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Do sintoma à sindrome - PARTE I

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Ana Cláudia Castello Branco Rena 
Nosologia - 2014 
RELEMBRANDO... 
 Síndromes: agrupamentos 
relativamente constantes e 
estáveis de determinados sinais e 
sintomas. É uma descrição de um 
conjunto momentâneo e recorrente 
de sinais e sintomas. 
 
 
DO SINTOMA A SÍNDROME 
 As vivências psicopatológicas têm duas perspectivas fundamentais: 
1. Transfundos: campo onde ocorrem os sintomas emergentes. 
1.1 Estáveis (palco, contexto) 
 Inteligência: determina os contornos, a diferenciação, 
profundidade e riqueza de sintomas (ex. pacientes inteligentes 
desenvolvem delírios ricos e complexos; interpretam e 
desenvolvem dimensões conceituais das vivências já os com 
déficit intelectual ou cognitivo apresentam quadros 
indiscriminados, superficiais, pobres). 
 Personalidade: decisiva na amplitude e intensidade dos 
fenômenos no que diz respeito à resposta afetiva. Ex. passivos, 
dependentes ≠ hipersensíveis, reativos, explosivo. 
 
DO SINTOMA A SÍNDROME 
1. Transfundos: 
1.2 Mutáveis : determinam a qualidade e o sentido do 
conjunto das vivências psicopatológicas. 
 Nível de consciência (sob estado de turvação ou 
rebaixamento da consciência a vivência ganha 
aspecto de sonho). 
 Humor e estado afetivo: influenciam no 
desencadeamento dando dimensões próprias à 
vivência (ex. estado depressivo ou maníaco). 
 
DO SINTOMA A SÍNDROME 
2) Sintomas emergentes: vivências mais destacadas, 
individualizáveis. 
Ex. alucinações (sensopercepção), delírios (juízo), 
alterações do pensamento ou linguagem. 
 Temos assim a identificação de sintomas (vivências 
psicopatológicas) que emergem em um determinado 
contexto (transfundos) o que nos orienta no 
reconhecimento desta ou daquela síndrome. 
 
A EVOLUÇÃO TEMPORAL DOS 
TRANSTORNOS MENTAIS 
1) Curso dos transtornos mentais: 
Processo: transformação lenta e insidiosa e 
radical da personalidade; de caráter endógeno; 
irreversível; diz-se da esquizofrenia; mas comum 
em processos biológicos como a demência. 
Desenvolvimento: refere-se à evolução 
psicologicamente compreensível de uma 
personalidade ainda que de caráter anormal; há 
uma conexão de sentido, uma coerência com a 
trajetória de vida do sujeito. 
 
A EVOLUÇÃO TEMPORAL DOS 
TRANSTORNOS MENTAIS 
2) Classificação dos fenômenos : 
Crises (ou ataques): surgimentos abruptos; dura por 
minutos (raramente horas); termo utilizado para crise 
epilética, maníaca, de ansiedade, etc. 
Episódio: com duração de dias ou até semanas; termo 
utilizado em situações em que não se tem segurança quanto 
à natureza do fenômeno. 
A EVOLUÇÃO TEMPORAL DOS 
TRANSTORNOS MENTAIS 
Reação vivencial anormal: fenômeno desencadeado por situações 
vitais de grande impacto; reposta muito marcante e com duração 
prolongada; pode durar semanas ou meses; não provoca grandes 
alterações na personalidade com retomada da vida normal. Ex: 
sintomas fóbicos ou paranoides após a perda do emprego ou 
divórcio. 
Fase: refere-se particularmente aos períodos de mania e 
depressão; pode durar semanas ou meses; não provoca grandes 
alterações na personalidade com retomada da vida normal; de 
difícil compreensão quanto á sua gênese, mas de caráter 
endógeno. 
 
