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AFYA 
CURSO DE MEDICINA - AFYA
NOTA FINAL
Aluno:
Componente Curricular: Teste de Progresso Institucional - MEDICINA
Professor (es):
Período: 202501 Turma: Data: 24/04/2025
TESTE DE PROGRESSO
INSTITUCIONAL_MEDICINA_2025.1_2CHAMADA_24ABRIL
RELATÓRIO DE DEVOLUTIVA DE PROVA
PROVA 15605 - CADERNO 004
1ª QUESTÃO
Resposta comentada:
Os sintomas de anedonia, humor deprimido, redução de energia e ruminações negativas formam
como principal hipótese diagnóstica para o caso o de transtorno depressivo. As automutilações
não são exclusivas dos transtornos de personalidade e podem ocorrer em diversos outros
transtornos mentais, inclusive na depressão, o que é o caso da paciente. Além disso,
automutilações são comuns na infância e na adolescência, mas podem evoluir para tentativas
concretas de suicídio. Antidepressivos já podem ser usados nessa faixa etária. Deve-se
questionar sobre ideação suicida. O tratamento psicoterápico de primeira linha é a terapia
cognitivo-comportamental.
REFERÊNCIA:
Kaplan, H.I; Sadock, B.J. Compêndio de Psiquiatria. Ciências do Comportamento e Psiquiatria
Clínica. 11ª ed. Editora Artes Médicas, Porto Alegre, 2017.
2ª QUESTÃO
Resposta comentada:
Trata-se de um caso clássico de convulsão febril simples benigna da infância. Para esse
diagnóstico, não há indicação de dosagem de eletrólitos, punção liquórica, tomografia de crânio
nem eletroencefalograma. Caso a criança apresentasse febre sem sinais localizatórios poder-se-
ia aplicar o protocolo, e, em alguns casos, solicitar sumário de urina e/ou hemograma. Porém,
essa criança tem um foco para a febre que é uma infecção de via aérea superior, portanto ela não
se beneficia de nenhum exame complementar.
REFERÊNCIA:
Tratado de Pediatria da Sociedade Brasileira de Pediatria. 5ª Edição, 2022.
3ª QUESTÃO
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Resposta comentada:
O íleo biliar corresponde a 2% das causas de obstrução intestinal. Trata-se de uma complicação
rara da colelitíase complicada com colecistite aguda e fístula bílio-digestiva. A formação de fístula
bilio-digestiva, com passagem de cálculos para o trato digestivo é uma condição que pode
obstruir algum segmento intestinal, dependendo do tamanho do cálculo e do local de formação da
fístula. A presença de ar dentro das vias biliares (aerobilia) está presente nos casos de fístula
bílio-digestiva e, na presença de sintomas de obstrução intestinal, sugere o diagnóstico de íleo
biliar como principal causa. A Hérnia inguinal encarcerada está errada porque, apesar de a hernia
inguinal encarcerada ser uma causa frequente, neste caso, o paciente não apresentava hérnia
inguinal nem queixas relacionadas a tal diagnóstico. Bridas e aderência também estão incorretas
porque, para ser bridas e aderências, o paciente teria que apresentar história de cirurgia
abdominal prévia ou cicatriz cirúrgica abdominal. A Síndrome de Ogilvie também está errada
porque, na Síndrome de Ogilvie, observa-se dilatação acentuada do cólon direito ao raios X de
abdome. Por fim, Tumor de intestino delgado também está errada porque o tumor de intestino
delgado é raro e daria sintomas de emagrecimento. Portanto, a presença de ar dentro das vias
biliares é o grande diferencial no diagnóstico, já que, das causas prováveis acima para o
diagnóstico, ela só está presente na fístula bílio-digestiva.
REFERÊNCIAS:
JEJUNO BILIAR: OBSTRUÇÃO INTESTINAL POR CÁLCULO BILIAR EM UMPACIENTE
IDOSO COM VÍCIO DE ROTAÇÃO.
GALLSTONE JEJUNUM: INTESTINAL OBSTRUCTION DUE TO GALLSTONES IN AN
ELDERLY PATIENTWITH INTESTINAL MALROTATION.
Bruno Henrique Nunes Hirata¹; Pedro Chiaramelli1; Caio Nasser Mancini1; Marcos Henrique 
Zanoni1; Lucas Moreto Betini1; Henrique Cunha Mateus1.
Relatos Casos Cir. 2021;7(3):e3015. www.cbc.org.br.
4ª QUESTÃO
Resposta comentada:
A hemoglobina glicada é um dos exames utilizados para o diagnóstico de diabetes mellitus e
também é um bom parâmetro para controle do tratamento. Seu valor normal é igual ou inferior a
5,6%; valores entre 5,7 e 6,4%, indicam pré-diabetes; valores iguais ou superiores a 6,5% indicam
diabetes mellitus, porém há necessidade de se repetir o exame para confirmação diagnóstica.
REFERÊNCIA:
Disponível em: https://diretriz.diabetes.org.br/diagnostico-e-rastreamento-do-diabetes-tipo-2/.
5ª QUESTÃO
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Resposta comentada:
Essa jovem tem um IMCcom as da síndrome de artrite-dermatite, ela não tem
febre e a condição não causa dactilite e alterações nas unhas observadas nessa paciente.
O lúpus eritematoso sistêmico (LES) pode causar vários sintomas, incluindo erupção cutânea e
artrite, como nessa paciente. No entanto, a erupção seria tipicamente uma erupção malar
(erupção em borboleta) com preservação das dobras nasolabiais. Além disso, esse paciente não
apresenta nenhum dos outros achados típicos do LES, como febre, fadiga, fotossensibilidade ou
fenômeno de Raynaud.
REFERÊNCIA:
BMJ Best Practice. Artrite Psoriática. Última atualização em 29 de março de 2018. Disponível
em: https://bestpractice.bmj.com/topics/pt-br/524.
53ª QUESTÃO
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Resposta comentada:
Essa paciente grávida apresenta dor abdominal incômoda, vômitos, febre, leucocitose e piúria
leve. Essas características sugerem um diagnóstico tipicamente associado à dor no quadrante
inferior direito durante a flexão da perna direita contra resistência.
Dor incômoda que piora gradualmente e eventualmente se localiza no abdome direito é
característica de apendicite aguda. Essa é a causa mais comum de abdome agudo na gravidez.
Embora a dor da apendicite classicamente se localize no QD (ponto de McBurney), em pacientes
grávidas, o útero gravídico pode deslocar o apêndice em direção ao quadrante superior direito ou
ao flanco. A piúria estéril é um achado comum na apendicite e pode ocorrer se parte do trato
urinário (geralmente o ureter direito) estiver próximo ao apêndice inflamado, causando irritação
e/ou inflamação ureteral. A ultrassonografia abdominal com compressão graduada é a melhor
modalidade de imagem inicial para suspeita de apendicite na gravidez.
DISTRATORES:
A pielonefrite pode se manifestar com febre, leucocitose e piúria. No entanto, a dor na pielonefrite
é mais comumente localizada no flanco. Além disso, os pacientes geralmente apresentam
sensibilidade no ângulo costovertebral, em vez de sensibilidade no quadrante superior direito.
A colangite aguda pode se manifestar com febre, dor no quadrante superior direito e leucocitose.
As mulheres grávidas têm um risco aumentado de colelitíase, que, por sua vez, é o fator de risco
mais importante para colangite. No entanto, a colangite aguda não leva à piúria, e a ausência de
sinais de colestase (por exemplo, icterícia, hiperbilirrubinemia, aumento da fosfatase alcalina)
torna esse diagnóstico improvável.
A urolitíase apresenta-se classicamente com dor no flanco que irradia para a virilha. Essa
paciente tem dor abdominal superior e sensibilidade no quadrante superior direito, o que é atípico
para urolitíase. Além disso, a maioria dos pacientes com urolitíase apresenta evidência de
hematúria no exame de urina, em vez de piúria.
As infecções do trato urinário (ITUs) podem se manifestar com febre, leucocitose e piúria. No
entanto, dor e vômito no quadrante superior direito não são compatíveis com ITU. A maioria dos
pacientes com ITU apresenta disúria, frequência/urgência urinária e dor suprapúbica.
REFERÊNCIA:
BMJ Best Practice. Avaliação do abdome agudo. Última atualização em 14 dez 2022.
54ª QUESTÃO
Resposta comentada:
Área: Ginecologia e Obstetrícia
Subárea: Ginecologia
Tema: Miomatose Uterina
Em pacientes sintomáticas com leiomiomas submucosos, a ressecção histeroscópica produz
alívio dos sintomas na maioria dos casos. As indicações incluem sangramento uterino anormal,
dismenorreia ou infertilidade quando houver suspeita de contribuição dos leiomiomas. 
REFERÊNCIA:
Ginecologia de Williams. Schorge, J O, et alii. Editora Mc Graw Hill Medical. New York-USA –
2011.
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55ª QUESTÃO
Resposta comentada:
Os diuréticos tiazídicos, como a clortalidona, podem aumentar os níveis séricos de cálcio. Outros
efeitos adversos incluem hipocalemia, hipomagnesemia, hiperglicemia, hiperlipidemia e
hiperuricemia. A inibição dos cotransportadores Na+-Cl– no início do túbulo distal causa uma
perda líquida de íons positivos na urina, como o Na+. Isso é compensado pela reabsorção tubular
renal de Ca2
+ para manter o equilíbrio eletroquímico. As tiazidas também podem ser usadas para
o tratamento da osteoporose e para a prevenção de cálculos renais de cálcio.
Em pacientes com hipercolesterolemia e/ou diabetes mellitus, a escolha da medicação anti-
hipertensiva requer consideração cuidadosa, uma vez que os diuréticos tiazídicos em
combinação com uma ampla variedade de medicamentos podem exacerbar ambas as
condições.
DISTRATORES:
Os diuréticos tiazídicos, como a clortalidona, aumentam os níveis séricos de colesterol total,
aumentam levemente as lipoproteínas de baixa densidade e aumentam os níveis de triglicerídeos.
As tiazidas não alteram consideravelmente os níveis de colesterol de lipoproteína de alta
densidade.
Tanto os diuréticos de alça quanto os tiazídicos, como a clortalidona, podem causar hipocalemia
pela inibição da reabsorção de Na+ no túbulo distal e consequente aumento da excreção de K+ no
túbulo distal tardio e no túbulo coletor (através dos trocadores de Na+-K+); eles não aumentam os
níveis de potássio.
Os tiazídicos e a maioria dos diuréticos diminuem o Na+ sérico. O efeito diurético dessas drogas
se deve ao aumento de Na+ no túbulo renal, o que cria um gradiente osmótico para que o líquido
seja excretado na urina.
As tiazidas, como a clortalidona, pioram a resistência à insulina, o que, por sua vez, aumenta os
níveis de glicose. Além disso, a perda de volume plasmático resultante dos diuréticos ativa
reflexivamente o sistema simpático, que também aumenta os níveis de glicose, ativando a
gliconeogênese.
REFERÊNCIA:
BRUTON, L L.; HILAL-DANDAN, R. As bases farmacológicas da terapêutica de Goodman e
Gilman. Grupo A, 2018. E-book. ISBN 9788580556155. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788580556155/. Acesso em: 08 mai. 2023.
56ª QUESTÃO
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Resposta comentada:
Há um consenso de que, atualmente, deve-se tolerar níveis baixos de SO2 mesmo em lactentes
com SO2 entre 90-96%. Isso permite alta mais precoce sem expor o paciente a riscos. A
bronquiolite é diferente da pneumonia da asma. Nestas últimas, não é possível tolerar valores tão
baixos de saturação. 
O agente etiológico mais comum da bronquiolite é o vírus sincicial respiratório.
Não há indicação para uso de corticoide no tratamento para bronquiolite viral aguda.
Só há indicação de oxigênio quando o lactente tem saturação menor que 90% (Tratado Brasileiro
de Pediatria da SBP – 2022).
Não há indicação de realizar radiografia de tórax para o diagnóstico de bronquiolite viral aguda.
Não há indicação para uso de antibióticos para pacientes com bronquiolite viral aguda. 
REFERÊNCIA:
JÚNIOR, Dioclécio C.; BURNS, Dennis Alexander R.; LOPEZ, Fábio A. Tratado de pediatria.
v.1. Barueri. SP: Editora Manole, 2021. E-book. ISBN 9786555767476. 
57ª QUESTÃO
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Resposta comentada:
Área: Saúde Coletiva/Medicina de Família e Comunidade
Subárea: Epidemiologia
Tema: Medicina Baseada em Evidências - NNT
O NNT significa quantos pacientes precisariam ser tratados para melhorar um paciente adicional
que não teria melhorado sem esse tratamento específico.
Condição Tratamento Desfecho em 4 anos NNT
Hipertensão IECA Eventos coronarianos 54
Hipertensão BRA Eventos coronarianos 3580
Fonte: Mourad JJ, Brugts J, Bertrand M. Number needed to treat and reduction of outcomes with
RAAS inhibitors. European Heart Journal. 2013 Aug 1;34(suppl_1).
A interpretação correta do NNT de 3.580 para os medicamentos BRA é a seguinte:
É necessário tratar 3.580 pacientes com BRA para prevenir eventos coronarianos em 1 paciente.
Ou seja, segundo essa pesquisa, os medicamentos BRA são inferiores aos IECA na prevenção
de eventos coronarianos.
REFERÊNCIA:
MARTINS, A.D.Á.B. et al. Epidemiologia.Grupo A, 2018. 9788595023154. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788595023154/. Acesso em: 15 set. 2021.
58ª QUESTÃO
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Resposta comentada:
A observação seguida de um retorno gradual ao esporte é a recomendação atual para
traumatismo cranioencefálico (TCE) leve. A observação no departamento de emergência (DE)
por pelo menos 4 a 6 horas deve incluir exame neurológico seriado e avaliação da GCS.
Alterações no estado mental ou sinais neurológicos focais podem indicar patologia subjacente
mais grave, como sangramento intracraniano. Após a alta, esse paciente deve ser monitorado por
um responsável por pelo menos 24 horas após a lesão e retornar ao pronto-socorro se houver
alguma alteração neurológica. Os pacientes também devem passar por seis estágios de retorno
gradual aos esportes. Como cada estágio requer pelo menos 24 horas, esse paciente precisará
se abster de esportes de contato por pelo menos uma semana.
A neuroimagem não é recomendada rotineiramente para TCE leve. Se a qualquer momento
durante o período de observação o GCS se deteriorar paraexperimentais, considerados o padrão-ouro
dos estudos epidemiológicos, são caros, demorados, porém mais precisos, e podem sugerir
relação causal entre exposição e desfecho.
ESTUDOS DE COORTE OU COHORTE:
Estes estudos (também chamados de longitudinais ou de "follow-up") partem do pressuposto de
que o pesquisador vai acompanhar uma população ao longo do tempo para buscar possível
associação (ao menos estatística) entre exposição e desfecho. Grosso modo, este estudo pode
ser dividido em 2 subtipos: estudo de coorte retrospectivo e estudo de coorte prospectivo.
REFERÊNCIA:
Barros FC, Victora CG, Granzoto JA, Vaughan JP, Lemos Júnior AV. Saúde perinatal em Pelotas,
RS, Brasil: fatores sociais e biológicos. Rev Saúde Pública [Internet]. 1984Aug;18(Rev. Saúde
Pública, 1984 18(4)):301–12. Disponível em: https://doi.org/10.1590/S0034-89101984000400005.
63ª QUESTÃO
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Resposta comentada:
Segundo o Código de Ética Médica de 2018 Art. 83:
"É vedado ao médico:
Art. 83. Atestar óbito quando não o tenha verificado pessoalmente, ou quando não tenha prestado
assistência ao paciente, salvo, no último caso, se o fizer como plantonista, médico substituto ou
em caso de necropsia e verificação médico-legal."
Ademais, segundo Resolução CFM nº 1.779/2005:
"Art. 2º Os médicos, quando do preenchimento da Declaração de Óbito, obedecerão as seguintes
normas:
1) Morte natural:
1. Morte sem assistência médica:
a) Nas localidades com Serviço de Verificação de Óbitos (SVO):
A Declaração de Óbito deverá ser fornecida pelos médicos do SVO;
b) Nas localidades sem SVO:
A Declaração de Óbito deverá ser fornecida pelos médicos do serviço público de saúde mais
próximo do local onde ocorreu o evento; na sua ausência, por qualquer médico da localidade.
2) Morte com assistência médica:
a) A Declaração de Óbito deverá ser fornecida, sempre que possível, pelo médico que vinha
prestando assistência ao paciente.
b) A Declaração de Óbito do paciente internado sob regime hospitalar deverá ser fornecida pelo
médico assistente e, na sua falta, por médico substituto pertencente à instituição.
c) A Declaração de Óbito do paciente em tratamento sob regime ambulatorial deverá ser
fornecida por médico designado pela instituição que prestava assistência, ou pelo SVO.
d) A Declaração de Óbito do paciente em tratamento sob regime domiciliar (Programa Saúde da
Família, internação domiciliar e outros) deverá ser fornecida pelo médico pertencente ao
programa ao qual o paciente estava cadastrado, ou pelo SVO, caso o médico não consiga
correlacionar o óbito com o quadro clínico concernente ao acompanhamento do paciente.”
Não é correto "explicar à filha do paciente que a declaração deve ser preenchida pelo Serviço de
Verificação de Óbito", pois o médico da Atenção Primária deve fazer a visita domiciliar para
constatar o óbito. Apenas quando não é possível correlacionar o óbito com o quadro clínico prévio
do paciente é que o SVO deve ser acionado. 
REFERÊNCIAS:
Código de ética médica. Resolução nº 2,217/2018. Brasília: Tablóide, 2018. CONSELHO
FEDERAL DE MEDICINA (CFM - Brasil).
RESOLUÇÃO CFM Nº 1.779/2005 RESOLUÇÃO CFM Nº 1.779, 11 de novembro de 2005
Publicada no DOU, 5 dez. 2005, Seção 1, p
64ª QUESTÃO
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Resposta comentada:
O paciente apresenta epidemiologia positiva para doença de Chagas, com sorologia positiva
(IgG), ECG e ecocardiograma típicos, caracterizando, assim, doença crônica. Dessa forma, o
tratamento com Benzonidazol não está indicado (conforme estudo prévio, apenas casos agudos
ou reativação devem receber tratamento etiológico). A alteração segmentar do ecocardiograma é
típica de Chagas, e, apesar de poder ser encontrada em cardiopatia isquêmica, ela, por si só, não
confirma tal patologia. Como o paciente apresenta alteração ao ecocardiograma assim como
sintomas, ele encontra-se no Estágio C da cardiopatia chagásica. O uso de furosemida pode ser
iniciado, porém isso não aumenta a sobrevida de nenhuma cardiopatia. Por fim, como a FC do
paciente se encontra > 70 bpm, devemos aumentar a dose do betabloqueador.
REFERÊNCIA:
Dias JCP, Ramos Jr. AN , Gontijo ED, Luquetti A , Shikanai-Yasuda MA, Coura JR, et al. II
Consenso Brasileiro em Doença de Chagas, 2015. Epidemiol. Serv. Saúde [Internet]. 2016
Jun;25(esp):7-86. Disponível em: http://scielo.iec.gov.br/scielo.php
65ª QUESTÃO
Resposta comentada:
A neurite ótica se manifesta com redução do campo visual ou redução da acuidade ou da visão
de cores; está relacionada ao etambutol, em geral em doses altas ou por uso prolongado. 
Suspender o etambutol e reiniciar esquema especial sem a referida medicac ̧ão. A neurite óptica é
dose dependente e reversível, quando detectada precocemente. Raramente acontece durante os
dois primeiros meses com as doses recomendadas (ver capítulo de esquemas especiais).
REFERÊNCIA:
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância das
Doenças Transmissíveis. Manual de Recomendações para o Controle da Tuberculose no Brasil /
Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde, Departamento de Vigilância das Doenças
Transmissíveis. – Brasília: Ministério da Saúde, 2019. Quadro 33. pág. 129.
66ª QUESTÃO
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Resposta comentada:
O ECG mostra uma taquicardia irregular complexa estreita sem ondas P visíveis consistentes
com fibrilação atrial (FA). Como o paciente também apresenta dor torácica e hipotensão, é
considerada uma arritmia instável.
A Afib instável, como observada neste paciente, deve ser tratada com cardioversão elétrica
sincronizada imediata. Pacientes mais velhos com doença cardíaca subjacente (como este
homem de 63 anos com doença arterial coronariana) têm maior risco de comprometimento
hemodinâmico. Os sinais de instabilidade hemodinâmica incluem hipotensão, confusão, sintomas
de insuficiência cardíaca congestiva (por exemplo, dispneia) e dor torácica. O objetivo da
cardioversão sincronizada é terminar a FA e, assim, restaurar a estabilidade hemodinâmica, bem
como prevenir a progressão para taquicardia ventricular ou fibrilação ventricular. A cardioversão
sincronizada também pode ser considerada para pacientes hemodinamicamente estáveis com
início agudo de FA (nas últimas 48 horas).
Fibrilação atrial com resposta ventricular rápida.
