alteração da cor para um tom de marrom e com a formação de precipitado. Com isso podemos confirmar que o cicloexeno está contido na solução. Figura 4: reação de cicloexeno com permanganato de potássio. 5. CONCLUSÃO Após a realização do experimento e das etapas de caracterização verificou-se que o cicloexeno foi obtido. 6. REFERENCIA Solomons, T.W.Graham; Química Orgânica 1, 7⁰ edição, LTC – Livros TÉCNICOS E Científicos S.A.2001 – Rio de Janeiro.
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