A EVOLUÇÃO TEMPORAL DOS 
TRANSTORNOS MENTAIS 
Surto: ocorrência aguda, repentina eclosão de 
doença de base endógena, sem uma base 
psicológica inteligível; sequelas irreversíveis; 
pode durar de 3 a 4 meses. 
 Estado residual: sinais e sintomas sequelares 
(predominantemente negativos). 
“O característico do surto é que ele produz sequelas irreversíveis, 
danos à personalidade e/ou à esfera cognitiva do indivíduo. (...) o 
indivíduo ‘sai’ do surto ‘diferente’, seu contato com os amigos 
torna-se mais distanciados, o afeto modula menos e ele tem 
dificuldades na vida social que não consegue explicar ou 
entender.“ (DALGALARRONDO, 2000, P 183) 
 
Endógena: 
processo 
interno; sem 
justificativa no 
ambiente. 
 
 
COMPONENTES DO SURGIMENTO, DA 
CONSTITUIÇÃO E MANIFESTAÇÃO DOS SINTOMAS 
E DOS TRANSTORNOS. 
 Vulnerabilidade constitucional 
(hereditariedade, constituição); 
 Fatores predisponentes (ocorrem no início 
da vida); 
 Fatores precipitantes (ou desencadeantes). 
SÍNDROMES ANSIOSAS 
 
SÍNDROMES ANSIOSAS 
 
 Ansiedade Generalizada: sintomas ansiosos 
excessivos (angústia, tensão, preocupação, 
irritação)na maior parte do dia por pelo menos 
seis meses. Outros sintomas: insônia, dificuldade 
de concentração, “cabeça ruim”, sintomas físicos. 
Faz-se necessário verificar se os sintomas 
ansiosos causam sofrimento e/ou prejudicam a 
vida social e ocupacional do sujeito. 
 
SÍNDROMES ANSIOSA 
 
 Sintomas físicos: taquicardia, tontura, 
cefaléia, problemas estomacais, 
formigamento, sudorese fria (no popular: 
“gastura”, “repuxamento dos nervos” e 
“cabeça ruim”. 
CONTINUAÇÃO 
 
 Crise de ansiedade: crises intermitentes 
com a eclosão de vários sintomas 
ansiosos em número e intensidade 
significativas. 
 Ocasionalmente associado a uma 
sintomatologia ansiosa de base 
constante e generalizada. 
Surgimentos 
abruptos; dura 
por minutos 
(raramente 
horas). 
CONTINUAÇÃO 
 
 Crises de pânicos: crises intensas de ansiedade com 
importante descarga do sistema nervoso autônomo 
(taquicardia, sudorese, tremores, dispneia, náuseas, 
fogachos, formigamento). 
 Despersonalização: auto estranhamento; 
 Desrealização: estranhamento do ambiente, não-
familiar. 
 Início abrupto e curta duração (5 a 10 min.). 
 Medo de infarto iminente ou enlouquecimento. 
 Desencadeamento: aglomerados humanos, túneis, 
congestionamento, situações de ameaça. 
 
 
CONTINUAÇÃO 
 
 Transtorno de pânico: 
 
 Crises recorrentes (mínimo 1 mês) de pânico com 
desenvolvimento de medo de novas crises e suas 
implicações e com sofrimento subjetivo. 
 Mais comum no sexo feminino (3:1); 
 Início entre 15 e 25 anos; 
 Importante descarga do sistema nervoso autônomo 
(taquicardia, sudorese, tremores, dispneia, 
náuseas, calafrios ou fogachos, formigamento, 
parestesia, sensação de desmaio). 
Sensações na pele sem a 
presença de estímulo (frio, 
calor, formigamento, 
pressão). 
CONTINUAÇÃO 
 
 Transtorno de pânico: 
 Aparecem sem motivo aparente, inclusive durante 
o sono. 
 Pode ser acompanhado de agorafobia (evitar 
situações nas quais seria difícil receber auxílio, em 
caso de mal pedir sempre a companhia de alguém). 
 Tem evolução crônica e flutuante, com remissões 
parciais ou totais. 
CONTINUAÇÃO 
 
 Agorafobia: 
 Manifestação persistente. 
 Evolução contínua não sendo em crises. 
 Mal estar até por atividade ideativa ou por 
estímulo sensorial. 
 Evitar situações nas quais seria difícil 
receber auxílio, em caso de mal pedir 
sempre a companhia de alguém). 
 
