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1 FACULDADE ÚNICA DE IPATINGA GESTÃO DE PROCESSOS GERENCIAIS RÔMULO CHAVES 2 FACULDADE ÚNICA EDITORIAL Diretor Geral: Valdir Henrique Valério Diretor Executivo: William José Ferreira Ger. do Núcleo de Educação a Distância: Cristiane Lelis dos Santos Coord. Pedag. da Equipe Multidisciplinar: Gilvânia Barcelos Dias Teixeira Revisão Gramatical e Ortográfica: Izabel Cristina da Costa Revisão/Diagramação/Estruturação: Bruna Luiza Mendes Leite Fernanda Cristine Barbosa Guilherme Prado Salles Lívia Batista Rodrigues Design: Bárbara Carla Amorim O. Silva Élen Cristina Teixeira Oliveira Maria Eliza Perboyre Campos © 2021, Faculdade Única. Este livro ou parte dele não podem ser reproduzidos por qualquer meio sem Autorização escrita do Editor. NEaD – Núcleo de Educação a Distância FACULDADE ÚNICA Rua Salermo, 299 Anexo 03 – Bairro Bethânia – CEP: 35164-779 – Ipatinga/MG Tel (31) 2109 -2300 – 0800 724 2300 www.faculdadeunica.com.br 3 Menu de Ícones Com o intuito de facilitar o seu estudo e uma melhor compreensão do conteúdo aplicado ao longo do livro, você irá encontrar ícones ao lado dos textos. Eles são para chamar a sua atenção para determinado trecho do conteúdo, cada uma com uma função específica, mostradas a seguir: 4 Sumário GESTÃO POR PROCESSOS 1.1. Introdução 06 1.2. O que são Processos? 08 1.3. O que é Gestão de Processos? 11 - Fixando o Conteúdo 14 VISÃO PROCESSUAL DA ORGANIZAÇÃO 2.1. Introdução 17 2.2. Business Process Management - BPM 17 2.3. Sistemas de Informação - SI 19 2.4. Gestão por Processos vs Gestão Funcional 22 - Fixando o Conteúdo 25 UNIDADE 02 DEPARTAMENTALIZAÇÃO 3.1. Introdução 28 3.2. Departamentalização por Quantidade 30 3.3. Departamentalização Funcional 31 3.4. Departamentalização Territorial ou por Localização Geográfica 33 3.5. Departamentalização por Produtos e Serviços 34 3.5.1. Departamentalização por Clientes ou por Fregueses 35 3.5.2. Departamentalização por Processo 36 3.5.3. Departamenalização por Projetos 37 3.5.4. Departamentalização Matricial 38 3.5.5. Departamentalização Mista 39 - Fixando o Conteúdo 41 UNIDADE 03 UNIDADE 01 ORGANIZAÇÃO, SISTEMAS E MÉTODOS 4.1. Introdução 44 4.2. Estrutura Organizacional 45 4.3. Manuais 46 4.4. Layout 47 4.5. Formulários 49 4.6. QDT (Análise da Distribuição do Trabalho) 50 - Fixando o Conteúdo 52 UNIDADE 04 UNIDADE 05 UNIDADE 06 PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO 5.1. Introdução 55 5.2. Planejamento Tático 58 5.3. Planejamento Operacional 59 5.4. Objetivos do Planejamento 60 - Fixando o Contéudo 63 GESTÃO DA QUALIDADE 6.1. Introdução 67 6.2. Ciclo PDCA 70 6.3. Kaizen 73 6.4. O 5s 74 - Fixando o Conteúdo 77 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 79 5 Nesta unidade veremos que em sua maior parte, o desempenho de uma organização é dependente do quanto ela consegue gerenciar seus processos de negócio, desse modo, as organizações enfatizam a gestão de processos de negócio (BPM), que se resume numa técnica de gerenciamento com métodos e ferramentas para incentivar o projeto, analisar, implementar e sobretudo melhorar os processos de negócio dentro da organização. Nesta unidade veremos que o Planejamento Estratégico é um processo, antecipadamente calculado que estrutura a organização, para que ela possa atingir, através da utilização dos seus recursos, uma condição futura, também antecipadamente determinada, da maneira mais eficiente, eficaz e efetivo. Tal planejamento pode ser dividido em três etapas: O planejamento estratégico, o planejamento tático e o planejamento operacional. CONFIRA NO LIVRO Nesta unidade veremos que Gestão da Qualidade são ações deliberadas de planejamento, organização, direção e controle dos aspectos relacionados com a qualidade, dentro das empresas, baseanso-se na formação de equipes para a solução de problemas, um a um, aperfeiçoando a qualidade constantemente. A gestão por processos é entendida na atualidade como um inovador sistema de gestão para as organizações, delimitando seu foco em processos geradores de valor, e não apenas em atividades relacionadas a cada função na empresa, aprisionada numa estrutura rígida de departamentos, o que é mais comum de se encontrar. Nesta unidade veremos que departamentalização é uma forma estruturada de reunir atividades em porções organizacionais, estabelecidas segundo um certo critério, objetivando à melhor adequação da estrutura organizacional tornando- a mais dinâmica e ágil. Analisaremos nesta unidade que a Organização, Sistemas e Métodos (OSM) pode ser entendida como uma das funções da administração que tem a responsabilidade pela modelagem da organização, cabendo-lhe propiciar melhorias aos setores, acompanhar o processo, auxiliar com sugestões, observar e propor mudanças servindo-se de técnicas e materiais adequado para o alcance dos objetivos. 6 GESTÃO POR PROCESSOS UNIDADE 01 7 1.1 INTRODUÇÃO Nesta Unidade estudaremos o que são processos gerenciais, a importância para as empresas e a sua aplicação como instrumento organizacional auxiliando os gestores na busca por melhores resultados e alcance das metas propostas. Em todos os tempos as organizações foram regidas por processos, entretanto a administração delas é realizada através de uma estrutura que favorece as áreas funcionais e não os seus processos. Segundo (Gonçalves, 2000, p.8) “A gestão por processos é um perspectiva da Administração que faz os processos e áreas funcionais interagir, afinal os processos são atividades coordenadas que envolvem pessoas, procedimentos e tecnologia”. A gestão por processos é entendida na atualidade como um inovador sistema de gestão para as organizações, delimitando seu foco em processos geradores de valor, e não apenas em atividades relacionadas a cada função na empresa, aprisionada numa estrutura rígida de departamentos, o que é mais comum de se encontrar. (GONÇALVES, 2000) Uma empresa realiza e coordena o trabalho através de processos, ou seja, comportamentos e tarefas racionalmente relacionados para a execução do trabalho; sendo assim desenvolver um novo produto ou tarefa, requerer um pedido ou mesmo o ato de contratar um novo funcionário são exemplos de processos numa organização (LAUDON & LAUDON, 2007). Desse modo podemos entender que “As empresas estão procurando se organizar por processos para terem maior eficiência na obtenção do seu produto ou serviço, melhor adaptação à mudança, melhor integração de seus esforços e maior capacidade de aprendizado” (GONÇALVES, 1997) Nos esclarece Maximiliano, (2012. p.449) A gestão de processos consiste em administrar as funções permanentes como elos de uma corrente e não como departamentos isolados uns dos outros. A organização por processos permite que as funções trabalhem de forma coordenada, aumentando a eficiência ao longo de todo o processo (MAXIMILIANO, 2012. p. 449). 8 ENTRADA/INPUT - Necessidades do cliente - Insumos (bens tangíveis e bens intangíveis) ENTRADA Pratos Detergente Esponja Água PROCESSO Lavar os pratos SAÍDA Pratos limpos De acordo com Oliveira (2007) o processo pode ser compreendido como um conjunto organizado de atividades que tem sequência e apresentam relação racional entre si, com o objetivo de atender e, principalmente, suprir as necessidades e as expectativas dos clientes sejam eles externos ou internos da organização. Desse modo Gonçalves (2000) defineDistribuição do Trabalho (QDT) como uma técnica especializada de O&M. O QDT tem por objetivo avaliar a distribuição das tarefas entre os diferentes órgãos, além das tarefas pessoais de cada trabalhador. É definido como sinônimo de qualidade do trabalho, rendimento, eficiência, eficácia e produtividade, considerando estes como indicativos de grande relevância na avaliação dos resultados de um trabalhador na organização. Bittencourt et all (2011) esclarecem que a análise de distribuição de trabalho é realizada através de um quadro, no qual é dividida a carga de trabalho dos funcionários, impedindo assim desestímulo por falta de atividade ou excesso. Tal análise possibilita a identificação de desvios de função; facilitação do trabalho; lentidão nos processos; e a identificação de atividades de maior relevância ou que necessitam de maior tempo para realizá-las. De acordo com Serva (1996), a análise organizacional aponta os possíveis problemas na execução dos processos e na estrutura organizacional, demostrando aos gerentes os incovenientes de se tomar uma decisão equivocada e como isso interfere na gestão dos processos. 52 Manual: documento elaborado dentro de uma empresa com a finalidade de uniformizar os procedimentos que devem ser observados nas diversas áreas de atividades. Layout: é uma palavra inglesa, muitas vezes usada na forma portuguesa "leiaute", que significa plano, arranjo, esquema, design, projeto. Formulário: um instrumento do processo administrativo constituído de: palavras de composição de dados fixos (impressos antes do uso) e de dados variados (anotados a posteriori); espaços ou campos; linhas; colunas e formato. Cury (2006, p.217) diz que “a estrutura organizacional não deve envolver apenas o esqueleto, o arcabouço, mas todo o organismo da empresa, como deveres, responsabilidades, os sistemas de autoridade e de comunicações existentes na organização”. Qual a importância para o aluno estudar a disciplina OSM e quais aspectos influem em sua vida profissional. https://administradores.com.br/artigos/a-importancia-do-estudo-da-disciplina-de- osm-para-o-academico-futuro-administrador Organização, Sistemas e Métodos (OSM) e Design Organizacional: novas práticas. https://plataforma.bvirtual.com.br/Acervo/Publicacao/171275 53 1) Qual é a instância das relações de trabalho que envolve as maneiras de dividir e sistematizar as tarefas e o tempo do trabalhador; as especializações e qualificações exigidas; as sequências, ritmos e cadências; a padronização e a autonomia na realização do trabalho; a participação do trabalhador na programação e o lócus de realização da tarefa? a) Gestão da força do trabalho. b) Organização do trabalho. c) Condições de trabalho. d) Formas de regulação de conflitos. e) Nenhuma das alternativas. 2) As organizações contemporâneas que se destacam adotam, quanto à natureza da hierarquia, uma ordem social de classificação, status e privilégio distinto daquelas organizações mais tradicionais. Dentro dos níveis hierárquicos, as pressões levam ao aumento do trabalho em equipe, à redução de tarefas e de exigências de trabalho, bem como maior a) ênfase nos procedimentos formais. b) ênfase nos controles internos. c) estruturalismo funcionalista. d) exigência de cargos no nível tático. e) exigência de competências. 3) Quando se deseja um esboço a fim de decidir sobre detalhamento ou não de um processo ou procedimento, utiliza-se a técnica de a) arranjo físico. b) fluxograma. c)manualização. d)entrevista. e) organogramação. 4) A representação gráfica de um passo a passo de ações que envolvem um determinado processo, ou seja, mostra visual de situações, fatos, movimentos e relações de todo tipo a partir de símbolos denomina-se: a) Organograma. b )Cronograma. c) Fluxograma. d) Mapa Estratégico. e) Plano de Ação. 54 5) Assinale a alternatica que demonstre a caracteristica fundamental dos Manuais. a) Ter normas técnicas da ABNT. b) Uniformizar procedimentos. c) detectar falhas em equipamentos. d) Avaliar falhas nos setores. e) Nenhuma das alternativas. 6) Assinale a alternativa correta sobre Formulários: a) produzem fluxos de informação. b) auxiliam na construção do Organograma. c) fundamental para a Gestão de Negócios. d) Traduzem as normas da empresa. e) nenhuma das alternativas. 7) O Layout tem por finalidade: a) facilitar a passagem de informações. b) circulação de Fluxos. c) embelezar o ambiente da organização. d) auxiliar nas Tomadas de Decisão. e) nenhuma das alternativas. 8) O QDT propõe: a) avaliar a distribuição das tarefas entre os diferentes órgãos. b) efetivar o plano Gestor. c) analisar os Formulários propostos. d) auxiliar na implementação do Layout. e) nenhuma das alternativas. 