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mastite e CMT

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Diagnóstico
Atualmente vários métodos têm sido desenvolvidos para o diagnóstico das Mastites, sendo que muitos são importantes para que se identifique de uma maneira bem simples um quarto contaminado.
Os métodos mais utilizados para diagnóstico de uma infecção mamária, são as seguintes:
Teste da caneca de fundo escuro
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O processo consiste no exame em uma bandeja de fundo escuro ou telada, dos primeiros jatos de leite antes da ordenha, em que se busca a presença de resíduos como grumos, filamentos, coágulos, pus e sangue. 
Este teste é usado para a observação da ocorrência da mastite clínica.
Método pelo uso do CMT (California Mastitis Test).
É uma prova de diagnóstico pela adição de uma substância reativa aos jatos de leite, dentro de uma bandeja especial, tipo uma raquete. Neste método deve-se desprezar os primeiros jatos de leite.
Ele baseia-se no aumento de células somáticas presentes no leite que reagem com o reativo, um detergente aniônico.
A avaliação do teste de CMT, segue um padrão determinado sobre o grau do aumento da viscosidade numerada em uma, duas ou três cruzes.
A avaliação consiste na seguinte classificação:
Leite é considerado normal quando for classificado como traços ou negativo
Leite é considerado anormal quando for classificado como 1, 2 ou 3
Observação - Quando a vaca apresenta Tamis negativo e CMT positivo, a mastite é denominada subclínica.
 
