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[ CIRURGIA I]� [ESQUEMAS –�Turma XXII de Medicina (MedPegada) 6º�Período]� Acadêmico(a): Carolina Caiado Professor(a): Dr. Rodrigo Aula: 04 Tema: Apendicite Aguda Audio - apendicite aguda é bem mais comum do que doença diverticular (apendicite hoje é a cirurgia mais realizada no mundo inteiro) - é uma doença de adolescente, adulto jovem, acomete uma faixa etária jovem da população, hoje é a cirurgia mais realizada no mundo inteiro, é tão comum que é a principal causa de abdômen agudo inflamatório na gestante. - Média de 6 a 10mm ele tem o comprimento e a espessura mais ou menos do dedo mínimo. - O diagnóstico de apendicite não é fácil, sem simples - Localização/Anatomia • Ceco. Então toda vez que eu for operar eu tenho que procurar o ceco, é mais fácil eu achar o ceco que é uma estrutura grande que fica na FID do que o apêndice que é uma tripinha. Eu vou procurar as tênias do ceco e vou chegar ao apêndice vermiforme • A base do apêndice é fixa no ceco, ela não muda, a posição dela é fixa e ela vai estar localizada a 2,5 cm da válvula íleo-cecal. A única coisa que vai mudar é a ponta do apêndice, porque é móvel, se movimenta, então ela pode se localizar na pelve, retrocecal (atrás), na FIE. Pré-ileal Retro-ileal Pelve FID Atrás do ceco (64%) - Irrigação: artéria apendicular (tem que ser ligada na apendicetomía), que é ramo da ileal. Histologia: As camadas da parede apendicular são as mesmas camadas de um intestino normal. Só que tem um detalhe: o apêndice na criança, no recém nascido, ele é muito rico em folículos linfáticos, linfoides. Esses linfoides nas crianças, no jovem, é a principal causa de ocorrência de apendicite aguda (obstruí irrigação, drenagem, luz do apéndice, aumenta produção de muco.) 2 Criança quando começa a ter dor de garganta e você não entra com antibiótico, ela começa a ter dor na fossa ilíaca direita. Ela reclama de dor de barriga e essa dor de barriga é porque os linfáticos vão aumentar por conta da infecção de garganta e a criança pode começar a ter dor no abdome, mas o problema base dela tá na garganta. Quando você trata a amidalite dela os linfáticos regridem e a dor melhora. Função: nas crianças tenha uma função de defesa. No adulto ele não presta pra nada, só pra inflamar mesmo. No adulto os folículos regridem. Nos adultos a principal causa é obstrução da luz por fecalito (São fezes endurecidas que vão entrar na base do apêndice e não conseguem sair obstruindo a luz do apéndice, sementes) Epidemiologia a medida que a gente vai envelhecendo a probabilidade de desenvolver uma apendicite aguda ela vai diminuindo, vai regredindo *Não existe um exame para eu diagnosticar apendicite. O exame é clínico: história e exame físico. Conversar com o paciente, saber o que ele está sentindo, palpar, auscultar e decidir se vai operar ou não. Vocês vão ver que os exames que a gente pede em um paciente com suspeita de apendicite é para descartar outras doenças, mas nenhum vai dar o diagnóstico de apendicite. Incidencia entre os sexos é a mesma Pico: segunda década de vida (15 a 30 anos) É a causa mais comum de abdome agudo em crianças, adolescentes e adulto jovens Redução nas últimas 4 décadas de vida Etiologia Então a causa principal da apendicite é a obstrução da luz do apêndice, seja por folículos linfáticos que vão aumentar de quantidade, de volume, principalmente nas crianças, ou seja obstrução causada por fecalito que é a principal causa em adulto jovem. Corpo estranho, semente, algumas fibras, vegetais, vermes. Neoplasia: todo apéndice retirado é mandado para o antomopatológico. Tudo isso pode culminar na gangrena desse apêndice, que é a necrose desse apêndice e essa necrose vai levar a perfuração do apêndice. Então o estágio final da apendicite é a perfuração do apêndice por necrose Fisiopatologia - Perfuração com extravasamento de pus No joven pode levar a um blóqueio (pelo omento), na tentativa do organismo de coibir a expansão desse processo infeccioso pra toda cavidade peritoneal. No exame físico vemos isso como plastrão. Em idosos e criança não ocorre isso pois o idoso não é imuno competente, e na criança ele não tem tamanho suficiente. Fases Processo de evolução, até chegar a perfuração. O ideal é operar o paciente na fase catarral (cor não se altera dessaa fase - de coibir a expansão desse processo infeccioso pra toda cavidade peritoneal. 