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PESSOA JURÍDICA - Revisão

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DIREITO CIVIL - PESSOA JURÍDICA
CONCEITO:
- Grupo humano criado na forma da lei para a realização de objetivos comuns, dotado de personalidade jurídica própria.
- São entidades a que a lei confere personalidade, capacitando-as a serem sujeitos de direitos e obrigações.
- Grupo de pessoas ou de bens dotado de personalidade jurídica própria e constituído na forma da lei para a consecução de fins comuns
LEVA A REGISTRO = NASCE A PERSONALIDADE JURÍDICA (Responde de forma isolada da pessoa natural)
PRINCIPAL CARACTERISTICA: atuam na vida jurídica com personalidade diversa da dos indivíduos que as compõem. (art 50 e 1024 CC) Não podem, em regra, ser penhorados bens dos sócios por dívida da sociedade.
- Personalidade da pessoa Jurídica ≠ pessoa natural
NATUREZA JURÍDICA:
a- Teoria Negativista: negam a existência da pessoa jurídica, não admitem que pessoas jurídicas possam ser sujeitos de direito.
b- Teoria Afirmativista: grupo de pessoas passam a construir uma unidade orgânica, com individualidade própria reconhecida pelo estado e distinta das pessoas a compõem. Procura explicar a existência desse fenômeno jurídico. Existem dois grupos de teorias afirmativistas.
b.1- Teorias da Ficcção: Produção abstrata.
	Teoria da Ficção Legal: sustenta que a pessoa jurídica constitui uma criação artificial da lei. (somente a pessoa natural poder ser sujeito da relação jurídica e titular de direitos subjetivos.
	Teoria da Ficção Doutrinaria: Criação dos juristas, da doutrina. Não possui existência real, apenas intelectual.
Obs.: As teorias da ficção não são, hoje, aceitas. Dizer que o Estado é uma ficção é o mesmo que dizer que o direito, que ele emana, também é. (O Estado diz se posso ou não criar e como)
b.2- Teoria da Realidade: Pessoas Jurídicas são realidades vivas, existência própria com os indivíduos. Teoria que nosso ordenamento segue, realidades vivas, com existência própria do mesmo modo que os indivíduos.
	Teoria da Realidade Objetiva ou Orgânica: a pessoa jurídica é uma realidade sociológica, que nasce por imposição das forças sociais. Fruto de uma necessidade social.
	Teoria da Realidade Jurídica ou institucionalista: assemelha-se da realidade objetiva, pessoas jurídicas como organizações sociais personificadas, destinadas a um serviço ou ofício.
	Teoria da Realidade Técnica: ADOTADO PELO NOSSO ORDENAMENTO. (art. 45, CC). Fruto de uma necessidade técnica (vontade humana + satisfação técnica jurídica). A personificação é atribuída a grupos em que a lei reconhece vontade e objetos próprios. Para o estado é necessário alguns requisitos para assim conseguir abrir. Forma encontrada pelo direito para reconhecer a existência de grupos de indivíduos que se unem na busca de fins determinados.
Personalidade Jurídica (atributo que o Estado defere a certas entidades, por observarem determinados requisitos por ele estabelecido).
Obs.: Realidade Objetiva e Jurídica não explicam como os grupos sociais podem adquiri-la e se tornarem sujeitos de direitos e obrigações. Teoria da Realidade das Instituições Jurídicas é um atributo que a ordem jurídica estatal outorga a entes que o merecem.
Personalidade Jurídica é um atributo que o Estado defere a algumas entidades benefícios não é outorgada pelo Estado de maneira arbitrária, mas sim tendo em vista determinada situação, desde que preenchidos determinados requisitos estabelecidos pelo Estado.
REQUISITOS PARA A CONSTITUIÇÃO DA PESSOA JURÍDICA
Sistema da livre Formação pode ser formada sem observância de quaisquer requisitos.
Sistema do Reconhecimento somente adquire a personalidade jurídica após a chancela estatal.
Sistema misto ou eclético (ficamos com essa) tem existência valida, condicionada ao respeito as estipulações legais.
