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UNIVERSIDADE TIRADENTES ENFERMAGEM: SEMIOLOGIA E SEMIOTÉCNICA POP: HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS INTRODUÇÃO É qualquer ação de higienizar as mãos para prevenir a transmissão de microrganismos e consequentemente evitar que pacientes e profissionais de saúde adquiram infecções relacionadas à assistência à saúde (BRASIL, 2013). Nenhuma outra medida de higiene pessoal tem impacto tão positivo na prevenção da infecção cruzada quanto a higienização das mãos. De acordo com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), tem-se: ● Higiene simples das mãos: água e sabonete comum, sob a forma líquida. ● Higiene antisséptica das mãos: água e sabonete associado a agente antisséptico. ● Fricção antisséptica das mãos com preparação alcoólica: Aplicação de preparação alcoólica (antisséptico) nas mãos, sem a necessidade de enxágue e secagem. ● Preparação alcoólica para higiene das mãos sob as formas gel, espuma e outras: Preparações contendo álcool, na concentração final mínima de 70% com atividade antibacteriana comprovada. Recomenda-se que contenha emolientes em sua formulação para evitar o ressecamento da pele. FINALIDADE É o processo que tem por finalidade remover a sujidade e a microbiota transitória da pele (mãos) QUANDO HIGIENIZAR Fonte: ANVISA MATERIAL: HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS ● Pia de fácil acesso com água corrente ● Sabão líquido ● Toalhas de papel ● Lixo comum ● Antisséptico líquido, gel ou espuma para higienização das mãos com fricção. TÉCNICA: HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS COM ÁGUA E SABÃO Ação Justificativa 1. Avaliar a superfície das mãos identificando rachaduras ou lesões na pele ou cutículas. Relatar e cobrir as lesões antes de prestar qualquer cuidado ao paciente; ●Lesões na pele podem conter alta concentração de microrganismos 2. Avaliar a superfície das mãos buscando por sujeiras densas; ●A higienização das mãos deverá ser prolongada. 3. Verificar as unhas quanto ao comprimento; ●Os profissionais de saúde devem ter unhas curtas e lixadas. 4. Remover anéis, alianças, pulseiras, relógio e fitinhas; ● Facilita a remoção de microrganismos transitórios e residentes, fornecendo acesso total aos dedos, mãos e punhos. O uso de anéis aumenta o número de microrganismos nas mãos. 5. Dobrar as mangas compridas; ● Evitar molhar jaleco ou uniforme. 6. Umedecer as mãos em água corrente, a partir dos punhos na direção dos dedos; ●O fluxo de água deve ser da área menos contaminada até a área mais contaminada, levando os microrganismos para dentro da pia. 7. Não permitir que a água respingue no uniforme; ● Pode haver transferência de microrganismos para as roupas através dos respingos de água. O interior da pia é considerado área contaminada. Se as mãos tocarem a pia durante a lavagem deve-se repetir o procedimento. 8. Interromper o fluxo de água, caso seja controlada pelos pés, joelhos ou cotovelos. Para torneira manual, fechar a torneira com papel toalha; ● Evitar contaminação das mãos posterior a higienização. 9. Dispensar produto (sabão líquido) suficiente para cobrir as mãos; ● Permitir remoção necessária de sujeira e microrganismos. 10. Friccionar as mãos conforme recomendação ANVISA (figura ilustrativa de 2 a 7); ● Facilita a distribuição do produto. 11. Abrir o fluxo de água, caso seja controlada pelos pés, joelhos ou cotovelos; ● Evita contaminar as mãos 12. Retirar o sabão das mãos com as pontas dos dedos voltados para cima, sentido ponta dos dedos cotovelo; ● Evita contaminar as mãos 13. Secar completamente, utilizando toalhas de papel descartável; ● NÃO USAR TOALHAS DE TECIDOS, pois são suscetíveis à contaminação. Secar a área mais limpa (dedos) para a área menos limpa (punho), evitando contaminação. 14. Desligar torneira manual usando toalha de papel e descartar em lixo comum. ● Evitar contaminar as mãos. 15. Avaliar as superfícies das mãos buscando sinais de sujeira. ●Determina se a lavagem das mãos está adequada. RECOMENDAÇÕES A SEREM SEGUIDAS Fonte: ANVISA OBSERVAÇÕES IMPORTANTES 1. Informar qualquer irritação na pele provocada pelo uso de sabões ou antissépticos. 2. O uso de antisséptico é indicado quando elas não estão visivelmente sujas. 3. Mantenha as unhas curtas e sem esmalte. 4. Utilizar luvas de borracha para uso doméstico, se necessário, a depender da atividade realizada (evitar cortes e abrasões). 5. Utilizar hidratante após o término do período de trabalho evitando ressecamento da pele e manutenção da integridade. REFERÊNCIAS POTTER, Patrícia A.; PERRY, Anne G. Fundamentos de Enfermagem. Tradução: Ritomy et al. 11ª Edição. Rio de Janeiro: Elsevier, 2024. TIMBY, Bárbara K. Conceitos e habilidades fundamentais no atendimento de enfermagem. Tradução: UNICOVSKY, Margarita Ana Rubin. 10ª edição. Porto Alegre: Artmed, 2014. ANVISA – Agência Nacional de Vigilância Sanitária / Controle de Infecção – Higienização das Mãos. Elaborado por Professores: Denise Lucon, Flávia Janólio, Lígia Lemos e Maria do Carmo. Data da Criação 2002.1 Revisado por Professores: Data da última Revisão 2024.2 UNIVERSIDADE TIRADENTES ENFERMAGEM: SEMIOLOGIA E SEMIOTÉCNICA POP: USO DE LUVA ESTÉRIL INTRODUÇÃO Sempre que houver possibilidade de contato com sangue, saliva contaminada por sangue, contato com a mucosa ou com superfície contaminada, o profissional deve utilizar luvas. Embora as luvas não protejam contra perfurações de agulhas, está comprovado que elas podem diminuir a penetração de sangue em até 50% do seu volume. As luvas não são necessárias no contato social, tomada do histórico do paciente, medição da pressão sanguínea ou procedimentos similares. O uso de luva estéril é uma técnica empregada no dia a dia de muitos profissionais da área da saúde, sejam enfermeiros, técnicos ou auxiliares de enfermagem, instrumentadores cirúrgicos e médicos, especialmente os cirurgiões e seus assistentes. Por estas razões, deve sempre ser realizada com extrema atenção, de modo a não haver contaminação, não ferir princípios científicos e não ocorrer quebra da assepsia . Existem dois métodos para se calçar luvas estéreis: método aberto e método fechado. Em geral, enfermeiros que trabalham em enfermarias utilizam o método aberto antes de procedimentos como trocas de curativo ou inserção de cateter urinário. Na técnica da luva aberta, suas mãos deslizam até o fim da luva além do punho do avental (se utilizado). Já o método fechado, realizado após aplicação de avental estéril, é praticado em centros cirúrgicos e áreas de procedimentos especiais. Na técnica de luva fechada, suas mãos continuam dentro da luva e não tocam os punhos. Os punhos das luvas são colocados por fora do avental cirúrgico (Figura 1). Certifique-se de selecionar o tamanho correto; a luva não pode ficar tão estirada ao ponto de se romper facilmente, porém deve estar firme o suficiente para que você consiga pegar objetos com facilidade. Figura 1. Punhos da luva estéril colocados sobre os punhos do avental/roupão cirúrgico. FINALIDADE Barreira de proteção microbiológica, com o objetivo de evitar contaminações e proporcionar segurança para o paciente e para o profissional que estiver realizando o procedimento. UTILIZAÇÃO DA LUVA ESTÉRIL Sempre que houver a necessidade de manipulação de área estéril ou, em procedimento estéril que exija a sua utilização. Delegação e colaboração: A assistência com procedimentos que incluem aplicação e remoção de luvas estéreis pode ser delegada aos auxiliares de enfermagem. Todavia, a maioria dos procedimentos que requerem uso de luvas estéreis não pode ser delegada. Enfermeiros os orientam sobre o motivo de as luvas estéreis estarem sendo utilizadas para um procedimento específico. PRECAUÇÕES PARA O USO DE LUVAS EM GERAL ● Inspecione a superfície das mãos para perdas de continuidade ou cortes na pele e cutículas. Cubra lesões de pele com curativo antes de prestar cuidados. Se as lesões forem muito grandes para serem cobertas, você poderá ser proibido de prestar cuidados. ● Inspecione as mãos para sujidades visíveis. ● Inspecione a condição das unhas. As extremidades naturaiscom impermeável, toalha ou saco de lixo; 30. Voltar o paciente em decúbito dorsal; 31. Retirar luvas e lavar as mãos para proceder à higiene íntima. TÉCNICA: HIGIENE ÍNTIMA ou EXTERNA NA MULHER Ação Justificativa 1. Calçar as luvas; 2. Colocar em posição litotômica protegendo-o com lençol em diagonal; 3. Verificar presença de fezes e, se necessário, limpar com papel higiênico ou compressa úmida; trocar as luvas de procedimento; ● Retirar as fezes para iniciar a higienização. 4. Proteger a região inguinal com compressas, se disponível. ● Evitar sujar área limpa da perna quando região inguinal for higienizada. ● A compressa pode ser utilizada inclusive para secagem posterior da genitália. (Utilizar se disponível na unidade) 5. Irrigar a vulva com água, ensaboar a região pubiana, com movimentos circulares, da parte distal para proximal; 6. Realizar limpeza da região inguinal distal e após proximal (movimento único, cima para baixo) 7. Lavar grandes lábios e irrigar com água desde o púbis; 8. Afastar os grandes lábios, irrigar a área, lavar meato urinário apenas com gaze umedecida em água (sem o sabão); 9. Lavar com água e sabão: pequenos lábios e intróito vaginal, no sentido anteroposterior, sem atingir o ânus; 10. Enxaguar a região com água limpa; 11. Secar região, antes de fechar os grandes lábios (meato, pequenos lábios e intróito); 12. Irrigar a região perianal de cima para baixo, lavar com água e sabão e secar; 13. Enxugar toda região genital externa com gaze ou compressa, podendo utilizar as compressas da região inguinal; 14. Retirar aparadeira. TÉCNICA: HIGIENE ÍNTIMA ou EXTERNA NO HOMEM Ação Justificativa 1. Calçar as luvas; 2. Colocar em posição dorsal protegendo-o com lençol em diagonal. ● Privacidade do paciente 3. Verificar presença de fezes e, se necessário, limpar com papel higiênico ou compressa úmida; trocar as luvas de procedimento; ● Retirar as fezes para iniciar a higienização. 4. Proteger a região inguinal com compressas; 5. Irrigar toda região, ensaboar a região pubiana com movimentos circulares, da parte distal para proximal; 6. Realizar limpeza da região inguinal dista e após proximal (movimento único, cima para baixo) 7. Irrigar novamente para retirada do sabão; 8. Retrair o prepúcio (em pacientes circuncidados), iniciar a limpeza, umedecendo desde o meato, limpar com gaze umedecida sem sabão, quantas vezes for preciso; 9. Lavar com sabão a glande e bálamo-prepucial; 10. Enxaguar a região e secar; 11. Retornar o prepúcio para região original (se for o caso); 12. Ensaboar, lavar e enxaguar o corpo do pênis (sentido glande para base do pênis) e bolsa escrotal; 13. Ensaboar, lavar e enxaguar região perianal e ânus; 14. Secar toda região úmida com as compressas laterais ou toalha de banho. 15. Retirar a aparadeira. OBSERVAÇÕES • A higiene íntima deve ser realizada de acordo com a prescrição de enfermagem e sempre após as eliminações, em pacientes acamados e com presença de lesão de pele • Na presença de lesões de pele, deve ser realizada antes do curativo • Na presença de lesões de pele infectada, deve ser realizada com clorexidina degermante 2%, imediatamente antes do curativo • O paciente pode realizar sua higiene com orientação e supervisão do profissional caso não apresente alteração no autocuidado • Atente para o descarte do lixo: pode variar de acordo com a condição do paciente. Por exemplo, paciente em isolamento, paciente com lesão de pele, paciente com pele íntegra (PGRSS). FINALIZAÇÃO DO PROCECIMENTO Ação Justificativa 1. Calçar as luvas; 2. Hidratar a pele com movimentos circulares; ● Se não foi realizado anteriormente. 3. Colocar a fralda geriátrica se necessário; 4. Vestir o paciente e aparar as unhas se necessário; 5. Realizar limpeza concorrente e colocar a fronha no travesseiro; 6. Arrumar a cama com técnica padronizada; 7. Realizar a limpeza concorrente no restante da unidade do paciente; 8. Recolher os materiais e recompor a unidade; 9. Retirar as luvas e lavar as mãos; 10. Checar o horário da higienização na prescrição de enfermagem e realizar as anotações em impresso próprio, registrando aspectos da pele, sujidade do couro cabeludo, presença de lesões e secreções. Assinar e carimbar suas anotações. OBSERVAÇÕES • Durante o procedimento, devem ser observadas as condições da pele e das saliências ósseas, para evitar lesão; em seguida, registrar na anotação de enfermagem e instituir medidas de prevenção • Toda vez que o profissional sair da beira do leito, elevar a grade de proteção • Sempre que necessário, desprezar a água da bacia, higienizar a bacia e trocar as luvas de procedimento • Se paciente idoso, evitar fricção, pois sua pele é mais suscetível à lesão • Sempre que o paciente tiver condições, estimular o autocuidado • No momento da higienização de mãos e pés, aproveitar para cuidar das unhas, cortando e lixando, se necessário • Após o término do banho no leito, realizar a limpeza concorrente do leito, de mobiliários e equipamentos • Trocar todos os curativos e fixações conforme a prescrição de enfermagem imediatamente após o término do banho • Em caso de pacientes com lesões de pele extensas (p. ex., queimaduras, Stevens-Johnson ou pênfigo bolhoso), modifique o banho, utilizando material estéril (LAP), clorexidina degermante, frascos de 1.000 mL de água destilada ou SF 0,9% morno e material para curativo oclusivo (compressa, rayon de rolo, gaze de rolo e atadura e cobertura prescrita) • Nos casos em que o paciente for orientado somente sobre o banho, e nenhum profissional de enfermagem acompanhar o procedimento, o auxiliar ou técnico de enfermagem responsável deve checar, ao término do procedimento, a conformidade de sua realização • Em banho pré-operatório, utilizar clorexidina degermante 2% e realizar até 6 h antes do procedimento REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA CARMAGNANI, Maria Isabel Sampaio et al.. Procedimentos de enfermagem: guia prático. 2ª edição. Rio de Janeiro, RJ: Guanabara Koogan, 2019. POTTER, Patricia A.; PERRY, Anne G. Fundamentos de Enfermagem. Tradução: Ritomy et al. 11ª Edição. Rio de Janeiro: Elsevier, 2024. TIMBY, B. K.. Conceitos e habilidades fundamentais no atendimento de enfermagem. Tradução: UNICOVSKY, Margarita Ana Rubin. 10ª edição. Porto Alegre: Artmed, 2014. Elaborado por Professores: Andréia Centenaro e Denise Lucon Data da Criação 2002 Revisado por Professores: Carla Viviane . Data da última Revisão 2024.1 UNIVERSIDADE TIRADENTES ENFERMAGEM: SEMIOLOGIA E SEMIOTÉCNICA POP: EXAME FÍSICO CABEÇA E PESCOÇO INTRODUÇÃO “A região da cabeça e do pescoço acomoda diferentes estruturas, o que torna o seu exame mais complexo, exigindo conhecimento clínico e habilidade no uso de equipamentos específicos, para uma avaliação detalhada. A coleta sistemática dos dados qualitativos ou subjetivos, incluindo os sintomas, é realizada por meio da observação e anamnese, ou entrevista clínica, e dos dados quantitativos ou objetivos (sinais), por meio de técnicas de verificação, como o exame clínico. Os métodos propedêuticos utilizados para avaliar a região são a inspeção e a palpação.” - Manual de Exame Físico, 8: Exame Físico da Cabeça e do Pescoço| Fernando Veiga Angélico Júnior and Aspásia Basile Gesteira Souza,https://www.evolution.com.br/epubreader/9788535290998 ESTRUTURAS A SEREM AVALIADAS A cabeça pode ser dividida em crânio e face. A face compreende os olhos, orelhas, nariz, boca, bochechas, queixo, todas as estruturas osteocartilaginosas e musculocutâneas associadas, além de alguns seios paranasais (maxilares, etmoidais anteriores e frontais). O crânio compreende todos os ósseos da caixa craniana e as estruturas musculocutâneas associadas. MATERIAIS • Bandeja contendo: • Álcool 70% • Algodão • EPI’s (luvas de procedimento, máscara e gorro) • Espátula • Laterna para avaliação pupilar • Otoscópio • Pente • Saco para descarte PROCEDIMENTO INICIAL Ação Justificativa 1. Verificar necessidade de realização do exame físico; 2. Lavar as mãos; ● Reduzir a transmissão de microrganismos. 3. Apresentar-see explicar o procedimento ao paciente; ● Orientar quanto ao procedimento. 4. Pesquisar junto ao paciente a ocorrência de traumatismo craniano; ●Verificar se há possibilidade em realizar o exame ou adiá-lo 5. Manter privacidade do paciente; 6. Ajudar o paciente a sentar-se no leito e manter cabeça erguida; 7. Expor região do pescoço; ● Facilitar a realização do exame físico 8. Posicionar-se de frente para o paciente; EXAME FÍSICO CABEÇA E PESCOÇO ANAMNESE CABEÇA E COURO CABELUDO • Cefaleia: observar localização, início, duração, frequência, aguda ou crônica, gradual ou súbita, tipo de dor (pulsátil ou em peso), leve, moderada e intensa, fatores desencadeantes, fatores associados, fatores que pioram a dor, doenças anteriores, uso de medicações, tratamentos anteriores. • Lesão Craniana ou golpe na cabeça: início, situações de risco, como estava antes (síncope, lipotimia, convulsão, tontura, sensação de cabeça oca), perdeu a consciência antes de cair ou vice-versa, doenças anteriores (cardíaco, diabete, epilepsia, localização); • Tonteira: sensação de cabeça oca e flutuante ou uma sensação de queda; • Vertigem: sensação de rotação do ambiente ou da pessoa início (brusco ou gradual) ocorreu após mudança de posição, fatores associados, determinação do que a pessoa diz (sensação do ambiente rodando). 9. INSPECIONAR: ANORMALIDADES ● Cabeça erguida/linha média do tronco; ● Ligeira assimetria é normal; ● Tamanho, forma e contorno; ● Cabelos: textura, coloração, distribuição e alopecia; ● Couro Cabeludo: liso, sem descamações, lesões, boa higiene, sem parasitas. ● Tamanho/Formato: Normocefálico: crânio simétrico e arredondado, proporção adequada em relação ao tamanho do corpo; ● Tipo de fácies: hipocrática, renal, leonina, dentre outras. • Cabeça lateralizada: perda auditiva; ou fraqueza muscular no pescoço • Assimetria facial unilateral: paralisia do nervo facial e/ou acidente vascular encefálico Fonte: Campana, 2019. • Assimetria da boca: lesão do nervo trigêmeo; • Face “lua cheia”: Síndrome de Cushing, Hipotireidismo; • Traumatismo, Acromegalia; • Cabelos secos e quebradiços: deficiência nutricional; • Sujidade, seborreia; • Pediculose; • Inflamações: foliculites, abcessos; • Alopecia. • Tamanho / Formato: - Macrocefálico: cabeça anormalmente grande; - Microcefálico: cabeça anormalmente pequena. 10. PALPAR: ANORMALIDADES Deslizar as polpas digitais em toda extensão do crânio; no sentido fronto-occipital e temporo- parietal; • Fratura: edema, depressão; • Sensibilidade: hematoma, espessamento, endurecimento e artrite temporal. Palpar artérias temporais – observar trajeto, elasticidade e sensibilidade; Avaliar a articulação temporomandibular; • Avaliar movimentos suaves e normais sem limitações ou hipersensibilidade; Avaliar crepitação. OBSERVAÇÕES "Examine e registre o aspecto de adornos (piercing, alargadores), implantes e tatuagens em couro cabeludo, face, supercílios, columela, orelhas, lábios, língua, dentes e gengivas." - Manual de Exame Físico, 8: Exame Físico da Cabeça e do Pescoço| Fernando Veiga Angélico Júnior and Aspásia Basile Gesteira Souza,https://www.evolution.com.br/epubreader/9788535290998 ANAMNESE OLHOS • Visão: fotofobia, cegueira noturna, embaçamento, perda da visão, diplopia, estrabismo • Secreção: lacrimejamento, conjuntivite • Vermelhidão; • Uso de óculos ou lente, patologias e tratamentos anteriores. • Edema 11. INSPECIONAR: Estática e Dinâmica ANORMALIDADES • Pálpebras e cílios: tecido frouxo, abertura simétrica, implantação e distribuição regular dos cílios; • Globo Ocular: eixo anteroposterior, desvio lateral paralelamente; • Conjuntiva Ocular e Esclera: Umidade, cor esbranquiçada e clara; • Córnea: lisa e transparente; • Íris e Pupilas: pigmentação variada, pupila com diâmetro de 2 a 4 milímetros, reflexo pupilar presente; • Conjuntiva Palpebral: vermelha, lisa; • Sobrancelhas simétricas: tamanho e movimentação. • Edema: local ou patologias renais, xantelasma, ptose, blefarite, hordéolo, calázio • Exoftalmia, Enoftalmia; • Conjuntivite, Icterícia, Pterígio; • Arco senil, processos ulcerosos; • Anisocoria, midríase, miose; • Palidez, Conjuntivite; • Assimetria: Distúrbio hormonal, depilação, paralisia do nervo facial. 12. PALPAR: ANORMALIDADES Ficar em frente ao cliente, no nível de cada olho “olho no olho”; Solicitar o fechamento das pálpebras e examinar superfície externa; Observar fechamento completo; • Ptose palpebral Comprimir as pálpebras com o polegar e indicador em pinça; • Edema palpebral Abrir os olhos, tracionar a pálpebra inferior para exame das conjuntivas; Palpar área da glândula lacrimal, ductos nasolacrimais. ANAMNESE NARIZ • Alteração do olfato; • Obstrução, coriza; • Uso de descongestionante nasal; • Resfriados frequentes; • Dor nos seios paranasais; • Traumatismos; • Alergias; • Parosmia Fonte: Jensen, 2013. 13. INSPECIONAR: ANORMALIDADES ● Nariz: simetria, permeabilidade, respiração não ruidosa, ausência de secreção e lesões, coloração; ● Seios Paranasais: sensibilidade normal à palpação, ausência de secreção nasal. • Assimetria, obstrução, inflamação, sensibilidade, secreção (característica), sujidade; • Hipersensibilidade à palpação 14. PALPAR: ANORMALIDADES ● Posicionar – se em frente ao cliente; ● Palpar com o polegar e o indicador a pirâmide nasal; ● Elevar a ponta do nariz para avaliação; ● Comprimir com os polegares: seios frontais, seios maxilares; ● Comprimir com os dedos mínimos: asas lacrimais para examinar os seios etmoidais. ANAMNESE ORELHAS • Audição; • Dor; • Secreção; • Infecções; • Perda auditiva; • Tinidos; • Higiene. 15. INSPECIONAR: ANORMALIDADES ● Pele íntegra; ● Orelha externa simétrica, nivelada, pele lisa, móvel, sem nódulo; ● Sensibilidade normal; ● Secreção ● Corpo estranho ● Acuidade auditiva preservada. ●Realizar otoscopia inserindo delicadamente no meato acústico, segurando o cabo com uma das mãos, enquanto traciona o pavilhão auditivo para cima e para trás (adultos) e para baixo e para trás (crianças), com a outra mão, para retificar o trajeto do conduto auditivo. ●Observar coloração do conduto, presença de pelos, cerúmen e a membrana timpânica quanto coloração e sinais de perfuração e/ou hiperemia. • Processos inflamatórios; • Acúmulo de Cerume; • Dor: infecção de ouvido médio, mastoidite; • Alterações anatômicas: trauma, congênita; • Perda da acuidade auditiva. 16. PALPAR: Posicionar-se ao lado do paciente; Pressionar a região pré e pós auricular; ANAMNESE BOCA E OROFARINGE • Paladar; • Edema ou retração gengival; • Condições dos dentes; • Uso de próteses; • Úlceras; • Faringite; • Hemorragia gengival; • Disfagia; • Higiene. 17. INSPECIONAR: ANORMALIDADES ● Lábios: simétricos, rosados, lisos sem lesões; ● Dentes: 32, lisos, brancos, brilhantes e firmes; ● Gengiva e mucosa oral: rosa, macia, lisa e úmida; ● Língua: úmida, avermelhada, no dorso, rosada ventralmente com presença de veias; ● Palato duro: esbranquiçado em forma de cúpula; ● Palato mole: rosa clara e lisa; ● Orofaringe: tecido rosado e liso, úvula central, amídalas não visíveis. • Cianose ou Palidez; • Ressecamento ou Fissuras; • Herpes labial; • Ausência, Má condições de higiene, Cáries, doença periodontal; • Edema e Coloração vermelha - escura, Estomatites, Sangramento; • Língua saburrosa, língua seca e acastanhada, desvio ou limitação de movimento, glossite; • Exsudato transparente, amarelo ou verde, mucosa avermelhada e congesta, halitose. 18. PALPAR: ANORMALIDADES Posicionar o paciente sentado ou deitado, retirar próteses; Pedir o cliente para fechar a boca – lábios; Trincar os dentes e sorrir - oclusão dentária; Abrir a boca e observar se arcada dentária está completa; Retrair os lábios superior e inferior – mucosa; Retrair a bochecha com a mão enluvada ou abaixador de língua; Palpar as bochechas com o dedo indicador (externo) e polegar (interno); Palpar as gengivas; Pedir ao cliente para elevar a língua e colocar a ponta no palato; Inclinar a cabeça para trás, abrir a boca e exteriorizar a língua, auxiliar comuma espátula – palato e orofaringe. ANAMNESE PESCOÇO • Dor; • Rigidez; • Edema; • Gânglios; • Linfonodos; • Patologias anteriores 19. INSPECIONAR: ANORMALIDADES ● Pescoço: ligeiramente hiperestendido, ausência de massas ou assimetria, amplitude total sem desconforto, alinhamento da traqueia; ● Linfonodos: não são palpáveis e visíveis; ● Tireoide: pequena, lisa e sem nódulos; ● Veias e artérias são achatadas. • Edema: infecções locais, trauma; • Massa Aumentada: infecção, malignidade, ou benignidade; • Aumentada: tireoidite, disfunção, malignidade; • Distensão das veias: aumento da PVC, obstrução arterial. 20. PALPAR: ANORMALIDADES Manter o cliente sentado com a cabeça erguida; Solicitar ao cliente que movimente o pescoço no sentido anteroposterior e latero-lateral; Palpar com os dedos em extensão os linfonodos occipitais, pós auriculares, pré –auriculares; parótideos e retro faríngeo; Palpar com os dedos em garra os linfonodos submandibulares e submentonianos; Palpar com os dedos em pinça os linfonodos cervicais; Palpar com as polpas dos dedos a tireoide por trás, circundando o pescoço do paciente, usar a mão direita para palpar o lobo esquerdo e vice-versa; Palpar com as polpas digitais as artérias carótidas. OBSERVAÇÕES "Solicite a remoção de prótese dentária ou aparelho móvel, apenas no momento do exame. E, ao usar o abaixador, oriente o paciente para relaxar a língua e abrir a boca. Introduza o afastador até a metade da língua, evitando o desencadeamento do reflexo nauseoso." -Manual de Exame Físico, 8: Exame Físico da Cabeça e do Pescoço| Fernando Veiga Angélico Júnior and Aspásia Basile Gesteira Souza,https://www.evolution.com.br/epubreader/9788535290998 PROCEDIMENTO FINAL Reposicionar o paciente; Organizar o material e ambiente; Descartar as luvas; Lavar as mãos; Realizar registro de Enfermagem no prontuário REFERÊNCIAS ANGÉLICO JÚNIOR, F. V.; SOUZA, A. B. G.. Manual de Exame Físico. 1ª Ed. Rio de Janeito, RJ: Elsevier, Disponível em: https://www.evolution.com.br/epubreader/9788535290998 JARVIS, Carolyn.... [et al.]. Exame físico e avaliação de saúde para enfermagem. 6ª Ed. Rio de Janeiro, RJ: Elservier, c2012. 880 p.: il.; 28 cm. JENSEN, Sharon. Semiologia para Enfermagem : Conceitos e Prática Clínica. 1ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan. 2013. POTTER, Patricia A.; PERRY, Anne Griffin. Fundamentos de enfermagem. 8ª edição. Rio de Janeiro, RJ: Elsevier, 2013. 1391 p.: il.; 28 cm. TIMBY, Barbara K. Conceitos e Habilidades Fundamentais no Atendimento de Enfermagem. 10ª. Ed. Porto Alegre, RS: Artmed. 2014. 950p. http://pesquisa.fnac.pt/ia73762/Sharon-Jensen?SID=58f759fd-a491-7de6-a381-f82c012acf4f&UID=0B1708884-F8FB-F27A-D0EB-704C2A5DE905&Origin=FnacAff&OrderInSession=0&TTL=070220171603 UNIVERSIDADE TIRADENTES ENFERMAGEM: SEMIOLOGIA E SEMIOTÉCNICA POP: EXAME FÍSICO DO SISTEMA CARDIOVASCULAR INTRODUÇÃO O sistema cardiovascular é composto pelo coração e pelos vasos sanguíneos. Os vasos sanguíneos estão dispostos em duas alças contínuas, a circulação pulmonar e a circulação sistêmica. Quando o coração contrai, ele bombeia sangue simultaneamente para essas duas alças. Os distúrbios cardiovasculares acometem grande parte da população adulta mundial. As manifestações clínicas das doenças cardiovasculares podem se originar no próprio coração, como o infarto agudo do miocárdio, ou em outros órgãos que enfrentam as consequências do mau funcionamento desse órgão, como pulmão, rins, vasos sanguíneos e cérebro. A avaliação do sistema cardiovascular deve ser realizada a partir de dados obtidos na anamnese do paciente, no exame físico e em outros recursos diagnósticos FUNÇÕES CARDIOVASCULARES • Transporte de O2 e CO2; • Transporte de nutrientes e escórias; • Distribuição de hormônios • Termo regulação; • Manter pressão arterial. MATERIAIS Bandeja contendo: • Álcool 70% • Algodão • EPI’s (luvas de procedimento, máscara e gorro) • Esfigmomanômetro com braçadeira de tamanho adequado e calibrado; • Estetoscópio com diafragma e campânula; • Impresso para anotações. • Relógio com ponteiro de segundos ou um cronômetro; PROCEDIMENTO INICIAL Ação Justificativa 1. Verificar necessidade de realização do exame físico; 2. Lavar as mãos; ● Reduzir a transmissão de microrganismos. 3. Apresentar-se e explicar o procedimento ao paciente; ● Orientar quanto ao procedimento. 4. Manter privacidade do paciente; 5. Manter ambiente silencioso, aquecido e iluminado; 6. Posicionar-se ao lado direito do paciente; ● Facilitar a realização da palpação e ausculta. 7. Mensurar sinais vitais; ● Evidenciar o bom funcionamento da função corporal 8. Verificar presença de edema e presença de câimbras; ● Sinal de Godet ou do cacifo. Quando positivo, indica edema importante, e é um dos sinais de insuficiência cardíaca ou renal. É classificado em cruzes (+), de acordo com o grau do afundamento da pele, à compressão por 5 segundos: 2 mm (+); 4 mm (++); 6 mm (+++); 8 mm (++ ++). ANAMNESE Manifestações clínicas mais comuns das doenças cardiovasculares Falta de ar (dispneia), fadiga, dor no peito (precordialgia), desconforto no peito, palpitações, desmaio, edemas, variações na pressão arterial (PA) e na frequência cardíaca, diurese, cianose e alterações periféricas. Especificar as perguntas de acordo com o sistema avaliado e seus dados subjetivos, por exemplo: • O senhor já apresentou alterações no coração, como: infarto; angina; acidente vascular encefálico (“derrame”)? Fez cirurgia? Usa medicamentos? • Faz uso de outras drogas, ingesta abusiva de bebida alcoólica, cigarros? • Tem problema de circulação nas pernas? • Fez cateterismo cardíaco, eletrocardiograma, ecocardiograma ou outro exame do coração? • Pais, irmãos e tios com alterações cardiovasculares? • Foi diagnosticado com colesterol alto (dislipidemia), hipertensão, obesidade, diabetes, lúpus ou outra doença crônica? Usa medicamentos? Qual a dose? • Apresentou, nos últimos meses: dor no peito irradiando para o braço e pescoço; palpitações; desmaio ou tontura; cansaço; edema nos pés; tosse seca; diminuição no volume da urina? • Apresenta falta de ar quando se deita? Precisa dormir com dois travesseiros ou sentado (ortopneia)? • Notou unhas ou lábios arroxeados (cianose)? • Acorda para urinar (nictúria)? REALIZAÇÃO DO EXAME 9. INSPECIONAR: ANORMALIDADES • Despir o tórax do paciente; • Observar abaulamentos, retrações e coloração do tórax; • Inspecione as veias jugulares externas: ausência de estase jugular (ingurgitamento); Legenda: Avaliação da presença de estase jugular (Fonte: Barros, 2021) • Observar o ictus cordis (impulso apical) pode ser visualizado em indivíduos magros e não observado em pacientes obesos, mulheres ou paredes espessas. Quando visível, ele ocupa o 4º ou 5º espaço intercostal, sobre ou medialmente à linha hemiclavicular; • Observar levantamento sistólico; • Observar pulsações epigástricas; • Dor ou cãibras nas pernas; • Alterações cutâneas nos braços ou pernas; • Edema; LEGENDA: A-Segundo espaço intercostal direito (Foco aórtico), B-Processo xifoide (Foco tricúspide), C-Ictus cordis (Foco mitral), D-Segundo espaço intercostal esquerdo (Foco pulmonar). Fonte: VEIGA, 2019 10. PALPAR: ANORMALIDADES Palpar a artéria carótida bilateralmente com os dedos indicador e médio; • Fratura: edema, depressão; • Sensibilidade: hematoma, espessamento, endurecimento e artrite temporal. Palpar a região do precórdio utilizando a face palmar dos quatros dedos: • Presença de levantamento sistólico; Palpar suavemente a região do ápice; Palpar a borda esternal esquerda (região média do coração); Palpar a região da base; Utilizar a polpa digital e palpar o impulso da ponta do coração ou ictus cordis e identificar tamanho, amplitude e duração; • Se for palpado mais abaixo do 5º espaço intercostal ou mais para a esquerda pode ser sugestivo de uma cardiomegalia (aumento do tamanho do coração). • Em pacientes com mamas grandes, obesidade, parede torácica muito musculosa ou com aumento do diâmetro anteroposterior do tórax, a palpação do ictuspode ser difícil. Palpar região epigástrica (aorta abdominal) com os dedos indicador e médio para identificar a presença de pulsações. Comprimir a polpa digital de um ou mais dígitos e liberar. Identificar preenchimento capilar ≤ 2 segundos. • Preenchimento capilar > 2 segundos 11. AUSCULTAR: ANORMALIDADES Auscultar a artéria carótida em três pontos: colocar o cliente em posição neutra, aplicar a campânula do estetoscópio suavemente sobre a artéria em três níveis: ângulo da mandíbula, cervical média e base do pescoço; • Presença de sopros. Solicitar para o cliente suspender a respiração previamente, para não se auscultar sons respiratórios durante ausculta da artéria carótida; Auscultar os quatros focos cardíacos: foco mitral (B1), foco tricúspide (B1), foco pulmonar (B2) e foco aórtico (B2); TERCEIRA BULHA- B3: • A diástole é um evento silencioso, em alguns casos, o enchimento ventricular cria vibrações (B3); • Ocorre quando os ventrículos são resistentes ao enchimento; • É observada normalmente em crianças e adultos jovens; • É mais bem auscultada no foco Mitral com o cliente em DLE (campânula); • Sua expressão onomatopaica seria TU. QUARTA BULHA- B4: • Pode ser patológica (doenças das válvulas semilunares, hipertensão arterial); • Pode ser fisiológica (em crianças); • Produzida antes de B1. SOPRO CARDÍACO: • A principal teoria de sua gênese é a da Turbulência. São produzidos em decorrência de alterações no fluxo sanguíneo; • O fluxo deixa de ser laminar e passa a ser turbilhonar (sopro); • Ex.: anemia, taquicardia, comunicação Inter atrial ou interventricular. OBSERVAÇÕES Em indivíduos do gênero feminino e nos obesos, a posição do ictus pode variar, sendo assim é importante o deslocamento da mama esquerda para cima a fim de facilitar o exame do ictus. PROCEDIMENTO FINAL Reposicionar o paciente; Organizar o material e ambiente; Descartar as luvas; Lavar as mãos; Realizar registro de Enfermagem no prontuário REFERÊNCIAS ANGÉLICO JÚNIOR, F. V.; SOUZA, A. B. G.. Manual de Exame Físico. 1ª Ed. Rio de Janeito, RJ: Elsevier, Disponível em: https://www.evolution.com.br/epubreader/9788535290998 JARVIS, Carolyn.... [et al.]. Exame físico e avaliação de saúde para enfermagem. 6ª Ed. Rio de Janeiro, RJ: Elservier, c2012. 880 p.: il.; 28 cm. JENSEN, Sharon. Semiologia para Enfermagem : Conceitos e Prática Clínica. 1ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan. 2013. POTTER et al. Fundamentos de enfermagem. 11ª edição. Elsevier, Brasil, 2024 TIMBY, Barbara K. Conceitos e Habilidades Fundamentais no Atendimento de Enfermagem. 10ª. Ed. Porto Alegre, RS: Artmed. 2014. 950p. http://pesquisa.fnac.pt/ia73762/Sharon-Jensen?SID=58f759fd-a491-7de6-a381-f82c012acf4f&UID=0B1708884-F8FB-F27A-D0EB-704C2A5DE905&Origin=FnacAff&OrderInSession=0&TTL=070220171603 UNIVERSIDADE TIRADENTES ENFERMAGEM: SEMIOLOGIA E SEMIOTÉCNICA POP: EXAME FÍSICO DO SISTEMA RESPIRATÓRIO INTRODUÇÃO O sistema respiratório tem como principal função a promoção das trocas gasosas. É responsável pelo transporte de ar do ambiente para os alvéolos pulmonares, onde ocorre a extração de oxigênio e a liberação de dióxido de carbono (CO2). Esse sistema compreende as vias aéreas superiores e inferiores. As vias aéreas superiores são formadas pelas fossas nasais, nasofaringe, orofaringe, laringofaringe e laringe. Suas funções são a condução do ar para as vias aéreas inferiores, a proteção contra corpos estranhos, além de aquecimento, filtração e umidificação do ar inspirado. As vias aéreas inferiores são formadas por traqueia, brônquios, bronquíolos e alvéolos. Suas funções são a condução (zona condutora composta por traqueia, brônquios e bronquíolos membranosos) e a troca gasosa (zona de transição composta por bronquíolos respiratórios e ductos alveolares com funções de condução e troca gasosa, e zona respiratória com função de troca gasosa, sendo composta por alvéolos). FUNÇÕES RESPIRATÓRIAS • Suprimento de O2 para o corpo para produção de energia; • Remoção de gás carbônico como produto residual das reações de energia; • Manutenção da homeostasia (equilíbrio acidobásico); • Manutenção da troca de calor. TOPOGRAFIA DO SISTEMA RESPIRATÓRIO DIVISÃO DO SISTEMA RESPIRATÓRIO ● Vias Aéreas Superiores: nariz, seios paranasais, orofaringe, amídalas e adenoides, laringe; ● Vias Aéreas Inferiores: traqueia, brônquios, pulmões. ANATOMIA DO TÓRAX: ● Contém 12 pares de costelas e 12 vértebras torácicas; ● As sete primeiras fixam diretamente no esterno por suas cartilagens costais; ● Da oitava a décima fixam-se à cartilagem costal; ● A 11ª e 12º são flutuantes; ● O assoalho é o diafragma que separa a cavidade torácica do abdome. PONTOS DE REFERÊNCIA DO TÓRAX ANTERIOR: ● Incisura supra-esternal: depressão em forma de u, palpada logo acima do esterno, entre as clavículas; ● Esterno: dividido em três partes: manúbrio, corpo e o apêndice xifoide; ● Ângulo manúbrio-esternal (ângulo de Louis): articulação do manúbrio com o corpo do esterno; ● Ângulo costal: as bordas costais direita e esquerda formam um ângulo no qual se encontram no processo xifoide. PONTOS DE REFERÊNCIA DO TÓRAX POSTERIOR: ▪ Vértebra proeminente: ▪ Apófises espinhosas; ▪ Borda inferior da escápula; ▪ Duo décima costela LINHAS DE REFERÊNCIA: ● TÓRAX ANTERIOR: Linha médioesternal e hemiclavicular ● TÓRAX POSTERIOR: Linha vertebral e escápula ● TÓRAX LATERAL: Linha axilar anterior, média e posterior. CAVIDADE TORÁCICA: ● MEDIASTINO: parte média da cavidade torácica que contém o esôfago, traqueia, coração e grandes vasos. Cada lado divide-se em duas cavidades pleurais contendo os pulmões; ● BORDAS PULMONARES: ápice e base; ● LOBOS PULMONARES: os pulmões são estruturas pareadas, não simétricas. O pulmão direito é menor do que o esquerdo por causa do fígado; o pulmão esquerdo é mais estreito que o direito porque o coração expande para esquerda; ● PLEURA: fina e deslizante que forma um invólucro entre os pulmões e a parede torácica. A pleura parietal reveste a cavidade interna da parede torácica e do diafragma. Já a pleura visceral reveste a parte externa dos pulmões; ● ÁRVORE TRAQUEOBRÔNQUICA: composta pela ramificação da traqueia e dos brônquios, que fazem o transporte de gases entre o ambiente e o parênquima pulmonar. Constituem o espaço morto, preenchido com ar (correspondente a 150 ml). Também protege os alvéolos de pequenas substâncias particuladas no ar inalado. MATERIAIS • Bandeja contendo: • Álcool 70% • Algodão • EPI’s (luvas de procedimento, máscara e gorro) • Estetoscópio com diafragma e campânula; • Impresso para anotações. • Relógio com ponteiro de segundos ou um cronômetro; MECÂNICA RESPIRATÓRIA ▪ HIPOVENTILAÇÃO - É a respiração superficial, lenta, faz com que o gás carbônico aumente no sangue; ▪ HIPERVENTILAÇÃO - É a respiração profunda, rápida, faz com que o gás carbônico seja expelido. O ar inalado: O intercâmbio dos gases ocorre quando o ar chega aos alvéolos, que é a parte funcional do pulmão. É aí que o sangue venoso se transforma em sangue arterial, fenômeno conhecido por hematose. PREPARAÇÃO PARA O EXAME FÍSICO RESPIRATÓRIO 1. Adotar medidas para controle de infecção: lavagem adequada das mãos, uso de luvas, desinfecção do estetoscópio e demais equipamentos usados, por exemplo oxímetro de pulso) 2. Preparar o ambiente para promover o conforto e segurança do paciente e garantir a precisão da avaliação dos sons pulmonares: controlar luminosidade, temperatura, ruídos, favorecer o conforto, evitar exposição desnecessária oferecendo cobertor, auxiliar o paciente na movimentação, aquecer os equipamentos) 3. Preparação física do paciente: posicionar conforme a técnica a ser desenvolvida, avaliar grau de mobilidade, consciência, sinais vitais, despir o tórax. Posição sentada preferencialmente. 4. Preparação psicológica do paciente e familiares: criar momento terapêutico favorecendo a comunicação sobre todos os procedimentos e esclarecendo possíveis dúvidas. ANAMNESE ● Idade; ● Sexo: Homem- CA de brônquio, enfisema pulmonar e bronquite crônica; Mulher – CA brônquico;● Profissão e Procedência; ● Histórico Social – tabagismo (maconha, tipo de tabaco, tempo de uso, quantidade diária), condições de habitação, animais domésticos; ● Antecedentes de doença pulmonar crônica (tuberculose, asma, enfisema, bronquite, fibrose), alergias, rouquidão crônica; ● Histórico Familiar – doenças alérgicas e malignas; ● Vacinas, radiografias; ● Queixas mais frequentes: dor (fármacos e drogas), tosse (produtiva ou não), expectoração, dispneia (quando), hemoptise, epistaxe, ortopneia. INSPEÇÃO ESTÁTICA DO TÓRAX Parâmetro Normal: • Expressão facial – relaxada e natural; • Nível de consciência; • Condições da pele: coloração, integridade, espessura; • Forma: normolíneo, brevilíneo, longilíneo; • Simetria; • Posição: postura relaxada e a capacidade de suportar o próprio peso com os braços confortavelmente situados de lado ou no colo; • Observar ausência da utilização dos músculos acessórios. Anormalidades: • Face tensa, cansada, lábios franzidos; • Irritabilidade, agitação, ansiedade; • Lesões, atrofias, enfisema subcutâneo; • Tórax em tonel (enfisema pulmonar), tórax de sapateiro (peito escavado), tórax em quilha ou carinado (peito de pombo); • Abaulamentos ou retrações; • Posição adotada pelo cliente; • Batimentos de asas de nariz, retração intercostal. INSPEÇÃO DINÂMICA DO TÓRAX 1. Observar os movimentos respiratórios: ● Frequência respiratória (12 a 20 rpm) ● Amplitude (respiração superficial ou profunda) ● Ritmo (relação entre inspiração e expiração) ● Uso de musculatura acessória ● Retração ou tiragem intercostal Parâmetro Normal: ● Tipo de respiração: torácica, abdominal ou diafragmática e toraco-abdominal (comum em homens); ● Ritmo respiratório: observar a sequência, forma e amplitude das incursões, no mínimo 2 minutos; ● Frequência respiratória: Adulto 14 a 20rpm / RN: 30 a 40rpm. Anormalidades: ● Respiração torácica em homens (abdome agudo) e abdominal em mulheres (pleurites); ● Cheyne-Stokes (ICC), ritmo de Biot (meningite, lesões cerebrais), Kussmaull; ● Taquipneia, hiperpnéia, bradipneia, apneia, platipneia, ortopneia e trepopneia. PALPAÇÃO Objetivo: avaliar desvios traqueais, dor, massas, excursão respiratória e frêmito tóraco-vocal. A palpação envolve: 1) Palpação de linfonodos Cervicais, Supraclaviculares e Axilares 2) Palpação de traqueia 3) Palpação da área pulmonar PALPAÇÃO DA ÁREA PULMONAR: ● Deve ser bi manual e realizado nas seguintes regiões: ápice, média e bases. ● Observar expansão simétrica: ● Posicione paciente sentado de costas para o examinador; ● Despir tórax; ● Com as duas mãos aquecidas, posicione na parede póstero-superior, com os polegares ao centro, após deslize para a parede póstero-medial e em seguida póstero-lateral; ● Em todas as posições, peça ao paciente para respirar profundamente; ● Após, de frente para o paciente, faça a palpação com as mãos em região anterolateral. VERIFICAR FRÊMITO TÁTIL (FRÊMITO TORACO VOCAL – FTV): ■ Frêmito é uma vibração palpável, onde os sons são gerados pela laringe e transmitidos através de brônquios permeáveis e do parênquima pulmonar até a parede torácica, onde são sentidos como vibrações; ■ Use a base palmar dos dedos ou face ulnar de uma das mãos para tocar o tórax do paciente enquanto repete palavras ressonantes (33); ■ Comece no ápice pulmonar e palpe de um lado para outro, tanto em tórax anterior, como posterior, palpe de um lado para outro.] PERCUSSÃO DO TÓRAX AUSCULTA PULMONAR ▪ Com o paciente sentado, um pouco inclinado para frente, com braços relaxados (tórax posterior) e ereto no exame do tórax anterior; ▪ Peça que respire pela boca, mais profundamente que o habitual e que pare se começar a sentir tontura; ▪ Monitore a respiração em todo o exame, e permita que o paciente descanse e respire normalmente a intervalos; ▪ Utilize o diafragma do estetoscópio na parede torácica do paciente, auscultando 01 respiração completa em cada local, comparando ambos os lados; ▪ Cuidado com ruídos como: respiração do examinador sobre o tubo do estetoscópio, colisão do tubo do estetoscópio, arrepio do paciente, pelo do tórax do paciente, farfalhada do avental ou dos lençóis de papel. PARÂMETRO NORMAL ● Som brônquico ou tubular: Audível sobre a traqueia e laringe. Expiração > Inspiração; ● Som bronco-vesicular: Audível abaixo das clavículas e entre as escápulas. Expiração = Inspiração; ● Murmúrio vesicular: Campos pulmonares. Inspiração > Expiração. ANORMALIDADES: ● Ruídos adventícios (processos patológicos que comprometem a árvore brônquica e os alvéolos): Descontínuos (agudos): ● Crepitações finas ou, estertores (sons de pipocar); ● Crepitações grosseiras, altos, graves (sons de borbulhar); Contínuos: ● Sibilos – agudos chiados musicais; ● Ronco sonoro – sibilo grave que some com a tosse; ● Cornagem ou estridor (obstrução da traqueia). PROCEDIMENTO INICIAL Ação Justificativa 1. Lavar as mãos; ● Reduzir a transmissão de microrganismos. 