DISTRATORES:
A ablação por radiofrequência é uma possível medida de segunda linha para alcançar o controle
do ritmo na fibrilação atrial estável. Embora este paciente tenha achados de Afib aguda em seu
ECG, ele está hipotenso e relata dor torácica intensa, ambos sinais de instabilidade
hemodinâmica. Mesmo se ele estivesse estável, o tratamento de primeira linha seria conduzido
antes da ablação da frequência em pacientes com fibrilação atrial que estão hemodinamicamente
estáveis. Embora esse paciente tenha achados de Afib aguda em seu ECG, ele está hipotenso e
relata dor torácica, ambos sinais de instabilidade hemodinâmica.
Um angiograma coronário é indicado no cenário agudo para pacientes com infarto do miocárdio
(IM) que estão sendo avaliados para revascularização de emergência da artéria coronária com
cirurgia ou angioplastia. Embora este paciente tenha dor torácica intensa e hipotensão que podem
ser consistentes com infarto do miocárdio, seriam esperadas elevações focais do segmento ST
em derivações contíguas de ECG no infarto do miocárdio.
O esmolol é uma terapia de primeira linha apropriada para aliviar os sintomas e alcançar o
controle da frequência em pacientes com fibrilação atrial que estão hemodinamicamente estáveis.
Embora este paciente tenha achados de Afib aguda em seu ECG, ele está hipotenso e relata dor
torácica intensa, ambos sinais de instabilidade hemodinâmica.
REFERÊNCIA:
BMJ Best Practice. Novo episódio de fibrilação atrial. Última atualização em 04 out 2022.
67ª QUESTÃO
Resposta comentada:
Dentre os vários escorespropostos na literatura sobre hiperemese gravídica, sobressai o
Pregnancy Unique Quantification of Emesis (PUQE), inicialmente utilizado para essa finalidade
por Magee et al. (2002). Esse escore se apresenta como ferramenta de grande utilidade pelo
melhor desempenho apresentado.
Tabela para determinação da gravidade da NVG – Escore de PUQE (Pregnancy Unique
Quantification of Emesis)
Por quanto tempo se sentiu nauseada nas últimas 24 horas?
Nunca (1) – Até 4 horas (2) – Até 8 horas (3) – Até 12 horas (4) – > de 12 horas (5)
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Quantos episódios de vômitos apresentou nas últimas 24 horas?
Nenhum (1) – Um episódio (2) – Até 3 episódios (3) Até 4 episódios (4) – Mais de cinco (5)
Em quantos momentos observou intensa salivação e esforço de vômito nas últimas 24
horas?
Nenhum (1) – Até 3 vezes (2) – Até 5 vezes (3) – Até 8 vezes (4) – Todo tempo (5)
Classificação – Pontuação ≤ 6 (forma leve); entre 7 e 11 (forma moderada); ≥ 12 (forma
grave)
Nas formas moderadas e graves do quadro de NVG (> 6 do escore de PUQE), a gestante deve
ser abordada de maneira multidisciplinar em ambiente hospitalar. O reconhecimento da
hiperêmese gravídica é fundamental para evitar a elevada morbidade associada ao atraso do
tratamento.
A hiperêmese gravídica apresenta evolução nítida de comprometimento materno, como se segue:
• Fase de desidratação: Náusea e ptialismo intensos, vômitos fortes levando a quadro de
desidratação. A paciente apresenta-se com diminuição do turgor e da elasticidade da pele, olhos
encovados, mucosas secas e pegajosas, língua áspera, taquicardia, hipotensão e hipotermia.
Distúrbios hidroeletrolíticos podem estar presentes. O hematócrito encontra-se um pouco
aumentado.
• Fase metabólica: Ao quadro clínico anterior, somam-se distúrbios nutricionais (perda de peso
maior que 5%); alterações da função hepática com elevação de enzimas e bilirrubinas (icterícia
discreta); cetoacidose e cetonúria 2 ou 3+; hipoalbuminemia, hiponatremia e hipopotassemia.
Hipoglicemia já ocorre nessa fase. Pode ocorrer hipotermia e torpor.
• Fase neurológica: Os achados anteriores somados a quadro de comprometimento oftálmico
com lesões retinianas e alterações neurológicas iniciais com hiporreflexia e dor à palpação das
panturrilhas e coxas.
• Fase da psicose de Wernicke-Korsakoff: Trata-se de uma encefalopatia amoniacal,
caracterizada por instabilidade hemodinâmica de difícil controle, alucinações e coma. Esse
quadro é irreversível na maioria das vezes.
Conduta mais adequada:
Internação: Torna-se necessária tanto para o tratamento como para retirar a paciente do
ambiente de estresse. Controle de peso e de diurese diário. Correção de distúrbios
hidroeletrolíticos. Evitar suplementação de derivados de ferro, pois aumentam os sintomas. Apoio
psicológico. Jejum por 24 a 48 horas. Alimentação parenteral pode ser necessária em casos mais
graves.
Hidratação venosa e reposição iônica: A hidratação parenteral deve ser iniciada de imediato,
sendo indicada reposição de 2.000 a 4.000 mL em 24 horas. Nos casos de hidratação venosa
prolongada, repor vitamina B1 e B6. A reposição de potássio está indicada nos casos de
hipopotassemia.
Medicamentos: Recomenda-se a dose de 8 mg de ondansetrona por via venosa a cada 6 horas.
O antiemético de segunda escolha nesse quadro será a metoclopramida na dose de 10 mg por
via venosa a cada 6 horas. Em situações emergenciais com baixa resposta às medidas até aqui
sugeridas, recorre-se aos corticosteroides. É importante lembrar que todas essas drogas devem
estar sempre associadas à administração de vitaminas do complexo B, principalmente B1 e B6.
REFERÊNCIA:
FERNANDES, Cesar E. Febrasgo – Tratado de Obstetrícia. Grupo GEN, 2018. E-book.ISBN
9788595154858. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788595154858/. Acesso em: 08 maio 2023.
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68ª QUESTÃO
Resposta comentada:
O protocolo esclarece que, em situações de agressões graves com animais domésticos (cão ou
gato) impossibilitados de serem observados por 10 dias, deverá ser adotada a utilização do soro
antirrábico humano até o 7º dia pós-agressão, baseado no peso do paciente e quatro doses de
vacina (0, 3, 7 e 14 dias). Salienta ainda sobre o fato de não suturar os ferimentos, apenas
aproximar as bordas da lesão para não tornar o fechamento da lesão um meio propício para a
absorção e multiplicação do vírus da raiva.
REFERÊNCIAS:
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Articulação
Estratégica de Vigilância em Saúde. Guia de Vigilância em Saúde [recurso eletrônico] /
Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Articulação
Estratégica de Vigilância em Saúde. 5. ed. – Brasília : Ministério da Saúde, 2021. 1.126 p. : il.
Nota Técnica nº 08/2022 – CGZV/DEIDT/SVS/MS, de 10 de março de 2022, Informa sobre
atualizações no Protocolo de Profilaxia pré, pós e reexposição da raiva humana no Brasil.
69ª QUESTÃO
Resposta comentada:
A regulação é um sistema operacional, que é um dispositivo de coordenação do cuidado, atributo
essencial da Atenção Primaria à Saúde. Esse sistema propõe organizar os fluxos assistenciais
no âmbito do SUS, atendendo às necessidades do paciente na prestação de cuidados de alta
qualidade, criando pontes entre os níveis de atenção, em tempo oportuno, considerando os
princípios do SUS.
Regionalização é um dos princípios do SUS, que compreende que os serviços devem ser
circunscritos a uma determinada área geográfica. O núcleo de apoio à saúde da família (NASF) é
um recurso de apoio às equipes de Saúde da Família na resolução de problemas clínicos e
sanitários, para a introdução de práticas que ampliam o escopo de ofertas. O Projeto Terapêutico
Singular (PTS) é uma proposta de cuidado a um indivíduo, uma família ou um grupo, construído
por uma equipe interdisciplinar. A medicina centrada na pessoa coloca como protagonista do
cuidado o indivíduo, e não a doença, englobando vários aspectos, entre eles: Entender a pessoa
como um todo, o indivíduo, a família e o contexto. 
REFERÊNCIAS:
TelessaúdeRS-UFRGS: RegulaSUS. Disponível em:
https://www.ufrgs.br/telessauders/regulasus/.
Ministério da Saúde. Portaria GM/MS nº 1.559, de 1º de agosto de 2008, instituiu a Política
Nacional de Regulação do Sistema Único de Saúde – SUS. Disponível em:
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2017/MatrizesConsolidacao/comum/13154.html.
70ª QUESTÃO
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Resposta comentada:
As enzimas ciclo-oxigenase-1 e ciclo-oxigenase-2 (COX-1 e COX-2) catalisam a síntese de
prostaglandinas, que diminuem a secreção de ácido gástrico e aumentam a secreção de muco
gástrico protetor. Como resultado, os inibidores de COX, esp. Os inibidores da COX-1 podem
causar úlceras gástricas e hemorragia. Eles devem, portanto, ser evitados nesta paciente com
úlcera péptica.
O celecoxibe é um AINE seletivo e inibidor da COX-2, que pode ser usado para tratar a dor aguda
(tanto na artrite reumática quanto na dor articular não reumatoide). Comparados aos AINEs não
seletivos, os inibidores da COX-2 têm uma toxicidade gastrointestinal reduzida, mas, ainda assim,
apresentam um risco mínimo de efeitos colaterais gastrointestinais. Portanto, recomenda-se
supervisão cuidadosa dessa paciente devido ao risco residual de sangramentos gastrointestinais
(especialmente na úlcera péptica). Ao contrário dos AINEs não seletivos, os inibidores seletivos
de COX-2 não têm efeito sobre a agregação plaquetária, uma vez que as plaquetas possuem
apenas COX-1.
DUP ativa ou sangramento gastrointestinal são contraindicações para o celecoxibe.
DISTRATORES:
Cetorolaco é usado para tratar dor moderada a intensa (por exemplo, alívio da dor pós-operatória).
Entretanto, o cetorolaco é um AINE não seletivo que inibe tanto a COX-1 quanto a COX-2. Essa
inibição interrompe a produção de prostaglandina protetorada mucosa gástrica, aumentando o
risco de úlceras gástricas e intestinais e sangramento. Portanto, o cetorolaco não é um agente
preferencial neste paciente com história de úlcera gastroduodenal (DUP).
O diclofenaco é usado para tratar a dor aguda e a inflamação na dor articular reumática ou não
reumatoide. Entretanto, o diclofenaco é um AINE não seletivo que inibe tanto a COX-1 quanto a
COX-2. Essa inibição interrompe a produção de prostaglandina protetora da mucosa gástrica,
aumentando o risco de úlceras gástricas e intestinais e sangramento. Portanto, o diclofenaco não
é um agente preferencial neste paciente com história de úlcera gastroduodenal (DUP).
O ácido acetilsalicílico (aspirina) é usado para tratar a dor aguda e a inflamação na dor articular
reumática ou não reumatoide. No entanto, a aspirina é um AINE não seletivo que inibe tanto a
COX-1 quanto a COX-2. Essa inibição interrompe a produção de prostaglandina protetora da
mucosa gástrica, aumentando o risco de úlceras gástricas e intestinais e sangramento. Portanto,
a aspirina não é um agente preferencial neste paciente com história de úlcera gastroduodenal
(DUP).
O ibuprofeno é usado para tratar a dor aguda e a inflamação na dor articular reumática ou não
reumatoide. Entretanto, o ibuprofeno é um AINE não seletivo que inibe tanto a COX-1 quanto a
COX-2. Essa inibição interrompe a produção de prostaglandina protetora da mucosa gástrica,
aumentando o risco de úlceras gástricas e intestinais e sangramento. Portanto, o ibuprofeno não é
um agente preferencial neste paciente com história de úlcera gastroduodenal (DUP).
REFERÊNCIA:
BRUTON, L L.; HILAL-DANDAN, R. As bases farmacológicas da terapêutica de Goodman e
Gilman. Grupo A, 2018. E-book. ISBN 9788580556155. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788580556155/. Acesso em: 09 mai. 2023.
71ª QUESTÃO
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Resposta comentada:
O informe sobre “avaliação dermatológica preliminar”, em tese, sustenta muito bem o diagnóstico
clínico de CBC, mas não é suficiente para classificá-lo. No entanto, há elementos descritos no
texto, epidemiológicos e próprios da lesão, que relacionam algumas propriedades definidoras do
seu risco. A começar por suas caraterísticas, a aparência macroscópica descrita (“pápula de
aspecto perolado”) remete ao subtipo com padrão de crescimento nodular, que é menos
agressivo. Além disso, somam-se ainda outros critérios de menor gravidade (“paciente sem
história prévia de câncer de pele”, lesão bem delimitada menor que 10 mm na área “M” do rosto)
que acabam por sugerir fortemente provável CBC de baixo risco. Quanto à melhor estratégia
terapêutica no caso em questão, pelos últimos guidelines sobre CBC da NCCN (National
Comprehensive Cancer Network), a exérese da lesão com lâmina de bisturi, margens clínicas de
segurança (4 mm) e fechamento primário, quando possível, é a conduta mais indicada. A
radioterapia nesse tipo de CBC, apesar de também aplicável, é reservada precipuamente para
candidatos não cirúrgicos. Já para o CBC superficial, considerado ainda de menor risco, não se
aplica a obrigatoriedade de tratamento cirúrgico, diferentemente das lesões de alto risco, em que a
técnica micrográfica de Mohs encontra sua maior indicação.
REFERÊNCIAS:
Faissal NM, Negretti CMH. Comparação entre o guideline 2021 e 2019 do Carcinoma
Basocelular. BWS Journal. 2022 Janeiro; v.5, e220100290: 1-11.
Cerci FB, Kubo EM, Werner B. Comparação entre os subtipos de carcinomas basocelulares
observados na biópsia pré-operatória e na cirurgia micrográfica de Mohs. Anais Brasileiros de
Dermatologia. 2020;95:594-601.
Bittner, GC, Cerci FB, Kubo EM,Tolkachjov SN. Cirurgia Micrográfica de Monhs: revisão de
indicações, técnica, resultados e considerações. Anais Brasileiros de Dermatologia. [Internet].
2021 [Citado 2021 Set. 14];96(3):263-277.
Fonseca LPC. Ensaio clínico randomizado comparando curetagem e eletrocoagulação versus
cirurgia convencional no tratamento do carcinoma basocelular de baixo risco com 10 mm de
diâmetro: avaliação de recidiva em 2 anos. Repositório Institucional UNESP. [Internet]. 2021
[Citado 2021 Set. 01].
72ª QUESTÃO
Resposta comentada:
A paciente apresenta ascite e história prévia de etilismo. Além disso, tem hipoalbuminemia.
A hipoalbuminemia provocada pela deficiente síntese de albumina reduz a pressão oncótica do
plasma e concorre para a formação do edema.
REFERÊNCIAS:
COELHO, Eduardo Barbosa. Mecanismos de formação de edemas. Medicina (Ribeirão Preto), v.
37, n. 3/4, p. 189-198, 2004.
DA SILVA, LEONARDO SOARES. MANEJO PRÁTICO DA ASCITE.
BRITO, Ana Paula Santos Oliveira et al. Manejo da Ascite: revisão sistemática da
literatura. Brazilian Journal of Health Review, v. 5, n. 1, p. 3022-3031, 2022.
73ª QUESTÃO
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Resposta comentada:
Quando pacientes apresentam mudanças de comportamento relacionados ao ambiente escolar,
deve ser investigada a possibilidade de bullying. As instituições de saúde e educação, assim
como seus profissionais, devem reconhecer a extensão e o impacto gerado pela prática de
bullying entre estudantes e desenvolver medidas para reduzi-la rapidamente. Aos profissionais de
saúde, particularmente aos pediatras, é recomendável que sejam competentes para prevenir,
investigar, diagnosticar e adotar as condutas adequadas diante de situações de violências que
envolvam crianças e adolescentes, tanto na figura de autor, como na de alvo ou testemunha.
REFERÊNCIAS:
Bullying comportamento agressivo entre estudantes J Pediatr (Rio J). 2005;81(5 Supl):S164-
S172: Violência escolar, violência juvenil.
Pediatria: Sociedade Brasileira de Pediatria, 4ª edição, Barueri, SP: Manole,2017.
74ª QUESTÃO
Resposta comentada:
Paciente com quadro de cardite reumática que evolui com insuficiência mitral leve tem a
recomendação de profilaxia secundária até os 25 anos ou durante 10 anos após o último surto, o
que durar mais tempo.
REFERÊNCIA:
JÚNIOR, Dioclécio C.; BURNS, Dennis Alexander R.; LOPEZ, Fábio A. Tratado de Pediatria. 5ª
edição. Barueri -SP: editora Manole, 2021.
75ª QUESTÃO
Resposta comentada:
A constipação crônica é um problema comum em crianças e adolescentes, e pode ser tratada
com sucesso na maioria dos casos com mudanças na dieta e estilo de vida. Ao exame, a
paciente não apresenta impactação, sendo desnecessário o uso do enema (lavagem intestinal),
que seria o primeiro passo da terapêutica, a desinpactação. Atualmente, o Polietilenoglicol (PEG)
3350 ou 4000 é considerado a melhor opção de tratamento, efetividade e menor efeito colateral
para a constipação intestinal. O uso de laxantes estimulantes deve ser evitado em crianças e
adolescentes, pois pode causar dependência e danos ao cólon. A ingestão de suplementos de
magnésio não é uma opção de tratamento recomendada para a constipação em crianças e
adolescentes, exceto em casos específicos sob supervisão médica. O óleo mineral, se aspirado,
provoca pneumonia lipoídica.
REFERÊNCIA: 
JÚNIOR, Dioclécio C.; BURNS, Dennis Alexander R.; LOPEZ, Fábio A. Tratado de pediatria. 5ª
edição. Barueri-SP: editora Manole, 2021. E-book. ISBN 9786555767476
76ª QUESTÃO
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Resposta comentada:
Uma vacina contra SARS-CoV-2 usa esse mecanismo de ação.
Esse mecanismo de ação é característico das vacinas de mRNA. Essas vacinas contêm mRNA
que codifica um antígeno específico (por exemplo, proteína spike nas vacinas COVID-19), que as
células usam para produzir a proteína antigênica desejada. As cadeias de mRNA são
encapsuladas em nanopartículas lipídicas (LNPs), que protegem as cadeias da digestão
enzimática extracelular e facilitam a absorção nas células. As vacinas de mRNA são altamente
eficazes e induzem respostas imunes humorais e celulares. Não há risco de infecção porque o
mRNA não é patogênico. Essas vacinas também são seguras para uso durante a gravidez
porque o mRNA não interagecom o DNA, portanto não há risco de mutagênese insercional.
DISTRATORES:
Em vacinas vivas atenuadas (por exemplo, VZV, rotavírus), um vírus funcional modificado (isto é,
atenuado) é inoculado no paciente. Normalmente, o vírus modificado não causa doença. Em
células infectadas por vírus, as proteínas antigênicas citosólicas são quebradas em peptídeos
pelo proteassoma e apresentadas via MHC classe I ou são exocitadas, captadas por fagócitos e
apresentadas via MHC classe II. Embora o processamento e a apresentação da proteína
antigênica sejam semelhantes ao descrito neste caso, o mecanismo de formação da proteína
antigênica é diferente; em pacientes inoculados com vacinas vivas atenuadas, as células são
infectadas pelo vírus e não com material pronto para tradução dentro da célula hospedeira para
formar a proteína antigênica.
Vacinas toxoides (por exemplo, difteria, tétano) usam toxinas bacterianas nas quais a toxicidade
foi inativada, enquanto a imunogenicidade é mantida por meio de sítios de ligação ao receptor
intactos. As toxinas bacterianas são captadas por células com atividade endocítica (por exemplo,
células dendríticas) e são processadas no endossomo, após o que os antígenos virais se ligam
às moléculas do MHC de classe II e são então apresentados na superfície celular,
desencadeando uma resposta principalmente humoral. Não há apresentação de antígeno via
MHC classe I ao usar vacinas toxoides.
As vacinas de subunidades (por exemplo, hepatite B, HPV) usam subunidades antigênicas
inativas de patógenos para desencadear uma resposta imune. As subunidades antigênicas são
captadas por células com atividade endocítica (por exemplo, células dendríticas) e processadas
pelo endossomo, após o que os antígenos virais se ligam às moléculas do MHC de classe II e
são apresentados na superfície celular, desencadeando uma resposta principalmente humoral.
Não há apresentação de antígeno via MHC classe I ao usar vacinas de subunidades.
As vacinas de vetor viral (por exemplo, ebola, vacina Janssen COVID-19) usam um vírus não
relacionado modificado (por exemplo, adenovírus) como um vetor não patogênico, que fornece
código genético às células que contém instruções para a produção do antígeno desejado. Nas
vacinas de vetor viral, um vírus, não uma nanopartícula lipídica, é englobado pelas células.
REFERÊNCIA:
Doença do Coronavírus 2019 (COVID19). BMJ Best Practice. Última atualização em 08 dez
2022.
77ª QUESTÃO
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Resposta comentada:
A doação de rim vindo de doador vivo fornece o melhor transplante e os melhores resultados de
sobrevida dos pacientes, melhores que doador cadáver; e sim, o transplante de pâncreas deve
ser considerado uma alternativa aceitável para pacientes diabéticos que necessitam de insulina
contínua e apresentem doença renal terminal.
É correto afirmar que a disponibilidade de órgãos doadores adequados continua sendo o problema
mais urgente, impedindo que a maioria dos receptores em potencial faça um transplante que
possa conservar sua vida; mas os progressos na engenharia de tecidos são contínuos, podendo,
num futuro, fornecer um suprimento de órgãos transplantáveis seguros.