3 Se eu não operar o paciente na fase catarral, ele vai passar para a próxima fase onde a inflamação atinge até a serosa do órgão, que é a última camada do apêndice, e vai ter alteração da cor para uma aparência brancacenta. Fase gangrenosa: Se eu não fizer nada, vai continuar tendo conexão venosa, eu vou ter gangrena dos vasos, e o apêndice vai começar de branco a ficar preto. Após o escurecimento do apêndice, o próximo passo é a perfuração. Se ocorrer perfuração o organismo pode ir lá e bloquear, ou ele pode perfurar direto para o peritônio, o que é mais grave. Nesse caso paciente vai ter liquido na cavidade, pode ter febre, pode ter sepse. Quando chega nessa fase precisa fazer uma incisão mediana para poder jogar soro e lavar a cavidade. Então essa fase com o apêndice brancacento é chamada de fase supurativa da doença. Existem casos de apendicite que o paciente pode regredir espontaneamente da dor, a gente chama isso de crise apendicular. Isso acontece porque entra um fecalito na luz apendicular e pelas contrações do intestino, pela peristalse, esse fecalito que estava começando a causar uma inflamação, ai e o paciente melhora (não entram com antibióticos e analgésicos miuto potente. Dor Cerca de 12 horas após o ínicio do quadro a dor passa a se localizar em fossa ilíaca direita, no ponto de mc Burney. Nesse ponto fazemos o sinal de Bllumberg (ele é o mais usado, ele te dá um bom criterio para definir se tem inflamação no apêndice ou não) Como pesquisar Blumberg? Sempre devemos examinar primeiro os outros quadrantes, ponto doloroso é o último lugar que você examina. Para fazer a palpação, primeiramente devemos distrair o paciente da FID, e ir afundando a mão suavemente. Ficar de olho nas fácies do paciente. Lembrar que a dor não é durante a palpação, e sim no momento que retiramos a dor. Palpar suavemente e soltar bruscamente. Se não conseguir palpar dessa forma, pedir pro doente fletir a perna, pois deixa o abdome mais solto. Lembrando da ordem semiológica: Ausculta -> percussão -> palpação A dor é súbita, difusa, mal definida, começa geralmente no epigástrio, refere mal estar, pode ter vómitos. Depois de 12h que ela se localiza na FID. -> apendicite clásica, adulto jovem, 20 e poucos anos. No início ela é uma dor visceral: difusa, mal definida. A medida que a doença avança, ela vai se tornar parietal ou localizada, e é nesse momento que eu consigo fazer os sinais. Dependendo de onde está a ponta do apéndice, vamos ter os mais variados quadros clínicos (se tiver uma ponta que aponte para pelve, ela vai encostar na bexiga e simular um quadro de cistite, a ponta dificulta o diagnóstico, então pedimos os exames complementares para descartar outras doenças). 5%- dor lombar, flancos e alterações urinárias. Pode ter dor testicular Dor a descompressão do lado esquerdo -> apéndice com ponta longa, situs inversus, ma rotação intestinal Qual o primeiro sinal que chama atenção? Dor abdominal. Depois vem as nauseas e perda de apetite. 4 O paciente nessa situação vomita porque doi, diferente do paciente com gastroenterite. Então, se o paciente chegar queixando de vomitos primeiro, sem dor, isso não é apendicite. Vômito após a dor 50% da svezes, não é todo mundo q vaiter vômito, náusea 90% das vezes. E a questão da alimentação é importante a gnt perguntar comop ta o apetite, pq o normal num quadro de apendicite é estar diminuído, tem náusea logo não tem fome, agora se o pct falar q está morrendo de fome, a probabilidade diminui, não posso descartar 100% O habito intestinal geralmente altera pouco, pct vai relatar q está evacuando normal, alguns vao dizer q tem o intestino preso, ou q tem diarreia, mas