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29/09/13 Controle da Expressão Gênica www.ufpe.br/biolmol/aula4_controle.htm 1/6 Home Aulas Exercícios Notícias Downloads Bibliografia Animações Programa Links ProGeNE Pós-graduação Medicina 4. O controle da expressão gênica Como dissemos anteriormente, as necessidades de um microrganismo como a bactéria Escherichia coli são muito variadas e mudam constantemente. Para cada situação determinada a bactéria precisa lançar mão de uma bateria de enzimas e proteínas, que não estavam disponíveis momentos antes e que provavelmente não serão mais necessárias minutos depois. Como consegue o organismo ligar e desligar genes, que comandarão a síntese de mRNAs, que darão origem por fim às proteínas necessárias? A este processo chamamos controle da expressão gênica. O operon lac Há muitos diferentes mecanismos de controle da expressão gênica, mesmo se considerarmos apenas a bactéria E. coli. Por isso procuraremos nos concentrar na análise de um deles, que tem muita aplicação em engenharia genética. Este mecanismo foi elucidado pelos franceses François Jacob e Jacques Monod, que receberam por isso o Prêmio Nobel em Medicina, em 1965, juntamente com Andre Lwoff (as Palestras Nobel estão disponíveis no site de downloads). Eles estudaram os genes que codificam as enzimas responsáveis pela degradação da lactose em E. coli. O modelo que discutimos a seguir já incorpora as modificações subseqüentes, fruto das contribuições de grupos de pesquisa no mundo todo, e exemplifica de forma didática um mecanismo que é comum a muitos outros microrganismos e observado na regulação de muitos genes. Através de experimentos em genética clássica (empregando mutantes e plasmídeos que transportavam genes e sítios reguladores para a bactéria hospedeira, criando assim diplóides parciais) Jacob e Monod criaram um modelo no qual o sítio promotor, associado a um outro sítio chamado operador, controlava a expressão de todos os genes imediatamente “abaixo”, isto é, 3’, do promotor. A este conjunto chamaram operon. Como os genes que estudavam eram os responsáveis pela síntese das proteínas que degradavam lactose, chamaram a este arranjo de genes operon lac. O diagrama básico do operon lac está representado nas figuras a seguir. Figura 1: Distribuição dos genes e módulos de controle do operon lac. O gene i, para o repressor lac, expresso constitutivamente, está situado próximo ao conjunto dos genes induzíveis lacZ, lacY e lacA, responsáveis pela síntese das proteínas b-galactosidase, permease e transacetilase. O promotor plac é controlado pelo operador olac, onde se ligam duas moléculas do repressor. O sítio operador é uma região do DNA logo abaixo do sítio promotor. Na verdade, os dois sítios estão parcialmente embricados (superpostos), pois o promotor se estende da base -45 até a base +5, enquanto o sítio operador vai da base -8 até a +12. Desta forma, se tivermos uma proteína ligada ao sítio operador, ela vai impedir que este seja ligado pela RNApol. Uma analogia razoável seria comparar o promotor com uma bota, em cujo bico está o sítio operador. Quando o bico da bota está ocupado com uma pedra, não se pode calçar a bota. Analogamente, quando o operador está ocupado pelo represssor lac (produto do gene i, que se liga ao operador na forma de um dímero), a RNA polimerase não pode se ligar ao promotor. O repressor lac, por sua vez, é o produto de um gene que está próximo ao operon, porém não faz parte integral dele (na verdade, este gene poderia estar muito distante no genoma de E. coli). Na ausência de lactose, as poucas moléculas de repressor presentes no citosol da bactéria (menos de 10 por célula!) são suficientes para silenciar a expressão do operon, ligando-se ao sítio operador. Todos estes eventos estão representados na figura 2a, a seguir. 