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Ana Cláudia Castello Branco Rena Nosologia - 2014 RELEMBRANDO... Síndromes: agrupamentos relativamente constantes e estáveis de determinados sinais e sintomas. É uma descrição de um conjunto momentâneo e recorrente de sinais e sintomas. DO SINTOMA A SÍNDROME As vivências psicopatológicas têm duas perspectivas fundamentais: 1. Transfundos: campo onde ocorrem os sintomas emergentes. 1.1 Estáveis (palco, contexto) Inteligência: determina os contornos, a diferenciação, profundidade e riqueza de sintomas (ex. pacientes inteligentes desenvolvem delírios ricos e complexos; interpretam e desenvolvem dimensões conceituais das vivências já os com déficit intelectual ou cognitivo apresentam quadros indiscriminados, superficiais, pobres). Personalidade: decisiva na amplitude e intensidade dos fenômenos no que diz respeito à resposta afetiva. Ex. passivos, dependentes ≠ hipersensíveis, reativos, explosivo. DO SINTOMA A SÍNDROME 1. Transfundos: 1.2 Mutáveis : determinam a qualidade e o sentido do conjunto das vivências psicopatológicas. Nível de consciência (sob estado de turvação ou rebaixamento da consciência a vivência ganha aspecto de sonho). Humor e estado afetivo: influenciam no desencadeamento dando dimensões próprias à vivência (ex. estado depressivo ou maníaco). DO SINTOMA A SÍNDROME 2) Sintomas emergentes: vivências mais destacadas, individualizáveis. Ex. alucinações (sensopercepção), delírios (juízo), alterações do pensamento ou linguagem. Temos assim a identificação de sintomas (vivências psicopatológicas) que emergem em um determinado contexto (transfundos) o que nos orienta no reconhecimento desta ou daquela síndrome. A EVOLUÇÃO TEMPORAL DOS TRANSTORNOS MENTAIS 1) Curso dos transtornos mentais: Processo: transformação lenta e insidiosa e radical da personalidade; de caráter endógeno; irreversível; diz-se da esquizofrenia; mas comum em processos biológicos como a demência. Desenvolvimento: refere-se à evolução psicologicamente compreensível de uma personalidade ainda que de caráter anormal; há uma conexão de sentido, uma coerência com a trajetória de vida do sujeito. A EVOLUÇÃO TEMPORAL DOS TRANSTORNOS MENTAIS 2) Classificação dos fenômenos : Crises (ou ataques): surgimentos abruptos; dura por minutos (raramente horas); termo utilizado para crise epilética, maníaca, de ansiedade, etc. Episódio: com duração de dias ou até semanas; termo utilizado em situações em que não se tem segurança quanto à natureza do fenômeno. A EVOLUÇÃO TEMPORAL DOS TRANSTORNOS MENTAIS Reação vivencial anormal: fenômeno desencadeado por situações vitais de grande impacto; reposta muito marcante e com duração prolongada; pode durar semanas ou meses; não provoca grandes alterações na personalidade com retomada da vida normal. Ex: sintomas fóbicos ou paranoides após a perda do emprego ou divórcio. Fase: refere-se particularmente aos períodos de mania e depressão; pode durar semanas ou meses; não provoca grandes alterações na personalidade com retomada da vida normal; de difícil compreensão quanto á sua gênese, mas de caráter endógeno. A EVOLUÇÃO TEMPORAL DOS TRANSTORNOS MENTAIS Surto: ocorrência aguda, repentina eclosão de doença de base endógena, sem uma base psicológica inteligível; sequelas irreversíveis; pode durar de 3 a 4 meses. Estado residual: sinais e sintomas sequelares (predominantemente negativos). “O característico do surto é que ele produz sequelas irreversíveis, danos à personalidade e/ou à esfera cognitiva do indivíduo. (...) o indivíduo ‘sai’ do surto ‘diferente’, seu contato com os amigos torna-se mais distanciados, o afeto modula menos e ele tem dificuldades na vida social que não consegue explicar ou entender.