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Maquiavel - O Príncipe https://www.youtube.com/watch?v=DZC0sdreA3c Maquiavel viveu entre o século XV e XVI, durante o iluminismo. Italiano e viveu na itália. Antigamente, pensava-se que o governante deve ser virtuoso (sem pecado). Sendo o bom governante (virtuoso) aquele que seria cristão, e guiaria seus liderados ao paraíso. Maquiavel deixa de analisar da forma antiga, o governante virtuoso, e passa a analisar realisticamente o governante, e não como ele deveria ser. Por isto Maquiavel passou a ser compreendido como negativo ou malvado, mas o fato é que ele coloca a política como ela é, os governantes como são. A Itália na época de Maquiavel era dividida entre vários estados, que brigavam entre si. Para Maquiavel, o príncipe (governante) não pode se limitar às leis divinas, nem ao jus naturalismo dos gregos. Deve fazer o que deve ser feito.Maquiavel foi o primeiro a utilizar a palavra Estado como concebemos hoje. WERBER: "grupo de pessoas ou instituição que detém monopólio legítimo da força dentro de determinado território" A característica principal do estado moderno é a centralização do poder. Na era medieval os senhores feudais quem governavam em conjunto com o Rei, o rei estava acima do senhor feudal, mas não poderia dar ordens dentro do feudo. Diferença entre Virtude e fortuna, sendo a virtude as características próprias do governante, e não necessariamente as boas, como era classificado anteriormente principalmente pela igreja. A virtude se trata de aproveitar a melhor forma possível. A fortuna não quer dizer dinheiro para Maquiavel, mas a sorte, por exemplo, ser filho do rei. 1) Ser amado pela sociedade2) Agir como animal ou como homem. Fez a analogia do leão à força física (tropas nacionais) e agir como raposa (em relação à esperteza). 3) Governante precisa parecer ser altruísta, religiosa,4) Faça, pois, o príncipe por vencer e defender o Estado: os meios serão sempre considerados honrosos e por todos louvados" (Príncipe, XVIII) 5) 4 tópicos principais sobre o pensamento de Maquiavel Maquiavel não defende um governante absolutista, arbitrário, como definiu hobbes, não é sádico. Mas o cerne é que se o príncipe faz algo imoral, o faz para que o poder seja mantido. Frases de Maquiavel - "Os homens ofendem mais aos que amam do que aos que temem." - "O desejo de conquista é algo natural e comum; aqueles que obtêm sucesso na conquista são sempre louvados, e jamais censurados; os que não têm condições de conquistar, mas querem fazê-lo a qualquer custo, cometem um erro que merece ser recriminado." - "Nada faz o homem morrer tão contente quanto o recordar-se de que nunca ofendeu ninguém, mas, antes, ajudou a todos." - "Quem do prazer se priva e vive entre tormentos e fadigas, do mundo não conhece os enganos." - "Todos os profetas armados venceram, e os desarmados foram destruídos." - "A ambição é uma paixão tão forte no coração do ser humano, que, mesmo que galguemos as mais altas posições, nunca nos sentimos satisfeitos." - "Os homens quando não são forçados a lutar por necessidade, lutam por ambição." - "O homem que tenta ser bondoso todo tempo está fadado à ruína entre os inúmeros outros que não são bons." - "O homem esquece de forma mais fácil a morte do pai do que a perda do patrimônio". - "Na política, os aliados atuais são os inimigos de amanhã." Na época de maquiavel, a república italiana era aristocrática. O motivo de ter escrito o livro era pessoal. Após ser exilado, quando os médici tomaram o poder da república itálica, seu amigo sugeriu ganhar a amizade dos novos governantes escrevendo o livro. Os clássicos da política I Maquiavel era um chanceler público, e escreveu o príncipe para cair nas graças do novo governante, após ter seu posto perdido. Teve uma formação acadêmica muito previlegiada para a época, baseada nos clássicos do mundo antigo, o que a igreja costumava queimar na época. Invasão carlos viii (frança) em 1494, acaba com o poder dos médicis, surgindo o governo do profeta desarmado savanarola. 