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Lins. aplicada AV1

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KEYLA DE SALES DIAS LIMA
“EXERCÍCIOS SOBRE GRAMÁTICA TRADICIONAL”
Nova Iguaçu
2014-02
KEYLA DE SALES DIAS LIMA
“EXERCÍCIOS SOBRE GRAMÁTICA TRADICIONAL”
Trabalho acadêmico apresentado à disciplina CEL0112 Linguística Aplicada ao Ens. da Língua Portuguesa, do Curso de Letras, da Universidade Estácio de Sá – Campus Nova Iguaçu, ministrada pela professora Rosa Lúcia, como requisito parcial para obtenção da nota de AV1.
Nova Iguaçu
2014-02
EXERCÍCIOS SOBRE GRAMÁTICA TRADICIONAL
Questão 1: Como a gramática tradicional e a linguística concebem o “erro” em uma língua natural? Exemplifique.
O grande problema é que a norma gramatical é posta como um imperativo categórico, isto é, ela não diz o que você deve nesta ou naquela situação. Ela diz como você se portar em todas as situações. A escola, por privilegiar o ensino da gramática normativa, encara como “erro” tudo aquilo que se desvia da norma.
Na verdade, no lugar de linguagem correta ou incorreta, devemos falar em linguagem adequada. Vamos tomar como exemplo uma vestimenta. Qual seria a roupa “certa”? Paletó e gravata ou camisa, sandália e bermudas? Claro que depende da ocasião. Numa solenidade de formatura, por exemplo, os homens deverão usar paletó e gravata. Mas esses mesmos homens, no entanto, jogando bola na praia, provavelmente estarão usando bermudas e camisetas. Então não existe a roupa certa e sim o traje adequado a cada momento.
Com a linguagem não é diferente. Não devemos pensar a língua como algo que se polariza entre o certo e o errado. Temos de pensar a linguagem sob a ótica de adequação. Numa situação de caráter informal, como num bate-papo descontraído entre amigos, é “certo”, isto é, é adequado utilizar a língua de maneira espontânea. Já numa situação formal, como num discurso de formatura, por exemplo, não seria “certo”, isto é, não seria adequado utilizar a língua coloquial. Tal situação exige não somente uma vestimenta, mas também uma linguagem adequada.
Questão 2: Como a gramática tradicional e a linguística concebem o que é uma regra gramatical em uma língua?
A gramática normativa apresenta características semelhantes aos códigos da natureza ética ou moral, que nos impõem o que devemos ou não fazer, o que é permitido e o que é proibido. As normas que prescreve têm caráter imperativo, isto é, obrigam-se: “Acentue graficamente todas as palavras proparoxítonas”. “Faça o verbo concorda com seu sujeito”. Etc. 
Um exemplo de heterogeneidade ordenada está nos casos variáveis de concordância nominal. Observe a frase: Aquelas casinhas amarelinha.
A frase a cima usada por praticamente todos os brasileiros, inclusive os altamente escolarizados em situações de fala espontânea. Então se deduz claramente que existe uma regra por trás dessa construção, uma regra que diz: “marque o plural somente no primeiro elemento do sintagma”, regra que é perfeitamente obedecida por todos os que se servem dela.
Questão 3: De exemplo de uma regra de gramática que lhe tenham ensinado na escola ou que lhe tenham referido como sendo a forma correta de falar, mas que na sua fala habitual você não utiliza, como você poderia argumentar com alguém que lhe dissesse que essa construção é incorreta.
A gramática normativa, procurando estabelecer, entre vários, um determinado uso, que se convencionou padrão ou culto, não nos mostra a língua como ela é, mas sim como deveria ser.
Exemplo: A mesóclise será obrigatória com verbos no futuro do presente ou do pretérito, desde que não haja caso de próclise: “Sua atitude é serena, poder-se-ia dizer religiosa, quase ritual”. Mas no uso cotidiano os indivíduos não mais falam assim, entre tanto, é comum ouvirmos a mesma frase da seguinte forma: “Sua atitude é serena, pode se dizer religiosa, quase ritual”. 
E argumentaria que efetivamente o uso da mesóclise envelheceu e não mais representa um uso efetivo da língua.

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