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201621_135518_Parte+2+-+CONCEITO+DE+TRIBUTO

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Conceito de tributo
Art. 3º, CTN: Tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada
Pecuniária...
O tributo pode ser pago com bens (i)móveis?
CTN, art. 162: O pagamento é efetuado:
I - em moeda corrente, cheque ou vale postal;
(...)
§ 2º O crédito pago por cheque somente se considera extinto com o resgate deste pelo sacado.
(...)
Pecuniária...
Art. 156, CTN: Extinguem o crédito tributário:
(...)
XI – a dação em pagamento em bens imóveis, na forma e condições estabelecidas em lei.  (Incluído pela Lcp nº 104, de 10.1.2001)
Compulsória...
A compulsoriedade decorre do fenômeno da incidência tributária, ou seja, da subsunção tributária.
Diversa de multa, sanção...
Paga-se o tributo em razão do ______ (subsunção tributária);
Paga-se multa em razão do inadimplemento obrigacional (caráter pedagógico).
Os frutos de uma atividade ilícita podem ser objeto de tributação?
Diversa de multa, sanção...
Art. 118, CTN: O fato gerador é interpretado abstraindo-se da validade do negócio jurídico
Princípio da “pecunia non olet”: extrai-se o conteúdo axiológico do valor de justiça, direcionando a exigibilidade da exação sobre quem possui capacidade contributiva, ainda que o rendimento provenha de atividade ilícita.
STF, HC 77530/RS – Informativo 637, 1ª Turma
STF – Informativo 637, 1ª Turma:
“Non olet” e atividade ilícita
 É possível a incidência de tributação sobre valores arrecadados em virtude de atividade ilícita, consoante o art. 118 do CTN (“Art. 118. A definição legal do fato gerador é interpretada abstraindo-se: I - da validade jurídica dos atos efetivamente praticados pelos contribuintes, responsáveis, ou terceiros, bem como da natureza do seu objeto ou dos seus efeitos; II - dos efeitos dos fatos efetivamente ocorridos”). Com base nessa orientação, a 1ª Turma conheceu parcialmente de habeas corpus e, na parte conhecida, por maioria, denegou a ordem. Na espécie, o paciente fora condenado pelo crime previsto no art. 1º, I, da Lei 8.137/1990 (“Art. 1° Constitui crime contra a ordem tributária suprimir ou reduzir tributo, ou contribuição social e qualquer acessório, mediante as seguintes condutas: I - omitir informação, ou prestar declaração falsa às autoridades fazendárias”) e sustentava a atipicidade de sua conduta, porque inexistiria obrigação tributária derivada da contravenção penal do jogo do bicho (Decreto-Lei 6.259/44, art. 58). 
O Min. Dias Toffoli, relator, assinalou que a definição legal do fato gerador deveria ser interpretada com abstração da validade jurídica da atividade efetivamente praticada, bem como da natureza do seu objeto ou dos seus efeitos. Ressaltou que a possibilidade de tributação da renda obtida em razão de conduta ilícita consubstanciar-se-ia no princípio do non olet. Assim, concluiu que o réu praticara sonegação fiscal, porquanto não declarara suas receitas, mesmo que resultantes de ato contravencional. O Min. Luiz Fux aludiu ao caráter sui generis da teoria geral do direito tributário. Acrescentou que seria contraditório o não-pagamento do imposto proveniente de ato ilegal, pois haveria locupletamento da própria torpeza em detrimento do interesse público da satisfação das necessidades coletivas, a qual se daria por meio da exação tributária. Vencido o Min. Marco Aurélio, que concedia a ordem por entender que recolhimento de tributo pressuporia atividade legítima. Precedente citado: HC 77530/RS (DJU de 18.9.98).
HC 94240/SP, rel. Min. Dias Toffoli, 23.8.2011. (HC-94240)
Diversa de multa, sanção...
STF levou em consideração o princípio “pecunia non olet” (art. 118, CTN), princípio da isonomia (art. 150,II, CF), e princípio da capacidade contributiva (art. 145, § 1º, CF).
Diversa de multa, sanção...
Art. 113, CTN: A obrigação tributária é principal ou acessória.
(...)
§ 3º A obrigação acessória, pelo simples fato da sua inobservância, converte-se em obrigação principal relativamente à penalidade pecuniária.
Diversa de multa...
Art. 157, CTN: A imposição de penalidade não ilide o pagamento integral do crédito tributário.
OBS: o correto seria “elide”.
O pagamento do tributo não elide/elimina a exigência de multa, e vice-versa.
Conceito de multa: é prestação pecuniária, compulsória, diversa de tributo, instituída por lei (art. 97,V, CTN) e cobrada por lançamento (art. 142, caput, CTN).
Dependente de lei...
Princípio da legalidade tributária;
Mitigação do referido princípio;
Depende de lançamento...
Lançamento: atividade administrativa plenamente vinculada.
Art. 142: Compete privativamente à autoridade administrativa constituir o crédito tributário pelo lançamento, assim entendido o procedimento administrativo tendente a verificar a ocorrência do fato gerador da obrigação correspondente, determinar a matéria tributável, calcular o montante do tributo devido, identificar o sujeito passivo e, sendo caso, propor a aplicação da penalidade cabível.
Parágrafo único. A atividade administrativa de lançamento é vinculada e obrigatória, sob pena de responsabilidade funcional.
Feição documental.

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