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* ANATOMIA, FISIOLOGIA E AVALIAÇÃO DA FUNÇÃO AUDITIVA Universidade Federal de Sergipe - UFS Departamento de Medicina / CCBS Prof. Dr. Ronaldo Carvalho Matéria de ensino: Otorrinolaringologia Disciplinas: Otorrinolaringologia e Otorrinolaringologia aplicada à Fonoaudiologia * Ronaldo Carvalho ANATOMIA, FISIOLOGIA E AVALIAÇÃO DA FUNÇÃO AUDITIVA Anatomia do osso temporal e a orelha * Ronaldo Carvalho ANATOMIA, FISIOLOGIA E AVALIAÇÃO DA FUNÇÃO AUDITIVA Anatomia do osso temporal e a orelha Partes do osso temporal Escamosa: fissura timpanoescamosa Timpânica: fissura petrotimpânica (passa o nervo corda do tímpano) Processo estilóide Mastóide Petrosa: fissura petroescamosa * Ronaldo Carvalho ANATOMIA, FISIOLOGIA E AVALIAÇÃO DA FUNÇÃO AUDITIVA Cavidades aeradas do osso temporal Parte óssea da tuba auditiva Cavidade timpânica Células aeradas da mastóide Antro da mastóide Ádito do antro Células aeradas da parte petrosa * Ronaldo Carvalho ANATOMIA, FISIOLOGIA E AVALIAÇÃO DA FUNÇÃO AUDITIVA Cavidade timpânica da orelha média Parede lateral ou membranácea: membrana timpânica (MT) * Ronaldo Carvalho ANATOMIA, FISIOLOGIA E AVALIAÇÃO DA FUNÇÃO AUDITIVA Cavidade timpânica da orelha média Parede medial ou labiríntica: canal semicircular horizontal; canal do nervo facial; processo cocleariforme; janela oval; promontório; janela redonda; eminência piramidal; músculos estapédio e tensor do tímpano Parede inferior ou jugular: fossa jugular Parede superior ou tegmen timpânico: fossa cerebral média * Ronaldo Carvalho ANATOMIA, FISIOLOGIA E AVALIAÇÃO DA FUNÇÃO AUDITIVA Cavidade timpânica da orelha média Parede anterior carótida: carótida interna; tuba auditiva Parede posterior ou mastóidea: antro da mastóide Ossículos: martelo, bigorna e estribo VÍDEO * Ronaldo Carvalho ANATOMIA, FISIOLOGIA E AVALIAÇÃO DA FUNÇÃO AUDITIVA Forames, canais e fossas do osso temporal e seus conteúdos Canal auditivo externo (CAE) Fossa mandibular: articulação temporomandibular Forame estilomastoídeo: saída do nervo facial * Ronaldo Carvalho ANATOMIA, FISIOLOGIA E AVALIAÇÃO DA FUNÇÃO AUDITIVA Forames, canais e fossas do osso temporal e seus conteúdos Tuba auditiva * Ronaldo Carvalho ANATOMIA, FISIOLOGIA E AVALIAÇÃO DA FUNÇÃO AUDITIVA Forames, canais e fossas do osso temporal e seus conteúdos Fossa jugular: bulbo da jugular, limite com o forame jugular Canal carótico: carótida interna * Ronaldo Carvalho ANATOMIA, FISIOLOGIA E AVALIAÇÃO DA FUNÇÃO AUDITIVA Forames, canais e fossas do osso temporal e seus conteúdos Incisura mastoídea Na face medial da mastóide onde se insere o músculo digástrico A extremidade anterior da incisura mastoídea relaciona-se com o forame estilomastoídeo * Ronaldo Carvalho ANATOMIA, FISIOLOGIA E AVALIAÇÃO DA FUNÇÃO AUDITIVA Forames, canais e fossas do osso temporal e seus conteúdos Canal auditivo interno (CAI): entrada do nervo facial, nervo vestíbulo-coclear e vasos * Ronaldo Carvalho ANATOMIA, FISIOLOGIA E AVALIAÇÃO DA FUNÇÃO AUDITIVA Forames, canais e fossas do osso temporal e seus conteúdos Sulco do seio sigmóide: seio sigmóide que drena pelo forame jugular para formar a veia jugular interna * Ronaldo Carvalho ANATOMIA, FISIOLOGIA E AVALIAÇÃO DA FUNÇÃO AUDITIVA Forames, canais e fossas do osso temporal e seus conteúdos Canal do facial (canal de Falópio): canal intratemporal do nervo facial VÍDEO * Ronaldo Carvalho ANATOMIA, FISIOLOGIA E AVALIAÇÃO DA FUNÇÃO AUDITIVA * Ronaldo Carvalho ANATOMIA, FISIOLOGIA E AVALIAÇÃO DA FUNÇÃO AUDITIVA * Ronaldo Carvalho ANATOMIA, FISIOLOGIA E AVALIAÇÃO DA FUNÇÃO AUDITIVA * Ronaldo