REFERÊNCIA:
SABISTON. Tratado de cirurgia: a base biológica da prática cirúrgica moderna / Courtney M.
Townsend ... [et al.]; tradução GEA ; [colaboração Cary B. Aarons ... [et al.]]. 19. ed. - Rio de
Janeiro: Elsevier, 2015.
78ª QUESTÃO
Resposta comentada:
Na orquite/epididimite, o quadro clínico tem início arrastado, e as alterac ̧ões do escroto podem ser
precedidas por sintomas urinários, o que não foi o caso do paciente. Encontra‐se dor, eritema e
edema no lado afetado. O epidídimo e, muitas vezes, também o testículo estão dolorosos e
aumentados de volume pelo processo inflamatório. Não é raro, na evoluc ̧ão do processo, ocorrer
hidrocele reacional. Ao exame, melhora a dor com a elevação manual do testículo (sinal de Prehn
positivo).
O tumor de testículo teria quadro mais arrastado.
A hérnia inguinal encarcerada teria manifestação inguinal e não testicular.
Edema escrotal idiopático apresenta-se como processo escrotal agudo, inflamatório, na maior
parte das vezes em crianc ̧as menores. Cursa com edema e hiperemia da bolsa, eventualmente
prurido, que não tinha no caso descrito, que pode atingir o períneo e a região inguinal.
A torc ̧ão testicular tem dor aguda na região escrotal, normalmente unilateral, seguido de aumento
de volume, edema e hiperemia nessa região. Dor abdominal e vômitos podem estar presentes.
Relato de trauma escrotal ou de exercício físico vigoroso podem preceder uma torc ̧ão testicular. A
gravidade da torc ̧ão define a intensidade do comprometimento vascular. 4 a 8 horas de torc ̧ão
podem levar a grave dano isquêmico, com repercussão permanente para a morfologia testicular e
para a espermatogênese. Após 12 horas, poucos testículos podem ser salvos. Portanto, o caso
deve ser conduzido como urgência, sem períodos de observac ̧ão para avaliac ̧ão posterior. Diante
da suspeita de torc ̧ão, a cirurgia deve ser indicada imediatamente.
REFERÊNCIA:
JÚNIOR, Dioclécio C.; BURNS, Dennis Alexander R.; LOPEZ, Fábio A. Tratado de pediatria.
v.1. Barueri, SP: Editora Manole, 2021. E-book. ISBN 9786555767476.
79ª QUESTÃO
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Resposta comentada:
Os sintomas dessa paciente (dor torácica subesternal aguda e esmagadora, diaforese) e
alterações no ECG indicam o diagnóstico de síndrome coronariana aguda (SCA). A angiografia
mostrando uma estenose da artéria descendente anterior confirma o diagnóstico. A SCA é
causada principalmente pela aterosclerose.
O desenvolvimento da aterosclerose começa com um fator externo (por exemplo, as citocinas
inflamatórias atraem os macrófagos, que então formam células espumosas captando o colesterol
dos lipídios oxidados de baixa densidade. Essas células espumosas se acumulam para formar
estrias gordurosas (lesões ateroscleróticas precoces). Finalmente, a produção de colágeno por
macrófagos carregados de lipídios e SMCs transforma essas estrias gordurosas em uma placa
fibrosa.
DISTRATORES:
O acúmulo de células espumosas na íntima é consequência da infiltração de macrófagos na
íntima e da ingestão de colesterol do LDL oxidado. Essas células espumosas se acumulam e
formam estrias gordurosas. No entanto, o acúmulo de células espumosas na íntima não é o
passo inicial da aterosclerose.
A infiltração de monócitos na íntima é um dos primeiros passos na patogênese da aterosclerose.
Após a adesão ao endotélio, os monócitos emigram através do endotélio para a íntima. Como o
endotélio é fisiologicamente impermeável aos monócitos, a infiltração de monócitos não é o passo
inicial da aterosclerose.
A ativação plaquetária libera uma variedade de mediadores inflamatórios e, assim, recruta células
inflamatórias para o local da lesão aterosclerótica. No entanto, as plaquetas só são ativadas após
a adesão ao endotélio dos vasos afetados. Portanto, a ativação plaquetária não é o passo inicial
da aterosclerose.
A oxidação da lipoproteína de baixa densidade (LDL) libera colesterol, que é então ingerido por
macrófagos, induzindo a formação de células espumosas. No entanto, a atração e ativação dos
macrófagos acontecem antes da formação das células espumosas. Portanto, a oxidação do LDL
não é o passo inicial da aterosclerose.
REFERÊNCIA:
FILHO, Geraldo B. Bogliolo. Patologia. Grupo GEN, 2021. E-book. ISBN 9788527738378.
Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788527738378/. Acesso em: 07
mar. 2023. p. 137.
80ª QUESTÃO
Resposta comentada:
A criança encontra-se com desidratação moderada e deve receber o plano B. Segundo o
Ministério da Saúde, a hidratação através do plano B deverá ocorrer na dose de 50-100 mL/kg de
peso em 4 a 6 horas como essa criança tem 10 kg o volume a ser administrado varia de 500 a
1.000 litros.
REFERÊNCIA:
JÚNIOR, Dioclécio C.; BURNS, Dennis Alexander R.; LOPEZ,Fábio A. Tratado de pediatria.
v.1. Barueri, SP: Editora Manole, 2022. E-book. ISBN 9786555767476. 
81ª QUESTÃO
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Resposta comentada:
Paciente com evolução aguda, menos de 6 horas, não apresenta sinais clínicos de sofrimento de
alça, como náuseas e vômitos, sem alteração dos sinais vitais, que consideramos. Uma hérnia
inguinal encarcerada, não redutível. A protrusão do conteúdo herniário medial aos vasos
epigástricos é designada como hérnia inguinal direta (Quando lateral aos vasos = hérnia inguinal
indireta).
O reparo cirúrgico urgente é indicado para as hérnias agudas encarceradas. A abordagem
cirúrgica ideal não é conhecida, mas uma abordagem laparoscópica pode ser considerada na
ausência de estrangulamento. Às vezes, é possível reduzir uma hérnia encarcerada com o
paciente sedado, mas é preciso tomar cuidado para se evitar empurrar uma porção morta do
intestino com o saco herniário para dentro da cavidade peritoneal (hérnia em massa). O reparo
com tela é indicado se o intestino for viável, mas o reparo sem tela é indicado se o intestino for
inviável ou se a sua viabilidade for duvidosa.
Na ausência de necrose ou contaminação, o intestino pode ser reduzido e a hérnia reparada com
uma tela. Se o intestino não for viável (gangrenoso) ou for constatada contaminação durante a
cirurgia, geralmente a ressecção do intestino é necessária, sendo feito um reparo da hérnia com
tecido primário sem tela. Deve-se evitar o reparo com tela nesta situação por causa do risco de
infecção da tela.
REFERÊNCIAS:
SABISTON, D. C. Jr. et al. Tratado de cirurgia: A Base Biológica da Prática Cirúrgica Moderna.
19. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2014.
BMJ Best Practice. Hérnias inguinais em adultos. Última atualização em 29 jul 2022.
82ª QUESTÃO
Resposta comentada:
Área: Ginecologia e Obstetrícia
Subárea: Obstetrícia. Assistência Pré-Natal
Tema: Diabetes Gestacional
A dosagem da glicose de jejum é o método utilizado atualmente para o diagnóstico do diabetes
gestacional. Dosagem acima de 92 mg/dL e inferior a 126 mg/dL, na primeira consulta, permite
fazer o diagnóstico de diabetes gestacional. Essa definição inclui o diagnóstico realizado pela
primeira vez na gravidez. Basta dosar uma única vez no início da gravidez. Quando o resultado é
inferior a 92 mg/dL, é necessário realizar o Teste de Tolerância à Glicose com 75 g, entre 24-28
semanas de gestação. A hemoglobina glicada não serve para o diagnóstico do diabetes
gestacional.
REFERÊNCIA:
Cunningham, F.G., Leveno, K.J., Bloom, S.; JL. Williams. Obstetrics. 26th Ed. Mc Graw Hill. New
York, 2022.
83ª QUESTÃO
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Resposta comentada:
O exame de imagem que mostra o pâncreas calcificado, o quadro clínico sugestivo e as
evidências de insuficiência exócrina e endócrina pancreática são determinantes para o
diagnóstico.
Os eventos da IEP são tardios na pancreatite crônica.
A ingestão de bebida alcoólica é uma das principais etiologias para o quadro.
Ocorre dificuldade de absorção com deficiência das vitaminas lipossolúveis.
A reposição das enzimas pancreáticas auxilia no tratamento, mas não se relaciona com
prognóstico da doença.
REFERÊNCIAS:
Sleisenger; Fordtran. Tratado Gastrointestinal e Doenças do Fígado. Feldman M, Friedman LS,
Brandt LJ. Tradução. 9ª Ed. Elsevier, 2010.
Zaterka S, Eisig JN. Tratado de Gastroenterologia da Graduação à Pós-graduação. 2ª Ed. Ateneu,
2016.
84ª QUESTÃO
Resposta comentada:
O prolapso de parede vaginal anterior é caracterizado como cistocele. Devido à fraqueza da
parede anterior da vagina, a bexiga começa a fazer saliência no local e passa a aparecer na
fúrcula vaginal, podendo se apresentar, como nessa paciente, até o hímen ou mesmo se
exteriorizar. A sensação que a paciente tem é de uma “bola na vagina”, expressão muito comum
utilizada pelas pacientes para descrever o sintoma.
Em relação à incontinência, a característica da incontinência de urgência é a perda de urina
quando há sensação de "vontade de ir ao banheiro", e devido a contrações do músculo da bexiga,
o detrusor, a paciente não consegue segurar a urina até chegar ao vaso.
Na incontinência de esforço, a paciente perde urina quando tosse, espirra, tem crises de riso ou
mesmo ao pegar peso, ou seja, aos esforços e manobras de valsalva, o que não é o caso dessa
paciente.
O tratamento para "cistocele" é a colporrafia anterior. Geralmente, esse tratamento resolve o
problema da urgeincontinência urinária. As terapias comportamentais, como treinamento vesical,
redução de ingesta de líquido e alimentos estimulantes do detrusor, são a conduta inicial para o
tratamento da bexiga hiperativa. O botox intravesical só deve ser utilizado como terceira linha de
tratamento, em casos refratários aos tratamentos iniciais.
O sling de uretra média só tem indicação nas incontinências urinárias de esforço.
REFERÊNCIA:
BEREK, J. S. (Ed.). Berek & Novak. Tratado de Ginecologia. 15. ed. Rio de Janeiro:
Guanabara Koogan, 2014. 
85ª QUESTÃO
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Resposta comentada:
Os grupos populacionais com risco elevado para o desenvolvimento do câncer de mama são:
Mulheres com história familiar de pelo menos um parente de primeiro grau (mãe, irmã
ou filha) com diagnóstico de câncer de mama, abaixo dos 50 anos de idade;
Mulheres com história familiar de pelo menos um parente de primeiro grau (mãe, irmã
ou filha) com diagnóstico de câncer de mama bilateral ou câncer de ovário, em
qualquer faixa etária;
Mulheres com história familiar de câncer de mama masculino;
Mulheres com diagnóstico histopatológico de lesão mamária proliferativa com atipia ou
neoplasia lobular in situ.
Contraindicações Absolutas à Terapia Hormonal:
Câncer de Mama;
Câncer de Endométrio;
Doença Hepática Grave;
Sangramento Genital Não Esclarecido;
História de Tromboembolismo Agudo e Recorrente;
Porfiria.
Entre as contraindicações relativas estão a hipertensão arterial e o diabetes mellitus não
controlados, a endometriose e a miomatose uterina.
Os benzodiazepínicos não são efetivos em relação aos fogachos.
Os antidepressivos tricíclicos possuem ação no sistema nervoso central, podendo aliviar os
sintomas de fogachos e melhorar a qualidade do sono, sem ação hormonal.
REFERÊNCIA:
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Ações
Programáticas Estratégicas. Manual de Atenção à Mulher no Climatério/Menopausa / Ministério
da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Ações Programáticas Estratégicas.
– Brasília : Editora do Ministério da Saúde, 2008. 192 p. – (Série A. Normas e Manuais Técnicos)
(Série Direitos Sexuais e Direitos Reprodutivos – Caderno, n.9)
86ª QUESTÃO
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Resposta comentada:
Um teste de Coombs deve ser realizado em seguida nessa paciente. 
Febre isolada dentro de horas após o recebimento de hemoderivados é altamente sugestiva de
reação transfusional febril não hemolítica. Essa reação ocorre quando os anticorpos pré-formados
do receptor reagem contra os leucócitos e/ou citocinas remanescentes do doador, que são
liberados após armazenamento prolongado de sangue. Os próximos melhores passos são
descartar reação transfusional hemolítica aguda usando um teste direto de Coombs e administrar
acetaminofeno para tratamento sintomático. A recorrência de reações transfusionais febris não
hemolíticas é rara.
DISTRATORES:
A hipertermia maligna é uma causa rara, mas importante, de febre perioperatória que
normalmente causa sinais e sintomas minutos após a indução da anestesia (ou seja, no
intraoperatório), que pode incluir rigidez muscular, hipercapnia, acidose metabólica, taquicardia e
taquipneia. A febre geralmente é um achado tardio no curso da doença. Como esse paciente
apresentou febre pós-operatória isolada, a hipertermia maligna é um diagnóstico improvável.
A infecção do local cirúrgicoé uma causa comum de febre pós-operatória que pode ocorrer até 24
horas após a cirurgia, mas geralmente se manifesta após 1 semana de pós-operatório. A infecção
da ferida não causaria febre dentro de 2 horas após a cirurgia. Além disso, a ferida desse paciente
não apresenta sinais de infecção, como eritema, secreção ou sensibilidade intensa.
Embora a embolia pulmonar possa causar febre pós-operatória, ela também costuma estar
associada a alguma combinação de falta de ar, dor torácica pleurítica, tosse, taquicardia e
taquipneia. A embolia pulmonar geralmente ocorre vários dias a semanas após a cirurgia, e não
poucas horas após a cirurgia. Além disso, este paciente não apresenta nenhuma evidência de
trombose venosa profunda (por exemplo, inchaço unilateral da perna, vermelhidão, sensibilidade).
A infecção do trato urinário (ITU) é uma causa comum de febre pós-operatória, especialmente em
pacientes com sonda vesical de demora e naqueles submetidos a procedimentos geniturinários.
A ITU mais comumente se manifesta nos dias pós-operatórios 2-4 e não surgiria dentro de horas
após a inserção do cateter.
REFERÊNCIAS:
DOHERTY, Gerard M. CURRENT. Cirurgia. Grupo A, 2017. E-book. ISBN 9788580556018.
Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788580556018/. Acesso em: 18
abr. 2023.
Sabiston Textbook of Surgery, 20a edição, Towsend and Beauchamp.
87ª QUESTÃO
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Resposta comentada:
A Política de Saúde voltada à População privada de liberdade/População vulnerável é fundamental
para prevenir, diagnosticar e tratar a Tuberculose, pois a doença é mais comum em ambientes
com condições precárias de higiene e saúde. A Tuberculose é uma doença infecciosa que afeta
principalmente os pulmões, e é transmitida por meio de gotículas de saliva que são expelidas
quando uma pessoa infectada tosse, espirra ou fala. Essa doença é mais comum em ambientes
com condições precárias de higiene e saúde, como é o caso de algumas prisões e comunidades
vulneráveis. Por isso, a Política de Saúde voltada à População privada de liberdade/População
vulnerável é fundamental para prevenir, diagnosticar e tratar a Tuberculose nessas populações.
Manual de Recomendações para o Controle da Tuberculose no Brasil, publicado pelo Ministério
da Saúde em 2019. O capítulo 8 do manual aborda a Tuberculose na População Privada de
Liberdade e em Situação de Rua, e destaca a importância da implementação da Política de
Atenção Integral à Saúde das Pessoas Privadas de Liberdade no controle da doença.
REFERÊNCIA:
Disponível em: http://189.28.128.100/dab/docs/portaldab/publicacoes/manual_tb_2019.pdf Acesso
em: 12 mar. 2023.
88ª QUESTÃO
Resposta comentada:
Mais de 50% dos tumores malignos apresentam mutação pontual em um dos alelos do p53 e
perda do outro. Diversas evidências têm demonstrado que a proteína p53 selvagem pode regular
negativamente a proliferação celular, por inibição do ciclo celular. Em resposta a danos no DNA, a
p53 leva a uma parada do ciclo celular na fase de transição de G1 para S, permitindo à célula
reparar a integridade de seu genoma. Quando os danos no DNA são irreversíveis e não podem
ser reparados, a p53 induz a célula a entrar em apoptose. Mutações no gene da p53 eliminam a
sua capacidade de mediar a parada no ciclo celular. Mutação no gene p53 é uma das ocorrências
mais frequentes em câncer de pulmão, sendo detectada em mais de 90% em câncer de pulmão
de pequenas células. 
REFERÊNCIA:
BMJ Best Practice. Câncer pulmonar de pequenas células. Última atualização em 04 de
novembro de 2022. https://bestpractice.bmj.com/topics/pt-br/1081
89ª QUESTÃO
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Resposta comentada:
É necessário orientar os pacientes para que sigam medidas conservadoras que consistem em
dieta rica em fibras, maior ingestão de líquidos, banhos de assento e, em casos mais graves,
laxativos e analgésicos. Uma tentativa inicial desse tratamento conservador isoladamente é
apropriada na maioria dos casos, especialmente para as fissuras anais agudas. Tratamento
adicional com nitratos tópicos ou com bloqueadores dos canais de cálcio é apropriado na maioria
dos casos. As duas alternativas se mostraram eficazes no tratamento de fissura anal, e a escolha
deve depender de licenciamento, disponibilidade e custos locais e das contraindicações. O
tratamento com diltiazem tornou-se uma primeira escolha comum para a maioria dos pacientes
devido à alta incidência de cefaleias que limitam a dose após o uso de nitratos tópicos. Uma
formulação tópica de diltiazem precisará ser manipulada por um farmacêutico se um produto
comercializado não estiver disponível.
É essencial que o tratamento tópico continue por 6 a 8 semanas para permitir a reepitelização da
fissura. É comum que os pacientes interrompam o tratamento após a melhora inicial dos
sintomas, mas geralmente ocorre recidiva. Na revisão entre a 6ª e a 8ª semana, repete-se a
anamnese e o exame físico. Os pacientes curados podem receber alta com orientação para
manter uma dieta rica em fibras, o que diminui o risco de recorrência. Se não ocorrer a cura da
fissura, mas o paciente estiver relatando uma melhora sintomática importante, será possível
oferecer uma terapia tópica adicional de 6 a 8 semanas. Se, depois disso, não ocorrer a cura,
será necessário fazer o encaminhamento para tratamento secundário. Pacientes sintomáticos
com lesão não cicatrizada devem ser encaminhados para um tratamento secundário após 6 a 8
semanas iniciais.
A incisão e a drenagem são o tratamento de primeira linha dos abscessos perianais. A maioria
dos abscessos perianais resulta da obstrução das glândulas da cripta anal (por exemplo, devido a
bactérias, restos fecais ou matéria estranha) com infecção subsequente e formação de
abscesso. O manejo imediato é essencial para a prevenção de possíveis complicações, como
formação de fístula secundária, necrose tecidual e envolvimento do esfíncter anal com
consequente incontinência fecal. Embora os exames de imagem (por exemplo, ultrassonografia
anal, tomografia computadorizada, ressonância magnética) possam confirmar o diagnóstico e
mostrar a extensão do envolvimento tecidual, o tratamento geralmente é iniciado com base na alta
suspeita clínica. Antibióticos pós-operatórios não são usados ​​rotineiramente, mas podem ser
considerados em certos pacientes (por exemplo, indivíduos imunocomprometidos).
A antibioticoterapia pode ser considerada em pacientes com abscesso perianal após terem
recebido o tratamento de primeira linha. Esse indivíduo ainda não recebeu nenhum tratamento,
portanto a antibioticoterapia não seria apropriada neste momento.
A ligadura elástica é indicada para o tratamento de hemorroidas internas sintomáticas, que podem
se manifestar com dor nas nádegas exacerbada à defecação e uma massa perianal sensível.
Além disso, hemorroidas internas devido à constipação crônica são comuns em pacientes com
hipotireoidismo. No entanto, o exame geralmente mostra uma massa perianal firme, em vez de
flutuante, e as hemorroidas também geralmente se manifestam com sangramento retal e prurido
perianal.
A ressecção cirúrgica é o tratamento de escolha para cistos pilonidais sintomáticos, que podem
se manifestar com dor nas nádegas ao sentar e podem se desenvolver na região perianal. No
entanto, a maioria dos cistos pilonidais se desenvolve no topo da prega interglútea, na região
sacrococcígea. Além disso, os cistos pilonidais mais comumente têm uma abertura do trato
sinusal com drenagem de secreção purulenta.
REFERÊNCIA:
BMJ Best Practice. Fissura anal. 02 Jul 2020.