“ (DALGALARRONDO, 2000, P 183) Endógena: processo interno; sem justificativa no ambiente. COMPONENTES DO SURGIMENTO, DA CONSTITUIÇÃO E MANIFESTAÇÃO DOS SINTOMAS E DOS TRANSTORNOS. Vulnerabilidade constitucional (hereditariedade, constituição); Fatores predisponentes (ocorrem no início da vida); Fatores precipitantes (ou desencadeantes). SÍNDROMES ANSIOSAS SÍNDROMES ANSIOSAS Ansiedade Generalizada: sintomas ansiosos excessivos (angústia, tensão, preocupação, irritação)na maior parte do dia por pelo menos seis meses. Outros sintomas: insônia, dificuldade de concentração, “cabeça ruim”, sintomas físicos. Faz-se necessário verificar se os sintomas ansiosos causam sofrimento e/ou prejudicam a vida social e ocupacional do sujeito. SÍNDROMES ANSIOSA Sintomas físicos: taquicardia, tontura, cefaléia, problemas estomacais, formigamento, sudorese fria (no popular: “gastura”, “repuxamento dos nervos” e “cabeça ruim”. CONTINUAÇÃO Crise de ansiedade: crises intermitentes com a eclosão de vários sintomas ansiosos em número e intensidade significativas. Ocasionalmente associado a uma sintomatologia ansiosa de base constante e generalizada. Surgimentos abruptos; dura por minutos (raramente horas). CONTINUAÇÃO Crises de pânicos: crises intensas de ansiedade com importante descarga do sistema nervoso autônomo (taquicardia, sudorese, tremores, dispneia, náuseas, fogachos, formigamento). Despersonalização: auto estranhamento; Desrealização: estranhamento do ambiente, não- familiar. Início abrupto e curta duração (5 a 10 min.). Medo de infarto iminente ou enlouquecimento. Desencadeamento: aglomerados humanos, túneis, congestionamento, situações de ameaça. CONTINUAÇÃO Transtorno de pânico: Crises recorrentes (mínimo 1 mês) de pânico com desenvolvimento de medo de novas crises e suas implicações e com sofrimento subjetivo. Mais comum no sexo feminino (3:1); Início entre 15 e 25 anos; Importante descarga do sistema nervoso autônomo (taquicardia, sudorese, tremores, dispneia, náuseas, calafrios ou fogachos, formigamento, parestesia, sensação de desmaio). Sensações na pele sem a presença de estímulo (frio, calor, formigamento, pressão). CONTINUAÇÃO Transtorno de pânico: Aparecem sem motivo aparente, inclusive durante o sono. Pode ser acompanhado de agorafobia (evitar situações nas quais seria difícil receber auxílio, em caso de mal pedir sempre a companhia de alguém). Tem evolução crônica e flutuante, com remissões parciais ou totais. CONTINUAÇÃO Agorafobia: Manifestação persistente. Evolução contínua não sendo em crises. Mal estar até por atividade ideativa ou por estímulo sensorial. Evitar situações nas quais seria difícil receber auxílio, em caso de mal pedir sempre a companhia de alguém). Sensação ansiosa por ver imagens, ouvir relatos ou até mesmo imaginar situações de estresse. CONTINUAÇÃO Fobia Social: Característica sintomática comum com o transtorno do pânico, porém tem aspectos fenomenológicos distintos: medo de falar ou comer em público, usar banheiros públicos, ser centro das atenções). Os ataques não são espontâneos, só ocorrendo na presença da situações social específica. É, frequentemente, incapacitante. CONTINUAÇÃO Transtorno de estresse pós-traumático: Quadro ansioso consequente da exposição a experiências traumáticas (violência, acidentes, estupros, causas naturais, guerra, etc.). Prevalência de 7 à 9% da população geral (de Albuquerque et al. 2003). Revivência em flash-backs, em pesadelos ou pensamentos e imagens dos fatos traumáticos. CONTINUAÇÃO Transtorno de estresse pós-traumático: Esquiva persistente à determinados estímulos, atividades ou situações ligados ao trauma. Diminuição do interesse, isolamento, tristeza – depressão associada. Distúrbio do sono, irritabilidade, dificuldade de concentração, hipervigilância. Sintomas devem ter duração de pelo menos 1 mês. CONTINUAÇÃO Transtorno de estresse pós-traumático: Os sintomas podem ser: Agudos: iniciam nos primeiros 3 meses após o trauma; Crônico: quando a duração do sintoma é superior a 3 meses após o trauma; Tardio: sintomas se instalam após 6 meses do evento