1498, savaranola é deposto e queimado na fogueira e logo depois maquiavel assume a 2ª chancelaria da república, com soderini no poder. Após 12 anos de intensa atividade ligada a política, em 1512, os médicis voltam ao poder em florença e maquiavel é demitido, preso e torturado. A concepção da natureza humana para maquiavel: Os homens são "ingratos, volúveis, simuladores, covardes ante ao perigo e ávidos por lucros". Como Maquiavel define política? Quais suas principais características? Antes de Maquiavel, os tratados sobre política eram todos envoltos em uma moral cristã, sendo a única maneira concebível de se governar propostas por leituras de textos religiosos. Ele rompe com a tradição, separando a moral da política. Se antes o príncipe era um coadjuvante na política frente ao poder do deus cristão, agora o soberano tornou-se atuante sendo quase como uma divisão das ações, o que foi um grande avanço. O livro, escrito de maneira bem organizada e direta, funciona quase como um guia de autoajuda aos governantes, explicando passo-a-passo a melhor maneira de manter no poder. 2) Discorra acerca da virtú e fortuna, no âmbito dos valores e práticas que devem ser trabalhadas pelo Príncipe. Dois conceitos muito utilizados dentro da obra de Maquiavel são virtú e Fortuna. Virtú pode ser entendido como força, potência, merecimento ou competência de um governante em conquistar ou/e manter o poder fazendo o Hereditários São fáceis de ser mantidos, e procura-se o momento aproriado para mudar as leis Barões e ministros Mistos Difíceis de conquistar e devem considerar Mesma língua, cultura e leis Língua cultura e leis diferentes Para mantê-los morar na colônia, construir duas bases em locais estratégicos da região; virar chefe e defensor dos menos fortes, cuidando para enfraquecer os mais poderosos. Se ele era livre, ou habita no local, aumenta impostos, ou destrói. "deve fazer como os arqueiros hábeis que, considerando muito distante o ponto que desejam atingir e sabendo até onde vai a capacidade de seu arco, fazem mira bem mais alto que o local visado, não para alcançar com sua flechas tanta altura,..." Mercenários - são instáveis e suscetíveis ao capitalI. Formas de defesa: Maquiavel sábado, 7 de fevereiro de 2015 14:07 Página 1 de Ciência Política 2) Discorra acerca da virtú e fortuna, no âmbito dos valores e práticas que devem ser trabalhadas pelo Príncipe. Dois conceitos muito utilizados dentro da obra de Maquiavel são virtú e Fortuna. Virtú pode ser entendido como força, potência, merecimento ou competência de um governante em conquistar ou/e manter o poder fazendo o que for preciso, diante das necessidades, para alcançar um objetivo. Já fortuna pode ser entendida por sorte alguém que por força do acaso (ou de Deus como cita Maquiavel) conquiste o poder ou/e o mantenha graças aos acasos do “destino”. 3) Caracterize os tipos de principado apresentados por Maquiavel, os modos como estes são formados (ou usurpados) e estabeleça uma comparação entre eles. Para Maquiavel existem duas formas de Estado: a república ou o principado. O autor simplesmente ignora a primeira e se atém somente ao principado. Esses principados podem ser hereditários (um príncipe torna-se rei após a morte do pai) ou novos. Os principados novos podem ser recém criados ou anexados pelo príncipe. Entre os principados anexados pode haver os principados que já estão acostumados com o príncipe anexador (como no caso de um casamento real em que as coroas se unem), ou livre e teve que ser conquistado a força. Essa conquista pode ter sido feita com tropas próprias do príncipe ou com tropas “emprestadas” de outro soberano. Ou seja, existem basicamente dois tipos de principados, os hereditários e os anexados. Manter um principado hereditárioé basicamente simples, pois o príncipe herda além do reino a lealdade dos súditos de seu pai. Já a conquista e em especial a manutenção de outros principados é mais complicada e requer uma grande virtú por parte do príncipe conquistador. 