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Edivânia dos Santos Evangelista da Silva 
Matricula: 201402491859 
Direito Civil lll 
 
Aula 14 
Caso Concreto 
(TRF 5 a. Região 2005 adaptada) No dia 8 de junho de 2004, foi publicada no Diário Oficial da 
União, para viger na data de sua publicação, uma lei ordinária por meio da qual foi efetuada a 
criação de uma loteria federal para financiar as universidades públicas. A lei estabeleceu que os 
valores arrecadados não reservados aos prêmios seriam utilizados exclusivamente para financiar 
programas de ensino e pesquisa nas universidades, faculdades, centros tecnológicos e escolas 
técnicas federais. A lei autorizou o Poder Executivo a instituir uma empresa pública federal, 
exploradora de atividade econômica, tendo por finalidade, entre outras, explorar a nova loteria. 
A lei dispôs que a loteria consistiria de 25 números e 25 signos, sendo que, para ter direito ao 
prêmio, o adquirente do bilhete deveria acertar os 3 números e os 3 signos que seriam 
escolhidos em sorteio realizado semanalmente. Determinou ainda que a pretensão dos 
adquirentes dos bilhetes para receber os prêmios, na esfera administrativa ou judicial, 
prescreveria em 6 meses. Instituída a empresa, o primeiro sorteio foi realizado no dia 22 de 
junho de 2004, tendo sido reproduzida, nos bilhetes da loteria, a fotografia de uma escultura, 
sem autorização do autor da obra. As regras de premiação foram resumidamente transcritas no 
verso do bilhete. Fortunato Ventura, com 19 anos de idade, acertou os três números e um dos 
signos sorteados. Tendo a empresa se recusado a pagar- lhe o prêmio, ele pretende exigir o 
pagamento na justiça por meio de ação ordinária, sob a alegação de que as regras de premiação 
não eram claras. Considerando a situação hipotética descrita, julgue os itens seguintes. Os itens 
julgados errados devem ser corrigidos. 
1. A loteria referida no texto é uma modalidade de aposta cuja natureza jurídica é de negócio 
jurídico bilateral, pois se trata de um contrato aleatório, Inter vivos, e de adesão, cuja existência 
e eficácia ficam sujeitas a condição suspensiva casual, caracterizada por evento futuro e incerto 
que consiste em acertar os três números e os três signos sorteados. 
2. A empresa pública mencionada tem personalidade jurídica de direito privado e, conforme 
previsto no Código Civil, sua existência legal somente teve início com a inscrição do seu fato 
constitutivo no respectivo registro. No direito brasileiro, o registro público das pessoas jurídicas 
de direito privado tem natureza constitutiva da sua personalidade jurídica. 
3. Embora o Código Civil estabeleça expressamente que as dívidas de jogo ou de aposta não 
obrigam a pagamento, tal preceito não se aplica à loteria objeto da hipótese em apreço, visto que 
se trata de aposta legalmente permitida. Os adquirentes dos bilhetes lotéricos mencionados 
somente se investem no direito de receber o prêmio na ocorrência do evento condicionado, 
caracterizado pelo acerto cumulativo dos três números e dos três signos sorteados. Trata-se de 
uma condição lícita e perfeitamente determinada, além de fisicamente e juridicamente possível. 
Assim, Fortunato Ventura não tem direito de receber o prêmio, pois não acertou os três signos 
sorteados, e, além disso, a regra da loteria é clara, consta de dispositivo legal e foi 
resumidamente transcrita no verso do bilhete. 
4. A Lei de Introdução ao Código Civil preceitua que a lei nova que estabeleça disposições 
gerais ou especiais, a par das já existentes, não revoga nem modifica a anterior. Em 
consequência desse dispositivo, o prazo prescricional de dez anos previsto especificamente no 
Código Civil para as pretensões decorrentes de jogos e apostas não se aplica à loteria em 
questão. 
Edivânia dos Santos Evangelista da Silva 
Matricula: 201402491859 
Direito Civil lll 
 
5. Caso Fortunato Ventura, depois de realizado o sorteio e antes de vencido o prazo 
prescricional, seja interditado, por meio de sentença judicial, em decorrência de deficiência 
mental que lhe reduza o discernimento para a prática de certos atos da vida civil, o prazo de 
prescrição mencionado no texto não correrá contra ele. 
6. Em virtude de disposição expressa, inserida na Constituição da República, a empresa pública 
responde objetivamente pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros. 
Consequentemente, na ação ordinária a ser proposta por Fortunato Ventura contra a referida 
empresa pública, cuja competência para processar e julgar é de um juiz federal de primeira 
instância, o autor não precisará provar o dolo ou a culpa da empresa ou de seus agentes. 
7. Tanto a Constituição da República quanto a legislação infraconstitucional garantem ao autor 
de obra artística o direito exclusivo de sua utilização, a qual, quando feita por terceiros, deve 
estar autorizada. Comprovado que a empresa pública referida reproduziu, em bilhete de loteria, 
fotografia de escultura sem autorização de seu autor, cabe-lhe indenizá-lo pelos danos moral e 
material verificados. 
RESPOSTA: O item 1 está errado - Trata-se de modalidade de jogo autorizado, contrato 
bilateral, aleatório e oneroso. Apenas a eficácia está condicionada e não a existência. 
RESPOSTA: O item 5 está errado - o prazo prescricional corre a partir do momento do 
acontecimento (art. 189, CC) e, neste caso, o prazo não se suspende. 
Questão objetiva 1 
(TJPR - Assessor Jurídico - 2004) Assinale a alternativa que contraria disposição do Código 
Civil de 2002: 
(A) No contrato intimatório, o consignatário não se exonera da obrigação de pagar o preço, se a 
restituição da coisa, em sua integridade, se tornar impossível, exceto por fato a ele não 
imputável. 
(b) Se do contrato de comissão constar a cláusula del credere, responderá o comissário 
solidariamente com as pessoas com que houver tratado em nome do comitente, caso em que, 
salvo estipulação em contrário, o comissário tem direito a remuneração mais elevada, para 
compensar o ônus assumido. 
(c) Pelo contrato de corretagem, uma pessoa, não ligada a outra em virtude de mandato, de 
prestação de serviços ou por qualquer relação de dependência, obriga-se a obter para a segunda 
um ou mais negócios, conforme as instruções recebidas. 
(d) No contrato de fiança, o fiador poderá exonerar-se da fiança que tiver assinado sem 
limitação de tempo, sempre que lhe convier, ficando obrigado por todos os efeitos da fiança, 
durante sessenta dias após a notificação do credor. 
Questão objetiva 2 
(TRT 14 a. Região 2008 adaptada) Sobre a transação, à luz do Direito Civil, assinale a 
alternativa correta: 
(A) A transação interpreta-se extensivamente. 
Edivânia dos Santos Evangelista da Silva 
Matricula: 201402491859 
Direito Civil lll 
 
(b) A transação é permitida somente quanto a direitos patrimoniais de caráter privado. 
(c) Pela transação pode se admitir direitos. 
(d) A transação não aproveita e nem prejudica senão aos que nela intervierem, salvo se relativa 
à coisa indivisível. 
e) A transação pode ser anulada por erro de direito a respeito das questões que foram objeto de 
controvérsia entre as partes.

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