traumático. CONTINUAÇÃO Transtorno Obsessivo Compulsivo (TOC): Obsessões e compulsões repetitivos e estereotipados. Impulso caráter de alívio sem culpa. Compulsão caráter de alívio com culpa. Pensamentos e/ou comportamentos que assumem o comando da vida mental (consciência) do sujeito, mesmo contra sua vontade. Temas mais comuns: sujeira ou contaminação, violência, sexo, organização. Ex. compulsão de lavar as mãos, de checagem ou de dúvida, de rezar. FARMACOLOGIA PARA SÍNDROME DE ANSIEDADE FARMACOLOGIA PARA SÍNDROME DE ANSIEDADE FARMACOLOGIA PARA SÍNDROME DE ANSIEDADE Benzodiazepinicos Indicações: Em transtornos de ansiedade; relaxamento muscular; insônia; estados epiléticos (diazepan); epilepsia (clonazepan), anestesia pré-operatória e abstinência alcoólica. O alprazolam também é usado na síndrome do pânico e na depressão (clonazepam). Benzodiazepinicos Estas drogas podem causar dependência e por isso devem ser usadas com cuidado pelo médico, sendo sensato usar por períodos menores, dependendo da patologia. Risco de abstinência na retirada da droga e apresentam agitação, ansiedade, palpitação, sudorese e confusão mental. FARMACOLOGIA PARA SÍNDROME DE ANSIEDADE Benzodiazepinicos Efeitos colaterais: O mais comum é a sedação, mas podem ocorrer tonturas, fraquezas nauseas e hipotensão leve. Seguros em intoxicação até 30 vezes a dose diária. Risco auto- extermínio por intoxicação é quase 0. FARMACOLOGIA PARA SÍNDROME DE ANSIEDADE FARMACOLOGIA PARA SÍNDROME DE ANSIEDADE COMPOSTO NOME FANTASIA DOSAGENS Diazepam comprimidos (5 e 10 mg e ampolas de 2 ml) Clonazepam Rivotril Flurazepam/Dalmadorm 0,5 e 2 mg Alprazolam Frontal 0,25, 0,5 e 1 mg Clordiazepóxido Psicossedin 25mg Funitrazepam Rohypnol 1 mg Lorazepam Lorax 1 e 2 mg Nitrazepam Sonebon 5 mg Estas drogas podem causar dependência e por isso devem ser usadas com cuidado pelo médico, sendo sensato usar por períodos menores, dependendo da patologia Alguns pacientes experimentam sintomas de abstinência quando se faz a retirada abrupta da droga, após um longo temo de uso, apresentando agitação, ansiedade, palpitações, sudorese e confusão mental. FARMACOLOGIA PARA SÍNDROME DE ANSIEDADE Efeitos Colaterais O efeito colateral mais comum é a sedação, mas podem ocorrer tonturas, fraquezas, náuseas e hipotensão leve. Medicamentos para controlar os efeitos colaterais: Cetaconazol, nefazodona, fluoxetina, cimetidina, fluvixamina, sertralina – aumentam o nível sérico (concentração do fármaco no sangue) Carbamazepina: diminui o nível sérico. FARMACOLOGIA PARA SÍNDROME DE ANSIEDADE SÍNDROMES DEPRESSIVAS “E pouco a pouco esvanece a bruma, Tudo se alegra à luz do céu risonho E ao flóreo bafo que o sertão perfuma Porém minh’alma triste e sem um sonho Murmura olhando o prado, o rio, a espuma: Como isso é pobre, insípido, enfadonho!” (Fagundes Varela) SÍNDROMES DEPRESSIVAS Segundo a OMS, a depressão unipolar (ou maior) afeta cerca de 50 milhões de pessoas no mundo, sendo a primeira causa de incapacidade para o trabalho entre todos os problemas de saúde (Murray e Lopez, 1996) e a quarta causa de ônus social. DEPRESSÃO ≠ TRISTEZA Tristeza: reação de ajustamento a uma situação adversa. Faz referência à depressão de apenas um polo em oposição à depressão bipolar. SÍNDROMES DEPRESSIVAS Causas Reacional Biológicas (alterações congênitas ou do ciclo vital – período menstrual, menopausa, andropausa). Genéticas Neuroquímicos SÍNDROMES DEPRESSIVAS Ocorrência Mais comum nas mulheres; Mais comum em pessoas separadas, solteiras ou viúvas; Em pacientes internados por doenças clínicas (22 à 33%); 50 à 80% dos pacientes que receberam tratamento para depressão podem apresentar outro episódio; Inicia-se entre 20 a 44 anos. SÍNDROMES DEPRESSIVAS Sintomas afetivos: tristeza, choro fácil, apatia, sentimento de falta de sentimento, tédio, aborrecimento crônico, irritabilidade, angústia, ansiedade, desespero. SÍNDROMES DEPRESSIVAS Alterações