2. Apresentar-se e explicar o procedimento ao paciente; ● Orientar quanto ao procedimento. 3. Manter privacidade do paciente; 4. Manter ambiente silencioso, aquecido e iluminado; 5. Posicionar-se ao lado direito do paciente; ● Facilitar a realização da palpação e ausculta. 6. Executar exame físico do aparelho respiratório ; ● Evidenciar o bom funcionamento da função corporal 7. Verificar presença de alterações do aparelho respiratório; ● Ruídos adventícios (processos patológicos que comprometem a árvore brônquica e os alvéolos): REALIZAÇÃO DO EXAME 8. INSPECIONAR: ANORMALIDADES • Observar expressão facial – relaxada e natural; • Verificar nível de consciência; • Avaliar condições da pele: coloração, integridade, espessura; • Observar forma: normolíneo, brevilíneo, longilíneo e simetría; • Verificar posição: postura relaxada e a capacidade de suportar o próprio peso com os braços confortavelmente situados de lado ou no colo; • Observar a ausência da utilização dos músculos acessórios. • Observar os movimentos respiratórios: Frequência respiratória (12 a 20 rpm) , Amplitude (respiração superficial ou profunda), Ritmo (relação entre inspiração e expiração) , Uso de musculatura acessória e Retração ou tiragem intercostal. ● Face tensa, cansada, lábios franzidos; ● Irritabilidade, agitação, ansiedade; ● Lesões, atrofias, enfisema subcutâneo; ● Tórax em tonel (enfisema pulmonar), tórax de sapateiro (peito escavado), tórax em quilha ou carinado (peito de pombo); ● Abaulamentos ou retrações; ● Posição adotada pelo cliente; ● Batimentos de asas de nariz, retração intercostal. ● Respiração torácica em homens (abdome agudo) e abdominal em mulheres (pleurites); ● Cheyne-Stokes (ICC), ritmo de Biot (meningite, lesões cerebrais), Kussmaull; ● Taquipneia, hiperpnéia, bradipneia, apneia, platipneia, ortopneia e trepopneia. 9. PALPAR: ANORMALIDADES • Palpar bi manualmente ápice, média e bases pulmonares. • Posicione paciente sentado de costas para o examinador; • Despir tórax; • Com as duas mãos aquecidas, posicione na parede póstero-superior, com os polegares ao centro, após deslize para a parede póstero-medial e em seguida póstero-lateral; ● Solicitar ao paciente, em todas as posições, para respirar profundamente; Após, de frente para o paciente, faça a palpação com as mãos em região anterolateral. • Fratura: edema, depressão; • Sensibilidade: hematoma, espessamento, endurecimento e artrite temporal. ● Palpar a região toraco vocal em busca do frêmito, usar base palmar dos dedos ou face ulnar de uma das mãos para tocar o tórax do paciente enquanto repete palavras ressonantes. Iniciar no ápice pulmonar e palpar de um lado para outro, tanto em tórax anterior, como posterior. • Presença de líquido intapulmonar 10. AUSCULTAR: ANORMALIDADES ● Deixar o paciente sentado, um pouco inclinado para frente, com braços relaxados (tórax posterior) e ereto no exame do tórax anterior; ● Solicitar para o cliente suspender a respiração previamente, para não se auscultar sons respiratórios durante ausculta da artéria carótida; ● Monitor respiração em todo o exame, epermita que o paciente descanse e respire normalmente a intervalos; ● Utilizar o diafragma do estetoscópio na parede torácica do paciente, auscultando 01 respiração completa em cada local, comparando ambos os lados; ● Ruídos adventícios: ● Crepitações finas ou, estertores (sons de pipocar); ● Crepitações grosseiras, altos, graves (sons de borbulhar); ● Sibilos – agudos chiados musicais; ● Ronco sonoro – sibilo grave que some com a tosse; ● Cornagem ou estridor (obstrução da traqueia). ● Atentar-de com ruídos como: respiração do examinador sobre o tubo do estetoscópio, colisão do tubo do estetoscópio, arrepio do paciente, pelo do tórax do paciente, farfalhada do avental ou dos lençóis de papel. PROCEDIMENTO FINAL Reposicionar o paciente; Organizar o material e ambiente; Descartar as luvas; Lavar as mãos; Realizar registro de Enfermagem no prontuário REFERÊNCIAS BARROS, Alba L. B L. Anamnese e exame físico: avaliação diagnóstica de enfermagem no adulto. Porto Alegre: Grupo A, 2021. JARVIS, Carolyn.... [et al.]. Exame físico e avaliação de saúde para enfermagem. 6ª Ed. Rio de Janeiro, RJ: Elservier, 2012. ANGÉLICO JÚNIOR, Fernando. Veiga.; SOUZA, Aspásia Basile Gesteira.Manual de Exame Físico. 1ª Ed. Rio de Janeito, RJ: Elsevier, 2019. PAL, Patricia A. Potter, Anne Griffin Perry, Patricia A. Stockert E. Fundamentos de Enfermagem. Rio de Janeiro: Grupo GEN, 2024. BERGAMASCO, Ellen C. Habilidades Clínicas em Enfermagem. Rio de Janeiro: Grupo GEN, 2019. TIMBY, Barbara K. Conceitos e Habilidades Fundamentais no Atendimento de Enfermagem. 10ª. Ed. Porto Alegre, RS: Artmed. 2014. UNIVERSIDADE TIRADENTES ENFERMAGEM: SEMIOLOGIA E SEMIOTÉCNICA POP: EXAME FÍSICO DAS MAMAS INTRODUÇÃO É importante examinar as mamas tanto de pacientes do sexo feminino quanto masculino. Homens contam com uma pequena quantidade de tecido glandular, que pode ser um potencial sítio de crescimento de células cancerosas. Em contrapartida, a maior parte da mama feminina é composta por tecido glandular. O autoexame das mamas (AEM) mensal não é mais recomendado pela ACS (2020) para mulheres de qualquer idade, pois as evidências são limitadas com relação aos benefícios de localização de tumores cancerosos, embora outras instituições de saúde incentivem o AEM como opção importante para mulheres (National Breast Cancer Foundation, n.d.). Encoraje mulheres a perguntar o que seu médico recomenda. Quando uma paciente decidir realizar o AEM, avalie o método utilizado e qual a fase do ciclo menstrual em que ela realiza o exame. O melhor momento para o AEM é do quarto ao sétimo dia do ciclo menstrual, ou imediatamente após o término do ciclo, quando as mamas já não estão mais edemaciadas ou sensíveis devido aos altos níveis hormonais. Caso a mulher não menstrue (p. ex., devido a uma gravidez ou climatério), aconselhe-a a examinar as mamas no mesmo dia de cada mês. AUTOEXAME DAS MAMAS Para mulheres cujo autoexame das mamas (AEM) é indicado, ajude a paciente a identificar o momento adequado do mês para a realização do autoexame, descreva os achados normais e achados que requerem notificação de um médico e ensine à paciente os passos da realização do AEM (Figura 1): 1. Examine sua mama direita. Deite-se de costas e coloque seu braço direito atrás da cabeça. O exame é melhor na posição deitada, não em pé, devido à distribuição mais simétrica do tecido mamário sobre a parede torácica, o que o deixa mais fino e fácil de ser palpado em sua completude. 2. Utilize os coxins dos dedos indicador, médio e anelar de sua mão esquerda para palpar nódulos na mama direita. Utilize três níveis diferentes de pressão para palpar todo o tecido mamário. A pressão leve é necessária para sentir o tecido mais próximo da pele, a pressão média para sentir um pouco mais profundamente e a pressão firme para sentir o tecido mais próximo do tórax e costelas. É normal sentir uma elevação firme na curvatura inferior de cada mama, mas é preciso informar o médico se houver algo diferente do usual. Caso você não tenha certeza da pressão, discuta o assunto com seu médico. Utilize cada nível de pressão para palpar o tecido antes de passar para o próximo ponto. 3. Palpe ao redor da mama em padrão de cima para baixo, iniciando em uma linha imaginária desde a lateral na axila, cruzando sobre a mama até a metade do esterno. Certifique-se de avaliar toda a área da mama, descendo até sentir somente costelas e subindo até a clavícula. Evidências demonstram que o padrão de cima para baixo é o mais eficiente para abranger toda a mama. 4. Repita o autoexame na mama contralateral, colocando o braço esquerdo atrás da cabeça e examinando a mama esquerda conforme os Passos 1 a 3. 5. Fique de frente para um espelho, pressione seu quadril firmemente com as mãos e observe suas mamas, notando qualquer mudança de tamanho, formato, contorno, depressões, eritema ou descamação no mamilo ou tecido mamário. A pressão das mãos no quadril contrai os músculos da parede torácica e destaca alterações nas mamas. 6. Examine cada axila sentada ou de pé com o braço elevado apenas um pouco para sentir com facilidade quaisquer nódulos ou alterações na área. A elevação completa do braço tensiona o tecido da área, dificultando o exame. Nota: caso existam implantes, ajude a paciente a determinar os limites de cada implante e como avaliar cada mama. ● Oriente a paciente a entrar em contato com um médico quando encontrar nódulos ou outras anormalidades. ● Utilize o método de explicar de volta para avaliar o aprendizado do paciente/familiar cuidador: “Quero me certificar de que lhe expliquei como conduzir um autoexame das mamas. Você poderia me mostrar como se conduz o exame em ambas as mamas?” Documente sua avaliação sobre a aprendizagem da paciente. Revise sua orientação ou desenvolva um plano para avaliar a aprendizagem da paciente que possa ser implementado em momento adequado caso ela não consiga explicar de volta corretamente. Figura 1. Imagens de Silvestri LA, Silvestri AE: Saunders comprehensive review for the NCLEX-PN® Examination, ed 7, St Louis, 2019, Elsevier. ANAMNESE ● Determine se a mulher tem mais de 40 anos, se apresenta histórico familiar de câncer de mama, especialmente com mutação nos genes BRCA1 ou BRCA2, se apresentou menarca de início precoce (antes dos 12 anos) ou climatério tardio (após os 55 anos), se nunca teve filhos ou teve o primeiro filho após os 31 anos; ou se fez uso recente de contraceptivos orais; ● Pergunte se o paciente (ambos os sexos) notou presença de nódulo, espessamento, dor ou sensibilidade na mama; secreções, desalinhamento, retração ou descamação no mamilo; ou alteração no tamanho da mama; ● Determine o uso de medicações por parte da paciente (contraceptivos orais, digitálicos, diuréticos, hormônios esteroides ou estrógeno) e o uso de cafeína; ● Determine o nível de atividade da paciente, consumo de álcool e o peso; ● Pergunte se a paciente realiza o autoexame das mamas (AEM) mensalmente. Se sim, determine qual a época do mês em que realiza em relação ao ciclo menstrual. Peça à paciente que descreva ou demonstre o método utilizado; ● Se a paciente relatar presença de massa na mama, pergunte há quanto tempo notou pela primeira vez. O nódulo surge e desaparece, ou está sempre presente? Aconteceram mudanças no nódulo (p. ex., tamanho, relação com ciclo menstrual) e sintomas associados? EXAME FÍSICO Preparação • Higienizar as mãos; • Iluminação adequada; • Manter o recinto e mãos aquecidos; • Manter privacidade; • Solicitar à paciente para expor as mamas; • Colocar-se à direita do paciente; • Certificar- se de que o cliente está confortável; Material necessário: • Avental descartável; • Travesseiro; • Luvas. INSPEÇÃO 1. Pedir à paciente que remova a blusa ou avental para permitir a visualização simultânea de ambas as mamas. 2. Descrever as observações ou achados em relação às linhas imaginárias que dividem a mama em quatro quadrantes e uma cauda (Figura 2). As linhas cruzam o centro do mamilo. Cada cauda se estende para fora a partirdo quadrante superior externo. Figura 2. Quadrantes da mama esquerda e cauda axilar de Spence. (De Shiland BJ: Medical terminology and anatomy for coding, ed 3, St Louis, 2017, Mosby.) 3. Pedir que a paciente se sente ou fique de pé com os braços soltos ao lado do corpo. Se a paciente preferir realizar o AEM, coloque um espelho à sua frente, se possível, durante a inspeção, para que ela entenda o que procurar durante o exame. Figura 3. Paciente sentada para avaliação da aparência geral da mama. 4. Inspecionar as mamas com relação a seu tamanho e simetria. As mamas normalmente se estendem da terceira à sexta costela, com o mamilo no nível do quarto espaço intercostal. É comum uma mama ser menor que a outra. Contudo, inflamações ou massas causam diferença de tamanho. À medida que a mulher envelhece, os ligamentos de suporte do tecido mamário enfraquecem, tornando as mamas pendulares e os mamilos mais baixos. 5. Observar o contorno ou formato das mamas e investigue massas, achatamentos, retrações ou sulcos em baixo-relevo. As mamas apresentam formato variável, desde convexas até pendulares ou cônicas. A retração ou formação de sulcos pode ocorrer devido à invasão de ligamentos subjacentes por tumores. Os ligamentos sofrem fibrose e tracionam a pele para dentro em direção ao tumor. O edema também modifica o contorno das mamas. 6. Para evidenciar retrações ou alterações de formato das mamas, peça à paciente que assuma três posições: elevar os braços acima da cabeça, pressionar as mãos contra os quadris e estender os braços para frente sentada e inclinada para frente. Cada manobra causa contração dos músculos peitorais, o que evidencia a presença de retração. Figura 4. Retração no quadrante superior da mama e presença de edema no quadrante inferior. 7. Inspecionar cuidadosamente a pele para verificar cor, padrão venoso e presença de lesões, edema ou inflamação. Elevar cada mama quando necessário para observar seus aspectos inferior e lateral, verificando cor e textura. As mamas devem apresentar a mesma cor da pele circunjacente com mesmos padrões venosos bilateralmente. Tais padrões são facilmente visualizáveis em mulheres magras ou gestantes. Mulheres com mamas maiores podem apresentar vermelhidão e escoriações nas superfícies inferiores devido ao atrito da pele. 8. Inspecione os mamilos e as aréolas para verificar tamanho, cor, formato, secreções e direção para a qual aponta o mamilo. As aréolas normais são redondas ou ovais e quase iguais bilateralmente. A coloração varia desde rósea até marrom. Em mulheres de pele clara, a aréola fica marrom durante a gestação e permanece dessa cor. Já em mulheres de pele escura, a aréola é marrom desde antes da gestação. Os mamilos normalmente apontam para direções simétricas, são evertidos e não apresentam drenagem. Quando os mamilos estiverem invertidos, pergunte à paciente se esse sempre foi o seu aspecto. Inversões recentes indicam crescimento de tecido subjacente. Lesões e ulcerações não são normais na pele das mamas nem nos mamilos. 9. Notar qualquer sangramento ou secreção a partir dos mamilos. É comum haver secreção amarelada límpida 2 dias após o parto. 10. Durante a inspeção das mamas, explicar as características observadas. Orientar as pacientes acerca da significância de sinais ou sintomas anormais. Manter a paciente informada acerca de sua condição de saúde. PALPAÇÃO 11. Para palpar linfonodos, peça à paciente que se sente com os braços relaxados ao lado do corpo. Figura 5. Posição anatômica dos linfonodos axilares e claviculares. 12.Realizar o exame na frente e ao lado da paciente, segurando-lhe o braço em posição flexionada e abduzida a partir da parede torácica. Com as pontas dos dedos, pressionar gentilmente a superfície para baixo sobre as costelas e músculos. Palpar as quatro regiões da axila e linfonodos axilares utilizando as pontas dos dedos e gentilmente rolando-as sobre o tecido mole. Figura 5. Apoie o braço da paciente e palpe os linfonodos axilares. (De Wilson S, Giddens J: Health assessment for nursing practice, ed 7, St Louis, 2022, Elsevier.) 13. Avalie cuidadosamente cada região e note seu número, consistência, mobilidade e tamanho. Linfonodos normalmente não são palpáveis. Um ou dois pequenos linfonodos palpáveis não dolorosos são normais. 14. Continue palpando ao longo das bordas superior e inferior da clavícula. Faça o procedimento inverso do outro lado. Linfonodos anormais parecem-se com uma pequena massa rígida, sensível e imóvel. 15. Posicionar a paciente deitada em posição supina com um braço sob a cabeça e o pescoço (alternando o lado para cada mama), palpar o tecido mamário. Figura 6. A paciente deita-se na horizontal com o braço abduzido e a mão sob a cabeça para ajudar a deixar o tecido mamário distribuído sobre a parede torácica. Cada mama é palpada de maneira sistemática. (De Wilson S, Giddens J: Health assessment for nursing practice, ed 7, St Louis, 2022, Elsevier.) 16. Coloque um pequeno travesseiro ou toalha sob a escápula da paciente para posicionar melhor o tecido. Palpe a cauda de Spence. A posição do braço e da mão alonga a mama ainda mais e posiciona o tecido de forma simétrica. 17. Caso você ou a paciente palpe uma massa, examinar a mama contralateral para garantir comparação objetiva entre tecido normal e anormal. 18. Utilizar os coxins dos três primeiros dedos para comprimir gentilmente o tecido mamário sobre a parede torácica, notando sua consistência. Realizar a palpação de forma sistemática, utilizando um destes três métodos: (1) técnica vertical com os dedos movendo-se para cima e para baixo em cada quadrante; (2) sentido horário ou anti-horário formando pequenos círculos concêntricos com os dedos ao longo de cada quadrante e a cauda; ou (3) palpando desde o centro em sentido radial, retornando à aréola para iniciar cada divisão. Figura 7. Diferentes métodos de palpação das mamas. A. Palpe de cima para baixo em linhas verticais. B. Palpe em círculos concêntricos. C. Palpe a partir do centro em seções em forma de cunha. 19. Utilizar técnica bimanual para a palpação de mamas grandes e pendulares. Apoiar a porção inferior da mama em uma das mãos e utilizar a outra mão para palpar o tecido contra a mão de apoio. A consistência do tecido mamário normal é muito variável. As mamas de uma paciente jovem são firmes e elásticas. Em mulheres idosas, o tecido algumas vezes parece fibroso e nodular. Seja qual for a abordagem utilizada, certifique-se de examinar totalmente a mama e a cauda, direcionando a atenção a quaisquer áreas de sensibilidade dolorosa. 20. Utilizar o polegar e o indicador para comprimir o mamilo e notar secreções. Durante o exame do mamilo e da aréola, o mamilo pode se tornar ereto e a aréola mais enrugada, os quais constituem alterações normais. Continue posicionando a paciente e examinando a outra mama. OBSERVAÇÕES ● O tecido normalmente é denso, firme e elástico. Com o climatério, torna-se mais macio e retraído. O aspecto lobular do tecido é normal. A borda inferior de cada mama pode ser mais firme e rígida. Trata-se de uma elevação normal inframamária, não de um tumor. Pode ser útil mover a mão da paciente para que ela possa sentir as variações normais do tecido. Palpe massas anormais a fim de determinar sua localização em relação aos quadrantes, diâmetro em centímetros, formato (p. ex., redonda ou discoidal), consistência (macia, firme ou dura), sensibilidade, mobilidade e delimitação (bordas definidas ou indefinidas). ● Lesões cancerosas são duras, fixas, insensíveis, irregulares e geralmente unilaterais. Uma condição benigna comum da mama é a doença mamária benigna (fibrocística). A condição caracteriza-se por mamas nodulares dolorosas bilaterais e algumas vezes secreção a partir dos mamilos. Os sintomas são mais aparentes durante o período menstrual. Quando palpados, os cistos (nódulos) são macios, bem diferenciados e móveis. Cistos profundos são mais firmes. ● O exame da mama masculina pode ser rápido, mas não deve ser omitido. Combine oexame da mama com o tórax anterior. Inspecione a parede do tórax, notando a superfície da pele e quaisquer nódulos ou edemas. Palpe a área dos mamilos ou quaisquer nódulos ou aumento de tecido (Jarvis, 2012). ● Menos de 1% de todos os casos de câncer de mama são diagnosticados em homens, Em 2019, aproximadamente 2.670 novos casos de câncer de mama invasivo foram diagnosticados em homens (BreastCancer.org, 2019). Inspecione o mamilo e a aréola para investigar nódulos, edema e ulceração. O aumento de volume da mama masculina resulta de obesidade ou aumento glandular. ● Como o câncer de mama é relativamente raro em homens, autoexames de rotina não são necessários. Tumores de mama geralmente não são encontrados em homens até que estejam em estágio avançado; por isso, os homens têm um índice de sobrevida menor do que as mulheres (BreastCancer.org, 2019). Todavia, homens com parente de primeiro grau (p. ex., mãe ou irmã) com câncer de mama têm risco de desenvolver a doença e podem ser indicados por seu médico a realizar mamografias de rotina. MODELO DE REGISTRO DE ENFERMAGEM ▪ Data/Hora - Mamas simétricas, médias, arredondadas, estágio 5, pele branca, hidratada, vascularização lateral não identificada, edema ausente. Inspeção estática sem alterações em forma ou volume, aréolas centralizadas, hipercrômicas (fisiológico), folículos pilosos discretos, sensibilidade preservada, mamilos protrusos, ausência de fissuras, descamação e/ou descarga mamilar. Linfonodos bilaterais (costal, umeral, peitoral e dorsal) indolores à palpação. Durante a palpação das mamas, tecido de consistência macia, sem alterações. REFERÊNCIAS BARROS, Alba Lucia Bottura Leite de; LOPES, Juliana de Lima; MORAIS, Sheila Coelho Ramalho Vasconcelos. Procedimentos de enfermagem para a prática clínica. Porto Alegre : Artmed, 2019. PERRY, Anne Griffin; POTTER, Patricia A. Guia completo de procedimentos e competências de enfermagem. Tradução: Soraya Imon de Oliveira, Renata Medeiros, Paul L. Desmarais; Revisão Técnica Ivone Evangelista Cabral, Marcia Tereza Luz Lisboa. 9. ed. Rio de Janeiro: GEN | Grupo Editorial Nacional S.A. Publicado pelo selo Editora Guanabara Koogan Ltda., 2021. POTTER, Patrícia A. et al.. Fundamentos de Enfermagem. Tradução: Andrea Delcorso. 11. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2024. Elaborado por Professores: Priscila Laise dos Santos. Data da Criação 2024.2 Revisado por Professores: Data da última Revisão UNIVERSIDADE TIRADENTES ENFERMAGEM: SEMIOLOGIA E SEMIOTÉCNICA POP: OXIGENIOTERAPIA INTRODUÇÃO A terapia com oxigênio é uma intervenção terapêutica para melhorar a oxigenação das células, consiste na administração de oxigênio numa concentração de pressão superior à encontrada na atmosfera ambiental para corrigir e atenuar deficiência de oxigênio ou hipóxia. O oxigênio precisa ser encarado como um medicamento: é caro, apresenta efeitos colaterais e exige controle permanente. CONSIDERAÇÕES GERAIS -O oxigênio é um gás inodoro, insípido, transparente e ligeiramente mais pesado do que o ar; - O oxigênio alimenta a combustão; - O oxigênio necessita de um fluxômetro e um regulador de pressão para ser liberado; - A determinação de gases arteriais é o melhor método para averiguar a necessidade e a eficácia da oxigenoterapia; - Podem ou não existir outros sinais de hipóxia como a cianose. AVALIAÇÃO CLÍNICA DO PACIENTE 1. EXAME FÍSICO: (Consultar POP: Exame Físico do Aparelho Respiratório) ✔ Taquipneia ✔ Respiração laboriosa (retração intercostal, batimento de asa do nariz) ✔ Cianose progressiva ✔ Taquicardia (precoce) ✔ Bradicardia (tardia) ✔ Inquietação ✔ Confusão, prostração, convulsão, coma ✔ Palidez. 2. OXIMETRIA DE PULSO: Mede a saturação de oxigênio no sangue (SaO2) e a percentagem de oxigênio aglutinada à hemoglobina. Utiliza-se um aparelho chamado de oxímetro de pulso, composto por um sensor que emite uma luz infravermelha; este sensor é preso a um dos dedos da mão, do pé, ao lóbulo da orelha ou à ponte nasal. O sensor detecta a quantidade de luz que é absorvida pela hemoglobina, o microprocessador computa a informação e mostra o percentual de oxigênio contido neste componente sanguíneo. Adultos normais saudáveis = 95% a 100%. A manutenção de um nível inferior a 90% é motivo de preocupação e faz-se necessário algum tipo de terapia. FATORES QUE AFETAM A OXIGENAÇÃO O grau de ventilação e perfusão, assim como o transporte de gases respiratórios, dos pulmões aos tecidos depende de quatro fatores: ✔ Do estado de saúde do paciente ✔ De sua idade ✔ Do seu modo de vida ✔ De fatores ambientais FINALIDADE Prevenir e tratar a hipóxia; Oferecer aporte de oxigênio umidificado, aumentando o conteúdo de oxigênio no sangue arterial. INDICAÇÕES ✔ Pacientes com respiração ruidosa ✔ Pacientes que não conseguem respirar se estiver deitado ✔ Saturação de oxigênio menor que 90% ✔ Taquipneia e ou taquicardia ✔ Tiragem supra clavicular e intercostal ✔ Cianose ✔ Sinais de desorientação ✔ Batimento de asa de nariz. MÉTODOS DE ADMINISTRAÇÃO DE OXIGÊNIO CÂNULA NASAL É inserida no nariz em direção à faringe posterior, deve ser colocado acima da úvula. É empregado quando o paciente requer uma concentração média ou baixa de O2, de 24% a 44%. Indica-se usar fluxo de 1 a 6 L É relativamente simples e permite que o paciente converse, alimente, sem interrupção de O2. 21% - AR AMBIENTE QUANDO ADMINISTRADO À: 1L = 24% 2L = 28% 3L = 32% 4L = 36% 5L = 40% 6L = 44% Vantagens Desvantagens - Conforto maior que no uso do cateter; - Economia, não necessita ser removida; - Convivência - pode comer, falar, sem obstáculos; - Facilidade de manter em posição - Necessário o revezamento das narinas a cada 8h, para evitar lesões na pele, - Não pode ser usado por pacientes com problemas nos condutos nasais, - Suspeita de trauma de base de crânio, - Pode causar distensão gástrica por deglutição, - Concentração de O2 inspirada desconhecida; - De pouca aceitação por crianças pequenas; - Não permite nebulização. CATETER NASAL Visa administrar concentrações baixas a moderada de O2, de 24% a 44%. Indica-se usar fluxo de 1 a 6 L. É de fácil aplicação, mas nem sempre é bem tolerada principalmente por crianças. Vantagens Desvantagens - Permite que o paciente converse, se alimente e tussa, sem interrupção do fluxo. - Método econômico e que utiliza dispositivos simples; - Facilidade de aplicação. - Pode haver ressecamento da mucosa nasal, - A concentração pode variar de acordo com o fluxo inspirado e o posicionamento do cateter, - Nem sempre é bem tolerado em função do desconforto produzido; - A respiração bucal diminui a fração inspirada de O2; - Irritabilidade tecidual da nasofaringe; - Facilidade no deslocamento do cateter; - Não permite nebulização; MÁSCARA DE VENTURI Constitui o método mais seguro e exato para liberar a concentração necessária de oxigênio, sem considerar a profundidade ou frequência da respiração. Permite que somente quantidade específica de ar ambiente misture-se ao oxigênio. Tem a vantagem de administrar quantidades exatas de oxigênio. Fluxo de 4L a 15L ■ Cor azul: 4L/min = 24% ■ Cor Amarela: 4L/min = 28% ■ Cor Branca: 6L/min = 31% ■ Cor verde: 8L/min = 35% ■ Cor rosa: 8L/min = 40% ■ Cor laranja: 10L/min = 50% Vantagens Desvantagens - É um método exato de administração de O² baseado na passagem de um alto fluxo, - Impede ou dificulta o paciente de se alimentar ou falar MÁSCARA SIMPLES Colocada sobre o nariz e a boca e presa com uma tira elástica, facilita a administração de níveis elevados de oxigênio, a eficácia é afetada pela forma como ela se adapta ao rosto do paciente. Fluxo de 5L a 10L, até 50%. Vantagens Desvantagens - Por ter orifícios laterais, permite a inspiração e expiração do ar ambiente. Como O² preenche a máscara, permite na inspiração a inalação de gás enriquecido. - Depende do fluxo inspiratório, é mal tolerada em pacientes dispnéicos ou ansiosos, podem causar problemas na pele já que criam pressão e retém umidade. Indicada para pacientes conscientes. MÁSCARA PARA RESSUSCITAÇÃO Acoplada a umabolsa que funciona com reservatório. Fluxo de 10L a 15L, percentagem quase 100%. Não é usada a umidificação. Vantagens Desvantagens - Paciente inala 100% do oxigênio ofertado - A fixação na face depende de técnica recomenda (técnica em C); - Utilizada somente em emergências. TENDA FACIAL Mais confortável que a máscara simples pode ser usada em paciente com trauma e queimaduras no rosto e por recém nascidos. Vantagens Desvantagens - Fornece oxigênio sem o desconforto de uma máscara. - A quantidade de oxigênio administrada não é exata, 28 a 70%. VENTILADOR MECÂNICO (VM) Respiração controlada, até 100%. Vantagens Desvantagens - A ventilação mecânica substitui total ou parcialmente a ventilação espontânea do paciente crítico e está indicada na insuficiência respiratória aguda ou crônica agudizada, podendo ser utilizada de forma não invasiva por meio de uma máscara facial, e de forma invasiva por meio de um tubo endotraqueal ou cânula de traqueostomia, sendo, dessa forma, um mecanismo amplamente utilizado na UTI, visando ofertar um aporte de oxigênio ao paciente grave, capaz de restabelecer e/ou manter suas condições fisiológicas (Diretrizes Brasileiras de Ventilação Mecânica, 2013) OBS.: A atenção aos pacientes sob Ventilação Mecânica (VM) torna-se responsabilidade dos enfermeiros, partindo-se do pressuposto de que a evolução positiva deles depende de cuidados contínuos, capazes de promover a identificação de problemas que atinjam diretamente suas necessidades. Para uma prestação de cuidado de qualidade é necessário que os enfermeiros tenham uma ampla compreensão dos princípios da VM, além de reconhecer a tolerância fisiológica específica de cada paciente (Seltzer; Bare, 2009). - Risco para Pneumonia associada à ventilação mecânica; - Infecção respiratória associada à má higienização da cavidade oral; - Lesões de laringe e traqueia, ocasionadas por necrose decorrente da insuflação excessiva do balonete. Uma pressão acima de 25 mmHg prejudica a circulação capilar em direção à mucosa traqueal; - Risco para aspiração pulmonar. - Ansiedade em pacientes e familiares envolvidos no processo; MATERIAL ▪ Fonte de oxigênio ▪ Intermediário (tubo extensor flexível) ▪ Umidificador ▪ Água destilada ▪ Cateter ou cânula nasal, Máscara de Venturi ou simples ▪ Esparadrapo ▪ Gaze ▪ Oxímetro de pulso ▪ Estetoscópio ▪ Luvas de procedimento TÉCNICA para CÂNULA NASAL Ação Justificativa 1. Ver prontuário 2. Lavar as mãos ● Reduzir a transmissão de microrganismo 3. Revisar a prescrição médica para a administração de oxigênio observando o método de administração, o volume de fluxo, a duração da oxigenoterapia e os parâmetros para titulação das definições de oxigênio. 4. Verificar os dados do prontuário do paciente (sinais vitais, oximetria de pulso, valores da gasometria arterial). 5. Encaminhar ao leito do paciente, deposite a bandeja sobre a mesa de cabeceira ● Planejamento das atividades e otimizar tempo. 6. Identificar o paciente utilizando pelo menos dois tipos de identificação (p. ex., nome e data de nascimento ou nome e número do registro médico) de acordo com as políticas locais. Compare as identificações com as informações contidas na ficha de medicações administradas ou na ficha médica do paciente.. ● Estimular a participação e cooperação. 7. Fechar portas, janelas e colocar biombo (S/N). ● Respeitar a privacidade do paciente 8. Calçar a luva e realizar a limpeza da mesa de alimentação, parte inferior da bandeja, passa para a mesa de alimentação e limpe manivela da cama ● Planejamento das atividades. 7. Retirar as luvas 8. Colocar o paciente em posição de Fowler ou em posição alternativa ● Promover a ventilação 9. Prender o fluxômetro à fonte de oxigênio ● Propiciar um meio de regular a quantidade prescrita de oxigênio 10. Conectar a garrafa umidificadora ao fluxômetro ● Umidificar as membranas da mucosa 11. Preencher a garrafa umidificadora com água ● Umidificar as membranas da destilada no nível indicado desta garrafa mucosa 12. Acoplar a extremidade distal da extensão a garrafa umidificadora ou ao fluxômetro de oxigênio. ● Propiciar uma via pela qual o oxigênio será umidificado 13. Datar a garrafa do umidificador ● Controlar o seguimento de troca dos dispositivos conforme norma institucional e da CCIH 14. Colocar as luvas de procedimento ● Reduzir a transmissão de microrganismo 15. Pedir para o paciente limpar a narina ● Ou executar a limpeza pelo paciente 16. Verificar o tamanho adequado da cânula ● Promover conforto ao paciente e eficácia terapêutica 17. Medir a cânula da ponta do nariz ao lóbulo inferior da orelha, ficando na altura da glote, ou, medir da ponta do nariz à região entre os supercílios, situará a cânula um pouco acima da glote. ● Assegurar o posicionamento da sonda 18. Segurar a cânula com uma gaze e introduzi-lo por uma narina em direção a faringe nasal posterior, até o ponto marcado. ● Manter sonda limpa 19. Fixar a cânula com esparadrapo sobre a face ou nariz do paciente ● Assegurar o posicionamento da sonda 20. Acoplar a extremidade da cânula distal a extremidade do tubo extensor que está acoplado ao fluxômetro de oxigênio ● Oferecer uma via de passagem do oxigênio de sua fonte para o paciente 21. Aumentar o número de litros de oxigênio até a quantidade prescrita ● Ofertar oxigênio em quantidade prescrita 22. Observar o paciente durante o tratamento 23. Retirar as luvas e higienizar as mãos 24. Realizar avaliação física e verificar os sinais vitais. ● Auscultar os sons pulmonares; palpar a excursão torácica; inspecionar a cor e a condição da pele, e observe se há diminuição de ansiedade, melhora das capacidades cognitivas, menos fadiga e ausência de tontura 25. Recolher o material 26. Limpar a mesa de alimentação e cabeceira 27. Anotar no prontuário TÉCNICA para CATÉTER NASAL Ação Justificativa 1. Proceder itens 1 a 8 da técnica anterior 9. Prender o fluxômetro à fonte de oxigênio ● Propiciar um meio de regular a quantidade prescrita de oxigênio 10. Conectar a garrafa umidificadora ao fluxômetro ● Umidificar as membranas da mucosa 11. Preencher a garrafa umidificadora com água destilada no nível indicado desta garrafa ● Umidificar as membranas da mucosa 12. Acoplar a extremidade distal da extensão a garrafa umidificadora ou ao fluxômetro de oxigênio. ● Propiciar uma via pela qual o oxigênio será umidificado 13. Datar a garrafa do umidificador ● Controlar o seguimento de troca dos dispositivos conforme norma institucional e da CCIH 14. Colocar as luvas de procedimento ● Reduzir a transmissão de microrganismo 15. Pedir para o paciente assuar e limpar a narina ● Ou executar a limpeza pelo paciente 16. Verificar o tamanho adequado do cateter ● Promover conforto ao paciente e eficácia terapêutica 17. Posicionar primeiramente os orifícios do cateter na narina e após prender a extensão como um óculos por trás do pavilhão auricular. 18. Acoplar a extremidade da sonda distal a extremidade do tubo extensor que está acoplado ao fluxômetro de oxigênio ● Oferecer uma via de passagem do oxigênio de sua fonte para o paciente 19. Aumentar o número de litros de oxigênio até a quantidade prescrita ● Ofertar oxigênio em quantidade prescrita 20. Observar o paciente durante o tratamento 21. Retirar as luvas e higienizar as mãos 22. Realizar avaliação física e verificar os sinais vitais. ● Auscultar os sons pulmonares; palpar a excursão torácica; inspecionar a cor e a condição da pele, e observe se há diminuição de ansiedade, melhora das capacidades cognitivas, menos fadiga e ausência de tontura 23. Recolher o material 24. Limpar a mesa de alimentação e cabeceira 25. Anotar no prontuário TÉCNICA para MÁSCARA DE VENTURI OU SIMPLES Ação Justificativa 1. Proceder itens 1 a 8 da técnica anterior 9. Colocar o paciente em posição de Fowler ou em posição alternativa ● Promover a ventilação 10. Prender o fluxômetro à fonte de oxigênio ● Propiciar um meio de regular a quantidade prescrita de oxigênio 11. Conectar a garrafa umidificadora ao fluxômetro● Umidificar as membranas da mucosa 12. Preencher a garrafa umidificadora com água destilada no nível indicado desta garrafa ● Umidificar as membranas da mucosa 13. Acoplar a extremidade distal da extensão a garrafa umidificadora ou ao fluxômetro de oxigênio. ● Propiciar uma via pela qual o oxigênio será umidificador 14. Datar a garrafa do umidificador ● Controlar o seguimento de troca dos dispositivos conforme norma institucional e da CCIH 15. Verificar o tamanho adequado da máscara (adulto ou infantil) ● Promover conforto ao paciente e eficácia terapêutica 16. Se necessário o uso da Máscara de Venturi (MV), montar a válvula de porcentagem prescrita. 17. Colocar sobre a face do paciente, assegurando o posicionamento sobre o nariz e boca. 18. Acoplar a extremidade da máscara distal a extremidade do tubo extensor que está acoplado ao fluxômetro de oxigênio ● Oferecer uma via de passagem do oxigênio de sua fonte para o paciente 19. Aumentar o número de litros de oxigênio até a quantidade prescrita ● Ofertar oxigênio em quantidade prescrita 20. Observar o paciente durante o tratamento 21. Retirar as luvas e higienizar as mãos 22. Realizar avaliação física e verificar os sinais vitais. ● Auscultar os sons pulmonares; palpar a excursão torácica; inspecionar a cor e a condição da pele, e observe se há diminuição de ansiedade, melhora das capacidades cognitivas, menos fadiga e ausência de tontura 23. Recolher o material 24. Limpar a mesa de alimentação e cabeceira 25. Anotar no prontuário REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA BARROS, Alba Lucia Botura Leite de.... [et al.]. Anamnese e exame físico: avaliação diagnóstica de enfermagem no adulto. 2ª Ed. Porto Alegre, RS: ARTMED, 2011.440 p.: il.; 23 cm. JARVIS, Carolyn.... [et al.]. Exame físico e avaliação de saúde para enfermagem. 6ª Ed. Rio de Janeiro, RJ: Elsevier, 2012. 880 p.: il.; 28 cm. JENSEN, Sharon. Semiologia para Enfermagem : Conceitos e Prática Clínica. 1ª ed. Rio de http://pesquisa.fnac.pt/ia73762/Sharon-Jensen?SID=58f759fd-a491-7de6-a381-f82c012acf4f&UID=0B1708884-F8FB-F27A-D0EB-704C2A5DE905&Origin=FnacAff&OrderInSession=0&TTL=070220171603 Janeiro: Guanabara Koogan. 2013. POTTER, Patrícia A.; PERRY, Anne Griffin. Fundamentos de enfermagem. 11ª edição. Rio de Janeiro, RJ: Elsevier, 2024. 1391 p.: il.; 28 cm. Elaborado por Profa. Denise Lucon, Profa. Flávia Janólio, Profa. Lígia Lemos, Profa. Maria do Carmo e Profa. Marieta Cardoso Data da Criação 2002 Data da última Revisão 2024.1Revisado por Professores: Carla Viviane UNIVERSIDADE TIRADENTES ENFERMAGEM: SEMIOLOGIA E SEMIOTÉCNICA POP: ASPIRAÇÃO VIAS AÉREAS SUPERIORES INTRODUÇÃO A aspiração das vias aéreas superiores (VAS) é a aplicação de sucção no trato respiratório do paciente para ajudá-lo a eliminar as secreções, as quais não conseguem eliminar. As técnicas principais para aspiração das VAS são: nasofaringe e orofaringe. A frequência de aspiração será determinada pela observação constante do paciente, se apresenta: secreções, dispneia, estertores, roncos, inquietação, presença de vômito e apatia; assim como avaliar o estado geral do cliente - respiração, batimentos cardíacos, tipo de ventilação: assistida; controlada ou espontânea e a saturação de oxigênio. FINALIDADE ● Manter as vias aéreas desobstruídas removendo secreções; ● Garantir a ventilação e oxigenação adequada (saturação de O2 acima de 95%); ● Prevenir complicações no quadro clínico geral do paciente, provocadas pelo acúmulo de secreção nos pulmões; ● Realize a aspiração traqueal antes da aspiração da orofaringe, sempre que possível. A boca e a faringe contêm mais bactérias do que a traqueia. Se houver abundância de secreções orais antes do início do procedimento, aspire a boca com um dispositivo de aspiração oral separado; ● Permitir troca gasosa adequada. MATERIAL ● Álcool a 70%; ● Algodão; ● Compressa cirúrgica não estéril; ● Sonda de aspiração limpa não estéril (nº 4 a 10 para crianças e 10 a 14 para adulto) ou ponteira de aspiração Yankauer; ● 01 extensão para aspiração; ● Fonte de vácuo ou aparelho portátil de vácuo; ● Frasco coletor para secreção; ● Toalha de rosto ou papel toalha; ● Luvas de procedimento; ● Água destilada ou solução salina normal (aproximadamente 100 mℓ); ● Máscara cirúrgica, óculos de proteção ou protetor facial, avental, conforme exigido pelos procedimentos de isolamento (verifique a política da instituição); ● Oxímetro de pulso; ● 01 a 02 pacotes de gazes; ● Estetoscópio; ● Bolsa de reanimação manual autoinflável (bolsa-válvula-máscara) com extensão de conexão de oxigênio; ● Lixo TÉCNICA DE ASPIRAÇÃO VIAS ÁEREAS SUPERIORES Ação Justificativa ● Identificar o paciente utilizando pelo menos dois tipos de identificação (p. ex., nome e data de nascimento ou nome e número do prontuário). ● Verificar o prontuário para verificar história clínica, oximetria de pulso normal, sinais vitais, tolerância ao procedimento de aspiração e contraindicações para a aspiração nasotraqueal. ● Ajuda no planejamento e preparação do material. ● Higienizar as mãos. ● Reduzir a transmissão de microrganismos. ● Reunir materiais. ● Planejamento da atividade e otimização do tempo. ● Encaminhar-se ao leito do paciente, depositar a bandeja sobre a mesa de cabeceira ● Explicar o procedimento ao paciente que irá desobstruir suas vias respiratórias e aliviará um pouco da dificuldade de respirar. É normal tossir, espirrar, ter ânsia ou falta de ar durante o procedimento. ● Promover eficiência, diminuir a ansiedade e assegurar a colaboração. ● Manter a privacidade do paciente. Fechar portas, janelas e biombo. ● Humanização da assistência. ● Colocar EPIs. Com mão enluvada, realizar a desinfecção da mesa de alimentação, parte inferior da bandeja e manivela da cama (compressa e álcool a 70%) ● Proteger o paciente e o profissional de contaminação. ● Posicionar adequadamente o lixo. ● Evitar cruzamento do limpo para o sujo ● Trocar as luvas e higienizar mãos com álcool gel. ● Posicionar o paciente em posição de semi-Fowler ou Fowler elevado. ● Otimizar a aspiração. ● Posicionar toalha de rosto ou papel toalha sobre o tórax do paciente. ● Avaliar presença de desvio de septo, pólipos, obstruções, lesões, epistaxe e edema de mucosa. ● Evitar introduzir a sonda na narina que apresente tais complicações. ● Verificar tipo e característica da respiração e condições dos batimentos cardíacos. ● Conforme o padrão respiratório, atentar para o tempo de aspiração. ● Desliga a dieta caso esteja em uso de dieta via Sonda. ● Reduzir a chance de broncoaspiração. ● Realizar ausculta pulmonar e verificar se há quantidades excessivas de secreções visíveis na cavidade oral. ● Manter o oxímetro de pulso no paciente para avaliação contínua de SpO2. ● Verificar o funcionamento do vácuo, conectar a extensão da aspiração e o frasco coletor de secreções. ● Abre o pacote de gazes em quantidade suficiente. ● Abre o pacote da sonda sem contaminar. ● Realiza a desinfecção da ampola de SF0,9% ou AD e deixar aberta, sem contaminar. ● Conectar a sonda de aspiração à extensão, usando a sonda na mão dominante. ● Ligar o vácuo com a mão não dominante. ● Cobrir levemente 6 a 8 cm do cateter com lubrificante hidrossolúvel. ● Realizar a aspiração orofaríngea e nasofaringe, procedendo da seguinte forma: Introduzir a sonda alternadamente em cada narina e posteriormente na boca até a faringe, mantendo a extensão pressionada no momento da introdução. ● Em adultos, insira aproximadamente 16 cm do cateter; em crianças mais velhas, de 8 a 12 cm; em bebês e crianças pequenas, de 4 a 7,5 cm. ● Avaliar se há necessidade de repetir a aspiração. Não passe o cateter mais do que duas vezes em uma sessão. Permita que o paciente descanse pelo menos 1 min (AARC, 2010a; Wiegand, 2017). Peça ao paciente que respire profundamente e tussa. ● Encorajar o paciente a tossir e recolocar a máscara de oxigênio (caso ele esteja em uso). ● Limpar a sonda com gaze. Lavar a extensão com SF0,9% ou AD, no final do ciclo de aspiração, até quenão devem ter comprimento maior que 0,625 cm. Certifique-se de que as unhas estejam curtas, lixadas e lisas. o ATENÇÃO: Microrganismos podem sobreviver sob unhas artificiais após a lavagem das mãos e uso de higienizador de mãos à base de álcool; portanto, unhas artificiais não devem ser utilizadas por profissionais da saúde que tenham contato direto com pacientes (CDC, 2021c). ● As luvas não devem ser utilizadas fora das áreas de tratamento. ● As luvas devem ser trocadas entre os tratamentos de diferentes pacientes. ● A parte externa das luvas não deve ser tocada na sua remoção. ● As luvas devem ser checadas quanto à presença de rasgos ou furos antes e depois de colocadas, devendo ser trocadas, caso isso ocorra. ● Se as luvas se rasgarem durante o tratamento de um paciente, devem ser removidas e eliminadas, lavando-se as mãos antes de enluvá-las. ● Se ocorrerem acidentes com instrumentos perfurocortantes, as luvas devem ser removidas e eliminadas, as mãos devem ser lavadas e o acidente comunicado. ● Superfícies ou objetos fora do campo operatório não podem ser tocados por luvas usadas no tratamento do paciente. Recomenda-se a utilização de sobreluvas ou pinças esterilizadas. ● Em procedimentos cirúrgicos demorados é indicada a troca das luvas a cada 2h. ● Tanto as luvas estéreis como as luvas cirúrgicas são descartáveis após o uso. ● A lavagem das luvas com antissépticos aumenta tanto o tamanho como o número de orifícios nas luvas e remove o revestimento externo da maioria das luvas comerciais. ● A deterioração das luvas pode ser causada por agentes desinfetantes, óleos, e tratamentos térmicos. ● As luvas de látex para exame não foram formuladas para resistir à exposição prolongada às secreções, podendo ficar comprometidas durante procedimentos de longa duração. TIPOS DE LUVAS 1. Luvas descartáveis de Látex estéreis; 2. Luvas descartáveis de Látex não estéreis; 3. Luvas descartáveis de Vinil/Silicone; 4. Luvas descartáveis de Nitrila (Nitrílica); 5. Luvas de PVC; 6. Luas para limpeza geral de borracha grossa. MATERIAL Embalagem de luvas estéreis de tamanho adequado, de látex ou material sintético livre de látex. Se o paciente apresentar alergia ao látex, certifique-se de utilizar luvas livres de látex e talco. DESCRIÇÃO DA TÉCNICA Ação Justificativa e ou imagem ilustrativa 1. Considere o tipo de procedimento que será realizado e consulte as políticas ● Garante uso correto de luvas estéreis. Evidências apoiam o uso de luvas duplas ou com duplo institucionais sobre o uso de luvas estéreis. Em algumas instituições, recomenda-se uso de duas luvas para o centro cirúrgico e quando se antecipa exposição a sangue, líquidos corporais ou microrganismos infecciosos (AORN, 2020). indicador para reduzir o risco de lesão percutânea, promovendo barreira efetiva contra a exposição a patógenos sanguíneos (AORN, 2020). 