55 PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO UNIDADE 05 56 5.1 INTRODUÇÃO Para que uma organização sobreviva é indispensável um planejamento, ainda que informal, tanto para sua fundação como para o alcance dos seus objetivos. Na compreensão de Chiavenato (2003), o planejamento se apresenta como a primeira função administrativa, por ser a que serve de fundamento para as demais funções. O planejamento é a função administrativa que estabelece previamente quais são os objetivos a serem alcançados e o que fazer para atingi-los. Segundo Lima (2009), o planejamento determina onde a organização anseia estar no futuro e como se organiza para chegar até lá, significa desse modo, estabelecer os objetivos para o desempenho futuro da empresa e decidir sobre as atividades e os recursos indispensáveis para alcaçá-los. Segundo Oliveira (2009, p46); O planejamento é uma das funções principais do processo administrativo, possui conceitos mais amplos do que simplesmente organizar os números e adequar as informações, passando a ser um instrumento de administração estratégica, incorporando o controle de turbulências ambientais e possibilitando que a empresa conquiste mais competitividade e mais resultados organizacionais, pois é a função que indica a direção a ser consolidada pela empresa. (OLIVEIRA,2009,P. 46) O planejamento é uma das quatro funções fundamentais do administrador, perfazendo o chamado “processo administrativo”: planejamento, organização, direção e controle. Para que possamos entender a sua importância, é imprescindível observar o quadro abaixo. Quadro 1 – O processo administrativo Planejamento Definir missão; Formular objetivos; Definir os planos para alcançá-los; Programar as atividades. Organização Dividir o trabalho; Designar as atividades; Agrupar as atividades em órgãos e cargos; Alocar recursos; 57 Definir autoridade e responsabilidade. Direção Designar as pessoas; Coordenar os esforços; Comunicar; Motivar; Liderar; Orientar. Controle Definir padrões; Monitorar o desempenho; Avaliar o desempenho; Realizar ação corretiva. Fonte: Chiavenato (2003, pg. 168) O planejamento formal, para Oliveira (2008), é um processo, antecipadamente calculado que estrutura a organização, para que ela possa atingir, através da utilização dos seus recursos, uma condição futura, também antecipadamente determinada, da maneira mais eficiente, eficaz e efetivo. Tal planejamento pode ser dividido em três etapas: O planejamento estratégico, o planejamento tático e o planejamento operacional. Planejamento estratégico Sertek (2011, pg. 121) É o controle organizacional que se concentra na monitoração e na avaliação do processo de administração estratégica no sentido de melhorá-lo,assegurando um funcionamento adequado. (SERTEK, 2011, pg. 121). O Planejamento estratégico conforme Chiavenato (2003) é o nível mais vasto do planejamento e abrange toda a organização, é preparado no longo prazo, tendo seus efeitos e consequências ampliado até o futuro. Além do mais, envolve a organização em sua totalidade, alcançando todos os recursos e áreas de atividade, preocupando-se por alcançar todos os objetivos em nível organizacional. A antiga definição militar demonstra a estratégia como a aplicação de forças em grande escala contra inimigo, em termos empresariais, podemos estabelecer a 58 estratégia como "a mobilização de todos os recursos da empresa no âmbito global visando atingir os objetivos no longo prazo". (Chiavenato, 2003, pg. 234). O planejamento estratégico é ainda determinado pela cúpula da organização em nível institucional, porque diz respeito ao plano maior, ao qual todos os trabalhadores estão submetidos. De acordo com Aaker (2008), o planejamento estratégico foca no ambiente de mercado deparado pela organização, sendo assim, a ênfase não está apenas nas projeções futuras, mas também na capacidade de entender profundamente o ambiente de mercado, principalmente os concorrentes e clientes. A ideia fundamental consiste em não apenas em conseguir informações sobre as condições atuais, mas sobretudo ter a caoacidade de antecipar as mudanças que interfere diretamente na determinação das estratégicas. Numa de suas publicações, A prática da Administração, de 1954, Drucker (1954) apud Maximiano (2008, p. 330) esclareceu o quão importantes são as decisões estratégicas para uma organização. As decisões importantes, as decisões que realmente são importantes, são estratégicas. Elas compreendem descobrir qual é a situação, ou mudá-la, ou descobrir quais são ou deveriam ser os recursos... Todo gerente tem que tomar essas decisões estratégicas. Quanto mais alto seu nível na hierarquia, mais decisões estratégicas ele deve tomar. O planejamento estratégico, de acordo com Kotler (2000), deve ser dividido como se apresenta na figura baixo: Figura - Processo de planejamento estratégico Fonte: Adaptado de Kotler (2000) 59 Levando-se em conta esses níveis, podem-se distinguir três tipos de planejamento, de acordo com Oliveira (2007): a) planejamento estratégico: é o processo administrativo que proporciona sustentação mercadológica para se estabelecer a melhor direção a ser seguida pela empresa; é de responsabilidade dos níveis mais altos e diz respeito tanto à formulação de objetivos quanto à seleção dos cursos de ação a serem seguidos para sua consecução, levando em conta as condições externas e internas à empresa e sua evolução esperada; b) planejamento tático: tem por objetivo otimizar determinada área de resultado e não a empresa como um todo; é desenvolvido pelos níveis organizacionais intermediários, tendo como principal finalidade a utilização eficiente dos recursos disponíveis para consecução de objetivos previamente fixados no planejamento estratégico; c) planejamento operacional: pode ser considerado como a formalização, principalmente através de documentos escritos, das metodologias de desenvolvimento e implantação estabelecidas; é elaborado pelos níveis organizacionais inferiores, com foco básico nas atividades rotineiras da empresa. Figura : Níveis de decisão e tipos de planejamento Fonte: Oliveira, 2007, p. 15. 5.2 PLANEJAMENTO TÁTICO É um planejamento mais específico, que é estabelecido de maneira limitada, a nível departamental, abrangendo apenas uma determinada unidade organizacional, e 60 se responsabiliza na realização das atividades que foram desenvolvidas no planejamento estratégico para que sejam cumpridas e alcançadas. Chiavenato conclui que: o administrador utiliza o planejamento tático para delinear o que as várias partes da organização – como departamentos ou divisões – devem fazer a fim de que a organização obtenha sucesso no decorrer do período de um ano de seu exercício. Os planos táticos geralmente são desenvolvidos para as áreas de produção, marketing, pessoal, finanças e contabilidade. Assim descrito por (CHIAVENATO 2003, p.228) O planejamento tático tem em sua base, interpretação do planejamento estratégico com planos pautados para o nível departamental, onde a produção é avaliada em seus métodos de planos, a tecnologia usada, a organização do processo produtivo. Nesta fase o planejamento começa a ser um pouco mais detalhado, passa a entender o plano estratégico para efetivá-lo até que se torne objetivo. 5.3 PLANEJAMENTO OPERACIONAL Agora considerando o planejamento operacional são as atitudes, metas traçadas pelo nível tático buscando atingir objetivos estratégicos, frações homogêneas e que possuem detalhes para seu desenvolvimento, sendo eles prazos ou mesmos procedimentos. Charnov (2009) adverte que o planejamento operacional é cotidiano e trata de cronogramas, tarefas especificas e alvos mesuráveis, eglobando gestores em cada unidade de trabalho que será responsável pela efetivação do plano. Nesta etapa o processo são tarefas desenvolvidas a curto prazo, normalmente no período de 3 a 6 meses, englobando todos os níveis da organização que se responsabilizam do acompanhamento da rotina, buscam atingir os resultados aguardados, segundo os procedimentos desenvolvidos. Chiavenato (2003) cita que o planejamento operacional está focado no curto prazo, voltado basicamente para “o que fazer” e “como fazer” as atividades diárias da organização. Os planejamentos operacionais podem ser classificados em quatro tipos: procedimentos: são os planos operacionais referentes a métodos; orçamentos: são planos operacionais referentes a parte financeira; programas: são planos operacionais 61 referentes a composturas das pessoas; regulamentos: são os planos operacionais referentes extritamente a comportamentos dos indivíduos. (CHIAVENATO, 2003, p. 231) O planejamento determina com antecedência como será feito e colocado em prática para que se alcance o resultado que se espera, e para que se tenha este resultado é utilizado recursos financeiros, tecnológicos, humanos, para que se obtenha um resultado desejado, ou seja resultado final. 5.4 OBJETIVOS DO PLANEJAMENTO O desenvolvimento do planejamento nas empresas é imprescindível assim como seu processo produtivo, porque com o processo de planejamento podemos compreender melhor o futuro, antecipara ao mercado tomandoas necessárias precauções no presente. Segundo Kotler (2000, p. 67) “o segredo das empresas bem-sucedidas no mercado se deve ao fato de praticarem frequentemente a arte do planejamento estratégico”. O planejamento é de vital importância para as empresas, porque as empresas necessitam de instrumentos para antever os cenários do mercado, esforçando-se por estabelecer o crescimento e a permanência no mercado, e para que assim seja, é imprescindível que se implante estratégias com ferramentas de auxílio, esforçando-se por equilíbrar-se e estabelecer-se de maneira definitiva no mercado. Segundo Drucker (1997, p. 47) “Quando a empresa traça objetivos e metas, e busca alcançá-los, ela tem claramente definido do porque ela existe, o que e como faz, e onde quer chegar”. Esses são os questionamentos básicos para a elaboração e implementação dessa ferramenta. Todavia o erro de muitos é crer que só é necessário ser realizado por grandes empresas, e desse modo perdem oportunidades de mercado, planejar e determinar metas organizacionais não só é indispensável para grandes organizações, se realiza também para toda e qualquer organização, quer seja de pequeno, médio, ou grande porte, porque, dificilmente uma organização se manterá competitiva no mercado se não tiver um bom planejamento. 62 Sendo assim e considerandoque planejamento é uma ferramenta de gestão empresarial muito utilizada pelas empresas, Orlickas (2010, p.37) destaca que “o planejamento prever e minimizar os inibidores dos resultados e maximizar os facilitadores no processo de tomadas de decisão, pois permitem que o gestor tome decisões mais assertivas”. O planejamento produz excelentes condições para a empresa no mercado por meio de uma estrutura de tomadas de decisões raciocinadas, resultando no alcance das metas, com as mudanças que ocorrem na organização, devido às ininterruptas transformações no ambiente, que gera aumento da competitividade, interagindo com os processos da empresa de modo estratégico, observando os pontos fortes e fracos das empresas, assim como avaliar oportunidades e ameaças que possar estar incognitas no ambiente, seja externo ou interno. Desse modo afirmamos que o planejamento é fundamental para uma organização, pois estabelece metas e objetivos e os desenvolve de maneira racional e prática, criando ambiente para alcançá-los. Compreende-se que o planejamento estratégico está num nível de planejamento que envolve toda a organização e seu principal papel é a tomada de decisões essenciais, propiciando recursos para que os projetos estratégicos sejam efetivados de maneira que atendam as demandas e análises dos gestores. O planejamento deve ser idealizado por um grupo de pessoas, para que possam expor suas ideias, estudos, conhecimentos e experiências, para inseri-los na empresa, compartilhando as suas melhores normas, para que se possa contribuir de maneira sólida propiciando a empresa se manter num mercado cada vez mais acirrado e concorrido. O planejamento é uma tentativa de prever para controlar o futuro da organização, sendo assim algumas palavras podem dar sentido ao planejamento, sendo essas: “pensar, criar, moldar” (PEREIRA, 2010, p. 44) 63 Ferramenta de Gestão: são técnicas utilizadas por empresas para aprimorar os seus produtos, processos, sistemas e projetos, para melhorar a qualidade e prevenir eventuais problemas futuros. Planejamento: serviço de preparação de um trabalho, de uma tarefa, com o estabelecimento de métodos convenientes; planificação. “o segredo das empresas bem-sucedidas no mercado se deve ao fato de praticarem frequentemente a arte do planejamento estratégico”. (KOTLER, 2000) Muitas empresas na atualidade desdenham a necessidade de realizar o Planejamento estratégico e são surpreendidas por situações que a retiram do mervado, observem a importância do Planejamento para a organização. https://www.nucleodoconhecimento.com.br/administracao/planejamento- estrategico Administração e Planejamento Estratégico https://plataforma.bvirtual.com.br/Acervo/Publicacao/5953 https://www.nucleodoconhecimento.com.br/administracao/planejamento-estrategico https://www.nucleodoconhecimento.com.br/administracao/planejamento-estrategico https://plataforma.bvirtual.com.br/Acervo/Publicacao/5953 64 1) Uma organização pública realizou um planejamento que teve como objetivo a elaboração de planos, programas e projetos para a implementação da sua estratégia. Esse tipo de Planejamento é o a) global. b) tático. c) estratégico. d) operacional e) tradicional. 2) O planejamento de curto prazo com tarefas e atividades específicas refere-se ao a) planejamento estratégico. b) planejamento setorial. c) mapa estratégico. d) planejamento operacional. e) planejamento global. 3) Dentre os fundamentos da administração, está o planejamento, que pode ocorrer em três níveis distintos, obedecendo à seguinte hierarquia: a) planejamento operacional, planejamento tático e planejamento estratégico. b) planejamento estratégico, planejamento tático e planejamento operacional. c) planejamento estratégico, planejamento organizacional e planejamento operacional. d) planejamento operacional, planejamento organizacional e planejamento tático e) planejamento global, planejamento tático, planejamento estratégico. 4) Para focalizar adequadamente os objetivos da organização, quando esta utiliza o método do planejamento estratégico, o gestor deve, primeiramente: a) analisar as oportunidades e ameaças ambientais, assim como as potencialidades e vulnerabilidades internas da organização. b) definir o ambiente de tarefa, incluindo os usuários dos serviços, os fornecedores, os concorrentes e os órgãos regulamentadores. c) realizar uma análise detalhada das condições estruturais da organização, especialmente seus recursos financeiros, tecnológicos e humanos. d) motivar os colaboradores a implementar as mudanças necessárias para tornar viável o planejamento estratégico, especialmente no nível operacional. e) selecionar e treinar uma equipe qualificada para trabalhar alinhada ao planejamento estratégico e treinar suas lideranças para garantir o sucesso do projeto. 5) O Planejamento estratégico nas organizações públicas contemporâneas: a) visa principalmente a adaptação da organização a um ambiente instável, através de um retorno constante ao equilíbrio, limitando o leque de escolhas disponíveis. 65 b) enfatiza o detalhamento dos problemas, priorizando a precisão com a qual as pessoas lidam com os problemas. c) deixa em segundo plano a localização de potencialidades, deslocando seu foco para a construção de cenários futuros. d) não foca a redução da incerteza, mas sua capacitação para desafiar a incerteza através da criatividade e da inovação. e) procura lidar com o mundo atual, imprevisível e caótico, através do fortalecimento das estruturas de planejamento de longo prazo. 