da esfera instintiva e neurovegetativa: fadiga, desânimo, anedonia hipobulia, insônia ou hipersonia, perda ou aumento do apetite, constipação, palidez, pele fria, diminuição da libido e da resposta sexual (disfunção erétil, orgasmo retardado ou anorgasmia). Queda da capacida de volitiva. Falta de prazer. CONTINUAÇÃO Alterações ideativas: pessimismo, arrependimento e culpa, ruminações, vida sem sentido, ideias de morte ou de sumiço, ideação suicida. Alterações cognitivas: déficit de atenção, concentração e memória, dificuldade de tomar decisões, pseudodemência. CONTINUAÇÃO Alterações da autovaloração: auto-estima diminuída, sentimento de incapacidade ou insuficiência, sentimento de vergonha e autodepreciação. CONTINUAÇÃO Alterações da volição e da psicomotricidade: tendência a isolar-se na cama, lentificação do pensamento e psicomotora, diminuição da fala, mutismo, negativismo (recusa alimentação, à interação pessoal). CONTINUAÇÃO Sintomas psicóticos: Ideias delirantes de conteúdo negativo (ruína, miséria, culpa); de inexistência (de si e do mundo); delírio hipocondríaco. Alucinações: geralmente auditivas com conteúdo depressivo. Ilusões auditivas ou visuais. Ideação paranóide e outros sintomas psicóticos humor-incongruentes. Delírios e alucinações incompatíveis com o humor depressivo. SUBTIPOS DE SÍNDROMES E TRANSTORNOS DEPRESSIVOS Perdas e depressão: leitura pg 191. Episódio depressivo e transtorno depressivo recorrente: sintomas depressivos devem estar presentes por pelo menos duas semanas e não mais que dois anos de forma ininterrupta. Duram em geral entre 3 e 12 meses. Na cid-10 são classificados como leve, moderado ou grave. Vários episódios que não são intercalados por fases de mania. DISTIMIA Depressão crônica, leve mas duradoura. Começa no início da vida adulta e dura pelo menos vários anos. Sintomas: diminuição da auto-estima, fadiga, dificuldade de tomar decisões ou se concentrar, mau humor crônico, irritabilidade e desesperança. Devem estar presentes por pelo menos dois anos. DEPRESSÃO ATÍPICA Subtipo que pode ocorrer em quadros depressivos de intensidade leve à grave, em transtornos uni ou bipolar. Apresenta além dos sintomas depressivos característicos: Aumento de apetite (doces e chocolates) e ou ganho de peso; Hipersonia (> 10 horas por dia); Sensação de corpo muito pesado (paralisía plúmblea ou inerte); Baixa tolerância; Reatividade ou labilidade de humor almentada; Fobias e aspectos histriônicos (teatralidade, sugestionabilidade). DEPRESSÃO TIPO MELANCÓLICA OU ENDÓGENA Predominam sintomas endógenos de natureza mais biológica que psicológica. Sintomas típicos: lentificação psicomotora, perda do apetite e peso, alterações do sono, anedonia, depressão pior pela manhã, hiporreatividade, tristeza vital, ideação de culpa. OUTROS TIPOS Depressão psicótica: depressão grave onde os sintomas depressivos são associados a sintomas psicóticos como delírio de ruína e culpa, hipocondríacos, negação de órgãos ou alucinações com conteúdos depressivos (humor-congruente). Caso os sintomas psicóticos não sejam de conteúdo negativo são denominados sintomas psicóticos humor-incongruentes (paranoicos, inserção de pensamentos, auto-referentes). OUTROS TIPOS Estupor depressivo: grave, onde o pcte fica dias na cama em estado de catalepsia (imóvel, geralmente rígido). Negativismo: ausência de respostas às solicitações ambientais; mutismo; urinando e defecando no leito. Risco de morte por desidratação, complicações renais, pulmonares ou hidroeletrolíticas (desestabilização de potássio, etc). OUTROS TIPOS Depressão agitada ou ansiosa: depressão com forte componente de ansiedade e inquietação psicomotora. Insone, irritado, risco de suicídio. Depressão secundária: associada a quadro clínico ou somático (hipo ou hipertireoidísmo, lupus, parkinson, AVC). FARMACOLOGIA PARA SÍNDROME DEPRESSIVAS Antidepressivos É a categoria de drogas que mais foi