4) Sheldon Wolin afirma que os teóricos políticos em suas análises refletem sobre a seguinte indagação: “¿Qué tipo de conocimiento necesitan gobernantes y gobernados para que se mantenga la paz y la estabilidad?”. A partir dessa premissa desenvolva uma resposta sobre as lições que Maquiavel apresenta para o príncipe no que se refere à tomada de poder e sua manutenção? Para Maquiavel o príncipe deve, após tomar o poder, procurar de todas as formas mantê-lo. Para isso o autor defende o medo como arma de lealdade, pois, o amor pode em pouco tempo se transformar em frustração enquanto o temor é “mantido pelo receio do castigo”. Entretanto, o príncipe deve evitar de todas as maneiras cabíveis ser odiado por seus súditos. O ódio do povo ocorre quando se ataca a honra e a propriedade destes, salvo isto, um príncipe pode seguir reinando, sendo temido por seus súditos mas não odiado por eles. 5) No capítulo XXVI o autor escreve “Não se deve, pois, deixar passar esta ocasião, a fim de que a Itália conheça, depois de tanto tempo, um seu redentor”. Relacione a afirmação com o contexto das cidades italianas na época de Maquiavel e a centralização da autoridade. A Península Itálica no tempo de Maquiavel não era como nós a conhecemos hoje, ocupada por um Estado-nação chamado Itália, unificado econômica e politicamente, que tem como língua oficial o italiano, etc. O próprio conceito de Itália não era relevante, o que existia durante a vida de Maquiavel na península itálica eram diversos pequenos Estados- que não raramente guerreavam entre si- de culturas diferentes, línguas diferentes, etc. Entre estes Estados, os mais poderosos eram, o Reino de Nápoles, os Estados Pontifícios, a República de Veneza, o Ducado de Milão e o Estado Florentino, local de nascimento de Maquiavel. Tudo isso envolto em meio à aura de renovação concebida pelo Renascimento, forma o contexto em que Maquiavel concebeu sua obra. Ao final de sua obra ela clama aos Médici que tomem o poder em toda a Itália. Para o autor a península chegou a um ponto de extremo caos necessitando de um novo e único príncipe, capaz de colocar toda a região em ordem. 6) Para você qual o capítulo ou os capítulos mais importantes da obra? Justifique sua resposta. A meu ver, o capitulo XVIII pode não ser o mais importante da obra, nem o mais original. Mas ele resume em algumas poucas palavras todo o espirito da obra. Sempre que ela é evocada, vem à tona a máxima de Maquiavel de que os fins justificam os meios e é justamente neste capítulo que ela se apresenta da seguinte forma “nas nações de todos os homens, principalmente os príncipes, o que importa são os fins e, sejam quais forem os meios empregados, serão sempre honrados e louvados”. 7) Identifique os elementos presentes em “O princípe” retomados pela teoria realista das Relações Internacionais. Em Relações Internacionais, o pensamento de Maquiavel foi, posteriormente, “adotado” pela teoria realista. Quem tem o Estado como figura central nas relações entre os diversos países. No realismo a ideia de guerra inevitável permeia toda a corrente, ou seja, os conflitos bélicos entre os Estados é algo inevitável, as relações geram conflitos e estes conflitos, invariavelmente, terminam em disputas bélicas. Maquiavel, que acredita na maldade inerente do homem, afirma que guerras somente podem ser postergadas – e sempre em beneficio do adversário – e não evitadas. De <http://www.paginadowill.com/2013/04/sete-perguntas-e-respostas-sobre-o.html> 01 - (UEL – 2004) “O maquiavelismo é uma interpretação de O Príncipe de Maquiavel, em particular a interpretação segundo a qual a ação política, ou seja, a ação voltada para a conquista