90ª QUESTÃO
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Resposta comentada:
A hereditariedade multifatorial designa um tipo de heranc ̧a na qual estão envolvidos vários genes
e diversos. Podemos inferir que indivíduos afetados, com fenótipos acima do limiar, são
portadores de uma combinac ̧ão de poligenes deletérios, somada à influência ambientaladversa,
cuja ac ̧ão conjunta não contribuiu para o desenvolvimento fenotípico normal. Esses indivíduos
apresentam fatores genéticos que os tornam mais suscetíveis a manifestarem certos distúrbios
em relac ̧ão à populac ̧ão geral.
Os exemplos de fenótipos multifatoriais com limiar englobam inúmeras doenc ̧as humanas
comuns na populac ̧ão, com nítida agregac ̧ão familiar, como diabetes.
REFERÊNCIA:
PIMENTEL, Márcia Mattos G.; SANTOSREBOUÇAS, Cíntia B.; GALLO, Cláudia Vitória de M.
Genética Essencial. Grupo GEN, 2013. E-book. ISBN 978-85-277-2268-1. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/978-85-277-2268-1/. Acesso em: 07 mar. 2023.
91ª QUESTÃO
Resposta comentada:
A hanseníase indeterminada é a forma inicial da doença, caracterizada por manchas
hipocrômicas ou eritemato-hipocrômicas com hipoestesia.
Possui como agente etiológico o Micobacterium leprae, bacilo que tem a capacidade de infectar
grande número de indivíduos e atinge principalmente a pele e os nervos periféricos com
capacidade de ocasionar lesões neurais, conferindo à doença um alto poder incapacitante.
A transmissão ocorre quando uma pessoa com hanseníase, na forma infectante da doença e
sem tratamento, elimina o bacilo para o meio exterior, presente em gotículas emitidas pelas vias
aéreas superiores, infectando outras pessoas quando há um contato mais próximo e prolongado.
O agente etiológico é o Mycobacterium leprae, um bacilo álcool-ácido resistente, fracamente
gram-positivo, que infecta os nervos periféricos e, mais especificamente, as células de Schwann.
Sintomas como diminuição da sudorese no local e diminuição do pelo podem ocorrer.
A hanseníase se desenvolve lentamente com incubação de 2 a 7 anos ou mais.
REFERÊNCIA: 
TALHARI, Sinésio; NEVES, René Garrido; PENNA, Gerson. Oliveira; OLIVEIRA, Maria Leide Del
Rey de. Dermatologia Tropical: hanseníase. 1. ed. Editora Manaus: Manaus, 5 ed., 2014.
92ª QUESTÃO
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Resposta comentada:
O cilostazol é um inibidor da fosfodiesterase III com propriedades vasodilatadoras,
antiplaquetárias e antitrombóticas. Esse medicamento pode ser considerado como um teste
terapêutico por 3 a 6 meses em pacientes com DAP e claudicação que permanecem
sintomáticos apesar das medidas conservadoras (por exemplo, parar de fumar, terapia de
exercícios supervisionados). O cilostazol melhora os sintomas de claudicação e a distância
percorrida, mas não demonstrou diminuir os eventos cardiovasculares maiores. Os efeitos
adversos são comuns e incluem dor de cabeça, palpitações, diarreia e tontura. 
Além do cilostazol, todos os pacientes com DAP devem receber terapia médica com um agente
antiplaquetário (aspirina ou clopidogrel), uma estatina para reduzir o risco de infarto do miocárdio,
acidente vascular cerebral e mortalidade e agentes antidiabéticos, se apropriado.
DISTRATORES:
As meias de compressão são uma opção de tratamento para pacientes com insuficiência venosa
crônica (IVC). Em contraste com a DAP, a dor na IVC é caracteristicamente pior ao ficar em pé
por longos períodos de tempo e pode melhorar (não piorar) com a caminhada, uma vez que os
músculos da panturrilha auxiliam no retorno venoso. Como as meias de compressão exercem
pressão externa nos membros, esse tratamento impediria ainda mais o fluxo sanguíneo nesse
paciente com DAP, piorando assim seus sintomas.
A endarterectomia é uma opção de tratamento para pacientes com isquemia crítica de membros
(CLI) ou DAP que permanecem sintomáticos apesar das medidas conservadoras e
farmacológicas. Esse paciente não apresenta nenhum sintoma que sugira CLI (por exemplo, dor
em repouso, úlceras, gangrena). Embora ele tenha sintomas persistentes de DAP, apesar das
mudanças no estilo de vida (parar de fumar e terapia de exercícios supervisionados), outro
tratamento menos invasivo deve ser tentado primeiro nesta fase.
A angioplastia transluminal percutânea (PTA) é uma opção de tratamento para pacientes com
DAP e isquemia crítica de membro (CLI) ou claudicação limitadora do estilo de vida que persiste
apesar do tratamento conservador e farmacológico. Esse paciente não apresenta nenhum
sintoma que sugira CLI (por exemplo, dor em repouso, úlceras, gangrena). Embora ele tenha
sintomas persistentes de DAP, apesar das mudanças no estilo de vida (cessação do tabagismo e
terapia de exercícios supervisionados), outra opção de tratamento menos invasiva é
recomendada nesse estágio.
A cirurgia de revascularização é uma opção de tratamento para pacientes com DAP e isquemia
crítica de membro (CLI) ou claudicação limitante do estilo de vida que persiste apesar do
tratamento conservador e farmacológico. Esse paciente não apresenta nenhum sintoma que
sugira CLI (por exemplo, dor em repouso, úlceras, gangrena). Embora ele tenha sintomas
persistentes de DAP, apesar das mudanças no estilo de vida (cessação do tabagismo e terapia
de exercícios supervisionados), outra opção de tratamento menos invasiva é recomendada nesse
estágio.
REFERÊNCIA:
Best Practice. Doença arterial periférica. Última atualiazação em 04 jan 2023.
93ª QUESTÃO
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Resposta comentada:
A dermatite de contato alérgica (DCA) é uma manifestação de hipersensibilidade tardia mediada
por linfócitos T de memória na pele e pode demorar entre 12 e 72 horas para se desenvolver. A
causa mais comum de DCA é a exposição às plantas. É caracterizada pelo aparecimento de
eritema e vesículas muito pruriginosas. O tratamento é feito com corticoide tópico.
REFERÊNCIA:
Kasper, DL. et al. Harrison Medicina Interna, 19ª. Edição. Rio de Janeiro: McGraw ​Hill.
94ª QUESTÃO
Resposta comentada:
A incidência de via aérea difícil é de 5% na população adulta em geral. No entanto, quando ocorre,
é sempre um desafio para o médico assistente, pois qualquer dificuldade de acessar a via aérea
ou ventilar corretamente o paciente pode ser catastrófica, pois a hipóxia e suas consequências
podem ser devastadoras para o paciente.
Toda via aérea deve ser avaliada antes da intubação de forma rotineira, para identificar os
pacientes que possam ter critérios de via aérea difícil, seja de intubação ou ventilação difícil. Na
presença de 3 preditores de ventilação difícil + 1 preditor de intubação difícil ou 3 preditores de
intubação difícil isoladamente, ou, ainda, abertura bucal e extensão cervical muito reduzidas, está
indicada a intubação com paciente acordado. A intubação com o paciente acordado é o método
mais seguro para controle da via aérea nos casos de via aérea difícil antecipada. Quando o
procedimento é feito por profissionais habilitados e bem realizado não traz desconforto para o
paciente. Nesse caso, a via aérea natural é mantida durante todo o procedimento, o que permite
bom tônus muscular sem queda da língua, facilitando a visualização da glote, pois a laringe fica
em posição mais posterior. É fundamental a adequada preparação e orientação do paciente
(consentimento informado). Deve estar calmo, colaborativo e sem reatividade da laringe a
estímulos físicos. Sob monitorização, suplementação de oxigênio, sedação para promover
apenas ansiólise, adequada anestesia tópica com bloqueio dos nervos laríngeos e equipamento
adequado, esse é o procedimento mais seguro para o adequado acesso à via aérea com menor
risco de hipoxemia, sendo que o padrão ouro é o fibroscópio. No entanto, a intubação com o
paciente acordado pode ser perfeitamente realizada com laringoscopia convencional ou intubação
retrógrada. Portanto, a intubação com o paciente acordado é o procedimento de escolha para os
casos de via aérea difícil antecipada. 
REFERÊNCIAS:
Vieira, LP. Et al. MAVIT: manejo de vias aéreas e intubação traqueal. Belo Horizonte (MG), 2017;
14:83.
Difficult Airway Society 2015 guidelines for difficult intubation in adults.
95ª QUESTÃO
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Resposta comentada:
As características clínicas dessapaciente e os achados da endoscopia e da biópsia sugerem
doença do refluxo gastroesofágico (DRGE).
A história desta paciente de dor torácica retroesternal intermitente que piora à noite, em conjunto
com a hiperemia do terço distal do esôfago e a biópsia mostrando epitélio escamoso estratificado
não queratinizado com hiperplasia da camada basal e infiltrados inflamatórios neutrofílicos, é
compatível com DRGE. A disfunção da junção gastroesofágica permite que o conteúdo do
estômago volte para o esôfago, causando inflamação do epitélio esofágico. Os fatores de risco
para DRGE incluem disfunção do esfíncter esofágico inferior devido à ruptura anatômica (por
exemplo, devido à hérnia hiatal), diminuição da tensão (por exemplo, devido ao tabagismo) e
relaxamento transitório (por exemplo, devido à obesidade).
DISTRATORES:
Aumento do tônus do esfíncter esofágico inferior (EEI), como observado na acalasia, geralmente
se manifesta com disfagia tanto para sólidos quanto para líquidos, embora sintomas de refluxo
esofágico também possam estar presentes. Outras características incluem dor retroesternal e
perda de peso. Essa paciente não apresenta sintomas de disfagia, tornando acalasia um
diagnóstico improvável.
Aumento da produção de colágeno e fibrose podem ser observados na síndrome CREST, que
pode estar associada à dismotilidade esofágica e esofagite de refluxo. No entanto, a síndrome
CREST é uma condição incomum e improvável de se manifestar apenas com esofagite de
refluxo; outras características da síndrome CREST, como calcinose cutânea, fenômeno de
Raynaud, esclerodactilia e telangiectasia, não são observadas nessa paciente.
A disseminação de células neoplásicas, como observada no câncer de esôfago, provavelmente
não causaria os achados da paciente. O epitélio escamoso não queratinizado é um achado
patológico não maligno e não ocorre como resultado da disseminação maligna de células.
A transformação metaplásica do epitélio esofágico é a marca registrada do esôfago de Barrett, no
qual o epitélio escamoso normal é substituído por epitélio colunar metaplásico. A esofagite de
refluxo de longa duração pode levar ao esôfago de Barrett, que é uma lesão precursora do câncer
de esôfago. Os achados da biópsia dessa paciente mostram epitélio escamoso estratificado não
queratinizado com hiperplasia da camada de células basais em vez de metaplasia, tornando o
diagnóstico improvável de esôfago de Barrett.
BMJ Best Practice. Doença do refluxo gastroesofágico. Última atualização em 02 de janeiro de
2023. Disponível em: https://bestpractice.bmj.com/topics/pt-br/82.
96ª QUESTÃO
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Resposta comentada:
As condições sensíveis à Atenção Primária à Saúde são aquelas que podem ser prevenidas,
tratadas ou controladas por meio de ações realizadas na atenção primária. Entre elas, destacam-
se as doenças crônicas não transmissíveis, como diabetes, hipertensão, doenças
cardiovasculares, doenças respiratórias crônicas, entre outras. As outras opções apresentadas
também podem ser tratadas na atenção primária, mas não são consideradas condições
sensíveis.
REFERÊNCIA:
BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria nº 221, de 17 de abril de 2008. Define as diretrizes e
objetivos para a organização da atenção básica no Sistema Único de Saúde. Diário Oficial da
União, Brasília, DF, 18 abr. 2008. Seção 1, p. 48. Disponível em:
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2008/prt0221_17_04_2008.html.
97ª QUESTÃO
Resposta comentada:
A síndrome nefrótica, por si só, é caracterizada pela tríade: edema generalizado, proteinúria de
grande monta e hipoalbuminemia. Pode vir acompanhada de dislipidemia, hipocalcemia (já que o
cálcio sérico total se reduz devido à hipoalbuminemia) e hiponatremia (por elevação do hormônio
ADH desencadeado pela hipovolemia relativa). A micro-hematúria pode ser vista em até 20% dos
casos. A síndrome nefrótica pode ser primária ou secundária a infecções, doenças autoimunes,
neoplasias ou medicamentos. A forma primária de lesões mínimas não consome complemento e
geralmente não elava a creatinina sérica. Consumo de complemento e elevação de creatinina
sérica sugerem origem secundária.
REFERÊNCIA:
KASPER, Dennis L.. Medicina interna de Harrison. 20. ed. Porto Alegre: AMGH Editora, 2017. 1
v., p. 2131/2149.
98ª QUESTÃO
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Resposta comentada:
Este paciente preenche os critérios para transtorno depressivo maior, conforme evidenciado por
seu humor deprimido, anedonia, fadiga, falta de concentração, distúrbios do sono, diminuição do
apetite e perda de peso. A sertralina pertence à classe dos inibidores seletivos da recaptação da
serotonina (ISRS), o tratamento de primeira linha para transtorno depressivo maior.
Até metade dos pacientes que tomam ISRS apresentam disfunção sexual, incluindo ejaculação
retardada e outras condições, como anorgasmia e diminuição da libido. A disfunção sexual
induzida por ISRS pode ter remissão espontânea em 2 a 8 semanas. No entanto, se a disfunção
sexual persistir, diminuir a dose de ISRS (em pacientes que estão em altas doses e em
remissão), aumentar com sildenafil ou mudar para um antidepressivo não ISRS que não cause
disfunção sexual (por exemplo, bupropiona, mirtazapina) pode ser indicado.
DISTRATORES:
A hipotensão postural é um efeito colateral potencial dos antidepressivos tricíclicos (TCA), mas
não é um efeito colateral comum dos ISRSs. Os ADTs bloqueiam os receptores alfa-1 nos vasos
sanguíneos, o que pode causar vasodilatação, hipotensão e barorreflexos prejudicados.
A síndrome da serotonina é um efeito colateral muito raro da monoterapia com ISRSs, como é o
caso deste paciente. Em vez disso, é mais provável que essa síndrome ocorra com o uso
simultâneo de dois ou mais medicamentos serotoninérgicos (por exemplo, inibidor da MAO e
ISRS). A síndrome serotoninérgica também pode ocorrer ao mudar o regime de medicação de
uma classe de drogas serotoninérgicas para outra classe de drogas serotoninérgicas (por
exemplo, de inibidor da MAO para ISRS). Por esse motivo, a primeira droga deve ser reduzida ou
mesmo interrompida por alguns dias antes da introdução do novo agente.
Os antidepressivos tricíclicos têm efeitos anticolinérgicos, que podem induzir taquicardia, arritmia,
íleo intestinal e diminuição da contração do músculo detrusor da bexiga, que pode levar à
retenção urinária. No entanto, os efeitos anticolinérgicos não são um efeito colateral comum dos
ISRSs.
Embora alguns estudos tenham demonstrado que os antidepressivos podem aumentar o risco de
suicídio em pacientes com menos de 24 anos de idade com ideação suicida pré-existente nas
primeiras semanas de tratamento, não há evidências de que ISRSs ou antidepressivos tricíclicos
aumentem a tendência suicida em indivíduos não suicidas da faixa etária deste paciente.
Presume-se que esse efeito colateral bastante raro seja causado pelo início sequencial dos
efeitos dessas drogas: enquanto os ISRSs podem aumentar a motivação do paciente para iniciar
e realizar atividades autodirigidas (incluindo comportamento autodestrutivo) logo após o início do
tratamento, o início dos efeitos de elevação do humor podem ser retardados por 2 a 4 semanas.
Como esse paciente tem 58 anos e não é suicida, outro efeito colateral deve ser considerado.
REFERÊNCIA:
BRUTON, L L.; HILAL-DANDAN, R. As bases farmacológicas da terapêutica de Goodman e
Gilman. Grupo A, 2018. E-book. ISBN 9788580556155. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788580556155/. Acesso em: 09 mai. 2023.
99ª QUESTÃO
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Resposta comentada:
A tabela mostra que a frequência de adultos obesos foi de 22,4%, semelhante entre as mulheres
(22,6%) e os homens (22,0%), já que os intervalos de confiança de 95% têm faixas de valores
que se sobrepõem. O percentual de obesidade aumentou com a idade até os 64 anos para
mulheres. Entre as mulheres, a frequência decasos de uma determinada doença, no caso a dengue, num
determinado período, oriundo de uma população sob risco de adoecer no início da observação.
História natural não é o mesmo que doenças pregressas. Índice de mortalidade não é o mesmo
que letalidade. Endemia e epidemia são conceitos diferentes. Morbidade e letalidade são
conceitos diferentes.
REFERÊNCIA:
ALMEIDA FILHO, Naomar de; BARRETO, Mauricio L. Epidemiologia & Saúde - Fundamentos,
Métodos e Aplicações. Guanabara Koogan, 2011. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/books/978-85-277-2119-6/pageid/0.
8ª QUESTÃO
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Resposta comentada:
Infecções por arboviroses não são transmitidas por meio do material compartilhado, e o
diagnóstico padrão ouro é a sorologia.
Tipagem sanguínea não define quadro de arboviroses.
O diagnóstico é realizado por sorologia, e não por exame de imagem.
Arboviroses não são transmitidas por meio de fluidos corporais.
O quadro clínico da chamada Dengue Clássica é muito variável. De início é a febre alta (39° a
40°), seguido de cefaleia, mialgia, prostração, artralgia, náuseas, vômitos e exantema.
Hepatomegalia dolorosa pode ocorrer, desde o aparecimento da febre. Os adultos podem
apresentar pequenas manifestações hemorrágicas, como petéquias, epistaxe, gengivorragia,
sangramento gastrointestinal, hematúria e metrorragia. A doença tem uma duração de 5 a 7 dias.
A forma mais grave da enfermidade é nomeada de febre hemorrágica, com sintomas
semelhantes à forma comum da doença, porém há um agravamento do quadro no terceiro ou
quarto dia de evolução, com o surgimento das manifestações hemorrágicas e o colapso
circulatório.
O exame para o diagnóstico da dengue mais solicitado é o hemograma completo, pois a série
branca, no caso o leucograma, é extremamente importante, juntamente do hematócrito e da
contagem de plaquetas. Ainda há pesquisa de IgM, ou seja, de anticorpos referentes ao vírus a
partir do sexto dia e isolamento do vírus com coleta de sangue, até o quinto dia.
REFERÊNCIA:
BRASIL. Ministério da Saúde. Fundacão Nacional de Saúde. Dengue: aspectos epidemiológicos,
diagnóstico e tratamento / Ministério da Saúde, Fundação Nacional de Saúde. Brasília: Fundação
Nacional de Saúde, 2002.
9ª QUESTÃO
Resposta comentada:
Este caso se trata de uma gestação ectópica confirmada por BhCG sérico positivo associado à
dor pélvica e imagem anexial sugestiva. A paciente se apresenta estável hemodinamicamente e
tem desejo reprodutivo, o que nos faz pensar em conduta conservadora. Para que isso seja
possível, alguns critérios devem ser considerados, como saco gestacional menor que 3,5 cm,
feto sem atividade cardíaca, BhCG menor que 5.000 mUi/mL e estabilidade hemodinâmica. Após
a administração do metrotexato, deve-se monitorizar a queda do BhCG sérico, que sinaliza
sucesso do tratamento.
A salpingectomia, ooforectomia e laparotomia não devem ser realizadas, visto que a paciente tem
critérios para tratamento conservador, aumentando as chances de preservação da fertilidade, já
que ela apresentou desejo de novas gestações.
O BhCG considerado para tratamento conservador é o inicial, sendo assim não há indicação de
repetir o BhCG. 
O ultrassom transvaginal foi realizado no dia do atendimento, não tendo benefício em se repetir
em 2 dias.
REFERÊNCIA:
ZUGAIB, Marcelo. Zugaib obstetrícia. s.l.: Editora Manole, 2023. E-book. ISBN 9786555769340.
Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9786555769340/. Acesso em: 9
out. 2023.
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10ª QUESTÃO
Resposta comentada:
A Comunicação de Acidente de Trabalho (CAT) é um documento que deve ser emitido pela
empresa em caso de acidente de trabalho ou doença ocupacional. Ela é importante não apenas
para cumprir as obrigações legais da empresa, mas principalmente para garantir a proteção da
saúde do trabalhador.
A emissão da CAT permite o registro e o monitoramento dos acidentes de trabalho, o que é
fundamental para a identificação das causas dos acidentes e a adoção de medidas preventivas
para evitar que eles ocorram novamente. Além disso, a emissão da CAT é um direito do
trabalhador, que pode precisar dela para receber o benefício previdenciário correspondente ao
afastamento.
Portanto, é importante que as empresas tenham procedimentos claros e eficazes para a emissão
da CAT em caso de acidentes de trabalho, garantindo a proteção da saúde e dos direitos dos
trabalhadores.
REFERÊNCIA:
BRASIL. Ministério da Economia. Secretaria Especial de Previdência e Trabalho. Comunicação
de Acidente de Trabalho - CAT. Disponível em: https://www.gov.br/trabalho/pt-
br/servicos/comunicacao-de-acidente-de-trabalho-cat. Acesso em: 23 mar. 2023.
11ª QUESTÃO
Resposta comentada:
Manejo de cálculos 4%. 