ampliada nas últimas décadas. Descobertos na década de 50. FARMACOLOGIA PARA SÍNDROME DEPRESSIVAS Classes1: Antidepressivos Tricíclicos São os mais prescritos no SUS sendo indicados para depressão, enurese noturna, dores crônicas, pânico, transtornos da alimentação, fobias e TOC. FARMACOLOGIA PARA SÍNDROME DEPRESSIVAS Classe1: Antidepressivos Tricíclicos (ISRSs) Bloqueiam a receptação de serotonina e noradrenalina. Ps: Os inibidores seletivos da recaptação da serotonina ISRSs aumentam a concentração extracelular do neurotransmissor serotonina ao inibir a sua recaptação pelo neurónio pré-sináptico, aumentando o nível de serotonina disponível para se ligar ao receptor pós-sináptico. FARMACOLOGIA PARA SÍNDROME DEPRESSIVAS Classe1: Antidepressivos Tricíclicos Exemplos: Amitripilitlina (75 a 225 mg/dia), imipramina (25 a 225 mg/dia), nortriptilina (50 a 150 mg/dia), Clomipramina (75 a 225 mg/dia – pode ser usada por via endovenosa ou em soroterapia). Uso por tempo prolongado : 8 a 12 meses após melhora dos sintomas. FARMACOLOGIA PARA SÍNDROME DEPRESSIVAS Classe1: Antidepressivos Tricíclicos Efeitos colaterais: hipotensão ortástica, tonteira, constipação intestinal, visão borrada, boca seca, ganho de peso, sonolencia, distúrbios sexuais. Evitar em pacientes com arritimias cardíacas e com diminuição da motilidade intestinal. Redução excessiva da pressão arterial ao adotar-se a posição vertical, o que provoca uma diminuição do fluxo sanguíneo ao cérebro e o consequente desmaio. FARMACOLOGIA PARA SÍNDROME DEPRESSIVAS Antidepressivos Classe 2: Os inibidores seletivos da recaptação da serotonina (ISRSs) Foram liberados para uso em 1988 com crescente aumento de prescrição. Bom perfil de segurança e efeitos colaterais quando comparados com os tricíclicos. FARMACOLOGIA PARA SÍNDROME DEPRESSIVAS Antidepressivos Classe 2: Os inibidores seletivos da recaptação da serotonina (ISRSs) São usados na depressão, pânico, TOC, fobias, dor crônica, transtornos da alimentação, transtorno de ansiedade, TPM. Fluoxetina 20mg, Paroxetina 20 mg, Citalobra, 20 mg, Sertralina 25 e 50 mg, Fluvoxamina 100 mg, escitalopram 20 mg. FARMACOLOGIA PARA SÍNDROME DEPRESSIVAS Antidepressivos Classe 2: Os inibidores seletivos da recaptação da serotonina (ISRSs) Efeitos colaterais mais comuns são os gastrintestinais (náuseas, diarreia, cólicas, azia), mas também a relatos de insônia (10 a 20% dos casos); sonolência (comum no uso da Paroxetina), diminuição do apetite (comum no uso da fluoxetina) e boca seca. FARMACOLOGIA PARA SÍNDROME DEPRESSIVAS Antidepressivos Classe 2: Os inibidores seletivos da recaptação da serotonina (ISRSs) Tempo de uso prolongado: 8 à 12 meses. Suspensão lenta e gradual. SÍNDROMES MANÍACAS “A euforia, ou alegria patológica, assim como a elação ou expansão do eu constituem a base da síndrome maníaca. Além disso, é fundamental, e quase sempre presente, a aceleração de todas as funções psíquicas (taquipsiquismo), manifestando-se como agitação psicomotora, exaltação, logorréia e pensamento acelerado.” (DALGALARRONDO apud Cassidy, e cols., 1998) SÍNDROMES MANÍACAS Sinais e sintomas: aumento da auto-estima, elação, insônia, loquacidade e ou logorréia, pressão para falar distraibilidade, agitação psicomotora, irritabilidade, Tentação irresistível para falar sem parar. SÍNDROMES MANÍACAS Sinais e sintomas: arrogância, heteroagressividade, desinibição, tendência exagerada para comprar ou doar seus pertences, idéias de grandeza, poder e importância que podem se configurar como verdadeiros delírios ou alucinações. SUBTIPOS DE SÍNDROMES MANÍACAS Mania franca ou grave: É a forma mais intensa de mania; Taquipsiquismo acentuado; agitação psicomotora; heteroagressividade, fuga de ideias, delírio de grandeza. Pacientes idosos ou demenciados: confusão mental, desorientação (aparente redução do nível de cs); Diagnóstico diferencial difícil (confunde-se com o delírium). Confusão