6) Do ponto de vista legal e administrativo, a principal ferramenta de planejamento de médio e longo prazos na administração pública brasileira é o: a) planejamento estratégico. b) plano plurianual. c) planejamento operacional. d) plano por programas. e) planejamento tático 7) Ao elaborar um planejamento que contemple os diferentes processos e possibilite o alcance da finalidade institucional, é adequado que o departamento administrativo de um órgão público adote: a) um planejamento tático unificado que envolva todos os integrantes do órgão, a ser executado em longo prazo e, assim, assegure a perenidade dos resultados estabelecidos. b) um planejamento ancorado em pressupostos da administração por objetivos, com ênfase na definição dos objetivos e no desempenho das pessoas, para obter o resultado institucional almejado. c) um planejamento operacional focado nas diretrizes e estratégias do órgão para viabilizar a gestão dos processos e o alcance dos resultados de médio e longo prazo. d) um mapa estratégico, elaborado com base na metodologia Balanced Scorecard e composto por perspectivas independentes, privilegiando objetivos individuais que levam ao alcance dos resultados esperados. e) um planejamento estratégico com orientações focadas no presente, dando primazia aos fatores ambientais internos ao órgão. 8) O Planejamento Estratégico tem como foco central: a) alcançar o potencial máximo da organização através do fortalecimento da capacidade de prever ocorrências futuras com impacto estratégico nas metas de longo prazo. b) realizar metas organizacionais de longo alcance, através da priorização de enfrentamento das incertezas ambientais internas. c) capacitar os níveis diretivos superiores para enfrentar as incertezas ambientais externas. d) reduzir as incertezas em ambientes competitivos para alcançar resultados precisos 66 no curto prazo. e) fortalecer a sinergia entre as capacidades efetivas da organização visando alcançar seu pleno potencial de ação num ambiente de incerteza sistêmica. GESTÃO DA QUALIDADEUNIDADE 06 67 6.1 INTRODUÇÃO 68 De acordo com (GARVIN, 2002) qualidade é uma palavra que remete a inúmeras interpretações e por este motivo, "é essencial um melhor entendimento do termo para que a qualidade possa assumir um papel estratégico". Procurando um significado razoável da qualidade, observamos que vários autores a definem, de acordo com seus pontos de vista e bagagem teórica. (CROSBY, 1979), tem uma visão mais globalista a respeito da qualidade, definindo-a como atendimento a requisitos, e acatando a ideia de que o administrador não precisa se preocupar com análises subjetivas de qualidade como “agradar o cliente”, mas principalmente focar-se no atendimento as melhorias e especificações do produto, sendo que a satisfação do cliente seria consequência natural do atendimento a estes pressupostos. (DEMING, 1986), definia a qualidade mais como peculiar da percepção do cliente, e de acordo com o autor a qualidade de um produto é estabelecida através da percepção do cliente final analisando o produto, sendo que um produto pode atender a todas as normalizações técnicas e ser vendido a um preço justo, mas se não for reconhecido pelo cliente, certamente não tem qualidade. Vejamos no Quadro abaixo as idéias de alguns autores sobre qualidade: Quadro - As Concepções de Qualidade segundo Crosby, Deming e Juran Definição da qualidade Conformidade com os requisitos Um grau previsível de uniformidade e confiança a baixo custo e adequação ao mercado. Adequação ao uso. Grau de responsabilidade da gerência sênior Responsável pela qualidade Responsável por 94% dos problemas da qualidade. Menos de 20% dos problemas da qualidade são devido aos trabalhadores. Padrão de desempenho/ motivação Zero defeito Qualidade tem muitas escalas. Usar estatísticas para medir o desempenho em todas as áreas. Crítico do zero defeito. Evitar campanha para "fazer trabalho perfeito". Abordagem geral Prevenção, não inspeção Reduzir a variabilidade através de contínuos melhoramentos em massa. Abordagem de gerenciamento geral da qualidade - especialmente dos elementos "humanos". Estrutura 14 passos para o melhoramento da qualidade 14 pontos para o gerenciamento. 10 passos para o melhorame nto. Base de melhoramento Um "processo", não um programa. Metas de melhoramento. Contínuo, para reduzir a variação. Eliminar metas sem métodos. Abordagem de grupo projeto-a- projeto. Estabelecer 69 metas. Trabalho em grupo Grupos de melhoramentos da Qualidade. Conceito da Qualidade. Participação do empregado na tomada de decisão. Demolir as barreiras entre os departamentos. Abordagens de grupos e círculos da qualidade. Custo da qualidade Custo da não- conformidade. A qualidade não tem custo. Não existe ótimo - o melhoramento é contínuo. Abordagens de grupos e círculos da qualidade. Compras e mercadorias recebidas Formular os requisitos. O fornecedor é uma extensão do negócio. A maior parte das falhas é devida aos próprios compradores. A inspeção é demasiado tardia - permite que os defeitos entrem no sistema. A evidência estatística e os gráficos de controle são necessários. Os problemas são complexos. Realizar análises formais. Avaliação dos fornecedores Necessárias para fornecedores e compradores. Auditorias da Qualidade são úteis. Não-crítico da maioria dos sistemas. Sim, porém deve- se ajudar o fornecedore a melhorar. Fonte: Oakland (1994) Juran (1989) analisava a qualidade como aquele produto que melhor se adapte ao uso, segundo ele a qualidade de um produto é determinada a partir do alcance das expectativas colocadas pelas necessidades dos clientes finais. Desse modo, as necessidades dos clientes devem ser entendidas e colocadas como especificações e inseridas no processo de produção. A qualidade é a busca pela perfeição, objetivando agradar os clientes que estão cada vez mais exigentes e conscientes da quantidade que as empresas devem fornecer, devendo elas melhorar seus procedimentos, distende daí a necessidade de analisar a gestão da qualidade total, como uma ferramenta de auxílio para alcançar vantagens competitivas. (ARAÚJO, 2007) Conforme Corrêa (2002), Gestão da Qualidade são atividades estabelecidas pelo planejamento, organização, direção e controle buscando padronizar características relacionados com a qualidade nas organizações. Juran (1997) apud (CORRÊA, 2002), Considera a importância da gerência para o alcance da qualidade, segundo ele, a gerência para a qualidade é realizando-se três processos gerenciais sejam eles: planejamento, controle e melhoramento, o autor ainda fundamenta a relevância da sequência processual e a dependência de cada etapa em considerando a anterior. Para Oliveira (2004, p. 15): A produção de produtos e serviços com a qualidade não é uma fácil tarefa de ser conseguida. Faz-se necessário o desenvolvimento e implantação de 70 sistemas de gestão da qualidade nas organizações, para que se garanta o comprometimento de todos com o objetivo de conquistar a excelência nos processos e produtos da empresa, possibilitando seu aprimoramento contínuo. Para Corrêa (2011, p. 185), pode ser classificada a trilogia da qualidade em três etapas: 1. Planejamento: é o processo de estabelecer os objetivos para qualidade e desenvolver os planos para atingir esses objetivos; 2. Controle de Qualidade: é o processo contínuo usado pelo pessoal operacional com meio para atingir os objetivos planejados; 3. Melhoramento da Qualidade: esse terceiro membro da trilogia tem o objetivo de melhorar os níveis atuais de desempenho da qualidade. A implantação desta abordagem é fundamentada na formação de equipes para a solução de problemas, um a um, buscando a melhoria da qualidade ininterruptamente, desse modo pode ser demonstrada através de um diagrama simples de acordo com a figura. Figura: Trilogia da Qualidade. Fonte: Rodrigues (2012). 6.2 - CICLO PDCA 71 De acordo com SILVA (2006), o PDCA é um método para realizar o controle. Segundo LIMA (2006) o Ciclo PDCA é uma ferramenta usada para a efetivação das atividades de controle dos processos, como norteamento da “diretriz de controle”, planejamento da qualidade, manutenção de padrões e modificação da diretriz de controle, ou de um modo geral, efetuar melhorias. Tais ações se dividem em quatro etapas elementares que são ser repetidas continuamente. Tais etapas, constituídas de seis fases, são apresentadas na figura a seguir: Figura 9 - Fases do Ciclo PDCA Fonte: SILVA (2006) Ainda segundo Silva (2006): 1 - Plan (P) – Planejamento - Fase em que o plano é traçado. Nesta fase se fixa a diretriz de controle, ou seja, definem-se os itens de controle e se estabelecem metas para estes itens. Nesta etapa também, são decididos os métodos para atingir as metas pré- estabelecidas, que podem ser procedimentos padrões, planos de controle, em suma, uma ação ou uma seqüência de ações que levem ao cumprimento da meta. Algumas ferramentas como Diagrama de Ishkawa, Gráfico de Pareto, brainstorming e 5W2H são muito úteis nesta fase, para suporte à tomada de decisões. Quanto melhor você planejar , melhores metas você atingirá. Deixe os fatos e dados (informação e conhecimento) illuminarem seu planejamento (CAMPOS,1994). Deve-se lembrar que a fase de planejamento é sempre a mais complexa e a que exige mais esforços. No entanto, quanto maior for o número de informações utilizadas, maior será a 72 necessidade do emprego de ferramentas apropriadas para coletar, processar e dispor estasinformações. (WERKEMA, 1995). 2 - Do (D) – Execução - Fase em que se executa o plano traçado na fase anterior, exatamente como previstas, de acordo com o procedimento operacional padrão. Deve-se educar e treinar todas as pessoas envolvidas, antes do início da execução, para que haja comprometimento e a execução saia conforme o planejado. Neste passo, ocorre a coleta de dados, para futura verificação na fase de verificação (checagem). 3 - Check (C) – Verificação – Fase em que se verifica os resultados da tarefa executada e os compara com a meta planejada, à partir dos dados coletados na fase anterior. É de suma importância o suporte de uma metodologia estatística para que se minimize a possibilidade de erros e haja economia de tempo e recursos. A análise dos dados desta fase indicará se o processo está de acordo com o planejado. 4 - Act (A) – Atuar corretivamente – De posse das análises realizadas na etapa anterior (verificação), decide-se atuar no sentido de adotar como padrão o plano proposto, no caso das metas terem sido alcançadas; ou atuar corretivamente sobre as causas que não permitiram que a meta fosse atingida. Ao final dessa fase, origina-se a primeira fase do próximo PDCA (gira o ciclo, voltando ao planejamento), permitindo que se faça o processo de melhoria contínua. De acordo com LIMA apud. RIBEIRO (2006), a conexão entre a última e a primeira fase (Agir - Planejar) é denominada circularidade do Ciclo PDCA. Para LIMA (2006), o Ciclo PDCA padroniza as informações do controle da qualidade, evita erros lógicos nas análises, e torna as informações mais fáceis de se entender. Pode também ser usado para facilitar a transição para o estilo de administração direcionada para melhoria contínua. Figura 10 - Ciclo PDCA de m 73 ehoria Fonte: SILVA (2006) 1 -Plan (P) – Planejamento: 1 - identificação do problema, com definição clara do mesmo; 2 - observação, investigação das características do problema; 3 - análise, descoberta das causas fundamentais. Nesta fase deve-se investigar o relacionamento existente entre o fenômeno, concentrando a atenção no foco do problema identificado na fase anterior e quaisquer deficiências que possam existir no processo. (WERKEMA, 1995) 4 - Planejamento da Ação, planejar a ação de bloqueio das causas do problema; 2 -Do (D) – Execução (Ação): 5 - Ação, executar o plano de ação para bloquear as causas fundamentais; 3 -Check (C) – Verificação: 6 - Verificação, verificar se o bloqueio foi efetivo; 4 -Act (A) – Atuar corretivamente: 7 - Padronização, prevenir contra o reaparecimento do problema (POP); 8 - Conclusão recapitulação de todo o processo e planejamento das ações futuras. 6.3 – KAIZEN 74 Conforme Alukal & Manos (2006), Kaizen é uma palavra em japonês que significa “mudar para melhor”, mas é mais vulgarmente conhecido como “melhoria contínua”. Se refere desse modo, a realização constante de avaliações de melhoria, objetivando aprimorar o funcionamento da empresa cotidianamente. Na visão de Gondhalekar et al. (1995) o Kaizen é um processo que objetiva produzir melhorias, sendo elas quantitativas ou qualitativas, que normalmente são direcionadas no sentido de melhorar o trabalho de equipe, insuflar a criatividade dos trabalhadores na produção de soluções de problemas e principalmente assegurar um fluxo contínuo mensal de melhorias estabelecidas. Abdulmouti (2015) estabelece os seguintes princípios como primordiais para a implementação da filosofia Kaizen: aplicação do 5S para organização do local de trabalho; 1. cooperação entre os colaboradores, com envolvimento de todos os departamentos e respeito mútuo; 2. fazer da forma correta, não ignorar situações defeituosas ou incompletas; 3. analisar as causas raízes e então corrigir o problema em questão; 4. gestão visual, em termos de exibição visual para melhor comunicação; 5. a atenção deve ser dirigida para as atividades onde se cria realmente valor; 6. ir ao local de trabalho, analisar os fatos, determinar o que de fato está ocorrendo e tomar as decisões corretas; 7. implementar uma cultura que encoraja geração de sugestões dos envolvidos no processo; 8. melhoria contínua, envolvendo todos no processo para gerar ideias “fora da caixa”. Arya & Jain (2014) demonstra que o kaizen pode auxiliar na redução dos custos dos produtos, diminuindo o alto índice de desperdícios durante os processos, criando um ambiente de trabalho mais seguro e que incentiva a produção de novas ideias. Todavia, segundo Doolen et al. (2008), os administradores da empresa devem tomar as medidas apropriadas para dar suporte às ações de análise, estabelecidas após a efetivação de um evento kaizen, para assegurar a motivação dos funcionários envolvidos, porque os eventos kaizen, com arquétipos menores demonstram melhores resultados em se comparando com os eventos mais abrangentes. 