REFERÊNCIA:
Ministério da Saúde. Nota técnica N° 18/2021-COCAM/CGCIVI/DAPES/SAPS/MS. Disponível
em:
https://egestorab.saude.gov.br/image/file=20211129_I_notatecnica18cardiopatiacongenita_394135
4402197404449.pdf
Sociedade Brasileira de pediatria (SBP). Sistematização do atendimento ao recém-nascido com
suspeita de cardiopatia congênita. 2022. Disponível em:
https://www.sbp.com.br/imprensa/detalhe/nid/sistematizacao-do-atendimento-ao-recem-nascido-
com-suspeita-ou-diagnostico-de-cardiopatia-congenita/.
13ª QUESTÃO
Resposta comentada:
A paciente em questão pode realizar a laqueadura sem problemas, pois está na quarta cesariana,
e uma próxima gravidez seria de alto risco, por causa da possibilidade de rotura uterina e demais
complicações. O TCLE deve ser assinado 60 dias antes do parto, e foi realizado conformeobesidade diminuiu com o aumento da
escolaridade, com seu menor valor entre aquelas com 12 e mais anos de estudo. Quanto mais
anos de escolaridade menor a frequência de pessoas com IMC igual ou superior a 30 kg/m2.
REFERÊNCIA:
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Análise em
Saúde e Vigilância de Doenças Não Transmissíveis. Vigitel Brasil 2021 : vigilância de fatores de
risco e proteção para doenças crônicas por inquérito telefônico : estimativas sobre frequência e
distribuição sociodemográfica de fatores de risco e proteção para doenças crônicas nas capitais
dos 26 estados brasileiros e no Distrito Federal em 2021 / Ministério da Saúde, Secretaria de
Vigilância em Saúde, Departamento de Análise em Saúde e Vigilância de Doenças não
Transmissíveis. – Brasília: Ministério da Saúde, 2021. Disponível
em: https://www.gov.br/saude/pt-br/centrais-de-conteudo/publicacoes/publicacoes-
svs/vigitel/vigitel-brasil-2021-estimativas-sobre-frequencia-e-distribuicao-sociodemografica-de-
fatores-de-risco-e-protecao-para-doencas-cronicas/.
100ª QUESTÃO
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Resposta comentada:
A gestação na adolescência tem desafios adicionais, mas é considerada de alto risco quando as
mulheres engravidam antes dos 15 anos, e a paciente do caso em questão tem 16 anos. E
mesmo em se tratando de uma possibilidade de encaminhamento, as gestantes de alto risco
devem ser acompanhadas na APS e no alto risco, não existe alta do pré-natal, e cabe à APS
buscar ativamente essas gestantes e compreender os motivos do absenteísmo ou dificuldades
relativas ao pré-natal.
A depressão é caracterizada por critérios de anedonia e falta de prazer, que não são explorados
no caso apresentado, não havendo razões para iniciar tratamento medicamentoso. A falta de
desejo de estar grávida é o grande impeditivo para cooperação no pré-natal. Pela proximidade
com a gestante e a possibilidade de ofertar um cuidado contínuo e longitudinal, cabe à APS ofertar
estratégias compartilhadas com a gestante que possam lhe motivar. Uma dessas estratégias é o
projeto terapêutico e um plano de ação compartilhado composto por um conjunto de intervenções
que seguem uma intencionalidade de cuidado integral à pessoa. Nesse projeto, tratar as doenças
não é menos importante, mas é apenas uma das ações que visam ao cuidado integral. Um
Projeto Terapêutico Singular (PTS) deve ser elaborado com o usuário, a partir de uma primeira
análise do profissional sobre as múltiplas dimensões do sujeito. Cabe ressaltar que esse é um
processo dinâmico, devendo manter sempre no seu horizonte o caráter provisório dessa
construção, uma vez que a própria relação entre o profissional e o usuário está em constante
transformação, sendo uma ferramenta ampla e potente para entender pacientes como a que se
apresentou aos estudantes na APS.
Não existem índicios do diagnóstico de TOD na paciente, assim como o Brasil não prevê
situações de aborto legal nos casos como o da paciente.
REFERÊNCIA:
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica.
Saúde mental / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Atenção
Básica, Departamento de Ações Programáticas Estratégicas. Brasília: Ministério da Saúde, 2013.
176 p. : il. (Cadernos de Atenção Básica, n. 34).
101ª QUESTÃO
Resposta comentada:
Considera-se o paciente com sífilis congênita, uma vez que sua mãe apresenta VDRL do terceiro
trimestre com titulação 1:16 (positivo) e não recebeu tratamento adequado antes do parto. Diante
desse cenário, deve-se ainda solicitar a propedêutica completa para o RN com teste não
treponênico, radiografia de ossos longos, coleta de líquor e glicemia, além de teste não
treponêmico simultaneamente para sua mãe. 
O teste treponênico citado não deve ser utilizado nesses casos, pois não reflete o diagnóstico
atual do paciente. 
REFERÊNCIA:
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Doenças de
Condições Crônicas e Infecções Sexualmente Transmissíveis. Protocolo Clínico e Diretrizes
Terapêuticas para Prevenção da Transmissão Vertical do HIV, Sífilis e Hepatites Virais - 2ª ed
revisada / Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde, Departamento de Doenças de
Condições Crônicas e Infecções Sexualmente Transmissíveis. – Brasília: Ministério da Saúde,
2022.
102ª QUESTÃO
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Resposta comentada:
Segundo o "Manual de Atenção Básica à Mulher no Climatério", do Ministério da Saúde, o
encaminhamento para especialidade deve ocorrer nos casos de indicação cirúrgica, doenças
endócrinas, pulmonares, psiquiátricas (depressão), em busca de resolução do fator primário
correlacionado, ou ajuste do tratamento, de modo a abordar a mulher de forma integral,
respeitando sempre seu protagonismo; o tratamento de reposição hormonal, principalmente o
local, pode ser oferecido inicialmente. O reaquecimento da relação com o parceiro deve ser um
dos objetivos da orientação inicial. A masturbação pode reativar o estímulo e aumentar a
lubrificação vaginal antes e durante a relação sexual.
REFERÊNCIA:
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Ações
Programáticas Estratégicas. Manual de Atenção à Mulher no Climatério/Menopausa/Ministério da
Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Ações Programáticas Estratégicas. –
Brasília: Editora do Ministério da Saúde, 2008. 192 p. – (Série A. Normas e Manuais Técnicos)
(Série Direitos Sexuais e Direitos Reprodutivos – Caderno, n. 9).
103ª QUESTÃO
Resposta comentada:
A ocorrência de nefrite intersticial aguda está frequentemente associada a medicações, dentre
elas os antibióticos, como as cefalosporinas (ceftriaxona). O diagnóstico é sugerido pela presença
de IRA não oligúrica, especialmente em associação a sinais de hipersensibilidade sistêmica, tais
como febre, rash cutâneo e eosinofilia. A piúria estéril e a hematúria microscópica são achados
comuns, e a proteinúria não nefrótica pode estar presente. A terapia envolve a interrupção do
agente causal, podendo, em alguns casos, ser necessário o uso de glicocorticoides. 
REFERÊNCIAS:
JOHNSON, Richard et al. Nefrologia clínica. Abordagem abrangente. 5. ed., 2016. 
RIELLA, M.C. Príncipios de nefrologia e distúrbios hidroeletrolíticos. 6. ed., 2018.
104ª QUESTÃO
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Resposta comentada:
Conforme as diretrizes da Sociedade Brasileira de Pediatria (2016), com atualizações em maio de
2021, o recém-nascido a termo deve ser avaliado ao nascer: nasceu chorando/respirando e com
tônus muscular em flexão, deve ser posicionado pele a pele com a mãe, seu corpo e segmento
cefálico coberto com tecido de algodão seco e aquecido e seu cordão umbilical clampado entre 1-
3 minutos. Manter via aérea pérvia, aspirar secreções, se necessário, e avaliar continuamente
sua vitalidade. O boletim de Apgar é determinado no primeiro e quinto minuto, mas não é utilizado
para indicar procedimentos na reanimação neonatal. Os passos iniciais de estabilização e
avaliação, quando não suficientes para determinar uma respiração espontânea regular, deve ser
seguido pela ventilação por pressão positiva, que deve ser iniciada nos primeiros 60 segundos
após o nascimento. 
REFERÊNCIA:
Bibliografia: Almeida MFB, Guinsburg R; Coordenadores Estaduais e Grupo Executivo PRN-SBP;
Conselho Científico Departamento Neonatologia SBP. Reanimação do recém-nascido ≥34
semanas em sala de parto: diretrizes 2022 da Sociedade Brasileira de Pediatria. Rio de Janeiro:
Sociedade Brasileira de Pediatria; 2022. https://doi.org/10.25060/PRN-SBP-2022-2.
 
105ª QUESTÃO
Resposta comentada:
A dor à mobilização uterina, secreção espessa (muco) através do colo com a temperatura
aumentada levam a pensar em processo infeccioso pélvico. Isto, associado ao abaulamento do
fundo de saco, direciona para o diagnóstico de abscessotubo-ovariano. A melhor forma, com
melhor custo-benefício, de realizar o diagnóstico é com a USG pélvica ou transvaginal. A
presença de massa pélvica abaulando o fundo de saco afasta a possibilidade de apendicite e DIP.
A prenhez ectópica associada à dor intensa geralmente é causada por rotura tubária e hemorragia
intraperitoneal.
REFERÊNCIA:
Schorge, J. O., Schaffer, J. I., Halvorson, L. D., Holffman, B. L., Bradshaw, K. D., & Cunningham,
F. G. (2011). Ginecologia de Williams. In Ginecologia de Williams (pp. 96).
106ª QUESTÃO
Resposta comentada:
Quando grávidas, as fêmeas do E. vermicularis liberam seus ovos na região perianal, portanto
este parasita não é detectável no exame parasitológico de fezes. O Método de Graham consiste
na aplicação de uma fita gomada na região perianal, na parte da manhã, antes da higiene anal. Os
ovos deste parasita ficarão aderidos na fita gomada, sendo confirmada por microscopia no
laboratório. 
O tratamento correto é o mebendazol. Os outros fármacos são utilizados para tratamento de
parasitoses causadas por protozoários.
REFERÊNCIA:
JÚNIOR, Dioclécio C.; BURNS, Dennis Alexander R.; LOPEZ, Fábio A. Tratado de pediatria.
v.1. Barueri-SP: Editora Manole, 2021. E-book. ISBN 9786555767476. 
107ª QUESTÃO
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Resposta comentada:
Com base nos sintomas e no exame físico, o diagnóstico mais provável é de epistaxe anterior,
que é o tipo mais comum de sangramento nasal. O tratamento inicial deve incluir a aplicação de
pressão digital nas narinas, com o paciente apertando firmemente as narinas contra o septo nasal
por cerca de 10 minutos. Isso ajuda a comprimir os vasos sanguíneos e reduzir o sangramento.
Além disso, o uso de agentes hemostáticos tópicos, como o ácido tranexâmico ou a gelatina,
pode ser eficaz na interrupção do sangramento e na prevenção de recidivas. O tamponamento
nasal anterior é indicado apenas em casos de epistaxe refratária ou em situações em que a
causa do sangramento é posterior, enquanto a cauterização química ou da artéria esfenopalatina
é geralmente reservada para casos mais graves de epistaxe anterior que não respondem ao
tratamento conservador.
REFERÊNCIA:
American Academy of Otolaryngology-Head and Neck Surgery. Clinical Practice Guideline:
Epistaxis (Nosebleed). Otolaryngology-Head and Neck Surgery, 2019.
108ª QUESTÃO
Resposta comentada:
Um diagnóstico presumido de síndrome da cauda equina (SCE) necessita de urgente
encaminhamento ao hospital. A SCE consiste em anestesia em sela (perineal), disfunção
esfincteriana, retenção urinária e fraqueza nas pernas. É necessária a descompressão de
emergência do canal vertebral em até 48 horas depois do início dos sintomas.
Um deficit doloroso da raiz nervosa (deficit motor com dor no mesmo dermátomo) na presença
de compressão discal identificável é passível de cirurgia. Ele deve ser diferenciado de um deficit
de nervo indolor (por exemplo, pé caído indolor) e de uma lesão nos nervos periféricos.
REFERÊNCIA:
BMJ Best Practice. Lombalgia discogênica. Última atualização em 03 de fevereiro de 2022.
109ª QUESTÃO
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Resposta comentada:
Como emergência obstétrica, acompanhada de elevada mortalidade fetal, no descolamento
prematuro de placenta com feto vivo, a aminiotomia e a cesariana são as condutas indicadas
nesse caso.
DPP é contraindicação para inibição de trabalho de parto. Isso só nos faria perder tempo enquanto
o coágulo retroplacentário continuaria crescendo e colocando em risco tanto o feto quanto a
paciente.
Considerando que a paciente encontra-se ainda em fase de latência, o parto não é iminente, e
continuar com via vaginal nesses casos é iatrogenia.
O parto não é iminente, ou seja, a deterioração materna e fetal vai acontecer muito antes do
nascimento.
REFERÊNCIA:
Obstetrícia de Williams [recurso eletrônico] / F. Gary Cunningham ... [et al.]; [tradução: André
Garcia Islabão, Mariana Villanova Vieira, Tiele Patricia Machado; revisão técnica: José Geraldo
Lopes Ramos, Sérgio H. Martins-Costa, Edimárlei Gonsales Valério]. – 25. ed. – Porto Alegre:
AMGH, 2021.
110ª QUESTÃO
Resposta comentada:
Negligência pode ser considerado violência contra o idoso. Como o filho que mora com a mãe
toma seu dinheiro e a ameaça, são caracterizados dois tipos de violência: financeira e
psicológica. Entretanto, constatada a violência, a equipe não precisa necessariamente entrar em
contato com os filhos para estes fazerem a denúncia, e sim algum profissional da saúde fazer
diretamente a denúncia para um órgão competente.
REFERÊNCIA:
Brasil: manual de enfrentamento à violência contra a pessoa idosa. É possível prevenir. É
necessário superar. / Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República; Texto de
Maria Cecília de Souza Minayo. — Brasília, DF: Secretaria de Direitos Humanos da Presidência
da República, 2014.
111ª QUESTÃO
Resposta comentada:
A Manobra de Ritgen modificada é realizada utilizando-se uma das mãos com o auxílio de uma
compressa para abaixar o corpo perineal durante o período expulsivo, visando reduzir a
necessidade de realização de episiotomia, além da redução de lesões perineais. Com a outra
mão, ampara-se o occipital fetal para reduzir a velocidade no desprendimento e na extensão do
polo cefálico quando da expulsão fetal.
REFERÊNCIAS:
Obstetrícia de Williams. 25a Ed. McGraw Hill Brasil, 2021. Assistência ao trabalho de parto.
Obstetrícia do Zugaib. Ed. Manole, 2012. Assistência ao parto.
112ª QUESTÃO
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Resposta comentada:
Do ponto de vista ético, político e legal, está assegurado o direito desse grupo etário à atenção
integral à saúde, incluindo-se nessa atenção a saúde sexual e a saúde reprodutiva. A garantia do
sigilo e confidencialidade nas consultas é notadamente importante nessa faixa etária para a
obtenção de confiança e informações, e o sigilo somente deve ser violado nas ocorrências
justificadas ou registro em lei. Em situações consideradas de risco (por exemplo: gravidez, abuso
de drogas, não adesão a tratamentos recomendados, doenças graves, risco à vida ou à saúde de
terceiros) e na realização de procedimentos de maior complexidade (por exemplo, biópsias e
intervenções cirúrgicas), tornam-se necessária a participação e o consentimento dos pais ou
responsáveis.
REFERÊNCIA:
Tratado de ginecologia Febrasgo / editores Cesar Eduardo Fernandes, Marcos Felipe Silva de Sá;
coordenação Agnaldo Lopes da Silva Filho ...[etal.]. - 1. ed. - Rio de Janeiro : Elsevier, 2019.p
113ª QUESTÃO
Resposta comentada:
Caso clínico abordando bioética, onde encontramos paciente com idade avançada, doença
crônica em estágio terminal (síndrome demencial), internada em ambiente de UTI com medidas
invasivas já estabelecidas (IOT / DVA), sendo sugerido nova medida invasiva. Familiares foram
convocados para conversar sobre terminalidade. Seguir com medidas invasivas, neste caso,
caracteriza distanásia, e estaria contraindicada. Ortotanásia configura a "morte com menor
sofrimento", e, neste caso, seria não iniciar novas medidas invasivas (como hemodiálise, por
exemplo). Eutanásia é "abreviar a vida", como desligar aparelhos, prática proibida no Brasil.
REFERÊNCIA:
FELIX, Zirleide Carlos et al. Eutanásia, distanásia e ortotanásia: revisão integrativa da literatura.
Ciência & Saúde Coletiva, 18(9):2733-2746, 2013.
114ª QUESTÃO
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Resposta comentada:
O VCM está abaixo do valor de referência, o que indica uma microcitose no paciente, e incluindo
o valor de e HCM que se apresenta abaixo do valor de referência, o que conota uma hipocromia.
HEMOGRAMA ► De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a anemia em adultos
é definida como hemoglobina (Hb) inferior a 13 g/dL em homens e inferior a 12 g/dL em mulheres.
Os sistemas de classificação das anemias enfatizam tanto o tamanho da hemácia quantoo
mecanismo que reduz o número de células vermelhas. O hemograma avalia quantitativa e
qualitativamente os elementos do sangue. A avaliação quantitativa é feita por meio de contadores
eletrônicos que registram o número de células, além de índices hematimétricos (volume
corspuscular médio [VCM], concentração de Hb corpuscular média [CHCM], Hb corpuscular
média [HCM], red cell distribution width [RDW]). A análise qualitativa é realizada observando-se a
morfologia do esfregaço de sangue periférico, sendo descritas anormalidades de forma das
hemácias (p. ex., esferócitos, esquizócitos, etc.). A Figura 57.1 apresenta um algoritmo para
abordagem inicial das anemias.
Os dados presentes no hemograma na avaliação quantitativa para a abordagem das anemias são
os seguintes:
Hb – É o índice mais fidedigno para o diagnóstico e a avaliação da gravidade da anemia.
Hematócrito (Ht) – É o percentual do sangue ocupado pelas hemácias. Os contadores de células
calculam o Ht de acordo com o VCM e com a contagem de hemácias.
VCM – O VCM das hemácias é medido em fentolitros (fL). Classifica as anemias em
macrocíticas (> 100 fL), microcíticas (. Acesso em:
06/03/2023 às 21:30h.
116ª QUESTÃO
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Resposta comentada:
Na hipoperfusão renal, o sistema renina-angiotensina-aldosterona (SRAA) é ativado, ou seja, os
rins liberam renina, o que leva à ativação e à liberação de angiotensina II e aldosterona.
O aumento da aldosterona eleva a reabsorção de sódio e a secreção de potássio e prótons nos
túbulos coletores renais. Além disso, a angiotensina II aumenta a taxa de filtração glomerular e
estimula a reabsorção de sódio no túbulo proximal. À medida que o sódio é reabsorvido, a água
segue do filtrado glomerular para o interstício renal. Esse deslocamento de fluido para os capilares
peritubulares leva ao aumento do fluido intravascular e ao aumento da pressão sanguínea.
DISTRATORES:
Quando o RAAS é ativado, o aumento da aldosterona atuará nos túbulos coletores do néfron para
aumentar a secreção de prótons. Esse efeito aumentaria, em vez de diminuir, a excreção de
prótons.
Quando o SRAA é ativado, o aumento da aldosterona atuará nos túbulos coletores do néfron para
aumentar a secreção de potássio. Esse efeito aumentaria, em vez de diminuir, a excreção de
potássio.
A reabsorção de ureia ocorre no túbulo proximal e no ducto coletor, e espera-se que seja
aumentada na hipovolemia. A perda de volume causa aumento dos níveis de ADH, o que induz a
expressão de transportadores de ureia nos ductos coletores medulares, levando a um aumento
da reabsorção de ureia. A reabsorção de ureia nos ductos coletores é essencial para manter o
gradiente osmótico medular interno que permite a retenção máxima de água filtrada. A ureia
também é reabsorvida no túbulo proximal por difusão através do arrasto de solvente de outros
eletrólitos. Esse mecanismo também é aumentado em estados hipovolêmicos por causa do
aumento da concentração de urina e da concentração de eletrólitos intersticiais.
Sob condições fisiológicas, a creatinina é removida do sangue por filtração glomerular e secreção
tubular a uma taxa relativamente constante. Embora a creatinina possa ser absorvida no trato
gastrointestinal (suplementos dietéticos ou carne), há pouca ou nenhuma reabsorção tubular renal
de creatinina. Devido à diminuição da perfusão renal, este paciente corre o risco de diminuição da
filtração glomerular e, portanto, aumento da creatinina sérica. No entanto, qualquer aumento na
creatinina sérica é resultado da diminuição da depuração (diminuição da TFG) e não do aumento
da absorção renal.
REFERÊNCIA:
HALL, John E.; GUYTON, Arthur C. Guyton & Hall. Fundamentos de Fisiologia. [Cap.78]: Grupo
GEN, 2017. E-book. ISBN 9788595151550. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788595151550/. Acesso em: 09 mai. 2023.
117ª QUESTÃO
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Resposta comentada:
Os cardiomiócitos atriais são estimulados pelo aumento do estiramento atrial para produzir o
peptídeo natriurético atrial (ANP).