2. Considere o risco de infecção do paciente (p. ex., condição preexistente, imunossupressão, tipo de procedimento). ● O conhecimento acerca do risco orienta você a seguir as precauções necessárias (p. ex., uso de barreiras protetoras adicionais) quando necessário. 3. Selecione o tamanho e tipo correto de luvas e examine o pacote para determinar se está seco e intacto, sem manchas visíveis. ● Pacotes rasgados ou molhados são considerados contaminados. Manchas visíveis no pacote indicam contaminação prévia por água ou outro líquido. 4. Utilize luvas sem talco. ● A Food and Drug Administration (FDA) dos EUA publicou uma norma proibindo uso de luvas com talco devido ao maior risco de hipersensibilidade e reações alérgicas (FDA, 2016). 5. Inspecione a condição das mãos para cortes, unhas lascadas, lesões abertas ou abrasões. Em alguns lugares, você pode cobrir lesões abertas com curativo impermeável estéril (verifique as políticas institucionais). Em outros casos, a presença de tais lesões pode impedir que você participe de um procedimento.. ● Cortes, abrasões e lascas de unhas tendem a drenar secreções serosas, que podem conter patógenos. Rupturas na integridade da pele permitem a entrada de microrganismos e aumentam o risco de infecção tanto para pacientes quanto para enfermeiros (AORN, 2020). 6. Avalie o paciente para os seguintes fatores de risco antes de calçar luvas de látex: ● atores de risco determinam o nível de risco do paciente para alergia a látex. a. Reação prévia aos seguintes materiais dentro de horas a partir da exposição: fita adesiva, máscara facial ou dental, cabo de taco de golfe, bolsa de ostomia, elástico de borracha, bexigas, bandagens, roupas íntimas elásticas, tubos intravenosos (IV), luvas de borracha, preservativos. ● Tais materiais sabidamente causam alergia a látex. b. Histórico pessoal de asma, dermatite de contato, eczema, urticária, rinite. ● Pacientes com histórico dessas condições têm maior risco de reação. c. Histórico de alergias a alimentos, especialmente abacate, banana, pêssego, castanhas, batata crua, kiwi, tomate, mamão papaia. ● Pacientes com histórico de alergias alimentares têm maior risco de desenvolver reação. d. História pregressa de reações adversas durante cirurgias ou procedimentos odontológicos. ● A história pregressa sugere resposta alérgica. e. Reações anteriores a produtos à base de látex. ● Reações anteriores sugerem resposta alérgica. 7. Avalie o conhecimento, experiência e grau de letramento em saúde do paciente ou familiar cuidador. ● Garante que o paciente tenha capacidade de obter, comunicar, processar e compreender informações básicas de saúde (CDC, 2021). 8. Avalie a experiência anterior do paciente com o procedimento e seus sentimentos em relação ao procedimento. ● Revela necessidade de apoio ao paciente. 9. Avalie os objetivos ou preferências do paciente em relação a como o procedimento ● Permite que o cuidado seja individualizado ao paciente. deve ser realizado. Avalie as expectativas do paciente. 10. Explique o procedimento para o paciente. ● Reduz a ansiedade e promove cooperação. 11. Obtenha e organize os materiais para o procedimento do paciente. ● Ter os materiais necessários prontamente à mão reduz o tempo de exposição do paciente. Garante um procedimento mais eficiente. 12. Higienize as mãos antes do procedimento; ● Reduz o número de microrganismos nas mãos, desta forma reduzindo a transmissão para o paciente. Não deixe que água do enxágue escorra para baixo nos braços até chegar nas mãos (ou seja, os braços são considerados sujos). 13. Feche a porta do quarto e as cortinas ao redor do leito. ● Oferece privacidade ao paciente. 14. Posicione o paciente confortavelmente para o procedimento específico a ser realizado. Se uma parte do corpo precisar ser examinada ou receber tratamento, posicione o paciente de forma que tal área esteja acessível. ● O paciente precisa ser capaz de deitar-se imóvel, em uma posição confortável durante o procedimento. Movimentos podem contaminar o campo estéril. 15. Utilizar os EPIs necessários para a realização do procedimento: sequência recomendada para EPIs. ● Evitar contaminação da luva antes de manusear o paciente. 16. Verificar integridade da embalagem, validade e tamanho da luva; 17. Observar se a superfície da mesa ou bancada está limpa e seca, acima do nível de sua cintura. ● Evitar contaminação do material. Se necessário, realizar a desinfecção com compressa e álcool a 70%. Objetos estéreis colocados abaixo do nível da cintura são considerados contaminados. 18. Observar as mangas do jaleco, se necessário dobrá-las; ● Evitar a contaminação do punho da luva estéril. 19. Abrir o pacote pelo local indicado e pegar o pacote interno contendo o par de luvas. 20. Oferecer o pacote interno ou depositar em local apropriado, se necessário. 21. Colocar o pacote sobre uma mesa ou superfície lisa, de modo que os punhos fiquem voltados para si; 22. Desfazer as dobras superiores, inferiores e mediais do papel, expondo o par de luvas; 23. Abrir sempre utilizando as pontas indicadas para manipulação; 24. Conferir se as luvas estão dispostas dea extensão esteja livre de secreção. ● Manter a extensão limpa. ● Desprezar a sonda de aspiração e desligar o aspirador de secreções. ● Proteger a extremidade da extensão de aspiração, quando em desuso, protegido em saco plástico, fixado na lateral do painel de gases. ● Trocar as luvas. ● Realizar ausculta pulmonar e cardíaca do paciente após a aspiração. ● Retirar a toalha e deixar o paciente confortável. ● Deixar o ambiente em ordem. ● Fazer desinfecção da mesa auxiliar e/ou bandeja e na mesa de cabeceira com álcool 70%. ● Manter o frasco de aspiração limpo, conforme rotina do setor. ● Recolha o material e deposite em lugar apropriado. ● Retirar os EPI´s. Lavar as mãos. ● Reduzir a transmissão de microrganismos. ● Anotar no prontuário o procedimento e eventuais anormalidades. ● Descrever características da ausculta cardíaca e pulmonar inicial, aspecto das secreções e quantidade. Anotar reações do paciente e intercorrência, como: sangramento, cianose, alterações eletrocardiográficas, características da ausculta cardíaca e pulmonar final etc. OBSERVAÇÕES 1. Manter a extremidade da extensão, quando em desuso, protegido em saco plástico, fixado na lateral do painel de gases; 2. Durante a aspiração, caso haja diminuição da frequência cardíaca ou arritmias, parar imediatamente o procedimento e oferecer oxigênio conforme prescrição médica. 3. Testar sempre o aspirador de secreções antes de utilizá-los; 4. Trocar, no mínimo, diariamente o frasco coletor de secreções e a extensão para aspiração. BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 1. POTTER, Patrícia A.; PERRY, Anne Griffin. Fundamentos de enfermagem. 8ª edição. Rio de Janeiro, RJ: Elsevier, 2013. 1391 p.: il.; 28 cm. 2. TIMBY, Barbara K. Conceitos e Habilidades Fundamentais no Atendimento de Enfermagem. 10ª. Ed. Porto Alegre, RS: Artmed. 2014. 950p. Elaborado por: Elisangela Minari, Carine Santana, Raquel Melo, Priscila Laise e Rosane Millet. Data da Criação 2019.1 Revisado por: Carine Santana Ferreira Marques Data da última Revisão 2024.2 UNIVERSIDADE TIRADENTES ENFERMAGEM: SEMIOLOGIA E SEMIOTÉCNICA POP: ASPIRAÇÃO DAS VIAS AÉREAS INTRODUÇÃO A aspiração é a aplicação de sucção ao trato respiratório do paciente para ajudá-lo a remover secreções líquidas ou espessas das vias aéreas, quando este não tem condições de removê-las sozinho. A retirada destas secreções precisa ser asséptica, atraumática e eficaz. A aspiração de secreções trata-se de uma necessidade apresentada por pacientes críticos ou não, como, por exemplo, o paciente intubado, o paciente em coma com perda parcial dos reflexos de tosse, ou ainda no paciente crônico que desenvolve acúmulo de secreções. Dentre as medidas que assegura a permeabilidade das vias aéreas, a aspiração é considerada um procedimento necessário e rotineiro. No entanto, não é isento de riscos, expondo os pacientes a sérias complicações como as infecções. Os tipos de vias aéreas artificiais são: cânula de Guedel ou cânula orofaríngea(A); cânula nasofaríngea; tubo endotraqueal (B) e cânula de traqueostomia. Posição do Paciente: a posição ideal para aspiração é a Fowler ou a semi-fowler. No entanto, para paciente em uso por longa permanência de tudo traqueal, observa-se que a mobilização lateral a 30 graus, mantendo-se fowler, ajuda muito na mobilização das secreções. QUANDO SE DEVE ASPIRAR UM PACIENTE? ● Pacientes em uso de via aérea artificial (TOT, TQT); ● Pacientes com perda parcial ou total do reflexo da tosse; ● Quando houver ruído traqueal; ● Quando houver secreção visível; ● Quando à ausculta houver evidência de roncos; ● Quando houver redução da saturação per cutânea; ● Paciente que retém secreção (pós-operatório imediato/mediato); ● Quando o paciente utilizar ventilador mecânico e este registrar aumento da pressão de vias aéreas maiores que 50 cm H2O na ausência de patologia que justifique o aumento da pressão. FINALIDADE ● Manter as vias aéreas livres e permeáveis; ● Garantir a ventilação e oxigenação adequada (saturação de O2 acima de 95%); ● Prevenir complicações no quadro clínico geral do paciente, provocadas pelo acúmulo de secreção nos pulmões; ● Coletar amostra de secreção traqueal para exame diagnóstico. COMPLICAÇÕES DA ASPIRAÇÃO Arritmias Hipoxemia Queda da saturação de O2 Bradicardia Cianose Infecção Ansiedade/agitação Hipertensão/hipotensão Aumento da Pressão Intracraniana (PIC) MATERIAL ● 01 par de luvas estéril. ● Sonda de aspiração compatível com o calibre do tubo, traqueóstomo ou conduto aéreo (nº 4 a 10 para crianças e 10 a 14 para adultos). ● 01 pacote de gaze. ● 01 ampola soro fisiológico. ● 01 seringa de 3 ml com agulha para aspiração. ● EPI individual (máscara descartável, óculos de proteção, touca e luvas de procedimento). ● Estetoscópio. ● Máscara de Ressuscitação (Ambú) ● 02 látex ● Cufômetro. TÉCNICA DE ASPIRAÇÃO DO TOT Ação Justificativa 1. Verificar o prontuário. 2. Lavar as mãos. ● Prevenir infecção 3. Reunir o material. 4. Encaminhar-se ao leito do paciente, deposita a bandeja sobre a mesa de cabeceira. ● Planejamento das atividades e otimizar tempo. 5. Explicar ao paciente o procedimento. ● Estimular a participação e cooperação. 6. Fechar portas, janelas e colocar biombo (SN). ● Respeitar a privacidade do paciente 7. Calçar luva de procedimento e realizar limpeza da mesa de alimentação, parte inferior da bandeja, passa para a mesa de alimentação e limpe manivela da cama. 8. Posicionar o paciente em Fowler. ● Otimizar a aspiração 9. Retirar as luvas. 10. Calçar luva de procedimento, colocar máscara e óculos de proteção. ● Evitar contaminação do paciente e promover proteção do próprio funcionário 11. Verificar tipo e característica da respiração e condições dos batimentos cardíacos. Observar se o paciente está em uso de ventilação mecânica (assistida ou controlada) ou em ventilação espontânea. ● Conforme o padrão respiratório, atentar para o tempo de aspiração 12. Desliga a dieta caso esteja em uso de dieta via sonda. ● Reduzir a chance de broncoaspiração 13. Realizar ausculta pulmonar e observar insuflação do Cuff do tubo ou TQT plástico com cuff (se paciente intubado). ● Pressão normal de 25 a 35 mmHg 14. Verificar o funcionamento do vácuo e conectar o látex. Montar sistema de oxigênio conectando ao Ambu 15. Retirar luva de procedimento 16. Abrir pacote de luva estéril e depositar no campo: ✔ 1 sonda de aspiração compatível com o calibre da cânula endotraqueal; ✔ 1 pacote de gaze; ✔ 1 Seringa de 3 ml; ✔ 1 Agulha para aspiração. ● Prevenir contaminação seguindo técnica asséptica ● Sondas de aspiração muito calibrosas podem produzir excessiva pressão negativa, lesar a mucosa traqueal, além de piorar a hipóxia que a aspiração normalmente já provoca. Ideal até 2/3 do diâmetro do tubo 17. Abrir a ampola de soro fisiológico, sem contaminar a mesma (realizar deinfecção). 18. Calçar o par de luva estéril. 19. Conectar a seringa com a agulha e retirar a pressão da mesma. Aspirar os 3 ml de SF, usando a mão não dominante para segurar a ampola e a dominante para segurar a seringa. Neste momento a mão não dominante se torna contaminada. 20. Retirar a agulha da seringa e depositar a seringa na borda do campo. 21. Conectar a sonda de aspiração ao látex, usando a sonda na mão dominante que permanecerá estéril durante toda a técnica. 22. Ligar o vácuo e o oxigênio com a mão não dominante (contaminada). 23. Caso o ventilador mecânico não possua a função de fornecer 100% de oxigênio, acoplar o ambu ao TOT. 24. Ventilar o paciente três vezes consecutivas, utilizando o próprio respirador mecânico, com FiO2 à 100%, ou com ambu de oxigênio a 100% (15 litros). ● Prevenir hipóxia, uma vez que a aspiração traqueal reduz a pressão arterial de oxigênio cerca de 35 mmhg. 25. Lembrar que primeiro se faz VAI e depois VAS (nariz e boca). 26. Introduzir a sonda de aspiração com a mão dominante no tubo endotraqueal na FASE INSPIRATÓRIA mantendo o látex pressionado, com a mão esquerda (Introduzir até obter o reflexo de tosse ou em caso do paciente emcoma, introduzir em torno de 25 a 30 cm no tubo e 15cm no traqueóstomo). ● A sucção não deve ocorrer neste momento da introdução para não sequestrar o oxigênio do paciente. Introduzir até chegar na carina. 27. Despressionar o látex para criação de sucção e simultaneamente, com a mão dominante, fazer movimentos circulares lentos na sonda de aspiração trazendo-a para fora do tubo endotraqueal ● Permitir que houvesse uma melhor sucção. 28. Repetir o movimento de 3 a 5 vezes, não ultrapassando o tempo de 15 segundos. ● Não ultrapassar 15 segundos no total de tempo de sucção (incluindo as 5 vezes). 29. Reposiocionar o ventilador mecânico ao TOT ● Evitar hipóxia prolongada. 30. Reiniciar um novo ciclo de aspiração caso necessário. 31. Observar simultaneamente o padrão respiratório e a monitorização cardíaca. ● Detectar precocemente os sinais de hipoxia e alteração hemodinâmica. 32. Suspender a aspiração e retornar ao ventilador mecânico quando ocorrer arritmias, cianose e sangramento. ● Evitar possível parada cardiorrespiratória 33. Em caso de secreção espessa, rolhas ou mesmo grande quantidade de secreção, pode ser instilado até 3ml de soro fisiológico no tubo endotraqueal ou traqueóstomo, ventilar três vezes e proceder a aspiração. ● Instilar no máximo 1ml de cada vez no TOT. No decorrer de 24 horas utilizar no máximo 20 ml. 34. Repetir as operações (inclusive a manobra para rolha) quantas vezes forem necessárias e de acordo com as condições clinicas do paciente. ● Ventilar o paciente a cada ciclo, não ultrapassar 15 segundos, para evitar a hipóxia. 35. Reposicionar o ventilador mecânico ao TOT, ●Certificar-se de que o ventilador esteja com os parâmetros anteriores sob controle. 36. Limpar a sonda com gaze estéril. Lavar a extensão do látex, no final do ciclo de aspiração, usando o SF 0,9% da ampola. ● Manter a extensão limpa e visível 37. Realizar a aspiração orofaríngea, procedendo da seguinte forma: Introduzir a sonda alternadamente em cada narina e posteriormente na boca até a faringe, mantendo o látex pressionado no momento da introdução. ●Aspirar ao orifício da cânula de guedel, introduzindo completamente a sonda de aspiração. Seguir a técnica e cuidado com a cânula de guedel (troca) 38. Limpar a sonda com gaze. Lavar a extensão do látex, no final do ciclo de aspiração. ● Manter a extensão limpa 39. Desprezar a sonda de aspiração e desligar o aspirador de secreções. ● Segregação de lixo 40. Proteger a extremidade do látex, quando em desuso, protegido em saco plástico, fixado na lateral do painel de gases. 41. Trocar as luvas. ● Evitar contaminação do estetoscópio que será utilizado na etapa seguinte 42. Realizar ausculta pulmonar e cardíaca do paciente após a aspiração. ● Avaliar o resultado da aspiração e se houve melhora da ventilação pulmonar 43. Deixar o paciente em ordem ● Proporcionar conforto ao paciente 44. Recompor a unidade e recolher o material. Manter o ambiente em ordem, colaborando com a equipe 45. Fazer a limpeza das mesas utilizadas. 46. Retirar as luvas e lavar as mãos. ● Evitar contaminação do profissional e do paciente 47. Anotar no prontuário o procedimento e eventuais anormalidades. ●Descrever características da ausculta cardíaca e pulmonar inicial, aspecto das secreções e quantidade. Anotar reações do paciente e intercorrência, como: sangramento, cianose, alterações eletrocardiográficas, características da ausculta cardíaca e pulmonar final etc.. Colocar novas luvas de procedimento e reavaliar paciente (ausculta cardíaca e respiratória, FR, saturação de oxigênio) Deixar paciente em ordem Recompor a unidade e recolher material Fazer a limpeza das mesas utilizadas Retirar as luvas e lavar as mãos Anotar no prontuário o procedimento e eventuais anormalidades. AVALIAÇÃO DO RESULTADO DA ASPIRAÇÃO ENDOTRAQUEAL Deve ser feita baseada nas seguintes observações: Tranquilidade do paciente. Verificação da saturação no monitor da oximetria (mantendo nível satisfatório). Ausência de ruído ao respirar constatado por meio da ausculta pulmonar. O aspecto da secreção (espessa, fluida, espumosa) aspirada indica o nível de hidratação e umidificação. A cor clara indica ausência ou melhora da infecção. Lembrar que atelectasia de repetição indica aspiração ineficaz ou insuficiente, assim como umidificação ineficiente ou falta de mudança de decúbito. OBSERVAÇÃO 1. Manter a extremidade do látex, quando em desuso, protegido em saco plástico, fixado na lateral do painel de gases, 2. Em caso de secreção espessa, rolhas ou mesmo grande quantidade de secreção, pode ser instilado SF 0,9% estéril no tudo endotraqueal (cerca de 3 ml); após a instilação, ventilar os pulmões com o ambu e sem seguida fazer aspiração traqueal. Máximo de 20 ml nas 24 horas. 3. Aspirar ao tudo endotraqueal somente quando necessário e nunca como rotina. Portanto, o enfermeiro deverá avaliar o paciente, de acordo com a característica e quantidade da secreção, prescrever o número de vezes que será feita à aspiração. 4. Durante a aspiração, caso haja diminuição da freqüência cardíaca ou arritmias, parar imediatamente o procedimento e oferecer oxigênio a 100%, através de ambu ou do próprio respirador. 5. Testar sempre o aspirador de secreções antes de utilizá-los. 6. A técnica de aspiração traqueal deve ser feita de preferência por duas pessoas, para evitar a contaminação do sistema tubo/circuito. 7. Utilizar sempre o frasco coletor intermediário para evitar que entre secreção na rede de gases do painel. 8. Trocar diariamente o frasco coletor de secreções e a extensão de látex para aspiração. Elaborado por Profa. Denise, Profa. Flávia, Profa. Lígia, Profa. Maria do Carmo e Profa. Marieta Data da Criação 2002 Revisado por Professores: Carine Marques, Elisângela Minari e Priscila Santos. Data da última Revisão 2021.2 UNIVERSIDADE TIRADENTES ENFERMAGEM: SEMIOLOGIA E SEMIOTÉCNICA POP: TRAQUEOSTOMIA INTRODUÇÃO O termo traqueostomia refere-se à cirurgia realizada para fazer uma abertura na traquéia e criar uma comunicação da luz traqueal com o exterior. O termo traqueostoma se aplica ao estoma cicatricial permanente obtido com a fixação da traqueia à pele. O enfermeiro tem competência técnica e legal para a: troca de gastrostomia, cistostomia e traqueóstomo. Sendo privativo a este profissional no âmbito da equipe de enfermagem (PARECER TÉCNICO COREN/PE: Nº020/2017). TIPOS DE TRAQUEÓSTOMO https://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&source=images&cd=&cad=rja&uact=8&ved=2ahUKEwiRuePoqJLdAhVLEJAKHSPXBQUQjRx6BAgBEAU&url=https%3A%2F%2Fexperienciasdeumtecnicodeenfermagem.com%2Ftroca-de-fixacao-de-traqueostomia%2F&psig=AOvVaw363nprFVvfrTjMTUWR7Fmb&ust=1535634041796110 https://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&source=images&cd=&cad=rja&uact=8&ved=2ahUKEwiXmPz2qJLdAhWKf5AKHbUHCC0QjRx6BAgBEAU&url=http%3A%2F%2Fwww.enfermagemvirtual.net%2F2012%2F07%2F&psig=AOvVaw363nprFVvfrTjMTUWR7Fmb&ust=1535634041796110 Quanto ao tempo de permanência: Temporário Permanente Podem ser: cânula traqueal metálica (Figura 1) ou cânula de plástico descartável (Figura 2). A cânula traqueal metálica é um tubo cilíndrico curvo, de metal, usado para criar uma comunicação entre a luz traqueal e o exterior. As cânulas traqueais metálicas variam de acordo com sua numeração, seu diâmetro interno e ângulo de curvatura. É composta de três peças: A- Uma parte externa não removível, que fica presa por um cadarço no pescoço do paciente. B- Uma parte interna, de diâmetro menor, chamada de endocânula, subcânula ou cânula interna. C- Um mandril que funciona como guia ou condutor na ocasião da introdução da cânula na traquéia, facilitando o acesso à luz traqueal. INDICAÇÕES Obstrução das vias aéreas superiores: ● Infecções ● Queimaduras ● Disfunção laríngea ● Manejo pós-operatório ● Aspiração de corpos estranhos ● Acidentes com substâncias corrosivas ● Neoplasias de faringe, laringe, traqueia e esôfago ● Anomalias congênitas do trato respiratório superior ● Traumas do esqueleto facial causando edema de laringe,da traqueia, língua ou faringe ● Suporte ventilatório ● Eliminação ineficaz de secreções das vias aéreas inferiores. Problemas que alteram a ventilação pulmonar: ● Estados comatosos ● Intoxicação por barbitúricos ● Paralisia diafragmática ● DPOC Eliminação ineficaz de secreções das vias aéreas inferiores: ● Idade avançada ● Astenia ● Afecções neuromusculares Pacientes que necessitam Suporte ventilatório prolongado COMPLICAÇÕES DE TRAQUEOSTOMIA Complicações no pós-operatório imediato: https://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&source=images&cd=&cad=rja&uact=8&ved=2ahUKEwiTyI-gqpLdAhUMjpAKHV4UCvMQjRx6BAgBEAU&url=https%3A%2F%2Fproduto.mercadolivre.com.br%2FMLB-802940113-cnula-de-traqueostomia-metalica-fradel-n-4-standart-_JM&psig=AOvVaw3GxdGaU8uM8Dia7xlMW2vp&ust=1535634446005989 ● Hemorragia ● Enfisema subcutâneo ● Obstrução da cânula ● Deslocamento da cânula ● Pneumotórax ou pneumomediastino Complicações no pós-operatório tardio ● Infecção (51% dos casos) ● Granuloma ● Disfagia ● Estenose traqueal e subglótica ● Fístula traqueoesofágica ● Fístula faringocutânea ● Dificuldade de extubação FINALIDADE ● Manter a via aérea desobstruída ● Prevenir a infecção ● Manter a área limpa ● Avaliar condições do estoma ● Reduzir o calibre para desmame MATERIAL PARA TROCA DO TQT ● Conjunto de cânula de traqueostomia ● Lâmina de bisturi (se cordão improvisado) ● Fixador ou cadarço apropriado para TQT (esparadrapo se improvisado) ● Gazes estéreis ● Solução fisiológica ● Transofix ou agulha 40x12 para frascos maiores de 10ml ● Luva estéril ● Luvas de procedimento, máscara, gorro e óculos ● Material para aspiração traqueal (se necessário) ● Toalha de rosto ou papel toalha ● Saco plástico pequeno (lixo) ● Biombo TÉCNICA DE TROCA DO CONJUNTOMETÁLICO DA TQT Ação Justificativa 1. Verificar prontuário. ● Certificar-se quanto ao tipo e tamanho da cânula traqueal 2. Analisar paciente: confirmar o tipo e numeração do traqueóstomo. ● Não correr o risco de colocar um traqueóstomo de tamanho diferente, apenas em caso de prescrição médica. 3. Lavar as mãos. ● Prevenir infecção 4. Encaminhe-se ao leito do paciente; realizar a desinfecção da bancada (se necessário) e depositar a bandeja sobre a mesa de cabeceira. 5. Explicar ao paciente o procedimento. 6. Analisar o ambiente: cama com acesso a oxigênio, vácuo e ar comprimido, conexões instaladas e prontas para serem usadas. 7. Atentar para a privacidade do paciente e o uso de biombo (SN). ● Zelar pela privacidade 8. Preparar o cadarço para fixação ● Mensurar da comissura labial até a região occipital multiplicar o tamanho por 3. 9. Colocar os EPI’s (máscara, gorro, luva de procedimento e óculos de proteção). ● Prevenir a infecção do paciente e do profissional. 10. Posicionar o paciente em decúbito dorsal com fowler a 45º. ● Promover conforto e segurança 11. Retirar travesseiros e proteger tórax com toalha ou papel toalha. 12. Realizar a ausculta pulmonar. ● Verificar presença de ruídos adventícios. 13. Aspirar se necessário. ● Remover as secreções presentes. 14. Remover o curativo antigo com luva de procedimento. ● Desprezar o conteúdo no saco de lixo 15. Retirar as luvas e higienizar as mãos. 16. Preparar o frasco de soro fisiológico com transofix ou utilize ampolas de 10ml. 17. Posicionar o novo cadarço no pescoço do paciente. 18. Abrir pacote de luva estéril. 19. Dispor gaze, bisturi estéril (se necessário) e o conjunto da cânula dentro do pacote da luva. ● Manter técnica asséptica 20. Calçar as luvas estéreis. 21. Testar o conjunto de traqueóstomo (números iguais do guia, cânulas interna e externa) ● Verificar as numerações compatíveis: guia, cânulas interna e externa 22. Realizar swab de gaze com a mão dominante e umedecer com soro fisiológico 0,9% (contaminando a mão não dominante). 23. Limpar a região peri-estoma e secar logo em seguida. Seguir a técnica do “mais limpo” para o “mais sujo” utilizando as duas faces da gaze na seguinte sequência: fora para dentro. 24. Retirar ou cortar o cadarço distal com o bisturi estéril. O corte é necessário apenas para cadarços improvisados com fitas adesivas. 25. Retirar todo o conjunto da cânula com giro de 90º, utilizando a mão não dominante e colocá-lo sobre a borda distal do campo. 26. Verificar a condição do estoma. ● Verificar presença de eritema, edema, pus ou sangramento 27. Pegar o conjunto da cânula estéril pelas laterais (montado a externa com mandril), utilizando a mão dominante e introduzi-lo lentamente pelo orifício da traqueostomia, girando-o 90º, sem forçar. ● Manter a técnica asséptica. ● Introduzir a cânula confortavelmente na traquéia do paciente. 28. Segurar a cânula externa (mão não dominante) e retirar o mandril (mão dominante), imediatamente após a introdução da cânula. ● Permitir a respiração do paciente 29. Adaptar a cânula interna com a mão dominante. 30. Amarrar o cadarço distal e proximal. ● Apertar o bastante para manter o tubo fixo, mas frouxa o suficiente para permitir a passagem de um dedo entre a fita e o pescoço, para não apertar as veias jugulares. 31. Adaptar as gazes dobradas sob a cânula ou utilizar espuma de poliuretano para TQT. ● Proteger a pele; evitar lesão por dispositivo. 32. Retirar as luvas. 33. Realizar nova ausculta pulmonar. ● Verificar a manutenção da função pulmonar. 34. Aspirar se necessário. 35. Deixar o paciente confortável. 36. Recompor a unidade e recolher o material. 37. Limpar a mesa utilizada (se necessário). 38. Higienizar as mãos. 39. Anotar no prontuário o procedimento MATERIAL PARA LIMPEZA DA CÂNULA INTERNA ● 01 cuba redonda estéril (caso não tenha a cânula interna para trocar) ● Solução fisiológica ou água destilada ● Transofix ou agulha 40x12 ● Fixador ou cadarço apropriado para TQT (esparadrapo se improvisado) ● Lâmina de bisturi (se cordão improvisado) ● Gazes estéreis ● Seringa de 1ml ● Luva estéril ● Luvas de procedimento, máscara, gorro e óculos ● Material para aspiração traqueal (se necessário) ● Toalha de rosto ou papel toalha ● Saco plástico pequeno (lixo) ● Biombo TÉCNICA DE LIMPEZA DA CÂNULA INTERNA E TROCA DO CURATIVO Ação Justificativa 1. Realizar os procedimentos até o item 15 da técnica anterior. 2. Abrir a cuba estéril e acrescentar SF0,9% ou AD 3. Posicionar o novo cadarço no pescoço do paciente. 4. Remover o curativo antigo com luva de procedimento. ● Desprezar o conteúdo no saco de lixo 5. Retirar a cânula interna com a mão enluvada e colocar imersa no SF0,9% ou AD.. ● Remoção de secreções aderidas (possível formação de rolha) na extensão da cânula. 6. Retirar as luvas de procedimento e higienizar as mãos. 7. Abrir pacote de luva estéril. 8. Dispor gaze e a seringa de 1ml dentro do pacote da luva. ● Manter técnica asséptica 9. Calçar as luvas estéreis. 10. Retirar o êmbolo da seringa de 1ml. 11. Realizar swab de gaze com a luva estéril e umedecer com soro fisiológico 0,9% ou AD. 12. Limpar a endocânula. Utilizar o êmbolo da seringa de 1 para introduzir a gaze úmida no interior da endocânula. ● Retirar sujidade interna da subcânula 13. Secar a endocânula (externa) com gaze estéril. ● Retirar o excesso de SF0,9% ou AD 14. Inserir a endocânula na cânula externa e certificar-se que a mesma esteja travada. 15. Realizar a limpeza da área periestoma e troca do cadarço (se necessário). ● Utilizar a mesma técnica descrita acima (técnica de troca de TQT) 16. Adaptar a gaze dobrada sob a cânula ou espuma de poliuretano para TQT. ● Proteger a pele; evitar lesão por dispositivo. 17. Realizar nova ausculta pulmonar. ● Verificar a manutenção da função pulmonar. 18. Realizar aspiração traqueal se necessário. 19. Deixar o paciente confortável. 20. Recompor a unidade e recolher o material. 21. Fazer a limpeza da mesa utilizada. 22. Retirar a luva e higienizar as mãos. 23. Anotar no prontuário o procedimento realizado. OBSERVAÇÃO ✔ O desmame da cânula significa realizar a troca do conjunto de cânulas para a numeração menor, de acordo com a prescrição médica. ✔ A primeira troca da cânuladescartável para o conjunto de cânula metálica é realizada pelo médico (72 horas a cinco dias, seguindo a recomendação da CCIH). ✔ Não deve umidificar a gaze em excesso com soro fisiológico ou AD na limpeza, para não possibilitar a “entrada” acidental de conteúdo líquido na traquéia. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA Elaborado por Profa. Denise, Profa. Flávia, Profa. Lígia, Profa. Maria do Carmo e Profa. Marieta Data da Criação 2002 Revisado por Professores: Semiologia e Semiotécnica Data da última Revisão 2024.2 UNIVERSIDADE TIRADENTES ENFERMAGEM: SEMIOLOGIA E SEMIOTÉCNICA POP: EXAME FÍSICO DO SISTEMA DIGESTÓRIO INTRODUÇÃO O exame físico do sistema digestório faz parte do arsenal de investigação das mais diversas síndromes, e não deve ser substituído por exames de imagem (radiografia, ultrassonografia, tomografia computadorizada e ressonância magnética), ou endoscópicos (endoscopia digestiva alta e colonoscopia). Após uma anamnese detalhada e minuciosa, segue-se o exame físico, propriamente dito, utilizando os métodos propedêuticos clássicos. Entretanto, ao examinar o abdome, a ausculta deve ser realizada logo após a inspeção (ANGÉLICO, 2019). Fonte: Angélico, 2019 Fonte: Angélico, 2019 MATERIAIS • Bandeja contendo: • Álcool 70% • Algodão • EPI’s (luvas de procedimento, máscara e gorro) • Estetoscópio com diafragma e campânula • Fita métrica • Impresso para anotações • Lápis marcador PROCEDIMENTO INICIAL Ação Justificativa 1. Verificar necessidade de realização do exame físico; 2. Lavar as mãos; ● Reduzir a transmissão de microrganismos. 3. Apresentar-se e explicar o procedimento ao paciente; ● Peça ao paciente que indique o local das áreas sensíveis antes de iniciar o exame 4. Manter privacidade do paciente; 5. Manter ambiente silencioso, aquecido e iluminado; 6. Posicionar-se ao lado direito do paciente; ● Facilitar a realização da palpação e ausculta. 7. Certificar-se que o cliente se encontra com a bexiga vazia; ● Evitar desconforto e escape involuntário da urina 8. Em caso de desconforto, iniciar o exame pela região oposta; ● Permitir que o paciente deixe avaliar demais regiões abdominais ANAMNESE Especificar as perguntas de acordo com o sistema avaliado e seus dados subjetivos, por exemplo: Obs. Se o paciente apresentar dor abdominal ou lombar, avalie detalhadamente a característica da dor (localização, início, frequência, fatores precipitantes, fatores agravantes, tipo de dor, intensidade, curso) Obs.2 Pergunte sobre a história familiar de câncer, doença renal, alcoolismo, hipertensão ou doença cardíaca. Obs.3 Determine se a paciente do sexo feminino está grávida; verifique quando foi a última menstruação APETITE: alterações, mudança de peso ● Disfagia: dificuldade em engolir; ● Odinofagia: dor ao deglutir, geralmente associada à disfagia; ● Pseudodisfagia: percepção do trânsito do bolo alimentar no esôfago; ● Globus hystericus: sensação constante de corpo estranho na garganta. INTOLERÂNCIA ALIMENTAR: ● Alimentos que não consegue comer; ● Uso de antiácidos; ● Eructação (devolução ruidosa do conteúdo gasoso do estômago, ingestão de maior quantidade de ar nas refeições); ● Dispepsia (indigestão); ● Pirose (queimação retroesternal); ● Regurgitação (retorno de alimento ou secreção à boca). NÁUSEAS E VÔMITOS (ÊMESE): frequência, coloração, cheiro, quantidade ● Tipo: Em jato, sem náusea: Hipertensão Intracraniana; Matinal: gestação, álcool, uremia; Alimentos antigos e pouco digeridos: obstrução pilórica; Alimento não digerido, ruídos esofágicos e halitose: divertículo de Zenker; Fecalóide: obstrução ou fístula gastrocólica. ● Associado com: Vertigem: labirintopatias Febre: abdome agudo, hepatite, sepse Dor: nefrolitíase, enxaqueca Pós-medicação: efeito colateral Hematêmese: sangramento digestivo alto 4. AVALIAR DOR ABDOMINAL: qualidade, localização, início, frequência, fatores agravantes ● Tipo: CÓLICA: distensão ou contratura da parede QUEIMAÇÃO-PONTADA: peritonite visceral PESO: isquemia, congestão 5. HÁBITOS INTESTINAIS: Avalie hábitos normais de eliminação e aspecto das fezes; pergunte se o paciente utiliza laxativos. ● Diarreia: Aguda - até 14 dias, causada por vírus, bactérias ou parasitas Prolongada - 14 a 30 dias Crônica - maior que 30 dias ● Constipação, uso de laxantes; ● Flatulência (meteorismo); ● Melena (sangue digerido); ● Enterorragia: sangue vivo pelo ânus; ● Esteatorreia: aumento de gorduras nas fezes, má-absorção, com fezes volumosas, brilhantes, claras, flutuantes, espumosas, pútridas (característico de pacientes que se submeteram à colecistectomia). 6. HISTÓRIA ABDOMINAL PREGRESSA: úlcera, doença vesicular, hepatite, cirurgia abdominal anterior / traumatismo. 7. MEDICAMENTOS: qual medicamento faz uso: antiinflamatórios, antibióticos? bebe, fuma? 8. AVALIAÇÃO NUTRICIONAL: tipo de dieta diária desde o café da manhã até o jantar/ceia. INSPEÇÃO • Expor o abdome desde o apêndice xifóide até a região pubiana; • Posicionar paciente em posição dorsal com joelhos fletidos ou sobre um travesseiro e retirar travesseiro da região cervical. Inspeção Estática • Paciente em posição ortostática e decúbito dorsal • Tipos de abdome • Abaulamentos, retrações, cicatrizes • Pele e anexos • Turgência venosa • Localização da cicatriz umbilical • Cor Inspeção Dinâmica • Hérnias (importância da expiração e expiração forçada) • Respiração • Movimentos peristálticos • Pulsações (aortismo x dilatação aneurismática) Parâmetros Normais • Hemiabdome superior deprimido; • Ligeira proeminência anterior; • Plano; • Rede venosa não visível; TIPOS DE ABDOME: ❖Plano: Abdome Normal ou Atípico – presente no abdome normal sendo caracteristicamente simétrico. ❖ Escavado: a parede abdominal mostra-se retraída. Aparece em pessoas emagrecidas. ❖ ❖ ❖ Globoso: aumentado globalmente com predomínio do diâmetro anteroposterior (gravidez no último trimestre, ascite, obesidade, hepatoesplenomegalia volumosas, obstrução intestinal, tumores policísticos do ovário). Em avental: aparece em pessoas muito obesas sendo devido ao acúmulo de tecido gorduroso na • Pulsação da Artéria Aorta - indivíduos magros; • Umbigo: localiza-se na linha média, é invertido; • Pele lisa e uniforme; • Distribuição de pelos pubianos: em triângulo nas mulheres e em losango nos homens; • Coloração sem alterações; • Padrão respiratório: homens: abdominal e mulheres: torácicas; • Postura. Desvios da Normalidade • Retraído: desidratação, caquexia; • Abaulado generalizado: ascite; • Abaulado localizado: tumor; • Globoso: hérnia, deiscência pós-cirúrgica; • Abdome em Avental; • Dilatação da Artéria Aorta: aneurisma; • Umbigo evertido na ascite, aumentado na hérnia umbilical, deprimido na obesidade; • Vermelhidão, Icterícia, estrias; • Alterações hormonais ou hepatopatia crônica; • Sinal de Cullen: sangramento intra- abdominal; • Excursão ventilatória reduzida: dor. parede abdominal que cai como um avental sobre a raiz das coxas. Em ventre de Batráquio: estando o paciente em decúbito dorsal ocorre predomínio do diâmetro transversal sobre o anteroposterior (ascite em fase de regressão). Pendular ou Ptótico: estando o paciente em pé aparece protusão na região abdominal inferior devido à pressão exercida pelas vísceras sobre a parede abdominal que nesta situação é flácida (período puerperal). Figura 1 – Hérnia abdominal. Figura 2 – Sinal de Cullen. AUSCULTA Ausculte antes da palpação durante o exame do abdome, pois sua manipulação altera a frequência e a intensidade dos ruídos intestinais. Peça ao paciente que não fale. É preciso desligar temporariamente a sucção acoplada a sondas GI antes do início do exame (POTTER, 2024). Motilidade intestinal. O peristaltismo, ou movimento do conteúdo do intestino, constitui função normal do intestino delgado e grosso. Os ruídos intestinais dizem respeito à passagem audível de ar e líquido produzida pelo peristaltismo. Posicione o diafragma do estetoscópio, aquecido levemente, sobre cada um dos quatro quadrantes. Gases e líquidos movem-se normalmente pelo intestino,produzindo ruídos suaves de bolhas estourando ou cliques irregulares que ocorrem 5 a 35 vezes por minuto (Ball et al., 2019). Os ruídos podem ser ouvidos normalmente a cada 5 a 20 s. Contudo, em geral, é necessário auscultar continuamente durante 5 min antes de se determinar ausência de ruídos (Ball et al., 2019). Ausculte todos os quatro quadrantes a fim de garantir que você não perca nenhum ruído. O melhor momento para a ausculta é entre as refeições. Os ruídos geralmente são descritos como normais, audíveis, ausentes, hiperativos ou hipoativos. A ausência de ruídos indica ausência de peristaltismo, possivelmente como resultado de obstrução intestinal em estágio avançado, íleo paralítico ou peritonite. Ruídos ausentes ou hipoativos podem ser normais após cirurgia utilizando anestesia geral. Ruídos hiperativos são altos como um “rosnado” e são denominados borborigmos, os quais indicam motilidade GI aumentada e podem ser causados por inflamação intestinal, ansiedade, diarreia, hemorragia, ingestão excessiva de laxativos e reação intestinal a determinados alimentos. (POTTER, 2024). Ruídos vasculares. Sopros indicam estreitamento de vasos sanguíneos principais e fluxo sanguíneo turbulento. A presença de sopros na região abdominal pode revelar aneurismas ou vasos estenosados. Utilize a campânula do estetoscópio para auscultar a região epigástrica e cada um dos quatro quadrantes. Em geral, não há ruídos vasculares sobre a aorta (linha média do abdome) ou artérias femorais (quadrantes inferiores). É possível auscultar sopros nas artérias renais posicionando o estetoscópio sobre cada quadrante superior, no aspecto anterior, ou sobre o ângulo costovertebral, no aspecto posterior. Relate sopros a um médico imediatamente. (POTTER, 2024). Sensibilidade nos rins. Com o paciente sentado ou de pé, utilize a percussão direta ou indireta para avaliar inflamação nos rins. Utilizando a superfície ulnar do punho parcialmente fechado, percuta o ângulo costovertebral posteriormente sobre a linha escapular. Quando os rins estão inflamados, o paciente sente dor durante a percussão. (POTTER, 2024). Parâmetros Normais • Ruídos Hidroaéreos (RHA +): 5 a 30 vezes por minuto; • Ausência de som sobre o fígado e baço; • Ausência de sopros na região epigástrica e artérias aorta, renal, ilíaca e femoral. Desvios da Normalidade: • Ausência de som: cessação de motilidade (confirmado após 5 minutos de som ausente); • Presença de Atrito à inspiração: inflamação de tecido seroso; • Presença de sopro: aneurisma; • RHA Hiperativos (sinalizam o aumento da motilidade); • RHA Hipoativos (subsequentes à cirurgia abdominal). Técnica Figura 3 – Pontos da ausculta das artérias na parede abdominal. Ruídos Hidroaéreos (RHA) são resultantes da movimentação de líquidos e gases no intestino delgado. • Pedir para o cliente não falar; • Iniciar a ausculta pela fossa ilíaca direita, seguir o trajeto do intestino grosso e encerrar na região mesogástrica; • Aplicar pressão leve; • Observar a característica e a frequência dos ruídos intestinais; • Não há necessidade de contabilizá-los, apenas avaliar se os sons são normais, hipo ou hiperativos. • Auscultar durante 5 minutos seguidos antes de determinar que não há sons intestinais • Auscultar sopros sobre as artérias aórtica, renal, ilíaca e femoral OBS.: Se o cliente estiver com sonda nasogástrica para gavagem e/ou drenagem, clampear durante o procedimento. PERCUSSÃO Avalia a o conteúdo abdominal por meio da identificação de coleções de líquido ou ar, detectar massas teciduais e delimita órgãos. Parâmetros Normais: • Estômago, Intestino e Bexiga são timpânicos; • Fígado, Baço, Pâncreas, Rins e Bexiga distendida possuem som maciço e curto. Desvios da Normalidade: • Som maciço: indicativo de tumor Técnica Figura 4 – Sentido da percussão abdominal.• Percutir a fossa ilíaca direita e seguir o trajeto do intestino grosso (sentido horário); • Observar quanto ao som da percussão muda de timpânico (estômago, intestino) para maciço (fígado); • Realizar percussão na região axilar anterior para identificar esplenomegalia (Figura 5); . Figura 5 - Avaliar macicez na região axilar anterior. • Realizar hepatimetria (Figuras 6); • Assinalar a borda hepática com a caneta marcadora (Figura 7); • Medir pela marcação; • Continuar percutindo; Figura 6 - Realizar hepatimetria para mensurar tamanho do lobo maior do fígado que deve estar entre 6 a 12 cm. Se durante a percussão dígito-digital o paciente relatar dor, consiste o Sinal de Torres-Homem positivo, característico de abscesso hepático. Figura 7 – Mensuração do fígado através da marcações nos limites superior e inferior do lobo maior. • Usar a superfície ulnar do punho parcialmente fechado e percutir diretamente na parte posterior sobre o ângulo costovertebral. Figura 8 – Sinal de Giordano. Pode sinalizar dor aguda acompanhada de inflamação na região lombar (rim). • Ao suspeitar de ascite, realizar a manobra de Piparote; • Posicionar a face ulnar da mão do paciente sobre a linha média do abdome; • Apoiar a mão esquerda na região do flanco direito do abdome do paciente; • Golpear a região do flanco esquerdo. Em caso de ascite, você sentirá uma onda líquida na sua mão esquerda. Figura 9 – Sinal de Piparote PALPAÇÃO • Superficial • Profunda • Específicas (estômago, íleo terminal, ceco, cólon, rim, psoas) • Manobras especiais • Órgãos que só são palpados em condições patológicas: Bexiga (desde que vazia) Apêndice cecal Vesícula biliar Flexuras do cólon Delgado Baço Palpação Superficial • Sensibilidade • Integridade anatômica • Tensão da parede Abdominal Parâmetros Normais • Ausência de resistência muscular, massas superficiais, peritônio indolor. Desvios da Normalidade • Hiperestesia cutânea (é um distúrbio neurológico que se dá ao excesso de sensibilidade de um sentido ou órgão a qualquer estímulo) • Hipertonicidade • Processo inflamatório Palpação Profunda: • Tamanho • Forma • Consistência • Mobilidade de tecidos • Massas incomuns • Sensibilidade PALPAÇÃO SUPERFICIAL E PROFUNDA DO ABDOME Técnica Figura 10 – Palpação superficial da parede abdominal. • Superficial • Com os quatro primeiros dedos juntos, comprima a pele em cerca de 1 cm; • Faça movimentos rotatórios e suaves, deslizando os dedos e a pele; • Em seguida levante os dedos e movimente-os no sentido horário até o próximo ponto do abdome. • Profunda • Com a mesma técnica descrita anteriormente, comprima o abdome cerca de 5-8 cm; Figura 11 – Palpação profunda da parede abdominal. PALPAÇÃO PROFUNDA FÍGADO Parâmetros Normais: • Difícil de ser palpado • Macio • Superfície lisa • Borda fina • Ausência de sensibilidade Desvios de Normalidade: • Aumento de tamanho: hepatite • Borda firme: Cirrose • Borda Irregular e endurecida: Carcinoma Técnica Lemos-Torres Figura 12 – Técnica Lemos-Torres para palpação profunda do fígado.