29/09/13 Controle da Expressão Gênica www.ufpe.br/biolmol/aula4_controle.htm 2/6 Figura 2a: Esquema representativo do controle da transcrição dos genes para as enzimas responsáveis pelo uso da lactose em E. coli. O repressor, produto do gene i, liga-se ao operador (em verdade, duas moléculas), impedindo a ligação da RNApol ao sítio promotor Plac e bloqueando a transcrição. O repressor está representado por elipses vermelhas. Na presença de lactose, contudo, o repressor é inativado pela ligação de um produto do metabolismo da lactose, a alolactose. Inicia-se, então, a transcrição dos genes lacZ, lacY e lacA, formando-se um mRNA policistrônico. Este mRNA é imediatamente traduzido para formar três enzimas da via de degradação da lactose: a b-galactosidase (b-gal), a permease e a transacetilase. A b-gal degrada a lactose a galactose e glicose e a permease aumenta muitas vezes a permeabilidade da célula à lactose. Com isto a lactose do meio de cultura é rapidamente assimilada e utilizada pela célula. Quando a concentração de lactose reduz-se muito, até as moléculas que estão ligadas ao repressor acabarão sendo clivadas pela b- gal. A consequência disto é a ligação dos repressores, agora ativos, ao sítio operador, provocando a parada da transcrição dos genes lacZ, lacY e lacA. Estes eventos estão representados na figura 2b a seguir. Figura 2a: Esquema representativo do controle da transcrição dos genes para as enzimas responsáveis pelo uso da lactose em E. coli. A lactose no citosol bacteriano (rigorosamente, a alolactose, produto obtido pela transformação da lactose no interior da bactéria) liga-se ao repressor, inativando-o e liberando o promotor para ser ligado pela RNApol. O processo de transcrição estará liberado até que a concentração citosólica de lactose seja insuficiente para garantir a inativação das moléculas do repressor. Os produtos dos genes lacZ, lacY e lacA, b-galactosidase, permease transacetilase, respectivamente, estão representados por elipses azuis, em três tonalidades. O repressor está representado por elipses vermelhas. Este é o exemplo clássico de um operon que funciona por repressão. Há muitos outros semelhantes, que controlam em geral a síntese de enzimas responsáveis pela degradação de um determinado produto nem sempre disponível no ambiente. Há também genes operons que estão sempre “ligados” e que devem ser silenciados em determinadas situações. São em geral os genes para biossíntese de algum produto que a bactéria pode obter do ambiente. Somente quando falta este produto no meio de cultura é que a bactéria ativa a transcrição dos genes que irão produzir as enzimas necessárias à biossíntese do produto em falta. 29/09/13 Controle da Expressão Gênica www.ufpe.br/biolmol/aula4_controle.htm 3/6 Um ponto que fica obscuro na explicação acima é: como a lactose entrou na célula, se a permease não estava presente na membrana para transportá-la do exterior para o citosol? A razão é a seguinte: há sempre um pouco de permease na membrana, porque o operon "vaza", isto é, um pouco dos três produtos gênicos é sempre produzido. E vaza porque os repressores se desligam por breve momento do operador, já que a ligação de moléculas uma às outras por forças fracas não é eterna. No instante em que o operador estiver livre uma RNA polimerase pode transcrever o operon, o que de fato acontece. O vazamento é observado em todos os genes e operons bacterianos e, em grau muito menor, na maioria dos genes dos demais organismos. Pode parecer um gasto de energia desnecessário, mas o vazamento é inevitável. Por outro lado, sem ele a maior parte dos operons não funcionaria, porque não teria como ser disparado. Além destes dois sistemas há ainda outros, bastante mais complexos, que modulam de forma fina a expressão de genes nos procariotos. Há mesmo operons que são controlados por repressão e ativação simultaneamente. Vale ressaltar que o próprio operon lac tem uma particularidade, descoberta muitos anos depois de sua elucidação por Jacob e Monod: é o controle da sua expressão exercido por uma proteína chamadaCAP (“catabolite gene activator protein”), uma proteína dimérica como o repressor lac, com aprox. 