e conservação do Estado, é uma ação que não possui um fim próprio de utilidade e não deve ser julgada por meio de critérios diferentes dos de conveniência e oportunidade.” (BOBBIO, Norberto. Direito e Estado no pensamento de Emanuel Kant. Trad. de Alfredo Fait. 3.ed. Brasília: Editora da UNB, 1984. p. 14.) Com base no texto e nos conhecimentos sobre o tema, para Maquiavel o poder político é: a) Independente da moral e da religião, devendo ser conduzido por critérios restritos ao âmbito político. b) Independente da conveniência e oportunidade, pois estas dizem respeito à esfera privada da vida em sociedade. c) Dependente da religião, devendo ser conduzido por parâmetros ditados pela Igreja. d) Dependente da ética, devendo ser orientado por princípios morais válidos universal e necessariamente. e) Independente das pretensões dos governantes de realizar os interesses do Estado. 02 - Ao escrever seu famoso livro, denominado “O Príncipe”, Maquiavel apresentava uma proposta política para a Itália de seu tempo. Tal proposta tinha como objetivo A) analisar as condições pelas quais o monarca absoluto é capaz de conquistar, reinar e manter seu poder. B) estabelecer meios para a conquista do poder, pois de acordo com suas análises esta seria a principal e mais complexa fase política. C) desmistificar o conceito de Estado laico, propondo uma submissão completa do monarca absoluto em relação à Igreja. D) denunciar os desvios morais da política e as condições econômicas estabelecidas para a manutenção do poder. 03 - (UEL – 2005) “A escolha dos ministros por parte de um príncipe não é coisa de pouca importância: os ministros serão bons ou maus, de acordo com a prudência que o príncipe demonstrar. A primeira impressão que se tem de um governante e da sua inteligência, é dada pelos homens que o cercam. Quando estes são eficientes e fiéis, pode-se sempre considerar o príncipe sábio, pois foi capaz de reconhecer a capacidade e manter fidelidade. Mas quando a situação é oposta, pode-se sempre dele fazer mau juízo, porque seu primeiro erro terá sido cometido ao escolher os assessores”. (MAQUIAVEL, Nicolau. O Príncipe. Trad. de Pietro Nassetti. São Paulo: Martin Claret, 2004. p. 136.) Com base no texto e nos conhecimentos sobre Maquiavel, é correto afirmar: a) As atitudes do príncipe são livres da influência dos ministros que ele escolhe para governar. b) Basta que o príncipe seja bom e virtuoso para que seu governo obtenha pleno êxito e seja reconhecido pelo povo. c) O povo distingue e julga, separadamente, as atitudes do príncipe daquelas de seus ministros. d) A escolha dos ministros é irrelevante para garantir um bom governo, desde que o príncipe tenha desejam atingir e sabendo até onde vai a capacidade de seu arco, fazem mira bem mais alto que o local visado, não para alcançar com sua flechas tanta altura,..." Mercenários - são instáveis e suscetíveis ao capitalI. Exército auxiliar - provém de outro Estado, isto constitui sua derrota inicial pois não possui força o suficiente, e este exército pode tomar o seu auxiliado. II. Exército misto - próprio com auxiliarIII. Ex. Próprio - é o triunfante. E necessário que o príncipe esteja no exército.IV. Formas de defesa: Boas leis Alianças Objetivos torpes do príncipe (não se preparar para a guerra, só beber)• Virtú e fortuna• Duas estratégias: obras e mente, fazendo práticas (obras) sem preparo nas florestas, treinamentos in loco. O outro é estudo histórico, (mente), de guerra de outros estados e a própria cultura. • Perderia a guerra Utilidade e inutilidade das fortalezas e de outras práticas cotidianas dos príncipes A maior fortaleza são os súditos. Punis quem merece punição, mostrar integridade• Não ser neutro e tomar partido• Como o príncipe deve agir para que seja estimado: Compreende por si só• Necessita de ajuda• Não compreender• Conselheiros do príncipe e suas mentes Para evitar os oduladores,tomar decisões corretas. Ramificação da política• Ajuda a quem quer entender e quem quer usufruir• Conduta e exército na atualidade• Ministros e assessores• Foi e sempre será importante.