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Sistema Estomatognático Hábitos Orais Funções Estomatognáticas Profª Dra Sílvia Zuim de Moraes Baldrighi Cavidade Oral Localizada no ¹/³ terço inferior da face Desempenha funções: Mastigação Articulação-fala Salivação Cavidade Oral Desintegra o alimento Limpeza dos dentes Auxilia na deglutição Lubrifica a mucosa Ação bacteriana SALIVA Produção Saliva +/- 1 a 1¹/² por dia Glândulas salivares = par Sub-linguais = abaixo da língua Parótida = lateral da cavidade Sub-mandibular = junto ao freio Produção maior durante movimentação da língua xerostomia Redução na produção de saliva SINAIS E SINTOMAS Língua Postura habitual da língua (repouso) Funções Estomatognática Gustativa Lábios • lábio seco •Lábio úmido •Postura •Repouso •Respiração •Sucção •... Bochechas Músculo bucinador Possibilitam a sucção Palato Mole Úvula + parede faríngea Possibilitam movimentos velofaríngeano Mandíbula Roedores = movimentos frente/trás Carnívoros = abre e fecha Ruminante = latero-lateral Homem = tem os 3 movimentos + o de rotação MO é o campo da Fonoaudiologia voltado para estudo/pesquisa, prevenção,avaliação, diagnóstico,desenvolvimento,habilitação, aperfeiçoamento e reabilitação dos aspectos estruturais e funcionais das regiões orofacial e cervical (Comitê de MO da SBFa, documento oficial 2001) Motricidade Orofacial A Fonoaudiologia vem buscando um aprimoramento do diagnóstico e sua terapêutica para possibilitar adequações ou melhores condições da MO. Tal objetivo engloba indivíduos sem alterações anatômicas ou aqueles portadores dessas alterações, sejam elas congênitas ou adquiridas A MO É uma área na qual muitas outras especialidades se relacionam, especialmente a odontologia e algumas áreas da medicina Entrelaçam-se aqui alguns caminhos quando se pretende tratar de alterações na postura orofacial,mastigação, deglutição e fala,acompanhadas de problemas oclusais ou esqueléticos Sistema Estomatognático Esse sistema apresenta,desde a sua formação,muitas adaptações conforme as fases desenvolvimento desse indivíduo Trata-se de um sistema bastante dinâmico que passa por alterações morfológicas durante toda vida (Bianchini,2000) Relaciona-se a este conceito a plasticidade do SE.devido à importância das funções que desempenha, suas estruturas mantêm uma interrelação constante para viabilizá-las Sistema Estomatognático Identifica um conjunto de estruturas bucais que desenvolvem funções comuns tais como: A Sucção A deglutição A mastigação A fonação A articulação Respiração Sistema Estomatognático Conjunto de estruturas bucais composto por: Ossos Mandíbula/ maxila ATM Dentes Músculos Ligamentos Mucosa Lábios/língua/bochechas Sistema nervoso central e periférico Sistema vascular e linfático Espaços vazios Composto de partes moles e duras = ossos e músculos Sistema Estomatognático Sobre os ossos estão as partes moles e portanto, ao examinarmos as partes duras Poderemos prever como ocorrem as funções Sistema Estomatognático Quando existem desvios dos padrões normais,ocorrem alterações na forma ou na função destas estruturas estomatognáticas O processo de crescimento facial requer interrelações morfogênicas íntimas entre todas as partes dos tecidos moles e duros que estão crescendo Modificando-se e funcionando cuja meta é um estado de equilíbrio funcional e estrutural complexo Enlow e Hans,99 O adequado desenvolvimento das funções propicia um bom desenvolvimento dos órgãos do SE e, consequentemente,boa harmonia entre forma e função. Forma e Função Forma= estruturas estáticas arcos dentários Mx/md Ossos relacionados com a ATM Função =estrutura dinâmica - representada pela unidade neuromuscular que mobiliza as partes estáticas Função e morfologia estão intimamente relacionadas,de um lado porque sem uma organização harmônica das estruturas não há como realizar comportamentos orofaciais normais,de outro lado,porque as funções exercem efeitos sobre o crescimento e desenvolvimento