45.000 Da. A proteína CAP não tem qualquer influência na expressão do operon enquanto não estiver ligada ao AMP cíclico. Entretanto, uma vez ligada, ela se associa a um sítio acima (5’) do promotor, o que permite uma ligação muito mais rápida e efetiva da RNApol ao sítio promotor. Na analogia da bota que fizemos acima, o complexo CAP-cAMP funcionaria como uma calçadeira: na ausência de pedra na ponta da bota (repressor) a calçadeira (CAP-cAMP) facilitaria muito a entrada do pé (RNApol) na bota (promotor). Este curioso mecanismo de controle positivo do operon lac também foi observado em diversos outros operons bacterianos. Qual seu objetivo, afinal? A explicação é simples: quando a bactéria não tem glicose para degradar, ela passa por um processo de “fome” celular, com conseqüente aumento dos níveis de cAMP celulares. Este cAMP se liga à proteína CAP, permitindo uma expressão aumentada de todos os operons que são responsáveis pela degradação de açúcares e outros produtos energéticos. A figura a seguir ilustra e comenta o fenômeno da "indução" da expressão pelo consumo da glicose. P.: Quando se adicional lactose ao meio de cultura da bactéria E. coli, há um aumento da produção de b-galactosidase, mas de apenas 10X. Somente depois de alguns minutos é que a produção de b-gal dispara para 100.000 X o valor final. Como se explica isso, que está representado no gráfico abaixo? R: O fenômeno pode ser explicado pela conversão do promotor lac de fraco em forte. Na natureza, o promotor deste operon em E. coli é fraco, isto é, mesmo quando liberado, ele não será sempre reconhecido pela RNApol. Consequentemente, a expressão dos genes do operon vai ser discreta. Assim que adicionamos lactose ao meio de cultura (que tinha uma pequena fração de glicose, sem que os experimentadores se dessem conta disso), o promotor é liberado, pois os repressores que estavam ligados ao operador são retirados. Mas sendo o promotor fraco, o aumento de expressão é de apenas 10X. Após um intervalo de tempo (Dt) a glicose residual presente no meio de cultura é degradada, o que faz com que a concentração do cAMP da célula comece a aumentar (indicando a fome celular). O cAMP se liga a uma proteína citosólica denominada CAP, e o complexo CAP-cAMP vai ligar-se ao DNA bacteriano um pouco acima do promotor lac (em torno da posição -45). Assim que isso ocorre, o promotor converte-se de fraco em forte, obrigando a toda RNApol que passar por ele a transcrever uma fita de RNA. O resultado é a produção explosiva de b-galactosidase, que vai ser usada para degradar e aproveitar rapidamente a lactose do meio, "matando a fome" da bactéria. Enfim, o gráfico demonstra a conversão de um promotor fraco num promotor forte e a predileção da E. coli pela glicose como fonte de energia. Figura 4: Controle do operon lac pela proteína CAP Novo! Veja mais sobre a maneira como o complexo CAP-cAMP controla a transcrição dos genes lacZ. lacY e lacA no link 29/09/13 Controle da Expressão Gênica www.ufpe.br/biolmol/aula4_controle.htm 4/6 Que importância tem o operon lac na genética molecular? Muitos dos vetores de expressão, sejam eles fagos ou plasmídeos, empregados em engenharia genética, têm o gene clonado sob o controle de um promotor/operador lac. Este sistema propicia o controle da expressão do gene clonado através da adição de um análogo da lactose, o IPTG (isopropiltiogalactosídeo). Este produto é muitas vezes mais efetivo que a lactose na indução da expressão do operon lac, além de não ser degradado. Veremos mais adiante como podemos tirar vantagem destas construções artificiais de genes para a produção de proteínas recombinantes. O operon triptofano (operon tryp) A biossíntese de aminoácidos é um processo muito caro em termos energéticos. Por isso, quando há, por exemplo, triptofano disponível no meio de cultura, a Escherichia coli imediatamente cessa de produzir as enzimas necessárias à biossíntese do aminoácido. O processo é alcançado pela ativação de um repressor solúvel que, na ausência de triptofano, é