Carvalho ANATOMIA, FISIOLOGIA E AVALIAÇÃO DA FUNÇÃO AUDITIVA * Ronaldo Carvalho ANATOMIA, FISIOLOGIA E AVALIAÇÃO DA FUNÇÃO AUDITIVA Labirinto ósseo Cóclea Contém a perilinfa e o ducto coclear Dividida pela lâmina espiral e pelo ducto coclear em rampa vestibular e timpânica * Ronaldo Carvalho ANATOMIA, FISIOLOGIA E AVALIAÇÃO DA FUNÇÃO AUDITIVA Labirinto ósseo Vestíbulo Contém a perilinfa, o sáculo e o utrículo Recebe as conexões dos canais semicirculares (CSC) Canais semicirculares (CSC) horizontal, superior e posterior: contém a perilinfa e os ductos semicirculares (DSC) * Ronaldo Carvalho ANATOMIA, FISIOLOGIA E AVALIAÇÃO DA FUNÇÃO AUDITIVA Labirinto ósseo Aqueduto da cóclea Contém perilinfa Comunica a cóclea com o espaço subaracnoídeo no nível da borda lateral do forame jugular * Ronaldo Carvalho ANATOMIA, FISIOLOGIA E AVALIAÇÃO DA FUNÇÃO AUDITIVA Labirinto ósseo Aqueduto do vestíbulo Contém perilinfa, o ducto endolinfático e o saco endolinfático Abre-se na fossa posterior da parte petrosa, onde localiza-se o saco endolinfático * Ronaldo Carvalho ANATOMIA, FISIOLOGIA E AVALIAÇÃO DA FUNÇÃO AUDITIVA Labirinto membranoso Ducto coclear Fica no interior da cóclea, mergulhado na perilinfa (líquido rico em sódio, semelhante aos extracelulares) Contém no seu interior a endolinfa (líquido rico em potássio, semelhante aos intracelulares) e as células neuroepiteliais, denominadas de órgão de Corti * Ronaldo Carvalho ANATOMIA, FISIOLOGIA E AVALIAÇÃO DA FUNÇÃO AUDITIVA Labirinto membranoso Órgão de Corti Localiza-se na membrana basilar Encoberto pela membrana tectória de natureza gelatinosa Originam-se as neurofibrilas que vão formar o nervo coclear * Ronaldo Carvalho ANATOMIA, FISIOLOGIA E AVALIAÇÃO DA FUNÇÃO AUDITIVA Labirinto membranoso Células ganglionares espirais Neurônios que se localizam em um segmento da cóclea denominado de modíolo 35 mil células 90% são responsáveis pelas informações auditivas provenientes das células ciliadas internas do órgão de Corti (3500) Envia apenas uma fibra nervosa (dendrito) com corpos celulares grandes e fibras mielinizadas para uma única célula ciliada interna Cada célula ciliada interna é suprida por 10 células ganglionares espirais * Ronaldo Carvalho ANATOMIA, FISIOLOGIA E AVALIAÇÃO DA FUNÇÃO AUDITIVA Labirinto membranoso Células ganglionares espirais 10% estabelecem sinapses com as células ciliadas externas (12 mil) Cada célula ganglionar espiral supre 10 células ciliadas externas e apresentam corpos celulares pequenos e fibras nervosas não mielinizadas * Ronaldo Carvalho ANATOMIA, FISIOLOGIA E AVALIAÇÃO DA FUNÇÃO AUDITIVA Labirinto membranoso Ductos semicirculares (DSC) Ficam no interior de seus respectivos CSC, mergulhados na perilinfa * Ronaldo Carvalho ANATOMIA, FISIOLOGIA E AVALIAÇÃO DA FUNÇÃO AUDITIVA Labirinto membranoso Ductos semicirculares (DSC) Contém no seu interior endolinfa e nas extremidades dilatadas de cada ducto células ciliadas neuroepiteliais – cristas ampulares São encobertos por uma membrana de natureza gelatinosa – cúpula Das cristas ampulares originam-se as neurofibrilas que vão formar o nervo vestibular * Ronaldo Carvalho ANATOMIA, FISIOLOGIA E AVALIAÇÃO DA FUNÇÃO AUDITIVA Labirinto membranoso Sáculo e utrículo Ficam no interior do vestíbulo, mergulhados na perilinfa Do utrículo partem e chegam os DSC O sáculo é conectado ao ducto coclear através do ducto reuniens O sáculo e o utrículo estão conectados por dois pequenos ductos que se unem para formar o ducto endolinfático * Ronaldo Carvalho ANATOMIA, FISIOLOGIA E AVALIAÇÃO DA FUNÇÃO AUDITIVA Labirinto membranoso Sáculo e utrículo No interior