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ANTIFÚNGICOS E ANTIVIRAIS Docente: Valéria Rodrigues Discentes: Andressa Miranda, Débora Rocha, Felipe Amorim, Raisa Colares e Rebeca Cárdena. 3° Semestre de Enfermagem FUNGOS Células eucarióticas sem mobilidade Não realizam fotossíntese Milhares de espécies 50 são patogênicos ao ser humano Principais componentes da parede celular fúngica: Esterol da membrana plasmática: ERGOSTEROL(alvo de muitas drogas) Quitina 1,3 β- glicano 1,6 β- glicano BIOQUÍMICA DA MEMBRANA E DA PAREDE CELULAR DOS FUNGOS PATOGENIA DOS FUNGOS Superficiais Cutâneas Subcutâneas Sistêmicas Oportunistas Infecções fúngicas Superficiais Dermatocomicoses(Tinhas) Candidíase superficial causadas pelo Trichophyton, Microsporum ou Epidermophyton. INFECÇÕES FÚNGICAS Infecções fúngicas Sistêmicas São as mais difíceis de tratar e em geral ameaçam a sobrevivência, a doença fúngica sistêmica (ou “disseminada”) mais comum é a candidíase. Em outras partes do mundo: Blastomicose Histoplasmose Coccidiomicose Paracoccidiomicose Pacientes em UTI Pacientes imunossuprimidos(quimioterapia, transplantes) Uso disseminado de antibióticos de amplo espectro Próteses Mais susceptíveis a Infecções fúngicas Métodos baseados em culturas Exame direto de amostras no microscópio óptico Diagnóstico das Infecções fúngicas Antifúngico ideal Amplo espectro de ação contra uma variedade de fungos patogênicos; Excelente penetração no líquido cefalorraquidiano (LCR) e no osso; Baixa toxicidade farmacológica; Múltiplas vias de administração; Agentes antifúngicos naturais Anfotericina Griselfuvina Equinocandinas Azóis (cetoconazol,fluconazol,miconazol...) Agentes antifúngicos sintéticos ALVOS MOLECULARES DOS ANTIFÚNGICOS Inibidor da síntese de ácidos nucléicos : Flucitosina Mecanismo de ação da flucitosina Mecanismo de ação da flucitosina Flucitosina 5-fluoruracila (5-FLU) Citosina desaminase Ácido 5-fluorodesoxiu ridílico Timidilato sintetase Inibição da síntese do DNA e da divisão celular ASSOCIAÇÃO DA FLUCITOSINA COM ANFOTERICINA B Micoses sistêmicas Flucitosina como único medicamento: rápido desenvolvimento de resistência. Anfotericina B promove o aumento da captação de flucitosina pelas células fúngicas FARMACOCINÉTICA CONTRA-INDICAÇÕES EFEITOS ADVERSOS Administradapor via intravenosa ou oral Gravidez e lactação Supressão da medula óssea (leucopeniatrombocitopenia) Excelente penetraçãono SNC,olhos e trato urinário insuficiência renal severa Náuseas,vômitos,Diarréia Grande volume de distribuição Hipersensibilidade ao princípio ativo Disfunção hepática Liga-se pouco as proteínas plasmáticas Crianças falta de apetite Meia vida de 3-5 h Transtornos gastrintestinais FLUCITOSINA INIBIDOR DA MITOSE DOS FUNGOS : GRISIOFULVINA MECANISMO DE AÇÃO DA GRISEOFULVINA Griseofulvina Tubulina Proteína associada aos microtúbulos Organização do fuso mitótico Farmacocinética Contra-indicações Efeitos adversos Muito insolúvel Gravidez e lactação SN(letargia, visão embaçada, vertigem,) Absorçãodofármacoémelhor administradocomalimentos gordurosos Criançascom menos de 2 anos de idade Cefaléia, Erupção na pele e urticária Tratamento precisa ser muito prolongado hipersensibilidade Hematológicos(leucopenia,neutropenia,monocitose) Os efeitos adversos aumentam com consumo de álcool indivíduos com problemas do fígado Insônia,Síndrome alérgica Distúrbios GI,hepatoxidade Doses devem seradmcom intervalo de 6 h indivíduos com histórico de lúpus Interações farmacológicas comvarfarina,barbitúricos, contraceptivos orais Doença do soro,angiodema,dermatiteesfoliativaenecróliseepidérmica tóxica GRISEOFULVINA INIBIDORES DA SÍNTESE DO ERGOSTEROL Alilaminas e Benzilaminas Terbinafina → ALILAMINAS Butenafina → BENZILAMINA TERBINAFINA Farmacocinética Contra-indicações