craniofacial,bem como sobre a saúde do SE Sistema Estomatognático Tem suas funções integradas pelo SNC Mesencéfalo Ponte Bulbo Os Pares Cranianos Realizam a inervação sensória-motora do SE. Estão diretamente relacionados às funções orofaciais os nervos: Trigêmio -V Facial -VII Glossofaríngeo-IX Vago-X Hipoglosso-XII Funções fisiológicas da boca Referem-se as funções estomatognáticas clássicas ou de adaptação Funções através das quais o SE reage perante a uma situação de comunicação do organismo, seja no sentido de defesa, ou simples expressão, agressão Além das FE + 28 funções ... Funções Estomatognáticas sucção respiração deglutição mastigação fala sucção É a forma apropriada para a obtenção do alimento enquanto o sistema não está preparado para a mastigação(Felício,1999) Nutritiva X Não - Nutritiva Sucção Desde a vida intra uterina, a partir do período fetal, o ser humano suga instintivamente a língua, os lábios e os dedos Já madura na vida intrauterina garante no início da vida a função alimentar Se satisfaz emocionalmente Sensibilidade, tônus Obtenção de uma correta oclusão Sucção O reflexo de sucção inicia-se a partir do 5º mês de vida intrauterina Sendo observado nitidamente na 29ª semana Porém o desenvolvimento completo = 32ª semana de gestação Aleitamento natural e o crescimento e desenvolvimento Sucção no peito é um importante estímulo para o crescimento e desenvolvimento craniofacial e dos componentes do SE Ao ser amamentado o bebê exercita as estruturas envolvidas favorece o estimulo do crescimento ósseo a superação do retrognatismo ( que ao nascer é de 5 a 8 mm ou até mesmo de 12mm) e o início da remodelação das ATMs além de coordenar a sucção com as funções de respiração e deglutição,bem como um bom desenvolvimento dos OFAs responsáveis pelo sons da fala Ao ser amamentado •O bebê executa de 2000 a 3500 movimentos de mandíbula •Na alimentação artificial apenas de 1500 a 2000 movimentos Bassetto,et al.,1998 S U C Ç Ã O Respiração Função essencial para a sobrevivência Inicia com o nascimento Respiração nasal: a cavidade oral é pequena e a língua ocupa todo o espaço,não permitindo ocorrer a respiração oral Em fases posteriores, a respiração nasal, tem correspondência com a postura de repouso fisiológico e, não havendo fatores negativos hereditários, ambientais ou orgânicos de outra natureza,será benéfica para o crescimento e desenvolvimento equilibrado Portanto,é fundamental para o crescimento e desenvolvimento adequado do complexo craniofacial do indivíduo ao promover o funcionamento adequado das demais funções estomatognáticas, bem como importante na produção da voz e fala (Bianchini e Parolo,00). Respirador nasal A coluna cervical apresenta curvatura fisiológica e a cabeça se mantém ereta Respiração Forças pequenas e constantes (Joseph,82;Felício,94) • Lábios ocluídos sem tensão (respiração nasal , inclinação dos dentes) •Língua acoplada ao palato (força constante sobre mx e dentes) • dentes levemente afastados Forma x Função Mastigação Não é inata, é voluntária FUNÇÃO APRENDIDA (Bianchini,1998) Visa a degradação mecânica dos alimentos Fase inicial do processo digestivo (Bianchini,1998) Mastigação Não é inata, é voluntária FUNÇÃO APRENDIDA (Bianchini,1998) Visa a degradação mecânica dos alimentos Fase inicial do processo digestivo (Bianchini,1998) Mastigação ocorre a partir de ciclos mastigatórios * padrão adequado= bilateral alternado * possibilita a distribuição da força mastigatória Mastigação função mais importante do SE Influencia diretamente no crescimento e desenvolvimento craniofacial Surge no sétimo mês de vida Aperfeiçoada entre um ano ou um ano e meio porque é nesse período que os dentes começam a surgir. Mastigação No processo de maturação pós-natal, a ingestão de alimentos inicia-se com líquidos, passando a pastosos e posteriormente aos sólidos. Ao mesmo tempo, os movimentos orais vão de ciclos relativamente homogêneos para ciclos diferenciados Os primeiros