destes há endolinfa e as células neuroepiteliais – máculas São encobertos por uma membrana gelatinosa que contém partículas de carbonato de cálcio – otólitos ou otocônias Das máculas originam-se as neurofibrilas que vão formar o nervo vestibular juntamente com as neurofibrilas das cristas ampulares * Ronaldo Carvalho ANATOMIA, FISIOLOGIA E AVALIAÇÃO DA FUNÇÃO AUDITIVA Labirintomembranoso Ducto e saco endolinfáticos Ficam no interior do aqueduto vestibular, mergulhados na perilinfa O ducto endolinfático origina-se de dois pequenos ductos – o ducto sacular e o ducto utricular – terminando em uma dilatação - saco endolinfático (contém endolinfa) Não possuem órgão sensorial porque não possuem células ciliares neuroepiteliais O saco endolinfático controla a pressão endolinfática e localiza-se na face posterior da parte petrosa do osso temporal * Ronaldo Carvalho ANATOMIA, FISIOLOGIA E AVALIAÇÃO DA FUNÇÃO AUDITIVA Fisiologia da audição Conceitos básicos Som: energia mecânica – partículas de ar em vibração Freqüência sonora (Hertz - Hz): grave, médio ou agudo – inversamente proporcional ao comprimento da onda Fala: 300-3000Hz Intensidade sonora (decibéis - dB): amplitude das vibrações periódicas das partículas de ar * Ronaldo Carvalho ANATOMIA, FISIOLOGIA E AVALIAÇÃO DA FUNÇÃO AUDITIVA Fisiologia da audição Orelha externa Coletar (discutível) e encaminhar as ondas sonoras até a orelha média Amplificar o som (200-2000-3000-5000Hz) – 20dB Localização da fonte sonora Proteção das orelhas média e interna * Ronaldo Carvalho ANATOMIA, FISIOLOGIA E AVALIAÇÃO DA FUNÇÃO AUDITIVA Orelha média Função de equalização das impedâncias da orelha média e interna Membrana timpânica: deslocamento como pistão (vibração), variando em cada zona (região da MT) de acordo com a freqüência sonora Cadeia ossicular: transmissão da vibração acústica da MT até a base do estribo * Ronaldo Carvalho ANATOMIA, FISIOLOGIA E AVALIAÇÃO DA FUNÇÃO AUDITIVA Orelha média Unidade tímpano-ossicular Corrige a perda que ocorre na transmissão da onda sonora do meio aéreo para o meio líquido da cóclea Mecanismo hidráulico: relação entre a área de vibração da MT (55mm²) e a platina do estribo (3.2mm²) +/- 17/1 (aumento da pressão acústica de 17-25 vezes – 26dB) Mecanismo de alavanca martelo-bigorna: aumento da pressão acústica de 2,5dB Amplificação global da pressão de 22 vezes (27-35dB) Diferença de pressão acústica e de fase entre as janelas oval e redonda: mobilização da perilinfa e ativação da membrana basilar (órgão de Corti) * Ronaldo Carvalho ANATOMIA, FISIOLOGIA E AVALIAÇÃO DA FUNÇÃO AUDITIVA Orelha média Função de proteção da orelha interna - MT e reflexo do estapédio Função de equilíbrio entre a pressão atmosférica e a pressão do ar contido na cavidade timpânica - tuba auditiva * Ronaldo Carvalho ANATOMIA, FISIOLOGIA E AVALIAÇÃO DA FUNÇÃO AUDITIVA Orelha interna Cóclea: transdução da energia acústica (mecânica) em energia elétrica Membrana basilar (teoria de Von Békésy – estrutura tonotópica) * Ronaldo Carvalho ANATOMIA, FISIOLOGIA E AVALIAÇÃO DA FUNÇÃO AUDITIVA Orelha interna Etapas da fisiologia coclear (transdução mecanoelétrica) Inclinação e estimulação dos cílios – despolarização das células ciliadas internas (entrada de potássio pelos canais iônicos dos cílios) – liberação de neurotransmissores – impulsos elétricos transmitidos ao SNC Nervo auditivo ou coclear Inervação aferente Neurônios tipo I (90-95%) – células ciliadas internas Neurônios tipo II (5-10%) – células ciliadas externas Fibras do nervo com seletividade freqüencial * Ronaldo Carvalho ANATOMIA, FISIOLOGIA E AVALIAÇÃO DA