75 Segundo Gondhalekar et al. (1995), o kaizen tem potencial de alavancar uma transformação na empresa, através do alinhamento dos objetivos da gerência com os dos funcionários. Entretanto os autores reforçam que esse processo não pode ser deixado de lado após sua realização, devendo ser mantido de maneira constante no dia a dia da empresa. 6.4 – O 5s O 5s apareceu no Japão por volta do século XX e intenta aprimorar o local de trabalho através da manutenção tão somente do necessário, nos lugares estabelecidos para cada peça, de maneira padronizada e com disciplina ao executar as atividades, tudo isto com o mínimo de supervisão. (CAMPOS et al., 2005) De acordo com Campos (2005), inúmeras vezes o programa 5S é considerado, equivocadamente, como uma grande limpeza, colocando o programa preso apenas as mudanças físicas e retirando assim a abrangência real do programa, que é transformar a cultura e os valores dos funcionários da empresa. Até porque, o 5S impõe mudanças profundas, sendo que desse modo é necessário que todos estejam envolvidos e com intuito de mudar, sobretudo a alta gerência. A sigla 5S corresponde às iniciais de cinco termos japonesas: Seiri, Seiton, Seiso, Seiketsu e Shitsuke, em nosso país estas palavras foram traduzidas, no entanto para a manutenção do nome original (5S), foi adicionada a palavra “senso” para cada uma, resultando respectivamente em: Senso de Utilização, Senso de Organização, Senso de Limpeza, Senso de Saúde e Senso de Disciplina. (SILVA et al., 2011) Conforme Silva (2011), cada um dos 5 termos possuem os seguintes significados, objetivos e benefícios: 1. Senso de Utilização: separar o útil do inútil, eliminando o desnecessário. A ideia nessa etapa é manter no local de trabalho apenas os itens que forem realmente necessários para a realização da atividade. O Senso de Utilização deve eliminar também desperdícios de esforços. Mas, além disso, deve-se principalmente identificar o motivo desses desperdícios, tomando as medidas preventivas necessárias para que não ocorram novamente. Um objetivo desse senso é a imediata liberação de 76 espaço, diminuição de acidentes e melhoria do ambiente de trabalho. (CAMPOS et al., 2005) 2. Senso de Arrumação: arrumar todos os itens, indicando um local apropriado para cada produto, organizando-os de tal forma que os mesmos sejam facilmente acessíveis. É importante que os itens utilizados mais frequentemente sejam armazenados mais próximos das estações de trabalho. Com isso, os objetivos gerados são, entre outros, o aumento da produtividade, redução de custos e economia de tempo. (CAMPOS et al., 2005) 3. Senso de Limpeza: manter um ambiente sempre limpo, eliminando resíduos e identificando fontes de sujeira, a fim de evitar a produção de resíduos. Em um ambiente limpo fica mais fácil identificar defeitos e não conformidades. Deve-se, portanto, educar os funcionáriosa não sujar o ambiente. Esse senso irá melhorar o ambiente de trabalho, reduzirá a taxa de deterioração dos equipamentos e, portanto, promoverá maior economia. (CAMPOS et al., 2005) 4. Senso de Saúde e Higiene: Manter um ambiente de trabalho sempre favorável à saúde e à higiene. Quem exige qualidade, cuida também da aparência. Esta etapa também é conhecida como senso de padronização, ou seja, busca-se padronizar o que foi realizado nos passos anteriores. Os benefícios desta etapa é a facilidade em se manter a ferramenta 5S em funcionamento contínuo, pois com os procedimentos padronizados, fica mais fácil para os funcionários continuarem a realizar os primeiros 3S’s regularmente. 5. Senso de Autodisciplina: Transformar o 5S em um hábito, mantendo os primeiros 4S’s em funcionamento constante. É o senso mais difícil de ser implantado, pois requer a mudança de comportamento dos funcionários da empresa. O ser humano costuma resistir a mudanças, seja por comodismo, medo ou por interesse, assim sendo é importante dar ênfase a implantação desta etapa, pois sem o senso de autodisciplina a ferramenta 5S está fadado a ser esquecido e, consequentemente, fracassar. A qualidade é a busca pela perfeição, objetivando agradar os clientes que estão cada vez mais exigentes e conscientes da quantidade que as empresas devem fornecer, devendo elas melhorar seus procedimentos, distende daí a necessidade de analisar a gestão da qualidade total, como uma ferramenta de auxílio para 77 Gestão da Qualidade. https://plataforma.bvirtual.com.br/Acervo/Publicacao/3996 5s: é um programa de gestão de qualidade empresarial desenvolvido no Japão que visa aperfeiçoar aspectos como organização, limpeza e padronização. Kaizen: é uma palavra de origem japonesa que significa mudança para melhor, usada para transmitir a noção de melhoria contínua na vida em geral, seja ela pessoal, familiar, social e no trabalho. “A qualidade de serviços é mais difícil de ser obtida que a de produtos. Qual o motivo desta afirmativa? Principalmente porque a qualidade de serviços depende da educação e postura ética da pessoa que está atendendo diretamente o cliente”. (ABRANTES, 2009) Atualmente para se firmar no mercado a empresa necessida de realizar com maestria a Gestão da Qualidade caso contrário não consegue sucesso em seus negócios. https://www.softexpert.com/pt-br/material/gestao-qualidade-sucesso- organizacao/?gclid=EAIaIQobChMI6YfeoPae6AIVQQeRCh2eGwKTEAAYASAAE gKiTPD_BwE https://plataforma.bvirtual.com.br/Acervo/Publicacao/3996 https://www.softexpert.com/pt-br/material/gestao-qualidade-sucesso-organizacao/?gclid=EAIaIQobChMI6YfeoPae6AIVQQeRCh2eGwKTEAAYASAAEgKiTPD_BwE https://www.softexpert.com/pt-br/material/gestao-qualidade-sucesso-organizacao/?gclid=EAIaIQobChMI6YfeoPae6AIVQQeRCh2eGwKTEAAYASAAEgKiTPD_BwE https://www.softexpert.com/pt-br/material/gestao-qualidade-sucesso-organizacao/?gclid=EAIaIQobChMI6YfeoPae6AIVQQeRCh2eGwKTEAAYASAAEgKiTPD_BwE 78 1) Em termos de gestão da qualidade, o método de gestão baseado em quatro etapas bastante usado para garantir controle e melhoria contínua dos processos e produtos, no intuito de sempre realizar determinado conjunto de tarefas da forma mais eficiente possível, recebe o nome de: a) Ciclo PDCA. b) Motivação. c) Licitação. d) 5 S. e) Pareto. 2) Em relação ao ciclo PDCA, é correto afirmar que: a) a partir dos dados coletados na execução, compara-se o resultado alcançado com o que foi decidido pelo administrador. b) a etapa de atuação corretiva é aquela em que o usuário detectou desvios e atuará no sentido de fazer correções definitivas, de tal modo que o problema nunca volte a ocorrer. c) no processo de execução das tarefas, o administrador realiza conforme a sua interpretação e serão coletados dados para verificação do processo. d) o Planejamento consiste em estabelecer metas sobre os itens de controle e determinar a maneira (o caminho, o método) para se atingir as metas propostas. e) nenhuma das alternativas. 3) O método kaizen visa: a) implementar condutas nas áreas. b) melhoria contínua. c) adequar o ambiente interno a máxima produção. d) adequar o produto ao cliente. e) nenhuma das alternativas. 4) Assinale a questão que indica um método de Gestão da Qualidade. a) 5s. b) Fluxograma. c) Sistema de informação. d) BPM. e) Nenhuma das alternativas. 5) A principal característica da técnica de PDCA é: aa) explorar potencialidades. b) visualizar, em conjunto, as causas principais e secundárias de um problema. c) mostrar características médias. d) ajudar a lembrar pontos principais a serem abordados. e) planejar e implantar processos, inclusive melhorias e/ou correções. 79 6) A respeito do Ciclo de Shewhart ou PDCA e a melhoria contínua da qualidade, analise as afirmativas. I. A alternância entre o PDCA e o SDCA reflete a dinâmica do KAIZEN e seus eventos. II. O SDCA retrata com fidelidade a etapa da melhoria incremental. III. O PDCA representa as atividades que mantém o ciclo estável. Assinale: a) se somente a afirmativa I estiver correta. b) se somente a afirmativa II estiver correta. c) se somente a afirmativa III estiver correta. d) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas. e) se todas as afirmativas estiverem corretas. 7) A competência que uma organização apresenta ao conceber e desenvolver produtos e processos de forma a alcançar a satisfação do cliente, com custos e prazos compatíveis, é o conceito de Qualidade deProduto ou serviço. a)Processo. b)Projeto. c)Pós-venda. d)Atendimento. e) Nenhuma das alternativas. 8) O conceito japonês Kaizen é a base filosófica para diversas técnicas atuais de qualidade na administração contemporânea. Sintetiza corretamente os princípios do Kaizen: a) preocupação contínua com a elaboração de padrões de excelência para medir produtos, serviços ou processos com relação aos concorrentes mais fortes. b) preocupação constante com a atribuição de mais poder e autonomia aos trabalhadores, visando partilhar responsabilidades com relação à produtividade da empresa. c) abordagem sistêmica do processo de aprendizagem voltada ao aperfeiçoamento contínuo da inovação dentro da empresa. d) preocupação contínua com o aperfeiçoamento tanto de produtos e serviços como dos procedimentos e hábitos de executivos e trabalhadores na empresa. e) foco no cliente, suas necessidades e preferências, e a preocupação sistemática com a redução dos desperdícios e a agregação de valor aos produtos e serviços. 80 RESPOSTAS DO FIXANDO O CONTEÚDO UNIDADE 01 UNIDADE 02 QUESTÃO 1 C QUESTÃO 1 A QUESTÃO 2 A QUESTÃO 2 C QUESTÃO 3 D QUESTÃO 3 B QUESTÃO 4 B QUESTÃO 4 B QUESTÃO 5 C QUESTÃO 5 D QUESTÃO 6 A QUESTÃO 6 C QUESTÃO 7 A QUESTÃO 7 B QUESTÃO 8 C QUESTÃO 8 D UNIDADE 03 UNIDADE 04 QUESTÃO 1 C QUESTÃO 1 B QUESTÃO 2 D QUESTÃO 2 E QUESTÃO 3 B QUESTÃO 3 B QUESTÃO 4 B QUESTÃO 4 C QUESTÃO 5 C QUESTÃO 5 B QUESTÃO 6 D QUESTÃO 6 A QUESTÃO 7 A QUESTÃO 7 B QUESTÃO 8 B QUESTÃO 8 A UNIDADE 05 UNIDADE 06 QUESTÃO 1 B QUESTÃO 1 A QUESTÃO 2 D QUESTÃO 2 B QUESTÃO 3 B QUESTÃO 3 B QUESTÃO 4 B QUESTÃO 4 A QUESTÃO 5 B QUESTÃO 5 E QUESTÃO 6 B QUESTÃO 6 A QUESTÃO 7 B QUESTÃO 7 C QUESTÃO 8 E QUESTÃO 8 D 81 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1972. 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Figura 1: visão geral do processo Fonte: adaptado de Fiel filho (2010) Figura 2: exemplo simplificado de processo Fonte: adaptado de Fiel filho (2010) PROCESSO Transformação em produtos e/ou serviços SAÍDA/OUTPUT Entrega de valor ao cliente na forma de produtos, serviços e informações 9 No entanto nem todas as empresas são completamente regidas por processos, algumas são mais, e outras menos. “Geralmente, mudar a estrutura organizacional da empresa de um modelo funcional para uma estrutura por processos implica”, de acordo com Gonçalves (1997, p. 15): atribuir a responsabilidade pelo andamento de cada processo essencial a um process owner; minimizar os deslocamentos de pessoas e as transferências de material (para reduzir esperas, erros e cruzamento de fronteiras), organizando as atividades ao longo de processos, e não por funções; maximizar o agrupamento das atividades, empregando equipes multifuncionais e pessoal polivalente; diminuir o gasto de energia por meio de atividades como, por exemplo, reunir as partes da empresa em um menor número de locais ou empregar maciçamente os recursos de tecnologia de informação para reduzir o transporte, a armazenagem e o deslocamento dos recursos e materiais empregados nos processos essenciais. 1.2 O QUE SÃO PROCESSOS? A perspectiva da gestão por processos está aliada à idéia de que as operações devem ser organizadas em torno do processo total, que é o que realmente adiciona valor para o consumidor final, bem mais do que em relação as atividades ligadas às funções organizacionais, que cse referem tão somente a fases da geração de valor (SLACK; CHAMBERS; JOHNSTON, 2002). Todavia, uma pergunta básica surge para o entendimento do trabalho de implementação da gestão por processos: o que são processos? Conforme Slack, Chambers e Johnston (2002), considerando a perspectiva da gestão por processos, podemos conceituar processos como o conjunto das contribuições que cada pequena operação efetuada na organização realiza, com o intuito de satisfazer as necessidades dos consumidores e que, a mais das vezes, transpõem os limites organizacionais tradicionais. 