movimentos mastigatórios são irregulares e mal coordenados, como os dos estágios iniciais do aprendizado de qualquer habilidade motora manutenção dos arcos dentários, com a estabilidade da oclusão e com o estímulo funcional Os primeiros movimentos da mastigação surgem no 7° mês de vida (movimentos de marcha) Mastigação Reflexo de trancamento ou mordida 6 meses - lateralização da língua e mandíbula 7 meses - mascagem 3 anos - mastigação Sucção Mastigação Maturação das estruturas anatômicas e neurais MASTIGAÇÃO Processo de maturação pós-natal Líquido Pastoso Sólido Necessário: Aumento do volume intra-oral Irrompimento dos dentes Amadurecimento da neuromusculatura Remodelação da ATM NÚCLEO MOTOR TRIGÊMIO Mm. ABAIXADORES DA MANDÍBULA ABERTURA DE BOCA/ENTRADA DO ALIMENTO Mm. ELEVADORES DA MANDÍBULA SEQUENCIA RITMICA (ABAIXAMENTO, ELEVAÇÃO E LATERALIZAÇÃO) C T E R R O E N B C R O A L CORTEX CEREBRAL (impulsos) ativa C o m an d o d o gerad o r d e p ad rão cen tral Mastigação • Desenvolvimento dos ossos maxilares, manutenção dos arcos, estabilidade da oclusão e equilíbrio muscular e funcional. • Durante a mastigação: contração coordenada de vários grupos musculares (mandibulares, os músculos da língua e os faciais, especialmente o bucinador e o orbicular dos lábios.) Músculos da mastigação Temporal, masseter pterigóideo lateral, pterigóideo medial, todos os supra- hioideos, os infra- hioideos, a musculatura da língua, bucinador, e musculatura mímica. MASTIGAÇÃO O papel dos músculos mastigatórios: Produzir forças de mordida e oclusão que controle os movimentos da mandíbula e equilibrando outras forças que agem sobre ela. Masseter – eleva, protrui e lateraliza a mandíbula; Temporal – eleva e retrai mandíbula; Pterigóideo medial – eleva e lateraliza a mandíbula; Pterigóideo lateral – protrui, abre e lateraliza a mandíbula. Musculatura envolvida As contrações musculares levam à oposição rítmica dos dentes, através de sua superfície oclusal funcional, gerando-se uma pressão intercuspideana que se aplica sobre os alimentos, quebrando-os em pedaços menores Para entender as fases da mastigação MASTIGAÇÃO Metas preparatórias para deglutição: Redução dos tamanhos das partículas; Ação bacteriana (qdo fragmentado o alimento); Lubrificação das partículas Nervos envolvidos durante o processo mastigatório: trigêmio facial Mastigação Ocorre a partir de ciclos sequenciais Incisão Trituração Dentes/ATM Pulverização ( Gonçales e Lopes,2000; Douglas,20002) Fases da mastigação Incisão Trituração Pulverização Fases mecânicas da mastigação • Incisão: - O alimento é apreendido entre as bordas incisais ou cortantes dos dentes incisivos; - A boca se abre (mandíbula repropulsa-se) e ocorre o deslizamento dos incisivos inferiores contra a face palatina dos incisivos superiores; - A língua, coordenadamente com as bochechas, vai localizando o alimento entre as superfícies oclusais dos outros dentes (pré-molares e molares) - Duração: 5 a 10% do tempo total da mastigação. Fases mecânicas da mastigação • Trituração: - Alimento é dirigido aos dentes pré-molares, pela língua, por movimento de lateralização; - Alimento é quebrado em partículas menores; - Participação do músculo bucinador; - Duração: 65 a 70% do tempo total da mastigação. Fases mecânicas da mastigação • Pulverização: - O alimento é conduzido aos dentes molares e há uma mistura das partículas do alimento com a saliva, determinando a formação do bolo alimentar; - A língua e o músculo bucinador são também importantes para a movimentação, estabilidade e retirada do alimento de todos locais para ser deglutido; - Duração: 25 a 30% do tempo total mastigatório. Controle nervoso da mastigação • O reflexo de abertura bucal → iniciado nas estruturas bucais sensíveis como os mecanorreceptores mucosos, periodontais e articulares; • O reflexo de fechamento → inicia-se nos fusos musculares dos levantadores; • O reflexo de aperto ou pressão interoclusal → promovido pelo reflexo