Sensação ansiosa por 
ver imagens, ouvir 
relatos ou até mesmo 
imaginar situações 
de estresse. 
CONTINUAÇÃO 
 
 Fobia Social: 
 Característica sintomática comum com o transtorno do 
pânico, porém tem aspectos fenomenológicos distintos: 
medo de falar ou comer em público, usar banheiros 
públicos, ser centro das atenções). 
 Os ataques não são espontâneos, só ocorrendo na 
presença da situações social específica. 
 É, frequentemente, incapacitante. 
 
CONTINUAÇÃO 
 
 Transtorno de estresse pós-traumático: 
 Quadro ansioso consequente da exposição a 
experiências traumáticas (violência, acidentes, 
estupros, causas naturais, guerra, etc.). Prevalência de 7 à 9% da população geral (de 
Albuquerque et al. 2003). 
 Revivência em flash-backs, em pesadelos ou 
pensamentos e imagens dos fatos traumáticos. 
 
CONTINUAÇÃO 
 
 Transtorno de estresse pós-traumático: 
 Esquiva persistente à determinados estímulos, 
atividades ou situações ligados ao trauma. 
 Diminuição do interesse, isolamento, tristeza – 
depressão associada. 
 Distúrbio do sono, irritabilidade, dificuldade de 
concentração, hipervigilância. 
 Sintomas devem ter duração de pelo menos 1 mês. 
 
 
CONTINUAÇÃO 
 
 Transtorno de estresse pós-traumático: 
 Os sintomas podem ser: 
Agudos: iniciam nos primeiros 3 meses após o 
trauma; 
Crônico: quando a duração do sintoma é 
superior a 3 meses após o trauma; 
Tardio: sintomas se instalam após 6 meses do 
evento traumático. 
 
 
CONTINUAÇÃO 
 
 Transtorno Obsessivo Compulsivo (TOC): 
 Obsessões e compulsões repetitivos e estereotipados. 
 Impulso caráter de alívio sem culpa. 
 Compulsão caráter de alívio com culpa. 
 Pensamentos e/ou comportamentos que assumem o comando da 
vida mental (consciência) do sujeito, mesmo contra sua vontade. 
 Temas mais comuns: sujeira ou contaminação, violência, sexo, 
organização. Ex. compulsão de lavar as mãos, de checagem ou de 
dúvida, de rezar. 
 
 
 
FARMACOLOGIA PARA SÍNDROME DE 
ANSIEDADE 
FARMACOLOGIA PARA SÍNDROME DE 
ANSIEDADE 
FARMACOLOGIA PARA SÍNDROME DE 
ANSIEDADE 
Benzodiazepinicos 
 Indicações: 
 Em transtornos de ansiedade; relaxamento 
muscular; insônia; estados epiléticos 
(diazepan); epilepsia (clonazepan), anestesia 
pré-operatória e abstinência alcoólica. 
 O alprazolam também é usado na síndrome do 
pânico e na depressão (clonazepam). 
 
Benzodiazepinicos 
 Estas drogas podem causar dependência e por 
isso devem ser usadas com cuidado pelo médico, 
sendo sensato usar por períodos menores, 
dependendo da patologia. 
 Risco de abstinência na retirada da droga e 
apresentam agitação, ansiedade, palpitação, 
sudorese e confusão mental. 
FARMACOLOGIA PARA SÍNDROME DE 
ANSIEDADE 
Benzodiazepinicos 
Efeitos colaterais: 
 O mais comum é a sedação, mas podem 
ocorrer tonturas, fraquezas nauseas e 
hipotensão leve. 
 Seguros em intoxicação até 30 vezes a dose 
diária. 
 
