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Central de material e esterilização 1 www.estetus.com.br Central de Material e Esterilização Central de material e esterilização 2 www.estetus.com.br Sumário UNIDADE DO CENTRO-CIRÚRGICO ........................................................................ 3 ESTRUTURA FÍSICA .................................................................................................. 3 RECURSOS MATERIAIS .......................................................................................... 11 INSTRUMENTAL E MATERIAL PARA A SÍNTESE .................................................. 12 AGULHAS CIRÚRGICAS .......................................................................................... 17 GRAMPOS DE PELE ................................................................................................ 17 FITAS ADESIVAS DE PELE ..................................................................................... 17 INSTRUMENTO ESPECIAL ...................................................................................... 18 INSTRUMENTAL DE CAMPO .................................................................................. 18 INSTRUMENTAL LAPAROSCÓPIO ......................................................................... 18 TERMINOLOGIAS .................................................................................................... 19 CLASSIFICAÇÃO ...................................................................................................... 19 HISTÓRICO DA CME ............................................................................................... 28 ESTRUTURA DA CME ............................................................................................. 28 RECURSOS HUMANOS E EQUIPAMENTOS .......................................................... 30 CLASSIFICAÇÃO DOS ARTIGOS E MÉTODOS DE LIMPEZA ............................... 34 MÉTODOS DE LIMPEZA DE INSTRUMENTAL CIRÚRGICO .................................. 36 USO DE EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL (EPI) .............................. 39 PROCESSAMENTO DE ARTIGOS HOSPITALARES .............................................. 41 MÉTODOS DE DESINFECÇÃO DE ARTIGOS HOSPITALARES ............................ 43 REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 49 Central de material e esterilização 3 www.estetus.com.br UNIDADE DO CENTRO-CIRÚRGICO O Centro-cirúrgico (CC) pode ser considerado uma das unidades mais complexas do hospital devido sua especificidade, presença de agentes estressores devido às possibilidades de risco à saúde a que os pacientes estão sujeitos ao serem submetidos à intervenção cirúrgica. O CC é constituído de um conjunto de áreas e instalações que permite efetuar a cirurgia nas melhores condições de segurança para o paciente, e de conforto e segurança para as equipes que o assiste. Sendo um setor de circulação restrita, destacam-se, entre suas finalidades, a realização de procedimentos cirúrgicos devolvendo os pacientes às suas unidades de origem nas melhores condições possíveis de integridade; otimização de campo de estágio para a formação, treinamento e desenvolvimento de recursos humanos; e o desenvolvimento científico para o aprimoramento de novas técnicas cirúrgicas e afins. ESTRUTURA FÍSICA O CC deve estar localizado em uma área do hospital que ofereça a segurança necessária às técnicas assépticas, portanto distante de locais de grande circulação de pessoas, de ruído e de poeira. Recomenda-se que seja próximo às unidades de internação, pronto-socorro e unidade de terapia intensiva, de modo a contribuir com a intervenção imediata e melhor fluxo dos pacientes. De acordo com a organização hospitalar, podem fazer parte do bloco cirúrgico a Recuperação Pós-Anestésica e a Central de Materiais e Esterilização. As demais áreas são assim caracterizadas: Vestiários (masculino e feminino) Localizados na entrada do CC, onde é realizado o controle de entrada das pessoas autorizadas após vestirem a roupa privativa da unidade. Deve possuir chuveiros, sanitários e armários para guarda de roupas e objetos pessoais. Área de conforto Área destinada a lanches para que os mesmos não sejam realizados em locais inadequados. Deve-se dispor nesse local, cadeiras, poltronas e sofás. Central de material e esterilização 