isso não te ajuda muito, habito intestinal não interfere A maioria dos pcts com apendicite não tem febre, não esperem encontrar febre, se tiver temperatura acima de 38, provavelmente é pct q já tem complicação da apendicite . Cursa com respiração normal. Dor abdominal a palpação é a alteração mais frequente. Porém ela não é parámetro para quem vamos operar primeiro, poise la é subjetiva, cada um temu m limiar. Ela quem leva o paciente pro hospital. Dor a percussão ou tosse, defesa voluntária (antecede a defesa involuntária, ou abdômen em tábua que a gente fala né, isso é o paciente tentando proteger a barriga dele das suas mãos, você vai palpar e ele endurece o abdômen, tem como você palpar, você relaxa o abdômen desse paciente fletindo a coxa dele, ai ele vai relaxar a barriga e eu vou conseguir palpar. Você deita o paciente e flete as duas pernas dele pra palpar) ou rigidez involuntária (aqui você não consegue palpar, é involuntário, não depende do doente, de qualquer forma a barriga dele vai estar dura, mesmo se você fletir as pernas, a barriga vai estar em tábua, já é um estágio mais avançado da doença, já pode ter peritonite fecal nesse caso.) Sinal de Rovsing - deslocamos as massas de gás do cólon, do lado esquerdo para o direito. Então você vem massageando e comprimindo o cólon, até chegar no ceco, na hora que essa massa gasosa chegar no ceco, ele vai distender e vai ter dor na região do apêndice. A gente não usa muito esse exame, não é prático. O professor não usa, é muito mais fácil o Blumberg. Como eu vou fazer Blumberg na grávida? O útero te atrapalha, ai tem outro sinal, você vai fazer a percussão do calcâneo da grávida, você bate no calcanhar direito, e as ondas de choque vão subir pela perna vão chegar na fossa ilíaca e ela vai referir dor. Sinal de alcino lázaro. É muito útil para as gestantes. Hiperestesia cutânea – tem pacientes que referem uma dor, uma sensibilidade dolorosa muito intensa na pele daquela região, da fossa ilíaca direita. Plastrão – que é aquela massa palpável na FID. Sinal de Lenander – que é a diferença entre a temperatura axilar entre retal, mais de 1º, é positivo para processo inflamatório do tubo digestivo. Não só apendicite, pode ser pra diverticulite inflamada, abcesso. Professor não utiliza muito mas é interessante saber. Sinais tardios: 5 • Sinal do obturador: apêndice em localização pélvica, pode fazer rotação interna passando da coxa flexionada, né? Muito dificilmente a gente vê. • Sinal de psoas: extensão passiva da coxa ou flexão ativa contra a resistência. É vc pedir pro paciente levantar a perna, se ele levantar a perna sem resistência e referir dor provavelmente ele tá com o psoas inflamado ou com o apêndice inflamado. Se vc coloca resistência e pedir pra ele forçar essa dor pode aumentar. • Sinal de Alcino Lázaro: esse é muito banal, se vocês tiverem alguma gestante com suspeita se apendicite testem esse sinal. Põe ela deitadinha, vai lá no calcanhar dela e faz punho-percussão no calcâneo, bate no pé dela que as ondar de choque vão chegar no apêndice dela e a vai reclamar, vai falar: "Doutor, tá dando uma pancadinha lá no meu apêndice", lógico que não vai doer no apêndice dela, vai doer lá na fossa ilíaca. Toque retal e exame ginecológico -> importante pra diagnóstico diferencial. (pesquisar sensibilidade, sinais de aumento de temperatura (Sinal de Lennander), massas pélvicas, secreção vaginal) Complicações: § Plastrão: que é o envolvimento do omento e das alças intestinais e aí já tem complicação pq provavelmente perfurou. § E o pior: perfuração em peritônio livre, que seria a falta de formação do omento, o omento não formou plastrão, não bloqueou. Isso é comum em crianças menores que 2 anos e em idosos, quando isso acontece a pessoa distende, começa a vomitar, começa a ter febre e aí vc tem que tratar mais rapidamente. § Pileflebite abscesso hepático: a pileflebite é uma infamação periapendicular provocada pelo processo inflamatório que vc trata com antibiótico. O abcesso hepático não é tão comum, é