• Palpar com uma das mãos e pressionar em sentido contrário com a outra mão; • O examinador posiciona-se à direita do paciente com a mão esquerda sob o tórax posterior direito, na altura da 11ª e 12ª costelas. • Colocar a mão direita sobre o abdome, com os dedos estendidos apontados para a cabeça e com as pontas dos dedos tocando a linha média clavicular, logo abaixo do rebordo costal direito. • Comprimir para dentro e para frente, enquanto a mão esquerda pressiona o tórax posterior para cima e o paciente inspira profundamente, deslocando o fígado para baixo, tentando-se sentir sua borda. • Normalmente será indolor e deverá sentir uma borda fina, firme, macia e lisa. Técnica de Mathieu Figura 13 - Técnica de Mathieu para palpação profunda do fígado.• Posicionar-se próximo ao tórax superior direito do paciente, palpando o abdome na linha do rebordo costal direito com os dedos das duas mãos curvados (em garra); • Solicitar ao paciente que inspire profundamente, ao mesmo tempo em que pressiona a parede abdominal para dentro e para cima; • Se o fígado for palpável, sua borda poderá ser sentida pelas pontas dos dedos, à medida que deslizapara dentro do abdome durante a inspiração. PALPAÇÃO PROFUNDA DO BAÇO Parâmetros Normais • Consistência mole; • Contorno liso, triangular. Desvios de Normalidade • Consistência Mole e Dolorosa: Infecções Agudas; • Consistência dura e pouco dolorosa: Esquistossomose, cirrose hepática, leucemias e linfomas. Técnica 1 Figura 14 - Técnica de palpação do baço com paciente em decúbito dorsal.• Posicionar o paciente em decúbito dorsal e o examinador à direita do paciente; • Posicionar a mão E abaixo do tórax E pressionando-o para cima, e a mão D logo abaixo do rebordo costal E, pressionando para cima e para baixo. Deslizar os dedos desde a linha axilar média E, hipocôndrio E até o epigástrio. Técnica 2 Figura 15 - Técnica de palpação do baço com paciente em decúbito lateral direito.• Posicionar o paciente em decúbito lateral D; • Posicionar as mãos paralelas fletidas em garra, deslize-as desde a linha axilar média E, hipocôndrio E até o epigástrio. PALPAÇÃO PROFUNDA INTESTINOS Parâmetros Normais • Ceco e Sigmoide são palpáveis Desvios da Normalidade • Blumberg +: sugestivo de apendicite • Enterite: dor, flatulência, diarreia, enterorragia • Constipação • Oclusão Intestinal: tumor, verminose, hérnia estrangulada Técnica • Posicionar-se à direita do cliente com as mãos paralelas fletidas em garra; • Pedir para o paciente expirar, penetrar com as mãos fletidas ao nível da cicatriz umbilical até o músculo psoas; • Deslizar as mãos obliquamente em direção à região inguinal D. Se o paciente referir dor após essa manobra, poderá apresentar sinal de Blumberg positivo; • Repetir a manobra no lado E para palpação do sigmóide, indicando presença de fecaloma; • Vesícula biliar e pâncreas são normalmente impalpáveis. Sinal de Blumberg Figura 16 - Sinal de Blumberg para avaliação de abdome agudo e/ou apendicite. • Compressão e descompressão dolorosa Presença de peritonite provoca dor tanto à compressão quanto à descompressão podendo ser, por vezes, mais desconfortável à descompressão. • Sinal de Blumberg em ponto de Mc Burney – apendicite. Teste do Músculo Iliopsoas Figura 17 - Teste de Músculo Iliopsoas. • Realizar o teste do músculo iliopsoas quando houver suspeita de dor abdominal aguda associada à apendicite; • Elevar a perna direita reta, fletindo sobre o quadril; • Em seguida, pressionar a coxa para baixo enquanto o paciente tenta manter a perna esticada e elevada. Sinal de Psoas • Realizar o teste do músculo psoas quando houver suspeita de dor abdominal aguda associada à apendicite; • Realizar o teste do músculo psoas fazendo a rotação lateral do quadril; Figura 18 - Sinal do músculo Psoas. Sinal de Obturador Figura 19 - Sinal do músculo obturador.• Realizar o teste do músculo obturador quando houver suspeita de dor abdominal aguda associada à apendicite; • Realizar o teste do músculo obturador fazendo a rotação medial do quadril; Sinal de Murphy Figura 20 - Sinal de Murphy para avaliação da vesícula biliar.• A vesícula biliar é normalmente impalpável; • Palpar com a mão em garra, ou só com o polegar esquerdo ou com a mão direita espalmada; • Sente-se como uma saliência na borda hepática, piriforme, móvel com a inspiração, macio e indolor; • Pode-se confundir com nódulo hepático; • Palpável quando há grande aumento de volume; • Reposicionar o paciente; • Higienizar as mãos; • Anotar no prontuário. EXAME DA REGIÃO ANOPERINEAL ANAMNESE: ● Avaliar alterações anais: Puxo: contração da musculatura estriada anal durante evacuação difícil e dolorosa, de natureza cérebro-espinhal reflexa. Tenesmo: contração autônomas (vago) da musculatura lisa anal dolorosa com contração do sigmoide e dilatação anal causada por disenterias. INSPEÇÃO DO ÂNUS: Parâmetros Normais • Fechado em diafragma • Pregas cutâneas radiadas Desvios da Normalidade • Puntiforme: fissura • Hipotônico: Hemorroidas • Deformado: lesões inflamatórias • Infundibuliforme: avaliar sinais de violência sexual TERMINOLOGIAS SINGULTO (soluço): contrações clônicas do diafragma gerando inspiração que é interrompida pelo fechamento da glote SIALORREIA: salivação excessiva EPIGASTRALGIA: sensação em queimação ou vazio SACIEDADE PRECOCE: sensação de plenitude REFERÊNCIAS ANGÉLICO JÚNIOR, F. V.; SOUZA, A. B. G.. Manual de Exame Físico. 1ª Ed. Rio de Janeito, RJ: Elsevier, Disponível em: https://www.evolution.com.br/epubreader/9788535290998 BARROS, Alba Lucia Botura Leite de.... [et al.]. Anamnese e exame físico: avaliação diagnóstica de enfermagem no adulto. 2ª Ed. Porto Alegre, RS: ARTMED, 2011.440 p.: il.; 23 cm. JARVIS, Carolyn.... [et al.]. Exame físico e avaliação de saúde para enfermagem. 6ª Ed. Rio de Janeiro, RJ: Elservier, c2012. 880 p.: il.; 28 cm. JENSEN, Sharon. Semiologia para Enfermagem : Conceitos e Prática Clínica. 1ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan. 2013. POTTER, Patricia A.; PERRY, Anne Griffin. Fundamentos de enfermagem. 11ª edição. Rio de Janeiro, RJ: Elsevier, 2024. 1391 p.: il.; 28 cm. TIMBY, Barbara K. Conceitos e Habilidades Fundamentais no Atendimento de Enfermagem. 10ª. Ed. Porto Alegre, RS: Artmed. 2014. 950p. http://pesquisa.fnac.pt/ia73762/Sharon-Jensen?SID=58f759fd-a491-7de6-a381-f82c012acf4f&UID=0B1708884-F8FB-F27A-D0EB-704C2A5DE905&Origin=FnacAff&OrderInSession=0&TTL=070220171603 UNIVERSIDADE TIRADENTES COORDENAÇÃO DE ENFERMAGEM SEMIOLOGIA E SEMIOTÉCNICA POP: SONDAGEM GÁSTRICA E ENTERAL INTRODUÇÃO A sondagem é definida como a introdução de uma sonda ou cateter através do nariz ou da boca até o estômago ou intestino. INDICAÇÕES DA SONDA GÁSTRICA E ENTERAL ❖ Alimentação/gavagem: pacientes sem condições de se alimentar por via oral, mas com integridade funcional e anatômica do trato digestivo. ❖ Drenagem/Lavagem: distensão abdominal; hipertimpanismo; vômitos frequentes; hemorragia digestiva; intoxicação exógena; pós-operatório de cirurgias abdominais e grandes cirurgias. FINALIDADES ✔ SONDA GÁSTRICA: inserção de uma sonda plástica ou de borracha, flexível, podendo ser curta ou longa, pela boca ou nariz, para: ❖ Tratar uma obstrução ou um local com sangramento; ❖ Preparar para cirurgias e exames; ❖ Proporcionar nutrição (gavagem); ❖ Administração de medicamentos e líquidos; ❖ Remover substâncias venenosas (lavagem e drenagem); ❖ Aliviar distensão abdominal através da drenagem de gases e secreções do estômago; ❖ Controlar o sangramento gástrico; ❖ Obter amostras de secreções para exames laboratoriais. ✔ SONDA ENTERAL: Difere da sonda gástrica, por ter o calibre mais fino, causando assim, menos trauma ao esôfago, são maleáveis, apresentam fio-guia metálico e flexível e são radiopacas. ❖ Remover gases e drenagem de líquidos do intestino delgado. ❖ Administrar líquidos e medicamentos. ❖ Proporcionar nutrição por gavagem. CONTRA INDICAÇÕES DA SONDAGEM GÁSTRICA E ENTERAL ❖ Estenose de esôfago. ❖ Câncer de esôfago com obstrução. ❖ Coagulopatia. ❖ Varizes esofagianas calibrosas e tortuosas com sangramento recente. ❖ Trauma facial com fraturas. ❖ Fratura de base de crânio (exceto sonda orogástrica ou oroenteral). AVALIAÇÃO PRÉ-SONDAGEM ❖ Nível de consciência. ❖ Estado Nutricional. ❖ Capacidade de deglutir, tossir ou regurgitar. ❖ Presença de náuseas, vômitos ou distensão abdominal. ❖ Integridade da mucosa oral ou nasal. ❖ Examinar o nariz, observar pólipos nasais, desvio de septo e deslocamento da cartilagem nasal e higiene. ❖ Características dos sons intestinais. ❖ Hábito e preferências alimentares. TIPOS DE SONDAS E SUAS CARACTERÍSTICAS Orogástrica (Ewald) Lavagem. Diâmetro grande 36 a 40 F. Um só lúmen. Múltiplos orifícios distais. Nasogástrica (Levin) Lavagem e Gavagem. Descompressão. Diagnóstico. Tamanho adulto usual 14 a 18. Múltiplos orifícios distais de drenagem. Sengstaken – Blakemore; Compressão e Drenagem. Comprimento de 75 a 127 cm. Diâmetro geralmente 20 F. Lúmem triplo: dois conduzem a balões no esôfago e no estômago e o terceiro é para remoção de drenagem gástrica. Transabdominal Gastrostomia Gavagem. Tamanho 12 a 24 para adultos. Borracha ousilicone. Múltiplos orifícios para drenagem. Radiopaca. Pode ser fechada ou clampeada entre as refeições. Enteral (para gavagem) - Dubbhoff Um só lúmen. Diâmetro de 5 a 15. Comprimento de 107 a 127 cm. Poliuretano ou silicone. Extremidade com peso de tungstênio. Muito flexível, exige o uso de mandril ou fio-guia, durante a inserção. Radiopaca. Lubrificante que pode ser ativado com umidade. Transabdominal Jejunostomia Gavagem. Tamanhos de 5 a 14 F para adultos. Radiopaca. Silicone ou poliuretano. MATERIAL PARA SONDAGEM GÁSTRICA ✔ Bandeja contendo: ❖ EPI’s: Luvas de procedimento, máscara, gorro e óculos. ❖ Sonda gástrica (Levin) ❖ Seringa de 20 ml ❖ Gaze ❖ Soro fisiológico ❖ Lubrificante ❖ Esparadrapo ❖ Estetoscópio ❖ Cotonete ❖ Cuba rim para vômito ❖ Toalha de rosto ❖ Saco para lixo ❖ Biombo ✔ Para lavagem e drenagem: ❖ Equipo macrogotas. ❖ Soro fisiológico ou solução prescrita ❖ Coletor ❖ Suporte de soro ILUSTRAÇÃO DA TÉCNICA Figura 1. Medição para determinar o comprimento da sonda a ser inserida (POTTER; PERRY, 2024); Figura 2. Insira a sonda pela narina até o fundo da garganta (POTTER; PERRY, 2024); Figura 3. Insira a sonda pela narina até o fundo da garganta (POTTER; PERRY, 2024); Figura 4. Aplicação de esparadrapo para ancoragem da sonda nasoenteral, em que a narina fica livre de pressões exercidas pelo esparadrapo e pela sonda (POTTER; PERRY, 2024); TÉCNICA SONDAGEM GÁSTRICA Ação Justificativa 1. Conferir o prontuário. 2. Identificar o paciente utilizando pelo menos dois identificadores (p. ex., nome e data de nascimento ou nome e número do prontuário do paciente) de acordo com políticas institucionais. ● Garante ser o paciente correto. Atende aos padrões da segurança do paciente. 2. Lavar as mãos. ● Prevenir infecções. 3. Recolher o material. 3. Encaminhe-se ao leito do paciente, deposita a bandeja sobre a mesa de cabeceira ● Planejamento das atividades e otimizar tempo. 4. Explicar ao paciente o que será feito. ● Estimular a participação e cooperação. 5. Fechar portas, janelas e colocar biombo (SN). ● Respeitar a privacidade do paciente 6. Calçar a luva de procedimento e realizar a limpeza da mesa de alimentação e parte inferior da bandeja. Passa para a mesa de alimentação e limpa a manivela da cama. ● Planejamento das atividades. 7. Retirar as luvas 8. Preparar o esparadrapo para a marcação e para fixação da sonda. ● Otimizar o tempo do procedimento. 9. Calçar as luvas de procedimento. ● Bioproteção 10. Realizar a avaliação do paciente quanto aos sinais de pré-sondagem e ao horário da última alimentação. ● Reduza o risco de broncoaspiração, durante a passagem da sondagem, poderá provocar o reflexo de vômito. 11. Escolher a narina que irá introduzir a sonda. ● Observar presença de desvios de septo, sujidades ou lesões. 12. Colocar o paciente em posição de Fowler, com a cabeça levemente inclinada para frente. Em casos de impossibilidade da posição de Fowler, mantê-lo em decúbito dorsal horizontal com a cabeça lateralizada e inclinada para frente. ● Facilita a passagem da sonda pelo esôfago, evitando a migração para a traquéia. 13. Proteger o tórax com toalha de rosto e pedir ao paciente que assoe o nariz e limpe as narinas ou fazer a limpeza por ele caso não consiga. ● Promover a limpeza da cavidade nasal. 14. Desengordurar o nariz com auxílio da gaze e soro fisiológico. ● Facilitar a adesão do esparadrapo. 15. Abrir um pacote de gaze, acrescentar gel hidrossolúvel na gaze. 16. Medir a sonda da ponta do nariz ao lóbulo da orelha, descer até o apêndice xifóide. Desconsiderar a extremidade perfurada ou acrescentar 05 cm no final. ● Desenrolar e alongar a sonda desfazendo as dobras do produto embalado. Indica a distância da entrada nasal, passando pela faringe até o estômago. 17. Marcar com um pedaço de esparadrapo o local até onde será inserida a sonda. ● Proporcionar um guia durante a inserção, indicando o tamanho da sonda a ser introduzida. 18. Lubrificar a sonda com gel hidrossolúvel. ● Promover a introdução suave da sonda e prevenir trauma. Caso haja dificuldade na passagem da sonda, não force a passagem. Retire a sonda, lubrifique e tente a passagem pela outra narina. 19. Posicionar a mão não dominante na região occipital do paciente e introduzir em uma das narinas fazendo movimentos para trás e para baixo no momento da inspiração. ● Facilitar a descida da sonda, estreitando a traquéia e abrindo o esôfago. 20. Após ter passado pela nasofaringe, fletir a cabeça suavemente em direção ao tórax e pedir ao paciente para deglutir, avançando até a marca. ● Estreita a traquéia e abre o esôfago, permitindo a migração para a sonda no estômago. Alguns pacientes podem ser oferecidos goles de água para auxiliar na passagem. 21. Observar sinais de desconforto no cliente: tosse seca, dispnéia (caso esteja consciente). ● RETIRAR IMEDIATAMENTE A SONDA. 22. Introduzir a sonda 7,5 a 12,5 cm cada vez que o paciente deglutir. ● Coordenar a inserção facilita a descida da sonda. Os movimentos de deglutição ajudam a descida da sonda 23. Introduzir a sonda até a marca do esparadrapo. 24. Colocar o diafragma do estetoscópio sobre o estômago e ● Avaliar a presença de ruídos gástricos. injetar 10 ml de ar. 25. Aspirar ao conteúdo gástrico. Se os resultados da avaliação da localização forem inconclusivos, retire a sonda ou consulte um médico. ● Avaliar a drenagem da secreção gástrica, caso o resíduo seja maior que 20 ml deixar a sonda aberta para drenagem. 26. Fixar a sonda e fechá-la ou conectar a um coletor de drenagem. ● Avalie a possibilidade de fixação nasal, lateral da face ou na fronte do paciente. Observar para nunca fixar pressionando a asa do nariz para cima ou para o lado evitando a formação de úlceras. 27. Deixar o cliente confortável, posicionando o leito a 30º. ● Evitar broncoaspiração pelo refluxo gastresofágico. 28. Deixar a unidade em ordem, recolher o material. 29. Fazer limpeza das mesas 30. Retirar as luvas 31. Lavar as mãos. 32. Anotar no prontuário o procedimento, reações do cliente e intercorrências. TROCA: A cada 7 dias ou antes, se necessário (obstrução), ou conforme padronização da CCIH. LAVAGEM E DRENAGEM GÁSTRICA Procedimento Justificativa 1. Proceder aos procedimentos de 01 a 27 de SNG. 2. Conectar o equipo ao Soro ou solução prescrita e escovar o equipo conforme técnica de soroterapia. 3. Posicionar soro no suporte. 4. Conectar o equipo à SNG e deixar fluir com a pinça completamente aberta. 5. Deixar drenar o conteúdo por sifonagem. 6. Repetir o procedimento quantas vezes for necessário ou até a prescrição médica. 7. Conectar a sonda ao frasco coletor se for deixar aberta após a lavagem. 8. Retira as luvas 9. Lavar as mãos. 10. Anotar no prontuário o procedimento, reações do cliente, característica do líquido drenado e intercorrências. MATERIAL PARA SONDAGEM ENTERAL ✔ Bandeja contendo: ❖ EPI’s: Luvas de procedimento, máscara, gorro e óculos. ❖ Sonda enteral (Dubbhoff) ❖ Seringa de 20 ml ❖ Gaze ❖ Soro fisiológico ❖ Lubrificante ❖ Esparadrapo ❖ Estetoscópio ❖ Cotonete ❖ Cuba rim para vômito ❖ Toalha de rosto ❖ Saco para lixo. ❖ Biombo ✔ Para gavagem: ❖ Equipo para dieta ❖ Frasco contendo dieta prescrita ❖ Suporte de soro ❖ Seringa de 20 ml ❖ Água filtrada SONDAGEM ENTERAL Procedimento Justificativa 1. Realizar os procedimentos de 01 a 15 de SNG 3. Observar a permeabilidade do fio guia, retirando e reintroduzindo o fio de dentro da sonda. 4. Medir a sonda da ponta do nariz, até o lóbulo da orelha e até ao apêndice xifóide. Acrescentar até 20 cm. ● Observar as diferenças anatômicas entre os pacientes. 5. Marcar com um pedaço de esparadrapo o local até onde será inserida a sonda. 6. Lubrificar a extremidade da sonda com gel hidrossolúvel. ● Promover a introdução suave da sonda e prevenir trauma. Caso haja dificuldade na passagem da sonda, não force a passagem. Retire a sonda, lubrifique e tente a passagem pela outra narina. 7. Posicionar a mão não dominante na região occipital do paciente e introduzir em uma das narinas fazendomovimentos para trás e para baixo no momento da inspiração, ● Facilitar a descida da sonda, estreitando a traquéia e abrindo o esôfago. 8. Após ter passado pela nasofaringe, fletir a cabeça suavemente em direção ao tórax e pedir ao paciente para deglutir, avançando até a marca. ● Estreita a traquéia e abre o esôfago, permitindo a migração para a sonda no estômago. Alguns pacientes podem ser oferecidos goles de água para auxiliar na passagem. 9. Observar sinais de desconforto no cliente: tosse seca, dispnéia (caso esteja consciente). ● RETIRAR IMEDIATAMENTE A SONDA. 10. Introduzir a sonda 7,5 – 12,5 cm cada vez que o paciente deglutir. ● Coordenar a inserção facilita a descida da sonda. Os movimentos de deglutição ajudam a descida da sonda 11. Introduzir a sonda até a marca do esparadrapo. 12. Colocar o diafragma do estetoscópio sobre o estômago e injetar 10ml de ar. 13. Aspirar o conteúdo gástrico. ● Lembrar de devolver o resíduo gástrico se menor que 20 ml. 14. Fixar a sonda, permitindo o espaço pré-marcado com esparadrapo na face ou nariz do paciente. 15. Retirar o fio guia identificá-lo e guardá-lo conforme rotina do setor. ● Permite novo cateterismo caso haja retirada acidental da sonda. Algumas marcas impossibilitam a ausculta com o fio guia. ● ATENÇÃO AO PROTOCOLO DAS INSTITUIÇÕES, EM ALGUNS LOCAIS O FIO GUIA SÓ VAI SER RETIRADO APÓS CONFIRMAÇÃO DO RAIO X. 16. Pedir para o cliente deambular e se não for possível, posicioná-lo em decúbito lateral direito. ● Favorece a migração da sonda por meio do peristaltismo, permitindo que ela passe do piloro até o duodeno. 17. Deixar o cliente confortável. 18. Deixar a unidade em ordem e recolher o material. 19. Fazer limpeza das mesas 20. Retirar as luvas e encaminhar o material contaminado para o expurgo. 21. Lavar as mãos. 22. Anotar no prontuário o procedimento, reações do cliente e intercorrências. 23. Após 4h encaminhar o cliente para a realização do RX para constatação da localização da sonda, conforme rotina do serviço. ● Avaliar RX simples de abdome, para verificar o posicionamento antes de iniciar a dieta, prevenindo broncoaspiração. TROCA A CADA 4 SEMANAS OU DE ACORDO COM A CCIH RETIRADA DA SONDA Procedimento Justificativa 1. Verificar o prontuário. 2. Lavar as mãos. 3. Reunir o material e ir ao leito do paciente. 4. Calçar luvas de procedimento. 5. Orientar o cliente sobre o procedimento. 6. Deslocar o esparadrapo com ajuda de gaze. 7. Apoiar uma gaze abaixo da sonda e acima do lábio. ● Evitar que resíduo gástrico se desloque para a boca do paciente. 8. Fechar a sonda e com movimentos firmes e rápidos retirá-la. 9. Deixar o paciente confortável e a unidade em ordem. 10. Lavar as mãos. 11. Anotar no prontuário o procedimento, reações do cliente e intercorrências. OBSERVAÇÃO ✔ Manter o posicionamento do leito em Semi-Fowler a 30º, a fim de evitar aspiração do conteúdo gástrico. ✔ NÃO REALIZAR cateterismo nasogástrico em pacientes com suspeita de lesão de base de crânio, cujos sinais são: sinal de Battle (hematoma em região retro auricular), sinal de Guaxinim (hematoma periorbitário), epistaxe, e otorragia (sangramento pelo ouvido), perda de líquor pelo ouvido ou nariz. ✔ Manter as narinas limpas e lubrificadas e realizar a higiene oral. ✔ Manter a permeabilidade da sonda lavando antes e depois da administração de dietas ou medicamentos, 10 ml antes da administração do medicamento, 10 ml entre os medicamentos, 20 ml após o medicamento e término da dieta. ✔ Observar se há sinais de cianose, ruídos sibilantes, saídas de ar pela sonda, tosse intensa e rouquidão; ✔ Observar sinais e sintomas de desequilíbrio hidroeletrolítico: turgor, mucosa seca, redução de volume urinário; ✔ Antes de administrar qualquer líquido, realizar teste para certificar-se de que a sonda está posicionada corretamente; ✔ Fixação eficaz e realizar trocar sempre que necessário e a cada 24 horas; ✔ NÃO fixar no TOT (Tubo orotraqueal); ✔ Utilizar preferencialmente adesivo hipoalérgico na pele e adesivo comum na sonda. Fios e cadarços também são adequados. ✔ Se o resíduo gástrico, após a passagem da SNG/SNE para alimentação for superior a 100 ml, comunicar ao médico e aguardar 02 hora e realizar nova medida de resíduo gástrico. Se o volume diminuiu, iniciar dieta prescrita. Se o volume mantiver ou aumentar, comunicar ao médico e manter SNG ou SNE aberta, até a definição da conduta médica, a fim de evitar distensão gástrica que pode predispor a regurgitação e consequente broncoaspiração. ✔ Obstrução da Sonda: Instilar água morna com seringa de 3 ml, sem forçar demasiadamente, fazer movimentos de sucção e fechar a sonda por 5-15 minutos. Antes de desobstruir a sonda tracioná-la lentamente, pois pode estar dobrada. NÃO REPASSAR O GUIA PARA TENTAR DESOBSTRUIR A SONDA. IMAGEM RADIOGRAFICA REFERENTE A POSIÇÃO DA SONDA TORACOABDOMINAL Posição 1 - Sonda localizada acima do diafragma e junção gastresofágica; Posição 2 - Sonda localizada sob a junção gastroesofágica e antes corpo do estômago; Posição 3 - Sonda localizada no corpo do estômago (posição correta); Posição 4 - A sonda toca a grande curvatura do estômago, ou a ponta encontra-se na região do esfíncter pilórico. (QUANDT et al., 2009) IMAGEM DA INSERÇÃO DA SNE EM PACIENTE COM TRAUMA DE BASE DE CRÂNIO Tomografias computadorizadas - tomográficas (A e C) e sagitais (B e D) obtidas imediatamente após a colocação do tubo de alimentação mostrando o trajeto de tubo de alimentação através do defeito clival e na medula espinhal. Setas brancas apontam para o tubo de alimentação dentro do canal vertebral. Paciente após a passagem da SNE (devido a transfixação da cicatriz cirúrgica, que adentrou no tronco cerebral e no cana medular, alojando-se na região lombar). A sonda foi retirada via neurocirurgia, evolui para quadriplégia e óbito (HANNA et al., 2012). REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA QUANDT D, SCHRANER T, ULRICH BUCHER H, ARLETTAZ MIETH R. Malposition of feeding tubes in neonates: is it an issue? J Pediatr Gastroenterol Nutr. 2009; 48(5): 608-11. HANNA, A.S et al. Inadvertent insertion of nasogastric tube into the brain stem and spinal cord after endoscopic skull base surgery. American Journal of Otolaryngology–Head and Neck Medicine and Surgery. 2012; 33(4) : 178-180. POTTER, Patrícia A.; PERRY, Anne G. Fundamentos de Enfermagem. Tradução: Ritomy et al. 8ª Edição. Rio de Janeiro: Elsevier, 2013. TIMBY, Bárbara K. Conceitos e habilidades fundamentais no atendimento de enfermagem. Tradução: UNICOVSKY, Margarita Ana Rubin. 10ª edição. Porto Alegre: Artmed, 2014. Elaborado por Profª Andréia e Prof ª Denise Data da Criação 2004 Revisado por Professores: Data da última Revisão 2024.1 UNIVERSIDADE TIRADENTES CURSO DE ENFERMAGEM SEMIOLOGIA E SEMIOTÉCNICA POP: ESTOMAS INTESTINAIS E VESICAIS INTRODUÇÃO Ostomia ou estoma são designativos oriundos do grego que significam boca ou abertura utilizada para indicar a exteriorização de qualquer víscera oca, através do corpo, por causas variadas. Dependentemente do segmento corporal de onde provêm, recebem nomes diferenciados, como a colostomia, ileostomia, jejunostomia, traqueostomia, esofagostomia, gastrostomia e urostomias. FINALIDADE Desvio do conteúdo fecal ou urinário para o meio externo em caráter temporário ou definitivo. CARACTERÍSTICAS DE UMA BOLSA MATERIAL ● Bolsa adequada de peça única ou 02 peças; ● Soro fisiológico a 0,9%; ● Gaze não estéril; ● Luva de procedimento (02 pares); ● Máscara cirúrgica descartável; ● Guia mensurador ou régua adequada; ● Tesoura sem ponta; ● Impermeável. ● TÉCNICA TROCA DE BOLSA Ação Justificativa 1. Conferir prontuário quanto à prescrição médica. 2. Preparar os materiais necessários. ● Planejamento e organização para economia de tempo. 3. Lavar as mãos. 4. Identificar o paciente; ● Reduzir a transmissão de microorganismo. 5. Explicar o procedimento ao paciente. ● Promover eficiência, diminuir a ansiedade e assegurar a colaboração. 6. Posicionar o paciente e o impermeável. ● 7. Calçar luvas e máscara. ● Promover a bioproteçãodo profissional e reduzir risco de contaminação do paciente. 8. Retirar a bolsa coletora anterior com cuidado, umedecendo as bordas. ● Verificar o aspecto do estoma. 9. Remover o conteúdo fecal. ● Evitar contaminação e infecção. 10. Trocar a luva de procedimento se o mesmo estiver sujo. ● Reduzir a transmissão de microorganismo. 11. Realizar a limpeza do estoma, iniciando pela região periestoma e posteriormente o estoma com soro fisiológico 0,9%. ● Promover a limpeza e a visualização do aspecto do estoma. 12. Secar bem a região com gaze. ● Possibilitar uma boa fixação da placa. 13. Examinar o aspecto do estoma. ● Verificar presença de anormalidades (Sangramento, isquemia e necrose, separação ou descolamento mucocutâneo, retração, estenose, hérnia paraestomal, prolapso e dermatites periestoma. A dermatite periestoma é a complicação mais comum e evitável. 14. Realizar a medição do estoma utilizando o guia mensurador. ● Possibilita um corte adequado, da bolsa, do tamanho do estoma. 15. Desenhar o tamanho do estoma na placa e recortar o mesmo adequadamente. ● Possibilitar um corte adequado da placa para aplicação posterior envolvendo o estoma. 16. Retirar a fita que envolve a placa. ● Aplicar parte adesiva à pele. 17. Aplicar a placa cuidadosamente envolvendo o estoma. ● Não deixar espaço entre o estoma e a placa. 18. Colocar a bolsa, certificando-se que encaixou na placa. ● Manter a adesividade e não causar um desencaixe acidental (caso de bolsa 02 peças). 19. Fechar a extremidade da bolsa com a pinça adequada. ● Evitar a drenagem acidental. 20. Recolher os materiais e recompor a unidade. ● Manter a unidade organizada. 21. Retirar luvas, máscara e lavar as mãos. 22. Realizar as orientações necessárias ao paciente/cliente. ● Promover educação e auto-cuidado posterior. 23. Realizar a anotação de enfermagem no prontuário. ● Assegurar a realização e a continuidade do procedimento. OBSERVAÇÃO Possíveis complicações de um estoma intestinal: Sangramento, isquemia e necrose, separação ou descolamento mucocutâneo, retração, estenose, hérnia paraestomal, prolapso e dermatites periestoma. Dermatite periestoma é a complicação mais comum e evitável. BIBLIOGRAFIA CONSULTADA CESARETTI, I.U.R.; BORGES, L.L.N., GRECO, A.P.C.. A Tecnologia no Cuidar de Ostomizados: a questão dos dispositivos. In: SANTOS, V.L.C.G.; CESARETTI, I.U.R.. Assistência em Estomaterapia: Cuidando do ostomizado. São Paulo: Atheneu, 2005. p.173-194. Elaborado por: Profª Miriam Sadasue, Profª. Mariangela Data da Criação 2007 Revisado por: Professores: Carine Marques, Elisângela Minari e Priscila Santos. Data da última Revisão 2021.2 UNIVERSIDADE TIRADENTES CURSO DE ENFERMAGEM SEMIOLOGIA E SEMIOTÉCNICA POP: SONDAGEM VESICAL INTRODUÇÃO A cateterização urinária é um procedimento invasivo em que é inserido um cateter uretral através do meato uretral até a bexiga com a finalidade, dentre outras, de drenagem da urina em pacientes com problema de eliminação urinária. A drenagem urinária pode ser realizada por meio de sistema aberto (intermitente ou alívio) ou fechado (demora) e por via suprapúbica (ERCOLE, et al. 2013) FINALIDADES ● Administração de medicamentos. ● Aliviar obstrução urinária temporária, fisiológica ou anatômica. ● Coletar amostra de urina estéril. ● Controle do débito urinário. ● Mensurar urina residual após a micção. ● Esvaziar a bexiga para procedimentos cirúrgicos. ● Permitir irrigação vesical. ● Promover conforto para o paciente com incontinência (só quando extremamente necessário). Finalidade da Irrigação vesical: é a lavagem da mucosa que reveste a bexiga, com o objetivo de remover sedimentos, coágulos, urina em decomposição ou fins terapêuticos. ● Lavar a sonda; ● Limitar a multiplicação de microrganismos; ● Evitar obstrução por coágulos. CONTRA-INDICAÇÕES DA SONDAGEM VESICAL ● Estenose de uretra. ● Câncer de próstata com obstrução ● Trauma de bacia FATORES DE RISCO PARA DESENVOLVIMENTO DE ITU HOSPITALAR ● Idade avançada; ● Sexo feminino; ● Doenças subjacentes graves; ● Colonização do meato uretral; ● Uso indiscriminado de antimicrobianos; ● Manipulações freqüentes do trato genitourinário; ● Uso prolongado de cateter vesical. PATOGÊNESE Os microorganismos podem atingir as vias urinárias por 2 vias principais: ● Via extra-luminal — migração a partir do meato uretral, pela parte externa do cateter; ● Via intra-luminal — migração a partir da junção do cateter com o tubo coletor ou a partir da bolsa. A causa principal é a desconexão do sistema. AVALIAÇÃO PRÉ-SONDAGEM ● Verificar os registros em busca de ordem escrita do médico; ● Determinar o tipo de sondagem prescrita (alívio ou demora); ● Revisar o registro da paciente em busca de documentação de problemas geniturinários, de alergia ao látex, alergia a antissépticos à base de iodo. (Nesse caso utilizar clorexidina aquosa). ● Avaliar o horário da última eliminação. ● Avaliar o tamanho, a mobilidade e idade da paciente. ● Avaliar as características da bexiga (distensão anterior à inserção da sonda). ● Avaliar anormalidades da genitália e próstata, ou história pregressa de condições que dificultam o cateterismo vesical fácil. ● Determinar se a paciente compreende a cateterização. ● Realizar lavagem externa antes de iniciar o procedimento de cateterismo vesical. MATERIAL PARA CATETERISMO VESICAL ● Pacote de cateterismo esterilizado contendo: ✔ Cuba rim ✔ Campo fenestrado ✔ Pinça longa ✔ 01 Cuba redonda ✔ Gaze ● Bolsa coletora sistema fechado ● Sonda vesical (observar tamanho). ● Frasco com solução antisséptica (PVPI ou clorexidina aquosa) ● 02 Ampolas de água destilada ● 02 Seringas de 20 ml ● Lubrificante (xilocaína esterilizada) ● Luva estéril. ● EPI’s: Máscara, gorro e óculos de proteção ● Saco plástico para lixo. ● Toalha de banho. ● Oleado ou impermeável. ● Esparadrapo ● Biombo. ● Material para higiene íntima. PROCEDIMENTOS INICIAIS PARA SONDAGEM VESICAL Ação Justificativa 1. Verificar prontuário 2. Lavar as mãos. ● Reduzir o risco de transmissão de microorganismos. 3. Encaminha-se ao leito do paciente, deposita a bandeja sobre a mesa de cabeceira. ● Planejamento das atividades e otimizar tempo. 4. Explicar ao paciente. ● Estimular a participação e cooperação. 5. Enfatizar a colaboração do paciente quanto a necessidade da manutenção do campo estéril. ● Facilitar a cooperação no procedimento, diminuindo a ansiedade. 6. Fechar portas, janelas e colocar biombo (SN). ● Respeitar a privacidade do paciente 7. Calça a luva e realiza a limpeza da mesa de alimentação, parte inferior da bandeja, passa para a mesa de alimentação e limpe manivela da cama ● Planejamento das atividades. 8. Retira as luvas 9. Cortar o esparadrapo para fixação 10. Colocar as luvas de procedimento 11. Realizar a avaliação pré-sondagem 12. Se o paciente apresentar secreções externamente, realizar a higiene íntima. Retirar as luvas e lavar as mãos e recolocar ● Diminuir o risco de infecção. luvas. 13. Posicionar luz adicional se necessário 14. Posicionar o paciente em posição supina. Colocar o impermeável abaixo do glúteo do paciente. Cobrir o abdome com toalha e com lençol superior as pernas do paciente. ● Evitar que a roupa de cama molhe. Expor apenas o necessário para o procedimento. 15. Posicionar o paciente na posição litotômica com as pernas afastadas. 16. Deixar apenas a genitália exposta. 17. Aderir o saco plástico para coleta do lixo próximo ao campo de modo a não cruzá-lo com o campo limpo. 18. Posicione o pacote de cateterização próximo ao paciente entre os joelhos do paciente ou sobre a mesa de cabeceira. 19. Abrir o campo estéril de modo a manter a esterilidade 20. Abrir o coletor sistema fechado e colocá-lo no campo. 21. Abrir o pacote de sonda vesical a ser usada e colocar sobre o campo estéril. 22. Dispor gaze suficiente dentro do campo dentro do campo. 23. Abrir o pacote de seringa de 20 ml e colocá-la sobre o campo estéril, no caso da sondagem masculina colocar 02 seringas no campo (ou a bisnaga de xilocaína estéril).24. Colocar a solução antisséptica na cuba redonda. ● Reduzir risco de infecção 25. Deixar a bisnaga de lidocaína aberta fora do campo. 26. Abrir as ampolas de água destilada e deixar fora do campo. 27. Retirar luvas de procedimento 28. Calçar a luva esterilizada da mão dominante, retirar os materiais de dentro da cuba rim e retirar o êmbolo da seringa em caso de sondagem masculina. 29. Com a mão não enluvada, dispor as ampolas de água destilada na cuba rim e o PVPI ou clorexidina na cuba redonda. 30. Segurar o corpo da seringa com a mão enluvada e dispor 10 ml de lidocaína em seu interior. Em caso de sondagem feminina, dispor lidocaína em uma gaze dentro do campo. ● Na sondagem masculina, a lidocaína deverá ser introduzida no canal uretral. Já na feminina, deve-se lubrificar a extremidade distal da sonda. 31. Calçar a luva estéril da mão não dominante. 32. Preencher a seringa com água destilada, para testar o balonete do cateter, instilar até o alinhamento do balão, e depois aspirar ao líquido da sonda de volta para a seringa. ● Avaliar presença de defeitos no balonete. Se observar vazamento, descartar e obter outra sonda. 33. Conectar o coletor sistema fechado na sonda, fechando o clamp no final da bolsa. Deixar o outro clamp (o que vem antes da bolsa) aberto. 34. Posicionar as gazes de forma a facilitar o procedimento ● Facilitar a organização enquanto mantém o material estéril TÉCNICA DE SONDAGEM VESICAL MASCULINA Ação Justificativa 1. Realizar os procedimentos iniciais para sondagem. (1 a 34) 2. Pegue uma gaze umedecida com PVPI ou clorexidina aquosa na pinça e limpe primeiramente o monte pubiano ● Utilizar apenas uma gaze para cada movimento. transversalmente com movimento único e firme do distal para o proximal. 3. Desprezar a gaze suja no lixo. ● Observar para não cruzar o campo estéril com o material sujo. 4. Realizar a limpeza da região inguinal distal, sentido longitudinal, de cima para baixo. ● Avaliar as condições da gaze e se possível utilizar as duas faces. 5. Realizar a limpeza da região inguinal proximal, sentido longitudinal, de cima para baixo. ● Avaliar as condições da gaze e se possível utilizar as duas faces. 6. Limpar o corpo do pênis: parte superior, lateral distal e lateral proximal (da base do pênis para ponta). 7. Colocar o campo fenestrado estéril na região peniana do paciente, passando o pênis pela abertura. ● Atenção para proteger sua mão enluvada estéril. 8. Segurar o corpo do pênis pelas laterais, com os dedos indicador e polegar, da mão não dominante. Manter os demais dedos sem contaminá-la. ● Não deve soltar até o final do procedimento. Considerar contaminada a mão enluvada que segura o pênis. 9. Segurar o pênis para cima em um ângulo de 90º, e retrair o prepúcio, se o paciente não for circuncidado. 10. Limpar o meato uretral pelo menos três vezes, realizar rotação com a gaze. 11. Realizar a limpeza (em meia-lua distal e proximal) da glande. ● Repetir o movimento de ambos os lados do distal para a proximal. 12. Realizar a limpeza (em meia-lua distal e proximal) do sulco bálamo-prepucial. 13. Realizar a limpeza, da parte inferior do corpo do pênis e região escrotal. ● Movimentos de cima para baixo. 14. Segurar firme o corpo do pênis com todos os dedos e posiciona-lo em 90º. ● Promover a visualização e apoiar durante a inserção do cateter, pois esta posição promove a abertura da uretra. 15. Introduzir a xilocaína ou gel hidrossolúvel, no meato uretral com auxílio do bico de uma seringa. ● Prevenir irritação no canal de inserção da sonda, lubrificar promovendo melhor inserção da sonda e diminuir a dor. 16. Aplicar suave tração ao pênis, puxando-o para cima com a mão não-dominante enluvada. ● Retificar uretra. 17. Com o polegar e o dedo indicador da mão dominante, pegar a sonda a uma distância aproximada de 3 a 5 cm da ponta do cateter urinário, enrolando o restante da sonda na mão. ● Fornecer o controle sobre a ponta da sonda que se dobra facilmente. Favorecer o controle do comprimento total da sonda. 18. Pedir ao paciente para relaxar, respirar lenta e profundamente, e encorajá-lo a respirar dessa forma até que toda a sonda esteja inserida. ● Relaxar o esfíncter, musculatura da bexiga e uretra. 19. Inserir a extremidade da sonda lentamente pelo meato uretral até encontrar resistência, então colocar o pênis em um ângulo de 45º e continuar avançando o cateter até bifurcação do cateter. ● Garantir o posicionamento correto da sonda. Caso haja resistência, interromper o procedimento e comunicar ao médico. 20. Observar o retorno de urina pela extensão da bolsa coletora. Caso não observe de imediato, realizar leve pressão na região hipogástrica. 21. Após a inserção da sonda, pegar a seringa pré-cheia com a mão dominante, inserir na abertura do balonete e instilar o ● Estabilizar o cateter e prevenir o deslocamento acidental. líquido para insuflar o balonete com os ml necessários. 22. Retirar o líquido do balonete, caso a paciente descreva sensação de dor ou de desconforto, e inserir o cateter pouco mais e preencher o balonete. ● Sinais de desconforto no enchimento do balonete da sonda são sugestivos de que o cateter encontra-se na uretra. 23. Tracionar o cateter com cuidado até encontrar resistência. ● Assegurar a fixação da sonda. 24. Limpar o meato e o pênis, removendo resíduos de lubrificante. ● Proporcionar conforto ao paciente. 25. Reposicionar o prepúcio. ● Atenção! Caso retraia o prepúcio, lembrar de retornar ao finalizar a passagem da sonda para evitar complicações como por exemplo a parafimose. 26. Fechar o clamp do sistema de drenagem e passar pelo campo fenestrado 27. Fixar o cateter, sem tracionar na parte inferior do abdome ou na face anterior da coxa com esparadrapo, do mesmo lado em que será a bolsa de drenagem será fixada, certificando de que a extensão não está comprimida ou dobrada. ● Estabilizar a sonda e prevenir deslocamento acidental. 28. Pendurar a bolsa coletora abaixo do nível da bexiga e abrir o clamp do sistema fechado para fluir urina. ● Garantir a drenagem por gravidade. 29. Posicionar o paciente confortavelmente, e levantar a lateral da cama. ● No assoalho da cama. Nunca na grade! 30. Recolher o material e levá-lo para expurgo deixando o ambiente em ordem. ● Encaminhar ao centro de esterilização e desprezar em local apropriado. 31. Retirar as luvas, máscara e lavar as mãos. ● Reduzir a transmissão de microorganismos. 32. ANOTAR NO PRONTUÁRIO: ●Tamanho, tipo do cateter e tipo de sondagem realizada. ●Dados do pré-levantamento, incluindo a avaliação dos quadrantes inferiores. ●Quantidade, cor e consistência da urina eliminada durante a sondagem. ●Reação da paciente; ●Intercorrência encontradas; ● Ex: Realizado cateterismo vesical de demora com sonda vesical nº 16, tipo Foley, sem resistência ou queixa de desconforto. Balonete insuflado com 20 ml de água destilada. Eliminados 700 ml de urina cor de palha, sem sedimento ou odor fétido. Enfª Maria José------ TÉCNICA DE SONDAGEM VESICAL FEMININA Ação Justificativa 1. Realizar os procedimentos iniciais para sondagem. (1 a 34) 2. Pegue gaze umedecida com PVPI com uma pinça esterilizada e limpe primeiramente o monte pubiano transversalmente com um movimento único e firme. ● Utilizar uma gaze para cada movimento. 3. Desprezar a gaze suja no lixo. ● Observar para não cruzar o campo estéril com material sujo. 4. Trocar a gaze e proceder com a limpeza da região inguinal distal, com movimentos de cima para baixo. ● Avaliar as condições da gaze e se possível utilizar as duas faces. 5. Realizar a limpeza da região inguinal proximal, sentido longitudinal, de cima para baixo. ● Avaliar as condições da gaze e se possível utilizar as duas faces. 5. Com outra gaze limpar com movimento único e firme os grandes lábios do lado distal de cima para baixo. 6. Pegar outra gaze e fazer o mesmo do lado proximal. 7. Pegar outra gaze e fazer ao centro (lábios fechados). 8. Colocar o campo fenestrado sobre a região perineal. 9. Afastar os grandesmaneira correta. Punhos voltados pra si, dedos polegares para cima e dedos mínimos para dentro. 25. Com o polegar e primeiros dedos da mão não dominante, segure a luva da mão dominante tocando somente a face interna dobrada de seu pulso; 26. Puxe a luva cuidadosamente sobre a mão dominante, soltando seu punho e certificando-se de não deixar o punho rolar sobre seu pulso. Certifique-se de que seu indicador e polegar estejam nos lugares corretos; Segure a luva pelo punho da mão dominante e insira seus dedos. Puxe a luva completamente sobre a mão dominante (o exemplo demonstrado corresponde a um indivíduo canhoto). 27. Desfazer a dobra do punho quando toda mão estiver enluvada. 28. Com a mão dominante enluvada, insira seus dedos sob o punho da segunda luva; 29. Puxe cuidadosamente a segunda luva sobre os dedos da mão não dominante; 30. Após calçar a segunda luva, entrelace as mãos e mantenha-as longe de seu corpo e acima do nível da cintura até iniciar o procedimento. Não permita que os dedos da mão dominante enluvada toquem qualquer parte da mão não dominante exposta. Mantenha o polegar da mão dominante abduzido para trás. 31. Ajustar as luvas seguindo a sequência: dedos de ambas, palma de ambas, dorso de ambas e punho de ambas; 32. Após calçar a segunda luva, entrelace as mãos e mantenha-as longe de seu corpo e acima do nível da cintura até iniciar o procedimento; 33. Após a utilização, retirar a luva mais contaminada puxando pelo lado externo do punho, e a outra menos contaminada pelo lado interno do punho. 34. Desprezar as luvas em lixo recomendado. Favorecer o descarte ideal dos resíduos sólidos de saúde. 35. Higienizar as mãos. Promover limpeza das mãos e prevenção de IRAS. 36. Examine o paciente para sinais/sintomas de infecção, com foco na área tratada. Erros na técnica estéril contribuem com o desenvolvimento de infecções. 37. Examine o paciente para sinais/sintomas de alergia ao látex. O exame estabelece uma base de comparação para a reação do paciente ao látex. 38. Não é necessário documentar nem registrar uso de luvas estéreis, apenas o procedimento realizado e a resposta do paciente. REFERÊNCIAS BARROS, Alba Lucia Bottura Leite de; LOPES, Juliana de Lima; MORAIS, Sheila Coelho Ramalho Vasconcelos. Procedimentos de enfermagem para a prática clínica. Porto Alegre : Artmed, 2019. PERRY, Anne Griffin; POTTER, Patricia A. Guia completo de procedimentos e competências de enfermagem. Tradução: Soraya Imon de Oliveira, Renata Medeiros, Paul L. Desmarais; Revisão Técnica Ivone Evangelista Cabral, Marcia Tereza Luz Lisboa. 9. ed. Rio de Janeiro: GEN | Grupo Editorial Nacional S.A. Publicado pelo selo Editora Guanabara Koogan Ltda., 2021. POTTER, Patrícia A. et al.. Fundamentos de Enfermagem. Tradução: Andrea Delcorso. 11. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2024. Elaborado por Professores: Denise Lucon, Flávia Janólio, Lígia Lemos e Maria do Carmo. Data da Criação 2002.1 Revisado por Professores: Priscila Laise dos Santos. Data da última Revisão 2024.2 UNIVERSIDADE TIRADENTES ENFERMAGEM: SEMIOLOGIA E SEMIOTÉCNICA POP: MOVIMENTAÇÃO DO PACIENTE E POSIÇÕES NO LEITO INTRODUÇÃO A movimentação de pacientes acamados tem por finalidade promover conforto, manter um bom alinhamento corporal, prevenir contraturas, promover drenagem de fluidos, facilitarem a respiração e impedir o desenvolvimento de lesões na pele. TIPOS DE MOVIMENTO: ● Movimento ativo: É o exercício feito pelo paciente sem ajuda; as atividades incluem virar de posição de um lado para o outro e de costas para o abdômen, e levantar-se e deitar-se no leito. Tem o propósito de aumentar a força muscular. ● Movimento passivo: Exercício realizado pelo terapeuta ou enfermeiro sem ajuda do paciente, tem o propósito de reter o máximo de amplitude de movimentação da articulação, para manter a circulação. DIRETRIZES MOVIMENTAÇÃO ATIVA E PASSIVA Ao movimentar o paciente, o trabalhador de enfermagem deve: ●Conhecer as condições do paciente e a posição requerida ou necessária. Ao iniciar o procedimento deve-se avaliar a situação encontrada para planejar a atividade a ser executada. ●Os seguintes aspectos devem ser avaliados: ✔ Estado geral do paciente, grau de mobilidade e de consciência, diagnóstico; ✔ Presença de contraturas, musculatura flácida, áreas doloridas, infecções, rubores, edemas, lesões ósseas, ausência ou diminuição de sensibilidade, fraqueza, paralisias; ✔ Peso do paciente; ✔ Presença de equipamentos e aparelhos monitorando o paciente; ✔ Incontinência urinária e/ou fecal, presença de dispositivos de coleção de secreções ou fluídos; OBS: É recomendado que o paciente com problemas de mobilidade seja movimentado no leito a cada duas horas seguindo um plano escrito de rotatividade de posições. Quando o paciente consegue colaborar, a execução da atividade torna-se menos desgastante, no entanto, muitas vezes isso não é possível. MATERIAL ● Coxins ou travesseiros. ● Caneta e formulário de registro do paciente. MOVIMENTAÇÃO: DECÚBITO DORSAL PARA DECÚBITO LATERAL PACIENTE PASSIVO Ação Justificativa 1. Verificar prontuário respeitando limitações do paciente; ● Evitar danos ao paciente 2. Verificar a quantidade de profissionais necessária para a realização da movimentação do paciente. Pacientes ativos (1 pessoa); passivos (2 ou mais) ●Evitar sobrecarga ao profissional que executa a ação. 3. Lavar as mãos; ● Reduzir a transmissão de microrganismos. 