A diminuição da reabsorção de sódio do túbulo contorcido distal e do ducto coletor cortical é um
dos efeitos do ANP, que responde ao aumento do estiramento atrial (por exemplo, na hipertensão
ou sobrecarga de volume), aumentando a natriurese e a diurese no corpo. Além de diminuir a
reabsorção de sódio, o ANP aumenta a excreção de sódio e água por meio do aumento da TFG
via dilatação da arteríola aferente e constrição da arteríola eferente. Por fim, o ANP inibe a
secreção de renina e, portanto, o RAAS. Juntas, essas mudanças trabalham para reduzir o
volume sanguíneo, a pressão arterial e o débito cardíaco.
DISTRATORES:
O aumento da excreção de íons potássio e hidrogênio nos túbulos distais e ductos coletores do
rim, bem como a reabsorção de sódio, são efeitos da aldosterona, e não do ANP. A aldosterona é
estimulada pelo SRAA, aumento do potássio sérico, ACTH, sistema nervoso simpático e
diminuição da pressão arterial média.
O óxido nítrico (NO) resulta em vasodilatação e diminuição da agregação plaquetária. O NO é
produzido por células endoteliais vasculares em resposta a uma variedade de gatilhos, incluindo
lesão vascular e hipóxia. Embora o ANP cause vasodilatação, não tem efeito sobre a agregação
plaquetária.
O aumento da reabsorção de água livre de soluto é um efeito da vasopressina (ADH), e não do
ANP. O ADH atua aumentando a transcrição e inserção de aquaporinas nos ductos coletores
renais. O ADH é secretado se o corpo detectar aumento da osmolalidade plasmática ou
diminuição do volume sanguíneo arterial.
A vasoconstrição sistêmica e a estimulação da sede, assim como a retenção de sódio e o
aumento da reabsorção de água, são estimulados pelo SRAA, e não pelo ANP. O SRAA é ativado
em resposta à diminuição da perfusão glomerular e pelo sistema nervoso simpático renal e, na
verdade, é inibido pelo ANP.
REFERÊNCIA:
HALL, John E.; GUYTON, Arthur C. Guyton & Hall Fundamentos de Fisiologia.Pag.194: Grupo
GEN, 2017. 9788595151550. E-book. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788595151550/. Acesso em: 08 ago. 2022.
118ª QUESTÃO
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Resposta comentada:
A sarcoidoseconsiste numa doença inflamatória de envolvimento sistêmico, que se caracteriza
pela formação de granulomas não caseosos nos órgãos envolvidos. Afeta tipicamente adultos
jovens. Em mais de 90% dos casos há envolvimento pulmonar, no entanto essa patologia pode
afetar virtualmente qualquer órgão/sistema.
A sua etiologia não é conhecida, contudo pensa-se que existe uma tendência genética adquirida
para o desenvolvimento de resposta imunológica quando de exposição a determinadas partículas,
contribuindo para a lesão orgânica.
A sintomatologia pode ser muito variável, dependendo dos órgãos envolvidos. 
A sarcoidose pode envolver qualquer órgão, no entanto, em mais de 90% dos casos, manifesta-
se por adenopatias intra-torácicas, envolvimento pulmonar, sinais ou sintomas cutâneos ou
oculares, ou combinação destes.
Em aproximadamente metade dos casos, o diagnóstico é estabelecido “acidentalmente” por
alterações imagiológicas em exame radiológico de tórax de rotina, em doentes assintomáticos.
As manifestações respiratórias mais frequentes incluem tosse, dispneia e toracalgia, podendo
estar associadas a astenia, mal-estar, febre ou perda ponderal. Do exame físico, fervores são
incomuns e sibilos podem estar presentes quando existe envolvimento endobrônquico ou
bronquiectasias de tracção.
O diagnóstico da sarcoidose baseia-se na presença de manifestações clínicas e imagiológicas
compatíveis, evidência histológica de granulomas não caseosos e exclusão de outras doenças
granulomatosas.
O tratamento da sarcoidose tem, como objetivos, a prevenção e controle da deterioração
orgânica, o alívio sintomático e a melhoria da qualidade de vida.
REFERÊNCIA:
BMJ Brest Practice. Sarcoidose. Úlima atualização em 28 de março de 2018.
119ª QUESTÃO
Resposta comentada:
A resposta correta é a realização de acompanhamento clínico com ultrassonografias seriadas a
cada 6 meses. A paciente apresenta um nódulo mamário classificado como BI-RADS 3, o que
indica uma probabilidade de malignidade entre 0 e 2%. De acordo com as diretrizes do Colégio
Americano de Radiologia, nesses casos, é recomendado o acompanhamento clínico com
ultrassonografias seriadas a cada 6 meses, em vez de realizar biópsia ou outras intervenções
invasivas. Essa abordagem permite avaliar a estabilidade ou a progressão do nódulo e ajuda a
decidir se uma biópsia é necessária no futuro.
REFERÊNCIA:
American College of Radiology (ACR). (2013). Breast imaging reporting and data system (BI-
RADS). 5th ed. Reston, VA: American College of Radiology.
120ª QUESTÃO
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Resposta comentada:
Área: Saúde Coletiva/Medicina de Família e Comunidade
Subárea: Educação em Saúde/Atenção à Saúde
Tema: Fatores associados à redução de morbimortalidade por causas externas
Dentre os fatores associados à redução de morbimortalidade por causas externas, o único
que apresenta alto nível de evidência e grau de recomendação é o rastreamento de alcoolismo,
dentre os rastreamentos de dislipidemias e câncer. Em outras palavras, existem evidências fortes
de que o rastreamento de alcoolismo em todos os adultos está associado à redução da
morbimortalidade, ou seja, da manutenção da saúde. Isto se deve ao fato de que o alcoolismo
aumenta a incidência de morte e doença por causas externas (acidentes e violência), que são a
maior causa de morte em pessoas de 20 a 59 anos no Brasil, especialmente homens.
Além disso, este homem apresenta um fator de risco adicional: ele anda de motocicleta e se
envolveu em acidente há uma semana, o que indica risco de novos episódios no futuro.
REFERÊNCIA:
Stein A, Simões DC, Zelmanowicz AM, Falavigna M. RASTREAMENTO DE ADULTOS PARA
TRATAMENTO PREVENTIVO. IN: Duncan, Bruce, B. et al. Medicina ambulatorial: condutas de
atenção primária baseadas em evidências. Disponível em: Minha Biblioteca, (5th edição). Grupo
A, 2022.
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ditames da lei. A idade mínima para laqueadura, segundo a Lei n. 14.443, de 2 de setembro de
2022, é de 21 anos. Já com relação ao caso clínico, os riscos de um parto normal nessa paciente
superam os benefícios, sendo indicada a cesariana por iteratividade. 
REFERÊNCIA:
SECRETARIA GERAL DA PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA, LEI Nº 14.443, DE 2 DE
SETEMBRO DE 2022. 
 
14ª QUESTÃO
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Resposta comentada:
A alternatina I está correta pois no Brasil, segundo dados do Ministério da Saúde, ocorrem entre
19 mil a 22 mil acidentes ofídicos por ano. Existem aproximadamente 250 espécies de serpentes,
sendo que destas, 70 são peçonhentas. A maioria destes acidentes deve-se a serpentes do
gênero Bothrops (jararaca, jararacuçu, urutu e outros) e Crotalus (cascavel), sendo raros os
produzidos por Lachesis (surucucu, surucutinga) e Micrurus (coral). A ocorrência do acidente
ofídico está, em geral, relacionada a fatores climáticos e aumento da atividade humana nos
trabalhos no campo. A faixa etária acometida varia de 15 a 49 anos, sendo o sexo masculino o
mais prevalente. Quanto ao local da picada, o pé e a perna são os mais atingidos.
A alternativa II está correta pois as alterações fisiopatológicas possuem ação proteolítica,
produzindo lesão tecidual; ação coagulante, causando afibrinogenemia e incoagulabilidade
sanguínea; ação hemorrágica, pela presença de hemorraginas e ação neurotóxica, com ação do
tipo estimulação vagal, alterações de sensibilidade no local da picada, da gustação e da olfação.
A alternativa III está correta pois na avaliação laboratorial, encontramos como resultado da
miólise, valores elevados de creatinofosfoquinase (CPK), desidrogenase lática (LDH) e
aspartase-alanino-transferase (ALT). O aumento da CPK é precoce, com pico de máxima
elevação dentro das primeiras 24 horas após o acidente. O aumento da LDH é lento e gradual,
constituindo-se, pois, um exame para diagnóstico tardio do envenenamento crotálico. O
hemograma pode mostrar leucocitose, com neutrofilia e desvio à esquerda. O TC freqüentemente
está prolongado. O exame de urina pode apresentar proteinúria discreta, presença de mioglobina,
com ausência de hematúria. Elevação dos níveis de uréia, creatinina, ácido úrico, fósforo,
potássio e diminuição da calcemia, são observadas na fase oligúrica da IRA
A alternativa IV está correta pois o tratamento específico é a infusão do soro anticrotálico (SAC)
ou o soro antibotrópico-crotálico (SABC) endovenosamente, com a dose variando com a
gravidade do caso, devendo-se ressaltar que a quantidade a ser administrada na criança é a
mesma da do adulto. O tratamento geral inclui medidas simples, porém de grande importância
para o prognóstico. É recomendado lavar a região afetada com água e sabão, analgesia e
profilaxia do tétano, se necessário. Os pacientes devem ser bem hidratados para prevenir a
insuficiência renal. A alcalinização da urina e a diurese osmótica estão indicadas nos casos que
evoluam com mioglobinúria, no intuito de diminuir a toxicidade renal. A alcalinização é realizada
através da administração parenteral de bicarbonato de sódio, monitorizada por controle
gasométrico. A diurese osmótica pode ser induzida com a administração endovenosa de manitol
a 20%. Em casos de oligúria, indica-se o uso de diuréticos de alça, como a furosemida. Nos
casos em que for constatado insuficiência renal aguda (IRA) deve se instalar um tratamento
dialítico precoce.
REFERÊNCIA:
Brasil. Ministério da Saúde. Gabinete do Ministro. Informações sobre acidentes ofídicos.
Brasília, 2023. Disponível em https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-de-a-a-z/a/animais-
peconhentos/acidentes-ofidicos
15ª QUESTÃO
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Resposta comentada:
Dentre os tumores metastáticos do ovário, destaca-se o de Krukenberg, cujos critérios
histológicos se encontram bem definidos. Trata-se de tumor de ovário com produção de mucina
intracelular e com quadro microscópico de células em anel de sinete e infiltração sarcomatoide
difusa no estroma ovariano. As estruturas que mais disseminam suas metástases para as
gônadas femininas são o tubo digestivo, mamas e órgãos pélvicos.
A sintomatologia é frequentemente inespecífica e pode se confundir com outros transtornos
comuns, incluindo dor pélvica, dor abdominal, dispepsia, síndrome do intestino irritável,
menstruação e menopausa. As pacientes podem relatar sensação de plenitude gástrica,
dispepsia, saciedade precoce ou distensão abdominal como resultado do aumento da pressão por
ascite ou formação do bolo omental.
O CA-125 é uma glicoproteína similar à mucina, que é expresso em cerca de 50% dos casos de
tumores epiteliais no estádio 1 e em 90% nos casos avançados.
Em tumores mucinosos, os marcadores tumorais séricos conhecidos como antígeno de câncer
19-9 (CA-19-9) e antígeno carcinoembrionário (CEA) podem ser melhores indicadores da doença
do que o CA125.
Cinco a dez por cento dos cânceres epiteliais de ovário verdadeiros são adenocarcinomas
mucinosos. A frequência, em geral, é superestimada em razão de não detecção de sítios
intestinais primários, como o apêndice ou o cólon.
Dentre os tumores metastáticos do ovário, destaca-se o de Krukenberg, cujos critérios
histológicos se encontram bem definidos. Trata-se de tumor de ovário com produção de mucina
intracelular e com quadro microscópico de células em anel de sinete e infiltração sarcomatoide
difusa no estroma ovariano. As estruturas que mais disseminam suas metástases para as
gônadas femininas são o tubo digestivo, mamas e órgãos pélvicos.
Tumores malignos que produzem metástases para o ovário são quase invariavelmente bilaterais.
O termo tumor de Krukenberg refere-se a um adenocarcinoma mucinoso metastático dos
ovários, caracterizado por células em anel de sinete, que normalmente se desenvolve a partir de
tumores primários do trato intestinal, em especial do estômago. Metástases ovarianas com
frequência representam um estádio tardio disseminado da doença, no qual outras metástases
com disseminação hematogênica também são encontradas.
REFERÊNCIA:
Hoffman, Barbara L. Williams Gynecology, THIRDEDITION. McGraw-Hill Education, 2016.
16ª QUESTÃO
Resposta comentada:
Essa paciente tem um nódulo pulmonar solitário incidental visto na radiografia de tórax. Com base
em modelos preditivos quantitativos, o nódulo tem baixo risco de malignidade.
A tranquilização é o próximo passo mais apropriado no manejo dessa paciente que não fuma e
tem um nódulo de 3 mm com bordas lisas no campo pulmonar médio. Nódulos pulmonares com
tamanho ≤ 4 mm e baixo risco de malignidade não requerem avaliação ou acompanhamento
adicional. Na presença de certos fatores radiológicos (ou seja, tamanho do nódulo ≥ 5 mm,
localização nos campos pulmonares superiores e bordas irregulares, espiculadas e recortadas)
ou fatores clínicos (idade avançada, histórico de tabagismo ou exposição ao amianto, histórico
pessoal ou familiar de malignidade), avaliação adicional é necessária (tomografia
computadorizada seriada, FDG-PET, biópsia e/ou excisão cirúrgica).
DISTRATORES:
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A avaliação de um nódulo pulmonar solitário incidental envolve uma avaliação do risco do nódulo
para malignidade. Nódulos sólidos entre 6–8 mm de tamanho podem ser monitorados com uma
tomografia computadorizada de acompanhamento dentro de 6–12 meses. No entanto, o nódulo
dessa paciente tem 3 mm de tamanho e apresenta baixo risco de malignidade. Uma tomografia
computadorizada de acompanhamento seria indicada se o nódulo da paciente fosse maior em
tamanho ou tivesse um risco intermediário ou alto de malignidade.
Uma radiografia de tórax de acompanhamento não é apropriada para reavaliar um nódulo
pulmonar sólido solitário incidental; a melhor modalidade de imagem para acompanhamento é a
tomografia computadorizada.
A avaliação de um nódulo pulmonar solitário incidental envolve uma avaliação dorisco do nódulo
para malignidade. Embora o exame histopatológico do tecido retirado de uma biópsia possa
fornecer informações diagnósticas sobre um nódulo pulmonar, esse procedimento é inapropriado
neste momento porque seus riscos superam seus benefícios. A biópsia seria indicada se o
nódulo desse paciente fosse maior e/ou associado a um risco intermediário de malignidade. Além
disso, uma abordagem transtorácica guiada por TC não é uma técnica de biópsia apropriada para
lesões localizadas centralmente, como as dessa paciente.
A avaliação de um nódulo pulmonar solitário incidental envolve uma avaliação do risco do nódulo
para malignidade. Embora o exame histopatológico do tecido retirado de uma biópsia possa
fornecer informações diagnósticas sobre um nódulo pulmonar, esse procedimento é inapropriado
neste momento porque seus riscos superam seus benefícios. Uma biópsia seria indicada se o
nódulo desse paciente fosse maior e/ou associado a um risco intermediário de malignidade. Uma
abordagem transbrônquica é apropriada para biópsia de lesões localizadas centralmente, como o
nódulo pulmonar observado neste paciente.
REFERÊNCIA:
BMJ Best Practice. Avaliação do nódulo pulmonar solitário. Última atualização em 30 de
outubro de 2018. Disponível em: https://bestpractice.bmj.com/topics/pt-br/547
17ª QUESTÃO
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Resposta comentada:
A análise do partograma evidencia parada secundária da dilatação cervical, secundária à
hiperatividade contrátil. Até a sexta hora do partograma ocorreu discinesia por hipoatividade,
porém a administração de ocitocina apresentou como efeito adverso a elevação da frequência
das contrações uterinas. A conduta mais adequada nestes casos é iniciar analgesia peridural,
mudança do decúbito dorsal para lateral e oferecer apoio emocional (acompanhante ou
profissional habilitado).
A administração de tocolíticos são indicados somente para ressuscitação intrauterina, nos casos
de asfixia fetal grave, enquanto a cesariana é preparada.
O aumento da oferta de oxigênio nasal não melhora o quadro de asfixia fetal. Além do mais, os
sinais de bradicardia ocasional e aparecimento de mecônio não são patognomônicos de asfixia
fetal.
A cesariana de emegência não está indicada, pois a discinesia por hiperatividade deve ser
corrigida e não há diagnóstico de certeza de asfixia fetal.
REFERÊNCIA:
FERNANDES, Cesar E. Febrasgo – Tratado de Obstetrícia. Grupo GEN, 2018. E-book. ISBN
9788595154858. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788595154858/. Acesso em: 01 maio 2023.
18ª QUESTÃO
Resposta comentada:
Os guidelines indicam que devemos fazer a hidratação correta, dentro de 10 a 20 mL/kg, seguido
de reposição de potássio somente quando este estiver abaixo de 3,3 mEq/L, pois caso iniciemos
a reposição de potássio antes desse nível, pode ser que se inicie a bomba concomitante à
reposição e tenha-se uma hipocalemia severa. Após corrigir o potássio, estando este acima de
3,3 MEq/L, deve-se infundir a insulina, mantendo a reposição de potássio, até que os níveis
atinjam 5,2 mEq/L.
REFERÊNCIA:
JÚNIOR, Dioclécio C.; BURNS, Dennis Alexander R.; LOPEZ, Fábio A. Tratado de pediatria.
v.1. Barueri. SP: Editora Manole, 2021. E-book. ISBN 9786555767476. 
19ª QUESTÃO
Resposta comentada:
As células de Reed-Sternberg são células gigantes, multinucleadas, encontradas no linfoma de
Hodgkin, mergulhadas em um infiltrado inflamatório característico e em algumas outras
condições. O formato característico de seu núcleo bilobado confere a estas células a aparência
de olhos de coruja. Os nucléolos são eosinofílicos e bem aparentes.
REFERÊNCIA:
SANDES, Alex Freire; CASTELLI, Jussara Bianchi. Capítulo 81. LINFOMA DE HODGKIN. In:
CHAUFFAILE, Maria de Lourdes L.F. (org.). Diagnósticos em hematologia. 2. ed. Barueri:
Manole, 2021, p. 566.
20ª QUESTÃO
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Resposta comentada:
Paciente com quadro de edema, hipertensão e hematúria compatíveis com síndrome nefrítica e
com edema pulmonar (já que apresenta desconforto respiratório). Nesse caso, o tratamento de
urgência é o uso da furosemida (diurético), restrição hídrica, anti-hipertensivo e dosagem do
complemento C3.
REFERÊNCIA:
Tratado de Pediatria: Sociedade Brasileira de Pediatria, 5 edição, Barueri, SP: Manole, 2021.
21ª QUESTÃO
Resposta comentada:
De acordo com a norma técnica "Atenção Humanizada ao Abortamento", do Ministério da Saúde,
todas as alternativas estão corretas.
Diante de uma situação de aborto emergencial/aborto inseguro: Trata-se de uma EMERGÊNCIA
médica, mesmo que a mulher tenha provocado o aborto na clandestinidade, o médico tem que
fazer o atendimento.
Qualquer situação de aborto juridicamente permitido: RISCO de vida da mulher (para salvar a vida
dela – evidentemente que a opinião do médico NÃO pode estar acima da vida dessa paciente), no
caso de uma gestação decorrente de ESTUPRO e no caso de ANENCEFALIA.
A mulher pode ser encaminhada a um serviço de referência que faça o ABORTO LEGAL, desde
que esse ATRASO no atendimento não provoque um DANO à sua vida ou à sua vida reprodutiva.
Caso não se consiga encaminhar de forma ágil ou que se coloque a vida da mulher em risco,
NÃO pode haver recusa.
REFERÊNCIA:
Brasil. Ministério da Saúde. Atenção Humanizada ao Abortamento: norma técnica/Ministério da
Saúde– Série Direitos Sexuais e Direitos Reprodutivos, Caderno nº 4. Brasília: Ministério da
Saúde, 2005. 
22ª QUESTÃO
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Resposta comentada:
Nenhum paciente instável hemodinamicamente deve ser removido para realização de exames de
imagem, como tomografia, antes da estabilidade clínica. A abordagem de um paciente em franco
choque hipovolêmico devido à hemorragia no trato gastrointestinal será a aplicação de medidas
de estabilização e tratamento do choque hipovolêmico grau III e IV com reposição volêmica,
hemotransfusão e oxigenoterapia. Nos casos de sangramento do trato digestivo de alta
intensidade em que se decide por uma abordagem cirúrgica, é necessária a exclusão de
sangramento do trato digestivo superior. O aspirado gástrico negativo para sangramento ou
endoscopia digestiva alta sem alterações pode excluir a possibilidade de abordar o trato superior,
porém dentro do algoritmo de abordagem às hemorragias digestivas a realização de medidas de
estabilização são prioridades e antecedem os exames complementares.