 
Risco auto-
extermínio 
por 
intoxicação é 
quase 0. 
FARMACOLOGIA PARA SÍNDROME DE 
ANSIEDADE 
 
 
FARMACOLOGIA PARA SÍNDROME DE 
ANSIEDADE 
COMPOSTO NOME FANTASIA DOSAGENS 
Diazepam comprimidos (5 e 10 mg e ampolas de 2 
ml) 
 
Clonazepam Rivotril 
Flurazepam/Dalmadorm 
0,5 e 2 mg 
 
Alprazolam 
 
Frontal 0,25, 0,5 e 1 mg 
Clordiazepóxido Psicossedin 25mg 
Funitrazepam Rohypnol 1 mg 
Lorazepam Lorax 1 e 2 mg 
Nitrazepam Sonebon 5 mg 
 
 Estas drogas podem causar dependência e por isso 
devem ser usadas com cuidado pelo médico, sendo 
sensato usar por períodos menores, dependendo da 
patologia 
 Alguns pacientes experimentam sintomas de 
abstinência quando se faz a retirada abrupta da 
droga, após um longo temo de uso, apresentando 
agitação, ansiedade, palpitações, sudorese e confusão 
mental. 
FARMACOLOGIA PARA SÍNDROME DE 
ANSIEDADE 
Efeitos Colaterais 
 O efeito colateral mais comum é a sedação, mas 
podem ocorrer tonturas, fraquezas, náuseas e 
hipotensão leve. 
 Medicamentos para controlar os efeitos colaterais: 
Cetaconazol, nefazodona, fluoxetina, cimetidina, 
fluvixamina, sertralina – aumentam o nível sérico 
(concentração do fármaco no sangue) 
 Carbamazepina: diminui o nível sérico. 
 
FARMACOLOGIA PARA SÍNDROME DE 
ANSIEDADE 
SÍNDROMES DEPRESSIVAS 
 
“E pouco a pouco esvanece a bruma, 
Tudo se alegra à luz do céu risonho 
E ao flóreo bafo que o sertão perfuma 
Porém minh’alma triste e sem um sonho 
Murmura olhando o prado, o rio, a espuma: 
Como isso é pobre, insípido, enfadonho!” 
(Fagundes Varela) 
 
SÍNDROMES DEPRESSIVAS 
 
 Segundo a OMS, a depressão unipolar (ou maior) 
afeta cerca de 50 milhões de pessoas no mundo, sendo 
a primeira causa de incapacidade para o trabalho 
entre todos os problemas de saúde (Murray e Lopez, 
1996) e a quarta causa de ônus social. 
 DEPRESSÃO ≠ TRISTEZA 
 Tristeza: reação de ajustamento a uma situação 
adversa. 
Faz referência 
à depressão 
de apenas um 
polo em 
oposição à 
depressão 
bipolar. 
SÍNDROMES DEPRESSIVAS 
 
 Causas 
 Reacional 
 Biológicas (alterações congênitas ou do 
ciclo vital – período menstrual, 
menopausa, andropausa). 
 Genéticas 
 Neuroquímicos 
SÍNDROMES DEPRESSIVAS 
 
 Ocorrência 
 Mais comum nas mulheres; 
 Mais comum em pessoas separadas, solteiras ou 
viúvas; 
 Em pacientes internados por doenças clínicas (22 à 
33%); 
 50 à 80% dos pacientes que receberam tratamento 
para depressão podem apresentar outro episódio; 
 Inicia-se entre 20 a 44 anos. 
 