	Exige uma pluralidade de pessoas ou de bens e uma finalidade específica.
Vontade Humana Criadora intenção de criar uma entidade distinta da de seus membros. Materializando no ato de constituição (escrito). Para uma pessoa jurídica seja criada, são necessárias duas ou mais pessoas com vontades convergentes, ligadas por uma intenção comum.
Observância das condições Legais elaboração do ato constitutivo (estatuto ou contrato social) e Registro do Ato constitutivo (precedido de autorização do Governo, quando necessária) – Requisito formal exigido pela lei (estatuto\contrato social\escritura pública ou testamento) art. 62, CC. Obs.: art 45, CC 
Licitude de seu objetivo podendo ser o lucro pelo exercício da atividade (sociedades em geral, civis ou comerciais) e os fins religiosos, morais, culturais ou de assistência (nas fundações) art. 62, CC Objetivos ilícitos ou nocivos constituem causa de extinção da pessoa jurídica art.69, CC.
COMEÇA DA EXISTÊNCIA LEGAL
O Ato Constitutivo pode ser contrato social ou estatuto, a declaração de vontade pode ser de forma pública ou particular, exceto no caso das fundações (escritura ou testamento) Obs.: art. 981 (contrato), 104 (negócios jurídicos), 997 (declaração de vontade), 62 (escritura pública ou testamento).
O registro do ato constitutivo existência legal com o registro no órgão competente. Art. 45, CC. Sem registro será reconhecida como sociedade irregular ou de fato.
- Registro de uma sociedade empresária (na Junta comercial – Registro Público de Empresas mercantis)
- Demais pessoas jurídicas de Direito Privado – no cartório de Registro Civil das Pessoas Jurídicas.
- Sociedade Simples de Advogados – na OAB
A capacidade Jurídica adquirida com o registro estende-se a todos os campos do direito. Obs.: art. 52, CC
Pré-requisitos do Registro o contrato ou estatutos sociais seguir as exigências art.46, CC
Registros formais exigidos pela lei:
- Estatuto (associações sem fins lucrativos)
- Contrato Social (sociedade simples ou empresárias)
- Escritura Pública ou Testamento (das fundações art. 62, CC)
-Registro (pessoa jurídica de direito privado, se não registra o ato constitutivo será uma mera “sociedade de fato” ou “sociedade não personalizada”
CLASSIFICAÇÃO DA PESSOA JURÍDICA
Quanto à Nacionalidade
a.1) Nacional sociedade organizada de conformidade com a lei brasileira, e sua sede administrativa seja no Brasil art.1.126, CC
a.2) Estrangeira não funciona sem autorização do Poder Executivo no país.
Quanto à Estrutura Interna
b.1) Corporação conjunto de pessoas, objetivos em comum. Reunião de pessoas para realização de seus objetivos. Realização de fins internos, interesses e bem-estar de seus membros visando atingir os bens comuns.
	- Associações: não têm fins lucrativos, mas religiosos, morais, culturais, assistenciais, recreativos ou desportivos.
	- Sociedade Simples: fim econômico, dividido entre os sócios geralmente profissionais da mesma área.
	- Sociedade Empresária: Atividade própria de empresário (fim econômico)
Obs.: art.967, CC
b.2) Fundação Universo de bens. Patrimônio personalizado, destinado a um determinado fim. Exemplo, deixa uma casa para criar uma instituição, reúne outros bens e assim poderá surgir. O aspecto dominante é o patrimonial, elemento essencial, objetivo são externos, estabelecidos pelo instituidor (atende a sociedade).
Quanto à Função
c.1) Direito Público Interno (dentro do território) podem ser da Administração Direta (União, Estados, Distrito federal, Municípios) e da Administração Indireta (autarquias, inclusive as associações públicas, fundações públicas e demais entidades de caráter público criado pela lei) art. 41, I e III, CC
c.2) Direito Público Externo (fora do território) nações estrangeiras, organismos internacionais. Art. 42, CC.