• Política: conclusão Para maquiavel.... Maior fator de instabilidade, vontade de não ser dominado e dominar História, instrumento de preparo para a guerra Um bom estado é formado de boas leis e bons exércitos Página 2 de Ciência Política d) A escolha dos ministros é irrelevante para garantir um bom governo, desde que o príncipe tenha um projeto político perfeito. e) Um príncipe e seu governo são avaliados também pela escolha dos ministros. 04 - (UEL – 2007) “Deveis saber, portanto, que existem duas formas de se combater: uma, pelas leis, outra, pela força. A primeira é própria do homem; a segunda, dos animais. [...] Ao príncipe torna-se necessário, porém, saber empregar convenientemente o animal e o homem. [...] Sendo, portanto, um príncipe obrigado a bem servir-se da natureza da besta, deve dela tirar as qualidades da raposa e do leão, pois este não tem defesa alguma contra os laços, e a raposa, contra os lobos. Precisa, pois, ser raposa para conhecer os laços e leão para aterrorizar os lobos. Os que se fizerem unicamente de leões não serão bem-sucedidos. Por isso, um príncipe prudente não pode nem deve guardar a palavra dada quando isso se lhe torne prejudicial e quando as causas que o determinaram cessem de existir”. Fonte: MAQUIAVEL, N. O Príncipe. Tradução de Lívio Xavier. São Paulo: Nova Cultural, 1993, cap, XVIII, p.101-102. Com base no texto e nos conhecimentos sobre O Príncipe de Maquiavel, assinale a alternativa correta: a) Os homens não devem recorrer ao combate pela força porque é suficiente combater recorrendo-se à lei. b) Um príncipe que interage com os homens, servindo-se exclusivamente de qualidades morais, certamente terá êxito em manter-se no poder. c) O príncipe prudente deve procurar vencer e conservar o Estado, o que implica o desprezo aos valores morais. d) Para conservar o Estado, o príncipe deve sempre partir e se servir do bem. e) Para a conservação do poder, é necessário admitir a insuficiência da força representada pelo leão e a importância da habilidade da raposa. 05 - (UEM – Verão 2008) Maquiavel inaugura o pensamento político moderno. Seculariza a política, rejeitando o legado ético-cristão. Maquiavel tem uma visão do homem e da política como elas são e não como deveriam ser. A política deve ater-se ao real, deve preocupar-se com a eficiência da ação e não teorizar, como fazia Platão, sobre a forma ideal de governo. Assinale o que for correto. a) Para Maquiavel, o príncipe virtuoso é aquele que governa com justiça, estabelecendo, entre seus súditos, a igualdade social e uma participação político-democrática. b) Maquiavel redefine as relações entre ética e política, não julga mais as ações políticas em função de uma hierarquia de valores dada de antemão, mas em função da necessidade dos resultados que as ações políticas devem alcançar. c) Maquiavel faz a apologia da tirania, pois considera ser a forma mais eficiente de o príncipe manter-se no poder e garantir a segurança da ordem social e política para seus súditos. d) Na concepção política de Maquiavel, não há uma exclusão entre ética e política, todavia a primeira deve ser entendida a partir da segunda. Para ele, as exigências da ação política implicam uma ética cujo caráter é diferente da ética praticada pelos indivíduos na vida privada. e) Para Maquiavel, a sociedade é dividida entre os grandes, isto é, os que possuem o poder político e econômico, e o povo oprimido. A sociedade é cindida por lutas sociais, não pode, portanto, ser vista como uma comunidade homogênea voltada para o bem comum. 