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1 O Estado Avaliador De acordo com o item visto anteriormente vivemos em um mundo em mutação, onde a tecnologia introduz inovações que acarretam mudanças na forma de pensar e agir da população ocasionando o surgimento de novos paradigmas educacionais, refletindo nas concepções dos projetos educacionais e redimensionando o papel da escola como instituição social responsável pela formação do homem. Esse fato provoca uma necessidade de alteração também dos órgãos responsáveis pela gestão do sistema educacional. O governo não dá conta de ser o único provedor da educação no país e permite à iniciativa privada que participe do processo pela autorização de funcionamento de escolas e agências de formação, como por exemplo, os cursos de formação profissional. Essa é a consequência da introdução no país da ideologia neoliberal, onde o Estado reduz as suas obrigações fundamentais com a população e passa a exercer a função de supervisão e regulação do processo de mercado o que é denominado por Estado Avaliador (termo usado e proposto por Guy Neave em seus estudos sobre políticas de ensino superior). O que significa o Estado Avaliador com relação à educação? No entendimento de Almerindo Janela significa “... sinalizar que está em curso a transição de uma forma de regulação burocrática e fortemente centralizada para uma forma de regulação híbrida que conjuga o controle pelo Estado com estratégias de autonomia e autorregulação das instituições educativas”. O mesmo autor explica que, por conta das diferenças na forma de administrar e controlar as instituições de educação básica no Brasil, a presença do Estado Avaliador se expressa pela promoção de um ethos competitivo pela introdução através da avaliação externa, dos exames nacionais e ainda “(...) através do predomínio de uma racionalidade instrumental e mercantilista que tende a sobrevalorizar indicadores e resultados acadêmicos quantificáveis e mensuráveis 2 sem levar em consideração as especificidades dos contextos e dos processos educativos” resultando na ênfase dos resultados e das notas obtidas. Vale a pena esclarecer que, atualmente, o MEC além de contar com uma ampla base de dados do Censo Escolar, incluiu questionários a serem respondidos pelas escolas onde são detalhados os dados da condição social e econômica dos alunos e das condições existentes para o desenvolvimento do ensino. Esses questionários diminuíram o vácuo existente entre os resultados apresentados e as condições que influenciam ou determinam o sucesso ou o fracasso do aluno. Outra medida importante foi permanecer na base do site do MEC/Inep os dados para a pesquisa dos interessados.
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