No trabalho realizado por Philpot em 1984, estabeleceu-se uma correlação entre os dados de perda da produção leiteira, com os testes de CMT, com os seguintes resultados:
CMT +1, perda de 10 a 11%
CMT + 2, perda de 16 a 26%
CMT + 3, perda de 25 a 46%
Para se ter uma avaliação mais ampla, e uma situação do grau de comprometimento de todo o rebanho, deve-se fazer o CMT nos tanques, observando-se os seguintes dados:
Negativo - 0%
Traços - 0,6%
Uma + - de 7 a 36%
Três +++ - mais de 80% do rebanho está comprometido
Método por medição do pH 
O método se baseia na medição do ph do leite, utilizando-se um papel indicador de pH.  O leite com um pH na faixa de 6,4 e acima de 6,8, portanto com pH alcalino é considerado normal.
É um teste muito subjetivo, pois se o pH está de ligeiramente alcalino acima de 6,8, devido ao extravasamento do plasma sanguíneo, suspeita-se apenas de um processo inflamatório e no caso de um processo infeccioso, o pH pode estar ácido ou alcalino, dependendo do tipo de microorganismo que possa aparecer. 
Mastite: esclareça suas dúvidas 14/5/2007
Mastite é uma inflamação da glândula mamária, geralmente causada pela infecção por diversos tipos de microrganismos, sendo as bactérias os principais agentes. É a doença mais importante dos rebanhos leiteiros em todo o mundo devido à alta incidência de casos clínicos, alta incidência de infecções não perceptíveis a olho nú (infecções subclínicas) e aos prejuízos econômicos que acarreta.
Uma vez que um microrganismo tenha se instalado na glândula mamária, ele se nutre dos componentes do leite e se multiplica, atingindo números muito elevados. Nesse processo, são produzidas toxinas ou outras substâncias que causam danos ao tecido mamário. Essas substâncias atraem leucócitos (células somáticas) do sangue para o leite, a fim de destruir os microrganismos invasores. 
Como resultado da inflamação, as paredes dos vasos sangüíneos se tornam dilatadas e outras substâncias do sangue também passam para o leite. Entre essas estão íons de cloro e sódio, que deixam o leite com sabor salgado, e enzimas que causam alterações na proteína e na gordura. Devido às lesões do tecido mamário, as células secretoras se tornam menos eficientes, isto é, com menor capacidade de produzir e secretar leite. Ocorre também a morte das células e a liberação de enzimas dentro da glândula, que contribuem para agravar o processo inflamatório. Tudo isso prejudica a qualidade do leite e causa redução na produção. 
Perdas Econômicas
As perdas econômicas que ocorrem na mastite são devidas à redução na produção, ao descarte de leite e de animais, aos gastos com medicamentos, com serviços veterinários e com o aumento de mão-de-obra e, em alguns casos, à morte do animal. 
A redução na produção de leite é considerada o fator individual mais importante das perdas econômicas da mastite. Estudos realizados no Brasil mostraram que quartos mamários com mastite subclínica produziram em média 25 a 42% menos leite do que quartos mamários normais. Nos Estados Unidos, estima-se que o custo por vaca/ano devido à mastite seja de aproximadamente US$ 185, o que corresponde a um custo anual de US$1,8 bilhão. Esse valor corresponde a aproximadamente 10% do total de leite vendido pelos produtores. Deste, cerca de dois terços corresponde à redução na produção de leite devido à mastite subclínica.
Agentes da Mastite
A mastite bovina pode ser causada por uma grande variedade de agentes, incluindo bactérias, micoplasmas, leveduras, fungos e algas. Embora mais de 137 espécies, subespécies e sorotipos de microrganismos já tenham sido isolados de infecções da glândula mamária bovina, a maioria das infecções é causada por bactérias. Apesar da heterogeneidade dos agentes que causam mastite, o primeiro passo para o início do processo infeccioso é a contaminação da extremidade da teta de uma glândula susceptível. Nas doenças sistêmicas, como leptospirose, brucelose, salmonelose, febre aftosa, tuberculose e carbúnculo hemático, o agente infeccioso pode ser eliminado pelo úbere. Nesses casos, com exceção da tuberculose, nem sempre existe evidência de comprometimento do úbere com presença de mastite.
Um conceito importante no diagnóstico e controle da mastite é que os patógenos mais comumente encontrados podem ser classificados em dois grupos: contagiosos e ambientais. Os microrganismos contagiosos são aqueles cujas principais fontes de infecção para o rebanho são o úbere ou canal da teta infectados, ou lesões nas tetas infectadas. A disseminação desses agentes se dá de um quarto infectado a outro ou de uma vaca para outra durante o processo de ordenha. Os microrganismos ambientais estão normalmente disseminados no solo, utensílios, dejetos, água ou outros locais e podem atingir a extremidade da teta a partir daí. Essa diferenciação entre os microrganismos causadores de mastite é de importância prática, porque medidas de controle diferenciadas são necessárias para cada um desses grupos.
Califórnia Mastite Teste (CMT)
O CMT (Califórnia Mastite Teste) é um teste muito empregado para identificar vacas com mastite subclínica na fazenda. Necessita de uma raquete contendo quatro cavidades e o reagente do CMT. 
Mistura-se o leite com o reagente, homogeneíza-se e faz-se a leitura após 10 segundos. De acordo com a quantidade de células somáticas do leite, forma-se um gel, de espessura variada. Se a quantidade de células somáticas é baixa, não forma gel, o resultado é negativo. De acordo com a espessura do gel, o resultado é dado em escores, que variam de traços (leve formação de gel) a + (fracamente positivo), ++ (reação positiva) e +++ (reação fortemente positiva).
Controle da Mastite 
O controle da mastite é baseado na adoção de um conjunto de ações voltadas para (1) prevenção de novas infecções e (2) redução da duração das infecções já existentes no rebanho. O sucesso no controle da mastite requer a utilização de práticas que reduzem a exposição do orifício dos tetos aos microrganismos infecciosos. Um ponto chave é o manejo da ordenha, focalizando nos cuidados com os animais, limpeza, higiene e na desinfecção dos tetos após a ordenha. Outras medidas muito importantes são: manter as vacas em um ambiente limpo e seco, tratar todos os casos clínicos, tratar todos os quartos mamários no início do período de secagem da vaca, manter as vacas de pé após a ordenha, descartar as vacas com infecção crônica e fazer a manutenção adequada dos equipamentos de ordenha.
A mastite é diferente de outras doenças dos bovinos como brucelose e tuberculose, que devem sererradicadas dos rebanhos. Como a mastite é muito disseminada e pode ser causada por muitos tipos de microorganismos que provocam doenças (patógenos), o objetivo principal é o controle. Um único rebanho é a unidade de controle, e o nível de mastite em um rebanho independe do nível dos rebanhos vizinhos. Por isso é importante a adoção de um programa de controle por todos os rebanhos, para redução dos níveis da doença.
Exame Microbiológico
A identificação dos agentes da mastite é realizada por meio de culturas de amostras de leite obtidas de quartos mamários individuais, ou de amostras compostas de todos os quartos de cada vaca. Essa identificação é importante para a implementação de métodos de controle e prevenção e para o monitoramento de rebanhos.
O principal objetivo do diagnóstico microbiológico da mastite é oferecer resultados rápidos e seguros ao veterinário, para que ele possa identificar problemas do rebanho e tomar decisões a respeito de casos individuais.

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