iniciado nos receptores de contato oclusal periodontal. Duração e frequência • Variável → consistência do alimento; • Frequência mastigatória média também varia de acordo com o alimento. Distribuição do alimento • Bilateral → Padrão ideal → distribuição uniforme das forças mastigatórias: * estabilidade dos tecidos periodontais; * oclusão. • Unilateral → estimulação apenas das estruturas do lado do trabalho. MASTIGAÇÃO E MORFOLOGIA CRANIOFACIAL Crescimento, desenvolvimento e equilíbrio do S.E. dependem da hereditariedade, funções e hábitosalimentares (além de outros) Alimentação dura X macia = força mastigatória maior desenvolvimento do esqueleto maxilofacial Mastigação unilateral – assimetria funcional dos músculos e movimentos mandibulares... Mastigação unilateral vinda de mastigação insuficiente MASTIGAÇÃO E MORFOLOGIA CRANIOFACIAL Tipo facial correlaciona-se com força de mordida e com volume dos músculos masseteres e pterigóideo medial. Ex. força muscular rebaixada = face longa; força muscular aumentada = menor altura facial. Alterações nas condições do S.E. (SISTEMA ENDODONTICO) = comprometem mastigação Ex.: crianças com cáries ou perdas dentárias precoces tendem diminuir mastigação e ingestão de alimentos que exigem corte e trituração. Força mastigatória • Determinada pela força contrátil dos músculos levantadores da mandíbula; • Força medida pelo gnatodinamômetro; • Força mastigatória média: 10kg numa refeição habitual; • Força mastigatória máxima média: 60 a 70kg. Fatores gerais condicionantes da força mastigatória • Sexo e idade: - Maior força no sexo masculino; - Indivíduos jovens, de 15 a 20 anos, apresentam maior força; - Crianças possuem elevada força mastigatória. • Tipo de alimentação: - Grupos que mastigam alimentos mais duros e/ou fibrosos apresentam mais força. Fatores gerais condicionantes da força mastigatória • Estado dos dentes: - Condições patológicas dentárias; - Doença periodontal; - Portadores de próteses: menor força mastigatória. Fatores gerais condicionantes da força mastigatória • Grupos dentários: - Maior força: primeiros molares - Menor força: incisivos - Maior eficiência em alimentos duros: primeiro pré-molares. Deglutição Ato de engolir Sequência de contrações musculares que conduz o líquido ou o bolo alimentar e as secreções até o estômago Deglutição =Após a mastigação,há a formação do bolo alimentar e a “ejeção¨ do alimento da boca para a orofaringe e posteriormente à faringe, esôfago e estômago, por meio de contrações musculares ordenadas.Esse processo, denominado deglutição é complexo e integrado, onde a organização neural ainda é pouco conhecida, embora suas características sejam familiares(Tanigute,98) • A deglutição é uma função hegemônica, isto é, que o organismo não pode se permitir não realizar. • Assim como outros comportamentos motores orais, também tem seu início na fase intrauterina, apresentando a coordenação com a sucção por volta da 34ª semana gestacional, e se mantém, em condições normais, ao longo de toda vida No RN o processo é puramente reflexo controlado pelo Tronco cerebral ligado à sobrevivência e intimamente relacionado em termos funcionais à respiração e à sucção Deglutição Nos primeiros meses de vida,a deglutição é reflexa e desencadeada pelo acúmulo de líquido na cavidade oral, sendo que por volta dos 4 meses esta função começa a apresentar maturação. • A transição da deglutição infantil para a madura acontece gradativamente, e muitas cças a atingem em torno de 12 a 15 meses. • Favorecem essa transição o amadurecimento dos elementos neuromusculares, • O surgimento da postura ereta de cabeça • O desenvolvimento dentário/manipulação de diferentes texturas Deglutição Infantil (Gonzalez,2000) Língua entre os rebordos gengivais Maxilares separados Madura Centralização do bolo alimentar Estabilização mandibular, dentes levemente ocluídos Movimento ânteroposterior de língua Essa função envolve 31 pares de mms esqueléticos, cuja