10 Slack, Chambers e Johnston (2002) ilustram um exemplo de uma empresa de produção de vídeo e programas de televisão para demonstrar a ideia, como mostrado na Figura 2: Figura 2 - Contribuição de cada pequena operação para o processo Fonte: Adaptado de Slack; Chambers; Johnston (2002) Davenport (1994), como citado por Franco (2005), diz que os processos são a base pela qual uma organização produz valor para os seus clientes. Segundo De Sordi (2012) os processos são como fluxos de trabalho oridenados para suprir os objetivos da empresa, sendo que, pela ótica do cliente, propiciam a agregação de valor. Apresenta-nos De Sordi (2012) que processo é uma sucessão de tarefas integradas que geram valor para um cliente, quer seja ele interno ou externo. A Figura mostra esquematicamente a definição apresentada por De Sordi (2012): 11 Figura 3 – Processo Fonte: Adaptado de Barbará (2008) Gonçalves (2000) demonstra em seu estudo as etapas de evolução de uma empresa em direção à organização por processo, são ao todo cinco etapas em que as empresas podem se apresentar em relação à organização por processos: A, B, C, D ou E. Essas etapas estão organizadas em ordem crescente, representando a etapa A menos intensidade em relação à organização por processos, e a etapa E, mais intensidade (ver tabela 1, abaixo). F= FORNECEDOR 12 1.3 O QUE É GESTÃO DE PROCESSOS? A Gestão de Processos é um ramo ainda recente de estudos, sendo muito debatida na busca por fundamentar suas teses, desse modo é necessário entendermos o seu conceito para depois aprofundarmos nos desdobramentos da disciplina. Barbará (2008) nos esclarece que podemos estabelecer a gestão por processos como sendo um “modelo de gestão organizacional orientado para gerir a organização com foco nos processos”. Lee e Dale (1998), citados por De Sordi (2012), conceituaram a gestão por processos como uma metodologia de gerenciamento focada no cliente, objetivando quantificar e 13 melhorar os processos da organização através de tarefas multifuncionais e atribuindo autonomia aos funcionários. Segundo Rotondaro (2005), citado por Frederico e Toledo (2008), a gestão por processos é uma metodologia para medir continuamente, analisar e aperfeiçoar o desempenho dos processos que são mais importantes para a satisfação dos clientes. Já Candido, Silva e Zuhlke (2008) esclarecem que gestão por processos é na verdade um moderno conceito de gestão, firmado na melhoria contínua dos processos de negócio e priorizando sempre a equação das necessidades dos clientes. É ainda possível entender a gestão por processos como um enfoque administrativo procurando melhorar e otimizar a rede de processos de uma empresa, compreendendo as necessidades e expectativas dos clientes, garantindo bom desempenho desse conjunto integrado de processos (UNICAMP, 2003). Slack, Chambers e Johnston (2002) definem a gestão por processos como a organização da empresa no esforço de realizar o processo total, que é o que gera valor para o cliente, ao invés de se organizar apenas através de funções ou atividades, que são simplesmente etapas que precedem a agregação de valor. Desse modo, é possível definir um conceito de gestão por processos a partir da análise e verificação dos pontos em comum das conceituações apresentadas; sendo que gestão por processos é um modelo de gestão que defende o gerenciamento da organização a partir da perspectiva dos seus processos geradores de valor para os clientes, verificando o desempenho dos seus processos e almejando aperfeiçoá-los continuamente. Segundo Gonçalves “A gestão por processos é um perspectiva da Administração que faz os processos e áreas funcionais interagir, afinal os processos são atividades coordenadas que envolvem pessoas, procedimentos e tecnologia”. 14 Processo: conjunto organizado de atividades que tem sequência e apresentam relação racional entre si, com o objetivo de atender e, principalmente, suprir as necessidades e as expectativas dos clientes sejam eles externos ou internos da organização. Organização: é uma combinação de esforços individuais que tem por finalidade realizar propósitos coletivos. Por meio de uma organização torna-se possível perseguir e alcançar objectivos que seriam inatingível para uma pessoa. As transformações na economia mundial afetam todos os ambientes da sociedade, e um planejamento estratégico dos processos do dia a dia para uma melhor gestão dessa nova globalização econômica se torna fundamental. https://unichristus.edu.br/noticias/importancia-dos-processos-gerenciais-no-dia-dia/ Nosso mundo é um mundo de organizações (ETZIONI, 1980). Nascemos, vivemos e morremos em organizações. Isso implica em dizer que, de uma forma de outra, praticamos e sofremos as ações gerenciais, uma vez que as organizações são o locus da administração. Mas o que faz a administração funcionar é o processo gerencial. http://www.ifam.edu.br/cms/images/stories/arquivos/planej_estrategico/processo_gerenci al.pdfhttps://unichristus.edu.br/noticias/importancia-dos-processos-gerenciais-no-dia-dia/ http://www.ifam.edu.br/cms/images/stories/arquivos/planej_estrategico/processo_gerencial.pdf http://www.ifam.edu.br/cms/images/stories/arquivos/planej_estrategico/processo_gerencial.pdf 15 1) Uma organização formal, também conhecida como tradicional, compõe-se de camadas hierárquicas, enfatizando: a) o meio ambiente. b) os funcionários. c) funções e tarefas . d) os processos. e) nenhuma das alternativas. 2) O mapa de relacionamento de uma organização mostra o caminho percorrido pelos seus: a) processos-chave. b) gerentes. c) retornos (“feedback”). d) executores. e) nenhuma das alternativas. 3) O fluxo de um processo, desenhado através de um fluxograma deve retratar com clareza na organização, as relações entre: a) os clientes e fornecedores. b) entre os funcionários e chefias. c) os produtos e serviços. d) as áreas funcionais. e) nenhuma das alternativas. 4) Quem diz que o produto ou serviço de uma organização tem qualidade não é a própria organização, mas seus: a) diretores. b) clientes. c) processos. d) departamentos. e) nenhuma das alternativas. 5) Os processos gerenciais numa organição tem foco a) na estrutura. b) no capital. c) nos Clientes. d) nas máquinas. e) nenhuma das alternativas. 16 6) Qual o indicador que representa o resultado da relação entre as saídas de um trabalho e os recursos utilizados? a) Produtividade. b) Qualidade. c) Capacidade. d) Inconformidade e) Nenhuma das alternativas. 7) A organização é um sistema de processamento que transforma em saídas de produtos ou serviços para oferecer aos seus . a) entradas de insumos / receptores, clientes. b) capital / gerentes. c) recursos humanos / eleitores. d) entradas de recuros / eleitores. e) eleitores/ entrada de recursos 8) A organização moderna, formada por profissionais capacitados e motivados, trabalhará: a) com processo, pois esta é uma ferramenta que todos conhecem. b) através de processos e com pessoas sem chefia. c) por processo, pois este é o formato ou a configuração da organização que trabalha a partir do espírito de equipe e de forma horizantalizada. Compartilhar a informação é a uma das formas fácil de temos para produzirmos com bons resultados. d) com equipamento de última geração, bem remunerados. e) Bem remunerado e de acordo com Administração clássica. 17 VISÃO PROCESSUAL DA ORGANIZAÇÃO UNIDADE 02 18 2.1 INTRODUÇÃO As organizações que realizam e executam suas metas e objetivos de maneira geral são as que desenvolvem processos internos e externos bem claros, se esforçam por estar em sintonia com as necessidades de mudança organizacional e se adaptam rapidamente a novos modelos, a maioria das vezes possuem uma ótima estrutura de tecnologia da informação ligada ao seu processo de negócio. Na maior parte das empresas há dificuldade de ligar os seus processos de negócio a tecnologia de informação, gerar uma solução tecnológica razoável que produza valor ao seu negócio permitindo a empresa, ter flexibilidade de ações para acompanhar as constantes transformações nos processos e nas informações. Sendo assim, a execução do Business Process Management (BPM) possibilita identificar os processos organizacionais da empresa, procurando a integração funcional e propiciando maior rapidez nas atividades que envolvem pessoas, tarefas, máquinas aplicações de software e outros componentes preparados para alcançar os objetivos do negócio. 2.2 BUSINESS PROCESS MANAGEMENT – BPM O Gerenciamento de processos de negócio, ou melhor, business process management, mais conhecido como (BPM) “são aqueles processos que caracterizam a atuação da empresa e que são apoiados por outros processos internos, resultando no produto ou serviço que é recebido por um cliente” (GONÇALVES, 2000, p. 10). De acordo com Dreyfuss (1996 apud GONÇALVES, 2000), a sua relevância pode ser entendida pelo fato de que os processos de negócio estão interligados ao cerne fundamental do funcionamento da organização. Oliveira (2010) nos diz que “Business Process Management (BPM) configura- se em um método de gestão para gerenciar processos empresariais, onde conta com o auxílio de ferramentas tecnológicas”. Em sua maior parte, o desempenho de uma organização é dependente do quanto ela consegue gerenciar seus processos de negócio, desse modo, as organizações enfatizam a gestão de processos de negócio (BPM), que se resume numa técnica de gerenciamento com métodos e ferramentas para incentivar o projeto, analisar, implementar e sobretudo melhorar os processos de negócio dentro da organização. (RAINER JR; CEGIELSKI, 2012, p. 35) 19 Elucida-nos Hurwitz et al (2009) que atualmente o que denominamos como BPM nada mais é que o resultado de uma adaptação do mundo ocidental das melhores práticas de gerenciamento que evoluíram inicialmente da experiência japonesa, cujo termo mais apropriado é o KAIZEN. O conceito de BPM segundo CRUZ (2008 pg. 66) é a designação dada a um conjunto de vários elementos, conceitos e metodologias que unidos tem o objetivo de tratar de forma integral todos processos de negócio dentro da empresa. Conforme Gonçalves (2000), Os processos de negócio, têm duas características relevantes; primeira característica é a interfuncionalidade: A segunda característica relevante dos processos de negócio, como nos afirma Davenport e Short (1990 apud GONÇALVES, 2000, p. 13) “é o fato de que eles têm clientes.” Para Gonçalves (2000, p. 13) “o conceito de processo empresarial associa- se à ideia de cadeia de valor, com a definição de fluxos de valor: uma coleção de atividades que envolvem a empresa de ponta a ponta com o propósito de entregar um resultado a um cliente ou usuário final.” Mesmo que alguns processos sejam inteiramente realizados no seio de uma unidade funcional, a maior parte dos processos principais das empresas, sobretudo os processos de negócio rompem as dimensões das áreas funcionais, por este motivo, são denominados como processos transversais, transorganizacionais, interfuncionais ou interdepartamentais. (GONÇALVES, 2000) As tarefas de BPM tem o intuito de tornar os processos de negócio mais eficazes, eficientes e sobretudo em condições de se adaptarem a dinâmica das plataformas estabelecidas para o trabalho. (XPAND IT, 2009) Diz nos Hurwitz et al (2009) que Considerando a vultuosa gama de processos de negócio para gerir, a melhor alternativa para as empresas é o gerenciamento de processo de negócio ou melhor BPM; sendo que BPM é um sistema moderno que visa desenvolver e gerenciar processos de negócio. Por volta de 1967 foi o advento da terminologia modelagem de processo de negócio, surgido de um artigo publicado numa revista americana, a partir daí veio ganhando valor e várias linguagens. Estas linguagens possibilitam reconhecer características organizacionais do processo, os recursos usados, os dados produzidos, a função a que o processo pertence e diversos outros elementos basilares para o desdobramento do sistema de informação. (GEORGES, 2010) 20 Desse modo Business Process Management ou (BPM) apresenta-se, como um método de gestão que se propõe a gerenciar processos, com o qual a organização ainda se serve do auxílio de ferramentas tecnológicas. (OLIVEIRA, 2007) É pois, um conceito que faz parte da gestão de processos, a agregando e entregando valor para o cliente e também para os sistemas de informação. O site Imasters (2010) demonstra uma figura do ciclo do BPM, assim como suas definições: Figura ciclo BPM 2.3 SISTEMAS DE INFORMAÇÃO – SI O recurso humano, é o recurso mais valioso e importante daorganização, e quando este interage com os aspectos tecnológicos, surgem assim os sistemas de informações. proporcionando agilidade, efetividade e inteligência ao produzir bens e serviços, os sistemas de informação são gde suma importância e ajudam demasiadamente as organizações, porque são as ferramentas que permitem a execução das principais tarefas da organização; não só oordenam mas também integram processos inteiros, do principio ao fim. Consideranto isto, Laudon e Laudon (2007, p. 9) diz que o conceito de sistema de informação (SI) pode ser entendido como: 21 Organizações Tecnologia Sistemas de informação Pessoas um conjunto de componentes interrelacionados que coletam (ou recuperam), processam,armazenam e distribuem informações destinadas a apoiar a tomada de decisões, a coordenação e o controle de uma organização. Além de dar apoio à tomada de decisões, à coordenação e ao controle, esses sistemas também auxiliam os gerentes e trabalhadores a analisar problemas, visualizar assuntos complexos e criar novos produtos. (LAUDON E LAUDON, 2007, P.9) Segundo O’Brien (2004, p. 6) “sistema de informação é um conjunto organizado de pessoas, hardware, software, redes de comunicações e recursos de dados que coleta transforma e dissemina informações em uma organização”. Laudon e Laudon (2007, p. 9) afirma que Os sistemas de informações contêm informações sobre pessoas, locais, itens significativos para a organização ou para o ambiente que a cerca. No caso, informação quer dizer dados apresentados em uma forma significativa e útil para os seres humanos. Dados, ao contrário, são sequencias de fatos brutos que representam eventos que ocorrem nas organizações ou no ambiente físico, antes de terem sido organizados e arranjados de uma forma que as pessoas possam entendê-los e usá-los. (LAUDON E LAUDON, 2007, p. 9) A figura apresenta as dimensões dos sistemas de informação: Fonte: LAUDON & LAUDON, 2007 . 