SÍNDROMES DEPRESSIVAS 
 
 
 Sintomas afetivos: tristeza, choro fácil, 
apatia, sentimento de falta de sentimento, 
tédio, aborrecimento crônico, 
irritabilidade, angústia, ansiedade, 
desespero. 
SÍNDROMES DEPRESSIVAS 
 
 
 Alterações da esfera instintiva e 
neurovegetativa: fadiga, desânimo, anedonia 
hipobulia, insônia ou hipersonia, perda ou 
aumento do apetite, constipação, palidez, 
pele fria, diminuição da libido e da resposta 
sexual (disfunção erétil, orgasmo retardado 
ou anorgasmia). 
Queda 
da 
capacida
de 
volitiva. 
Falta 
de 
prazer. 
CONTINUAÇÃO 
 
Alterações ideativas: pessimismo, 
arrependimento e culpa, ruminações, vida 
sem sentido, ideias de morte ou de sumiço, 
ideação suicida. 
Alterações cognitivas: déficit de atenção, 
concentração e memória, dificuldade de 
tomar decisões, pseudodemência. 
CONTINUAÇÃO 
 
 
Alterações da autovaloração: auto-estima 
diminuída, sentimento de incapacidade ou 
insuficiência, sentimento de vergonha e 
autodepreciação. 
CONTINUAÇÃO 
 
 Alterações da volição e da psicomotricidade: 
tendência a isolar-se na cama, lentificação do 
pensamento e psicomotora, diminuição da fala, 
mutismo, negativismo (recusa alimentação, à 
interação pessoal). 
CONTINUAÇÃO 
 
 Sintomas psicóticos: 
 Ideias delirantes de conteúdo negativo (ruína, 
miséria, culpa); de inexistência (de si e do 
mundo); delírio hipocondríaco. 
 Alucinações: geralmente auditivas com conteúdo 
depressivo. 
 Ilusões auditivas ou visuais. 
 Ideação paranóide e outros sintomas psicóticos 
humor-incongruentes. 
Delírios e alucinações 
incompatíveis com o humor 
depressivo. 
SUBTIPOS DE SÍNDROMES E TRANSTORNOS 
DEPRESSIVOS 
 Perdas e depressão: leitura pg 191. 
 
 Episódio depressivo e transtorno depressivo 
recorrente: sintomas depressivos devem estar 
presentes por pelo menos duas semanas e não 
mais que dois anos de forma ininterrupta. 
Duram em geral entre 3 e 12 meses. Na cid-10 
são classificados como leve, moderado ou 
grave. 
Vários episódios 
que não são 
intercalados por 
fases de mania. 
DISTIMIA 
 
 Depressão crônica, leve mas duradoura. 
 Começa no início da vida adulta e dura pelo 
menos vários anos. 
 Sintomas: diminuição da auto-estima, fadiga, 
dificuldade de tomar decisões ou se concentrar, 
mau humor crônico, irritabilidade e 
desesperança. 
 Devem estar presentes por pelo menos dois anos. 
DEPRESSÃO ATÍPICA Subtipo que pode ocorrer em quadros depressivos 
de intensidade leve à grave, em transtornos uni 
ou bipolar. 
 Apresenta além dos sintomas depressivos 
característicos: 
 Aumento de apetite (doces e chocolates) e ou ganho de 
peso; 
 Hipersonia (> 10 horas por dia); 
 Sensação de corpo muito pesado (paralisía plúmblea ou 
inerte); 
 Baixa tolerância; 
 Reatividade ou labilidade de humor almentada; 
 Fobias e aspectos histriônicos (teatralidade, 
sugestionabilidade). 
 
DEPRESSÃO TIPO MELANCÓLICA OU 
ENDÓGENA 
Predominam sintomas endógenos de natureza mais 
biológica que psicológica. 
 Sintomas típicos: 
 lentificação psicomotora, 
 perda do apetite e peso, 
 alterações do sono, 
 anedonia, 
 depressão pior pela manhã, 
 hiporreatividade, 
 tristeza vital, 
 ideação de culpa. 
OUTROS TIPOS 
 