Conjunto de pessoas e bens que visa atender a interesses públicos internos ou externo. São órgãos descentralizados, criados por lei, com personalidade jurídica própria, para o exercício de atividade de interesse público art.41, CC
Obs.: art. 45, CC e art. 990, CC
c.3) Direito Privado divide-se em corporações (associações, sociedades simples e empresárias) e fundações particulares.
● Corporações
- Associações não tem fins lucrativos, mas, sim, morais, culturais, desportivos,filantrópicos, etc. art. 53, CC.
- Sociedades simples tem fim econômico e são constituídas, em geral, por profissionais liberais ou prestadores de serviços.
- Sociedade Empresárias também visam o lucro e têm por objeto o exercício de atividade própria de empresário sujeito ao registro previsto no art.967, CC 
- Organizações Religiosas fins pastorais e evangélicos e tratam da complexa questão da fé, distinguindo-se das associações civis
- Partidos Políticos têm fins políticos, não se caracterizando pelo fim econômico ou não. Além de registro no cartório de títulos e documentos, serem inscritos perante o TSE e o Ministério do Trabalho.
- Sindicatos embora não mencionados no art.44 do CC, têm natureza de associação Civil (CF, art. 8, CLT, arts. 511 e 512)
● Fundações Particulares a fundação somente poderá constituir-se para fins religiosos, morais, culturais ou de assistência art.62, CC Reunião de bens. Obs.: art. 41, CC. Enunciado n.141 do CJF\STJ – III Jornada de Direito Civil.
- Empresa Pública patrimônio próprio e capital exclusivo da União, criada por lei para exploração de atividade econômica. Ex.: Caixa Econômica Federal, Correios, etc.
- Sociedades de Economia mista criada por lei para exploração de atividade econômica sob forma de sociedade anônima. Ex.: Banco do Brasil, Petrobras, Banco do Nordeste, etc. 
SOCIEDADE IRREGULARES OU DE FATO
	Sem atos constitutivos ou ainda não registrados. Nesse caso a responsabilidade civil é dos próprios sócios, responsabilidade é ilimitada art. 990, CC
Credores particulares do sócio podem executar a participação que o referido sócio tem na sociedade, caso não exista outros bens.
Credores da Sociedade executar primeiro os bens da sociedade e somente depois os bens particulares dos sócios. Benefício de ordem art. 990, CC.
Regulamentação posterior da sociedade fatos ocorridos antes da regulamentação, será feito o mesmo citado anteriormente.
ENTES DESPERSONALIZADOS
	Meros conjuntos de pessoas e de bens que não possuem personalidade própria ou distinta, não constituindo pessoa jurídica. Pessoas previstas (art. 12, CPC)
Massa falida representada pelo síndico: conjunto patrimonial, criado pela lei, para exercer os direitos do falido.
Herança Jacente ou Vacante Representada pelo curador art. 1.819 a 1.823, CC
b.1) Herança Jacente acervo patrimonial deixado pelo de cujos, sem testamento ou herdeiro legítimo. Ficando sob a guarda e administração de um curador. Até a entrega ao sucessor devidamente habilitado ou a declaração de sua vacância.
b.2) Herança Vacante é declarada, praticadas todas as diligências de arrecadação e ultimato do inventário, decorrido um ano de sua primeira publicação, não haja herdeiro habilitado ou penda habilitação.
Espólio pelo inventariante conjunto de direitos e obrigações do falecido, massa patrimonial deixada pelo autor de herança. Sua administração e representação cabe ao inventariante, mas antes de sua nomeação judicial art. 1.797, CC
 Sociedade sem personalidade jurídica pelos seus administradores
Condomínio pelo Síndico Conjunto de bens em copropriedade – direito das coisas. O condomínio possibilita titularidade coletiva de determinado bem, cabendo a qualquer dos coproprietários. Para muitos doutrinadores, constitui uma pessoa jurídica, o que justifica a sua inscrição no CNPJ.
e.1) Espécies
	- Condomínio em Geral (art. 1314 a 1330, CC) Administração mediante deliberação da maioria.