O caso descreve um paciente idoso com história prévia de doença diverticular, portanto a
provável causa do sangramento seria um divertículo sangrante. A abordagem de mamilos
hemorroidários certamente deve ser feita por anuscopia e visualização direta na tentativa de uma
clipagem. Ainda que o paciente se encontra com sinais de instabilidade, deve ser realizada
reposição volêmica e hemotransfusão, se necessário, antes do encaminhamento ao centro
cirúrgico.
REFERÊNCIAS:
SABISTON. Tratado de cirurgia: A base biológica da prática cirúrgica moderna. Townsend,
Courtney; Beauchamp, Daniel. 19. ed. 2019.
ATLS. Advanced Trauma Life Support, 9 ed. 
23ª QUESTÃO
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Resposta comentada:
Trata-se de Restrição do Crescimento Fetal (RCF). Define-se RCF quando o feto apresenta peso
estimado pela ultrassonografia menor que o percentil 10 para a idade gestacional. A RCF é
classificada em três tipos: simétrico (tipo I), assimétrico (tipo II) e in​ter ​me​diá​rio. No tipo simétrico
o recém-nascido tem acometimento global, ou seja, peso, estatura e circunferência cefálica
abaixo do percentil 10. Geralmente, a instalação é precoce (fatores genéticos e infecções
congênitas) e acomete a fase de hiperplasia celular. No tipo assimétrico, há acometimento da
fase de hipertrofia. A circunferência abdominal será mais afetada que outras medidas, como polo
cefálico e ossos longos. O diagnóstico clínico da RCF baseia-se na avaliação da altura uterina.
Quando existesuspeita de RCF por meio de fatores de risco ou exame clínico, a ultrassonografia
deve ser o método escolhido para ratificar ou excluir esse diagnóstico. As medidas utilizadas são
as do diâmetro biparietal (DBP), circunferência cefálica (CC), comprimento do fêmur (F) e
circunferência abdominal (CA), além de relações biométricas, como a relação circunferência
cefálica/circunferência abdominal (CC/CA). Uma vez que o peso fetal estimado esteja menor que
o percentil 10, podemos avaliar o tipo de RCF. Para isso, pode-se utilizar a relação CC/CA ou
F/CA. Uma relação CC/CA > 1,0 (após 34 semanas) ou F/CA > 23,5 (segunda metade da
gestação) sugerem RCF assimétrica, por estar a CA mais afetada que os outros parâmetros. A
dopplervelocimetria da artéria umbilical consiste no primeiro exame a ser solicitado após a
suspeita ultrassonográfica da RCF e reflete a resistência ​vascular no território placentário. Diante
do achado de doppler de artéria umbilical anormal, ou seja, PI acima do percentil 95 para a IG, e
na ausência de outras alterações das provas de vitalidade fetal, pode-se tentar levar a gestação
até 37 semanas. Na diá​stole zero, interrompe-se a gestação a partir de 34 semanas. Nos casos
de vitalidade fetal preservada e apresentação cefálica, a preferência é pela via vaginal.
REFERÊNCIA:
FERNANDES, Cesar E. Febrasgo – Tratado de Obstetrícia. Grupo GEN, 2018. E-book. ISBN
9788595154858. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788595154858/. Acesso em: 08 maio 2023.
24ª QUESTÃO
Resposta comentada:
Área: Pediatria
Subárea: Neonatologia
Tema: Aleitamento Materno
O trauma mamilar (fissura) é a dificuldade mais frequente enfrentada pelas nutrizes no período
pós-parto imediato. Acredita-se que a causa mais comum de dor e trauma mamilar seja técnica
inadequada de amamentação. Estudos ultrassonográficos mostram que, quando o recém-nascido
tem pega adequada, o mamilo fica posicionado na parte posterior do palato, protegido da fricção e
compressão, prevenindo traumas mamilares. Por conseguinte, existe consenso de que a base da
prevenção e do tratamento das dores e do trauma dos mamilos é a correção da técnica de
amamentação.
REFERÊNCIA:
Tratado de Pediatria: Sociedade Brasileira de Pediatria, 5ª edição, Barueri, SP: Manole,2022.
25ª QUESTÃO
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Resposta comentada:
Esta questão necessita que o aluno compreenda a sequência de atendimento no politraumatizado
(A, B, C, D, E do trauma), em que alterações da via aérea causam maior mortalidade nestes
pacientes, devendo ser abordada de imediato. No caso do paciente queimado, suspeita-se de
queimadura de via aérea devido à queimadura se situar em região cervical anterior e face e à
rouquidão e ao escarro borráceo, devendo o paciente ser prontamente submetido a intubação
orotraqueal para assegurar a via aérea.
REFERÊNCIA:
AMERICAN COLLEGE OF SURGEONS COMMITTEE ON TRAUMA. Advanced Trauma Life
Support - ATLS. 10. edição.
26ª QUESTÃO
Resposta comentada:
Área: Ciências Básicas
Subárea: Embriologia
Tema: Cardiopatias Congênitas
A dextrocardia é o defeito de posicionamento do coração mais frequente. Na dextrocardia com
situs inversus (transposição das vísceras abdominais), a incidência de defeitos cardíacos
associados é baixa. Se não houver nenhuma outra anomalia vascular associada, o coração
funciona normalmente. Na dextrocardia isolada, a posição anormal do coração não está
acompanhada pelo deslocamento de outras vísceras. Esse defeito geralmente é complicado por
defeitos cardíacos severos (por exemplo, um único ventrículo e a transposição de grandes
vasos).
REFERÊNCIA:
Moore, Keith L. Embriologia clínica. 10. Ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2016.
27ª QUESTÃO
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Resposta comentada:
A Estratégia Saúde da Família (ESF) é considerada, como estratégia prioritária de restruturação
da atenção básica. A ESF tem papel fundamental no primeiro contato, na longitudinalidade e na
coordenação do cuidado. A Atenção Básica será a principal porta de entrada e centro de
comunicação da RAS, coordenadora do cuidado e ordenadora das ações e serviços
disponibilizados na rede.
Entende-se por Vigilância em Saúde o processo contínuo e sistemático de coleta, consolidação,
análise de dados e disseminação de informações sobre eventos relacionados à saúde, visando
ao planejamento e à implementação de medidas de saúde pública, incluindo a regulação,
intervenção e atuação em condicionantes e determinantes da saúde, para a proteção e promoção
da saúde da população, prevenção e controle de riscos, agravos e doenças.
A nova PNAB determina carga horária de 40 horas para todos os profissionais que compõem a
atenção básica. Atente-se para essa mudança, pois a antiga PNAB excluía o profissional médico
do cumprimento da carga horária de 40 horas semanais, e agora é obrigatório.
Portanto, a assertiva II está incorreta, e a opção correta são as alternativas I, III e IV.
REFERÊNCIAS:
MELO, Eduardo Alves et al. Mudanças na Política Nacional de Atenção Básica: entre retrocessos
e desafios. Saúde em debate, v. 42, p. 38-51, 2018.
GOMES, Clarice Brito et al. Política Nacional de Atenção Básica de 2017: análise da composição
das equipes e cobertura nacional da Saúde da Família. Ciência & Saúde Coletiva, v. 25, p. 1327-
1338, 2020.
28ª QUESTÃO
Resposta comentada:
A Manobra de Heimlich para bebês é um dos procedimentos mais conhecidos e recomendados
para lidar com obstruções de vias aéreas em um ambiente não hospitalar e recomendada pela
Sociedade Brasileira de Pediatria. O correto é colocar o bebê de bruços em cima de seu braço e
fazer 5 batidas firmes com a mão, entre as escápulas e ,depois, virar o bebê de barriga para cima
e fazer 5 compressões torácicas, mantendo o ritmo até o bebê desengasgar ou ficar consciente.
REFERÊNCIA:
Porto, Celmo C. Semiologia Médica, 8ª edição. Disponível em: Minha Biblioteca, Grupo GEN,
2019.
29ª QUESTÃO
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Resposta comentada:
A questão evidencia uma hemorragia subconjuntival ou hiposfagma em olho direito, fenômeno
muito comum e frequentemente idiopático. A resolução espontânea ocorre, normalmente, em 1 a
2 semanas. Caso o paciente apresentasse algum outro sintoma associado (como baixa de
acuidade visual, por exemplo), seria aconselhado encaminhá-lo ao oftalmologista, mas não há
nenhuma outra queixa nem alteração ao exame. Orientar o paciente que a resolução
normalmente é espontânea.
REFERÊNCIA:
KANSKI, B. B. Oftalmologia Clínica: uma abordagem sistemática. 8. Edição. Rio de Janeiro: 
Elsevier, 2016.
30ª QUESTÃO
Resposta comentada:
A Síndrome de Klinefelter (SK) é a alteração cromossômica mais frequente em homens.
Insuficiência ovariana e infertilidade caracterizam a Síndrome de Turner (ST).
A ST acomete apenas indivíduos do sexo feminino. Azoospermia acomete a SK e insuficiência
ovariana, a ST.
Ambiguidade de genitália externa é característica da Disgenesia Gonadal Mista.
Esta apresentação clínica é da SK.
REFERÊNCIA:
JÚNIOR, Dioclécio C.; BURNS, Dennis Alexander R.; LOPEZ, Fábio A. Tratado de pediatria. 5ª
edição. Barueri -SP: editora Manole, 2021. E-book. ISBN 9786555767476
31ª QUESTÃO
Resposta comentada:
A primeira afirmação diz menção a quadro de colecistite, com presença de sinal de Murphy,
associada a elevação de Brb direta. A segunda afirmação descreve o quadro de leptospirose, na
qual se observa elevação de bilirrubina indireta. A terceira afirmação descreve quadro de colangite
esclerosante, na qual se observa elevação de Brb direta, e não indireta, tornando tal afirmação
falsa. A quarta afirmação descreve situação de hemólise induzida por fármacos em indivíduo
deficiente de G6PD, o que ocasiona elevação de Brb indireta. A quinta afirmação, com relação à
icterícia associada ao LES, sugere ocorrência de hemólise, com consequente elevação de Brb
indireta, tornando tal afirmação falsa. Com isso, estãocorretas as afirmativas I, II e IV.
REFERÊNCIA:
GOLDMAN, Lee; SCHAFER, Andrew I. Goldman-Cecil Medicina. [SL]: Grupo GEN, 2022. E-
book. ISBN 9788595159297. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788595159297/. Acesso em: 20 fev. 2023.
32ª QUESTÃO
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Resposta comentada:
As mulheres que apresentarem laudo citopatológico de HSIL deverão ser encaminhadas à
unidade
de referência para realização de colposcopia (A). A repetição da citologia é inaceitável como
conduta inicial.
Na presença de achados anormais maiores, JEC visível (ZT tipos 1 ou 2), lesão restrita ao colo e
ausente suspeita de invasão ou doença glandular, deverá ser realizado o “Ver e Tratar”, ou seja, a
excisão tipo 1 ou 2, de acordo com o tipo da ZT (conforme Tópicos Complementares – Tipos de
excisão) (A). Em locais em que não esteja garantida a qualidade da citologia ou quando o
colposcopista não se sentir seguro quanto à relevância dos achados, a biópsia é aceitável (B).
REFERÊNCIA:
Diretrizes brasileiras para o rastreamento do câncer do colo do útero / Instituto
Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva. Coordenação de Prevenção e Vigilância.
Divisão de Detecção Precoce e Apoio à Organização de Rede. – 2. ed. rev. atual. – Rio de
Janeiro: INCA, 2016.
33ª QUESTÃO
Resposta comentada:
O planejamento e o desenvolvimento de algumas atividades estratégicas que incluíam ações
voltadas para:
(1) a busca ativa e diagnóstico da hanseníase: resultará em um aumento na detecção de novos
casos da doença.
(2) a busca ativa de sintomáticos respiratórios: resultará em um aumento da incidência de
tuberculose.
(3) a condução de grupo de orientação alimentar para pessoas com diabetes mellitus e
hipertensão arterial sistêmica: resultará no aumento do controle glicêmico e pressórico destes
pacientes, o que levará à diminuição da taxa de internação por infarto do miocárdio e acidente
vascular encefálico.
(4) a implementação de campanha de incentivo à realização de testes rápidos para a detecção de
hepatites virais B e C: resultará no aumento da prevalência destas doeças, já que estas são
incuráveis.
REFERÊNCIA:
Rouquayrol, Epidemiologia.
34ª QUESTÃO
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Resposta comentada:
A hipótese diagnóstica do caso clínico descrito é Transtorno de Ansiedade Generalizada (TAG),
segundo os critérios diagnósticos do DSM-5: Apresenta ansiedade e preocupação excessivas
(expectativa apreensiva), ocorrendo na maioria dos dias por pelo menos seis meses com
diversos eventos ou atividades. O indivíduo considera difícil controlar a preocupação. A ansiedade
está associada à perturbação do sono, dificuldade em se concentrar e fatigabilidade. A ansiedade
está causando sofrimento clinicamente significativo, causando prejuízo na vida profissional e
pessoal.
O matriciamento em saúde mental, segundo as diretrizes do SUS, é o modo de produzir saúde
em que duas ou mais equipes, num processo de construção compartilhada, criam uma proposta
de intervenção terapêutica. A Equipe de Apoio matricial dá suporte técnico à equipe de saúde da
família. O matriciamento não é encaminhamento ao especialista ou atendimento individual pelo
profissional de saúde mental. A equipe de saúde da família pode solicitar o matriciamento quando
sente a necessidade de auxílio para conduzir um caso que exige esclarecimento diagnóstico,
estruturação terapêutica e abordagem da família.
O tratamento farmacológico de primeira linha para o Transtorno de Ansiedade Generalizada
(TAG) são os Inibidores Seletivos da Recaptação de Serotonina (ISRS) – escitalopram,
paroxetina, sertralina ou Inibidores Seletivos da Recaptação de Serotonina e Noradrenalina
(ISRSN) – duloxetina, venlafaxina. Os benzodiazepínicos e a buspirona são considerados
tratamento de segunda linha e não devem ser usados de forma crônica e rotineira, pelo risco de
dependência.
A paciente descrita não apresenta Transtorno de Sintomas Somáticos, que é caracterizado,
segundo o DSM-5, pela presença de um ou mais sintomas somáticos que causam aflição ou
perturbação de vida diária, com pensamentos, sentimentos ou comportamentos excessivos
relacionados aos sintomas somáticos.
REFERÊNCIAS:
Manual diagnóstico e estatístico de transtornos mentais [recurso eletrônico]: DSM-5 / [American
Psychiatric Association ; tradução: Maria Inês Corrêa Nascimento ... et al.] ; revisão técnica:
Aristides Volpato Cordioli ... [et al.]. – 5. – Dados eletrônicos. – Porto Alegre: Artmed, 2014.
Sadock, Benjamin J. Compêndio de psiquiatria: ciência do comportamento e psiquiatria clinica/
Benjamin J. Sadock, Virginia A. Sadock, Pedro Ruiz; tradução: Marcelo de Abreu Almeida…[et
al.]; revisão técnica: Gustavo Schestatsky…[et al.] -11.ed- Porto Alegre: Artmed, 2017.
Clinica psiquiatrica/ editores Euripedes Contantino Miguel, Valentin Gentil, Wagner Farid Gattaz -
Barueri, SP: Manole, 2011.
Stahl, Stephen M. Fundamentos de psicofarmacologia de Stahl : guia de prescrição [recurso
eletrônico] / Stephen M. Stahl ; tradução: Sandra Maria Mallmann da Rosa; revisão técnica:
Gustavo Schestatsky. – 6. ed. – Porto Alegre: Artmed, 2019.
35ª QUESTÃO
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Resposta comentada:
Interpretando o ecomapa, podemos afirmar que a paciente do caso apresenta:
Relação fraca, que requer esforço e energia, não compensadora e não estressante com a igreja.
Relação forte, recebe apoio, compensadora e não estressante com a filha, genro, neta 1 e ESF.
Relação fraca, sem impacto na energia/recursos, e estressante com a neta 2.
REFERÊNCIA:
GUSSO, Gustavo; LOPES, José M C.; DIAS, Lêda C. Tratado de medicina de família e
comunidade - 2 volumes: princípios, formação e prática . Porto Alegre: Grupo A, 2019. E-
book. 9788582715369. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788582715369/. Acesso em: 25 ago. 2022.
36ª QUESTÃO
Resposta comentada:
O CAGE é um questionário curto, e pode ser utilizado como triagem. Sua sigla é composta por
palavras-chave de cada pergunta do teste, e duas ou mais respostas positivas indicam uso
abusivo do álcool 10 (Quadro 243.3).
Para os indivíduos que desenvolvem problemas de uso crônico, o tratamento deve ser ofertado
em níveis crescentes de intensidade, restrições e custos. O indivíduo, cujos problemas
demonstraram melhora junto à APS, provavelmente não necessitará de outros níveis
assistenciais. O compartilhamento do cuidado e a construção de projetos terapêuticos singulares
(PTS) com outros profissionais da rede de apoio, como as equipes do Núcleo de Apoio à Saúde
da Família (NASF) e da Rede de Atenção Psicossocial (RAPS), são importantes estratégias para
lidar com casos complexos. Caso essa abordagem inicial não seja suficiente e o problema
persistir, é necessária uma nova pactuação entre o usuário, a equipe de APS e outros níveis
assistenciais.
REFERÊNCIA:
Tratado de medicina de família e comunidade : princípios, formação e prática [recurso eletrônico] /
Organizadores, Gustavo Gusso, José Mauro Ceratti Lopes, Lêda Chaves Dias; [coordenação
editorial: Lêda Chaves Dias]. 2. ed. Porto Alegre : Artmed, 2019. 2 v. 
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37ª QUESTÃO
Resposta comentada:
A descida testicular espontânea deve ocorrer por volta dos 6 meses de idade.
O tratamento cirúrgico imediato dos testículos que não desceram é recomendado a partir dos 6
meses de idade corrigida, porque a descida espontânea é improvável após esse período. A
cirurgia precoce promove o crescimento testicular normal e melhora as chances de fertilidade.
Como a criança tem um testículo palpável no canal inguinal, a orquidopexia é o procedimento
cirúrgico de escolha. A orquidopexia deve ser idealmente realizada entre 6 e 12 meses, mas não
depois dos 24 meses de idade corrigida.
A taxa de criptorquidismo é maior em prematuros, como este paciente, e em pacientes pequenos
para a idade gestacionalou com baixo peso ao nascer. As complicações do criptorquidismo
incluem subfertilidade e câncer testicular (mesmo em pacientes submetidos a intervenção
oportuna), hérnia inguinal (devido ao processo vaginal patente concomitante) e torção testicular.
DISTRATORES:
A orquiectomia para criptorquidismo pode ser indicada se o testículo retido for hipoplásico, atrófico
ou inviável. A orquiectomia também pode ser indicada para um testículo abdominal
(especialmente em meninos pós-púberes) para minimizar o risco de câncer testicular ou se os
vasos testiculares e canais deferentes forem muito curtos para realizar uma orquidopexia
escrotal, desde que a criança tenha um testículo contralateral normal. Este paciente tem testículo
criptorquídico inguinal, e não há razão para suspeitar de viabilidade prejudicada do testículo.
A terapia com gonadotropina envolve a administração de gonadotrofina coriônica humana ou
hormônio liberador de gonadotrofina para estimular a esteroidogênese gonadal e promover a
descida testicular. No entanto, as taxas de sucesso da terapia com gonadotrofina são altamente
variáveis e existe a possibilidade de efeitos adversos a longo prazo (por exemplo, baixo volume
testicular, infertilidade) em bebês que receberam terapia com gonadotrofina. A terapia hormonal
com gonadotrofinas não é recomendada para o tratamento da criptorquidia.
A exploração sob anestesia é recomendada em lactentes com criptorquidia e testículos não
palpáveis para avaliar a presença e localização dos testículos. Um testículo não palpável pode
estar ausente (estruturas de cordões cegos indicam testículos ausentes), atrófico ou localizado
em qualquer lugar ao longo da linha de descida testicular (intra-abdominal ou dentro do canal
inguinal). Como o testículo esquerdo dessa criança é palpável no canal inguinal esquerdo, a
exploração sob anestesia não é necessária.
A descida espontânea de um testículo criptorquídico raramente ocorre após os 6 meses de idade.
Reavaliar este paciente aos 3 anos de idade aumentaria o risco de complicações (por exemplo,
infertilidade, torção testicular). Portanto, é necessário outro passo na gestão.
REFERÊNCIA:
BMJ Best Practice. Criptorquidia. Última atualização em 13 de julho de 2022.
38ª QUESTÃO
Resposta comentada:
Os Conselhos Federal, Estadual e Muncipal têm papel fundamental na gestão do SUS, pois são
responsáveis por acompanhar e fiscalizar as políticas de saúde em suas respectivas esferas de
atuação, bem como elaborar e aprovar propostas para a melhoria do sistema.
REFERÊNCIA:
Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8142.htm. Acesso em: 18 maio 2023.
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39ª QUESTÃO
Resposta comentada:
A febre induz a saída de um tipo de célula branca chamada neutrófilo do seu local de produção, a
medula óssea, direcionando a sua migração para o local da infecção. Os neutrófilos são a
principal célula imune envolvida no combate às infecções nos seus estágios iniciais. A febre
também aumenta a atividade de uma célula muito importante no combate precoce a infecções
virais, a célula NK.