inativo. A ativação é feita, compreensivelmente, pelo próprio triptofano que assim, estando presente, bloqueia sua própria síntese endógena. A figura abaixo representa este processo. Quando a concentração de triptofano diminui muito, o complexo repressor-triptofano se desfaz e o operon é ativado. A figura mostra de forma esquemática que o operon tem uma região que antecede os genes da via biossintética propriamente ditos, trypE, trypD, trypC, trypB e trypA. Esta sequência é conhecida como sequência líder e tem um papel fundamental no processo que será discutido mais adiante, chamado atenuação. Observe que cada gene inicia com um códon ATG e termina com um códon TGA (ou qualquer dos outros dois códons de parada). Figura 5: Esquema representativo do controle da transcrição dos genes para as enzimas responsáveis pela síntese de triptofano na E. coli, no nível de repressão do operador. O repressor é inativo logo após sua síntese e necessita do triptofano para ativar-se. Quando isto ocorre, ele se liga ao operador , impedindo a ligação da RNApol ao sítio promotor Ptryp e bloqueando a transcrição. O processo de transcrição é de novo liberado quando a concentração citosólica de triptofano é insuficiente para garantir a ativação das moléculas do repressor. Pela primeira vez ao longo deste texto enfatizamos a presença de uma sequência que antecede a região a ser traduzida, representada na figura pela sigla SD. É a sequência de Shine-Delgarno, ou sítio ligador de ribossomos (RBS) da E. coli. Os demais procariotos têm estruturas muito semelhantes e os eucariotos não são muito diferentes neste aspecto. A sub-unidade leve do ribossomo, ainda antes de agregar-se à sub-unidade pesada, associa-se ao mRNA através desta sequência e desliza no sentido 3 ´até alcançar o primeiro códon AUG. De acordo com o conhecimento atual o tRNA para formil-metionina (nos procariotos) também se liga à sub-unidade leve associada ao mRNA, ainda no RBS, e é ele que 29/09/13 Controle da Expressão Gênica www.ufpe.br/biolmol/aula4_controle.htm 5/6 determina a parada do complexo "sub-unidade leve-tRNA" no primeiro códon AUG (que o anti-códon do tRNA para metionina reconhece). À frente de todo gene ou região que será traduzida (como a parte da sequência líder do operon triptofano, da qual falaremos em breve, que dá origem a um peptídeo líder) deve haver fatalmente um RBS, como mostrado na figura acima e nas demais abaixo, neste sub-item, sem o que não haverá síntese protéica. A existência de um RBS entre genes de um mRNA policistrônico é a forma pela qual a natureza garante a tradução do gene após a liberação das duas sub-unidades do ribossomo quando termina a tradução do gene anterior. Uma vez liberado o operador, há a transcrição imediata do DNA. O RNA produzido inicia-se pelas 4 sequências representadas em vermelho, que têm uma particularidade interessante: podem parear duas a duas, 1 com 2, 2 com 3 ou 3 com 4, formando sempre grampos. Apenas o grampo 3-4 é um grampo de terminação, pois é seguido de um poli-U. Por outro lado, apenas a primeira sequência possui códons para triptofano (dois seguidos, neste caso). Para que existe esta sequência-líder à frente dos genes da via biossintética? Como veremos a seguir, ela serve para interromper precocemente a síntese de RNA caso ainda haja algum triptofano no citosol bacteriano, insuficiente para ativar o repressor mas suficiente para garantir a produção de proteínas. O que a bactéria mede com este sistema? A concentração de tRNA carregado com triptofano, que é exatamente o "precursor" deste amonoácido necessário à cadeia polipeptídoca nascente. A figura a seguir mostra asituação em que a quantidade de triptofano na célula é tão reduzida que não há tRNA carregado com triptofano disponível para a síntese protéica. Figura 6:Esquema representativo do controle da transcrição dos genes para as enzimas responsáveis pela síntese de triptofano na E. coli, no nível de atenuação. A parada dos ribossomos sobre a região 1 (I) permite