 Depressão psicótica: depressão grave onde os 
sintomas depressivos são associados a sintomas 
psicóticos como delírio de ruína e culpa, 
hipocondríacos, negação de órgãos ou alucinações 
com conteúdos depressivos (humor-congruente). 
 Caso os sintomas psicóticos não sejam de conteúdo 
negativo são denominados sintomas psicóticos 
humor-incongruentes (paranoicos, inserção de 
pensamentos, auto-referentes). 
OUTROS TIPOS 
 
 Estupor depressivo: grave, onde o pcte fica dias 
na cama em estado de catalepsia (imóvel, 
geralmente rígido). 
 Negativismo: ausência de respostas às 
solicitações ambientais; mutismo; urinando e 
defecando no leito. 
 Risco de morte por desidratação, complicações 
renais, pulmonares ou hidroeletrolíticas 
(desestabilização de potássio, etc). 
OUTROS TIPOS 
 
 Depressão agitada ou ansiosa: depressão 
com forte componente de ansiedade e 
inquietação psicomotora. Insone, irritado, 
risco de suicídio. 
 Depressão secundária: associada a quadro 
clínico ou somático (hipo ou 
hipertireoidísmo, lupus, parkinson, AVC). 
FARMACOLOGIA PARA SÍNDROME DEPRESSIVAS 
 
 Antidepressivos 
 
 É a categoria de drogas que mais foi ampliada 
nas últimas décadas. 
 Descobertos na década de 50. 
 
FARMACOLOGIA PARA SÍNDROME DEPRESSIVAS 
 
 Classes1: Antidepressivos Tricíclicos 
 
São os mais prescritos no SUS sendo 
indicados para depressão, enurese noturna, 
dores crônicas, pânico, transtornos da 
alimentação, fobias e TOC. 
 
 
FARMACOLOGIA PARA SÍNDROME DEPRESSIVAS 
 
 Classe1: Antidepressivos Tricíclicos 
(ISRSs) 
 Bloqueiam a receptação de serotonina e 
noradrenalina. 
 
 Ps: Os inibidores seletivos da recaptação da serotonina 
ISRSs aumentam a concentração extracelular do 
neurotransmissor serotonina ao inibir a sua recaptação pelo 
neurónio pré-sináptico, aumentando o nível de serotonina 
disponível para se ligar ao receptor pós-sináptico. 
 
 
FARMACOLOGIA PARA SÍNDROME DEPRESSIVAS 
 
 Classe1: Antidepressivos Tricíclicos 
 
 Exemplos: Amitripilitlina (75 a 225 mg/dia), 
imipramina (25 a 225 mg/dia), nortriptilina (50 a 
150 mg/dia), Clomipramina (75 a 225 mg/dia – pode 
ser usada por via endovenosa ou em soroterapia). 
 Uso por tempo prolongado : 8 a 12 meses após 
melhora dos sintomas. 
 
 
FARMACOLOGIA PARA SÍNDROME DEPRESSIVAS 
 
 Classe1: Antidepressivos Tricíclicos 
 
 Efeitos colaterais: hipotensão ortástica, tonteira, 
constipação intestinal, visão borrada, boca seca, 
ganho de peso, sonolencia, distúrbios sexuais. 
 Evitar em pacientes com arritimias cardíacas e com 
diminuição da motilidade intestinal. 
Redução excessiva da 
pressão arterial ao adotar-se 
a posição vertical, o que 
provoca uma diminuição do 
fluxo sanguíneo ao cérebro e 
o consequente desmaio. 
FARMACOLOGIA PARA SÍNDROME DEPRESSIVAS 
 
 Antidepressivos 
 Classe 2: Os inibidores seletivos da 
recaptação da serotonina (ISRSs) 
 Foram liberados para uso em 1988 com 
crescente aumento de prescrição. 
 Bom perfil de segurança e efeitos 
colaterais quando comparados com os 
tricíclicos. 
 