contração é integrada por estruturas reticulares bulbares,além de 6 pares encefálicos(Douglas,02) são eles: • trigêmio(V) • facial(VII) • glossofaríngeo(IX) • vago(X) • acessório espinhal(XI) e hipoglosso(XII) (Furkin e Mattana,04, Marchesan,05). Fases da deglutição 1-Fase Oral Preparatória: voluntária - preparação do alimento mordendo-o e mastigando-o, com a ação da saliva é transformado em bolo homogêneo 2-Fase Oral Propriamente dita • Voluntária = preparação do bolo,elevação da língua e contração do bolo no palato,contração do músculo milo-hióideo,progressão do alimento em direção á orofaringe. quando o alimento com o dorso da língua toca os pilares anteriores desencadeia-se o reflexo de deglutição - acionado inicialmente pelo IX par- glossofaríngeo – nesse momento inicia-se a 3ªfase 3- Fase Faríngea Involuntária, fechamento velofaríngico,rebaixamento da epiglote ( proteção das Vias aéreas inferiores = previne o refluxo nasal),proteção da laringe,relaxamento do mm. Cricofaringeo. 4-Fase esofágica Involuntária Inicia-se quando o bolo atinge o esfíncter esofágico,relaxa-se o músculo milohiódeo descendo o hióide,reinicia-se a respiração normal,movimentos peristálticos Fonoarticulação Órgãos articuladores: • Sistema respiratório • Sistema digestório (Tanigute,98) A produção dos sons da fala está relacionada à maturação do sistema miofuncional oral e funções neurovegetativas (Wertzner,1994) Fala A articulação dos fonemas pela língua respeita a posição dos dentes Crescimento Facial É o resultado de uma série de fenômenos E o plano determinado pela hereditariedade pode ser modificado em diferentes graus, Por fatores e estímulos ambientais(Laan,95) Esses estímulos ambientais são oferecidos naturalmente através das funções estomatognáticas Sistema Etomatognático Este sistema mostra-nos claramente a razão de sua importância Pois ambas especialidades tem como objetivo comum a resolução das alterações relacionadas ao sistema estomatognático Definição Hábito É uma disposição duradoura adquirida pela frequência de um ato, uso ou costume Ferreira,1975 Hábito No campo da Odontologia Os hábitos orais referem-se a toda ação controlada ou exercida pela musculatura intra e peribucal Baseando-se no efeito que o hábito suscita sobre o desenvolvimento da oclusão e o crescimento dos maxilares Os hábitos podem ser classificados como normais e deletérios Hábitos orais normais Aquelas funções que contribuem para o estabelecimento de uma oclusão normal Favorecem a liberação do potencial de crescimento facial em toda sua plenitude Portanto, essas funções exigem o uso correto da musculatura intrabucal e facial durante a respiração,deglutição,fonação,mastigação e postura Hábitos orais deletérios Quando as funções constituem fatores etiológicos em potencial na deterioração da oclusão e na alteração do padrão normal de crescimento facial Hábitos orais deletérios São considerados hábitos orais deletérios: A respiração oral As funções anormais da língua durante a deglutição,fonação e postura(postura habitual da língua) Hábitos prolongados de sucção de dedo e/ou chupeta /mamadeira Interposição labial Objetos... Hábitos Mastigatórios Podem contribuirpara alteração nas ATMs Bruxismo Briquismo Onicofagia Mascar chicletes Morder objetos Apoiar mão na mandíbula... Prejudicam o equilíbrio do SE Hábitos orais deletérios Estão diretamente ligados as funções desempenhadas pelo SE Por isso a estabilidade deste sistema pode ser prejudicada pela presença de tais hábitos (Tomé, et al.,96; Bianchini,98) Possíveis Causas Hanson & Barret(1995) referem que as causas dos hábitos orais nocivos podem ser de natureza Fisiológica Emocional Aprendida Na sua maioria têm origem no período da lactância ou durante a primeira infância(representam uma situação emocional (Araújo,88) Hábitos orais deletérios Exercem um papel dinâmico na musculatura facial Pois produzem forças persistentes e excêntricas no período de formação facial Podendo distorcer