FUNÇÃO AUDITIVA Orelha interna Sistemas nervoso central Organização tonotópica (nem todas as fibras passam por todas as estruturas) Núcleos cocleares Complexo olivar superior Núcleos do lemnisco lateral Colículo inferior Corpo geniculado medial Córtex auditivo * Ronaldo Carvalho Avaliação da função auditiva Detecção e tratamento precoce da surdez Campanhas de esclarecimento para a comunidade leiga Políticas públicas de combate e prevenção da surdez Surdez – defeito congênito mais prevalente nos seres humanos Presbiacusia – maior causa de desagregação social do idoso ANATOMIA, FISIOLOGIA E AVALIAÇÃO DA FUNÇÃO AUDITIVA * Ronaldo Carvalho Métodos de avaliação auditiva Métodos subjetivos: dependem da resposta e colaboração do paciente Métodos objetivos: independem da colaboração do paciente Faixa etária, disposição em colaborar com o exame, necessidade de realizar-se o topodiagnóstico das lesões das vias auditivas ANATOMIA, FISIOLOGIA E AVALIAÇÃO DA FUNÇÃO AUDITIVA * Ronaldo Carvalho Classificação dos métodos de avaliação auditiva ANATOMIA, FISIOLOGIA E AVALIAÇÃO DA FUNÇÃO AUDITIVA * Ronaldo Carvalho Métodos subjetivos de avaliação auditiva Reflexo cócleo-palpebral Estímulos de alta intensidade utilizando-se instrumentos musicais – observação da presença ou não do reflexo de piscar Depende da experiência do examinador Fenômeno da habituação (resposta reflexa) Indicações: coadjuvante na triagem auditiva junto com o BERA ou OEA Limitações Perdas leves ou unilaterais Falsos negativos – lesões cocleares e recrutantes ANATOMIA, FISIOLOGIA E AVALIAÇÃO DA FUNÇÃO AUDITIVA * Ronaldo Carvalho Audiometria comportamental Estímulos sonoros com diferentes faixas de freqüências – observação do comportamento da criança em resposta a estes sons Dependem da experiência do examinador e instrumentos adequados Indicações: identificação de perdas severas ou profundas Limitações Difícil avaliação de perdas leves ou unilaterais Falsos-negativos em lesões cocleares e recrutantes ANATOMIA, FISIOLOGIA E AVALIAÇÃO DA FUNÇÃO AUDITIVA * Ronaldo Carvalho Audiometria de reforço visual Condicionamento de uma resposta frente a um estímulo sonoro (tom puro) em campo livre em associação a um estímulo visual Indicações: pesquisa de limiares auditivos em crianças Limitações: crianças menores de 6 meses de idade ANATOMIA, FISIOLOGIA E AVALIAÇÃO DA FUNÇÃO AUDITIVA * Ronaldo Carvalho Audiometria condicionada Condicionamento de uma resposta motora frente a um estímulo sonoro (tom puro) em campo livre ou com uso de fones de ouvido, em um ambiente de brincadeira (jogos) com a criança Indicações: identificação de limiares em crianças maiores de 3 anos de idade Limitações: perdas leves ou unilaterais ANATOMIA, FISIOLOGIA E AVALIAÇÃO DA FUNÇÃO AUDITIVA * Ronaldo Carvalho Audiometria tonal liminar com testes de discriminação Avaliação da sensibilidade auditiva a tons puros de diferentes freqüências em intensidades descendentes (solicitado se ouviu e repetir 25 monossílabos e dissílabos) Cabine acusticamente isolada e fones de ouvido Intensidade máxima de conforto até limiares auditivos Indicações Indivíduos com capacidade motora, cognitiva e interesse em responder voluntariamente aos testes Queixas de audição diminuída, zumbido, tonturas, vertigem ou desequilíbrio Limitações: crianças muito pequenas, adultos não colaboradores e portadores de distúrbios do comportamento ANATOMIA, FISIOLOGIA E AVALIAÇÃO DA FUNÇÃO AUDITIVA * Ronaldo Carvalho Audiometria vocal (logoaudiometria) Avalia a capacidade de detecção e reconhecimento de palavras Confirmação dos limiares tonais na área de freqüencias de 500 a 