22 Rainer Jr. E Cegielski (2012, p. 79) esclarecem que a informação é um dado organizado para ter sentido e valor para outro agente, “afinal, conhecimento consiste de dados e/ou das informações que foram organizadas e processadas e que carregam um entendimento, experiência, conhecimento acumulado ou opinião como se aplicam a um problema de negócios atual.” Desse modo Laudon e Laudon, (2007, p.9) elucida-nos que um exemplo comparando informação e dado nos pode ser bem útil. As caixas dos supermercados registram milhões de dados, tais como códigos de barras que descrevem cada produto. Esses dados podem ser somados e analisados, afim de fornecer informações significativas, como o número total de detergentes vendidos em determinada loja, as marcas que estão sendo vendidas mais rapidamente ou a quantidade total gasta naquela marca de detergente naquela loja ou região de vendas. (LAUDON E LAUDON, 2007, p. 9) Stewart (1998, p. 17) diz que atualmente “é difícil encontrar um único setor, empresa ou organização de qualquer espécie que não tenha passado a fazer uso intensivo da informação – que não tenha se tornado dependente do conhecimento, e da tecnologia da informação, como instrumento gerencial.” Não há dúvidas sobre a relevância de uma informação clara e objetiva para a tomada de decisão numa organização, para tanto Oliveira (2001, p. 83), diz que “parece claro para todo executivo, que não adianta a empresa ter um processo administrativo adequado, se faltar um sistema de gestão de informações gerenciais que alimente este processo decisório, bem como o desenvolvimento, a implementação e a avaliação das decisões e ações posteriores.” Conforme Oliveira (2002) é possível afirmar que os sistemas de informações gerenciais, considerando algumas condições, promovem a melhoria na tomada de decisões, permitindo o alcance de certas informações de maneira mais rápida e objetiva. Pereira e Fonseca (1997, p.241) nos diz que “Os sistemas de informação são mecanismos de apoio à gestão, desenvolvidos com base na tecnologia da informação e como suporte da informática para atuar como condutores das informações que visam facilitar, agilizar e otimizar o processo decisório nas organizações”. Considerendo o que foi exposto, entendemos que os sistemas de informação desempenham papel primordial na gestão de processos, e de maneira geral estes utilizam as redes de computadores, sendo que o fluxo não é facilmente observado, circunstância que não fazia parte da rotina do passado. 23 2.4 GESTÃO POR PROCESSOS VS GESTÃO FUNCIONAL Para esclarecer teoricamente o porque escolhemos a abordagem por processos ao invés da abordagem funcional, que é também conhecida como tradicional, é preciso realizar comparações levando-se em conta diversas características das organizações á respeito da gestão por processos e a gestão funcional. Como foi demonstrado anteriormente, a gestão por processos tem o objetivo de gerenciar a organização a partir de seus processos que geram valor, que a mais das vezes envolvem mais de uma área funcional na organização, observando-os, controlando-os e estimando o desempenho destes. A seu turno, a gestão funcional controla a organização a partir das diversas áreas funcionais, que tão somente contribuem para uma parte de um processo de geração de valor. O foco prioritário são os departamentos, e desse modo que é monitorado, controlado e estimado o desempenho da organizaçãoç estima-se isoladamente, por exemplo, o desempenho do departamento de compras. e do departamento de estoques, sendo que os dois departamentos estão relacionadoss no processo de fiscalização, como exemplo. Observando tais considerações sobre os dois modelos de gestão, a comparação entre eles segue a partir de vários aspectos de uma organização, como é demonstrado por (DE SORDI 2012). Quadro - Comparação Gestão Funcional e Gestão por Processos ASPECTO GESTÃO FUNCIONAL GESTÃO POR PROCESSOS Alocação dos Colaboradores Alocados em departamentos Funcionais. Alocados em equipes multifuncionais voltadas para os processos de negócio. Grau de Autonomia Colaboradores desempenham atividades conforme decisões tomadas pelos superiores hierárquicos (gerentes). Colaboradores têm autonomia para tomar decisões relativas aos processos e assumem responsabilidade por eles. Avaliação do Desempenho Por Departamento Por Processo Cadeia de Comando Colaborador trabalha sob rígida supervisão “Dono do Processo” negocia e exerce influência para realização do 24 hierárquica. processo. Competências dos Colaboradores Necessárias à execução de tarefas relacionadas à função desempenhada. Multifuncionais e necessárias para realização de tarefas ao longo de todo o processo. Estrutura Organizacional Hierárquica com a divisão em departamentos. Hierarquia reduzida com equipes multifuncionais voltadas para processos. Natureza do Trabalho Repetitivo com escopo reduzido no que se refere ao que se faz. Diversificado podendo desempenhar diversas atividades ao longo do processo, tanto de natureza operacional como de coordenação. Organização do Trabalho Trabalho organizado em torno de departamentos funcionais que operam isoladamente dos demais. Trabalho organizado em torno de processos multifuncionais. Fonte: Adaptado de De Sordi (2012) Conforme (OLIVEIRA, 2002) é possível afirmar que os sistemas de informações gerenciais, considerando algumas condições, promovem a melhoria na tomada de decisões, permitindo o alcance de certas informações de maneira mais rápida e objetiva. Para aqueles que buscam excelência na empresa ou em seu negócio, quais seriam os 6 Passos para implementar uma administração estratégica Com BPM https://www.venki.com.br/blog/administracao-estrategica/https://www.venki.com.br/blog/administracao-estrategica/ 25 Tecnologia de Informação: é uma área que utiliza a computação como um meio para produzir, transmitir, armazenar, aceder e usar diversas informações. KAIZEN: é uma palavra de origem japonesa que significa mudança para melhor. “Gerenciar não é apenas pensamento passivo e adaptativo; é tomar providências para que ocorram os resultados desejados.” Peter Drucker Modelagem de Processos de Negócios: roteiro para realização de projetos de modelagem de processos de negócios. https://plataforma.bvirtual.com.br/Acervo/Publicacao/159980 26 1) A organização (e o profissional) que percebe a dinâmica do mundo, que percebe o processo da vida, sabe que, para ser capaz de competir, tem que trabalhar com: a) eficiência e eficácia. b) processos e com motivação. c) resolução, lei e portarias. d) clientes, profissionais e foco no servidor. e) público alvo e marketing. 2) Concorrência, custos, tecnologia, informações e produtividade, são variáveis que: a) colocam o processo na dependencia dos eventos do ambiente em que vivemos. b) indicam o nível da qualidade da organização e do profissional. c) se não gerenciadas com eficiência e eficácia, colocam em risco a organização. d) indicam o nível de capacidade e produtividade do trabalhador/executor. e) Nenhuma das alternativas. 3) O BPM é: a) ferramenta da Gestão da Qualidade. b) um método de gestão para gerenciar processos empresariais. c) planejamento da cúpula da empresa. d) indispensável para a Departamentalização da organização. e) nenhuma das alternativas. 4) O sistema de informação tem por finalidade: a) promover a melhoria contínua. b) disseminar a informação na empresa facilitando os processos. c) arquivar informações confidenciais. d) gerar um novo produto de acordo com as necessidades do mercado. e) nenhuma das alternativas. 5) Segundo a Gestão Funcional assinale a alternativa CORRETA. a) Alocados em equipes multifuncionais, voltadas para os processos de negócio. b) Por Processo. c) Trabalho organizado em torno de processos multifuncionais. d) Hierárquica com a divisão, em departamentos. e) Nenhuma das alternativas. 6) Segundo a Gestão por Processos assinale a alternativa Correta. a) Por Departamento. b) Repetitivo com escopo reduzido no que se refere ao que se faz. c) Hierarquia reduzida com equipes, multifuncionais voltadas para processos. d) Trabalho organizado em torno de departamentos funcionais que operam isoladamente dos demais. e) Nenhuma das alternativas. 27 7) Assinale a característica relevante do processo de negócio: a) auxiliar o sistema de informação. b) interfuncionalidade. c) ligado a Gestão por estrutura. d) produzir demandas para os gerentes. e) nenhuma das alternativas. 8) Identificar problemas, causas e soluções é uma das formas: a) de treinar pessoal e modificar procedimentos. b) de identificar os autos, conforme orientação dos advogados. c) de priorizar as soluções e os procedimentos. d) que o gerente tem para analisar e melhorar um processo atual. e) nenhuma das alternativas. 28 DEPARTAMENTALIZAÇÃO UNIDADE 03 29 3.1 INTRODUÇÃO A departamentalização é proveniente de um estudo realizado pela administração da empresa, que considera as várias especialidades e as inúmeras atividades ou funções, é em resumo a divisão do trabalho pautada na capacidade específica de cada pessoa ou agrupamento de pessoas. Ela objetiva separar as atividades de uma empresa segundo a natureza de cada uma, almejando maior eficiência. Desse modo Departamentalização é um imperativo para a empresa crescer, considerando que o objetivo primordial é a de propiciar meios para o crescimento e desenvolvimento racional das áreas, não permitindo que elas se tornem complexas. (ROCHA, 1987) De acordo com Oliveira (1997) departamentalização é uma comunidade segundo critério particular de homogeneidade das tarefas correlatas, sejam elas de (humanos, financeiros, materiais ou equipamentos) reunidas em unidades organizadas. Diz-nos Cury (2000), que o processo de departamentalização envolve dois panoramas diferentes, apesar de serem complementares, do geral para o particular, o processo se refere, a mais das vezes, à divisão do trabalho, de acordo com as especializações presentes e do particular para o geral, como se fosse algo semelhante a uma comunidade de atividades homogêneas. Considerando as duas perspectivas, pode-se conceituar a departamentalização como o processo de institucionalização de unidades organizacionais, sejam elas departamentos, divisões, seções ou outras, ainda que estejam em trabalhos de reorganização através da divisão do trabalho geral em funções correlatas, desde que as principais ou seja, as mais especializadas, sejam um agrupamento de atividades homogêneas. (CURY, 2000, p, 183) Para Araújo (2001), departamentalização é uma forma estruturada de reunir atividades em porções organizacionais, estabelecidas segundo um certo critério, objetivando à melhor adequação da estrutura organizacional tornando-a mais dinâmica e ágil. Araújo (2001) elenca os principais objetivos da departamentalização nas operações: • aproveitar a especialização, isto é, saber tirar partido da qualificação das pessoas, aumentando a eficiência de cada um, em proveito das pessoas e da própria organização; • maximizar os recursos disponíveis. A estruturação de unidades constitutivas da organização ou sua reestruturação obedece a vários recursos existentes. A 30 maximização desses recursos ocorre justamente no momento do agrupamento ou reajustamento das atividades da organização; • controlar: A departamentalização que não for bem conduzida poderá resultar em dificuldades á medida que não haja clara delimitação de responsabilidades. • coordenar: Quanto maior for o grau de coordenação em uma organização, mais serão integrados os esforços individuais durante a execução evitando ajustes posteriores; • descentralizar: A descentralização resulta dos procedimentos relacionados à delegação da responsabilidade e da autoridade. Até mesmo se confundem, pois o ato de delegar implica descentralizar; • integrar ambiente e organização: Departamentalização planejada e executada numa perspectiva fechada, ou seja, alcançar apenas objetivos internos. Modernamente, a teoria das organizações sugere a integração ambiental. Isto é, na formulação e reformulação da estrutura organizacional. Muitas turbulências internas têm como causa imediata as alterações advindas do ambiente; • reduzir conflitos: Os conflitos existem, devem ser minimizados, pois raramente são eliminados. Há quem diga que uma organização em conflito é uma organização que pulsa, vive. Pode ser um exagero, mas a afirmação é correta à medida que o conflito é entendido como a busca da eficiência e da eficácia, e não a luta pelo poder pessoal, sem que isso traga benefícios à organização. Oliveira (1997) ressalta algumas maneiras da empresa departamentalizar as suas atividades. As principais são: Departamentalização por quantidade; Departamentalização funcional; Departamentalização territorial (ou por localização geográfica); Departamentalização por produtos ou serviços; Departamentalização por clientes; Departamentalização por processo; Departamentalização por projeto; Departamentalização matricial; Departamentalização mista. 3.2 DEPARTAMENTALIZAÇÃO POR QUANTIDADE Ainda segundo Oliveira (1997), para uma empresa se organizar neste tipo de departamentalização, devereunir um dado número de pessoas com baixa qualificação 31 técnica, que, se submeta à executar tarefas sob ordens de um superior, sem questionar. Todavia sua utilidade tem diminuído sobretudo devido as seguintes circunstâncias: desenvolvimento dos recursos humanos; os trabalhos de equipe especializada são mais eficazes que os baseados em números de pessoas; não serve para os níveis intermediários e mais elevados da empresa. E mesmo para níveis mais baixos da hierarquia empresarial a sua validade se restringe a determinados setores do processo produtivo. Figura: Departamentalização por quantidade. Fonte: Oliveira (1997, p, 106) De acordo com Cruz (1998), esta qualidade de departamentalização é bem rara de ser utilizada, porque não há outra função que a de simplesmente dividir a organização pela quantidade de trabalhadores que há, cada porção num grupo, como apenas o exército e outras poucas entidades que se servem deste tipo de estrutura. 