comum quando o plastrão rompe e aí vc tem acometimento do fígado por abcesso e aí isso a gente também trata com antibiótico. E aí sim se o paciente tiver abcesso hepático com a facilidade, com a irrigação do fígado ele vai ter febre alta, calafrios, pode ficar ictérico. Então isso a gente tem que ficar atento. § Abscessos intracavitários : eu posso ter aumento da bolsa scrotal pois o abdome se comunica diretamente com minha bolsa escrotal. Diagnóstico Um dos mais difíceis de ser estabelecido, pois não existe exames complementares que ajude. De um quarto até metade dos pacientes não apresentam quadro típico. A ausculta do abdome agudo inflamatório vai estar reduzida ou ausente (o normal é ouvir de 12 a 20 ruídos) . Então quando você coloca o esteto para auscultar, você precisa deixar pelo menos 1 minuto no mesmo local. Você escolhe um local, geralmente periumbilical é o ideal, pois são onde estão a maioria das alças e quando eu coloco o aparelho eu espero escutar ruídos de alças de delgado. Exames laboratoriais não são fundamentais mas auxiliam no suporte secundário pra afastar outras doenças. No hemograma há a presença de uma leucocitose moderada, de 10 a 20 mil, com neutrofilia e desvio a esquerda. EAS. Pede exame de urina ao paciente para descartar infecção urinária, descartar pielonefrite. (se eu pedir um exame de urina e ele vier normal, pode ser apendicite mesmo. Se eu pedir um exame e vier um milhão de piócitos na urina, sendo que o normal é até 10 mil, eu não opero, porque deve ser infecção urinária.) 6 Raio X. A gente sempre vai fazer radiografia do abdome do paciente porque todo abdome agudo a gente tem que fazer um raio X em pé e outro deitado. -> alça sentinel (paralisada); estoque de fezes no ceco. 90% dos pacientes com apendicite aguda vão ter uma imagem “miolo de pão” no ceco; apagamento do psoas do lado direito (alças dilatam nessa região e atrapalham a visão); escoliose provocada pela dor; pode visualizer o fecalito, mas é difícil. Enema opaco: não é muito utilizado. Se o contraste entrar na luz do apêndice, provavelmente é uma apendicite. Mas não é muito fidedigno. Laparoscopia: quando se tem dificuldade diagnóstica. USG: avaliar líquido livre na cavidade. Descartar outras patologias. TC de abdomen: desvantagem -> irradiação. Também não é método diagnóstico. Pode ver processo perfurativo. Diagnóstico diferencial Mulher: abscesso de ovário, cisto ovariano roto, gravidez ectópica. Podemos ter em ambos os sexos: cólica renal, pielonefrite aguda, gastroenterite, D. de Crohn, diverticulo de merkel, linfadenite mesentérica Cirurgia Aberta ou laparoscópica? Normalmente a mais realizada é a aberta. Em doença avançada o video não deve ser feito, pois a lavagem da barriga do paciente é díficil. A maior vantagem da por vídeo é que você pode elucidar o diagnóstico caso você esteja na dúvida. Você passa a cânula e vê o apêndice, se ele estiver normal, provavelmente não é apendicite ou se ele estiver inflamado você vai lá e tira o apêndice. Na por vídeo você grampeia a base do apêndice e retira o apêndice. A desvantagem é que você só grampeia e não faz uma sutura em volta do ceco, não invagina o coto. A segurança da video é menor que na aberta. Geralmente na apendicite,além de retirar a estrutura, você precisa entrar com tratamento antibioticoterápico, pois a gama de bactérias é muito grande. Exemplos de atb: cefalexina, cefalopentano, clindamicina e aminoglicosódeo, metronidazol, ceftriaxone. Ato operatório. A escolha da incisão vai depender do estágio da doença, do peso do paciente e vai depender do conhecimento do medico. Pacientes obesos: grandes incisões A diferença entre as incisões de McBurney e a de Davis: eu traço uma linha imaginária do umbigo até a crista ilíaca do paciente. No terço lateral que é o ponto de McBurney, eu vou fazer uma incisão chamada de incisão de McBurney. Essa incisão vai ter mais ou menos 3 a 5 cm e será obliqua. Eu posso também fazer nesse ponto uma incisão transversal (esteticamente melhor). A vantagem de você fazer aberta é que você corta o apêndice, tira ele, liga o coto do apêndice e ai você invagina ele dentro daquela bolsa de tabaco, você esconde ele, isso ai é a sutura em bolsa de Tabaco. 