mental aguda e importante de caráter orgânico. SUBTIPOS DE SÍNDROMES MANÍACAS Mania irritada ou disfórica: predomínio da irritabilidade, mal humor, hostilidade e heteroagressividade. Mania mista: o manifestação de sintomas maníacos (agitação, irritabilidade, logorréia, expansão do eu) e depressivos (ideias de culpa, desânimo, tristeza), ocorrendo ao mesmo tempo ou oscilando rapidamente. o Sintomas frequentes: agitação psicomotora, transtorno do apetite, ideação suicida. o De difícil diagnóstico sendo mais observado em adolescentes e idosos. SUBTIPOS DE SÍNDROMES MANÍACAS Hipomania (ou episódio hipomaníaco): o Forma atenuada da mania; o Mais disposição do que o normal, fala muito, conta piadas, faz muitos planos, não se recente com as dificuldades da vida, etc. o Diminuição do sono (≠ de hipervigil); não sente cansaço após muita atividade física; o Não acarreta prejuízo social. SUBTIPOS DE SÍNDROMES MANÍACAS Ciclotimia (hipomania + distimia): o Apresenta durante a vida episódios frequentes de depressão leve seguidode hipomania ou mania leve; o O indivíduo não chega a fazer um quadro de mania ou depressão significativo. Mania com sintomas psicóticos: o Episódio de mania grave; o Sintomas psicóticos: delírios de grandeza ou poder, delírio místico, às vezes acompanhada de alucinação auditiva ou visual; o Comportamento francamente alterado; o Taquipsiquísmo, agitação psicomotora e desinibição social e sexual importantes. Depressão leve. TRANSTORNO AFETIVO BIPOLAR - TAB Definição: Têm caráter fásico. Os episódios de mania e depressão são significativos ocorrem de modo delimitado no tempo de maneira clara e, frequentemente com períodos de remissão. TRANSTORNO AFETIVO BIPOLAR Tipos: TAB 1: episódios depressivos leve a grave + períodos de normalidade + fases maníacas. TAB 2: ep depressivo leve a grave + período de normalidade + ep hipomaníacos. TAB tipo ciclador rápido fases depressivas, maníacas, hipomaníacas, mistas, com período muito breve de remissão. São necessários 4 ep discerníveis em 12 meses para diagnóstico. Dois meses entre ep da mesma polaridade e guinadas para episódios de polaridade oposta) FARMACOLOGIA Estabilizadores de Humor: drogas usadas para evitar a recorrência da mania e da depressão em paciente bipolares. 1. Carbonato de lítio Criado nos anos 40; É necessário a monitorização sérica evitar o risco de intoxicação; Também usado em pacientes violentos ou com raiva impulsiva ou episódica; Podem causar irritação gástrica, diarreia e náuseas. FARMACOLOGIA 1. Carbonato de lítio Efeitos colaterais O sintoma mais comum é o tremor, principalmente nos dedos; Falha de memória; Ganho de peso; Distúrbios tireoidianos; Litemia: Exames periódicos para avaliar a função renal dos pacientes em litioterapia. FARMACOLOGIA Drogas usadas para evitar a recorrência da mania e da depressão em paciente bipolares: 2. Carbamazepina É um anticonvulsivante. Comprimidos de 200 e 400mg, solução oral. Sintetizada em 1957, mas só na década de 70 começou a ser usada na psiquiatria como estabilizador de humor. Pode ser usada somada ao lítio. FARMACOLOGIA Drogas usadas para evitar a recorrência da mania e da depressão em paciente bipolares: 2. Carbamazepina Mais indicadas para pacientes com ciclo rápido. É usada para controle da impulsividade. Deve ser monitorada com exames de dosagem sanguínea e hemogramas para evitar distúrbios como anemia. Não deve ser usada em pacientes grávidas. FARMACOLOGIA Drogas usadas para evitar a recorrência da mania e da depressão em paciente bipolares: 3. Ácido Valpróico (Valproato) Comprimido e solução. Também são anticonvulsivantes. Eficaz no controle da mania aguda. Profilático do transtorno bipolar. Distúrbio gastrointestinais, náuseas, vômitos, tremor e sedação. Teratogênico (causa má formação fetal). Monitoramento sanguíneo. https://www.youtube.com/watch?v=IdUgNgH7KFo
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