2000HZ Auxilia no topodiagnóstico Paciente repete dissílabos com intensidades decrescentes até a intensidade em que repita corretamente 50% deles ANATOMIA, FISIOLOGIA E AVALIAÇÃO DA FUNÇÃO AUDITIVA * Ronaldo Carvalho Audiometria vocal (logoaudiometria) Resultados incoerentes – exame incorreto, defeito no equipamento, falta de condições neuropsicológicas para responder a audiometria tonal liminar, tentativa do indivíduo de fraudar a audiometria tonal liminar, distúrbio psiquiátrico Indicações: testes solicitado em conjunto com a audiometria tonal liminar Limitações: crianças pequenas e adultos que não cooperam ANATOMIA, FISIOLOGIA E AVALIAÇÃO DA FUNÇÃO AUDITIVA * Ronaldo Carvalho Processamento auditivo (central) Conjunto dehabilidades específicas através das quais uma pessoa consegue compreender o que lhe é dito e portanto, o que ela ouve Resposta multidimensional aos estímulos recebidos por meio do sentido da audição (atividade mental / função cerebral) Objetiva verificar o status neuro-maturacional, a integridade e o funcionamento das vias auditivas centrais e descrever as habilidades auditivas centrais Informação diagnóstica não disponível em outros exames ANATOMIA, FISIOLOGIA E AVALIAÇÃO DA FUNÇÃO AUDITIVA * Ronaldo Carvalho Processamento auditivo (central) Indicações Adultos com disfunção auditiva obscura, com queixas de distração e/ou alterações de memória, com suspeita de lesão / disfunção cerebral Crianças com dislexia, dificuldade de aprendizagem, e de desenvolvimento da linguagem oral e escrita Limitações: crianças pequenas, adultos não colaboradores e portadores de distúrbios de comportamento ANATOMIA, FISIOLOGIA E AVALIAÇÃO DA FUNÇÃO AUDITIVA * Ronaldo Carvalho Métodos objetivos de avaliação auditiva Imitanciometria / Impedanciometria Medidas da complacência (movimentação) da membrana timpânica frente a uma pressão positiva ou negativa Avaliação do reflexo estapediano (estímulos 70 a 90 dBNA acima do limiar audiométrico) Sonda vendando o CAE Indicações Avaliação da integridade do complexo tímpano-ossicular Avaliação das variações pressóricas da orelha média (função da tuba auditiva) Limitações: crianças pequenas, distúrbios do comportamento ou lesões neurológicas que impedem o paciente a se manter parado ANATOMIA, FISIOLOGIA E AVALIAÇÃO DA FUNÇÃO AUDITIVA * Ronaldo Carvalho Otoemissões acústicas (evocadas transientes e produtos de distorção) – OEA – teste da orelhinha Teste que permite a obtenção da energia acústica deflagrada na cóclea após a apresentação de um estímulo auditivo Sonda contendo um microfone e um gerador de estímulos no CAE Exame não invasivo e de rápida execução ANATOMIA, FISIOLOGIA E AVALIAÇÃO DA FUNÇÃO AUDITIVA * Ronaldo Carvalho Otoemissões acústicas (evocadas transientes e produtos de distorção) Indicações Triagem auditiva neo-natal Pacientes difíceis de serem submetidos a métodos diagnósticos auditivos convencionais Monitoramento de pacientes em uso de drogas ototóxicas (aminoglicosídeos em crianças em UTIs) Diagnóstico diferencial de distúrbio sensório-neurais Monitoramento do nervo coclear na cirurgia do Schwannoma vestibular Monitoramento do status coclear em pacientes em coma Limitações Distúrbios da orelha externa e orelha média Perda auditiva superiores a 35 dBNA Crianças e adultos ruidosos ou que não colaboram ANATOMIA, FISIOLOGIA E AVALIAÇÃO DA FUNÇÃO AUDITIVA * Ronaldo Carvalho Eletrococleografia (ECoG) Potencial evocado auditivo precoce (de latência curta) que aparece antes de 5 mseg, mesmo com intensidade de estímulos próximas aos limiares psicoacústicos Permite a obtenção dos eventos bioelétricos da orelha