7 Mortalidade: 0,1% relativamente pouco nas não complicadas, ou seja, na fase catarral e na fase supurativa, nas gangrenosas sobe para 0,5%, nas perfuradas de 3 a 5%. Isso aqui não está relacionado só ao apêndice, está relacionado ao doente também, se eu pegar um doente muito debilitado, um idoso muito doente, muito debilitado, essa incidência aumenta muito. Mortalidade maior em idosos e crianças. Maior causa de óbitos é a septicemia, infecção disseminada. Morbidade: incidência geral 10%, gangrena e perfuração aumentam de 5 a 10 vezes a chance de complicação, infecção de parede é a causa mais freqüente. Abcesso abdominal segundo lugar, até 20%, abcesso hepático é muito grave. Fístula. Deiscencia da sutura do ceco e neoplasia Não fechamento de fistula -> neoplasia, Doença de Chron, disfunção distal Apendicite crônica é raríssimo. Diagnóstico difícil, a laparotomia pode ajudar em diagnóstico diferencial da dor. Confirmação é anatomo-patológica. Apendicite na criança. Difícil diagnóstico, e é raro antes de 2 anos. A criança não sabe explicar o que tá acontecendo, criança tem muita diarreia, tem verme demais, é difícil o diagnóstico. Na criança não espere encontrar dor à descompressão brusca na FIDVômito, irritabilidade, febre, flexão da coxa direita por ser uma forma de melhorar a dor, então a gente tem que observar essas coisas no exame da criança. Febre mais alta que o habitual, pode passar de 39°C e o vômito mais intenso. E o achado abdominal é de distensão. A criança more por dificuldade diagnóstica. Perfuração: 100% até 1 ano e 50% até 5 anos (devido ao tamanho do omento, é pequeno). A peritonite é elevada devido ao não desenvolvimento do omento e retardo no diagnóstico. Morbidade e mortalidade altas Apendicite na gestante. Acontece 1 em cada 10mil gestantes. É a indicação mais comum de laparotomia na gravidez. A localização da dor vai variar, não é fácil avaliar gestante com apendicite. Complicações maternas e fetais, inclusive levando ao aborto, trabalho de parto prematuro, deiscência da sutura. Lembrar do sinal de Alcino Lázaro. Complicações maternas e fetais, inclusive levando ao aborto, trabalho de parto prematuro, deiscência da sutura Apendicite no idoso: a incidência tá aumentando por causa da maior longevidade então os casos vão aumentar. De 50-90% tem perfuração, igual na criança, os extremos de idade são os piores. Retardo no diagnóstico, pois pode ser um monte de coisas, um tumor, um câncer, vc não pensa na apendicite, não a princípio. Vc faz uma lavagem intestinal pra ver se ele evacua. Insuficiência vascular, doenças concomitantes, esses pctes podem fazer trombose mesentérica e atrapalhar no diagnóstico. Então no idoso as possibilidades diagnósticas são enormes. Sintomas típicos são menos pronunciáveis, febre e leucocitose ausentes. Dor discreta e difusa no quadrante inferior direito. Distensão abdominal. Mucocele Patologia rara, mulher 4:1 para o homem. As formas cística, cistoadenoma: fez apendicectomia o paciente cura. Agora pode ter cistoadenocarcinoma: tumor maligno, pode levar a rotura pseudomixoma peritoneal e ascite mucinosa. 8 Nas mulheres eu tenho essa mucocele que é uma produção de muco excessiva na luz do apêndice, ela pode deixar o apêndice com dimensões muito avantajadas, tem casos que se confunde até com cisto de ovário. Na forma benigna, você retira o apendice e tá curado. Se for cistoadenocarcinoma, as vezes tem que fazer até uma quimioterapia. Por isso pedimos anatomopatológico pra todos os doentes. Os tumores do apêndice são raros, os malignos é menos de 1% dos casos. Os tumores carcinóides, assim como os adenocarcinomas, são os mais comuns, se eles forem menores que 2 cm ou ou invasão do meso: apendicectomia. Maior de 2 cm: colectomia direita. Só ficamos sabendo disso após o anatomopatológico.
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