4. Apresentar-se e explicar o procedimento ao paciente; ● Orientar quanto ao procedimento. 5. Posicionar a cama do paciente 5cm da altura do cotovelo dos executores da atividade; ● Auxiliar na ergonomia do profissional. 6. Travar as rodas da cama; ● Evitar movimentação da cama durante o manuseio com o paciente. 7. Baixar as grades de proteção da cama, permanecendo um profissional de cada lado; ● Evitar queda do paciente 8. Preservar a privacidade do paciente realizando dobra do lençol de cima na vertical e colocar sobre o mesmo, se necessário; ● Manter a privacidade do paciente. 9. Posicionar o paciente com cabeceira a 0°; ● Facilitar a movimentação. 10. Retirar travesseiros e coxins ● Facilitar a movimentação 11. Posicionar os braços do paciente sobre o tórax ● Facilitar a movimentação em bloco 12. Posicionar pernas do paciente unidas ou sobrepostas; ● Facilitar a movimentação em bloco 13. Dobrar a travessa até ficar próximo ao corpo do paciente bilateralmente (profissional de ambos lados); ●Facilitar a movimentação para o lado do profissional. 14. Assumir ampla base de sustentação mantendo uma das pernas a frente da outra; ●Favorecer a ergonomia do profissional e evitar sobrecarga musculo esquelética. 15. Segurar a travessa próximo ao corpo do paciente; ●Manter movimento firme durante movimentação. 16. Movimentar o paciente de forma coordenada pelos profissionais (para cima e para o lado oposto a ser lateralizado o paciente); ●Movimentar o paciente em bloco e evitar sobrecarga músculo esquelética do profissional. 17. Flexionar a perna do paciente oposta ao lado desejado do decúbito final, mantendo pé apoiado no colchão; ●Auxiliar na movimentação lateral; 18. Posicionar braço do paciente oposto ao lado desejado do decúbito final sobre o tórax; ●Auxiliar na movimentação lateral e em bloco. 19. Posicionar uma das mãos do profissional em perna do paciente (joelho) e a outra em região escapular; ●Auxiliar na movimentação lateral e em bloco. 20. Manter joelhos semi-flexionados (profissional) e base de sustentação adequada durante a movimentação; ●Evitar sobrecarga músculo esquelética do profissional. 21. Coordenar movimentação para o lado desejado; ●Manter o paciente em decúbito lateral direito ou esquerdo. 22. Colocar travesseiro sob a cabeça do paciente e entre as pernas (proeminência óssea); ●Promover conforto e prevenção de lesão por pressão. 23. Posicionar coxim ou travesseiro em dorso do paciente; ●Garantir a permanência do paciente na posição adequada. 24. Posicionar travesseiro sob um dos braços do paciente. O braço emlábios, com os dedos indicador e polegar, da mão não dominante. Proteger os demais dedos sobre o campo. ● Considerar mão não dominante contaminada e não removê-la até o final da técnica. 10. Realizar antissepsia do meato urinário com movimento único e firme. ● Repetir movimento pelo menos três vezes 11. Realizar antissepsia dos pequenos lábios, de cima para baixo, iniciando pelo pequeno lábio distal e depois realizar no pequeno lábio proximal. ● Obedecer ao sentido meato – introito. 12. Realizar antissepsia do intróito vaginal, sentido perianal com movimento único e firme. 13. Desprezar a pinça em um canto do campo. ● Considerar este local contaminado. 14. Lubrificar a extremidade distal da sonda na gaze contendo lidocaína. 15. Pedir o paciente para relaxar, respirar lenta e profundamente, e encorajá-lo a respirar dessa forma até que toda a sonda esteja inserida. ● Relaxa o esfíncter, musculatura da bexiga e uretra. 16. Inserir a extremidade da sonda lentamente pelo meato uretral, cerca de 5 a 7 cm (ou até obter o retorno da urina). ● Garantir o posicionamento correto da sonda. 17. Reexaminar as características anatômicas, caso não haja evidência de urina. Ou realizar leve pressão na região hipogástrica. ● Caso não esteja na uretra, remover o cateter e repassar um novo cateter. 18. Introduzir a sonda por mais 03 cm após a urina refluir. ● Garantir o posicionamento correto da sonda. 19. Segurar a sonda com os demais dedos estéreis que estavam sobre o campo. ● Impedir que o cateter desloque. 20. Segurar a via do balão com os dedos polegar e indicador, que separavam os grandes lábios. 21. Pegar a seringa pré cheia com a mão dominante, inserir na abertura do balonete e instilar o líquido para insuflar o balonete com os ml necessários. ● Estabilizar o cateter e prevenir o deslocamento acidental. 22. Retirar o líquido do balonete, caso a paciente descreva sensação de dor ou de desconforto, e inserir o cateter pouco mais e preencher o balão. ● Sinal de desconforto no enchimento do balonete da sonda é sugestivo de que o cateter encontra-se na uretra. 23. Tracionar o cateter com cuidado. ● Assegura a fixação da sonda. 24. NÃO FORÇAR a introdução da sonda, caso haja resistência. Comunicar ao médico imediatamente. ● Prevenir lesões de uretra e de estruturas circunvizinhas. 25. Limpar o meato e a vulva, removendo resíduos de lubrificante. ● Proporcionar conforto ao paciente. 26. Fechar o clamp do sistema de drenagem e passar pelo campo fenestrado 27. Fixar o cateter, sem tracionar na face anterior da coxa com esparadrapo, do mesmo lado em que será a bolsa de drenagem será fixado, certificando de que a extensão não é comprimida ou dobrada. ● Estabilizar a sonda e prevenir deslocamento acidental. 28. Pendurar a bolsa coletora abaixo do nível da bexiga e abrir o clamp do sistema fechado para fluir urina. ● Garante a drenagem por gravidade. 33. Posicionar o paciente confortavelmente, e levantar a lateral da cama. 34. Recolher o material e levá-lo para expurgo deixando o ambiente em ordem. ● Encaminhar ao centro de esterilização e desprezar em local apropriado. 35. Retirar as luvas, máscara e lavar as mãos. ● Reduzir a transmissão de microorganismos. 36. ANOTAR NO PRONTUÁRIO: ● Tamanho, tipo do cateter e tipo de sondagem realizada. ● Dados do pré-levantamento, incluindo a avaliação dos quadrantes inferiores. ● Quantidade, cor e consistência da urina eliminada durante a sondagem. ● Reação da paciente; ● Intercorrências encontradas; ● Ex: Realizado cateterismo vesical de demora com sonda vesical nº 16, tipo Foley, sem resistência ou queixa de desconforto. Balonete insuflado com 20 ml de água destilada. Eliminados 700 ml de urina cor de palha, sem sedimento ou odor fétido. Enfª Maria José------ MATERIAIS PARA IRRIGAÇÃO VESICAÇÃO ● Equipo Macrogotas ou Microgotas ● Frasco de Soro Fisiológico 0,9% ● Transofix ou torneirinha ● Luva de Procedimento ● Algodão ● Álcool 70% TÉCNICA PARA IRRIGAÇÃO VESICAL Ação Justificativa 1. Proceder a técnica de sondagem vesical com a inserção da sonda de demora de três vias. 2. No momento da sondagem, introduzir uma torneirinha ou transofix na terceira via da sonda. 3. Estando o paciente sondado, deve-se realizar o preparo do soro com o equipo no suporte e escová-lo. 4. Conectar a ponta do equipo na terceira via na sonda. ● Manter a ponta do equipo estéril para não promover contaminação do soro. 5. Controlar o gotejamento para 30 a 60 gts/min ou conforme prescrição médica. 6. Fazer o balanço da quantidade de líquido infundido com o drenado. ● Deixar a pinça da bolsa coletora aberta. 7. Recolher o material e deixar o paciente em ordem. 8. Retirar as luvas e máscara. 9. Lavar as mãos. 10. Realizar os registros no prontuário. MATERIAIS PARA COLETA DE URINA PELA SONDA ● Fraco coletor de Urina ● Seringa de 20 ml ● Agulha 40x12 ● Luva de Procedimento ● Fita para identificação ● Gaze ou algodão ● Álcool 70% TÉCNICA DE COLETA DE URINA PELA SONDA Ação Justificativa 1. Verificar o prontuário. 2. Fechar o clamp da bolsa coletora o mais próximo da sonda pelo menos 30 min. antes da coleta. 3. Reunir o material. 4. Lavar as mãos. 5. Orientar o paciente 6. Calçar as luvas 7. Limpar a região emborrachada da bolsa coletora com gaze e solução antisséptica. 8. Inserir a agulha 40x12 com a seringa na parte emborrachada. 11. Aspirar à quantidade necessária. 12. Retirar a seringa e desprezar a urina em frasco apropriado. 13. Realizar nova limpeza na borracha da via de coleta. 14. Deixar o paciente confortável e o ambiente em ordem. 15. Identificar o material coletado e enviar para o laboratório. ● Nome do paciente, leito, data, hora e material coletado. 16. Retirar as luvas. 17. Lavar as mãos. 18. Realizar os registros no prontuário. MATERIAIS PARA RETIRADA DA SONDA ● Luva de Procedimento ● Máscara ● Seringa de 20ml ● Gaze não estéril TÉCNICA DE RETIRADA DA SONDA Ação Justificativa 1. Verificar o prontuário. 2. Reunir o material. 3. Lavar as mãos. 4. Orientar o paciente 5. Desinsuflar o balonete com a seringa de 20ml. ● Ter certeza que o balonete encontra-se totalmente vazio. 6. Pedir para o paciente respirar fundo. 7. Retirar a sonda com movimento único e firme. Utilizar a gaze abaixo da sonda para evitar que suje a roupa de cama. 8. Recolher o material e deixar o paciente em ordem 9. Retirar as luvas e máscara. 10. Lavara as mãos. 11. Realizar os registros no prontuário. MATERIAIS PARA SONDAGEM DE ALÍVIO ● Pacote de cateterismo esterilizado contendo: ✔ Cuba rim ✔ Campo fenestrado ✔ Pinça longa ✔ 01 Cuba redonda ✔ Gaze ● Sonda de alívio (observar tamanho). ● Frasco com solução antisséptica (PVPI ou clorexidina aquosa) ● Lubrificante (xilocaína esterilizada) ● Luva estéril. ● 01 seringa de 20 ml (sonda masculina) ● EPI’s: Máscara, gorro e óculos de proteção. ● Saco plástico para lixo. ● Toalha de banho. ● Oleado ou impermeável. ● 01 aparadeira. ● Biombo. ● Material para higiene íntima. TÉCNICA DE SONDAGEM DE ALÍVIO Ação Justificativa 1. Realizar os procedimentos iniciais para sondagem de 1 a 19. 2. Abrir o pacote de sonda de alívio a ser usada e colocar sobre o campo estéril. 3. Dispor uma seringa de 20ml em caso de sondagem masculina. 4. Dispor gaze suficiente dentro do campo. 5. Colocar a solução antisséptica na cuba redonda. ● Reduzir risco de infecção 6. Deixar a bisnaga de lidocaína aberta fora do campo. 7. Retirar luvas de procedimento 8. Calçar a luva esterilizada da mão dominante, retirar os materiais de dentro da cuba rim. 9. Com a mão não enluvada, dispor o PVPI ou clorexidina na cuba redonda. 10.Segurar o corpo da seringa com a mão enluvada e dispor 10 ml de lidocaína em seu interior (em caso de sonda masculina). Em caso de sondagem feminina, dispor lidocaína em uma gaze dentro do campo. 11. Calçar a luva estéril da mão não dominante. 12. Realizar antissepsia externa e interna da genitália conforme bancada de sondagem de demora. 13. Posicionar a cuba rim sobre o campo fenestrado, entre as pernas do paciente. 14.Desprezar a pinça em um canto do campo. ● Considerar este local contaminado. 15. Pedir o paciente para relaxar, respirar lenta e profundamente, e encorajá-lo a respirar dessa forma até que toda a sonda esteja inserida. ● Relaxa o esfíncter, musculatura da bexiga e uretra. 16. Introduzir a sonda de alívio no meato uretral e observar se há uma boa drenagem urinária; ●A sonda deve estar com a abertura posicionada na cuba rim. 17. Depois de esvaziar a bexiga, pressionar o cateter entre o polegar e o dedo indicador para evitar que a urina permaneça na uretra. 18. Remover delicadamente o cateter. 19. Limpar o meato e a vulva, removendo resíduos de lubrificante. ● Proporcionar conforto ao paciente. 20. Posicionar o paciente confortavelmente, e levantar a lateral da cama. 21. Despreza a urina após medição em uma aparadeira ou no vaso sanitário. 22. Recolher o material e levá-lo para expurgo deixando o ambiente em ordem. ● Encaminhar ao centro de esterilização e desprezar em local apropriado. 23. Retirar as luvas, máscara e lavar as mãos. ● Reduzir a transmissão de microorganismos. 24. ANOTAR NO PRONTUÁRIO: ● Tamanho, tipo do cateter e tipo de sondagem realizada. ● Dados do pré-levantamento, incluindo a avaliação dos quadrantes inferiores. ● Quantidade, cor e consistência da urina eliminada durante a sondagem. ● Reação da paciente; ● Intercorrências encontradas; AVALIAÇÃO PÓS SONDAGEM ● O cateter está inserido mediante condições assépticas? ● A urina está drenando com o cateter? ● Há evidência de desconforto? CUIDADOS COM A SONDA VESICAL DE DEMORA ✔ Para a sua passagem, a técnica precisa ser estéril; ✔ Manter a bolsa coletora sempre abaixo da bexiga e afastada do chão; ✔ Trocar todo o sistema em caso de contaminação acidental ou mau funcionamento; ✔ O período de troca é arbitrário, não existindo um período cientificamente ideal, variando de 21 a 30 dias. ✔ Caso exista um grande volume de urina retida, a bexiga deverá ser esvaziada gradualmente evitando sua descompressão brusca, o que poderá ocasionar calafrios e mal estar geral; ✔ Não deixar a bolsa coletora em seu volume máximo, para evitar o refluxo à bolsa deverá ser esvaziado quando alcançar dois terços do volume da mesma; ✔ O sistema de drenagem fechado não deverá ser desconectado para a obtenção de amostras de urina para exames, amostras deverão ser obtidas através de aspiração por punção do tubo de drenagem (dispositivo próprio), mantendo intacto o sistema, a fim de evitar a contaminação do mesmo; ✔ Evitar compressão da sonda, que pode obstruir a drenagem urinária. Colocar a extensão da sonda sobre as coxas do paciente; ✔ Preferencialmente remover a sonda de demora pela manhã, porque há mais oportunidade para a solução de quaisquer dificuldades de eliminação que o paciente possa vir a apresentar; ✔ Realizar o desmame da sonda vesical de demora para prevenir a incontinência urinária; ✔ Não fechar o fluxo da irrigação vesical durante o transporte do paciente de maca ou cadeira, principalmente nas primeiras horas pós-operatórias; ✔ Utilizar sistema fechado com válvula anti-refluxo; ✔ Esvaziar a bolsa coletora 6/6 horas ou sempre que necessário; ✔ Realizar higiene íntima 12/12 h ou sempre que necessário; ✔ A técnica de inserção de um cateter de alívio é semelhante ao de demora. A principal diferença está na escolha da sonda e na etapa do balonete. ✔ NÃO FORÇAR a introdução da sonda, caso haja resistência. Comunicar ao médico imediatamente. ✔ Forçar a entrada da sonda pode levar danos à uretra e às estruturas vizinhas. ✔ Eduque os pacientes para medidas de higiene com a sonda ✔ Faça plano de cuidados de higiene para sua equipe REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA MOZACHI, Nelson et al. Cateterismo vesical. In: SOUZA, Virginia Helena Soares; MOZACHI, Nelson. O hospital: Manual de ambiente hospitalar. 2ª edição. Curitiba: Manual Real, 2009. TIMBY, Bárbara K. Conceitos e habilidades fundamentais no atendimento de enfermagem. Tradução: UNICOVSKY, Margarita Ana Rubin. 10ª edição. Porto Alegre: Artmed, 2014. Elaborado por Profª Andréia e Profª Denise Data da Criação 2004 Revisado por Professores: Carine Marques, Priscila Santos, Elisângela Minari. Data da última Revisão 2021.2 UNIVERSIDADE TIRADENTES ENFERMAGEM: SEMIOLOGIA E SEMIOTÉCNICA POP: CURATIVOS INTRODUÇÃO É um meio terapêutico que consiste na limpeza, com aplicação de procedimentos assépticos, que vai desde a irrigação com solução fisiológica até as coberturas específicas que poderão auxiliar no processo de cicatrização. Objetivos do curativo: Tratar e prevenir infecções, eliminar fatores desfavoráveis que retardam a cicatrização, diminuir infecções cruzadas, através de técnicas e procedimentos corretos. FINALIDADES ● Promover hemostasia e isolamento térmico ● Reduzir o edema e a intensidade da dor ● Remover corpos estranhos, protegendo a ferida contra contaminações e infecções ● Absorver e facilitar a drenagem de exsudatos ● Fazer desbridamento de tecidos desvitalizados ● Favorecer a aplicação de medicamentos tópicos ● Preencher espaços e cavidades ● Reaproximar bordas separadas ● Manter a umidade da superfície da ferida ● Promover a cicatrização da ferida ● Limitar a movimentação dos tecidos em torno da ferida ● Dar conforto psicológico ao paciente Tipos de Curativos: ● Aberto: utilizados em feridas agudas. Ex.: incisão cirúrgica limpa e suturas. ● Oclusivo: veda e impede a perda de fluídos, bem como proporciona o isolamento térmico. ● Curativo semi-oclusivo: absorvem e isolam o exsudato, permitindo exposição da ferida ao ar. ● Compressivo: reduzem o fluxo sanguíneo e promove a hemostasia. Aproxima as bordas da ferida. Características do curativo: ● Seco: utilização de gaze ou compressa seca somente ● Úmido: Fechamento com gaze ou compressa com pomada ou solução prescrita. ● Drenagens: Abertura do tecido com a colocação de drenos, tubos, cateteres ou bolsas de estomas ● Irrigação: ferimentos com infecção dentro da cavidade ou fístula, com indicação de irrigação com soluções salinas. Critérios para um curativo ideal: ● Manter umidade entre ferida e curativo ● Remover o excesso de secreção ● Permitir a troca gasosa ● Fornecer isolamento térmico ● Ser isento de partículas ● Permitir a retirada do curativo sem trauma ● Tratar e prevenir infecções ● Eliminar fatores desfavoráveis que retardam a cicatrização ● Diminuir a incidência de infecções cruzadas Tipos de coberturas utilizadas para curativos: 1. Alginato de cálcio 2. Carvão ativado 3. Hidrogel 4. Hidrocoloide 5. Ácidos graxos essenciais 6. Bota de unna 7. Papaína 8. Colagenases 9. Sulfadiazina de prata 10. Filme transparente semipermeável 11. Esponja de poliuretano (vacuoterapia) MATERIAL ● Soro Fisiológico 0,9% a temperatura ambiente ou a 37ºC; ● Algodão e álcool a 70%; ● Soluções antissépticas (Gluconato de Clorexidina); ● Ataduras (se necessário); ● Luva de Procedimento ● Compressa cirúrgica de algodão estéril (gaze algodoada, se necessário); ● Pacote de Curativo (01 pinça Kelly ou 01 pinça Kocher, 01 pinça dente de rato e 01 pinça anatômica) ou um par de luva estéril; ● Cobertura aderente adequada (esparadrapo, micropore, transpore, filme transparente); ● Cobertura primária especial (se necessário) como: hidrocoloides, alginatos, hidrogel, papaína, AGE, bota de unna, carvão ativado); ● Cobertura secundária adequada, como gaze estéril, filme transparente; ● Cuba redonda estéril ● Máscara descartável e óculos; ● Seringa de 20 ml e agulha de 40x12 (se necessário); ● Lixo. PROCEDIMENTO INICIAL PARA TODOS OS CURATIVOS Ação Justificativa 1. Levantar dados sobre o curativo e a ferida (dimensões da ferida, quantidade e tipo de exsudato, odor, frequência de troca) ● Possibilitar avaliações indicativas da necessidade de troca do curativo, os materiais utilizados para o planejamento do curativo 2. Verificar prescrição de enfermagem ou médica quanto ao tipo de material para curativo a ser utilizado ● Ajudar material no planejamento e preparação do 3. Avaliar o nível e as características da dor do Paciente● Administrar analgesia prescrita 4. Lavar as mãos ● Reduzir a transmissão de microrganismos 5. Reunir materiais ● Planejamento da atividade e otimização do tempo 6. Encaminhar-se ao leito do paciente, depositar a bandeja sobre a mesa de cabeceira 7. Explicar a necessidade da troca do curativo ● Aliviar a ansiedade e promover a cooperação 8. Manter a privacidade do paciente. Fechar portas e janelas e utilizar biombo. ● Humanização da assistência 9. Calçar a luva e realizar a limpeza da mesa de alimentação, parte inferior da bandeja, passa para a mesa de alimentação e manivela da cama 10. Retirar as luvas 11. Preparar o esparadrapo 12. Calçar luva de procedimento, colocar máscara e óculos ● Proteger o paciente contaminação. e o profissional de 13. Posicionar o paciente de modo a permitir o acesso ao curativo ● Promover o conforto ao paciente e a destreza do cuidador/enfermagem 14. Proteger a roupa de cama com impermeável ou forro sob o local do curativo 15. Posicionar adequadamente o lixo com os pés sem tocar com as mãos. 16. Depositar o pacote de curativo sobre uma mesa auxiliar e abri-lo com técnica asséptica. 17. Colocar as pinças com os cabos voltados para a borda do campo. 18. Colocar gazes em quantidade suficiente sobre o campo estéril. PROCEDIMENTO FINAL PARA TODOS OS CURATIVOS Ação Justificativa 1. Proteger a área principal com gaze em quantidade suficiente para cobrir a área. ● Aplicar prescrito medicamento ou soluções se 2. Manter o curativo ocluído ou aberto, quando houver indicação. ● Datar o curativo se estiver ocluído 3. Retirar confortável. o impermeável e deixar o paciente 4. Deixar o ambiente em ordem ● Fazer a desinfecção da mesa auxiliar e/ou bandeja e da mesa de cabeceira com álcool a 70%. 5. Recolher o material e depositar em lugar apropriado 6. Retirar a luva e a máscara. Lave as mãos. 7. Registrar no prontuário: local, aspecto, coloração, secreções, tipo de limpeza, medicamentos e tipo de cobertura, intercorrências. TÉCNICA DE CURATIVO DE INCISÃO LIMPA Ação Justificativa 1. Seguir os passos iniciais de 1 a 18 2. Manipular adequadamente as pinças 3. Remover o curativo antigo com a pinça dente de rato, desprezando-a na borda do campo. ● Umedeça a gaze com solução salina se houver aderência à ferida. ● Retira a gordura da pele com tintura de Benjoim ou SF0,9%, se necessário 4. Não cruzar o local do curativo com lixo 5. Avaliar a característica da incisão 6. Montar adequadamente a gaze na pinça Kelly, auxiliada pela pinça anatômica e umedecida com soro fisiológico a 0,9%. ● Utilizar os dois lados da gaze para cada movimento de limpeza. 7. Fazer a limpeza da incisão cirúrgica de dentro para fora, de cima para baixo, com movimento único e firme, utilizando as duas faces da gaze, sem voltar ao início da incisão. ● Evita a transferência de microrganismo de volta a área limpa. 8. Secar a incisão de cima para baixo, em movimento unidirecional ou com pequenos toques, nunca voltando à gaze onde já passou. ● Evitar repuxos do fio de sutura; ● Observar persistência de sujidades e possíveis exsudatos; 9. Limpar com SF 0,9% e secar a pele proximal e distal da incisão, de cima para baixo, movimento firme, quantas vezes necessário; 10. Colocar solução antisséptica na incisão de cima para baixo, nunca voltando à gaze por onde já passou. (Retirar o excesso da solução antisséptica com a gaze seca.); 11. Proceder a finalização da técnica (1 a 7) 12. Datar e rubricar o curativo TÉCNICA DE CURATIVO DE FERIDA ABERTA LIMPA CONTAMINADA OU CONTAMINADA Ação Justificativa 1. Seguir os passos iniciais de 1 a 18 2. Manipular adequadamente as pinças 3. Remover o curativo antigo com a pinça dente de rato, desprezando-a na borda do campo. ● Umedeça a gaze com solução salina se houver aderência à ferida ● Retira a gordura da pele com tintura de Benjoim ou SF0,9%, se necessário 4. Não cruzar o local do curativo com lixo 5. Avaliar as características da ferida quanto à extensão, profundidade, bordas, tipo de leito, tipo e quantidade de exsudato. ● Possibilita acompanhamento da evolução da ferida. Usar escalas de medição e/ou registro fotográfico. 6. Montar adequadamente a gaze na pinça Kelly, auxiliada pela pinça anatômica e umedecer com soro fisiológico a 0,9%. ● Utilizar os dois lados da gaze a cada movimento de limpeza. 7. Fazer a limpeza dos arredores da ferida, da parte mais distal para a mais próxima da borda, iniciando em região superior e concluindo na região inferior, com movimento único e firme, utilizando as duas faces da gaze, sem voltar ao início da ferida. ● Evita a transferência de microrganismo de volta a área limpa. 8. Secar os arredores da ferida conforme método anterior, até as bordas da ferida, de cima para baixo, nunca voltando à gaze onde já passou. 9. Proceder com a limpeza do leito da ferida, utilizando gaze montada em pinça, conforme descrito anteriormente, ou realizar limpeza com jato de soro fisiológico por meio seringa e agulha 40x12, até completa remoção de exsudato e tecidos desvitalizados facilmente removíveis. 10. Aplicar cobertura primária conforme indicação, e cobertura secundária escolhida. Realizar finalização da técnica (1 a 7) ● Manter oclusivo ou semi-oclusivo conforme avaliação 10. Datar e rubricar o curativo TÉCNICA DE CURATIVO DE LESÃO POR PRESSÃO Ação Justificativa 1. Seguir os passos iniciais de 1 a 18 2. Manipular adequadamente as pinças 3. Montar adequadamente a gaze na pinça Kelly, auxiliada pela pinça anatômica para limpeza da pela ao redor 4. Remover o curativo antigo com a pinça dente de rato, desprezando-a na borda do campo. ● Umedeça a gaze com solução salina se houver aderência à ferida ● Retira a gordura da pele com tintura de Benjoim ou SF 0,9%, se necessário. 5. Não cruzar o local do curativo com lixo 6. Avaliar a característica da incisão 7. Montar adequadamente a gaze na pinça Kelly, auxiliada pela pinça anatômica e umedecida com soro fisiológico a 0,9%. 8. Fazer a limpeza da pele, de mais distante para a borda da ferida, de cima para baixo, com movimentos únicos e firmes, utilizando as duas faces da gaze, sem voltar ao início da incisão. 9. Secar as bordas da ferida de cima para baixo, nunca voltando à gaze onde já passou. 10. Limpar com soro fisiológico o leito da ferida por meio de jato com seringa e agulha 40x12 ● Atenção para a fístula. 11. Não secar a granulação, apenas retirar o excesso se necessário. Proteger a granulação com gaze umedecida com SF 0,9%; 12. Realizar a limpeza do esfacelo, iniciando pela base seguida da borda da ferida. Proteger o esfacelo com gaze umedecida com a medicação prescrita; 13. Reavaliar a gaze da granulação. Realizar a troca caso esteja suja. Limpar novamente a granulação caso seja necessário. 14. Realizar a limpeza da proeminência óssea com SF 0,9% e secar; 12. Manter o curativo ocluído; 13. Proceder a finalização da técnica (1 a 7) TROCA DO CURATIVO 6/6h ou de acordo com a prescrição TÉCNICA DE CURATIVO COM APROXIMAÇÃO DOS BORDOS EM DEISCÊNCIA CIRÚRGICA Ação Justificativa 1. Seguir os passos anteriores, 01 a 18 2. Preparar o material para fixação usando duas espátulas de madeira unidas por duas tiras de esparadrapo próximas das extremidades destas espátulas, sendo a distância entre elas variada conforme a extensão da deiscência 3. Colocar as espátulas nas bordas da ferida procurando aproximá-las o máximo possível, exercendo tensão adequada, de modo a manter a deiscência fechada ou semi-fechada. 4. Proceder ao final da técnica (1 a 7) TÉCNICA DE RETIRADA DE PONTOS DE SUTURA Conceito: Consiste na retirada de pontos cirúrgicos, conforme prescrição médica. Finalidade: Favorecer a cicatrização completa das bordas da ferida. Material necessário: idem anterior para limpeza da incisão e mais uma lâmina de bisturi ou tesoura de ponta. Ação Justificativa 1. Seguir os passos anteriores, 01 a 18 2. Realizar limpeza conforme Técnica de Incisão Limpa, porém sem ocluir a incisão. 3. Após, com o auxílio de uma pinça, segurar a extremidade de um ponto, fazer uma discretatração e com a tesoura ou lâmina, cortar logo abaixo do nó e removê-lo 5. Remover todos os pontos e após passar antisséptico no local e manter aberto. 6. Proceder com as finalizações da técnica. (1 a 7) Elaborado por Profª. Denise, Profª. Flávia, Profª. Lígia, Profª. Maria do Carmo, Profª. Marieta e Profª Andréia Data da Criação 2002 Revisado por Carine Santana Ferreira Marques Data da última Revisão 2024.2 OBSERVAÇÕES I. Os curativos cirúrgicos limpos e secos devem ser trocados e mantidos abertos após 24h; II. Curativos úmidos (seja por secreções ou banho) devem ser trocados tantas vezes quanto necessário, não ultrapassando o tempo de seis horas, para evitar a multiplicação de bactérias; III. Em pacientes com dois ou mais curativos (limpos e contaminados), realizar primeiro o limpo e depois o contaminado; IV. Cuidado ao retirar o curativo sujo para não arrancar drenos, cateteres, etc., que geralmente ficam aderidos ao curativo; UNIVERSIDADE TIRADENTES ENFERMAGEM: SEMIOLOGIA E SEMIOTÉCNICA POP: CURATIVO DE DRENO TORÁCICO INTRODUÇÃO Os pulmões são os principais órgãos da respiração, existindo entre eles uma região mediana denominada mediastino. Cada pulmão está envolto por um saco seroso completamente fechado, a pleura, que apresenta dois folhetos, um visceral, aderente ao pulmão, e outro parietal que forra a parede do hemitórax correspondente, e continua com o folheto visceral após reflexão ao nível do hilo do pulmão. (Fig.01) Figura 01 – Pleuras Entre a pleura parietal e a visceral existe uma cavidade virtual, a cavidade pleural, onde há alguns centímetros cúbicos (cm³) de líquido pleural. Na cavidade a pressão é negativa, fator este importante na mecânica respiratória. Portanto, o mecanismo normal da respiração funciona sob o princípio da pressão negativa, ou seja, a pressão na cavidade torácica é menor do que a pressão do ar atmosférico, fazendo assim, com que o ar penetre nas vias respiratórias. Haverá colapso do pulmão sempre que houver pneumotórax, devido à perda da pressão negativa; o mesmo ocorrerá diante da coleção de ar, líquidos ou de outras substâncias no tórax que comprometem a função cardiopulmonar. (Fig.02) Figura 02 – Pneumotórax à direita,provocando perda da pressão negativa e colabamento do pulmão direito. FINALIDADE ● Retirar substâncias do espaço pleural, auxiliando a reexpansão pulmonar por restauração da pressão negativa na cavidade pleural; ● Controlar a permeabilidade e funcionamento do sistema de drenagem torácica para garantir expansibilidade pulmonar; ● Detectar hemorragias; ● Punção para diagnóstico de patologias; ● Evitar acúmulo de líquido na cavidade torácica, por obstrução ou falha do sistema; ● Acelerar a retirada de ar e de líquidos do espaço pleural. MODALIDADES DE DRENAGEM – (Fig.04) Sistema subaquático de frasco único ou drenagem simples - A drenagem depende funcionalmente da gravidade, da mecânica da respiração e quando desejado, da aspiração pela adição de vácuo controlado. Para tanto a ponta do tubo de drenagem de tórax do paciente é coberto com uma camada de água que permite a drenagem, impede o colapso do pulmão e isola-o da atmosfera. Este tubo se estende aproximadamente 2,0 cm abaixo do nível de água no recipiente; Sistema de frasco duplo ou drenagem por sucção – A drenagem ocorre por sucção o sistema será montado com dois frascos, com coletor de drenagem e outro redutor, este último terá a função de reduzir a aspiração direta sobre o espaço pleural. Sistema de frasco triplo. Figura 03 – Exemplo de sistema de drenagem MATERIAL ● 02 Soluções fisiológicas - 500 mL (01 frasco para limpeza do frasco e 01 frasco para o selo d’água); ● Esparadrapo; ● Fita adesiva ● Pinças de pressão com extremidades protegidas; ● Mesa auxiliar; ● Balde ou aparadeira; ● Pacote de curativo; ● Pacote de gaze; ● Clorexidina tópica; ● EPI’s (luva de procedimento (03 pares), óculos de proteção e máscara descartável); ● Estetoscópio; ● Coxim e Impermeável TÉCNICA Ação Justificativa 1. Verificar o prontuário quanto à prescrição médica; 2. Identificar o paciente utilizando pelo menos dois identificadores (p. ex., nome e data de nascimento ou nome e número do prontuário do paciente) de acordo com políticas institucionais. 3. Lavar as mãos; ● Diminuir os microorganismos e consequentemente a incidência de infecções Cruzadas. 4. Encaminhar ao leito do paciente, depositar a bandeja sobre a mesa de cabeceira; ●Planejar as atividades e otimizar tempo. 5. Explicar ao paciente o que será feito; ● Estimular a participação e cooperação. 6. Fechar portas, janelas e colocar biombo (SN); ● Respeitar a privacidade do paciente. 7. Calçar as luvas e realiza a limpeza da mesa de alimentação, parte inferior da bandeja, passar para a mesa de alimentação e limpar a manivela da cama; ●Planejamento das atividades. 8. Retirar as luvas; 9. Posicionar adequadamente o lixo com os pés sem tocar com as mãos; 10. Preparar o esparadrapo; 11.Calçar as luvas de procedimento e máscaras; 12. Colocar o paciente em posição confortável, expondo apenas a área a ser tratada; 13. Realizar ausculta pulmonar; ● Avaliar sons pulmonares. 14. Posicionar coxim e impermeável; 15. Trocar as luvas de procedimento; 16. Abrir o pacote com técnica asséptica posicionar as pinças como a técnica de curativo; 17. Colocar no campo gazes suficientes; 18. Remover o curativo antigo com a pinça dente de rato, desprezando-a na borda do campo; 19. Avaliar características do óstio onde está inserida o dreno; 20. Fazer a limpeza com SF 0,9% do óstio em semilua com movimento único e firme, utilizando as duas faces da gaze. Secar em seguida; ● Realizar a limpeza iniciando de fora para dentro, quando contaminado e de dentro para fora quando limpo, utilizando as duas faces da gaze. ● Não utilizar clorexidina no óstio 21. Fazer a limpeza com SF 0,9% da pele proximal do óstio em semilua, com movimento único e firme, utilizando as duas faces da gaze. Secar em seguida; 22. Fazer a limpeza com SF 0,9% da pele distal do óstio em semilua, com movimento único e firme, utilizando as duas faces da gaze. Secar em seguida; 23. Realizar a limpeza do dreno com SF 0,9% e secar, no sentido óstio - dreno; 24. Fazer a limpeza com clorexidina da pele proximal do óstio em semilua, com movimento único e firme, utilizando as duas faces da gaze. 25.Fazer a limpeza com clorexidina da pele distal do óstio em semilua, com movimento único e firme, utilizando as duas faces da gaze. Secar em seguida; 26. Realizar a limpeza do dreno com clorexidina, no sentido óstio - dreno; 27. Cobrir a incisão com gaze simples; ● Mantém o curativo ocluído, protegendo o dreno. 28. Fixar o esparadrapo; 29. Identificar o curativo com data, horário e assinatura; 30. Ordenhar extensão do dreno, se necessário; ● Passar SF 0,9 % para fazer a ordenha da extensão, evitando a obstrução do dreno e da tubulação por coágulos e fibrina. Observar a integridade do dreno 31. Pinçar a extensão do dreno com o clamp existente OU uma pinça de compressão com a extremidade protegida com gaze; 32. Abrir o frasco de drenagem, girando o frasco e segurando a tampa sem tocar na parte interna, e deixar escorrer o líquido da extensão para dentro do frasco; ● Evitar contaminação do material e diminuir a incidência de infecções. 33. Segurar a tampa; 34.Medir a quantidade e observar o aspecto da drenagem, desprezando o conteúdo na aparadeira; 35.Colocar pequena quantidade de soro para lavar (retirar resíduos) no frasco e desprezar; 36. Colocar soro fisiológico ou água esterilizada de modo que a extremidade do dreno fique imersa 02 cm na água; ● Existem diversos tamanhos de frasco coletor desde 250 ml a 5000 ml. Portanto a quantidade desta solução dependerá do tamanho do frasco. 37. Fechar o frasco coletor e observe se está bem vedada; ● Evita a entrada de ar no sistema. 38. Soltar a pinça de pressão OU clamp do dreno 38. Marcar o nível do selo d’água do frasco com esparadrapo no lado de fora do frasco de drenagem. Identificar: data hora, volume de soro deixado no selo d´águae assinatura; ● A fim de mostrar a quantidade de perda de líquido, e a rapidez com que está sendo drenado. 39. Pedir para o cliente tossir e avaliar o funcionamento da drenagem; ● Orientação geral ao paciente como inspiração profunda, tossir a intervalos frequentes (Deverá oscilar). 40. Manter frasco coletor abaixo do nível do tórax, assegurando o fluxo gravitacional; 41. Observar frequentemente a oscilação do nível do soro fisiológico na haste longa do frasco coletor; ● A fim de verificar se está havendo a permeabilidade do sistema de drenagem. 42. Observar frequentemente se há borbulhamento constante no frasco selado; ● A fim de detectar precocemente vazamento de ar no sistema de drenagem, que poderá resultar em pneumotórax hipertensivo. 43. Retirar as luvas e vestir nova luva de procedimento; 44. Retirar coxim e impermeável, deixar o paciente em posição confortável; 45. Realizar nova ausculta pulmonar; ● Verificar se houve alterações de sons. 46. Recompor a unidade; 47. Encaminhar material drenado para o expurgo; 48. Retirar luvas e lavar as mãos; 49. Realizar evolução de enfermagem: aspecto do curativo, quantidade de secreção drenada, coloração, odores e quantidade de líquido deixado no selo d’água. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA POTTER, Patrícia A.; PERRY, Anne G. Fundamentos de Enfermagem. Tradução: Ritomy et al. 11ª Edição. Rio de Janeiro: Elsevier, 2024. TIMBY, Bárbara K. Conceitos e habilidades fundamentais no atendimento de enfermagem. Tradução: UNICOVSKY, Margarita Ana Rubin. 10ª edição. Porto Alegre: Artmed, 2014. Elaborado por Profª Denise, Profª Flávia, Profª Lígia, Profª Mª do Carmo, Profª Marieta e Profª Andréia Data da Criação 2004 Revisado por Professores: Carla Viviane Data da última Revisão 2024.1 UNIVERSIDADE TIRADENTES ENFERMAGEM: SEMIOLOGIA E SEMIOTÉCNICA POP: CURATIVO DE DRENO DE PENROSE MATERIAL ● Soro Fisiológico 0,9% a temperatura ambiente ou a 37ºC; ● Algodão e álcool a 70%; ● Soluções antissépticas (Gluconato de Clorexidina); ● Luva de Procedimento e luva estéril (este último se não houver as pinças); ● Compressa cirúrgica de algodão estéril (gaze algodoada, se necessário); ● Pacote de Curativo (01 pinça Kelly ou 01 pinça Kocher, 01 pinça dente de rato e 01 pinça anatômica); ● Cobertura aderente adequada (esparadrapo, micropore, transpore, filme transparente); ● Cobertura primária especial (se necessário) como: hidrocolóides, alginatos, hidrogel, papaína, AGE, bota de unna, carvão ativado); ● Cobertura secundária adequada, como gaze estéril, filme transparente; ● Cuba redonda estéril ● Máscara descartável e óculos; ● Seringa de 20 mL e agulha de 40x12 (se necessário); ● Lixo. PROCEDIMENTO INICIAL PARA TODOS OS CURATIVOS Ação Justificativa 1. Levantamento de dados sobre o curativo e a ferida (dimensões da ferida, quantidade e tipo de exsudato, odor, frequência de troca) ● Possibilitar avaliações indicativas da necessidade de troca do curativo, os materiais utilizados para o planejamento do curativo 2. Verificação da prescrição médica ou prescrição de enfermagem quanto ao tipo de material para curativo a ser utilizado ● Ajudar no planejamento e preparação do material 3. Avaliação do nível e as características da dor do paciente ● Administrar analgesia prescrita 4. Lavar as mãos ● Reduzir a transmissão de microrganismos 5. Reunir materiais ● Planejamento da atividade e otimização do tempo 6. Encaminhar-se ao leito do paciente, deposita a bandeja sobre a mesa de cabeceira ∙ 7. Explicar a necessidade da troca do curativo ● Aliviar a ansiedade e promover a cooperação 8. Manter a privacidade do paciente. Fechar portas e janelas e utilizar biombo. ● Humanização da assistência 9. Calçar a luva e realiza a limpeza da mesa de alimentação, parte inferior da bandeja, passa para a mesa de alimentação e manivela da cama ∙ 10. Retirar as luvas ∙ 11. Preparar o esparadrapo ∙ 12. Calçar a luva de procedimento, máscara e óculos ● Proteger o paciente e o profissional de contaminação. 13. Posicionar o paciente de modo a permitir o acesso ● Promover o conforto ao paciente e a ao curativo destreza do cuidador/enfermagem 14. Proteger a roupa de cama com impermeável ou ∙ forro sob o local do curativo 15. Posicionar adequadamente o lixo com os pés sem tocar com as mãos. ∙ 16. Depositar o pacote de curativo sobre uma mesa auxiliar e abri-lo com técnica asséptica. 17. Colocar as pinças com os cabos voltados para a borda do campo. 18. Colocar gazes em quantidade suficiente sobre o campo estéril. PROCEDIMENTO FINAL PARA TODOS OS CURATIVOS Ação Justificativa 1. Proteger a área principal com gaze em quantidade suficiente para cobrir a área. ● Aplicar prescrit o medicamento ou soluções se 2. Manter o curativo ocluído ou aberto, quando houver indicação. ● Datar o curativo se estiver ocluído 3. Retirar confortável. o impermeável e deixar o paciente 4. Deixe o ambiente em ordem ● Fazer a desinfecção da mesa auxiliar e/ou bandeja e da mesa de cabeceira com álcool a 70%. 5. Recolha o material e deposite em lugar apropriado 6. Retire a luva e a máscara. Lave as mãos. 7. Registrar no prontuário: local, aspecto, coloração, secreções, tipo de limpeza, medicamentos e tipo de cobertura, intercorrências. TÉCNICA DE CURATIVO DE DRENO DE PENROSE Ação Justificativa 1. Seguir os passos iniciais de 1 a 18 2. Manipular adequadamente as pinças 3. Montar adequadamente a gaze na pinça Kelly, auxiliada pela pinça anatômica 4. Remover o curativo com as luvas, trocar as luvas para dar continuidade no procedimento; ● Umedecer a gaze com solução salina se houver aderência à ferida. ● Desengordurar a pele com tintura de benjoim ou SF0,9% se necessário. ● Manter a pinça dente de rato estéril, para tracionar o dreno. 5. Não cruzar o local do curativo com lixo 6. Avaliar a característica do ostio e do exsudato 7. Fazer a tração ou mobilização do dreno conforme a prescrição médica, utilizando a pinça dente de rato; 8. Montar adequadamente a gaze na pinça Kelly, auxiliada pela pinça anatômica e umedecida com soro fisiológico a 0,9%. 9. Fazer a limpeza da pele, do mais distante para a borda da ferida, de cima para baixo, com movimentos únicos e firmes, utilizando as duas faces da gaze, sem voltar ao início da incisão. 10. Secar a pele de cima para baixo, nunca voltando à gaze onde já passou. 11. Limpar com soro fisiológico o óstio e dreno no sentido: do ostio para dreno. 