06 – Maquiavel contradiz a visão de política dos pensadores mais antigos afirmando como princípios que regulam as ações de um príncipe os conceitos de Virtú (virtude) e Fortuna (sorte). Sobre essa questão, ASSINALE o único item INCORRETO: (a) A virtú não consiste num conjunto fixo de qualidades morais opostas à fortuna. Virtú é a capacidade do príncipe para ser flexível às circunstâncias, mudando com elas para agarrar e dominar a fortuna. (b) Virtú e Fortuna significam, simultaneamente, a justiça e a busca do bem comum. (c) Um príncipe deve mudar com a fortuna, deve ser volúvel, inconstante. Dependendo das circunstâncias, será cruel ou generoso, mentirá ou será honrado, deverá ceder à vontade dos outros ou ser inflexível. (d) Tanto Virtú quanto Fortuna obedecem a lógica racional da justiça. (e) A fortuna é sempre favorável para quem deseja agarrá-la. É a sorte que se oferece como presente para quem é ousado e está disposto a vencê-la. 07 – A respeito da Teoria Política de Maquiavel em sua obra O Príncipe, CONSIDERE o que for CORRRETO: (a) Para formular sua teoria política, Maquiavel partiu da experiência real de seu tempo. (b) Maquiavel afirmou que o príncipe ao agir deve considerar os princípios éticos e morais que regulam a nova concepção política. (c) Concebia a natureza humana como egoísta, ambiciosa, ingrata, volúvel, movida pelas paixões e desejos insaciáveis. (d) O verdadeiro príncipe é aquele que sabe tomar e conservar o poder. (e) O príncipe precisa ter virtú, ou seja, as qualidades para tomar e permanecer no poder, mesmo que use a violência, a mentira, a astúcia e a força. 08 – Nicolau Maquiavel (1.469 - 1527) assim se expressara em sua obra O Príncipe: “(...) O mesmo acontece com a fortuna, que demonstra sua força onde não encontra uma virtú (virtude) ordenada, pronta para resistir-lhe e volta seu ímpeto [impulso; força] para onde sabe que não foram erguidos diques ou barreiras para contê-las. Se considerares a Itália, que é sede e origem dessas alterações, verás que ela é um campo sem diques e sem qualquer defesa; caso ela fosse convenientemente ordenada pela virtú, como a Alemanha, a Espanha e a França, ou esta cheia não teria causado as grandes mudanças que ocorrem, ou estas nem sequer teriam acontecido.” (MAQUIAVEL, N. O Príncipe. São Paulo: Abril Cultural, 1973 – p. 109.) Sobre o conceito de Virtú, peça chave para se entender as ações de um governante (ou príncipe), CONSIDERE as assertivas abaixo: I – A virtú é a qualidade dos oportunistas, que agem guiados pelo instinto natural e irracional do egoísmo e almejam, exclusivamente, sua vantagem pessoal. II – O homem de virtú é antes de tudo um sábio, é aquele que conhece as circunstâncias do momento oferecido pela fortuna e age seguro do seu êxito. Página 3 de Ciência Política III – Mais do que todos os homens, o príncipe tem de ser um homem de virtú, capaz de conhecer as circunstâncias e utilizá-la a seu favor. IV – Partidário da teoria do direito divino, Maquiavel vê o príncipe como um predestinado e a virtú como algo que não depende dos fatores históricos. ASSINALE a ÚNICA alternativa que contém as assertivas verdadeiras: (A) I, II, III. (B) II e III. (C) II e IV. (D) II, III e IV. (E) I, II e IV. 09 - Para Maquiavel a ação política não deve ser julgada por meio de critérios diferentes dos de conveniência e oportunidade. De acordo com esta afirmação pode-se concluir que o governante deve agir de acordo com critérios: A) que dependem da ética, devendo ser orientado por princípios morais válidos universalmente. B) que dependem da religião, conduzidos por parâmetros ditados pela Igreja. C) que independem da moral e da religião, conduzidos por ações restritas ao meio político. D) que independem das pretensões dos governantes de realizar os interesses do Estado. 