Efeitos adversos Altamentelipofílico Gravidez e lactação Alterações GI fungicida oufungistática Insuficiência renal ou hepática Erupções cutâneas, Prurido AdmOral e tópica Crianças menores de 2 anos Dores articulares e musculares Liga-se fortemente às proteínas plasmáticas99% hipersensibilidade ao princípio ativo Diarréia Cefaléia, tontura Meia vida de eliminaçãoé de 300 h Perda de apetite e paladar Biodisponibilidade de 40% Hepatoxidade, síndrome de Stevens-Johnson,neutropenia Os níveis plasmáticos aumentam comCimetidinae diminuem comrifampicina NAFTIFINA E BUTENAFINA Só disponível na forma tópica Mecanismo de ação similar ao da Terbinafina Amplo espectro de atividade antifúngica Tratamento de tinha do corpo Inibidores da 14 α – DESMETILASE AZÓIS MECANISMO DE AÇÃO CETOCONAZOL *Rifampicina,antiácidos,antagonistas dos receptores H2 diminuem a absorção do cetoconazol MICONAZOL Administrado por via oral no tratamento de infecções do TGI Meia vida plasmática curta Atinge concentrações terapêuticas no osso,articulações e tecido pulmonar Inativado no fígado Pode ser administrado topicamente O clotrimazol, econazol tioconazol e o sulconazol são utilizados apenas na forma tópica ITRACONAZOL Via oral e IV Extenso metabolismo hepático Altamente lipossolúvel Interage com enzimas microssomais Não penetra o LCR Meia vida de 36 H Mais potente dos azóis Efeitos adversos FLUCONAZOL Via oral ou intravenosa Excelente biodisponibilidade por via oral Atinge concentrações elevadas no LCR Meia vida de 25H 90% são excretados inalterados na urina É o azol que menos possui efeitos sobre as enzimas microssomais hepáticas Fármaco de escolha para tratar a meninge criptocócica INIBIDORES DA ESTABILIDADE DA MEMBRANA DOS FUNGOS POLIENOS MECANISMO DE AÇÃO ANFOTERICINA B Toxicidade relacionada a infusão: -Febre,calafrios,cefaléia,hipotensão Toxicidade mais lenta -Insuficiência renal -Anemia(por falta de produção de eritropoetinas) EFEITOS ADVERSOS Inibidores da síntese da parede celular equinocandinas MECANISMO DE AÇÃO Inibe a síntese 1,3 β- glicano – necessário para manter a estrutura das paredes CASPOFUNGINA MICAFUNGINA Liga-se altamente as proteínas do plasma É metabolizada no fígado Penetra pouco no LCR Meia vida de 9-10H Foi aprovada para o tratamento de candidíase esofágica e para profilaxia antifúngica em receptores de transplantes de células tronco hematopoiéticas ANTIVIRAIS VÍRUS Acelulares; Parasitas intracelulares obrigatórios; Heterotróficos; Não possuem metabolismo próprio. Poucos fármacos são suficientemente seletivos para evitar a multiplicação viral sem causar lesões do hospedeiro. VÍRUS CLASSIFICAÇÕES Adenovírus – carregam filamentos de DNA. Ex. Resfriado comum. 2. Retrovírus – carregam filamento de RNA e possuem transcriptase reversa. Ex. vírus da AIDS. Principais doenças virais – vírus de DNA Poxvírus (varíola); Herpesvírus (catapora, herpes zoster, herpes labial, febre glandular); Adenovírus (dor de garganta, conjuntivite) e Papilomavírus (verrugas). Principais doenças virais – vírus de RNA Ortomixovírus (gripe); Paramixovírus (sarampo, caxumba, infecções do trato respiratório); vírus da rubéola (rubéola); Rabdovírus (raiva); Picornavírus (resfriado, meningite, poliomielite); Retrovírus (AIDS); Hepadnavírus (hepatite sérrica); Arbovírus (encefatite [febre amarela]); Antivirais Agentes que inibem a replicação viral ao nível celular O ANTIVIRAL IDEAL Deve interromper a replicação do vírus sem afetar significativamente o metabolismo de células do hospedeiro. ALVOS PARA A TERAPIA ANTIVIRAL Classes Inibidores nucleosideos da Transcriptase Reversa Inibidores não-nucleosideos da Transcriptase Reversa Inibidores da Protease Inibidor da DNA polimerase Inibição da Fixação ou da penetração nas células do Hospedeiro INIBIDORES NUCLEOSÍDICOS