12. Retirar o excesso do soro com a gaze seca. 13.Depositar uma gaze na parte superior e posicionar o dreno sobre a gaze para realizar a limpeza na parte inferior do dreno 14. Repetir o movimento da limpeza e secar na parte inferior 15. Após a limpeza descer o dreno com a pinça anatômica e desprezar a gaze utilizada 16. Manter o curativo ocluído com gaze simples, gaze algodoada e esparadrapo, ou utilizar a bolsa coletora 17. Proceder a finalização da técnica (1 a 7) TROCA DO CURATIVO 6/6h ou de acordo com a prescrição Elaborado por Profª. Denise, Profª. Flávia, Profª. Lígia, Profª. Maria do Carmo, Profª. Marieta e Profª Andréia Data da Criação 2002 Revisado por Carine Marques, Elisângela Minari, Lenilson Trindade, Adriana Amado Data da última Revisão 2024.2 UNIVERSIDADE TIRADENTES ENFERMAGEM: SEMIOLOGIA E SEMIOTÉCNICA POP: CURATIVO DE CATETER VENOSO CENTRAL INTRODUÇÃO O Cateter Venoso Central (CVC) é um dispositivo utilizado em pacientes que apresentam inviabilidade de acesso venoso periférico. O CVC possui maior calibre em comparação ao acesso venoso periférico, com isso pode ser infundido grandes volumes de líquidos. A sua inserção é procedimento médico, porém após ser introduzido, se faz necessário os cuidados de enfermagem, a fim de observar e prevenir complicações como infecções. FINALIDADE ● Administrar medicamentos; ● Reposição rápida de fluidos ou sangue durante trauma ou cirurgia; ● Administrar hemoderivados; ● Monitorização hemodinâmica invasiva (pressão venosa central, pressão de artéria pulmonar, débito cardíaco); ● Coleta de amostras sanguíneas para análises laboratoriais;● Acesso vascular para a infusão de soluções cáusticas, irritantes ou hiperosmóticas; ● Terapêutica substitutiva renal de urgência (hemofiltração, hemodiálise); ● Acesso vascular de longo prazo para nutrição parenteral prolongada ou quimioterapia; REGIÕES DE INSERÇÃO DOS CATETERES CENTRAIS A rede venosa mais utilizadas para inserção de cateteres centrais são (figura 1): 1 Veia julgular interna 2 Veia subclávia 3 Veia femoral Figura 1: Areas de inserção do CVC ● Cateteres centrais de longa permanencia, são eles: cateter central de inserção periférica - PICC), e Porth-a-catth. ● Cateteres de curta permanência, são eles: Cateter central não tunelizado ( tipo intracath), cateter da artéria pulmonar (tipo Swan Ganz) e o cateter de hemodialise (tipo: Shilley, Permcath e Portocath). TIPOS DE DISPOSITIVOS DE ACESSO VENOSO CENTRAL Figura 2: Intracath Figura 3: Intracath Figura 4: Intracat 3 1 via 2 vias (duplo lume) vias (triplo lume) Figura 5: Porth-a- Figura 6: Cateter artéria catth pulmonar (Swan Ganz) Fonte: Domínio público (2019). MATERIAL ● Soro fisiológico 0,9% a temperatura ambiente; ● Álcool a 70%; ● Algodão; ● Solução antisséptico tópico (Clorexidina alcoólica a 0,2% ou 0,5%); ● Compressa cirúrgica não estéril; ● Impermeável; ● Toalha de rosto; ● Luva de procedimento; ● Luva estéril; ● Máscara; ● Gorro; ● Transofix; ● 02 pacotes de gazes estéreis; ● Cobertura aderente adequada (filme transparente estéril, fita micropore ou esparadrapo); ● Lixo. TÉCNICA TROCA DE CURATIVO Ação Justificativa ● Levantar dados sobre o curativo (frequência de troca, dimensão) ● Possibilitar avaliações indicativas da necessidade de troca do curativo, os materiais utilizados para o planejamento do curativo. ● Verificar prescrição de enfermagem ou médica quanto ao tipo de material para o curativo a ser utilizado. ● Ajuda no planejamento e preparação do material. ● Avaliar o nível e as características da dor do paciente. ● Administrar analgesia prescrita. ● Lavar as mãos. ● Reduzir a transmissão de microorganismo. ● Reunir materiais. ● Planejamento da atividade e otimização do tempo. ● Encaminhar-se ao leito do paciente, depositar a bandeja sobre a mesa de cabeceira ● Explicar o procedimento ao paciente. ● Promover eficiência, diminuir a ansiedade e assegurar a colaboração. ● Manter a privacidade do paciente. Fechar portas janelas e biombo. ● Humanização da assistência. ● Colocar EPI’s, com mão enluvada, realizar a limpeza da mesa de alimentação, parte inferior da bandeja e manivela da cama. ● Proteger paciente e o profissional de contaminação. ● Retirar as luvas. ● Preparar esparadrapo (caso não tenha filme transparente estéril). ● Posicionar adequadamente o lixo. ● Calçar luva de procedimento. ● Posicionar o paciente em decúbito dorsal e com a cabeça voltada para o lado contrário da inserção do cateter. ● Promover o conforto ao paciente e a destreza do cuidador/enfermagem. ● Proteger a roupa de cama com impermeável ou forro sob o local do curativo. ● Depositar pacote de luva estéril sobre a mesa auxiliar e abri-lo com técnica asséptica. ● Depositar gazes em quantidade suficiente sobre o campo estéril (ou filme transparente estéril se disponível). ● Preparar o frasco do SF 0,9% (desinfecção) com transofix. ● Abrir clorexidina alcoólica 0,5%. ● Remover o curativo antigo com luva de procedimento. ● Umedeça a gaze com solução salina se houver aderência. ● Observar as características da pele e do óstio (se há sinais flogísticos). ∙ ● Não cruzar o local do curativo com o lixo. ● Retirar a luva de procedimento. ● Calçar luva estéril (nesse momento se preferir dobrar e separar as gazes, facilita a realização da técnica). ● Umedecer gaze estéril com SF 0,9% (Contaminar mão não dominante com frasco de SF 0,9%). ● Utilizar apenas um lado da gaze para cada movimento da limpeza. ● Realizar a limpeza do óstio com SF 0,9%, em semi- lua, com movimento único e firme. Secar em seguida. ● Evitara transferência de microorganismo de volta a área limpa. ● Evitar repuxos do fio de sutura; ● Observar persistência de sujidade e possíveis exsudatos; ● Realizar limpeza da pele próxima ao óstio com SF 0,9%, em semi-lua, com movimento único e firme, utilizando um lado da gaze. Retira o excesso do soro com gaze seca. ● Realizar a limpeza iniciando de fora para dentro, quando contaminado e de dentro para fora quando limpo. ● Realizar limpeza de pele distal ao óstio com SF 0,9%, em semi-lua, com movimento único e firme, utilizando um lado da gaze. Secar em seguida. ● Realizar limpeza da parte superior da extensão do CVC com SF 0,9%, sentido óstio para extremidade distal. Secar em seguida. ● Umedecer a gaze com clorexidina alcoólica e realizar a antissepsia do óstio, pele próxima, distal, extensor, e depois secá-los (na mesma ordem da limpeza). ● Depositar gazes na parte superior da extensão do CVC, e posicionar a extensão voltada para cima, a fim de realizar da limpeza da parte inferior. ● Manipular a extensão do CVC com cuidado para não exteriorizá-lo. ● Repetir os mesmos movimento da limpeza, utilizando SF 0,9% e clorexidina alcoólica para a parte inferior. ● Após a limpeza desce a extensão do CVC utilizando gazes e a despreza no lixo. ● Manter o curativo ocluído com gaze estéril simples e esparadrapo, ou micropore ou filme transparente, (abrir de forma estéril e colocar no paciente, não havendo necessidade de gaze estéril). ● Filme transparente permite a visualização direta do sítio de inserção do CVC e a troca é realizada a 7 dias ou sempre que necessário. ● Identificação do curativo (data, hora e assinatura de quem realizou). ● Retirar o impermeável e deixar o paciente confortável. ● Deixar o ambiente em ordem. ● Fazer desinfecção da mesa auxiliar e/ou bandeja e na mesa de cabeceira com álcool 70%. ● Recolha o material e deposite em lugar apropriado. ∙ ● Retirar os EPI´s. Lavar as mãos. ● Reduzir a transmissão de microorganismos. ● Anotar no prontuário (como estava o sítio de inserção do CVC, se havia sinais flogísticos, material utilizado para limpeza e antissepsia, cobertura utilizada e se houve intercorrências. OBSERVAÇÕES ● Realizar o procedimento completamente estéril; ● Observar rigorosamente local de inserção do CVC e se está exteriorizando; ● Cuidado para não exteriorizar o CVC ao retirar o curativo anterior; ● Observar se no sítio de inserção se possui hematomas, enfisema subcutâneo, edema, sangramentos, hiperemia, dor, rubor e secreção purulenta; ● Primeiro curativo logo após a inserção é realizado pelo médico com fita microporosa hipoalergênica e após 24h, deverá ser trocado por enfermeiro, a depender da CCIH do hospital; ● Troca de curativo a cada 48 ou 72 horas a depender da CCIH do hospital. Podendo ser realizado a troca antes desse período, se tiver presença de sujidades. ● Troca de curativo tipo película transparente a cada 7 dias ou conforme orientação da CCIH do hospital. Podendo ser realizada a troca antes desse período, se houver sujidade. MODELO DE REGISTRO DE ENFERMAGEM 24.07.2024 - 08h – Realizado troca de curativo de cateter venoso central de duplo lume, número do cateter, com técnica asséptica em veia subclávia esquerda. Óstio e pele íntegros, sem presença de sinais flogísticos. utilizado 1 ampola de 10ml de SF 0,9% e antissepsia com 0,5 ml de clorexidina alcoólica a 0,5%. Ocluído com filme transparente. Procedimento realizado sem intercorrências. Ac. Enf. Unit. Juliana Prado -------x---------x------ BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 1. CENTER FOR DISEASE CONTROL AND PREVENTION. Departament of Health and Humans Services-USA. Guidelines for the Prevention of Intravascular Catheter-Related Infections [on line]. p. 27-28, 2011; [citado 2019 maio 18]. Disponível em: http://www.cdc.gov/hicpac/pdf/guidelines/bsi- guidelines-2011.pdf 2. INSTITUTE FOR HEALTHCARE IMPROVEMENT. How-to Guide: Prevent CentralLine-Associated Blood stream Infections (CLABSI). [on line]. 2012; [citado 2019 maio 19]. Disponível em: http://www.ihi.org/resources/Pages/Changes/ImplementtheCentralLineBundle.aspx3. MARRA, A.; MANGINE, C.; CARRARA, D. et al. Medidas de prevenção de infecção da corrente sanguínea. In: AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA. Medidas de Prevenção de Infecção Relacionada à Assistência à Saúde. Brasil: Brasília, 2013. 4. POTTER, Patricia A.; PERRY, Anne Griffin. Fundamentos de enfermagem. 8ª edição. Rio de Janeiro, RJ: Elsevier, 2013. 1391 p.: il.; 28 cm. 5. OLIVEIRA, F.T.; STIPP, M.A.C.; SILVA, L.D.; FREDERICO, M.; DUARTE, S.C.M. Comportamento da equipe multiprofissional frente ao Bundle do Cateter Venoso Central na Terapia Intensiva. Esc Anna Nery, 2016; 20(1):55-62 p. [on line]. 2012; [citado 2019 maio 19]. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/ean/v20n1/1414-8145-ean-20-01-0055.pdf Elaborado por: Profa. Deyse Mirelle Data da Criação 05/2019 Revisado por: Profa. Carine Marques Data da última Revisão 2021.2 http://www.cdc.gov/hicpac/pdf/guidelines/bsi-guidelines-2011.pdf http://www.ihi.org/resources/Pages/Changes/ImplementtheCentralLineBundle.aspx http://www.scielo.br/pdf/ean/v20n1/1414-8145-ean-20-01-0055.pdf UNIVERSIDADE TIRADENTES ENFERMAGEM: SEMIOLOGIA E SEMIOTÉCNICA POP: CARACTERÍSTICAS DAS SERINGAS INTRODUÇÃO Existem tamanhos variados de seringas, e estas são graduadas em mL, cc ou em unidades. Esta graduação modifica conforme o tamanho da seringa: 1 mL, 3 mL, 5 mL, 10 mL, 20 mL, 50 mL, 60 mL, 100 mL, 150 mL FINALIDADE � Administração de medicamentos � Administração de dietas � Aspiração de secreção � Coleta de amostras para exames � Lavagem gástrica. PARTES DA SERINGA ● Extremidade (Bico – luer slip ou rosca – luer lock) ● Corpo ou cilindro ● Êmbolo Técnica CARACTERÍSTICAS DAS AGULHAS INTRODUÇÃO As agulhas são numeradas de acordo com o tamanho de sua luz (trata-se do calibre da agulha). O comprimento da haste é escolhido de acordo com a via de administração, levando-se em consideração a idade e a massa muscular do local a ser aplicado. PARTES DA AGULHA ● Capa protetora ● Bisel ● Haste metálica ● Canhão Exemplo de medida de agulhas (Empresa: BD) ● Numerações (Relação calibre x tamanho) Exemplo: agulha 25x7 significa tamanho / comprimento = 25; calibre = 7 Temos no mercado: 13x4,5/ 10x5,5/ 25x6,0/ 25x7,0/ 25x8,0/ 30x7,0/ 30x8,0/ 40x10/ 40x12 OBSERVAÇÃO ● Uso individual e único; ● As agulhas de calibre maior (0,8 e 1,2) são utilizadas para administração de medicamentos viscosos e espessos; ● As agulhas de calibre menor (0,6 e 0,7) são utilizadas para administração de solução aquosa; ● Apresentação avulsa ou juntamente com a seringa; ● Não reencapar e descartar em recipiente apropriado para pérfuro-cortantes. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA POTTER, Patrícia A.; PERRY, Anne G. Fundamentos de Enfermagem. Tradução: Ritomy et al. 8ª Edição. Rio de Janeiro: Elsevier, 2013. TIMBY, Bárbara K. Conceitos e habilidades fundamentais no atendimento de enfermagem. Tradução: UNICOVSKY, Margarita Ana Rubin. 10ª edição. Porto Alegre: Artmed, 2014. Elaborado por Profa. Andréia e Denise Data da Criação 2002 Revisado por Professores: Carine Marques, Elisângela Minari, Lenilson Trindade Data da última Revisão 2021.2 Assinatura da Validação UNIVERSIDADE TIRADENTES ENFERMAGEM: SEMIOLOGIA E SEMIOTÉCNICA POP: ASPIRAÇÃO DE MEDICAMENTO AMPOLA DE VIDRO OU PLÁSTICA INTRODUÇÃO - Consiste na retirada de líquidos do interior de um recipiente lacrado de vidro ou plástico contendo dose de determinado medicamento. FINALIDADE - Aspirar a dose correta do medicamento da ampola utilizando técnica asséptica para reduzir o potencial de contaminação durante o procedimento. RECOMENDAÇÕES PARA USO ✔Ampolas com sobras sem recomendações para armazenamento devem ser desprezadas após o USO. Caso seja necessário ou indicado armazenamento da droga conforme estabilidade e acondicionamento, utilizar seringa devidamente identificada. ✔Deve-se ter cuidado para não contaminar a agulha tocando a borda da ampola. MATERIAL ✔ 01 ampola de vidro ou plástica; ✔ 01 seringa adequada ao volume a ser aspirado; ✔ 01 agulha de aspiração (40x12, 30x7; 30x8; 25x7; 25x8); ✔ Bolas de algodão com álcool 70%; ✔ Fita adesiva; ✔ Caneta; ✔ Bandeja; ✔ Máscara e luva de procedimento se necessário (alergias, particularidades medicamentosas, entre outros) Figura 1. Ampolas de Vidro. Figura 2. Ampola de Figura 3. Dispositivo plástico. para quebra de ampola de vidro. DESCRIÇÃO DA TÉCNICA Ação Justificativa/ Objetivo 1. Verificar o prontuário, medicação e dose prescrita; ● Realizar cálculo de medicamento. 2. Fazer a etiqueta da seringa: Nome do paciente, leito, medicamento, dose, via, data, hora e assinatura; ● Garantir a administração apropriada do medicamento. 3. Realizar desinfecção da bandeja; 4. Lavar as mãos; 5. Selecionar o material 6. Abrir o invólucro da seringa pelo lado do êmbolo, sem rasgar; 7. Abrir o invólucro da agulha pelo lado do canhão, sem rasgar; 8. Após conectar seringa e agulha, retirar pressão interna da seringa. 9. Manter o bisel voltado para baixo em relação à graduação da seringa, para aspiração do medicamento; 10. Segurar na parte superior da ampola e realizar movimentos circulares para distribuir todo o medicamento para a parte inferior da mesma (se necessário). 11. Realizar desinfecção da ampola (gargalo) com álcool 70%, movimentos circulares; 12. Abrir a ampola na direção contrária ao seu corpo utilizando algodão seco no gargalo. 13. Inserir a agulha na ampola, evitando tocar a parte externa da mesma; ● Manter a esterilidade da agulha 14. Manter a graduação da seringa voltada para seus olhos; ● Visualizar a aspiração de medicação na quantidade prescrita 15. Aspirar conteúdo desejado respeitando técnica asséptica. 16. Atentar para manter bisel em contato direto com medicamento durante a técnica de aspiração. ● Facilitar a retirada completa da medicação e evitar a entrada de ar na seringa 17. Aspirar apenas volume desejado, utilizando graduação da seringa. ● Evitar desperdício de medicamento. 18. Reencapar a agulha de maneira segura; 19. Observar a presença de ar na seringa, retirando-o com técnica; 20. Desprezar a ampola de vidro em recipiente apropriado 21. Trocar a agulha para administração em caso de administração por via intramuscular, intradérmica ou subcutânea. 22. Identificar a seringa 23. Lavar as mãos REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA CARRARETTO, Antônio Roberto; CURI, Erick Freitas; ALMEIDA, Carlos Eduardo David de; ABATTI, Roberta Eleni Monteiro. Ampolas de Vidro: Riscos e Benefícios. Rev Bras Anestesiol 2011;61(4): 513-521. POTTER, Patrícia A.; PERRY, Anne G. Fundamentos de Enfermagem. Tradução: Ritomy et al. 8ª Edição. Rio de Janeiro: Elsevier, 2013. TIMBY, Bárbara K. Conceitos e habilidades fundamentais no atendimento de enfermagem. Tradução: UNICOVSKY, Margarita Ana Rubin. 10ª edição. Porto Alegre: Artmed, 2014. CLAYTON, Bruce D; STOCK, Yonne N; MARINHO, Alcides J. Farmacologia na prática de enfermagem. 15ª Ed. Rio de Janeiro, RJ: Elsevier, 2012. xiii, 893 p.: il.; 28 cm. SILVA, Sandra Regina L.P.T; SILVA, Marcelo Tardelli da. Cálculo e administração de medicamentos na enfermagem. 3ª Ed. São Paulo, SP: Martinari, 2011. 312 p.: il.; 24 cm. Elaborado por Profa. Denise, Profa. Flávia, Profa. Lígia, Profa. Maria do Carmo. Data da Criação 2002 Revisado por Professores: Carine Marques, Elisângela Minari, Lenilson Trindade Data da última Revisão 2021.2 UNIVERSIDADE TIRADENTES ENFERMAGEM: SEMIOLOGIA E SEMIOTÉCNICA POP: RECONSTITUIÇÃO E ASPIRAÇÃO DE MEDICAMENTO FRASCO-AMPOLA INTRODUÇÃO - Consiste na adição de um líquido (diluente) para dentro do frasco-ampola onde contem pó, a fim de realizar a reconstituição, ou seja, transformação do pó em líquido e posteriormente aspirar a quantidade de medicamento desejado através da borracha auto vedante. - As medicações parenterais apresentadas em frasco-ampola podem ser líquidas. Caso se apresentarem em pó, precisam ser diluídas. FINALIDADE - Aspirar a dose correta do medicamento do frasco-ampola utilizando técnica asséptica para reduzir o potencial de contaminação durante o procedimento. RECOMENDAÇÕESPARA USO ✔ Caso não seja utilizado todo o volume do frasco-ampola o restante poderá ser guardado para futuras aplicações (deve-se consultar o farmacêutico e certifica-se sobre local e tempo de conservação). MATERIAL ✔ 01 frasco -ampola ✔ Diluente (Soro Fisiológico 0,9% e/ou Água Destilada) ✔ 01 seringa adequada ao volume a ser aspirado ✔ 01 agulha de aspiração (30x7; 30x8; 25x7; 25x8) ✔ Bolas de algodão e álcool à 70% ✔ Pinça ou lâmina de bisturi (quando houver tampa metálica) ✔ Fita adesiva ou etiqueta para identificação ✔ Saco para lixo ✔ Descarte para perfuro-cortante ✔ Caneta ✔ 01 bandeja ✔ EPI’s: Luva (em caso de alergia ao medicamento, gravidez, ATB), máscara, gorro. Figura 1. Frasco-ampola com tampa de plástico e tampa metálica DESCRIÇÃO DA TÉCNICA Ação Justificativa/ Objetivo 1. Verificar o prontuário e a medicação prescrita; 2. Fazer a etiqueta da seringa: Nome do paciente, leito, medicamento, dose, via, data, hora e assinatura; 3. Realizar desinfecção da bandeja; 4. Lavar as mãos; 5. Selecionar o material e depositá-lo na bandeja; 6. Aspirar a quantidade de diluente suficiente para fazer a reconstituição (nos casos da medicação parenteral ser em pó), Conforme bancada de aspiração de medicamentos em ampola; ● Utilizar 4 ou 5 ml do diluente para a reconstituição; ●Lembrar de retirar o ar, evitando embolia gasosa no paciente. 7. Realizar a desinfecção da tampa metálica com bola de algodão embebida em álcool a 70%; 8. Retirar a tampa metálica central junto à cobertura de borracha, quando houver; 9. Realizar a desinfecção da tampa de borracha com bola de algodão embebida em álcool a 70%; 10. Perfurar a tampa de borracha com a agulha, instilar o diluente e homogeneizar a solução com movimentos suaves e circulares; ●Manter a esterilidade da agulha ●Caso retire a agulha para a homogeneização, NÃO ESQUECER de fazer nova desinfecção. ●O valor do diluente deve ser observado de acordo com a concentração do medicamento. 11. Segurar o frasco-ampola entre o dedo indicador e médio, e a seringa com os dedos mínimo, anelar e polegar; 12. Inverter o frasco ampola mantendo-a no nível dos olhos; ●Facilitar a retirada do medicamento. 13. Manter a graduação da seringa voltada para seus olhos ● Visualizar a aspiração de medicação na quantidade prescrita. 14. Colocar a extremidade da agulha abaixo do nível do medicamento; ●Facilitar a retirada completa da medicação e evitar a entrada de ar na seringa. 15. Puxar o êmbolo para trás; ● Aspirar o medicamento no volume necessário. 16. Retirar a agulha do frasco ampola quando o volume desejado já estiver no cilindro da seringa; 17. Reencapar a agulha de maneira segura; 18. Observar a presença de ar na seringa, retirando-o com técnica; 19. Trocar a agulha para administração; 20. Desprezar o frasco ampola de vidro em recipiente apropriado; 21. Guardar o restante do volume do frasco ampola em local apropriado devidamente identificado, em local apropriado. ● O medicamento não utilizado pode ser mantido para uso futuro. Conforme indicação da droga. 22. Identificar a seringa; 23. Lavar as mãos. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA POTTER, Patrícia A.; PERRY, Anne G. Fundamentos de Enfermagem. Tradução: Ritomy et al. 8ª Edição. Rio de Janeiro: Elsevier, 2013. TIMBY, Bárbara K. Conceitos e habilidades fundamentais no atendimento de enfermagem. Tradução: UNICOVSKY, Margarita Ana Rubin. 10ª edição. Porto Alegre: Artmed, 2014. CLAYTON, Bruce D; STOCK, Yonne N; MARINHO, Alcides J. Farmacologia na prática de enfermagem. 15ª Ed. Rio de Janeiro, RJ: Elsevier, 2012. xiii, 893 p.: il.; 28 cm. SILVA, Sandra Regina L.P.T; SILVA, Marcelo Tardelli da. Cálculo e administração de medicamentos na enfermagem. 3ª Ed. São Paulo, SP: Martinari, 2011. 312 p.: il.; 24 cm. Elaborado por Profa. Denise, Profa. Flávia, Profa. Lígia, Profa. Maria do Carmo. Data da Criação 2002 Revisado por Professores: Carine Marques, Elisângela Minari, Lenilson Trindade. Data da última Revisão 2021.2 UNIVERSIDADE TIRADENTES ENFERMAGEM: SEMIOLOGIA E SEMIOTÉCNICA POP: ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS PELA VIA INTRADÉRMICA INTRODUÇÃO - Consiste na administração de medicamento na derme. FINALIDADE - Para testes de sensibilidade e imunização como a BCG; LOCAIS DE APLICAÇÃO - Regiões pobres em pelos, de pouca pigmentação, ausência de tatuagens, fácil acesso e superfície pouco vascularizada: ✔ Face interna ou ventral do antebraço; ✔Região escapular e infra clavicular; ✔Vacina BCG: porção inferior do deltoide direito. PARTICULARIDADES DA VIA INTRADÉRMICA ✔ Volume máximo de administração: até 1 ml (0,1 – 1ml) ✔ Ângulo de aplicação: 5 a 15 graus. ✔ Posicionamento do bisel: para cima. ✔ POSIÇÃO DO PACIENTE: o paciente deve estar sentado com o antebraço descoberto e apoiado sobre uma superfície plana (Face interna ou ventral do antebraço). MATERIAL ✔Agulha (calibre 25x7, 30x7 ou 30x8 mm) para aspirar ✔Agulha (calibre 10x5 ou 13x4,5 mm) para administrar ✔Medicamento prescrito ✔ Seringa de 1mL ✔Bola de algodão e álcool a 70% ✔Caneta marcadora ✔Bandeja ✔ EPI’s: Luva (em caso de alergia ao medicamento, gravidez, ATB), máscara, gorro. DESCRIÇÃO DA TÉCNICA Ação Justificativa/ Objetivo 1. Ver prontuário; 2. Fazer a etiqueta da seringa; 3. Lavar as mãos e organizar o material; ● Reduz a transmissão de microrganismos. 4. Preparar o medicamento conforme bancada anterior; 5. Depositar todo material necessário na bandeja para levar até o leito do paciente; 6. Explicar o procedimento, incluindo a colaboração necessária durante e após a terapia; ● Promove eficiência, diminui a ansiedade e assegura a colaboração. Explique que a administração causará um pequeno ardor. 7. Calçar as luvas de procedimento; ● Promove a bioproteção. 8. Perguntar ao paciente qual é a mão dominante; ● Promove a inserção da agulha no membro não dominante. 9. Avaliar lesões ou descolorações no antebraço. Selecionar locais três ou quatro dedos abaixo do espaço ante cubital e aproximadamente cinco dedos acima do punho; ● Se o antebraço não puder ser utilizado, inspecionar a região escapular. Se necessário podem ser utilizados os locais para injeções SC. Um local ID deve ser claro para que os resultados de testes de pele possam ser visualizados e interpretados corretamente. 10.Ajudar o paciente a assumir uma posição confortável, mantendo o cotovelo estendido e sustentá-lo junto com o antebraço em uma superfície plana; ● O relaxamento local minimiza o desconforto. Estabiliza o local da injeção para um acesso mais fácil. 11.Fazer antissepsia do local com álcool a 70%, de cima para baixo ou do centro com movimentos circulares, ir se afastando por aproximadamente 5cm; ● A ação mecânica remove microrganismos. 12.Deixar a pele secar; ● Reduz a irritação medicamentosa local e a interação 13.Remover a tampa ou o protetor da agulha; 14.Segurar a seringa entre o polegar e o indicador da mão dominante com o bisel voltado para cima; ● Uma injeção rápida e suave requer a manipulação adequada das partes da seringa. 15.Esticar a pele acima do local da administração, com a mão não dominante, usando o dedo indicador ou o polegar; ● A agulha penetra na pele esticada com mais facilidade do que na pele frouxa. 16.Inserir lentamente a agulha com o bisel para cima em ângulo de 5 a 15 graus. Avançar a agulha através da epiderme aproximadamente 3mm. ● Garante que a ponta da agulha está na derme ● Resultados imprecisos serão obtidos caso o ângulo e profundidade da agulha não estejam corretos. 17.Não realizar aspiração do local; 18.Injetar o medicamento lentamente; ● A administração lenta minimiza o desconforto do paciente na região. ● A camada dérmica é compacta e não se expande facilmente quando uma solução é injetada. Portanto, evidencia-se resistência ao instilar a solução. 19.Observar o aparecimento de pequena elevação (pápula) de aproximadamente 6mm de diâmetro na superfície da pele; Fonte: Centers for disease control and infection. ● A pápula indica que depositado na derme. o medicamento foi 20.Retirar a agulha na mesma angulação;● Evita traumatismo da pele e dor. 21.NÃO PRESSIONAR OUMASSAGEAR O LOCAL; ● A pressão ou massagem local, dispersa o medicamento nas camadas de tecido subjacente, alterando os resultados dos testes. 22.Reposicionar de forma confortável o paciente; ● Promove bem-estar. 23.Descartar a agulha desencapada e seringa em recipiente apropriado; ● Previne lesões ao paciente e aos profissionais de saúde. Reencapar agulhas aumenta o risco de lesão por perfuração de agulha. 24.Organizar o material e unidade; ●Mantém o ambiente em ordem. 25.Retirar as luvas e descartar em lixo apropriado. Realizar anotação de Enfermagem. ●Garante que não haja contaminação daequipe, OBSERVAÇÕES IMPORTANTES REFERÊNCIAS POTTER, Patrícia A.; PERRY, Anne G. Fundamentos de Enfermagem. Tradução: Ritomy et al. 118ª Edição. Rio de Janeiro: Elsevier, 2024. POTTER, Patrícia A.; PERRY, Anne G. Guia completo de procedimentos e competências de enfermagem.Tradução: Soraya Imon de Oliveira, Renata Medeiros et. al. - 9. ed. - Rio de Janeiro : GEN | Grupo Editorial Nacional S.A. Publicado pelo selo Editora Guanabara Koogan Ltda., 2021. Elaborado por Professores: Denise Lucon, Flávia Janólio, Lígia Lemos e Maria do Carmo. Data da Criação 2002.1 Revisado por Professores: Carine Marques, Lenilson Trindade, Elisangela Minari. Data da última Revisão 2024.21. 2 UNIVERSIDADE TIRADENTES ENFERMAGEM: SEMIOLOGIA E SEMIOTÉCNICA POP: ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTO PELA VIA SUBCUTÂNEA (SC) INTRODUÇÃO Consiste na administração de medicamentos na hipoderme, tela subcutânea. Como a absorção é através dos capilares, esta via é mais lenta do que a intramuscular (por ser mais vascularizada)e, por isso, ela é utilizada principalmente para soluções com drogas que não necessitam ser absorvidas tão rapidamente, assegurando absorção contínua e segura. FINALIDADE Administração de vacinas, hormônios, anticoagulantes e outras drogas que necessitem absorção lenta e contínua. Volume: por ter um tecido mais denso e que apresenta uma relativa expansibilidade o volume pode variar de 0,5 ml e atingir o máximo de 2 ml (atualização 2021 POTTER). Posicionamento do bisel: lateralizado. Ângulo de inserção: 90° (agulha 13x4,5) ou 45° (agulha 25x7) LOCAIS DE APLICAÇÃO Locais de preferência: toda a tela subcutânea pode ser indicada, mas os preferidos são: ● Braços (face anterior e posterior do braço) ● Coxas (face lateral externa e frontal) ● Região glútea ● Região abdominal (quadrantes abdominais, exceto peri - umbilical). ● Região escapular (supra e infra) ● Região lombar Fonte: acesso universal Posição do paciente: deve ser aplicada em posição sentada ou deitada, em qualquer grupo etário. MATERIAL Bandeja contendo: Agulha (calibre 25x7, 30x7 ou 30x8) para aspirar Agulha (calibre 13x4,5 ou 25x7 mm) para administrar Seringa de 1 mL ou 3 ml ● Bolas de algodão e álcool a 70% ● Medicação prescrita Luva de procedimento Fita adesiva TÉCNICA Ação Justificativa 1. Ver prontuário; 2. Fazer a etiqueta da seringa; 3. Lavar as mãos e organizar o material; ●Reduz a transmissão de microorganismos. 4. Preparar o medicamento conforme as bancadas de número 8 e 9; 5. Depositar todo material necessário em bandeja para levar até o leito do paciente; 6. Explicar o procedimento, incluindo a colaboração necessária durante e após o início da terapia; ●Promove eficiência, diminui a ansiedade e assegura a colaboração. Explique que a administração causará um pequeno ardor. 7. Calçar as luvas de procedimento; ●Promove a bioproteção. ●NR-32 8. Perguntar ao paciente qual é a mão dominante; ●Promove a inserção da agulha no membro não dominante. 9. Avaliar fatores como choque circulatório ou redução da perfusão local do tecido. Avaliar a adequação do tecido adiposo do paciente; Fonte: Acesso universal ●A redução da perfusão do tecido interfere na absorção e na distribuição do medicamento. 10. Selecionar uma área adequada palpando as regiões em relação a massas e sensibilidade. Evitar estas áreas. Para a insulina diária, fazer o rodízio dos locais diariamente. Certifique-se de que o comprimento da agulha é correto; ● Observe a superfície da pele em relação a ferimentos, inflamação ou edema. Os locais devem estar livres de anormalidades que possam interferir com a absorção do medicamento. Locais usados repetidamente podem tornar-se endurecidos devido a lipo-hipertrofia. NÃO usar área com ferimento ou com sinais associados à infecção. 11. Ajudar o paciente a assumir uma posição confortável; ● O relaxamento local minimiza o desconforto. Estabiliza o local da injeção para um acesso mais fácil. 12. Fazer antissepsia do local com álcool a 70%, de cima para baixo ou do centro com movimentos circulares, ir se afastando por aproximadamente 5cm; ● A ação mecânica remove microorganismos. 13. Deixar a pele secar; ● Reduz a irritação tissular. 14. Colocar 01 bola de algodão entre o 3º e 4º dedo da mão não dominante; 15. Remover a tampa ou capa protetora da agulha; 16. Segurar a seringa como se fosse um dardo com a mão dominante. Posicione a mão não dominante sobre a área escolhida a fim de fazer uma prega cutânea; Fonte: Acesso Universal ● Uma administração contínua e suave requer a manipulação adequada das partes da seringa e reduz o desconforto. Segurando a pele, torna-se mais firme e fácil para introduzir a agulha, além de reduzir a sensação de dor no momento da aplicação. 17. Introduza a agulha num ângulo de 90 graus (se agulha 13x4,5mm) ou 45 graus (se agulha maior 25x7mm). Soltar a prega e mover a mão não dominante para o final do êmbolo. NÃO mexer a seringa; ● Segurar a prega cutânea no local com o polegar e o dedo indicador, medindo a prega de cima para baixo. A agulha deve ter a metade da medida da prega, garantindo que o medicamento seja administrado no SC. Reduz o desconforto. Fonte: Acesso Universal 18. Firme a seringa; 19. Injetar o medicamento, lentamente, empurrando o êmbolo; ● Assegura administração lenta e reduz a dor ● Perfurar um vaso sanguíneo é muito raro, por isso a aspiração não é necessária. 20. Retirar a agulha rapidamente, observando o mesmo ângulo de sua inserção, ao mesmo tempo em que se faz leve pressão contra o local do medicamento com o algodão seco que se encontra entre o 3º e 4º dedo; ● Reduz o desconforto e controlar sangramentos. 21. Depositar a seringa com a agulha desencapada em um recipiente apropriado; ● Evita lesões e contaminação com material biológico. 22. Reposicionar o paciente, mantendo-o confortável; 23. Retirar as luvas e realizar a higiene das mãos; ● Reduz a transmissão de microorganismos. 24. Documentar a administração do medicamento no prontuário do paciente; ● Assegura legalmente a execução do procedimento. 25. Avaliar as condições do paciente por pelo menos 30 minutos após a administração. ● Auxilia a avaliação da efetividade da droga. OBSERVAÇÃO ● Não massagear as regiões onde foram administradas as medicações. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA POTTER, Patrícia A.; PERRY, Anne G. Fundamentos de Enfermagem: fatos essenciais Tradução: Bergamasco et al. 9ª Edição. Rio de Janeiro: Elsevier, 2017. TIMBY, Bárbara K. Conceitos e habilidades fundamentais no atendimento de enfermagem. Tradução: UNICOVSKY, Margarita Ana Rubin. 10ª edição. Porto Alegre: Artmed, 2014. Elaborado por Profa. Denise, Profa. Flávia, Profa. Lígia, Profa. Maria do Carmo. Data da Criação 2002 Revisado por Professores: Carine Marques, Elisângela Minari, Lenilson Trindade. Data da última Revisão 2021.2 Assinatura da Validação UNIVERSIDADE TIRADENTES ENFERMAGEM: SEMIOLOGIA E SEMIOTÉCNICA POP: ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS PELA VIA INTRAMUSCULAR (IM) INTRODUÇÃO A via intramuscular é uma das vias mais utilizadas por proporcionar: ● Uma maior velocidade de absorção da solução injetada ● A introdução de substâncias irritantes ● A introdução de doses com volume até 2 mL em deltoide e 5mL nos outros locais ● A introdução de suspensões aquosas ou soluções oleosas FINALIDADE Administração de medicamento em um músculo ou em um grupo de músculos com absorçãomais rápida do que outras vias parenterais (exceto via endovenosa). LOCAIS PARA INJEÇÃO A escolha do local apropriado para aplicação da injeção IM é crucial para a administração segura. No local selecionado devem ser considerados os seguintes aspectos: ● Idade do paciente e sua atividade ● Área livre de infecções ou necroses ● Distância em relação a vasos e nervos importantes ● Musculatura suficientemente grande para absorver o medicamento ● Tipo de medicação e irritabilidade da droga ● Quantidade e característica da medicação a ser injetada ● Frequência e número de injeções a serem administradas durante tratamento A seleção de uma ou outra região deve considerar suas vantagens e desvantagens. Faz-se necessário conhecer anatomicamente as regiões para poder localizar corretamente o local da punção, as contraindicações de cada região, bem como, as possíveis complicações associadas ao local. ● Dorsoglútea (1 a 5ml) Fonte: Acesso Universal ● Ventroglútea (1 a 5ml) Fonte: Acesso Universal ● Vasto Lateral da coxa (1 a 5ml) (Média de 1 a 4ml) Fonte: Acesso Universal ● Deltoide (0,5 a 2ml) Fonte: Acesso Universal ● Reto Femoral da coxa Ângulo de administração: 90º Posicionamento do bisel: lateralizado MATERIAL Bandeja contendo: ● Agulha (calibre 25x7, 30x7 ou 30x8) para aspirar ● Agulha (calibre 25x7, 25x8, 30x7, 30x8 etc) para administrar ● Seringa de 3 mL ou 5 mL ● Bolas de algodão embebidas em álcool a 70% ● Bolas de algodão secas ● Medicação prescrita ● Luva de procedimento TÉCNICA Ação Justificativa 1. Ver prontuário; 2. Fazer etiqueta da seringa; 3. Lavar as mãos e organizar o material; 4. Preparar o medicamento conforme as bancadas de número 5 e 6; 5. Depositar todo material necessário em bandeja para levar até o leito do paciente; 6. Explicar o procedimento, incluindo a colaboração necessária durante e após o início da terapia; ● Promove eficiência e diminui a ansiedade e assegura a colaboração. 7. Calçar as luvas de procedimento; ● NR-32 ●Promove a bioproteção. 8. Avaliar os locais e fatores de contraindicação como: atrofia muscular, choque circulatório ou redução do fluxo sanguíneo. Observar integridade e tamanho do músculo. Palpar para avaliar a consistência e sensibilidade; ● Músculos atrofiados absorvem mal o medicamento. Os fatores que interferem com o fluxo sanguíneo aos músculos prejudicam a absorção do medicamento. ● O rodízio das áreas de administração deverá ocorrer sempre que houver múltiplas doses. 9. Ajudar o paciente a assumir uma posição confortável; ● Reduz a tensão muscular e minimiza o desconforto da injeção. 10.Manter lençol ou camisola dobrado sobre as partes do corpo que não precisam ser expostas; ● Mantém a privacidade ao paciente. 11. Selecionar o local adequado. Fazer antissepsia do local com álcool a 70%, de cima para baixo ou do centro com movimentos circulares, ir se afastando por aproximadamente 5cm; ● A administração nos locais anatômicos corretos evita a lesão aos nervos, ossos e vasos sanguíneos. ● A ação mecânica remove os microrganismos, seguindo os princípios de assepsia. 12. Deixar a pele secar; ● Reduz a irritação tissular. 13. Colocar 01 bola de algodão entre o 3º e 4º dedo da mão não dominante; 14. Remover a tampa ou capa protetora da agulha; 15. Segurar a seringa como se fosse um dardo com a mão dominante. Posicione a mão não dominante sobre a área escolhida a fim de segurar firmemente o músculo, exceto na região ventroglútea; ● Uma administração contínua e suave requer a manipulação adequada das partes da seringa e reduz o desconforto. Segurando o músculo, a pele torna-se mais firme e fácil para introduzir a agulha, além de reduzir a sensação de dor no momento da aplicação. 16. Utilizar técnica em Z em alguns casos; Fonte: Acesso Universal ● A técnica em Z cria um caminho em “ziguezague” através dos tecidos que sela o caminho da agulha para evitar a saída do medicamento. A técnica em Z deve ser usada em todas as administrações IM profundas. 17. Segurar a seringa como um dardo e perfurar a pele a um ângulo de 90 graus. Mover a mão não dominante para o final do êmbolo. NÃO mexer a seringa; Fonte: Acesso Universal ● Reduz o desconforto. 18. Firmar a seringa e aspirar por 5 a 10 segundos, observando a presença de sangue; ● Verifica se a agulha atingiu um vaso sanguíneo. 19. Injetar o medicamento lentamente empurrando o êmbolo, caso NÃO haja sangue após a aspiração; ● Assegura a administração da droga no músculo. A administração lenta reduz a dor 20. Retirar a agulha se houver um retorno de sangue, e preparar novamente outra medicação, selecionando um novo local para sua aplicação; 21. Retirar a agulha rapidamente observando o mesmo ângulo de sua inserção, ao mesmo tempo em que se faz pressão contra o local do medicamento com algodão seco; ● Reduz o desconforto e controla sangramentos. 22. Depositar a seringa com a agulha desencapada em um recipiente apropriado ao descarte de perfuro-cortante; ● Evita lesões e contaminação com material biológico. 23. Reposicionar o paciente, mantendo-o confortável; 24. Recolher o material; 25. Retirar as luvas e realizar a higiene das mãos; ● Reduz a transmissão de microrganismos. 26. Documentar a administração do medicamento no prontuário do paciente; ● Assegura legalmente a execução do procedimento. 27. Avaliar as condições do paciente por pelo menos 30 minutos após a administração. ● Auxilia a avaliação da efetividade da droga. OBSERVAÇÃO A troca de agulhas é recomendada, uma para aspirar o medicamento da ampola ou do frasco ampola e a segunda para injetar a medicação. Nesta segunda agulha, o profissional deve certificar-se de que ela não contém a medicação, pois se não ocorrer a troca de agulha, a medicação ficará na sua luz podendo causar irritação do tecido, além da contaminação pela borracha do frasco ampola; As soluções irritantes devem ser aplicadas profundamente no músculo; A massa muscular atrofia à medida que a pessoa envelhece, portanto deve-se avaliar a massa muscular do paciente e a composição do corpo. Usar o comprimento e calibre adequados conforme a compleição corporal do paciente; Deve-se questionar se o paciente possui próteses e em quais regiões (ex: prótese de glúteo). É contraindicado a injeção intramuscular na região referida; A região anterolateral da coxa é o local preferido para a administração de medicamento por via IM em bebês; A administração de medicamento por via IM é contraindicada em pacientes com distúrbios de coagulação ou em uso de anticoagulantes em doses plenas; A utilização da técnica denominada "técnica de bolha de ar“ evita a irritação dos tecidos subcutâneos na retirada da agulha, ajuda a limpar a haste da mesma, garantindo que o paciente receba a dose total. Para tanto, injeta-se 0,2ml de ar no músculo. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA POTTER, Patrícia A.; PERRY, Anne G. Fundamentos de Enfermagem. Tradução: Bergamascoet al. 9ª Edição. Rio de Janeiro: Elsevier, 2017. TIMBY, Bárbara K. Conceitos e habilidades fundamentais no atendimento de enfermagem. Tradução: UNICOVSKY, Margarita Ana Rubin. 10ª edição. Porto Alegre: Artmed, 2014. Elaborado por Profa. Denise, Profa. Flávia, Profa. Lígia, Profa. Maria do Carmo. Data da Criação 2002 Revisado por Professores: Carine Marques, Elisângela Minari, Lenilson Trindade Data da última Revisão 2021.2 Assinatura da Validação REGIÃO VENTROGLÚTEA REGIÃO DORSOGLÚTEA FONTE: DOMÍNIO PÚBLICO FONTE: DOMÍNIO PÚBLICO REGIÃO DO DELTOIDE FONTE: DOMÍNIO PÚBLICO UNIVERSIDADE TIRADENTES CURSO DE ENFERMAGEM SEMIOLOGIA E SEMIOTÉCNICA POP: VERIFICAÇÃO DA GLICEMIA CAPILAR INTRODUÇÃO A glicose é um monossacarídeo considerado como importante fonte de energia para o metabolismo de vários sistemas do corpo humano, o que o torna sua disposição no sangue imprescindível. Vários mecanismos são responsáveis por manter a glicemia em níveis adequados, que permitem ao profissional identificar o perfil energético do indivíduo, além de enfermidades que podem causar hipoglicemia ou hiperglicemia (BRASIL, 2019). Dentrecontato com o colchão deve estar flexionado e posicionado em ângulo de 45° a 90° ao tórax. ●Promover conforto do paciente. 25. Observar alinhamento de cabeça, tronco e quadril do paciente no leito; ●Manter alinhamento do paciente no leito. 26. Cobrir o paciente com o lençol de cima; ●Manter o paciente confortável 27. Elevar as grades do leito; ●Evitar queda do paciente 28. Lavar as mãos e registrar no prontuário mudança de decúbito. ●Prevenir infecções e garantir registro adequado de atividades prestadas ao paciente. Observação: Em paciente ativo é necessário apenas 1 profissional; apenas uma grade deve ficar baixa (lado do executor); não necessário uso da travessa. ●Paciente colaborador. MOVIMENTAÇÃO: DECÚBITO LATERAL PARA SIMS 1. Realizar os passos de movimentação lateral conforme recomendação anterior; ●Manter paciente no centro da cama para um dos lados (direito ou esquerdo) 2. Manter cabeceira 0°; ●Facilitar posicionamento 3. Posicionar perna de cima do paciente flexionada na altura do abdome, mantendo a outra perna esticada; ●Favorecer a exposição da região anal. 4. Posicionar o braço do paciente em contato com o colchão sob a cabeça (de modo que fique posicionado para trás); ●Facilitar a manobra de movimentação do braço para trás. 5. Posicionar uma das mãos do profissional sob o ombro do paciente e a outra mão no braço superior do paciente, realizando manobra de movimentação e posicionamento dos braços; ●Facilitar a movimentação dos braços em posição adequada. 6. Posicionar travesseiro sob a cabeça do paciente; ●Promover conforto 7. Apoiar perna flexionada com travesseiro; ●Promover conforto 8. Realizar procedimento realizado conforme prescrição médica; ●Realizar procedimento 9. Cobrir o paciente com lençol de cima, se necessário; ●Promover conforto e privacidade preservada. 10. Lavar as mãos; ●Prevenir infecção. 11. Registrar em prontuário. ●Manter dados registrados. POSIÇÕES NO LEITO DECÚBITO DORSAL DECÚBITO VENTRAL A posição decúbito dorsal ou posição supina é uma das posições mais utilizadas para exames em geral, administração de medicamentos, entre outros procedimentos. Ela se constitui pelo posicionamento do paciente deitado de costas com as pernas posicionadas de forma estendidas e braços relaxados ao longo do corpo ou semi-flexionados. Consiste na posição deitada de abdômen para baixo. Apesar de pouco utilizada esta posição pode ser importante para a realização de exames na parte posterior do tórax, região cervical, lombar e glútea. Em algumas situações patológicas respiratórias pode auxiliar na respiração. DECÚBITO DORSAL DECÚBITO VENTRAL DECÚBITO LATERAL POSIÇÃO DE SIMS POSIÇÃO DE SIMS Consiste na posição lateral esquerda ou direita, com a perna que está do lado de cima flexionada, afastada e apoiada na superfície de repouso. Utilizada para conforto e verificação de temperatura pelo reto. POSIÇÃO DE LITOTOMIA A posição litotômica ou litotomia consiste no posicionamento do paciente em decúbito dorsal com as pernas afastadas e suspensas sobre perneiras. Geralmente é utilizada para exames dos órgãos genitais internos e externos. Também é utilizada em cirurgia do trato urinário e genital. POSIÇÃO DE GENUPEITORAL É um tipo de decúbito ventral, com tórax e coxas flexionadas, levantando o assento, apoiando-se nos joelhos e cotovelos. Geralmente é utilizada para exame do reto e próstata. POSIÇÃO DE TRENDELEMBURG Consiste no decúbito dorsal, com o corpo inclinado para trás, pernas e pés acima do nível da cabeça. Nesta posição também podem ser utilizadas variações como as com pernas e pés mais elevados que o corpo, normalmente usada em casos de hemorragia, edema entre outros. TRANSFERÊNCIA DE PACIENTE DA CAMA PARA CADEIRA (PACIENTE ATIVO) REFERÊNCIAS POTTER et al. Fundamentos de enfermagem. 11ª edição. Elsevier, Brasil, 2024 pag. 907-1002 Elaborado por Professores: Denise Lucon, Flávia Janólio, Lígia Lemos e Maria do Carmo. Data da Criação 2002.1 Revisado por Professores: Carine Marques, Elisangela Minari, Lenilson Trindade.. Data da última revisão 2021.2 UNIVERSIDADE TIRADENTES ENFERMAGEM: SEMIOLOGIA E SEMIOTÉCNICA POP: MENSURAÇÃO PESO E ALTURA INTRODUÇÃO “A relação entre altura e peso reflete o estado geral de saúde do indivíduo. Avalie cada paciente para identificar se está com peso saudável, abaixo do peso ideal, com sobrepeso ou obesidade. O peso é verificado rotineiramente em exames, consultas clínicas ou admissões hospitalares. Bebês e crianças necessitam de verificação de peso e altura a cada visita clínica, a fim de avaliar seu crescimento e desenvolvimento. Se um idoso estiver abaixo do peso ideal, é possível que tenha dificuldade para se alimentar ou realizar outras atividades funcionais. A verificação do peso e da altura em idosos juntamente com sua história alimentar demonstra fatores de risco para doenças crônicas.” (POTTER; PERRY, 2024). A verificação da altura e do peso é muito importante, em pediatria, obstetrícia, endocrinologia, nefrologia. Em certas condições patológicas, como no edema, o controle de peso é fundamental para subsidiar a conduta terapêutica. DIRETRIZES ● Realizar a verificação preferencialmente no mesmo horário e a mesma balança; ● Utilizar preferencialmente a mesma vestimenta (peças leves); retirar excessos (casacos, sapatos, etc); ● Registrar o peso em quilogramas; ● Se possível, compare o peso atual com o referido na última consulta; ● Para mensuração da altura, observar se o cliente está descalço; manter-se ereto; ● Calcular o Índice de Massa Corporal (IMC). Um IMC saudável é de 18,5 a 24,9 kg/m2; IMC = 𝑃𝑒𝑠𝑜 (𝑘𝑔) 𝐴𝑙𝑡𝑢𝑟𝑎 (𝑚)² PESO E ALTURA MATERIAL ● Balança (mecânica ou eletrônicas); ● Papel Toalha ● Caneta e formulário de registro do paciente. MENSURAÇÃO PESO E ALTURA Ação Justificativa 1. Verificar prontuário ou solicitação; ● Registro posterior 2. Lavar as mãos; ● Reduzir a transmissão de microrganismos. 3. Apresentar-se e explicar o procedimento ao paciente; ● Orientar quanto ao procedimento. 4. Pesquisar junto ao paciente: alimentação recente, bexiga cheia, período menstrual; ● Estes fatores podem interferir no valor da massa corporal. 5. Posicione os pesos da balança na marcação zero; ● Garantir uma verificação precisa. 6. Destravar a balança e verificar se ela está calibrada; ● Garantir uma verificação precisa. 7. Em caso de descalibre da balança mecânica, utilize o peso de calibração para zerar a balança; Balanças eletrônicas são calibradas automaticamente a cada utilização e demonstram o peso no visor dentro de segundos. ● Garantir uma verificação precisa. 