interna e do nervo coclear Eletrodo ativo – cóclea (sobre o promontório – punção trans-timpânica) ou sobre a membrana timpânica (eletrodo extra-timpânico) Método simples, rápido, confiável na avaliação objetiva da avaliação auditiva (limiares auditivos objetivos), e na apreciação da fisiologia e fisiopatologia coclear ANATOMIA, FISIOLOGIA E AVALIAÇÃO DA FUNÇÃO AUDITIVA * Ronaldo Carvalho Eletrococleografia (ECoG) Indicações Diagnóstico e monitoramento da doença de Ménière (hydrops ou hipertensão endolinfática) Papel importante na indicação de intervenções cirúrgicas (descompressão do saco endolinfático e terapias intra-timpânicas) para o tratamento da doença de Ménière incapacitante Limitações Crianças (sedação) Pacientes adultos não colaboradores Perdas auditivas severas e profundas ANATOMIA, FISIOLOGIA E AVALIAÇÃO DA FUNÇÃO AUDITIVA * Ronaldo Carvalho Potenciais evocados auditivos de tronco encefálico (BERA) Obtenção da atividade eletrofisiológica do sistema ao nível do tronco cerebral, mapeando as sinapses das vias auditivas centrais (nervo coclear – núcleos cocleares – complexo olivar superior – núcleo do lemnisco lateral – colículo inferior – corpo geniculado medial – córtex auditivo) 5 ondas registradas (sinapses das vias auditivas) Exame não invasivo (eletrodos de superfície) ANATOMIA, FISIOLOGIA E AVALIAÇÃO DA FUNÇÃO AUDITIVA * Ronaldo Carvalho Potenciais evocados auditivos de tronco encefálico (BERA) Indicações Pesquisa objetiva dos limiares auditivos infantis Checagem dos limiares psicoacústicos em otologia ocupacional e surdez psicogênica Diagnóstico diferencial de doenças otológicas Diagnóstico de lesões retrococleares Estadiamento do coma e auxílio no diagnóstico da morte encefálica Monitoramento do nervo coclear e do tronco encefálico em cirurgias do schwannoma vestibular e da base do crânio Limitações: crianças (sedação), colaboração do paciente adulto, perdas auditivas severas e profundas ANATOMIA, FISIOLOGIA E AVALIAÇÃO DA FUNÇÃO AUDITIVA * Ronaldo Carvalho Potenciais evocados de estado estável São repostas eletrofisiológicas a tons contínuos, modulados em amplitudes registradas por eletrodos de superfície Permite avaliação mais detalhada e objetiva da audição (seletividade de freqüências e objetividade na análise das respostas) Paciente acordado ou dormindo (sono fisiológico ou induzido) ANATOMIA, FISIOLOGIA E AVALIAÇÃO DA FUNÇÃO AUDITIVA * Ronaldo Carvalho Potenciais evocados de estado estável Indicações Crianças pequenas Pacientes de difícil testagem através da audiometria tonal Pacientes que simulam perdas auditivas Limitações Crianças (sedação) Colaboração do paciente adulto Perdas auditivas leves ANATOMIA, FISIOLOGIA E AVALIAÇÃO DA FUNÇÃO AUDITIVA * Ronaldo Carvalho Potencial auditivo cognitivo P300 Potencial evocado de longa latência, em torno de 300 mseg, relacionado a vários aspectos do processamento cognitivo Potencial gerado voluntariamente, de forma ativa, durante o desempenho de uma tarefa específica (≠ ECoG e BERA) Áreas cerebrais envolvidas – hipocampo e/ou lobo temporal posterior? Manifestação eletrofisiológica da estratégia do SNC para executar uma tarefa que requer atenção (nível cognitivo) ANATOMIA, FISIOLOGIA E AVALIAÇÃO DA FUNÇÃO AUDITIVA * Ronaldo Carvalho Potencial auditivo cognitivo P300 Indicações Portadores de distúrbios do aprendizado Transtorno de déficit de atenção Hiperatividade Limitações: crianças menores de 5 anos de idade ANATOMIA, FISIOLOGIA E AVALIAÇÃO DA FUNÇÃO AUDITIVA * OBRIGADO * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * *
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