FARMACOLOGIA PARA SÍNDROME DEPRESSIVAS 
 
 Antidepressivos 
 Classe 2: Os inibidores seletivos da 
recaptação da serotonina (ISRSs) 
 São usados na depressão, pânico, TOC, 
fobias, dor crônica, transtornos da 
alimentação, transtorno de ansiedade, TPM. 
 Fluoxetina 20mg, Paroxetina 20 mg, 
Citalobra, 20 mg, Sertralina 25 e 50 mg, 
Fluvoxamina 100 mg, escitalopram 20 mg. 
 
 
FARMACOLOGIA PARA SÍNDROME DEPRESSIVAS 
 
 Antidepressivos 
 Classe 2: Os inibidores seletivos da 
recaptação da serotonina (ISRSs) 
 Efeitos colaterais mais comuns são os 
gastrintestinais (náuseas, diarreia, cólicas, 
azia), mas também a relatos de insônia (10 
a 20% dos casos); sonolência (comum no 
uso da Paroxetina), diminuição do apetite 
(comum no uso da fluoxetina) e boca seca. 
 
FARMACOLOGIA PARA SÍNDROME DEPRESSIVAS 
 
 Antidepressivos 
 Classe 2: Os inibidores seletivos da 
recaptação da serotonina (ISRSs) 
 Tempo de uso prolongado: 8 à 12 meses. 
 Suspensão lenta e gradual. 
 
 
SÍNDROMES MANÍACAS 
“A euforia, ou alegria patológica, assim como a elação ou 
expansão do eu constituem a base da síndrome maníaca. 
Além disso, é fundamental, e quase sempre presente, a 
aceleração de todas as funções psíquicas 
(taquipsiquismo), manifestando-se como agitação 
psicomotora, exaltação, logorréia e pensamento 
acelerado.” (DALGALARRONDO apud Cassidy, e cols., 1998) 
SÍNDROMES MANÍACAS 
 Sinais e sintomas: 
 
 aumento da auto-estima, 
 elação, insônia, 
 loquacidade e ou logorréia, 
 pressão para falar 
 distraibilidade, 
 agitação psicomotora, 
 irritabilidade, 
Tentação 
irresistível 
para falar sem 
parar. 
SÍNDROMES MANÍACAS 
 Sinais e sintomas: 
 arrogância, 
 heteroagressividade, 
 desinibição, 
 tendência exagerada para comprar ou doar seus 
pertences, 
 idéias de grandeza, 
 poder e importância que podem se configurar como 
verdadeiros delírios ou alucinações. 
SUBTIPOS DE SÍNDROMES MANÍACAS 
 Mania franca ou grave: 
 É a forma mais intensa de mania; 
 Taquipsiquismo acentuado; agitação psicomotora; 
heteroagressividade, fuga de ideias, delírio de 
grandeza. 
 Pacientes idosos ou demenciados: confusão mental, 
desorientação (aparente redução do nível de cs); 
 Diagnóstico diferencial difícil (confunde-se com o 
delírium). 
 
Confusão 
mental aguda 
e importante 
de caráter 
orgânico. 
SUBTIPOS DE SÍNDROMES MANÍACAS 
 Mania irritada ou disfórica: predomínio da 
irritabilidade, mal humor, hostilidade e 
heteroagressividade. 
 Mania mista: 
o manifestação de sintomas maníacos (agitação, 
irritabilidade, logorréia, expansão do eu) e 
depressivos (ideias de culpa, desânimo, tristeza), 
ocorrendo ao mesmo tempo ou oscilando 
rapidamente. 
o Sintomas frequentes: agitação psicomotora, 
transtorno do apetite, ideação suicida. 
o De difícil diagnóstico sendo mais observado em 
adolescentes e idosos. 
 
SUBTIPOS DE SÍNDROMES MANÍACAS 
 Hipomania (ou episódio hipomaníaco): 
o Forma atenuada da mania; 
o Mais disposição do que o normal, fala muito, conta 
piadas, faz muitos planos, não se recente com as 
dificuldades da vida, etc. 
o Diminuição do sono (≠ de hipervigil); não sente 
cansaço após muita atividade física; 
o Não acarreta prejuízo social. 
 