8. Travar a balança após calibração realizada; ● Evitar descalibrar a balança durante a movimentação. 9. Colocar papel toalha na base da balança; ● Evitar contaminação ou sujidade nos pés do paciente. 10. Ajudar o paciente a subir na balança; ● Evita risco de queda do paciente. 11. Posicionar dentro do quadrado da balança; ● Assegurar que o peso está devidamente distribuído sobre a base da balança. 12. Perguntar ao paciente se ele lembra o último peso; ● Colabora com o valor aproximado dos pesos que será colocado na balança. 13. Posicionar os pesos de acordo com o peso do paciente; ● Auxilia na verificação do peso. 14. Destravar a balança e movimentar os pesos até que fique corretamente alinhada; ● Permitir a verificação correta do peso do paciente. 15. Fazer a leitura, travar a balança e ajudar o paciente a descer da balança; ● Observar o valor do peso do cliente. ● Minimizar risco de queda do paciente 16. Para mensurar a altura. A superfície na qual o paciente ficará de pé deve estar limpa. Utilize a régua antropométrica acoplada na balança ou uma fita métrica na parede. 17. Em pacientes capazes de ficar em pé, mensure a altura pedindo-lhes que retirem seus calçados. 18. Ajudar o paciente a subir de costas na balança e posicionar a cabeça do paciente com olhar para o horizonte, braços ao longo do corpo e pés juntos; ● Facilita a mensuração precisa da altura. 19. Elevar a régua (medidor)os mecanismos capazes de mensurar a taxa de glicose no sangue, existe a aferição da glicemia capilar, o qual é realizado através da coleta de uma gota de sangue por meio de punção na popa digital, e leitura via fita teste acoplado ao glicosímetro portátil, o qual apresentará valores precisos e rápidos para monitoração dos pacientes mediante plano de cuidado por parte dos profissionais nos serviços de saúde (STACCIARINI; CUNHA, 2014). INDICAÇÕES / FINALIDADES ● Monitorar a taxa de glicose sanguínea em pacientes com hiperglicemia, pancreatite, hipoglicemia, pré-operatório, nutrição parenteral, jejum alimentar, lipotíma, desmaios e convulsões; ● Fornecer parâmetros para a prescrição e monitoramento do uso hipoglicemiantes orais ou injetáveis; ● Analisar e acompanhar a eficácia do plano alimentar, do uso de medicamentos e de outras práticas intervencionistas. KIT MEDIDOR DE GLICOSE Fonte: Domínio público (2020). MATERIAL ● Bandeja; ● Álcool a 70%; ● Algodão; ● Luvas de procedimento; ● Máscara; ● Gorro; ● Aparelho dosador de glicemia (glicosímetro); ● Tira-teste para o aparelho de glicemia; ● Lanceta com trava de segurança retrátil ou Agulha 13x 4,5, em caso de inexistência da lanceta; ● Perfuro cortante; ● Lixo comum. TÉCNICA VERIFICAÇÃO DA GLICEMIA CAPILAR Ação Justificativa ● Verificar prescrição de enfermagem ou médica quanto ao tipo de material para a ser utilizado. ● Ajuda no planejamento e preparação do material. ● Lavar as mãos. ● Reduzir a transmissão de microorganismo. ● Realizar a desinfecção da bandeja com álcool a 70%. ● ● Reunir materiais. ● Planejamento da atividade e otimização do tempo. ● Verificar se o aparelho de leitura está calibrado, conferir o código do chip com a tira teste. Além de observar a validade da tira teste. ● A calibração do aparelho dosador de glicemia padronizado deve sempre seguir as o recomendações do fabricante. ● Encaminhar-se ao leito do paciente, depositar a bandeja sobre a mesa de cabeceira. ● ● Colocar EPI’s, com mão enluvada, realizar a limpeza da mesa de alimentação, parte inferior da bandeja e manivela da cama ou controle da cama. ● Proteger paciente e o profissional de contaminação. ● Conferir o nome do paciente pela pulseira de identificação. ● Realizando a dupla checagem da pulseira de identificação do cliente. ● Explicar o procedimento ao paciente/ acompanhante. ● Promover eficiência, diminuir a ansiedade e assegurar a colaboração. ● Manter a privacidade do paciente. Fechar portas janelas e biombo. ● Humanização da assistência. ● Posicionar adequadamente o lixo. ● Posicionar o paciente em decúbito dorsal, fowler ou sentado. ● Promover o conforto ao paciente e a destreza do cuidador/enfermagem. ● Retira o par de luvas e calça um novo par de luva de procedimento. ● Para obter a gota de sangue massagear a mão na direção do dedo e realizar uma leve pressão na polpa digital. ● Para favorecer o seu enchimento capilar; ● Umedecer bola de algodão com álcool 70%. ● ● Ligar o glicosímetro. ● Seguindo as orientações do fabricante. ● Acoplar a tira teste ao aparelho, evitando tocar na parte reagente. ● Para evitar erro de leitura da verificação. ● Realizar a antissepsia da polpa digital escolhida com bola de algodão embebida em solução alcoólica a 70% e deixe secar. ● Evitar a transferência de microorganismo de volta a área limpa. ● Evitar puncionar em áreas lesionadas. ● Utilizar os dois lados do algodão para cada movimento da antissepsia ● Puncionar na área da extremidade lateral da falange (polpa) com a lanceta obtendo uma gota de sangue suficiente para o preenchimento da tira-teste. ● Preencher o local da tira teste para leitura fidedigna e evitar erro. ● Comprimir o local puncionado com a bola de algodão para suspender o sangramento. ● Certificar-se de que não há prolongamento do período de sangramento; ● Aguardar o resultado do teste, cerca de 20 segundos ou de acordo com o fabricante. ● Informar o resultado do teste ao paciente e/ou acompanhante. Explicar mediante os parâmetros preconizados pela Sociedade Brasileira de Diabetes Mellitus; ● Deixar o ambiente em ordem. ● Realizar desinfecção da mesa auxiliar; ● Recolher o material e depositar em lugar apropriado. ● ● Realizar a desinfecção da bandeja e do parelho com álcool 70%. ● Reduzir a transmissão de microorganismos ● Retirar os EPI´s e lavar as mãos. ● Reduzir a transmissão de microorganismos. ● Anotar no prontuário a taxa de glicemia capilar do paciente em impresso próprio, e checar na prescrição. OBSERVAÇÕES ● Observar rigorosamente local da punção, só coletar se o local livre de lesões e edema; ● A aferição da glicemia irá ocorrer mediante necessidade terapêutica do paciente ou rotina do estabelecimento de saúde; ● Verificar na prescrição médica se há esquema de insulina ou reposição de glicose hipertônica de acordo com o resultado do teste; ● Só coletar se o local da punção estiver totalmente seco; ● Se não inserir a tira teste corretamente no glicosímetro ou o leitor estiver com sujidade irá aparecer a seguinte sigla E-1 (significa erro); ● Ao realizar a leitura no visor do glicosímetro, após inserção da gota de sangue na tira teste, observe se aparecerá estas siglas: LO = abaixo do limite de detecção do aparelho, ou seja a glicose está muito baixa. HI = acima do limite de detecção do aparelho. Neste caso a glicemia em geral está acima de 500 mg/dL; ● Outros locais para punção puntiforme: lóbulo inferior da orelha, calcâneo para RN; ● Sempre evitar sítios de punção previamente utilizados, realizando rodízio dos locais a serem puncionados e registrando sempre o último local; ● Não devem ser utilizadas agulhas devido o alto risco de acidente perfuro cortante, só em de inexistência da lanceta; ● Para pacientes em uso de anticoagulantes ou plaquetopênicos aumentar o tempo de compressão após a punção até cessar o sangramento; ● Em pacientes com baixa perfusão capilar pode aquecer a mão enfaixando-a levemente com atadura para aumentar o fluxo de sangue do local ou dilatar os capilares aplicando compressas mornas e úmidas sobre a área a ser puncionada, durante cerca de 10 min; ● Em pacientes com precaução de contato deve-se proteger o aparelho com um saco plástico ou filme de PVC; ● O aparelho glicosímetro não pode ser molhado e a necessidade da troca das pilhas é informada no visor do aparelho em forma do ícone da bateria; ● Assegurar-se que as fitas reagentes sejam mantidas dentro do frasco, protegidas da luz e da umidade para não serem inativadas. MODELO DE REGISTRO DE ENFERMAGEM 09.04.2019 - 06h – Realizado aferição da glicemia capilar, de forma asséptica na área da extremidade lateral da falange (polpa), sendo o valor verificado do HGT: 89 mg/dL. Procedimento realizado sem intercorrências. Ac. Enf. Unit. Juliana Prado -------x---------x------------x------------x----------x---------x-----------x------x------- BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 1. STACCIARINI, T.S.G.; CUNHA.M.H.R. Procedimentos Operacionais Padrão em Enfermagem. São Paulo: Editora Atheneu, 2014. 2. POTTER, P. A.; PERRY, A. G. Procedimentos e Competências de Enfermagem. 8. ed. Rio Janeiro: Elsevier, 2015. 3. BRASIL. Diretrizes da Sociedade Brasileira de Diabetes 2018-2019. São Paulo: Editora Clannad, 2019. Elaborado por: Professores: Carine Marques, Deyse Mirelle, Elisângela Minari, Priscila Santos Data da Criação 2021.2 UNIVERSIDADE TIRADENTES ENFERMAGEM: SEMIOLOGIA E SEMIOTÉCNICA POP: VIA ENDOVENOSA - EV INTRODUÇÃO Significa a obtenção de um acesso venoso, perfurando-se uma veia com agulha. Podem ser veias periféricas (puncionadas pela equipe de Enfermagem) e centrais (puncionadas pela equipe médica). SELEÇÃO DE UMA VEIA A escolha de uma veia para punção periférica é um importante aspecto a ser considerado quando da realização do procedimento, por isso deve ser feito com extrema perícia, examinando-se a rede venosa mediante inspeção e palpação. A veia escolhida precisa apresentar-se: ● Ela deve ser firme, elástica, cheia e arredondada, relativamente reta, isenta decicatrizes e cheia; ● Evite veias tortuosas e “dançarinas”; ● Dê preferência para punção de veias na mão não dominante e antebraço; ● Recomenda-se utilizar primeiro o local mais distal do braço ou da mão, para que punções possam ser movidas, progressivamente, para cima. ● Nos casos de terapias mais prolongadas e\ou na vigência de administrações de soluções viscosas fazem-se necessário utilizar dispositivos intravenosos mais calibrosos e, portanto, veias mais calibrosas. Isto também se aplica a antibióticos de 3 e 4 geração, evitando flebite; ● Evite o uso de veias nos pés e nas pernas, pois a falta de mobilidade diminui a circulação sangüínea favorecendo a formação de coágulos e alto risco de tromboembolismo; ● Escolha uma veia em local que não será afetado pelo movimento das articulações, puncione este local como última alternativa e utilize cateter jelco; ● Caso seja necessária a punção próxima a uma articulação, imobilizar o local com tala (principalmente em crianças e idosos); ● Selecione o calibre do cateter de acordo com calibre da veia, ou seja, cateter tem que ser menos calibroso que a veia; ● Exclua as veias no lado em que uma das mamas foi retirada para reduzir o potencial de complicações devido á circulação comprometida; ● Exclua a veia que apresentam equimoses, sinais de flebite, infecções e pele com solução de continuidade; ● Nunca puncione uma veia no mesmo membro em que exista uma fístula arteriovenosa (pacientes renais); ● Evite punção em veias esclerosadas (endurecidas) ou trombosadas, pelo menos no trecho correspondente a aproximadamente 2 cm do local de punção; ● É contra-indicado puncionar abaixo de uma infiltração endovenosa prévia. FINALIDADE ● Promover práticas seguras no uso de medicamentos em estabelecimentos de ● saúde. ● Obter efeito imediato do medicamento ● Administrar drogas contra-indicadas pela Via Oral, SC, IM, por sofrerem a ação dos sucos digestórios ou por serem irritantes para os tecidos. ● Permitir introdução de grandes volumes de soluções em casos de desidratação, choque, hemorragias e cirurgias. ● Efetuar nutrição parenteral. ● Instalação terapêutica de sangue e hemoderivados. ● Coleta de sangue para exames. LOCAIS INDICADOS PARA PUNÇÃO VENOSA � REGIÃO DO DORSO DA MÃO: veias superficiais de fácil acesso, porém atenção à punção de longa duração nesse local, pois pode limitar os movimentos. São: veia basílica, cefálicas e metacarpianas dorsais. Fonte: domínio público (2018) � REGIÃO DOS MEMBROS SUPERIORES: área em que encontramos vários locais disponíveis, tais como: veia cefálica, cefálica acessória, basílica, intermediária do cotovelo e intermediária do antebraço. Fonte: domínio público (2018) � REGIÃO CEFÁLICA: utilizada frequentemente em pediatria (utilizada em recém-natos e lactentes), quando não há possibilidade em punções periféricas. Fonte: domínio público (2018) MATERIAL Bandeja contendo: ● Luvas de procedimento ● Bolas de algodão com álcool a 70% ● Garrote ● Seringa pré-preenchida com 10 mℓ de cloreto de sódio 0,9% sem conservantes (solução salina normal [SF 0,9%]) ● Seringa com medicação prescrita ● Dispositivo intravenoso com haste metálica (scalp) conforme a necessidade do paciente ● Ou dispositivo intravenoso flexível (jelco) conforme a necessidade do paciente ● Saco plástico para resíduos ou lixo próximo ● Toalha, papel-toalha, plástico ou pano. ● Esparadrapo ● Caixa para descarte de pérfuro-cortante TÉCNICA DE PUNÇÃO VENOSA COM SCALP Restrito para punções intermitentes e administração de infusão em dose única AÇÃO JUSTIFICATIVA 1. Verifique se o pedido médico está certo: data e horário, solução IV, via de administração, volume, velocidade, duração e assinatura do médico solicitante (Gorski, 2018). Siga os sete certos da administração de medicamentos. - no prontuário. 2. Avalie o nível de letramento em saúde do paciente. Antes da terapia IV, é necessário um pedido médico (Gorski et al., 2021). Verificar se o pedido está completo previne erros de medicações. Garante que o paciente ou o familiar cuidador tenha a capacidade de obter, comunicar, processar e compreender informações básicas de saúde (CDC, 2021). 3. Higienizar as mãos com água e sabonete líquido quando estiverem visivelmente sujas ou usar preparação alcoólica para as mãos (60 a 80%) quando as mesmas não estiverem visivelmente sujas. ● O uso de luvas não substitui a necessidade de higiene das mãos. 3. Selecionar os dispositivos compatíveis com o calibre do vaso. ● Para atender à necessidade da terapia intravenosa devem ser selecionados cateteres de menor calibre e comprimento de cânula. ● Agulha de aço só deve ser utilizada para coleta de amostra sanguínea e administração de medicamento em dose única, sem manter o dispositivo no sítio. 4. Preparar o medicamento prescrito e o scalp hidrolisado. ● Escovar o scalp com água destilada ou soro fisiológico para a retirada de ar da extensão. 5. Reunir o material necessário na bandeja e se dirigir ao quarto do paciente 6. Explicar o procedimento, incluindo a colaboração necessária durante e após o início da terapia. ● Promove eficiência e diminui a ansiedade e assegura a colaboração. 7. Inspecionar os possíveis locais de punção, evitando dobraduras. 8. Perguntar ao paciente qual é a mão dominante. ● Promove a instalação da agulha na mão ou antebraço não-dominante. 9. Colocar o forro para proteger as roupas de cama. ● Evita contaminação da roupa de cama. 10. Preparar a cobertura adequada. 11. Calçar as luvas de procedimento. ● Promove a bioproteção. 12. Amarrar o garrote no braço, quatro dedos ou 07 cm acima do local de punção. Garrotear sem compressão exagerada ● Facilita a avaliação das veias distais do antebraço e da mão, restringindo o fluxo de sangue. Em pacientes com muitos pêlos, pode-se proteger a pele com pano ou com a roupa do paciente. ● O garrote deve ser aplicado com cuidado evitando-se as áreas onde já foram realizadas punções recentes, pois poderá constituir fator de risco para o trauma vascular e formação de hematomas. 13. Pedir ao paciente para abrir e fechar a mão ou colocar a mão para baixo. ● Bombear o sangue para a extremidade. Facilita a visualização da veia. Solicitar ao cliente para manter a mão fechada durante a punção. 14. Em caso de sujidade visível no local da futura punção, removê-la com água e sabão antes da aplicação do antisséptico; O sítio de inserção do cateter intravascular não deverá ser tocado após a aplicação do antisséptico (técnica do no touch). Em situações onde se previr necessidade de palpação do sítio calçar luvas estéreis; Realizar fricção da pele com solução a base de álcool: gliconato de clorexidina > 0,5% ou álcool 70% ● Permite que não haja introdução de microorganismos. ● Tempo de aplicação da clorexidina é de 30 segundos. Indica-se que a aplicação da clorexidina deva ser realizada por meio de movimentos de vai e vem. Aguarde a secagem espontânea do antisséptico antes de proceder à punção. 15. Fixar a veia e os tecidos com o polegar da mão não dominante abaixo do local de inserção. ● Estabiliza a veia e previne a movimentação da pele, diminuindo a dor durante a inserção da agulha. 16. Usar a mão dominante para posicionar as asas de borboleta com os dedos polegar e indicador e com a agulha com o bisel para cima e a um ângulo de aproximadamente 45º. Se a veia for fixa, penetrar pela face anterior. Se for móvel, penetrar por umas das faces laterais, diminuindo o ângulo para 15º quando evidenciar sangue. ● Facilita a inserção da agulha e impede a transfixação da veia a ser puncionada. A punção deve ser realizada da parte distal da veia para a porção proximal, no sentido do fluxo venoso. 17. Evidenciada a presença de sangue na agulha, continue a inserir lentamente o restante da mesma. ● A presença de sangue indica que a veia foi puncionada corretamente. Observar sinais de infiltração e relatos do paciente (edema, dor e ardência). 18. Aspire lentamente para confirmar a presença do sangue ● Em caso de insucesso da técnica, limitar no máximo a duastentativas de punção periférica por profissional e, no máximo, quatro no total. 19. Soltar o garrote e pedir que o paciente abra a mão. 20. Estabilize (fixe) o cateter utilizando técnica asséptica. Qualquer cobertura para cateter periférico deve ser estéril, podendo ser semi oclusiva (gaze e fita adesiva estéril) ou membrana transparente semipermeável. ● Evita que a agulha se movimente ou se perca o dispositivo. ● NÃO utilize esparadrapo comum e fitas do tipo microporosa não estéreis, como micropore. 20. Escove a extensão e o dispositivo com 1ml da solução ● Observando se não ocorre infiltração 21. Troque as seringas e administre a medicação prescrita. ● Evita a formação de coágulos. 22. Terminada a infusão, lavar com a solução e mantê-lo (se necessário) ou retirar o dispositivo de punção (se necessário) no mesmo ângulo de inserção e pressionar o local com algodão seco, até que não haja sangramento. ● Pressione o tempo necessário, impedindo a formação de hematoma por extravasamento de sangue. 23. Organizar o material e unidade. ● Mantém o ambiente em ordem. 24. Retirar as luvas, lavar as mãos e descartar em lixo apropriado. ● Garante que não haja contaminação da equipe, com o descarte de material biológico em local apropriado. 25. Realizar anotações no prontuário. ● Qualquer intercorrência deve ser registrada no prontuário do paciente. TÉCNICA DE PUNÇÃO VENOSA COM JELCO Material mais resistente a dobras, mais flexível e com maior estabilidade em longo prazo 1. Ver prontuário; 2. Higienizar as mãos com água e sabonete líquido quando estiverem visivelmente sujas ou usar preparação alcoólica para as mãos (60 a 80%) quando as mesmas não estiverem visivelmente sujas. ● O uso de luvas não substitui a necessidade de higiene das mãos. 3. Selecionar o material e os dispositivos compatíveis com o calibre do vaso; ● Para atender à necessidade da terapia intravenosa devem ser selecionados cateteres de menor calibre e comprimento de cânula. 4. Explicar o procedimento, incluindo a colaboração necessária durante e após o início da terapia; ● Promove eficiência e diminui a ansiedade e assegura a colaboração. 5. Inspecionar os possíveis locais de punção, evitando dobraduras; 6. Perguntar ao paciente qual é a mão dominante; ● Promove a instalação da agulha na mão ou antebraço não-dominante. 7. Colocar o forro para proteger as roupas de cama; ● Evita contaminação da roupa de cama. 8. Preparar a cobertura adequada; 9. Calçar as luvas de procedimento; ● Promove a bioproteção. 10. Amarrar o garrote no braço, quatro dedos ou 07 cm acima do local de punção. Garrotear sem compressão exagerada; ● Facilita a avaliação das veias distais do antebraço e da mão, restringindo o fluxo de sangue. Em pacientes com muitos pêlos, pode-se proteger a pele com pano ou com a roupa do paciente. ● O garrote deve ser aplicado com cuidado evitando-se as áreas onde já foram realizadas punções recentes, pois poderá constituir fator de risco para o trauma vascular e formação de hematomas 11. Pedir ao paciente para abrir e fechar a mão ou colocar a mão para baixo; ● Bombear o sangue para a extremidade. Facilita a visualização da veia. Solicitar ao cliente para manter a mão fechada durante a punção. 12. Em caso de sujidade visível no local da futura punção, removê-la com água e sabão antes da aplicação do antisséptico; O sítio de inserção do cateter intravascular não deverá ser tocado após a aplicação do antisséptico (técnica do no touch). Em situações onde se previr necessidade de palpação do sítio calçar luvas estéreis; Realizar fricção da pele com solução a base de álcool: gliconato de clorexidina > 0,5% ou álcool 70%; ● Permite que não haja introdução de microorganismos. ● Tempo de aplicação da clorexidina é de 30 segundos. Indica-se que a aplicação da clorexidina deva ser realizada por meio de movimentos de vai e vem. Aguarde a secagem espontânea do antisséptico antes de proceder à punção. 13. Fixar a veia e os tecidos com o polegar da mão não dominante abaixo do local de inserção; ● Estabiliza a veia e previne a movimentação da pele, diminuindo a dor durante a inserção da agulha. 14. Usar a mão dominante para posicionar o jelco com os dedos polegar e indicador e com a agulha com o bisel para cima e a um ângulo de aproximadamente 45º. Se a veia for fixa, penetrar pela face anterior. Se for móvel, penetrar por umas das faces laterais, diminuindo o ângulo para 15º quando evidenciar sangue; ● Facilita a inserção da agulha e impede a transfixação da veia a ser puncionada. A punção deve ser realizada da parte distal da veia para a porção proximal, no sentido do fluxo venoso. 15. Evidenciada a presença de sangue na agulha, segure a agulha (guia) e continue a inserir lentamente apenas a parte flexível do jelco; ● A presença de sangue indica que a veia foi puncionada corretamente. Observar sinais de infiltração e relatos do paciente (edema, dor e ardência). 16. Após toda introdução, soltar o garrote e pedir que o paciente abra a mão; 17. Comprima a parte superior da pele (ponta da haste flexível) e retire a agulha, conectando o soro ou a extensão com torneirinha; ● Evita o extravasamento de sangue e possíveis hematomas 18. Estabilize (fixe) o cateter utilizando técnica asséptica. Qualquer cobertura para cateter periférico deve ser estéril, podendo ser semi oclusiva (gaze e fita adesiva estéril) ou membrana transparente semipermeável. ● Evita que a agulha se movimente ou se perca o dispositivo ● NÃO utilize esparadrapo comum e fitas do tipo microporosa não estéreis, como micropore. 19. Administre a medicação prescrita; ● Evita a formação de coágulos. 20. Se for administrar apenas a medicação, lave o dispositivo e retire no mesmo ângulo de inserção e pressionar o local com algodão seco, até que não haja sangramento, ou termine de fixar caso o dispositivo permaneça; ● Pressione o tempo necessário, impedindo a formação de hematoma por extravasamento de sangue. 21. Organizar o material e unidade; ● Mantém o ambiente em ordem e limpo 22. Retirar as luvas, lavar as mãos e descartar em lixo apropriado; ● Garante que não haja contaminação da equipe, com o descarte de material biológico em local apropriado. 23. Anotar no prontuário. ● Qualquer intercorrência deve ser registrada no prontuário do paciente. SALINIZAÇÃO / HIDROLIZAÇÃO ● Salinização ou Hidrolização = é utilizada nos dispositivos Jelco, por serem fabricados com materiais como teflon ou poliuretano, que inibem a agregação de trombos em seu interior, podendo neste caso realizar somente a salinização (SF 0,9%) ou hidrolização = água destilada. OBSERVAÇÃO 1. Não administrar drogas que contenham precipitados ou flóculos em suspensão; 2. Para administrar dois medicamentos endovenosos, puncionar a veia e usar uma seringa para cada droga. Só misturar drogas na mesma seringa se não existir contra-indicação; 3. Usar material estéril e em bom estado de conservação; 4. Rodiziar os locais de aplicação; 5. A presença de hematoma, edema ou dor indica que a veia foi transfixada ou a agulha está fora dela: retirar a agulha e pressionar o local levemente com algodão. A nova punção deverá ser feita em outro local, porque a recolocação do garrote aumenta o hematoma; 6. Ao se processar a antissepsia emprega-se algodão embebido em álcool, sem excesso, evitando a penetração do mesmo no local da punção venosa; 7. Para crianças menores de 03 (três anos) também podem ser consideradas as veias da cabeça. Caso a criança não caminhe, considere as veias do pé. 8. A cobertura não deve ser trocada em intervalos pré-estabelecidos. 9. Realizar o flushing e aspiração para verificar o retorno de sangue antes de cada infusão para garantir o funcionamento do cateter e prevenir complicações. 10. Realizar o flushing antes de cada administração para prevenir a mistura de medicamentos incompatíveis. 11. Avaliar o sítio de inserção é a cada quatro horas ou conforme a criticidade do paciente. 12. Rotineiramente o cateter periférico não deve ser trocado em um período inferior a 96 h.A decisão de estender a frequência de troca para prazos superiores ou quando clinicamente indicado dependerá da adesão da instituição às boas práticas recomendadas nesse documento, tais como: avaliação rotineira e frequente das condições do paciente, sítio de inserção, integridade da pele e do vaso, duração e tipo de terapia prescrita, local de atendimento, integridade e permeabilidade do dispositivo, integridade da cobertura estéril e estabilização estéril. 13. Para pacientes neonatais e pediátricos, não trocar o cateter rotineiramente. Porém, é imprescindível que os serviços garantam as boas práticas recomendadas neste documento, tais como: avaliação rotineira e frequente das condições do paciente, sítio de inserção, integridade da pele e do vaso, duração e tipo de terapia prescrita, local de atendimento, integridade e permeabilidade do dispositivo, integridade da cobertura estéril e estabilização estéril. REFERÊNCIAS AL, Patricia A. Potter, Anne Griffin Perry, Patricia A. Stockert E. Fundamentos de Enfermagem. Rio de Janeiro: Grupo GEN, 2024. E-book. ISBN 9788595159952. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788595159952/. Acesso em: 23 jul. 2024. Brasil. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Medidas de Prevenção de Infecção Relacionada à Assistência à Saúde. Brasília: Anvisa, 2017. SILVA, M.T.; SILVA, S.R.L.P.T. Cálculo e administração de medicamentos na Enfermagem. Ed. Martinari, 2ª edição. São Paulo, 2009. TIMBY, B. K. Conceitos e habilidades fundamentais no atendimento de enfermagem. Tradução: UNICOVSKY, Margarita Ana Rubin. 10ª edição. Porto Alegre: Artmed, 2014. Elaborado por Profa. Denise, Profa. Flávia, Profa. Lígia, Profa. Maria do Carmo. Data da Criação 2002 Revisado por Professores: Marcel Vinícius Cunha Azevedo Data da última Revisão 2024.2Assinatura da validação: UNIVERSIDADE TIRADENTES ENFERMAGEM: SEMIOLOGIA E SEMIOTÉCNICA POP: SOROTERAPIA INTRODUÇÃO É o tratamento realizado por meio de soro. Quando as necessidades hídricas não são satisfeitas ou quando há risco de não serem satisfeitas, frequentemente é usada a suplementação com líquidos por via parenteral (terapia EV). O líquido estéril é introduzido diretamente na veia. A velocidade de infusão e o tipo de solução são condizentes as necessidades hídricas de cada paciente. Existe o risco de super hidratação com a terapia de administração parenteral de líquidos e o enfermeiro deve estar atento para os respectivos sinais e sintomas, sobretudo se a função renal estiver comprometida. FINALIDADE ● Manter o aporte normal de líquidos; ● Repor líquidos perdidos durante cirurgia, trauma ou hemorragia; ● Administrar medicamentos endovenosos; ● Como uma medida preventiva, proporcionando um acesso rápido ao sistema circulatório. MATERIAL Bandeja contendo: ● Solução EV prescrita; ● Equipo adequado; ● Fita adesiva e/ou esparadrapo; ● Etiqueta para identificação da medicação (rótulo de soro); ● Bolas de algodão e álcool a 70%; ● Relógio com contagem em segundos; ● Suporte de soro ● Luva de procedimento; DESCRIÇÃO DA TÉCNICA PARA EQUIPO COMUM Ação Justificativa 1. Verifique a prescrição médica e leia o rótulo da solução pelo menos 03 vezes (ao pegar, ao preparar e ao administrar a solução). ● Garantir a prescrição e a administração correta da solução prescrita. 2. Prepare o rótulo do soro: Nome do cliente; Número do leito; Solução prescrita; Data; Tempo de infusão; Gotejamento; Início da infusão; Término da infusão; Assinatura do responsável. ● Identificação da soroterapia, seguindo os princípios dos 07 certos. 3. Lavar as mãos; 4. Limpar a bancada, preparar a bandeja e selecionar o material; ● Diminuir o potencial de contaminação do procedimento. 5. Verificar o frasco de soro, validade, presença de sedimentos ou turvações. Cole o rótulo previamente preparado; ● Garantir a administração de soroterapia adequada. 6. Selecione o equipo adequado e estique-o após ser retirado da embalagem; ● Propiciar a infusão adequada se for jelco preparar a extensão e escová-la. 7. Aperte a pinça móvel mantendo-a fechada; ● Para não causar o vazamento do soro acidentalmente (escovar acidentalmente) 8. Realizar a fricção com álcool a 70% no gargalo da ampola de soro; 9. Abra o soro, desencape o perfurador do equipo e insira-o no orifício da ampola de soro; ● Cuidado para não encostar na parte externa do gargalo da ampola de soro. 10. Pendure o soro em um suporte ou em um gancho suspenso; ● Facilitar a manipulação, caso não haja suporte, segure-o em uma das mãos. 11. Aperte a câmara de gotejamento enchendo-a até a metade, ou aperte o soro no caso da câmara não ser maleável; ● Impossibilitar a entrada de ar ou micro ar na extensão do equipo durante o seu preenchimento. 12. Libere a pinça móvel; ● Para promover o preenchimento do equipo com a solução prescrita 13. Feche a pinça quando todo o ar for retirado; 14. Coloque a fita com escala de horários no soro; ● Identificação da solução com a graduação para controle posterior, seguindo o horário determinado. 15. Cole uma etiqueta no equipo, identificando a data do dia da instalação; ● Para seguir a norma de troca dos equipos estabelecido pela CCIH, sendo normalmente de 24 horas. 16. Explique o procedimento ao paciente; 17. Instalar o soro prescrito no acesso venoso com técnica asséptica; 18. Abrir a roldana e controlar o gotejamento conforme a prescrição; 19. Deixar o ambiente em ordem; 20. Lavar as mãos; 21. Registrar o procedimento no prontuário. DESCRIÇÃO DA TÉCNICA PARA EQUIPO BURETA 1. Verifique a prescrição médica e leia o rótulo da solução pelo menos 03 vezes; ● Garantir a prescrição e a administração correta da solução prescrita. 2. Prepare a etiqueta do medicamento que será colocado na bureta; ● Identificação da soroterapia, seguindo os princípios dos 07 certos. 3. Lavar as mãos; 4. Preparar a bancada e as medicações; ● Diminuir o potencial de contaminação do procedimento se bancada estiver suja. 5. Verificar o frasco de soro, validade, presença de sedimentos ou turvações; ● Garantir a administração de soroterapia adequada. 6. Selecione o equipo bureta e estique-o após ser retirado da embalagem; ● Propiciar a infusão adequada se for jelco preparar a extensão e escová-la. 7. Feche todas as pinças móveis, mantendo-as fechada; ● Para não causar o vazamento do soro acidentalmente. (Escovar acidentalmente.) 8. Realizar a fricção com álcool a 70% no gargalo da ampola de soro; 9. Abra o soro, desencape o perfurador do equipo e insira-o no orifício da ampola de soro; ● Cuidado para não encostar a parte externa do gargalo da ampola de soro. 10. Pendure o soro em um suporte ou em um gancho suspenso; 11. Abra a pinça superior, deixando fluir a quantidade de líquido prescrito para diluição e após feche novamente a pinça superior; 12. Aperte a câmara de gotejamento enchendo-a até a metade, ou aperte o soro no caso da câmara não ser maleável; ● Impossibilitar a entrada de ar ou micro ar na extensão do equipo durante o seu preenchimento. 13. Libere a pinça móvel; ● Para promover o preenchimento do equipo com a solução prescrita 14. Feche a pinça quando todo o ar for retirado; 15. Observe na bureta a quantidade de soro perdida e complete com soro abrindo a pinça superior; ● As duas pinças móveis nunca estarão abertas ao mesmo tempo. 16. Fazer a desinfecção com álcool a 70% no orifício de silicone da bureta (parte superior); 17. Injete o medicamento, posicionando a agulha na parede interna da bureta; 18. Cole uma etiqueta no equipo, identificando a data do dia da instalação; ● Para seguir a norma de troca dos equipos estabelecido pela CCIH, sendo normalmente de 24 horas. 19. Explique o procedimento ao paciente; 20. Instalar o soro prescrito no acesso venoso com técnica asséptica; 21. Abrir a roldana e controlar o gotejamento conforme a prescrição; 22. Deixar o ambiente em ordem; 23. Lavar as mãos; 24. Registrar o procedimento no prontuário. SISTEMA DE INFUSÃO A necessidade de manipular ou não as conexões do acesso venosoé que determina se um sistema é aberto ou fechado. ● Sistema aberto = consiste na colocação de um extensor tipo polifix conectado ao dispositivo de punção periférica; esse extensor de duas ou quatro vias será aberto a cada administração de droga, permitindo o contato direto com a parte interna do equipo, o que leva à perda de sua característica de esterilidade. ● Sistema fechado = o sistema de acesso para a infusão de outras drogas concomitantemente com a venóclise é constituído de borracha especialmente resistente, as bolsas de soro são flexíveis eliminando a necessidade de improvisação de respiros com agulhas e as conexões são rosqueáveis ou clipadas, o que impede a desconexão acidental. FATORES QUE AFETAM A VELOCIDADE DO FLUXO ● Calibre do cateter EV ● Diâmetro e comprimento do equipo ● Altura do suporte de líquidos ● Características do líquido (viscosidade e temperatura) ● Traumatismo venoso, coágulos, tampões de suspiros, espasmo venoso e vaso constrição. REFERÊNCIAS AL, Patricia A. Potter, Anne Griffin Perry, Patricia A. Stockert E. Fundamentos de Enfermagem. Rio de Janeiro: Grupo GEN, 2024. E-book. ISBN 9788595159952. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788595159952/. Acesso em: 23 jul. 2024. BOWDEN, V.R.; GREENBERG, C.S. Procedimentos de Enfermagem Pediátrica. Rio de Janeiro; Guanabara Koogan, 2005. FRANCK, C.L. et al. Punções & Acessos. In: SOUZA, V.H.S.; MOZACHI, N. O Hospital: Manual do Ambiente Hospitalar. Curitiba; Manual Real, 2007. p. 216-226. SILVA, M.T.; Silva, S.R.L.P.T. Cálculo e administração de medicamentos na Enfermagem. Ed. Martinari, 2ª edição, 2009. S.P. SILVA, M.F.; SOUZA, N.V.D.O.; PEREIRA, S.E.M. Procedimentos de Enfermagem Empregados no déficit nutricional e hidroeletrolítico. In: SILVA, L.D.; PEREIRA, S.R.M.; MESQITA, A.M.F. Procedimentos de enfermagem: Semiotécnica para o Cuidado. Rio de Janeiro; Medsi, 2004. p.204-231. Elaborado por Profa. Denise, Profa. Flávia, Profa. Lígia, Profa. Maria do Carmo. Data da Criação 2002 Revisado por Professores: Marcel Vinícius Cunha Azevedo Data da última Revisão 2024.2 UNIVERSIDADE TIRADENTES ENFERMAGEM: SEMIOLOGIA E SEMIOTÉCNICA POP: EXAME FÍSICO DO SISTEMA LOCOMOTOR INTRODUÇÃO A finalidade do exame musculoesquelético é avaliar a função nas atividades de vida diária e detectar anormalidades. Observe achados adicionais de Atividades de vida diária conforme a pessoa realiza os movimentos necessários para o exame: ● Marcha ● Postura ● Como a pessoa se senta na cadeira ● Levantar-se da cadeira ● Tira o casaco ● Manipula pequenos objetos, como uma caneta ● Levanta-se a partir do decúbito dorsal Um exame osteomuscular de triagem suficiente para a maioria das pessoas envolve: ● Inspeção e palpação das articulações que integram cada região do corpo; ● Observação da amplitude de movimento conforme o indivíduo realiza os movimentos descritos previamente; ● Medidas de triagem específicas da idade, como o sinal de Ortolani para crianças ou a triagem de escoliose para adolescentes; Um exame musculoesquelético completo, é apropriado para pessoas com doença articular, com história de sintomas musculoesqueléticos ou quaisquer problemas com Atividades de vida diária. Deixe o indivíduo à vontade antes e durante o exame. Utilize lençóis dispostos de modo a permitir a visualização completa da parte do corpo que você está examinando, sem expor desnecessariamente o indivíduo. Utilize uma abordagem ordenada: ● Cabeça aos pés, de proximal para distal (da linha média para a lateral); A articulação a ser examinada deve ser apoiada em repouso. Os músculos devem ser macios e estar relaxados para que se avaliem com precisão as articulações sob eles. Tome cuidado ao examinar qualquer área inflamada, pois a manipulação grosseira pode causar dor e espasmos musculares. Para evitar isso: ● Use um apoio firme; ● Promova movimento suave; ● E um retorno delicado a um estado relaxado; Compare as articulações bilateralmente. Espere simetria da estrutura e função e dos parâmetros normais para essa articulação. FUNÇÕES DO SISTEMA LOCOMOTOR ● Servir de suporte para as partes moles do corpo; ● Proteger os órgãos vitais e outros tecidos moles do corpo; ● Auxiliar no movimento do corpo, fornecendo inserção aos músculos e funcionando como alavanca; ● Produzir células sanguíneas. Essa função hematopoiética ocorre na medula vermelha do osso; ● Fornece uma área de armazenamento para sais minerais, especialmente fósforo e cálcio, que suprem as necessidades do corpo; ● PROPEDÊUTICA DA SISTEMA LOCOMOTOR INSPEÇÃO Observe o tamanho e os contornos da articulação. Inspecione a pele e os tecidos sobre as articulações, analisando a coloração, edema e qualquer massa ou deformidade. A presença de edema é significativa e indica irritação articular. PALPAÇÃO Palpe cada articulação, incluindo sua pele para avaliar a temperatura, os músculos, articulações ósseas e áreas de cápsula articular. Observe se há: ● Calor ● Edema ● Hipersensibilidade ● Massas As articulações normalmente não são dolorosas à palpação. Se houver sensação dolorosa, tente localizá-la em relação a estruturas anatômicas específicas (p. ex., pele, músculos, bolsas, ligamentos, tendões, bolsas de gordura ou capsula articular). A membrana sinovial normalmente não é palpável. Quando espessada, é sentida como sendo "pastosa" ou "de consistência emborrachada". Uma pequena quantidade de líquido está presente na articulação normal, mas não é palpável. MATERIAL NECESSÁRIO PARA AVALIAÇÃO DO SISTEMA LOCOMOTOR ● FITA MÉTRICA ● CANETA DERMATOGRÁFICA ANAMNESE ● Idade: existem doenças comuns em determinadas fases da vida, como as displasias ósseas, mais frequentes na fase neonatal ou nos primeiros anos de vida, ou a osteoporose, que é mais comum na terceira idade. ● Sexo: certas doenças acometem com maior frequência o sexo masculino, como a osteocondrose de quadril, enquanto a osteoporose predomina no sexo feminino. ● Raça: a anemia falciforme é predominante na raça negra, tendo como complicação a necrose avascular da cabeça femoral. ● Profissão: existem doenças musculoesqueléticas relacionadas ao trabalho, que no Brasil tornaram-se conhecidas como lesões por esforço repetitivo (LER) ou doença do trabalho (DOT). EXAMES ESPECÍFICOS DO SISTEMA LOCOMOTOR Figura 1. Escala de Força Muscular do Medical Research Council (VIANA; TORRE, 2017). IMAGENS ILUSTRATIVAS *ATENÇÃO! Em caso de suspeita de trauma, não está recomendado a execução desses movimentos. Figura 2. Escala (JARVIS, 2012). Figura 3. Movimento lateral (JARVIS, 2012). Figura 4. Movimento e amplitude esperados – Flexão de 45 graus (JARVIS, 2012). Figura 5. Movimento e amplitude esperados – Flexão lateral de 40 graus (JARVIS, 2012). Figura 6. Movimento e amplitude esperados – Rotação de 70 graus (JARVIS, 2012). Figura 7. Movimento e amplitude esperados – Hiperflexão até 50 graus e rotação interna de 90 graus (JARVIS, 2012). Figura 8. Movimento e amplitude esperados – Abdução de 180 graus, adução de 50 graus, rotação externa de 90 graus (JARVIS, 2012). Figura 9. Movimento e amplitude esperados – Cotovelo flexionado em 70 graus (JARVIS, 2012). Figura 10. Movimento e amplitude esperados – Cotovelo flexionado em 70 graus (JARVIS, 2012). Figura 11. Movimento e amplitude esperados –Flexão do cotovelo e movimento de 90 graus em pronação e supinação (JARVIS, 2012). REALIZAÇÃO DO EXAME ARTICULAÇÃO TEMPOROMANDIBULAR ACHADOS ANORMAIS 1. Inspecione a área imediatamente anterior da orelha; 2. Coloque as pontas de seus dois primeiros dedos na frente de cada orelha e peça ao paciente que abra e feche a boca; 3. Desça seus dedos para a área deprimida sobre a articulação e observe a suavidade do movimento da mandíbula; 4. Palpe o temporal contraído e os músculos masseteres, conforme o indivíduo cerra os dentes; 5. Compare o tamanho, a força e a firmeza dos O edema tem o aspecto de uma protuberância redonda sobre a articulação, embora deva ser moderado ou intenso para ser visível. A crepitação e a dor ocorremna disfunção da articulação temporomandibular. lados direito e esquerdo; 6. Peça ao indivíduo que mova a mandíbula para frente e lateralmente contra a sua resistência e que abra a boca contra sua resistência; Isso também testa a integridade do V nervo craniano (trigêmeo). COLUNA CERVICAL ACHADOS ANORMAIS 1. Inspecione o alinhamento da cabeça e do pescoço. A coluna deve estar reta e a cabeça, ereta; 2. Palpe os processos espinhosos e os músculos esternocleidomastóideo, trapézio e paravertebrais; 3. Devem parecer estar firmes, sem espasmo muscular ou sensação dolorosa; Cabeça inclinada para um dos lados. Assimetria dos músculos. Músculos sensíveis e rígidos, com espasmo muscular. MEMBRO SUPERIOR ACHADOS ANORMAIS OMBROS 1. Inspecione e compare ambos os ombros posterior e anteriormente; 2. Verifique o tamanho e o contorno da articulação e compare os ombros para verificar se há igualdade dos marcos ósseos; 3. Verifique o aspecto anterior da capsula articular e a bolsa subacromial buscando por edema/tumefação anormal; 4. Palpe os ombros, observando qualquer espasmo ou atrofia muscular, edema, calor ou sensibilidade. 5. Inicie a palpação pela clavícula e explore metodicamente a articulação acromioclavicular, escápula, tubérculo maior do úmero, área da bolsa subacromial, sulco do bíceps e face anterior da articulação glenoumeral. 6. Palpe a axila em forma de pirâmide: não deve haver presença de adenopatia ou massas. Rubor Desigualdade dos marcos ósseos. Atrofia, evidenciada pela perda de volume. O ombro luxado perde sua forma arredondada normal e tem aparência achatada lateralmente. A tumefação pelo excesso de fluidos é mais bem visualizada anteriormente. Deve haver presença de uma quantidade considerável de fluido para causar uma distensão visível, uma vez que a cápsula normalmente é bastante frouxa. O edema da bolsa subacromial está localizado no músculo deltoide e pode ser acentuado quando o indivíduo tenta abduzir o braço. Edema/tumefação. Músculos rígidos com espasmo muscular. Hipersensibilidade ou dor. COTOVELO 1. Inspecione o tamanho e o contorno do cotovelo nas posições flexionada e estendida; 2. Procure por alguma deformidade, rubor ou edema; 3. Verifique a bolsa do olecrano e as cavidades normalmente presentes em ambos os lados do olecrano, buscando por edema/tumefação anormal; 4. Palpe com o cotovelo flexionado a cerca de 70 graus e o mais relaxado possível; 5. Use sua mão esquerda para apoiar o antebraço esquerdo do indivíduo e palpe a superfície extensora do cotovelo, o olecrano e os epicôndilos medial e lateral do úmero - com o polegar e dedos da mão direita; 6. Com o polegar no sulco lateral e os dedos indicador e médio no sulco medial, palpe ambos os lados do olecrano com pressão variável; 7. Verifique se há algum espessamento sinovial, edema, nódulos ou sensação dolorosa; 8. Palpe a área da bolsa do olecrano buscando por calor, edema, dor à palpação, alterações na consistência ou presença de nódulos; PUNHO E MÃO 1. Inspecione as mãos e os punhos nos lados dorsal e palmar, observando a posição, o contorno e a forma. A posição funcional normal da mão mostra o punho em ligeira extensão; 2. Flexione os dedos de forma eficiente e o Na sub luxação do cotovelo, evidencia-se uma luxação posterior do antebraço. O edema e o rubor da bursa do olecrano são localizados e de fácil observação, por causa da proximidade da bursa com a pele. Inicialmente ocorre derrame ou espessamento sinovial, como uma protuberância ou aumento de volume no sulco de cada lado do olecrano; isso ocorre na artrite gotosa. Os epicôndilos, cabeça do rádio e tendões são os locais que mais comumente apresentam inflamação local e sensação dolorosa, ou "cotovelo de tenista". Em caso de espessamento ou derrame sinovial, ocorre uma tumefação macia, depressível ou flutuante em ambos os sulcos. Calor local ou rubor (sinais de inflamação) podem se estender além da membrana sinovial. Os nódulos subcutâneos são elevados, firmes e não dolorosos; a pele sobrejacente a eles se move livremente. Sub luxação (luxação parcial) do punho. Desvio ulnar; dedos inclinados para o lado Ulnar. Anquilose; punho em flexão extrema. Contratura de Dupuytren; contratura em flexão do(s) dedo(s). Deformidade em pescoço de cisne ou botoeira nos dedos. Atrofia da eminência tenar. polegar pode se opor a eles para a preensão e manipulação. Os dedos permanecem em linha reta no mesmo eixo do antebraço; 3. Palpe cada articulação do punho e das mãos. De frente para o indivíduo, apoie a mão dele com seus dedos sob ela e palpe o punho firmemente com ambos os polegares sobre o dorso da mão; 4. Certifique-se de que o punho do paciente está relaxado e alinhado. Mova seus polegares de um lado para outro para identificar as áreas deprimidas normais que recobrem o espaço articular, use uma pressão suave, mas firme; 5. Em condições normais, as superfícies articulares parecem suaves, sem abaulamentos, edema, nódulos ou sensação dolorosa. 