o pareamento das regiões 2 e 3 (II) que, distantes do poli-U que sucede a região 4, não configuram um grampo de terminação. A transcrição progride (III), dando ao final a síntese das 5 enzimas que formam a via biossintética do triptofano. A síntese do mRNA inicia-se assim que o operador é liberado.O ribossomo se liga à sequência de Shine Delargno acima (5 )´ da região 1 e desliza até encontrar o primeiro AUG. Ao entrar na região 1 o ribossoma vai encontrar dois códons para triptofano. Na situação prevista nesta figura não há tRNA carregado com triptofano. A síntese protéica pára. A síntese de RNA continua, pois é independente destes fatores, transcrevendo as regiões 2 e 3, que pareiam entre si, já que a região 1 está protegida contra pareamentos pelos ribossomos que a estão cobrindo. Em seguida a RNApol transcreve a região 4 e a sequência poli-A, dando origem a uma sequência poli-U. Este poli-U está muito distante do grampo 2-3 formado anteriormente e não configura um grampo de terminação. A síntese de RNA, portanto, avança pela região dos genes da biossíntese do triptofano e termina por permitir a síntese das 5 enzimas da via biossintética. Todo este processo faz sentido nesta situação, pois não há definitivamente triptofano suficiente para garantir a síntese das proteínas pela bactéria. Ao contrário, quando há ainda um pouco de triptofano, insuficiente para ativar o repressor mas suficiente para garantir a síntese protéica, o pareamento das sequências que compões a sequência-líder muda. A figura seguinte 29/09/13 Controle da Expressão Gênica www.ufpe.br/biolmol/aula4_controle.htm 6/6 representa esta nova situação. Figura 7: Esquema representativo do controle da transcrição dos genes para as enzimas responsáveis pela síntese de triptofano na E. coli, no nível de atenuação. A cobetura das regiões 1 e 2 pelos ribossomos, na presença de tRNA carregado com triptofano no citosol bacteriano, permite o pareamento das regiões 3 e 4 que, próximas do poli-U que sucede a região 4, configuram agora um grampo de terminação. A transcrição é encerrada precocemente, não dando origem à síntese das 5 enzimas que formam a via biossintética do triptofano. Nesta nova situação a quantidade de triptofano é muito pequena, porém suficiente para garantir a presença de tRNAs carregados com triptofano no citosol. Com isto, os ribossomos não param sobre a região 1 e progridem para a região 2, quando a RNA polimerase está transcrevendo a região 3. Antes que toda a tradução da região 2 seja, feita a RNApol já transcreveu a região 4 e formou o poli-U, o que dá origem ao grampo de terminação mostrado na figura acima. ativado. É bom relembrar que as regiões 1 e 2 não podem parear pois estão recobertas e protegidas pelos ribossomos engajados na síntese do peptídeo líder. Quando este fenômeno acontece, a síntese de RNA é encerrada antes da transcrição dos genes da via biossintética, e nenhuma enzima da via será produzida. De fato, a atenuação da transcrição economiza energia da bactéria, que não precisa sintetizar enzimas para a produção de um aminoácio que ela ainda dispõe, embora em pequena quantidade. O mesmo mecanismo descrito para o triptofano é empregado em outras vias biossíntéticas de aminoácidos. A razão parece ser o alto custo energético destas vias. A Natureza criou com este sistema uma forma de discriminar entre pouco e insuficiente, contornando a forma tosca com que o sistema repressor/operador controla a expressão gênica (lembre-se de que o repressor se desliga ocasionalmente do operador, dando origem ao vazamento, que é importante para a expressão gênica, particularmente ao disparo de certos operons, como o lac). É possível que se um sistema de repressão simples como o das bactérias fosse "regulado" para não ser aberto ou fechado senão em circunstâncias extremas, ele jamais funcionaria, ficando sempre fechado ou sempre aberto, conforme o caso. volta ao topo volta à página de distribuição de aulas
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