10 ) Foi postada uma charge na internet, onde aparece a presidente Dilma segurando nos braços um pepino, cujo rosto é do político Palocci. Observa-se ainda na charge que a expressão da presidente é de incômodo. Analise a postura da presidenta Dilma em relação ao caso Palocci. Tomandocomo base o pensamento de Nicolau Maquiavel pode-se concluir que o(a) presidente(a) A) não deve precipitar declarações incondicionais de apoio a ministros que recebem acusações, antes do apuro rigoroso delas. B) deve fazer declarações incondicionais de apoio a pessoas que recebem acusações, pois é função importante do cargo exercido. C) deve precipitar declarações contrárias aos grupos de oposição, indicando um destempero para o exercício do Executivo. D) não deve abandonar seus aliados políticos oferecendo total apoio a quem recebe acusações 11. Segundo Maquiavel, os homens são essencialmente bons ou maus? a) Para o autor, os homens são essencialmente maus. Em geral, são ingratos, volúveis, fingidos, dissimulados, avessos ao perigo e gananciosos. (capítulo XVII). b) Os homens não são tão maus. Às vezes são ingratos, volúveis, fingidos. 12- (UEL – 2007) “Deveis saber, portanto, que existem duas formas de se combater: uma, pelas leis, outra, pela força. A primeira é própria do homem; a segunda, dos animais. [...] Ao príncipe torna-se necessário, porém, saber empregar convenientemente o animal e o homem. [...] Sendo, portanto, um príncipe obrigado a bem servir-se da natureza da besta, deve dela tirar as qualidades da raposa e do leão, pois este não tem defesa alguma contra os laços, e a raposa, contra os lobos. Precisa, pois, ser raposa para conhecer os laços e leão para aterrorizar os lobos. Os que se fizerem unicamente de leões não serão bem-sucedidos. Por isso, um príncipe prudente não pode nem deve guardar a palavra dada quando isso se lhe torne prejudicial e quando as causas que o determinaram cessem de existir”. Fonte: MAQUIAVEL, N. O Príncipe. Tradução de Lívio Xavier. São Paulo: Nova Cultural, 1993, cap, XVIII, p.101-102. Com base no texto e nos conhecimentos sobre O Príncipe de Maquiavel, assinale a alternativa correta: a) Os homens não devem recorrer ao combate pela força porque é suficiente combater recorrendo-se à lei. b) Um príncipe que interage com os homens, servindo-se exclusivamente de qualidades morais, certamente terá êxito em manter-se no poder. c) O príncipe prudente deve procurar vencer e conservar o Estado, o que implica o desprezo aos valores morais. d) Para conservar o Estado, o príncipe deve sempre partir e se servir do bem. e) Para a conservação do poder, é necessário admitir a insuficiência da força representada pelo leão e a importância da habilidade da raposa. 13) Não ignoro a opinião antiga e muito difundida de que o que acontece no mundo é decidido por Deus e pelo acaso. Essa opinião é muito aceita em nossos dias, devido às grandes transformações ocorridas, e que ocorrem diariamente, as quais escapam à conjectura humana. Não obstante, para não ignorar inteiramente o nosso livre-arbítrio, creio que se pode aceitar que a sorte decida metade dos nossos atos, mas [o livre-arbítrio] nos permite o controle sobre a outra metade. MAQUIAVEL, N. O Príncipe. Brasília: EdUnB, 1979 (adaptado). Em O Príncipe, Maquiavel refl etiu sobre o exercício do poder em seu tempo. No trecho citado, o autor demonstra o vínculo entre o seu pensamento político e o humanismo renascentista ao A) valorizar a interferência divina nos acontecimentos definidores do seu tempo. B) rejeitar a intervenção do acaso nos processos políticos. C) afirmar a confiança na razão autônoma como fundamento da ação humana. D) romper com a tradição que valorizava o passado como fonte de aprendizagem. E) redefinir a ação política com base na unidade entre fé e razão. Página 4 de Ciência Política E) redefinir a ação política com base na unidade entre fé e razão. GABARITO QUESTÃO 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 A A E E B,D,E B A,C,D,E B C A A E C De <http://www.trabalhosgratuitos.com/print/Exerc%C3%ADcios-Resolvidos-Sobre-O-Pr%C3%ADncipe/124763.html> Página 5 de Ciência Política
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