DA TRANSCRIPTASE REVERSA Inibe a síntese de DNA mediada pela transcriptase reversa (enzima viral que transcreve RNA viral em DNA). INIBIDORES NUCLEOSÍDICOS DA TRANSCRIPTASE REVERSA Mecanismo de ação: O componente 5’ trifosfato compete com os trifosfatos equivalentes do hospedeiro, que constituem substratos essenciais para a formação do DNA por-viral. A incorporação desse componente na cadeia de DNA viral resulta na interrupção da cadeia Indicações terapêuticas: Principalmente HIV. Lamivudina: usada no tratamento da hepatite B. Efeitos adversos: Primeiras semanas de tratamento: fadiga, cefaléias e problemas gastrointestinais. Efeitos secundários a longo termo: mielotoxicidade, acidose láctica, polineuropatia e pancreatite. INIBIDORES NUCLEOSÍDICOS DA TRANSCRIPTASE REVERSA Abacavir : Análogo da guanosina; Mais efetivo que a maioria dos outros inibidores nucleosídicos da transcriptase reversa; Possui interação medicamentosa grave com o ganciclovir (inibidor da dna-polimerase) causando toxicidade hematológica e pancitopenia prolongada. Podem ocorrer reações de Hipersensibilidade gereralizada (rara,porem fatal) INIBIDORES NUCLEOSÍDICOS DA TRANSCRIPTASE REVERSA Zidovudina Pode prolongar a vida dos soro positivos e diminuir a demência associada ao HIV. Pode reduzir a transmissão da mãe para o bebê em mais de 20%. Administração oral, ou infusão intravenosa. Interação medicamentosa moderada com o aciclovir e interação medicamentosa grave com o ganciclovir. A concentração no LCR atinge 65% dos niveis plasmaticos INIBIDORES NUCLEOSÍDICOS DA TRANSCRIPTASE REVERSA Estavudina Segundo análogo da timidina; Agente antirretroviral mais frequentemente prescrito; Menos efeitos gastrintestinais e mielotoxicidade reduzida. Dor articular e pancreatite ocorre mais frequentemente. INIBIDORES NUCLEOSÍDICOS DA TRANSCRIPTASE REVERSA Lamivudina Análogo da Citosina Administrado por V.O e bem absorvido Presente em associações: c/ zidovudina: Combivir; c/ zidovudina e abacavir: Trizivir; Aumenta o número de células CD4+. Também usada no tratamento da infecção pela hepatite B. Interação medicamentosa grave com o Ganciclovir (inibidor da DNA-polimerase) causando toxicidade hematológica e pancitopenia prolongada. INIBIDORES NUCLEOSIDICOS DA TRANSCRIPTASE REVERSA Estavudina Segundo análogo da timidina; Agente antirretroviral mais frequentemente prescrito; Menos efeitos gastrintestinais e mielotoxicidade reduzida. Lipodistrofia ocorre mais frequentemente. INIBIDORES NÃO-NUCLEOSIDICOS DA TRANSCRIPTASE REVERSA Os inibidores não-nucleosídicos da Transcriptase Reversa são compostos quimicamente diversos, que se ligam a transcriptase reversa, próxima ao seu sítio catalítico desnaturando-a Indicações terapêuticas: HIV, normalmente em combinação com outros retrovirais. Efeitos adversos: Principalmente efeitos dermatológicos como erupção cutânea e urticária. Distúrbios do SNC: fadiga, cefaleia, insônia e tonturas. Distúrbios do TGI: náuseas, vômitos, dor abdominal e diarreia. Anemia, neutropenia e trombocitopenia INIBIDORES NÃO-NUCLEOSIDICOS DA TRANSCRIPTASE REVERSA A Nevirapina: pode evitar a transmissão mãe-bebê do HIV se administrada à gestante e ao neonato. É bem absorvida via oral e sua absorção não é afetada por alimentos e antiácidos A maior parte do fármaco é eliminado pela urina INIBIDORES DA PROTEASE Impedem a clivagem de proteínas precursoras inativas, e, portanto, a maturação do vírus. Indicações terapêuticas: Terapia combinada para o tratamento da infecção pelo vírus HIV Efeitos adversos: Parestesia, Nauseas , Vomito e Diarreia Também ocorrem distúrbios na biotransformação de glicose e lipideos INIBIDORES DA PROTEASE Ritonavir 600 mg 2 vezes ao dia. Ingerir com alimento. Escalonamento da dose durante 5 dias para melhorar a tolerância. Efeitos