a forma E causar danos às estruturas faciais Tríade de Graber Frequência X Duração X Intensidade Dentre suas causas,os hábitos orais nocivos têm papel de destaque pois, ocasionam alterações nas estruturas do SE Na arquitetura da oclusão normal,a natureza considerou os dentes,bases ósseas e a musculatura adjacente intra e extrabucal,estabelecendo uma relação de interdependência e equilíbrio Neste contexto, concorrem para o perfeito engrenamento dos arcos dentários, além do correto posicionamento dos dentes e da relação da proporcionalidade entre mx e md, a função normal dos músculos do sistema estomatognático,definido por Brodie como “Mecanismo do Bucinador” Distúrbios miofuncionais orofaciais e cervicais Características Alteração das posturas orais Alterações dos músculos orofaciais Alteração das funções estomatognáticas Alterações craniofaciais, dentárias e posturais Hábito de Sucção prolongada O hábito de sucção digital constitui um poderoso fator etiológico da má oclusão Alteração Cervical nos DMOC Hábito de Sucção prolongada Hábito de Sucção prolongada Causas da obstrução nasal Variam de um simples hábito – a obstrução da cavidade nasal mecanicamente 2 fatores podem promover a obstrução: Congestão da mucosa nasal Deformidades anatômicas das fossas nasais Respiração Oral causas orgânicas: Problema de vias aéreas superior hipertrofia de tonsilas palatinas e faríngeas Desvio de septo nasal Rinites/sinusites Tumores/pólipos Atresias Respiração Oral causas funcionais: Insuficiência cardiovascular Distúrbios hormonais Distúrbios posturais fatores epigenéticos Poluição Alterações climáticas Condições do ambiente em que se dorme Hiperplasia das tonsilas palatinas Queixas trazidas pelos pais - mais para cima= alterações vocais -tonsilas extremamente grandes = alimentação, comer pouco, engasgos -Tonsilas mergulhantes = problemas respiratórios principalmente à noite =apnéia Hiperplasia das tonsilas palatinas A obstrução nasal – pode acarretar alterações morfológicas da coluna vertebral,do esqueleto facial,do palato e das arcadas dentárias (atresia do arco superior) Hipertrofia de adenóide Obstruções na parte anterior do nariz e/ou na faringe A radiografia de cavum deve ser analisada Com as de seios da face Melhor exame é a nasofibroscopia Hipertrofia de adenóide Pode causar ronco noturno Síndrome da apnéia obstrutiva do sono ASO Alteração da deglutição Posicionamento inadequado da língua Entre as arcadas dentárias Orto Fono Psico ORL Trabalho conjunto Atuação fonoaudiológica após retirada do expansor Funções anormais da língua Deglutição Fonação postura A postura inadequada da língua pode ser a causadora de uma alteração oclusal ou se adaptar em uma situação já existente como a mordida aberta Funções anormais da língua Alterações musculo-esqueléticas – comum a presença de má oclusão Durante a fala é comum observamos Interposição de língua durante a produção dos fonemas /t /, /d/, /n/, /l /, /r / E ceceio em /s/ e /z/ Felício, ( 1999) Participação do lábio inferior Pode ser observada durante Deglutição Repouso Mais freqüente – na Classe II de Angle com overjet Essa postura ocorre pela necessidade de vedamento anterior As disfunções do SE têm sido amplamente estudadas Importância da Equipe Multidisciplinar Otorrinolaringologia Pediatria / alergologista / fisioterapia Odontologia / Psicologia entre outros... planejamento Para que possamos intervir no desenvolvimento ou recuperação das funções do SE, é importante conhecermos quais são as estruturas envolvidas, como estas interagem e como se dá a coordenação entre as informações sensórias e o comportamento motor Os desvios miofuncionais que precedem e contribuem para o aparecimento de outras alterações, dentre elas, as ósseas e dentárias, ou que são decorrentes destas, deverão ser diagnosticadas pelo fonoaudiólogo, buscando compreender a origem de cada aspecto detectado e a relação com os demais
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