32 3.3 DEPARTAMENTALIZAÇÃO FUNCIONAL Nesta departamentalização, as atividades são reunidas segundo as funções da empresa. É considerado o conceito de departamentalização mais utilizado pelas empresas. Para uma melhor visualização, observe a figura abaixo: Figura : Departamentalização funcional Fonte: Oliveira (1997, p, 106). De acordo com Oliveira (1997), na figura acima a departamentalização funcional demonstrada leva em conta as quatro áreas funcionais clássicas da empresa. Todavia, tal qualidade de departamentalização poder ser também realizada considerando as funções de administração, neste sentido a empresa pode ficar com as seguintes unidades organizacionais: gerência de planejamento, gerência de organização e gerência de controle. É possível também ser departamentalizada por área de conhecimento, deixando a empresa, com as seguintes unidades: gerência hidráulica, gerência de elétrica; gerência de eletrônica e gerência de mecânica. Ainda segundo o Oliveira (1997), As vantagens deste tipo de departamentalização são: • maior estabilidade, sendo que esta situação está relacionada em termos relativos a outros tipos de departamentalização, tais como de projetos, etc; • maior segurança, tanto na execução das tarefas, como no relacionamento de colegas, pois cada funcionário tem maior facilidade de saber sobre a sua área de atuação; Diretoria Geral Gerência de Produção Gerência Financeira Gerência de Marketing Gerência de RH 33 • especialização do trabalho, este aspecto é vantagem quando se consideram a estabilidade e as definições claras e precisas das tarefas; • maior concentração e uso de recursos especializados, pois estes estão alocados em unidades organizacionais específicas; • orienta pessoas para uma específica atividade, concentrando sua competência de maneira eficaz; • aconselhada para empresas que tenham poucas linhas de produtos ou serviços e que permaneçam inalterados por longo tempo. E as desvantagens são: • inseguranças de pessoas, relacionado á situação da empresa com grande crescimento e consequente aumento de complexidade; • especialização do trabalho, este aspecto aparece como desvantagem quando cada chefe funcional estabelece que a sua função é a mais importante da empresa; • a responsabilidade pelo desempenho total está somente na cúpula, já que cada gerente fiscaliza apenas uma função estreita; • a comunicação é geralmente deficiente, pois as decisões são normalmente centralizadas nos níveis elevados da empresa; • baixa adaptabilidade, relacionada ao possível estabelecimento de “feudos” de especialização dentro da empresa. Este tipo de departamentalização é mais utilizado em empresas ou áreas cujas atividades sejam muito repetitivas e altamente especializadas. 3.4 DEPARTAMENTALIZAÇÃO TERRITORIAL OU POR LOCALIZAÇÃO GEOGRÁFICA Normalmente é utilizada em empresas territorialmente dispersas, funda-se na priemissa de que todas as tarefas que são executadas em determinado território devem ser reunidas e postas sob as ordens de um administrador. (OLIVEIRA, 1997) 34 Figura: Departamentalização territorial Fonte: Oliveira (1997, p, 109). Oliveira (1997), a sua utilidade prende-se as seguintes características: obter vantagens econômicas de determinadas operações locais; possibilidades de maior treinamento de pessoal pela atuação direta no território considerado; possibilidades de uma ação mais imediata em determinada região; maior facilidade de conhecer os fatores e problemas locais por ocasião da decisão. As desvantagens básicas, segundo o mesmo autor são: duplicação de instalações e de pessoal, se não houver um planejamento muito efetivo; a preocupação estritamente concentra-se mais nos aspectos mercadológicos e de produção e quase não requer especialização, as outras áreas da empresa torna-se secundárias. Tal gênero de departamentalização busca adequar-se a estrutura e a distribuição espacial dos mercados, gerando representações da matriz em cada local onde a empresa estenda suas atividades. Este gênero de departamentalização pode ser importante para demarcar a presença, por motivos estratégicos, ou ainda para impor leis que resguardam os consumidores, todavia ela pode vir a elevar os custos significativamente. (CRUZ, 1998) 35 3.5 DEPARTAMENTALIZAÇÃO POR PRODUTOS E SERVIÇOS Neste caso, Oliveira (1997) nos esclarece que o agrupamento é realizado segundo as tarefas inerentes a cada um dos produtos ou serviços expostos pela empresa. A figura abaixo demonstra uma parte representativa da departamentalização por produtos de uma organização. Figura: Departamentalização por produtos (ou serviços). Fonte: Oliveira (1997, p, 110.) Segundo Oliveira (1997), as principais vantagens de tal departamentalização são: • facilita a coordenação dos resultados esperados por cada grupo de produtos, pois cada um funciona como unidade estratégica de negócio; • propicia a alocação de capital especializado para cada um dos grupos de produtos; • facilita a utilização máxima da capacitação dos recursos, inclusive humanos, através do seu conhecimento especializado; • permite maior flexibilidade, pois as unidades de produção podem ser maiores ou menores, conforme as condições mudem, sem interferir na estrutura organizacional; • o enfoque da empresa é predominantemente sobre os produtos e serviços e não sobre a estrutura organizacional interna. Portanto apresenta maior versatilidade e flexibilidade. E suas principais desvantagens são: • pode ser de coordenação mais difícil; DIRETORIA GERAL GERÊNCIA DA DIVISÃO TÊXTIL GERÊNCIA DA DIVISÃO FARMACÊUTICA GERÊNCIA DA DIVISÃO QUÍMICA 36 • pode propiciar o aumento dos custos pelas duplicidades de atividades nos vários grupos de produtos; • pode criar uma situação em que os gerentes de produtos se tornem muito poderosos, o que pode desestabiliza a estrutura da empresa. Cruz (1998) ressalta que neste gênero de estrutura, a empresa é dividida em função dos produtos que produz, ou dos serviços que dispõe ao público, o autor cita cita como exemplo desse gênero de estrutura a Philips que tem inúmeras divisões, não só por produto, como também pelo tipo de mercado que atua. 3.5.1 Departamentalização por Clientes ou por Fregueses Neste caso, as tarefas são reunidas segundo as diversas necessidades dos clientes Figura: Departamentalização por clientes (ou por fregueses) Fonte: Oliveira (1997, p, 112) Conforme Oliveira (1997), as principais vantagens deste gênero de departamentalição são: • propiciar para a empresa uma situação favorável para tirarproveito das condições de grupos de clientes bem definidos; • assegurar reconhecimento e atendimento contínuo e rápido aos diferentes tipos de classe de clientes. E suas principais desvantagens são: • podem existir dificuldades de coordenação entre este tipo de departamentalização e outros tipos, devido ao gerente dos departamentos por clientes exigir, em boa parte das vezes, um tratamento especial; • provoca a utilização inadequada de recursos humanos e de equipamentos em termos de grupos de clientes. Seção Perfumaria Seção Lingerie Seção Modas Seção Brinquedos Seção Roupas Inf. Seção Roupas Masc. Seção Calçados ÁREA COMERCIAL Departamento Infantil Departamento Masculino Departamento Feminino 37 Segundo Cruz (1998), tal divisão intenta concentrar esforços e especializar os funcionários ao atendimento a determinado tipo de cliente, tal determinalção pode ter vantagens e desvantagens, uma das vantagens é o foco, que fica mais especificado, e como desvantagem o autor esclarece que em alguns casos, certas divisões podem estar em desacordo com os costumes da sociedade, sobretudo porque atualmente, não é correto discriminar quaisquer grupo. 3.5.2 Departamentalização por Processo Nos elucida Oliveira (1997) que as tarefas neste caso são reunidas, segundo as etapas de um processo, basicamente é empregada em estabelecimentos industriais, principalmente em níveis hierárquicos mais baixos da organização. Figura : Departamentalização por Processos Seção Prepar ação Seção Corte Seção Estam paria Seção pré- montagem Seção montagem Fonte: Oliveira (1997, p, 113). Diz-nos Oliveira (1997) que as principais vantagens deste gênero de departamentalização são: maior especialização de recursos alocados; possibilidade de comunicação mais rápida de informações técnicas. Por outro lado, as principais desvantagens são: possibilidade de perda da visão global do andamento do processo; flexibilidade restrita para ajustes no processo. Comumente, as organizações que se servem deste gênero de departamentalização esforçam-se por reunir em unidades organizacionais os recursos indispensáveis a cada etapa de um processo produtivo, produzindo melhor coordenação e avaliação de cada uma das suas partes e tembém do processo como um todo. (OLIVEIRA, 1997) Diretoria 38 Conforme Cruz (1998), esse gênero de departamentalização é muito usado por indústrias, porque, na prática, divide a fabricação do produto em função das operações que os funcionários terão que realizar para produzi-lo. 3.5.3 Departamentalização por Projetos Na organização da departamentalização por projetos, as tarefas e as pessoas recebem atribuições temporárias, O gestor de projeto é responsável pela efetivação de todo o projeto ou de uma parte dele, a departamentalização por projetos fundamenta- se na definição do projeto. Projeto é um trabalho, com tempo determinado para o início e fim, com produto final previsto antecipadamente, em que são designados e administrados os recursos, tudo sob a responsabilidade do gestor. (OLIVEIRA, 1997, p, 114). Conforme autor supracitado o organograma deste gênero de departamentalização é demonstrado segundo a figura abaixo: Figura: Departamentalização por projetos Fonte Oliveira (1997, p, 114:) Ainda conforme Oliveira (1997) as principais vantagens deste gênero de departamentalização são: • permite alto grau de responsabilidade do grupo de execução do projeto; • possibilita que os funcionários envolvidos tenham alto grau de conhecimento de todos os trabalhos inerentes ao projeto; • tem alto grau de versatilidade e adaptabilidade, aceitando novas idéias e técnicas durante o desenvolvimento dos trabalhos; • possibilita melhor atendimento ao cliente do projeto; • permite melhor cumprimento dos prazos e orçamentos. Sendo assim, as desvantagens são: ADMINISTRAÇÃO E FINANÇAS PROJETOS COMERCIAL PROJETO C PROJETO B PROJETO A 39 • se o coordenador do projeto não estiver cuidando adequadamente da parte administrativa, ou dando excessiva atenção à parte técnica, pode gerar uma situação de recursos ociosos ou mal empregados; • geralmente não apresenta um sistema adequado de comunicação e de tomada de decisão, principalmente porque cada grupo procura dedicar-se ao seu próprio projeto. Esta estrutura é excelente para organizações cujo negócio seja a especialização e realização de projetos, porque tem como vantagem primordial restringir a um agrupamento de especialistas a responsabilidade necessária efetivação de cada projeto. (CRUZ, 1998) 3.5.4 Departamentalização Matricial Ressalta Oliveira (1997), que neste caso tem-se a sobreposição de dois ou mais tipos de departamentalização sob a responsabilidade do mesmo gestor, geralmente, tal sobreposição diz respeito à fusão entre a estrutura funcional e estrutura por projetos. Considerando a evolução Teórica, a departamentalização matricial adveio porque as formas tradicionais de organizar não eram suficientemente eficazes para tratar atividades complexas, envolvendo várias áreas do conhecimento científico e com prazos estabelecido para sua efetivação. Desse modo as principais vantagens desta departamentalização conforme Oliveira (1997) são: possibilidade de maior aprimoramento técnico da sua equipe de trabalho; coordenação de equipe de forma mais adequada e coerente; maior desenvolvimento de pessoal; maior especialização nas atividades desenvolvidas; uso adequado dos vários recursos; maior cumprimento de prazos e do orçamento; melhor atendimento dos clientes do projeto. O autor já citado menciona também as principais desvantagens: dupla subordinação, gerando um clima de ambiguidade de papéis e relações; conflitos de interesse entre chefes funcionais e os chefes de projetos. 40 3.5.5 Departamentalização Mista Esclarece Oliveira (1997), que este é o gênero mais comum de se encontrar, considerando que cada fração da empresa deve apresentar a estrutura que mais se molde à sua realidade e necessidade organizacional. Na Figura abaixo é representado um organograma que demonstra a departamentalização mista, relacionando: Projetos, Funcional e Territorial. Figura: Departamentalização Mista Fonte: Oliveira (1997, p, 119) GERÊNCIA COMERCIAL REGIONAL SUL REGIONAL NORTE PROJETO C PROJETO B PROJETO A GERÊNCIA GERÊNCIA DE PROJETOS 41 Proveniente: que vem, que provém; originário, procedente, oriundo. Institucionalização: ato ou efeito de institucionalizar(-se), de transformar-se em instituição. Chiavenato (2004, p.170) define departamentalização como “um meio pelo qual se agrupam atividades por meio da especialização de órgãos a fim de se obter melhores resultados no conjunto”. Segundo Rebouças (2009), Departamentalização pode ser entendida como reuniões em unidades organizacionais executados segundo critérios específicos de tarefas e recursos, tais como humanos, financeiros, tecnológicos, materiais, dentre outros. Na atualidade as empresas enfrentam inúmeros desafios para integrarem no mercado e lançarem produtos que atendam as necessidades de um público volátil e inconstante. https://www.aedb.br/seget/arquivos/artigos08/469_Seget_Integracao_Final+.pdf A Teoria Geral da Administração é sempre a base segura para fundamentarmos o conhecimento da Administração. https://plataforma.bvirtual.com.br/Acervo/Publicacao/3996 42 1) O modelo de departamentalização que se vale das características das tarefas realizadas nos setorespara definir as partes componentes da estrutura organizacional, é conhecido por: a) Departamentalização matricial. b) Departamentalização por produto. c) Departamentalização funcional. d) Departamentalização regional. e) Nenhuma das alternativas. 2) O modelo de departamentalização estabelece como regra de composição das partes da estrutura de uma organização, as necessidades do nicho de mercado, é conhecido por: a) Departamentalização Mista. b) Departamentalização Processo. c) Departamentalização Funcional. d) Departamentalização por Cliente. e) Nenhuma das alternativas. 3) O modelo de departamentalização que estabelece mais de um critério para composição das partes da estrutura de uma organização, é conhecido por: a) Departamentalização Regional. b) Departamentalização Mista. c) Departamentalização Clássica. d) Departamentalização Funcional. e) Nenhuma das alternativas. 4) A departamentalização funcional é o agrupamento de atividades baseado no uso de habilidades, conhecimentos e recursos similares. O uso da estrutura funcional tem como vantagem a: a) decisão concentrada no topo. b) forte especialização de habilidades. c) responsabilidade parcial por problemas. d) resposta às mudanças externas. e) coordenação interdepartamental. 