O aumento da temperatura para a faixa febril também aumenta a sensibilidade de duas
importantes células sentinelas envolvidas na detecção da presença de patógenos: os macrófagos
e as células dendríticas. Essa última célula é um elemento importantíssimo para a ativação do
braço da imunidade que responde de maneira específica às infecções e que é responsável pela
nossa memória imunológica, a imunidade adaptativa. Quando a célula dendrítica é ativada pela
presença de infecção, ela sai do tecido infeccionado e migra até o gânglio linfático mais próximo
onde ela ativa a célula-chave da resposta adaptativa, a célula T. As células T, quando expostas a
temperaturas febris, também são mais facilmente ativáveis na ocorrência de uma infecção.
A febre também tem um efeito benéfico de facilitar a entrada e a concentração de células T nos
gânglios linfáticos, onde elas são normalmente ativadas. Isso aumenta a possibilidade de as
poucas células T capazes de reconhecer o agente patogênico serem rapidamente ativadas contra
a infecção. Esse efeito que o calor tem na migração das células T do sangue para dentro de um
determinado tecido está sendo explorado hoje como terapia adjuvante no combate ao câncer.
Por fim, a febre funciona como um mecanismo adaptativo próprio dos seres vivos e é uma das
manifestações mais comuns da infecção e da inflamação. As células fagocíticas, ao exercerem
suas funções, liberam proteínas conhecidas como pirógenos endógenos. Dentre essas proteínas
citamos as interleucinas 1 e 6 (IL-1 e IL-6), o fator de necrose tumoral (TNF) e os interferons do
tipo I. A sensação ruim que sente a pessoa febril faz com que ela poupe energia e descanse.
Além disso, o aumento da temperatura corpórea para além dos 37,5 ºC inibe a proliferação de
bactérias.
REFERÊNCIA:
Evans, S., Repasky, E. & Fisher, D. Fever and the thermal regulation of immunity: the immune
system feels the heat. Nat Rev Immunol 15, 335–349 (2015). https://doi.org/10.1038/nri3843.
40ª QUESTÃO
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Resposta comentada:
Essa paciente tem características de estenose mitral (estalo de abertura e sopro diastólico junto
com fibrilação atrial) que progrediu e causou novas alterações hemodinâmicas. A estenose mitral
comumente ocorre como uma complicação tardia da febre reumática, que é mais comum em
países em desenvolvimento, onde os pacientes podem não ter sido adequadamente tratados.
A estenose mitral leva ao aumento da pressão atrial esquerda, causando tanto dilatação atrial
esquerda, que pode resultar em fibrilação atrial, quanto aumento da pressão arterial pulmonar para
superar o aumento da pressão do coração esquerdo (hipertensão pulmonar). Com o tempo, isso
levará a remodelação vascular pulmonar, aumento da resistência vascular pulmonar, divisão de
S2 e hipertrofia ventricular direita (conforme indicado pelo desvio do eixo direito) para compensar.
A insuficiência ventricular direita eventualmente se manifesta com características como distensão
venosa jugular e edema depressível. 
DISTRATORES: 
O aumento da pressão diastólica final do ventrículo esquerdo (PDFVE) é observado na
insuficiência cardíaca esquerda, mas essa paciente demonstra sinais de estenose mitral (EM). A
EM causa diminuição da PDFVE devido à capacidade prejudicada de encher o ventrículo
esquerdo na diástole através da válvula estenótica.
O shunt da esquerda para a direita pode estar presente em pacientes com comunicação
interventricular (CIV) ou comunicação interatrial (CIA). No entanto, o exame cardiovascular dessa
paciente é compatível com estenose mitral (estalo de abertura com sopro diastólico de baixa
frequência no ápice). Ela não tem um sopro que sugira CIV ou CIA (sopro holossistólico).
A contratilidade ventricular esquerda diminuída pode ser decorrente de cardiomiopatia isquêmica
ou não isquêmica. Uma diminuição na contratilidade pode levar à insuficiência cardíaca esquerda,
aumento da pressão do coração esquerdo e subsequente insuficiência cardíaca direita. No
entanto, a paciente apresenta sinais de estenose mitral (EM), dilatação do átrio esquerdo e
hipertrofia ventricular direita, sugerindo que a EM é o mecanismo subjacente e não a insuficiência
ventricular esquerda.
O aumento da resistência arterial sistêmica pode ser observado em pacientes com hipertensão
essencial ou causas secundárias de hipertensão. Isso pode eventualmente levar à hipertrofia
ventricular esquerda que pode evoluir para insuficiência cardíaca diastólica. Como essa paciente
apresenta desvio do eixo para a direita no ECG, é improvável que ela tenha hipertrofia ventricular
esquerda. Além disso, o paciente apresenta pressão arterial normal ao exame, o que sugere um
diagnóstico diferente.
REFERÊNCIA:
JAMESON, J L.; FAUCI, Anthony S.; KASPER, Dennis L.; et al. Medicina interna de Harrison -
2 volumes. [Pag.1936]: Grupo A, 2019. 9788580556346. E-book.Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788580556346/. Acesso em: 09 ago 2022.
41ª QUESTÃO
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Resposta comentada:
Infecções congênitas por TORCH.
Coriorretinite, calcificações intracranianas difusas e hidrocefalia (indicada por ventriculomegalia)
em um recém-nascido são características da toxoplasmose congênita.
O consumo de carne contaminada e mal cozida é a causa mais comum de infecção por
Toxoplasma gondii durante a gravidez. Embora a probabilidade de transmissão transplacentária
seja baixa no início da gravidez, o risco de toxoplasmose sintomática no recém-nascido é maior
se a infecção ocorrer no primeiro trimestre. A toxoplasmose materna geralmente é assintomática,
mas pode se manifestar com sintomas gerais, como febre baixa e linfadenopatia cervical. Outras
fontes de infecção materna incluem ingestão acidental de fezes de gato contaminadas e ingestão
de leite de cabra não pasteurizado.
DISTRATORES:
A exposição de uma gestante não vacinada a crianças não vacinadas é um fator de risco para
infecção materna por doenças exantemáticas da infância, como rubéola e varicela. A síndrome da
rubéola congênita geralmente se manifesta com defeitos cardíacos, catarata e defeitos cocleares
(tríade de Gregg). Embora coriorretinite e ventriculomegalia possam ser observadas na infecção
congênita por varicela, outros sintomas, como cicatrizes hipertróficas e hipoplasia de membros,
também são esperados. Nenhuma das condições está associada a calcificações intracranianas.
Além disso, a mãe não relatou uma erupção cutânea característica de nenhuma das doenças.
A relação sexual desprotegida durante a gravidez é um fator de risco para infecções sexualmente
transmissíveis (por exemplo, HIV, CMV, HSV-2, sífilis), que podem levar a infecções congênitas.
Este recém-nascido apresenta coriorretinite, calcificações intracranianas e ventriculomegalia,
todos consistentes com infecção congênita por CMV. Além disso, os sintomas da mãe durante o
início da gravidez (febre baixa, linfadenopatia cervical) são uma possível manifestação de
mononucleose por CMV. No entanto, as calcificações intracranianas são geralmente limitadas à
região periventricular na infecção congênita por CMV, ao contrário do padrão difuso visto aqui.
A infecção pelo vírus Zika (por exemplo, através de picadas de mosquito) durante a gravidez
pode levar a defeitos congênitos, como ventriculomegalia e calcificações intracranianas. No
entanto, a infecção congênita por Zika não está associada à coriorretinite. Além disso, a mãe não
relatou sintomas típicos da infecção por Zika, como erupção maculopapular pruriginosa ou
artralgia, nem viajou para uma região endêmica.
O consumo de produtos lácteos crus de vaca durante a gravidez é um fator de risco para
infecção por Listeria monocytogenes, que pode levar à granulomatose infantisséptica em recém-
nascidos. Esta condição é caracterizada por desconforto respiratório e lesões cutâneas. Embora
a doença febril inespecífica da mãe no início da gravidez possa ter sido uma manifestação de
listeriose, os sintomas de seu filho sugerem toxoplasmose congênita. A infecção por Toxoplasma
gondii tem sido associada à ingestão de leite cru de cabra contaminado, em vez de produtos
lácteos de vaca.
REFERÊNCIAS:
NEVES, David Pereira. Parasitologia Humana. 13ª ed. São Paulo: Atheneu, 2016.
REY, L. Bases da Parasitologia Médica. 3 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2014.
42ª QUESTÃO
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Resposta comentada:
As principais causas de HPP são a atonia uterina, as lacerações do trajeto, as desordens
placentárias e a coagulopatia, (os quatro Ts: tônus, trauma, tecido e trombina), cada uma exigindo
uma abordagem específica.
Sangramento uterino anormal: Chamar ajuda, acesso venoso, máscara de oxigênio,
massagem uterina, infundir ocitocina, investigar e tratar a causa do sangramento (4 Ts). Está
incorreta porque não denomina o diagnóstico como hemorragia pós-parto e não enfatiza a
necessidade de providenciar 2 acessos calibrosos.
Hemorragia pós-parto: Avisar a paciente, 2 acessos calibrosos, infundir soro fisiológico para
hidratar a paciente, encaminhar para o centro cirúrgico para retirada do útero. Está incorreta
porque menciona uma abordagem errada, como retirada do útero como primeira escolha
terapêutica.
Hemorragia pós-parto: Chamar ajuda, 2 acessos calibrosos, máscara de oxigênio, massagem
uterina, infundir ocitocina e inserir 400 mcg de misoprostol via vaginal, encaminhar paciente para
centro cirúrgico para investigar e tratar a causa do sangramento (4 Ts) em laparotomia. Está
incorreta, pois a indicação é de 600 mcg de misoprostol por via sublingual e não realizar
abordagem cirúrgica imediatamente ou, no caso do Brasil, 800 mcg via retal, pois não temos
disponível via sublingual.
Sangramento uterino anormal: Avisar a paciente, 2 acessos calibrosos, hidratação venosa e
transfusão sanguínea de urgência, massagem uterina, levar a paciente para UTI para
estabilização. Está incorreta, pois não se refere ao diagnóstico de hemorragia pós-parto e não
indica a terapêutica correta, como administração de ocitocina e indicação de transfusão
sanguínea como primeira escolha sem antes ter realizado exame laboratorial.
REFERÊNCIAS:
ALSO, Brasil. Advanced Life Support in Obstetrics – Manual e Programa de Estudos: São Paulo:
Sarvier Editora de Livros Médicos, 2018.
Organização Pan-Americana da Saúde. Recomendações assistenciais para prevenção,
diagnóstico e tratamento da hemorragia obstétrica. Brasília: OPAS; 2018
ALVES, A.L.L. et al. Hemorragia pós-parto: prevenção, diagnóstico e manejo não cirúrgico.
FEBRASGO, Rio de Janeiro, n. 5, p. 1-8, nov, 2020. Disponível em:
https://www.febrasgo.org.br/images/pec/CNE_pdfs/FPS---N5---Novembro-2020---portugues.pdf
43ª QUESTÃO
Resposta comentada:
Paciente em terapia hospitalar com heparina (HBPM), evoluindo no sexto dia de uso com quadro
de plaquetopenia. Tais achados sugerem plaquetopenia induzida por heparina (HIT), cujo
tratamento baseia-se na troca da heparina por inibidor direto da trombina (fondapainux, por
exemplo).
REFERÊNCIA:
Martins, Mílton de Arruda; Carrilho, Flair José; Alves, Venâncio Avancini Ferreira; Castilho,
Euclides Ayres de; Cerri, Giovanni Guido (eds). Clínica Médica [2.ed. ampl. rev.], BARUERI:
Manole, 2016.
44ª QUESTÃO
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Resposta comentada:
Menor de 9 meses tem como marcos do desenvolvimento:
– Transfere objetos de uma mão para outra.
– Pinça polegar-dedo.
– Balbucia.
– Senta sem apoio.
– Estranhamento (tem preferência por pessoas do seu convívio).
– Brinca de "esconde-achou".
– Tem crianças que engatinham, tem outras que já andam sem engatinhar. Engatinhar
não é um marco obrigatório.
Deve-se seguir calendário de puericultura, já que o lactente se encontra com desenvolvimento
neuropsicomotor adequado, não sendo necessário encaminhamento para o especialista.
REFERÊNCIA:
JÚNIOR, Dioclécio C.; BURNS, Dennis Alexander R.; LOPEZ, Fábio A. Tratado de pediatria.
v.1. Barueri, SP: Editora Manole, 2021. 
45ª QUESTÃO
Resposta comentada:
REFERÊNCIA
HERRING, Guilherme. Radiologia Básica - Aspectos Fundamentais . [Digite o Local da Editora]:
Grupo GEN, 2021. E-book. ISBN 9788595158719. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788595158719/. Acesso em: 03 mar. 2023.
Página 2: no RX o ar é o tom mais escuro possível (menos denso). Líquidos (p. ex., sangue) e
tecidos moles (p. ex., músculo) têm a mesma densidade nas radiografias convencionais,
aparecem mais brancas, pois tem densidade maior.
Página 3: Substâncias menos densas, que absorvem menos raios X, têm números de TC baixos.
Diz-se que elas apresentam atenuação diminuída e são exibidas como densidades mais escuras
nas imagens de TC. Nas radiografias convencionais, essas substâncias (como ar e gordura)
também parecem mais pretas e têm densidade diminuída(ou maior radiolucência).
Página 61: À medida que o derrame subpulmonar aumenta em volume, ele primeiro preenche e,
assim, vela o seio costofrênico posterior, visível na incidência em perfil do tórax. Isso ocorre com
aproximadamente 75 mℓ de líquido. Quando o derrame alcança um volume de cerca de 300 mℓ,
vela o seio costofrênico lateral, visível na radiografia de tórax em PA.
Página 65: derrame pleural se acumula na região dorsal.
Página 280: a identificação da linha pleural visceral no RX do tórax faz o diagnóstico definitivo de
um pneumotórax.
Página 281: na TC do tórax o paciente encontra-se em decúbito dorsal, no pneumotórax o ar
acumula anteriormente.
46ª QUESTÃO
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Resposta comentada:
A ELA é a doença do neurônio motor progressiva mais comum, sendo uma das principais
doenças neurodegenerativas, sendo uma das doenças autoimunes que nenhum tratamento
detém o processo patológico subjacente. Na ELA, o citoesqueleto do neurônio motor é
comprometido logo no início da doença. Aumentos focais são frequentes nos axônios motores
proximais; ao exame ultraestrutural, esses “esferoides” compõem-se de acúmulos de
neurofilamentos e outras proteínas. Também se observa proliferação da astróglia e da micróglia,
que inevitavelmente acompanha todos os processos degenerativos do sistema nervoso central
(SNC). 
REFERÊNCIA:
KASPER, Dennis L.. Medicina interna de Harrison. 20. ed. Porto Alegre: AMGH Editora, 2017. 1
v., p. 3141/3147.
47ª QUESTÃO
Resposta comentada:
O quadro descrito (astenia, perda de peso, náuseas, dor abdominal e hiperpigmentação), seu
tempo de evolução e idade de apresentação são compatíveis com insuficiência adrenal primária
(doença de Addison). O achado laboratorial de eosinofilia corrobora essa hipótese diagnóstica. A
confirmação laboratorial se dá pela dosagem sérica de cortisol baixa, com elevação do ACTH.
REFERÊNCIA:
Endocrinologia clínica / editor responsável Lucio Vilar; editores-associados Claudio E.Kater ... [et
al.]. - 7. ed. - [Reimpr.] - Rio de Janeiro : Guanabara Koogan, 2022.
48ª QUESTÃO
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Resposta comentada:
A leucemia linfoblástica aguda (LLA) é um tipo de câncer que afeta as células precursoras dos
linfócitos B ou T. É o tipo mais comum de câncer em crianças e adolescentes. O tratamento da
LLA envolve uma combinação de quimioterapia, radioterapia e, às vezes, terapia-alvo.
A quimioterapia é o tratamento principal para a LLA em crianças. Consiste em medicamentos que
destroem as células cancerígenas e impedem sua disseminação. A quimioterapia pode ser
administrada por via oral ou por via intravenosa. O tratamento é geralmente dividido em várias
fases, que podem durar de meses a anos, dependendo do risco e da resposta ao tratamento.
A radioterapia pode ser usada em combinação com a quimioterapia em alguns casos, como
quando a leucemia se espalha para o sistema nervoso central. No entanto, a radioterapia é menos
comum em crianças com LLA, devido aos riscos de efeitos colaterais a longo prazo.
A imunoterapia e a terapia-alvo são tratamentos mais recentes que estão sendo investigados para
o tratamento da LLA em crianças. A imunoterapia usa o sistema imunológico do próprio paciente
para combater o câncer, enquanto a terapia-alvo usa medicamentos que atacam especificamente
as células cancerígenas, deixando as células saudáveis intactas.
No entanto, atualmente, a quimioterapia continua sendo o tratamento padrão para a LLA em
crianças. A escolha do tratamento depende do tipo e estágio da leucemia, bem como do perfil de
risco do paciente.
REFERÊNCIA:
Tsuchida Y, Shimada H. Pediatric Oncology: A Comprehensive Guide. Springer; 2019.
49ª QUESTÃO
Resposta comentada:
O diagnóstico de RPMO é essencialmente clínico, sendo firmado com anamnese e exame físico
em 90% das vezes. Na história, a queixa típica será de perda de líquido por via vaginal de forma
abrupta, em quantidade moderada, que molha as roupas da paciente, sendo um líquido com
cheiro e aspecto peculiares (não parecendo ser urina nem corrimento). O exame especular, no
qual se observa a presença de líquido amniótico no fundo de saco posterior ou saindo pelo canal
cervical, confirma o diagnóstico. Se não houver escoamento espontâneo, poder-se-á pedir que a
gestante execute a manobra de Valsalva. Toque vaginal deverá ser evitado, realizando-se apenas
se houver trabalho de parto. Caso o exame físico deixe dúvidas quanto à amniorrexe, pode utilizar
testes com cristalização do muco, pH e outros. A usg pode auxiliar no diagnóstico, principalmente
em avaliações seriadas documentando a diminuição do líquido, porém apenas uma usg não
confirma a amniorrexe, mesmo que esta apresente oligoâmnio.
REFERÊNCIA:
FERNANDES, Cesar E. Febrasgo – Tratado de Obstetrícia. [Digite o Local da Editora]: Grupo
GEN, 2018. E-book.ISBN 9788595154858. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788595154858/. Acesso em: 08 maio 2023.
50ª QUESTÃO
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Resposta comentada:
Não se pode inferir a incidência ou prevalência dos dados disponibilizados, pois não se tem o
quantitativo da população exposta. Por assim, a única alternativa correta é aquela que se refere
ao número de óbitos.
REFERÊNCIA:
Medronho R; Carvalho DM; Bloch KV; Luiz RR; Werneck GL (eds.); Epidemiologia. Atheneu, São
Paulo, 2018.
51ª QUESTÃO
Resposta comentada:
O principal agente causal das faringites bacterianas é a bactéria Streptococcus pyogenes. Além
disto, dentre as alternativas, essa bactéria é a única Gram-positiva dispostos em fileiras.
REFERÊNCIAS:
GOERING, Richard V. Mims Microbiologia Médica e Imunologia. 6. ed. Disponível em: Minha
Biblioteca. Grupo GEN, 2020.
MURRAY, Patrick, R. et al. Microbiologia Médica. 9. ed. Disponível em: Minha Biblioteca. Grupo
GEN, 2022.
52ª QUESTÃO
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Resposta comentada:
Essa paciente atende a muitos critérios diagnósticos da classificação CASPAR para artrite
psoriática, incluindo psoríase cutânea (placas com escamas branco-prateadas), distrofia ungueal
psoriática, fator reumatoide negativo e dactilite. Em contraste com a artrite reumatoide, que
também afeta as mãos, a articulação metacarpofalângica geralmente não está envolvida na artrite
psoriática, embora a articulação interfalângica distal esteja.
A deformidade em forma de lápis refere-se à erosão periarticular ao redor da articulação
interfalângica distal que dá a aparência de um lápis em uma xícara. É classicamente associada à
artrite psoriática, mas também pode ser encontrada em pacientes com outras condições,
incluindo artrite reumatoide e artrite reativa.
DISTRATORES:
A artrite reativa causa poliartrite, sacroileíte, tendinopatia, dactilite e sintomas extra-articulares,
como lesões cutâneas. Embora essa paciente apresente artrite e dactilite, a poliartrite na artrite
reativa geralmente envolve os membros inferiores, e as lesões cutâneas se apresentariam de
maneira diferente (hiperqueratinização das palmas das mãos e plantas dos pés). O período de
latência da artrite reativa é tipicamente de 1 a 4 semanas, mas a infecção do trato urinário neste
paciente ocorreu há um ano.
A artrite reumatoide causa oligoartrite, que geralmente afeta as mãos, e também está presente na
paciente. No entanto, as articulações interfalângicas distais são tipicamente poupadas, enquanto
as articulações metacarpofalângicas são tipicamente afetadas. Além disso, o fator reumatoide
costuma ser positivo na artrite reumatoide, embora tenha baixa especificidade para a doença.
A síndrome artrite-dermatite é uma manifestação potencial da infecção gonocócica disseminada,
que apresenta uma tríade clássica de sintomas que inclui artralgias, tenossinovites e dermatites.
Embora a paciente apresente artralgias e sua história sexual a coloque em risco de infecção,
suas lesões cutâneas não são consistentes

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