6. Palpe as articulações metacarpofalângeas com seus polegares, ligeiramente distal e em ambos os lados da articulação. 7. Use seu polegar e o dedo indicador em um movimento de pinça para palpar os lados das articulações interfalangicas. Cisto ganglionar no punho. Edema sinovial no dorso. Edema generalizado. Sensação dolorosa. Os nódulos de Heberden e Bouchard são duros e não dolorosos e ocorrem na osteoartrite. MEMBRO INFERIOR ACHADOS ANORMAIS QUADRIL 1. Inspecione a articulação do quadril juntamente com a coluna vertebral, um pouco mais para frente no exame, quando o indivíduo estiver em pé; 2. Observe a simetria da altura das cristas ilíacas, pregas glúteas e o tamanho igual das nádegas. Uma marcha equilibrada, suave, reflete comprimentos de pernas iguais e movimento funcional do quadril; 3. Oscile a perna lateralmente e então medialmente, com o joelho estendido; 4. Estabilize a pelve, pressionando a espinha ilíaca anterossuperior oposta; 5. Em pé (posteriormente no exame), oscile a perna em extensão para trás do corpo; Dor a palpação Crepitações 6. Estabilize a pelve para eliminar a lordose lombar exagerada. A maneira mais eficiente é pedir ao indivíduo que se curve sobre a mesa de exame, apoiando o tronco sobre ela. Ou o indivíduo pode deitar-se em decúbito ventral sobre a mesa; JOELHO 1. Inspecione o alinhamento inferior da perna. A parte inferior da perna deve se estender no mesmo eixo da coxa; 2. Inspecione a forma e os contornos do joelho. Em condições normais, há presença de concavidades distintas, ou depressões, em ambos os lados da patela; 3. Verifique-as procurando por qualquer sinal de aumento de volume ou inchaço. Observe outros locais, como as bolsas pré-patelar e suprapatelar, buscando por qualquer edema anormal; 4. Verifique o músculo quadríceps na região anterior da coxa por qualquer atrofia. Uma vez que este é o principal músculo da extensão do joelho, é importante para a estabilidade articular durante a sustentação de peso; 5. Facilite a palpação posicionando o joelho em decúbito dorsal, com o relaxamento completo do músculo quadríceps; 6. Comece no alto da região anterior da coxa, cerca de 10 cm acima da patela; 7. Palpe com seu polegar esquerdo e os dedos em forma de garra; 8. Prossiga em direção ao joelho, explorando a região da bolsa suprapatelar; 9. Observe a consistência dos tecidos. Os músculos e tecidos moles devem parecer sólidos; 10. A articulação deve parecer suave, sem aumento de temperatura, sensação dolorosa, espessamento ou presença de nódulos; Pele brilhante e atrófica. Edema/tumefação ou inflamação Lesões (p. ex., psoríase). Deformidade em angulação: · Joelho varo (pernas arqueadas) · Joelho valgo (joelhos para dentro) · Contratura em flexão As concavidades desaparecerem; podem então tornar-se proeminentes, com espessa- mento ou derrame sinovial. A atrofia ocorre por falta de uso ou doenças crônicas. Primeiro, aparece na parte medial do musculo, embora seja difícil de perceber por que o vasto medial é relativamentepequeno. Parece com uma sensação flutuante ou de- pressível com sinovite da bolsa suprapatelar. REFERÊNCIAS BARROS, Alba Lucia Botura Leite de.... [et al.]. Anamnese e exame físico: avaliação diagnóstica de enfermagem no adulto. 2ª Ed. Porto Alegre, RS: ARTMED, 2011.440 p.: il.; 23 cm. JARVIS, Carolyn.... [et al.]. Exame físico e avaliação de saúde para enfermagem. 6ª Ed. Rio de Janeiro, RJ: Elservier, c2012. 880 p.: il.; 28 cm. ANGÉLICO JÚNIOR, Fernando. Veiga.; SOUZA, Aspásia Basile Gesteira. Manual de Exame Físico. 1ª Ed. Rio de Janeito, RJ: Elsevier, 2019. POTTER, Patricia A.; PERRY, Anne Griffin. Fundamentos de enfermagem. 8ª edição. Rio de Janeiro, RJ: Elsevier, 2013. 1391 p.: il.; 28 cm. TIMBY, Barbara K. Conceitos e Habilidades Fundamentais no Atendimento de Enfermagem. 10ª. Ed. Porto Alegre, RS: Artmed. 2014. 950p. VIANA, Renata Andréa Pietro P.; TORRE, Mariana. Enfermagem em terapia intensiva: práticas integrativas. Barueri: Editora Manole, 2017.acima da cabeça do paciente, girá-lo e descer até encostar na parte superior da cabeça; ● Manipular com cuidado o medidor para não soltar na cabeça do paciente. 20. Travar o medidor e girá-lo de volta para o profissional; ● Manter dados do paciente devidamente registrados. 21. Ajudar o paciente a descer; ● Minimizar risco de queda do paciente. 22. Fazer a leitura da altura e posteriormente retornar a régua à posição original; ● Facilitar a leitura da altura do paciente. 23. Zerar os pesos da balança; ● Manter balança adequada para próxima verificação (paciente) 24. Retirar o papel toalha da base da balança e desprezar em lixo comum; ● Organizar ambiente. 25. Discutir os achados com o paciente, se for necessário; ● Participar o paciente no cuidado. 26. Lavar as mãos e anotar no prontuário. ● Manter dados do paciente devidamente registrados. OBSERVAÇÕES Balanças de leitos e cadeiras encontram-se disponíveis para pacientes incapazes de sustentar o próprio peso. Leitos eletrônicos modernos dispõem de balanças incorporadas para pesagem de pacientes que não podem sair do leito. REFERÊNCIAS POTTER, Patrícia A.; PERRY, Anne Griffin. Fundamentos de enfermagem. 11ª edição. Rio de Janeiro, RJ: Elsevier, 2024. Elaborado por Professores: Denise Lucon, Flávia Janólio, Lígia Lemos Maria do Carmo. Data da Criação 2002.1 Revisado por Professores: Carine Marques, Elisangela Minari, Lenilson Trindade. Data da última revisão 2021.2 UNIVERSIDADE TIRADENTES ENFERMAGEM: SEMIOLOGIA E SEMIOTÉCNICA POP: VERIFICAÇÃO DE SINAIS VITAIS INTRODUÇÃO A temperatura corporal, o pulso (FC), a frequência respiratória (FR), a pressão arterial (PA) e a dor, são chamados de sinais vitais (SSVV). Trata-se dos cinco dados objetivos que indicam quão eficiente ou deficiente está o funcionamento do organismo. A dor é considerada o quinto sinal vital. Sua avaliação subjetiva deve ser realizada pelo menos uma vez ao dia e sempre que um sinal vital for aferido (TIMBY, 2014). FINALIDADE ● Fornecer dados fisiológicos para utilizar na prática. Para isso, necessita de conhecimentos dos mecanismos fisiológicos; ● Auxiliam o profissional na realização de medidas rotineiras de assistência (mudança de decúbito, administração de medicamentos, alta hospitalar, dentre outras). DIRETRIZES ● Analisar os valores dos sinais vitais e interpretá-los para tomar decisões sobre as intervenções; ● Certificar-se que o equipamento está funcionando e é compatível com tamanho e idade do paciente; ● Conhecer a variação usual dos SSVV do paciente; ● Conhecer a história clínica, as terapias e medicações em uso; ● Controlar fatores ambientais que possam influenciar; ● Determinar frequência de verificação dos SSVV; ● Abordagem organizada e sistemática; ● Comunicar as alterações significativas dos SSVV aos profissionais de cuidado de saúde e registrar os achados; ● Orientar o paciente e familiares sobre a avaliação dos sinais vitais (POTTER; PERRY, 2024) RECOMENDAÇÕES PARA VERIFICAÇÃO DOS SINAIS VITAIS ● Na admissão e na alta hospitalar ou outro serviço; ● Dentro de uma rotina de atendimento; ● Durante uma consulta de Enfermagem; ● Antes e após procedimentos cirúrgicos e de diagnósticos invasivos; ● Antes e após administração de medicamentos que alteram as funções cardiovasculares, respiratória e temperatura, monitorando o efeito do fármaco; ● Antes, durante e após realização de transfusão sanguínea; ● Sempre que a condição física geral do paciente for modificada; ● Antes de intervenções de enfermagem que possam alterar os sinais vitais (deambular, sair da cama, realizar exames), dentre outras; ● Antes, durante e após a transferência intra e extra hospitalar do paciente; ● Sempre que o paciente relatar/manifestar quaisquer sintomas específicos de desconforto físico (“estranho”) ou (“diferente”). TEMPERATURA CORPORAL MATERIAL ● Bandeja; ● Termômetro digital (selecionar o dispositivo de acordo com a local apropriado para medir a temperatura); ● Bolas de algodão; ● Álcool a 70%; ● Papel toalha; ● Luvas de procedimento s/n; ● Caneta e formulário de registro de sinais vitais; ● Lubrificante (apenas para região retal). TIPOS DE TERMÔMETRO Figura 1. Termômetro eletrônico. A sonda branca é para uso oral e axilar. A sonda cinza é para uso retal (POTTER; PERRY, 2013). Figura 2. Termômetro de artéria temporal para realizar varredura na fronte do paciente (POTTER; PERRY, 2013). Figura 3. Partes do termômetro digital (FONTE: Domínio Público) Figura 4. Termômetro timpânico (POTTER; PERRY, 2024) Figura 5. Termômetro retal (POTTER; PERRY, 2024) VERIFICAÇÃO TEMPERATURA AXILAR Ação Justificativa 1. Verificar prontuário ou solicitação; ● Determinar o termômetro e o local de verificação de acordo com as vantagens e desvantagens de cada local. 2. Identifique o paciente utilizando pelo menos dois identificadores (p. ex., nome e data de nascimento ou nome e número do prontuário do paciente) de acordo com políticas institucionais. ● Garante ser o paciente correto. Atende aos padrões da segurança do paciente. 3. Lavar as mãos; ● Reduzir a transmissão de microrganismos. 4. Preparar a bandeja com os materiais; ● Otimizar material e tempo. 5. Apresentar-se e explicar o procedimento ao paciente; ● Orientar para não remover o termômetro do local. 6. Colocar luvas de procedimento; ●Avaliar a presença de lesões e/ou fluídos. 7. Posicionar o cliente em posição confortável (sentado, Fowler ou decúbito dorsal), mantendo a privacidade do paciente; ● Garantir o conforto do paciente e consequentemente uma leitura eficaz. ● Garantir privacidade posicionando biombos e fechando portas e janelas. 8. Escolher o braço com vascularização normal e sem processos inflamatórios próximos e deixar a axila exposta, livre de vestimentas e seca. ● Expor a axila para posicionamento adequado da sonda do termômetro. ● Observar necessidade de secar a região. 9. Fazer a desinfecção do termômetro com algodão embebido com álcool, em sentido único, e não tocar a área do sensor do termômetro; ● O termômetro para temperatura axilar é frequentemente compartilhado entre os pacientes. A limpeza cuidadosa de cada dispositivo entre os pacientes diminui o risco de infecção dos mesmos. ● Se o paciente estiver sob isolamento preventivo, o termômetro deverá ser de uso exclusivo. 10. Elevar o braço do paciente, posicionar o sensor do termômetro no centro axila, mantendo o braço em contato com o tórax evitando que o termômetro caia; ● Mantém o sensor do termômetro devidamente em contato com a rede venosa da axila. 11. Aguardar a sinalização sonora e a temperatura do paciente aparecer no visor; 12. Retirar sem tocar no sensor do termômetro e observar o valor da temperatura; 13. Apoiar o termômetro no papel toalha dentro da bandeja; ● Reduzir a transmissão de microrganismos. 14. Reposicionar o paciente; ● Restabelecer o conforto do paciente. 15. Limpar o termômetro com algodão embebido com álcool; ● Reduzir a transmissão de microrganismos. 16. Discutir os achados com o paciente, se for necessário; ● Proporciona sua participação no cuidado e o conhecimento de seu estado de saúde. 17. Retirar as luvas de procedimento (se utilizadas), lavar as mãos e anotar no prontuário. ● Manter dados do paciente devidamente registrados. VERIFICAÇÃO TEMPERATURA ORAL Ação Justificativa 1. Verificar prontuário ou solicitação; ● Determinar o termômetro e o local de verificação de acordo com as vantagens e desvantagens de cada local. 2. Identifique o paciente utilizando pelo menos dois identificadores (p. ex., nome e data de nascimento ou nome e número do prontuário do paciente) de acordo com políticas institucionais. ● Garante ser o paciente correto. Atende aos padrões da segurança do paciente. 3. Lavar as mãos; ● Reduzir a transmissão de microrganismos. 4. Preparar a bandeja com os materiais; ● Otimizar material e tempo. 5. Apresentar-se e explicar o procedimento ao paciente; ● Orientar para não remover o termômetro do local e mantê-lo posicionado abaixo da língua. 6. Colocar luvas deprocedimento; 7. Posicionar o cliente em posição confortável (sentado ou Fowler), mantendo a privacidade do paciente; ● Garantir o conforto do paciente e consequentemente uma leitura eficaz. ● Garantir privacidade posicionando biombos e fechando portas e janelas. 8. Fazer a desinfecção do termômetro com algodão embebido com álcool, em sentido único, e não tocar a área do sensor do termômetro; ● O termômetro para temperatura oral não deve ser compartilhado entre os pacientes, porém a desinfecção do dispositivo deve ser mantida sempre. 9. Solicitar ao paciente para abrir a boca e posicionar o termômetro na região sublingual posterior-lateral. Observar a cavidade oral, onde não pode haver inflamações, ingestão de alimento e fumo nos últimos 30 minutos. ● Mantém o sensor do termômetro devidamente em contato com a rede venosa da região sublingual íntegra. 10. Solicitar ao paciente que oclua os lábios para segurar o termômetro, sem morder o mesmo. ● Os lábios ocluídos mantém o termômetro no local correto. 11. Aguardar a sinalização sonora e a temperatura do paciente aparecer no visor; 12. Retirar sem tocar no sensor do termômetro e observar o valor da temperatura; 13. Apoiar o termômetro no papel toalha dentro da bandeja; ● Reduzir a transmissão de microrganismos. 14. Reposicionar o paciente; ● Restabelecer o conforto do paciente. 15. Trocar luvas de procedimento; ● Evitar permanência da sujidade da cavidade oral no termômetro. 16. Limpar o termômetro com algodão embebido com álcool; ● Reduzir a transmissão de microrganismos. ● Avaliar a necessidade em higienizar com água e sabão antes da desinfecção. 17. Discutir os achados com o paciente, se for necessário; ● Proporciona sua participação no cuidado e o conhecimento de seu estado de saúde. 18. Retirar as luvas de procedimento, lavar as mãos e anotar no prontuário. ● Manter dados do paciente devidamente registrados. VERIFICAÇÃO TEMPERATURA RETAL Ação Justificativa 1. Verificar prontuário ou solicitação; ● Determinar o termômetro e o local de verificação de acordo com as vantagens e desvantagens de cada local. 2. Identifique o paciente utilizando pelo menos dois identificadores (p. ex., nome e data de nascimento ou nome e número do prontuário do paciente) de acordo com políticas institucionais. 3. Garante ser o paciente correto. Atende aos padrões da segurança do paciente. 4. Lavar as mãos; ● Reduzir a transmissão de microrganismos. 5. Preparar a bandeja com os materiais; ● Otimizar material e tempo. 6. Apresentar-se e explicar o procedimento ao paciente; ● Orientar para não remover o termômetro do local, solicitar colaboração do paciente e mantê-lo na posição adequada. 7. Colocar luvas de procedimento; ● Manter precaução padrão. 8. Fazer a desinfecção do termômetro com algodão embebido com álcool, em sentido único, aguardar o álcool secar completamente, antes da sua inserção na região anal e não tocar a área do sensor do ● O termômetro para temperatura retal não deve ser compartilhado entre os pacientes, porém a desinfecção do dispositivo deve termômetro; ser mantida sempre. 9. Posicionar o cliente em posição confortável (posição de Sims), mantendo a parte superior e extremidades do cliente cobertas, bem como manter a privacidade do cliente; ● Garantir o conforto do paciente e consequentemente uma leitura eficaz. A posição de Sims facilita a introdução do termômetro. ● Garantir privacidade posicionando biombos e fechando portas e janelas. 10. Colocar uma quantidade significativa de lubrificante no papel toalha e passar no sensor do termômetro de forma que cubra 2,5 a 3,5 cm da extremidade; ● Desprezar o lubrificante no papel toalha evita a contaminação do restante do lubrificante da embalagem. ● A lubrificação minimiza o trauma à mucosa retal. 11. Afastar o glúteo superior com a mão não dominante e avaliar integridade da região; ● Facilita a visualização da região anal. ● Em caso de sujidade, realizar a higienização da região anal. 12. Introduzir o sensor do termômetro no ânus aproximadamente 2,5 a 3,5 cm no sentido do umbigo (anteriormente), pedir para o paciente respirar devagar e não fazer força evitando que o termômetro saia. Não forçar a introdução do termômetro. ● Manter o termômetro em contato com a rede venosa do esfíncter retal. 13. Aguardar a sinalização sonora e a temperatura do paciente aparecer no visor; 14. Retirar sem tocar no sensor do termômetro e observar o valor temperatura; 15. Apoiar o termômetro no papel toalha dentro da bandeja; ● Reduzir a transmissão de microrganismos. 16. Realizar a limpeza da região anal com papel higiênico e/ou papel toalha para remoção do lubrificante e/ou fezes; ● Manter o cliente limpo. 17. Reposicionar o paciente; ● Restabelecer o conforto do paciente. 18. Lavar o termômetro com água e sabão; ● Retirar o excesso de sujidade. 19. Trocar luvas de procedimento; ● Evitar permanência da sujidade da cavidade retal no termômetro. 20. Limpar o termômetro com algodão embebido com álcool; ● Reduzir a transmissão de microrganismos. ● Avaliar a necessidade em higienizar com água e sabão antes da desinfecção. 21. Discutir os achados com o paciente, se for necessário; ● Proporciona sua participação no cuidado e o conhecimento de seu estado de saúde. 22. Retirar as luvas de procedimento, lavar as mãos e anotar no prontuário. ● Manter dados do paciente devidamente registrados. OBSERVAÇÃO 1. A termometria na membrana timpânica é considerada mais confiável do que aquelas obtidas na boca, região axilar e retal; 2. A via oral é contraindicada em pacientes que não colaboram, que se encontram inconscientes, que apresentam calafrios, etc. 3. A presença de fezes no reto favorece o posicionamento incorreto do termômetro; 4. A região axilar está prontamente acessível na maior parte dos casos e é segura. Há uma menor possibilidade de disseminação de microrganismos, porém requer mais tempo de verificação (5 minutos ou mais). 5. Os seguintes sinais e sintomas geralmente estão associados a estados febris: Face ruborizada, irritabilidade, perda de apetite e sensibilidade à luz. FREQUÊNCIA CARDÍACA MATERIAL ● Bandeja; ● Relógio de pulso com ponteiro de segundos; ● Caneta e formulário de registro de sinais vitais; ILUSTRAÇÃO DAS TÉCNICAS Figura 6. Palpação da artéria braquial (POTTER; PERRY, 2024); VERIFICAÇÃO FREQUÊNCIA CARDÍACA Ação Justificativa 1. Verificar prontuário ou solicitação; ● Identificar previamente a frequência do pulso radial e a existência de doenças cardiovasculares. 2. Identifique o paciente utilizando pelo menos dois identificadores (p. ex., nome e data de nascimento ou nome e número do prontuário do paciente) de acordo com políticas institucionais. ●Garante ser o paciente correto. Atende aos padrões da segurança do paciente. 3. Lavar as mãos; ● Reduzir a transmissão de microrganismos. 4. Preparar a bandeja com os materiais; ● Otimizar material e tempo. 5. Apresentar-se e explicar o procedimento ao paciente. Se o paciente se encontrar agitado, aguarde 5 a 10 minutos para avaliação do pulso; ● Orientar o paciente quanto ao procedimento para mantê-lo calmo. 6. Posicionar o cliente em posição confortável (sentado, Fowler ou decúbito dorsal), com o braço a ser verificado mantido apoiado e observar a privacidade do paciente; ● Garantir o conforto do paciente e consequentemente uma avaliação eficaz. ● Garantir privacidade posicionando biombos e fechando portas e janelas. ● Possibilita o acesso fácil ao local de verificação do pulso. 7. Posicionar a ponta dos dedos indicador e médio sobre a região radial na face flexora do punho do cliente, identificando a pulsação mais forte. A palma da mão do cliente deverá estar voltada para baixo; ● As pontas do dedo são as partes mais sensitivas da mão. Não se deve utilizar o dedo polegar porque apresenta pulsação própria. ● A gravidade aproxima a artéria radial para próximo da derme. 8. Determine a força do pulso. Note se o choque do vaso contra a extremidade de seus dedos está delimitado (4+);cheio, forte (3+); ● A força reflete o volume de sangue ejetado contra a parede arterial a cada contração cardíaca. esperado (2+; pouco palpável, diminuído (1+); ou ausente, não palpável (0); 9. Após sentir a pulsação regularmente, concentrar-se na pulsação e no ponteiro do relógio para iniciar a contagem da frequência cardíaca; ● Determine a frequência somente após a identificação da pulsação e a contagem número um é a primeira batida sentida depois que iniciar a contagem. 10. Se o pulso estiver regular, realizar a contagem em 30 segundos e após multiplicar por dois; ● Se o cliente apresentar problema cardiovascular, realizar a contagem durante 1 minuto e compare os pulsos radiais bilateralmente. 11. Reposicionar o paciente; ● Restabelecer o conforto do paciente. 12. Discutir os achados com o paciente, se for necessário; ● Proporciona sua participação no cuidado e o conhecimento de seu estado de saúde. 13. Lavar as mãos e anotar no prontuário. ● Manter dados do paciente devidamente registrados. OBSERVAÇÃO 1. As artérias utilizadas para verificação do pulso situam-se próximas à pele. Os locais de pulsação periférica são: Temporal, Carotídeo, Cardíaco apical, Braquial, Radial, Femoral, Poplíteo, Tibial posterior e Dorsal pedioso. 2. Avaliar o pulso, incluindo: frequência, ritmo e força. FREQUÊNCIA RESPIRATÓRIA MATERIAL ● Bandeja; ● Relógio de pulso com ponteiro de segundos; ● Caneta e formulário de registro de sinais vitais; Figura 7.Verificação do pulso com antebraço da paciente ao lado do tronco e pulso estendido (POTTER; PERRY, 2024); Figura 8. Posição da mão para verificação do pulso (POTTER; PERRY, 2024); VERIFICAÇÃO FREQUÊNCIA RESPIRATÓRIA Ação Justificativa 1. Verificar prontuário ou solicitação; ● Identificar previamente a frequência respiratória e a existência de doenças respiratórias. 2. Identifique o paciente utilizando pelo menos dois identificadores (p. ex., nome e data de nascimento ou nome e número do prontuário do paciente) de acordo com políticas institucionais. ● Garante ser o paciente correto. Atende aos padrões da segurança do paciente. 3. Lavar as mãos; ● Reduzir a transmissão de microrganismos. 4. Preparar a bandeja com os materiais; ● Otimizar material e tempo. 5. Apresentar-se e explicar o procedimento ao paciente. Se o paciente se encontrar agitado, aguarde 5 a 10 minutos para avaliação da respiração; ● Orientar o paciente quanto ao procedimento para mantê-lo calmo. 6. Posicionar o cliente em posição confortável (sentado ou Fowler), com a região do tórax desnuda; ● Garantir o conforto do paciente e consequentemente uma avaliação eficaz. ● Garantir privacidade posicionando biombos e fechando portas e janelas. ● Possibilita a visualização fácil do local a ser verificado. 7. Posicionar o braço do paciente de forma relaxada sobre o abdome ou na parte inferior do tórax, ou colocar a mão do examinador diretamente sobre o abdome superior do paciente; ● A mão do paciente ou do examinador sobe e desce durante o ciclo respiratório. ● Uma posição similar utilizada durante a avaliação da FC permite que a avaliação da FR seja imperceptível. 8. Observar o ciclo respiratório completo (inspiração e expiração); 9. Após identificar o ciclo, olhar para o relógio e começar a contar o número de respirações em 30 segundos e multiplicar por dois. Se o ritmo estiver irregular, deverá contar durante 1 minuto; ● A contagem inicia do número um e a FR é equivalente ao número de respirações por minuto. 10. Observar a profundidade das respirações; descrever como rasa, normal ou profunda; ● O movimento ventilatório revela estados específicos de alterações. Um padrão respiratório irregular ou a ocorrência de períodos de apneia são sintomas de doenças subjacentes no adulto. 11. Observar o ritmo do ciclo respiratório; ●A respiração normal é regular e ininterrupta. Não confundir suspiro com ritmo anormal. 12. Reposicionar o paciente; ● Restabelecer o conforto do paciente. 13. Discutir os achados com o paciente, se for necessário; ● Proporciona sua participação no cuidado e o conhecimento de seu estado de saúde. 14. Lavar as mãos e anotar no prontuário; ● Manter dados do paciente devidamente registrados. OBSERVAÇÃO 1. Padrões respiratórios: respiração de Cheyne-Stokes, Kussmaul e Biot. 2. Características de anormalidade: Hiperventilação, hipoventilação, dispneia, ortopneia, apneia, taquipneia e bradipneia. 3. Atentar-se para os valores normais da FR de acordo com a faixa etária. PRESSÃO ARTERIAL MATERIAL ● Bandeja; ● Estetoscópio; ● Esfigmomanômetro; ● Algodão; ● Álcool a 70%; ● Caneta e formulário de registro de sinais vitais; ILUSTRAÇÃO DAS TÉCNICAS Figura 9. Palpação da artéria braquial (POTTER; PERRY, 2024); Figura 10.Alinhamento da seta do manguito de pressão com a artéria braquial (POTTER; PERRY, 2024); Figura 11.Manguito de pressão arterial posicionado ao redor do braço (POTTER; PERRY, 2024); VERIFICAÇÃO PRESSÃO ARTERIAL Ação Justificativa 4. Verificar prontuário ou solicitação; ● Identificar previamente a pressão arterial, uso de medicamentos que alteram a pressão arterial e a existência de doenças cardiovasculares. 5. Identifique o paciente utilizando pelo menos dois identificadores (p. ex., nome e data de nascimento ou nome e número do prontuário do paciente) de acordo com políticas institucionais. ●Garante ser o paciente correto. Atende aos padrões da segurança do paciente. 6. Lavar as mãos; ● Reduzir a transmissão de microrganismos. 7. Preparar a bandeja com os materiais; ● Otimizar material e tempo. 8. Apresentar-se e explicar o procedimento ao paciente. Aguardar 5 minutos de inatividade, salvo em emergência; ● Orientar o paciente quanto ao procedimento para mantê-lo calmo. ● Aguarde 30 minutos caso o paciente tenha ingerido cafeína ou fumado. 9. Posicionar o cliente em posição confortável (sentado ou deitado), mantendo a privacidade. ● Garantir o conforto do paciente e consequentemente uma avaliação eficaz. ● Garantir privacidade posicionando biombos e fechando portas e janelas. 10. Ajudar o cliente a elevar o antebraço esquerdo ao nível do coração com a palma da mão virada para cima; ● Facilitar a localização da artéria braquial. 11. Manter o braço livre de vestimenta, removendo roupas apertadas, e expor a face interna da fossa antecubital; ● Facilita o posicionamento do manguito e a percepção ideal do som. 12. Palpar o pulso braquial, que está localizada logo acima da fossa antecubital, medialmente ao tendão do bíceps; ● Favorece o posicionamento do estetoscópio no local correto. Método palpatório 13. Posicionar o manguito do esfigmomanômetro em volta do braço esquerdo do cliente, de forma que a seta fica posicionada sobre a artéria braquial; ● O manguito deverá ficar na melhor posição possível para ocluir o sangue que passa pela artéria braquial. 14. Prender o manguito de forma que fique posicionado 2,5 cm a 5 cm acima da fossa cubital, cobrindo 2/3 da circunferência do braço; ● Garante a aplicação total de pressão ao inflar o esfigmomanômetro. 15. Palpar o pulso braquial ou radial; ● Determinar a posição correta para a verificação e ausculta dos sons de Korotkoff. ●O pulso braquial apresenta-se mais cheio comparado ao radial. 16. Fechar a válvula do manguito, posicionar o manômetro em local apropriado para correta visualização e inflar até o desaparecimento da pulsação; ●Ocluir a artéria. ●O posicionamento incorreto do manômetro poderá gerar leituras imprecisas. 17. Inflar mais 30 mmHg acima do ponto em que o pulso desaparece; ● Determinar o ponto de máxima inflação para obter leituras corretas por meio da palpação. 18. Desinflar lentamente o manguito, de 2 a 3 mmHg/segundo, e observar atentamente quando o pulso reaparece; ● Desinflar o manguito completamente previne uma congestão venosa e leituras falsamente altas. 19. Reposicionar o paciente; ● Restabelecer o conforto do paciente. 20. Discutir os achados com o paciente, se for necessário; ● Proporciona sua participação no cuidado e o conhecimentode seu estado de saúde. 21. Higienizar o esfigmomanômetro com álcool a 70 %; ● Reduzir a transmissão de microrganismos. 22. Lavar as mãos e anotar no prontuário; ● Manter dados do paciente devidamente registrados. Método auscultatório 23. Realizar o procedimento anterior até o item 14. e aguardar 30 segundos para iniciar o método auscultatório; ● Não insuflar logo em seguida, evitando congestão venosa. 24. Posicionar as olivas do estetoscópio nos ouvidos; ● As olivas seguem o ângulo anatômico do conduto auditivo. 25. Localizar novamente a artéria braquial e posicionar a campânula segurando com os dedos indicador e médio sobre a artéria, fazendo leve pressão; ●A campânula é projetada para captar sons graves, como os sons da leitura da PA. ●O mau posicionamento do estetoscópio resulta em leituras de pressão sistólica falsamente baixas e de pressão diastólica falsamente altas. 26. Fechar a válvula do manguito e inflar até 30 mmHg acima do valor que foi previamente identificado com o método palpatório; ●Facilita a identificação dos sons de Korotkoff na fase I. 27. Soltar lentamente a válvula e deixar o ponteiro do manômetro descer de 2 a 3 mmHg/segundo; ● Uma queda rápida ou lenta da pressão pode causar leituras imprecisas 28. Identificar no manômetro o valor em que você escutou o primeiro som claro. O som aumentará de intensidade lentamente; ● O primeiro som de Korotkoff identifica a pressão sanguínea sistólica. 29. Continuar desinflando o manguito e identificar o valor no qual som desaparece; ● O último som de Korotkoff identifica a pressão sanguínea diastólica. 30. Desinflar completamente o manguito e retirá-lo do braço do cliente; ● Não apertar o manguito no braço do cliente para desinflar mais rápido. 31. Reposicionar o paciente; ● Restabelecer o conforto do paciente. 32. Discutir os achados com o paciente, se for necessário; ● Proporciona sua participação no cuidado e o conhecimento de seu estado de saúde. 33. Higienizar o esfigmomanômetro com álcool a 70 %; ● Reduzir a transmissão de microrganismos. 34. Lavar as mãos e anotar no prontuário; ● Manter dados do paciente devidamente registrados. AVALIAÇÃO DA DOR MATERIAL 1. Formulário com escala de avaliação da dor; 2. Caneta; ILUSTRAÇÃO DAS TÉCNICAS Figura 12. Escala unidimensional - Escala de Categoría numérica (POTTER; PERRY, 2024); Figura 13. Escala unidimensional - Escala visual analógica (POTTER; PERRY, 2024); Figura 14. Escala unidimensional - Escala com descrição visuais (POTTER; PERRY, 2024); Figura 15. Escala unidimensional - Escala de faces de Wong-Baker (POTTER; PERRY, 2024); AVALIAÇÃO DA DOR Ação Justificativa 1. Verificar prontuário ou solicitação; ● Observação comportamental (localização, expressão facial e movimento corporal) e de medidas das respostas biológicas à dor (pressão arterial, frequência cardíaca e frequência respiratória). 2. Identifique o paciente utilizando pelo menos dois identificadores (p. ex., nome e data de nascimento ou nome e número do prontuário do paciente) de acordo com políticas institucionais. ●Garante ser o paciente correto. Atende aos padrões da segurança do paciente. 3. Lavar as mãos; ● Reduzir a transmissão de microrganismos. 4. Preparar a bandeja com os materiais; ● Otimizar material e tempo. 5. Posicionar o cliente em posição confortável (sentado ou deitado), mantendo a privacidade. ● Garantir o conforto do paciente e consequentemente uma avaliação eficaz. ● Garantir privacidade posicionando biombos e fechando portas e janelas. 6. Aplicar escala de dor ao paciente, atentando para as manifestações físicas e o relato do acompanhante; ● Garantir uma avaliação eficaz. 7. Discutir os achados com o paciente, se for necessário; ● Proporciona sua participação no cuidado e o conhecimento de seu estado de saúde. 8. Higienizar o esfigmomanômetro com álcool a 70 %; ● Reduzir a transmissão de microrganismos. 9. Lavar as mãos e anotar no prontuário; ● Manter dados do paciente devidamente registrados. Elaborado por Professores: Denise Lucon, Profa. Flávia Janólio, Profa. Lígia Lemos e Profa. Maria do Carmo. Data da Criação 2002 Revisado por Professores: Data da última Revisão 2024.2 UNIVERSIDADE TIRADENTES ENFERMAGEM: SEMIOLOGIA E SEMIOTÉCNICA POP: BANHO NO LEITO INTRODUÇÃO As práticas de higiene são influenciadas pelos padrões socioculturais e familiares. A hospitalização é uma excelente oportunidade para promover a educação em saúde. A equipe de enfermagem deve manter seus pacientes limpos e livres de maus odores, incentivando para que participe mais ativamente possível de sua higiene. TIPOS DE BANHO: ● Banho de aspersão sem/com auxílio; ● Banho no leito; ● Banho pré-operatório; ● Banho com gliconato de clorexidina (CHG); ● Higienização da cavidade oral; cabelo e couro cabeludo; higiene íntima. FINALIDADE ● Proporcionar higiene e conforto ao paciente acamado; ● Manter a integridade cutânea; ● Eliminar odores desagradáveis do organismo; ● Reduzir potencial de infecções; ● Estimular a circulação sanguínea; ● Oferecer sensação refrescante e relaxante; ● Melhorar a autoimagem, permitindo que se sinta socialmente aceitável; ● Momento propício para realização do exame físico. MATERIAL GERAL: ● 01 Jarro de inox ● 01 toalha de banho ● 01 toalha de rosto ● 02 bacias de inox ● Álcool a 70 % para desinfecção do leito e compressa cirúrgica ● Biombo ● Cadeira ● Compressa não estéril ● EPI’s (gorro, máscara, avental descartável e luvas de procedimento,) ● Fralda descartável (se necessário) ● Hamper com saco plástico ● Impermeável ● Pares de luvas de procedimento ● Roupas de cama e Roupas de uso pessoal PARA A HIGIENE BUCAL E FACE: ● 02 copos descartáveis ● Aparelho de tricotomia (se necessário) ● Cuba rim ● Espátulas envoltas em gazes (se necessário) ou escova de dente com cerdas macias ● Látex ● Pacotes de gazes simples ● Sabão líquido ● Solução antisséptica, bicarbonato a 1% e/ou creme dental com fluor ● Sonda de aspiração traqueal (se necessário) PARA O COURO CABELUDO E CABELOS: ● 01 toalha de banho ● Balde de inox ● Condicionador (se o paciente usar) ● Haste flexível ● Pente ● Saco de lixo grande ● Shampoo PARA O CORPO E HIGIENE ÍNTIMA ● Compressa não estéril ● Gazes simples ● Comadre ● Fralda geriátrica ● Hidratante, desodorante, perfume (do paciente) ● Sabonete líquido ● Tesoura, se necessário. INÍCIO DA TÉCNICA Ação Justificativa 1. Verificar o prontuário e confirmar paciente e procedimento com base na prescrição médica/enfermagem; 2. Higienizar as mãos; 3. Identificar o paciente utilizando pelo menos dois identificadores (p. ex., nome e data de nascimento ou nome e número do prontuário do paciente) de acordo com políticas institucionais; ; 4. Certificar-se que o paciente não está em uso de dieta; 5. Explicar procedimento e confirmar aceitação pelo paciente; 6. Recolher todo o material necessário e dirigir-se ao quarto do paciente; 7. Depositar material sobre a mesa de cabeceira; 8. Determinar o conhecimento, experiência e letramento em saúde do paciente ou de seus familiares cuidadores 9. Fechar janelas e portas (zelar para que o ambiente fique aquecido); 10. Proteger o leito com biombos se for enfermaria; ●Art. 19 – Respeitar o pudor, a privacidade e a intimidade do ser humano, em todo seu ciclo vital, inclusive nas situações de morte e pós-morte (COFEN, 2007). 11. Higienizar as mãos; ● 12. Calçar a luva e realizar a desinfecção da mesa de alimentação, parte inferior da bandeja, cadeira e controle/manivela da cama; 13. Retirar as luvas; 14. Organizar os lençóis na sequência de uso, conforme técnica de arrumação de cama; 15. Calçar luvas de procedimento; 16.. Abaixar a grade lateral da cama aonde se posicionará; 17. Retirar coxins e travesseiros; 18. Desprender a roupa de cama, iniciando pelo lado distal e manter paciente coberto somente com o lençol; ● Preparar o Hamper. 19. Colocar o paciente em posição adequada ao procedimento (Fowler ou dorsal). TÉCNICA: HIGIENE ORAL NO PACIENTE CONSCIENTE Ação Justificativa 1. Avalie aspráticas de higiene oral do paciente como frequência de escovação e uso de fio dental, tipo de creme dental e enxaguante bucal usado, frequência de consultas ao dentista e data da última consulta. 2. Explique o procedimento ao paciente, discutindo suas preferências; avalie a capacidade de o paciente segurar e manipular a escova de dentes e sua disposição para ajudar no cuidado oral. 3. Higienize as mãos e calce luvas de procedimento 4. Colocar água no copo descartável; 5. Colocar toalha sobre o tórax; 6. Oferecer o material de escovação, ajudando-o se necessário (escova, pasta, toalha e antisséptico bucal); ● Manter a boca, bochechas, língua e gengivas limpas, afim de prevenir cáries, halitose, periodontite, gengivite, formação de placas bacterianas. Uma higiene oral bem feita proporciona ao paciente uma sensação de bem estar e estimula o apetite. 7. Oferecer a água para bochechar várias vezes; 8. Colocar cuba rim sobre o queixo para receber a água utilizada; 9. Oferecer toalha; 10. Caso seja necessário, instruí-lo a maneira correta de escovação de dentes e língua. OBSERVAÇÕES • Estimular, sempre que possível, que o próprio paciente realize sua higiene oral • A higiene oral deve ser realizada no mínimo 3 vezes/dia (ou após as refeições) • As próteses dentárias devem ser higienizadas com escova de dentes e creme dental e enxaguadas em água corrente TÉCNICA: HIGIENE ORAL NO PACIENTE INCONSCIENTE Ação Justificativa 1. Higienize as mãos e calce luvas de procedimento; 2. Montar material de aspiração (sonda de aspiração e látex); ● Testar no painel de gases o Vácuo. 3. Colocar água no copo descartável; 4. Colocar toalha sobre o tórax; 5. Umedecer a escova ou espátula envolvida em gaze com água e solução antisséptica ou bicarbonato a 1%; ● Manter a boca, bochechas, língua e gengivas limpas, afim de prevenir cáries, halitose, periodontite, gengivite, formação de placas bacterianas. Uma higiene oral bem feita proporciona ao paciente uma sensação de bem estar e estimula o apetite. 6. Evitar excesso de líquido na cavidade oral, pois existe risco de broncoaspiração; 7. Escovar os dentes e gengivas com movimentos circulares (superfície externa, interna e área da mastigação; 8. Limpar mucosa oral e palato; 9. Lavar a língua usando espátula; 10. Lubrificar os lábios se estiverem ressecados. OBSERVAÇÕES • Pacientes inconscientes, entubados e em jejum oral prolongado necessitam de higiene oral com maior frequência • Remover o excesso de antisséptico durante o procedimento, em virtude do risco de aspiração. TÉCNICA: HIGIENE DO COURO CABELUDO Ação Justificativa 1. Manter a mesma luva de procedimento; ● Troque-a caso perceba que a luva esteja suja, amarelada ou com furos. 2. Inspecione a condição do cabelo e do couro cabeludo (isso também pode ser feito antes de começar a lavar ou pentear o cabelo). Verifique se há alguma infestação (p. ex., pediculose). Inspecione se alguma ferida na cabeça está com secreção purulenta 3. Preparar um rolo com a toalha e forrá-lo com saco plástico, colocando em forma de funil de modo que o lado para escoamento da água fique dentro do balde. Faça antes um orifício no fundo do saco; 4. Colocar o balde abaixo da cabeceira sobre escadinha; 5. Colocar o paciente em diagonal sobre o leito com a cabeça sobre o rolo e o travesseiro sobre a região torácica posterior; 6. Colocar protetor auricular; ● Se necessário 7. Umedecer os cabelos e aplicar xampu, fazendo massagens no couro cabeludo com a polpa dos dedos, enxaguar; 8. Aplicar condicionador (s/n) apenas nas pontas e enxaguar; 9. Remover o saco plástico; 10. Seque o cabelo e o couro cabeludo do paciente; 11. Penteie o cabelo, para remover embaraçados, e seque com secador, se desejado. TÉCNICA: HIGIENE FACIAL Ação Justificativa 12. Manter a mesma luva de procedimento; ● Troque-a caso perceba que a luva esteja suja, amarelada ou com furos. 13. Lavar os olhos, limpando-os do canto interno para o externo, usando gazes simples umedecidas com água; 14. Realizar limpeza das narinas com haste flexível ou com gazes simples umedecidas com água envolvida no dedo mínimo; 15. Lavar com água e sabão, enxaguar e enxugar o rosto, orelhas e pescoço no sentido da circulação sanguinea e fazer a barba, se necessário; 16. Retirar toalha do tórax. ● • A prescrição da higiene do cabelo e do couro cabeludo deve ser feita de acordo com as preferências do paciente e a rotina do setor. A periodicidade deve ser de 3 a 4 vezes/semana, ou todos os dias, de acordo com a necessidade do paciente • Em caso de lesões ou cirurgias no couro cabeludo, é recomendado utilizar clorexidina degermante 2% em substituição ao shampoo • Se houver necessidade de cortar o cabelo, certifique-se de que o paciente e/ou familiares estejam cientes e de acordo • Em caso de o paciente não ter déficit no autocuidado, ofereça o material de higiene do cabelo e do couro cabeludo e supervisione TÉCNICA: HIGIENE DO CORPO Ação Justificativa 1. Trocar a luva de procedimento; ● Devido ao tempo de uso e presença de cabelos 2. Retirar a roupa até a supra púbica, protegendo o tórax e o abdômen com o lençol de cima; 3. Colocar uma toalha sobre o tórax e sob os braços; 4. Começar do proximal para o distal; ● Caso o paciente esteja com algum membro lesionado, em uso de dispositivos ou com dificuldade de locomoção do membro, iniciar primeiro o membro não afetado. 5. Lavar, enxaguar e enxugar o braço distal com movimentos longos e firmes do punho até a axila (mas sem lavá-las); ● Estimular a circulação sanguínea. 6. Eleve e apoie o braço acima da cabeça (se possível) para lavar, enxaguar e secar bem as axilas (sentido anteroposterior); 7. Colocar a mão do paciente na bacia: lavar, enxaguar e enxugar a mão, principalmente nos interdígitos, observando condições das unhas; OBS: Podemos lavar os dois braços e posteriormente lavar as duas mãos. A ordem nesse caso não influencia a técnica. 8. Repetir o procedimento com o braço e a mão proximal; 9. Descobrir o tórax e abdômen. Lavar, enxaguar e enxugar o abdômen, tórax (mamas) e pescoço, com movimentos circulares (de baixo para cima) ativando a circulação, observando as condições da pele e mamas; 10. Hidratar toda região limpa, menos a face; 11. Cobrir o tórax com lençol limpo, abaixar o lençol em uso protegendo a região genital; ● Caso esteja limpo, manter o mesmo lençol. 12. Lavar, enxaguar e enxugar os MMII com movimentos longos e firmes do tornozelo para o joelho e do joelho para a coxa começando pelo proximal; ● Caso o paciente esteja com algum membro lesionado, em uso de dispositivos ou com dificuldade de locomoção do membro, iniciar primeiro o membro não afetado. 13. Colocar um dos pés na bacia; lavar, enxaguar e enxugar o pé, principalmente nos interdígitos, observando condições das unhas; 14. Repetir o procedimento com o outro membro distal; 15. Hidratar toda região limpa; 16. Cobrir os MMII, desprender a fralda (sem retirá-la) e lateralizar o paciente; 17. Posicionar em decúbito lateral; lavar, enxaguar e enxugar o dorso iniciando da região lombar à região torácica; ● Estimula a circulação sanguínea. 18. Lavar, enxaguar e enxugar a região glútea; (retirar excesso de fezes se for o caso); ● Troque as luvas caso haja presença de fezes. ● Na presença de curativos nesta região, mantê-lo fechado, e realizar a troca após o banho. 19. Hidratar toda região limpa; 20. Afastar os lençóis para o centro da cama; 21. Fazer limpeza concorrente com compressa e álcool à 70% (em direção ao centro da cama); 22. Trocar as luvas de procedimento; ● Os lençóis estão limpos e a 2ª luva contaminada. 23. Colocar os lençóis, impermeável e travessa na ordem padronizada; 24. Retornar paciente ao centro da cama e em seguida virá-lo para o outro lado; 25. Puxar o lençol sujo e colocar no hamper; 26. Executar a limpeza concorrente do lado oposto (sentido centro para fora); 27. Trocar as luvas de procedimento; ● Os lençóis estão limpos e a 3ª luva contaminada. 28. Puxar os lençóis conforme padronizado; 29. Colocar a aparadeira forrada