5) Assinale a opção que indica o tipo de departamentalização que tem como vantagem a maior especialização das pessoas e como desvantagem a pouca interação interdepartamental. a) Departamentalização por processo. b) Departamentalização por clientela. c) Departamentalização funcional. d) Departamentalização de base territorial. e) Departamentalização por produto. 43 6) Na departamentalização por produtos ou serviços, o agrupamento é feito de acordo com as atividades inerentes a cada um dos produtos ou serviços da empresa. Com relação à departamentalização por produtos ou serviços, pode-se afirmar que: I.facilita a coordenação dos resultados esperados de cada grupo de produtos ou serviços, pois cada um desses grupos funciona como uma unidade de resultados. II.propicia maior facilidade para a coordenação interdepartamental. III.apresenta maiores versatilidade e flexibilidade. Estão CORRETAS as afirmativas: a) I e II, apenas. b) I e III, apenas. c) II e III, apenas. d) I, II e III. e) nenhuma das alternativas. 7) A departamentalização funcional é o agrupamento de acordo com as funções da empresa. Com relação à departamentalização funcional, pode-se afirmar que: I. deve ser utilizada em empresas ou áreas das empresas cujas atividades sejam bastante repetitivas e altamente especializadas. II. orienta as pessoas para uma atividade específica, concentrando sua competência de maneira mais eficaz. III. favorece a comunicação entre as áreas. Estão CORRETAS as afirmativas: a) I e II, apenas. b) I e III, apenas. c) II e III, apenas. d) I, II e III. e) nenhuma das alternativas. 8) A departamentalização que deve ser aplicada em atividades temporárias que exigem tecnologia sofisticada, pessoal especializado e reunião de recursos diferentes e estão focadas na entrega de uma encomenda específica é denominada departamentalização a) por processos. b) por projetos. c) geográfica. d) por clientela. e) funcional. 44 ORGANIZAÇÃO, SISTEMAS E MÉTODOS UNIDADE 04 45 4.1 INTRODUÇÃO A Organização, Sistemas e Métodos (OSM) pode ser entendida como uma das funções da administração que tem a responsabilidade pela modelagem da organização, cabendo-lhe propiciar melhorias aos setores, acompanhar o processo, auxiliar com sugestões, observar e propor mudanças servindo-se de técnicas e materiais adequado para o alcance dos objetivos. (CURY 2012) Oliveira (2013) nos orienta dizendo que a OSM tem como atribuição dar suporte a todos os processos de uma organização, objetivando reduzir custos e tempo para a realização de uma tarefa, além de estruturar e adequar os processos. Pizza (2012) esclarece que OSM é uma área clássica da administração que trabalha com o respaldo de inúmeras técnicas, e tem como sentido primordial aprimorar o funcionamento das empresas e suas tarefas. Bittencourt et all (2011) conceitua OSM como “uma técnica a ser utilizada para produzir determinado produto ou serviço”. Tudo que foi dito faz menção a de Chinelato (2010) que atribui à OSM a “finalidade de estruturar, organizar, integrar e coordenar atividades a serem realizadas pelas organizações”. Conforme ainda aos autores mencionados acima Cury (2012) diz que a função central da OSM visa como objetivo fundamental a renovação da organização através do manuseio da empresa como se fosse um sistema social aberto, em permanente concordância com as necessidades de seu ambiente, seja ele externo ou interno, desse modo realiza-se a modelagem da empresa, estabelecendo sua infraestrutura de funcionamento e definição, também a redefinição dos processos dentro da arganização. Dentre os objetivos da OSM mencionadas por Bittencourt et all (2011, p. 2), estão ainda as referidas abaixo: padronização de procedimentos; eliminação de atividades desnecessárias; otimização de processos e recursos; redução de custos; maximização de resultados; racionalização na distribuição de tarefas; elaboração de manuais e formulários; melhor distribuição do espaço através da otimização do layout. 46 4.2 ESTRUTURA ORGANIZACIONAL É preciso alinhar a estrutura organizacional segundo os objetivos e estratégias determinadas, ou seja, sendo ela uma ferramenta essencial para alcançar as pretensões e resultados esperados pela organização. (OLIVEIRA, 2000). Galbraith (1977) conceitua organização como agrupamento de pessoas com o objetivo de efetivar algum propósito em comum através da divisão do trabalho, para organizar o trabalho é indispensável formar uma rede de relações entre indivíduos ou grupos de indivíduos, de modo que suas tarefas sejam coordenados e estejam em sintonia com o resultado final, num ambiente coordenado denominado enquanto estrutura organizacional. A estrutura organizacional pode ser também entendida como a soma total das formas em que ela divide o trabalho em atividades diferentes e alcança a coordenação entre elas. Mintzberg (1979) elenca cinco componentes elementares da estrutura para explicar como as organizações coordenam seu trabalho: ajustamento mútuo: permite a coordenação do trabalho pelo processo simples de comunicação informal; supervisão direta: permite a coordenação ter um indivíduo com responsabilidade pelo trabalho de outros; padronização do processo de trabalho: o processo é padronizado quando o conteúdo do mesmo é especificado, ou programado; padronização das saídas: as saídas são padronizadas quando os resultados do trabalho, por exemplo, as dimensões do produto ou desempenho, são especificadas; padronização das habilidades: habilidades (e conhecimento) são padronizadas quando um tipo de treinamento requerido para executar um trabalho é especificado. Segundo Mintzberg (1979), de acordo que o trabalho organizacional fica mais complexo, a fmaneira de coordenação estabelecida parece modificar do ajustamento comum para supervisão direta, e desta para a padronização, preferivelmente do processo de trabalho, em outras oportunidades de saídas ou habilidades, e por fim retornando ao ajustamento comum. As organizações mais complexas, apesar de usar todos os mecanismos, terminam por focar em um deles com maior ênfase, desse modo o autor assevera que a organização é composta por cinco partes: 1. núcleo operacional: os operadores executam as quatro funções básicas, que são: assegurar as entradas para produção, transformar as entradas em saídas,47 distribuir as saídas e prover o suporte direto para estas atividades básicas; 2. linha de média: gerência intermediária que liga o núcleo operacional ao ápice estratégico, envolvendo desde os gerentes seniores até os supervisores de primeira linha; 3. ápice estratégico: composto pela alta cúpula da organização; 4. tecnoestrutura: engloba as pessoas que auxiliam o trabalho das outras, através de padronização e técnicas; 5. Staff de suporte: é o trabalho que está fora do fluxo operacional de trabalho, mas dá suporte à sua execução. Esta função geralmente é esquecida, ou colocada junto com a tecnoestrutura. A estrutura organizacional é o fruto das decisões de divisão e coordenação das tarefas, e determina não apenas as atribuições específicas, mas também a maneira como devem estar relacionadas aos diversos grupos especializados, denominados departamentos. (MAXIMIANO, 1986) É encarada também com um processo pelo qual a autoridade é distribuída, as tarefas são especificadas e um sistema de comunicação é determinado, possibilitando que as pessoas realizem as atividades e efetivem a autoridade que lhes cabe. (VASCONCELLOS, 1989) Os objetivos da organização e a maneira como estes são alcançados, formam um importante fator de influência para definir a estrutura administrativa e organizacional. (VASCONCELLOS, 1972) 4.3 MANUAIS Chinelato (1999, P. 86) Elucia que “Manual é um conjunto de normas, instruções e documentos sobre políticas, diretrizes e sistemáticas operacionais, entre outros”. Os manuais apresentam grandes vantagens, pois facilitam o trabalho dentro de uma organização. As autoras Guareschi e Freitas (2012) definem manual como: “um instrumento com objetivo de regulamentar uma instituição, um sistema ou uma atividade, de forma a guiar os agentes integrantes do processo, seja na condição de executores, clientes ou usuários”. Cury (2012, p.427) afirma a relevância dos manuais como “um documento elaborado dentro de uma empresa com a finalidade de uniformizar os procedimentos que devem ser observados nas diversas áreas de atividades”. D’ Ascenção (2001, p. 153), define da seguinte forma: 48 Manual de processo é o conjunto, ou a coleção sistemática dos procedimentos, instruções e orientações diretrizes que indicam, para os funcionários que direta ou indiretamente se relacionam com o processo, o que deve ser feito, como, onde, quando, quem deve fazer e por que é feito. (D’ ASCENÇÃO,2001, p. 153) Há atualmente, dentro das organizações ou empresas, inúmeros tipos de manuais que servem para esclarecer e documentar procedimentos técnicos e administrativos. D’ Ascenção (2001), estabelece três grupos principais que são os: manuais técnicos; manuais administrativos; manual de processos administrativos (normas e procedimentos dos processos administrativos) Manuais técnicos (manutenção, operacionalização, terminologia técnica, processo de produção etc.) Manuais administrativos (organização, processos administrativos, funcionário, política e diretrizes etc.) Manual de processos administrativo : este é o mais complexo e numeroso, pela quantidade de processos existentes, ele demonstra as relações e as dependências entre as atividades, o que é realizado, como é realizado, quando é realizado e para quem é realizado. 4.4 LAYOUT Layout é a disposição organizativa onde se encontram organizados fisicamente os recursos que ocupam espaço dentro da empresa, sendo que seu estudo objetiva ajustar da melhor maneira a circulação dos fluxos, favorecendo a agilidade dos processos e percurso de papéis. Num segundo plano, atenta-se com os aspectos que derivam de anseios e preferências pessoais de como se sente melhor acomodado. O estudo de layout tem por metas , de acordo com Araújo (2007, p. 95): • obter um fluxo eficiente de comunicações administrativas dentro da organização; • obter um fluxo de trabalho eficiente; • facilitar a supervisão; • reduzir a fadiga (ou estresse) do quadro funcional no desempenho de sua tarefa (isolar ruídos, reduzir espaços desnecessários etc.); • impressionar favoravelmente consumidores, clientes e visitantes; e 49 • aumentar a flexibilidade para as variações necessárias. O estudo de layout, nos permite equacionar problemas de mal aproveitamento de espaço. Desse modo Oliveira (1998, p. 355), ressalta alguns dados de mau aproveitamento de espaço: • demora excessiva no desenvolvimento dos trabalhos; • excessivo acúmulo e concentração de pessoas e formulários; • fluxo de trabalho inadequado; • projeção espacial inadequada dos locais de trabalho,gerando descontentamento hebraíza produtividade; e • problemática na locomoção das pessoas em suas atividades profissionais na empresa. Após o levantamento das informações mencionadas, o gestor de layout poderá, com o auxilio das pessoas que perfazem a área em análise, decidirem as fases de sua estratégia. Araújo (2007, p. 97), diz quais sejam as etapas a serem seguidas: calcular a área (necessária ou existente); fazer a planta baixa; verificar o desenvolvimento da gestão de processos; determinar a quantidade e natureza dos móveis e equipamentos; determinar a extensão e localização das instalações elétricas, hidráulicas e alternativas tecnológicas (wirellesebluetoothsão exemplos); preparar e dispor de miniaturas de móveis e equipamentos; apresentar alternativas do novo leiaute; implantar e acompanhar. 50 4.5 FORMULÁRIOS O objetivo dos formulários é estabelecer o fluxo de informações, por meio da facilitação do trabalho, menor esforço e diminuição do processo administrativo, permitindo agilizar os fluxos de informações, padronização de procedimentos, formalizar operações, arquivar informações e diminuição de gastos. Assim como toda ferramenta de análise de organização, sistemas e métodos, os formulários também possuem uma vasta gama de formatos e modelos, sendo que os mais utilizados, segundo D’Ascenção (2001, p. 137) são: • formulários planos – seus campos são desenhados e pré-impressos em papel padronizado pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT); • formulários contínuos – são destinados ao uso em grande escala, tendo seu desenho feito por gabaritos de espacejamento que permitem a impressão de acordo as características do computador e da respectiva impressora; • formulários eletrônicos – por serem elaborados por softwares aplicativos, dispensam a utilização de papel, pois tramitam na organização através das redes de computador. Oliveira (1998, p. 289) esclarece que o conceito de formulário é: “[...] um instrumento do processo administrativo constituído de: palavras de composição de dados fixos (impressos antes do uso) e de dados variados (anotados a posteriori); espaços ou campos; linhas; colunas e formato.” Como mencionado anteriormente, há vários tipos de formulários, porquanto são preparados de acordo com a necessidade de cada empresa, fazendo-se indispensável então relacionar quais são as exigências elementares para que se consiga um bom formulário. Segundo Miranda (1981, p. 285), um bom formulário deve atender a cinco exigências: • deve criar uma atitude mental favorável do executor para com a tarefa de preenchimento; • deve permitir a utilização do meio mais fácil na anotação dos registros, ou seja, atender à maneira pela qual o modelo vai ser preenchido (processo manual ou mecânico); • deve atentar para a sua utilização após o preenchimento (sistema de guarda ou arquivamento); 51 • deve possibilitar a redução da tendência para o erro na anotação e na utilização dos registros; • deve permitir a economia de papel e de impressão, sem prejudicar, porém, os limites necessários à execução eficiente dos registros. 4.6 QDT (ANÁLISE DA DISTRIBUIÇÃO DO TRABALHO) Cury (2012, p. 412) conceitua Análise da