Colaterais: Náuseas, diarreia, parestesias e hepatite. INIBIDORES DA PROTEASE Amprenavir 1.400 mg 2 vezes ao dia (solução oral). Ajustar a dose em caso de insuficiência hepática, evitar uso na insuficiência hepática grave. Evitar refeições ricas em gordura Efeitos Colaterais: Náuseas, vômitos, diarreia, exantema, cefaleia, parestesia oral e aumento das enzimas hepáticas. INIBIDORES DA DNA-POLIMERASE Aciclovir (Pro-fármaco) Primeiro medicamento antiviral seletivo eficaz. Derivado da Guanosina com elevada especificidade contra herpes simples e Varicela Zoster Possui pouca ação contra o Citomegalovirus Pode ser administrado oralmente (imunocompetentes), intravenosamente (imunocomprometidos) ou topicamente. Herpes Simples: herpes labial; Conjuntivite; úlceras bucais e infecções gengivais. Varicela Zoster Herpes zoster e catapora. 63 INIBIDORES DA DNA-POLIMERASE Aciclovir (3 etapas para ativação): Convertido no derivado monofosfato pela timidina cinase vírus-específica; Convertido nos compostos difosfato e Convertido trifosfato pelas enzimas celulares do hospedeiro, o trifosfato só se acumula nas células infectadas. O trifosfato inibe a síntese de Dna viral através de 2 mecanismos: (1) Inibição competitiva desoxiGTP para a Dna polimerase viral, com ligação ao molde de DNA na forma de complexo irreversível, e (2) interrupção da cadeia após incorporação no DNA viral. 64 INIBIDORES DA DNA-POLIMERASE Efeitos adversos: Aumento dos níveis de ureia e creatinina Aumento de enzimas hepáticas, Diminuição dos índices hematológicos, Erupções e febre, Náuseas e vômitos. Ocorrência de inflamação grave às vezes seguida de ulceração devido ao extravasamento da solução (intravenosa). Interações medicamentosas: Tenofovir (inibidor da transcriptase reversa) interação moderada causando tontura, diarreia, vômito e neuropatia. E moderada com a Zidovudina (inibidor da Transcriptase Reversa) causando letargia e fadiga grave. 65 INIBIDORES DA DNA-POLIMERASE Ganciclovir: Tratamento contra o Citomegalovírus; Mesmo mecanismo de ação do Aciclovir, ou seja, compete com o trifosfato de guanosina para a incorporação do DNA viral, porém diferentemente do Aciclovir não age com um terminador de cadeia e possui uma duração mais prolongada (20 hs). 66 INIBIDORES DA DNA-POLIMERASE Indicações: Infecção ocular pelo Citomegalovirus. Efeitos adversos: Incluem depressão da medula-óssea e; Carcinogenicidade potencial. Interações medicamentosas: Grave com os inibidores da Transcriptase Reversa causando toxicidade hematológica e pancitopenia prolongada. Imipenem+Cilastatina: Risco de convulsões generalizadas e tremores. Só é usado para o tratamento nas infecções por Citomegalovirus com risco de morte ou perda da visão nos pacientes que estejam imunocomprometidos. 67 INIBIÇÃO DA FIXAÇÃO OU DA PENETRAÇÃO NAS CÉLULAS DO HOSPEDEIRO Amantadina: mostra-se ativa contra vírus da influenza A (vírus RNA) porém não exerce nenhuma influência sobre vírus da influenza B.A Rimantadina é semelhante aos seus efeitos. Efeitos adversos : tontura, insônia e fala arrastada Referências Bibliográficas GOLAN, David E. Principios de farmacologia: a base fisiopatologica da farmacoterapia. 2 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, c2009 952 p. ISBN 9788527715201 RANG, H. P; DALE, M. Maureen. Rang & Dalle Farmacologia. 6. ed Rio de Janeiro, RJ: Elsevier, 2008. 829 p. ISBN 9788535222432 (broch.) GOODMAN, Louis Sanford; GILMAN, Alfred. As bases farmacologicas da terapeutica. 9. ed Rio de Janeiro: McGraw - Hill Interamericana do Brasil, 1996. 1436 p ISBN (enc.) 9765027338 KATZUNG, Bertram G. Farmacologia Básica e Clínica. 8ªEdição, Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2003 952 p. ISBN 992348579752587
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