SUBTIPOS DE SÍNDROMES MANÍACAS 
 Ciclotimia (hipomania + distimia): 
o Apresenta durante a vida episódios frequentes de 
depressão leve seguidode hipomania ou mania leve; 
o O indivíduo não chega a fazer um quadro de mania 
ou depressão significativo. 
 Mania com sintomas psicóticos: 
o Episódio de mania grave; 
o Sintomas psicóticos: delírios de grandeza ou poder, 
delírio místico, às vezes acompanhada de alucinação 
auditiva ou visual; 
o Comportamento francamente alterado; 
o Taquipsiquísmo, agitação psicomotora e desinibição 
social e sexual importantes. 
 
Depressão 
leve. 
TRANSTORNO AFETIVO BIPOLAR - TAB 
 
 
Definição: 
 
Têm caráter fásico. Os episódios de mania e 
depressão são significativos ocorrem de modo 
delimitado no tempo de maneira clara e, 
frequentemente com períodos de remissão. 
 
TRANSTORNO AFETIVO BIPOLAR 
 
 Tipos: 
TAB 1: 
 episódios depressivos leve a grave + períodos de normalidade + fases 
maníacas. 
TAB 2: 
 ep depressivo leve a grave + período de normalidade + ep 
hipomaníacos. 
TAB tipo ciclador rápido 
 fases depressivas, maníacas, hipomaníacas, mistas, com período 
muito breve de remissão. São necessários 4 ep discerníveis em 12 
meses para diagnóstico. Dois meses entre ep da mesma polaridade e 
guinadas para episódios de polaridade oposta) 
 
FARMACOLOGIA 
 
 Estabilizadores de Humor: drogas usadas para 
evitar a recorrência da mania e da depressão em 
paciente bipolares. 
1. Carbonato de lítio 
 Criado nos anos 40; 
 É necessário a monitorização sérica evitar o risco de 
intoxicação; 
 Também usado em pacientes violentos ou com raiva 
impulsiva ou episódica; 
 Podem causar irritação gástrica, diarreia e náuseas. 
FARMACOLOGIA 
 
1. Carbonato de lítio 
Efeitos colaterais 
 O sintoma mais comum é o tremor, principalmente 
nos dedos; 
 Falha de memória; 
 Ganho de peso; 
 Distúrbios tireoidianos; 
 Litemia: Exames periódicos para avaliar a função 
renal dos pacientes em litioterapia. 
FARMACOLOGIA 
 
 Drogas usadas para evitar a recorrência da 
mania e da depressão em paciente bipolares: 
 
2. Carbamazepina 
 É um anticonvulsivante. 
 Comprimidos de 200 e 400mg, solução oral. 
 Sintetizada em 1957, mas só na década de 70 
começou a ser usada na psiquiatria como 
estabilizador de humor. 
 Pode ser usada somada ao lítio. 
FARMACOLOGIA 
 
 Drogas usadas para evitar a recorrência da 
mania e da depressão em paciente bipolares: 
 
2. Carbamazepina 
 Mais indicadas para pacientes com ciclo rápido. 
 É usada para controle da impulsividade. 
 Deve ser monitorada com exames de dosagem 
sanguínea e hemogramas para evitar distúrbios como 
anemia. 
 Não deve ser usada em pacientes grávidas. 
FARMACOLOGIA 
 
 Drogas usadas para evitar a recorrência da mania 
e da depressão em paciente bipolares: 
3. Ácido Valpróico (Valproato) 
 Comprimido e solução. 
 Também são anticonvulsivantes. 
 Eficaz no controle da mania aguda. 
 Profilático do transtorno bipolar. Distúrbio 
gastrointestinais, náuseas, vômitos, tremor e sedação. 
 Teratogênico (causa má formação fetal). 
 Monitoramento sanguíneo. 
https://www.youtube.com/watch?v=IdUgNgH7KFo

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