	- Condomínio Edilício ou Horizontal (art. 1331 a 1358) Administração (art. 1347, CC) assembleia geral escolherá um sindico, poderá ser um condômino ou não.
f) Família casamento, união estável ou entidade monoparental (art. 226, CF) Mero conjunto de pessoas não possuindo sequer legitimidade ativa ou passiva no campo processual.
g) Sociedade de Fato grupos despersonalizados, empresas que não possuem sequer constituição (estatuto ou contrato social), união de pessoas impedidas de casar (art. 1727, CC)
h) Sociedade Irregular ente despersonalizado, empresas que possuem estatuto e contrato social que não foi registrado (art. 986, CC)
A (RE)PRESENTAÇÃO DA PESSOA JURÍDICA
	“Representação” impossibilidade do exercício pleno da capacidade pela pessoa. Para a pessoa Jurídica o seu administrador age conforme estabelecido no contrato, mas não vai representar a pessoa jurídica, já que tecnicamente ela não é incapaz.
	A pessoa jurídica é “presentada”, faz presente através de pessoas que compõem os seus órgãos sociais e conselhos deliberativos. O administrador é o elemento humano quando haja necessidade da “presença” da pessoa jurídica.
RESPONSABILIDADE DA PESSOA JURÍDICA
	As pessoas jurídicas respondem, com seu próprio patrimônio, pelos atos que dos seus agentes (art. 43, CC)
Pessoas Jurídicas de Direito Privado 
- Contratual inadimplentes respondem por perdas e danos (art. 389, CC) têm responsabilidade objetiva por fato do produto ou do serviço (art. 12 a 25, CDC)
- Extracontratual as pessoas jurídicas de direito privado (corporações, fundações, etc) respondem civilmente pelos atos de seus prepostos, tenham ou não fins lucrativos (art. 186 e 932, III, CC)
Pessoas Jurídicas de Direito Público e De Direito Privado Prestadores de Serviço Público: teoria Objetiva da Responsabilidade (Risco administrativo) Responde independente de culpa. Por ato dos seus agente, é Objetiva, sob a modalidade do Risco Administrativo. A vitima não tem ônus de provar culpa ou dolo do agente público, mas, sim, o dano e o nexo causal. O Estado se exonerará da obrigação de indenizar se provar culpa exclusiva da vítima, força maior e fato exclusivo de terceiro. Em caso de culpa concorrente da vitima, a indenização será reduzida pela metade. (CF, art. 37§ 6◦; CC, art. 43)
Obs.: Lei n◦ 9.605\98, art 3◦, responsabilidade criminal das pessoas jurídicas por crime ambiental.
Obs.: PESSOA JURÍDICA E DIREITOS DA PERSONALIDADE (art. 52,CC) inovou conferindo as pessoas jurídicas, no que couber, proteção aos direitos da personalidade. Enunciado n◦ 286 – IV Jornada de Direito Civil. STJ – Súmuls 277 A pessoa jurídica poder sofrer dano moral.
DESCONSIDERAÇÃO DA PERSONALIDADE JURÍDICA
	A teoria da desconsideração da personalidade jurídica permite que o juiz, em casos de fraude e de má-fé, desconsidere o princípio de que as pessoas jurídicas tem personalidade distinta da de seus membros e autorize a penhora de bens particulares dos sócios. (art. 50, CC; art. 28, CDC)
EXTINÇÃO DA PESSOA JURÍDICA DE DIREITO PRIVADO
Convencional por deliberação de seus membros, conforme “quórum” previsto nos estatutos da lei.
Legal em razão de motivo determinante na lei (art. 1.034, CC)
Administrativa quando as pessoas jurídicas dependem de autorização do Governo e praticam atos nocivos ou contrários aos seus fins.
Natural resulta da morte de seus membros, se não ficar estabelecido que prosseguirá com os herdeiros
Judicial quando se configura algum dos casos previstos em lei ou no estatuto e a sociedade continua a existir, obrigando em dos sócios a ingressar em juízo.

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