4 www.estetus.com.br Sala dos cirurgiões e anestesiologistas Destinada aos relatórios médicos Sala de Enfermagem Reservada ao controle administrativo do CC. Deve estar em local de fácil acesso e com boa visão de todo o conjunto do setor. Sala de recepção dos pacientes Espaço para receber os pacientes. Aqui os pacientes são avaliados clinicamente antes da cirurgia ou receber medicação pré-anestésica. Este ambiente deve ser o mais calmo possível a fim de diminuir o estresse do período pré- operatório. Sala de material de limpeza Destinado à guarda dos materiais utilizados na limpeza do Centro-cirúrgico. Sala para guarda de equipamentos Área para guarda e recebimento de equipamentos como: microscópios, bisturis, monitores cardíacos, respiradores, entre outros. Em condições de uso e utilização imediata. Sala para armazenamento de material esterilizado (arsenal) Destinado ao armazenamento e distribuição dos artigos estéreis, para uso nas salas de cirurgia. Sala de gases medicinais Destinada ao armazenamento de torpedos de gases medicinais como oxigênio, ar comprimido, óxido nitroso e especialmente o nitrogênio para uso em aparelhos específicos ou em casos de emergência. Central de material e esterilização 5 www.estetus.com.br Expurgo Local para o desprezo de secreções das salas de cirurgia. Deve estar provida de um vaso sanitário apropriado com descarga e uma pia para lavagem dos artigos utilizados nas cirurgias. Apoio técnico e administrativo do Centro-cirúrgico O Centro-cirúrgico conta com o apoio imprescindível de alguns setores ligados direta ou indiretamente a ele e que deve estar prontamente preparados para atendê- lo para seu funcionamento, tais como: banco de sangue, raio-x, laboratório e anatomia patológica, serviço de engenharia clínica e de manutenção, farmácia, segurança e secretaria. Sala de Operação (SO) Segundo a legislação brasileira, a capacidade do CC é estabelecida segundo a proporção de leitos cirúrgicos e Salas de Operação. A Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) n°307/2002, da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) do Ministério da Saúde, determina uma sala de operação para cada 50 leitos não especializados ou 15 leitos cirúrgicos. Para um dimensionamento ideal, devem-se levar em consideração alguns aspectos como: - Horário de funcionamento do Centro-cirúrgico; - Especialidades cirúrgicas atendidas (cardiologia, neurocirurgia, ortopedia, oftalmologia, etc.); - Duração média das cirurgias; - Número de cirurgias por dia; - Número de leitos cirúrgicos do hospital; - Hospital escola; Quantidade de artigos médicos e instrumentais cirúrgicos disponíveis. Tamanho da sala Depende dos equipamentos necessários aos tipos de cirurgias a serem Central de material e esterilização 6 www.estetus.com.br realizadas; seu formato deve ser retangular ou oval. Segundo a RDC 307/2002, quanto ao tamanho, às salas são assim classificadas: - Sala pequena: 20m², com dimensão mínima de 3,45 metros, destinadas às especialidades de otorrinolaringologia e oftalmologia. - Sala média: 25m², com dimensão mínima de 4,65 metros, destinadas às especialidades gástrica e geral. - Sala grande: 36m², com dimensão mínima de 5,0 metros, específicas para ascomercializados na forma de pó. Efeitos adversos: os compostos inorgânicos liberadores de cloro ativo são tóxicos, irritantes de pele, mucosa e árvore respiratória. Central de material e esterilização 48 www.estetus.com.br Compostos Orgânicos Liberadores de Cloro Ativo São produzidos somente em forma de pó. Possuem vantagens em relação ao hipoclorito, tais como: maior atividade microbicida, pH mais baixo, menos propenso a inativação por matéria orgânica, ação corrosiva e tóxica mais baixas, maior estabilidade, podendo ser armazenado por até 12 meses (e não 6 meses como o hipoclorito). Uma vez ativado mostra-se muito mais instável, devendo ser diluído apenas no momento do uso. Fenólicos: Desinfetante de nível médio tendendo ao desuso por sua toxicidade, sendo inclusive contraindicado para desinfecção de centros obstétricos e berçários devido à ocorrência de hiperbilirrubinemia em neonatos. Iodo e derivados: Não há no mercado nacional iodo para desinfecção de artigos e superfícies. Biguanidas Disponível no mercado brasileiro somente como antisséptico. Quaternário de amônio Disponível e indicado somente para desinfecção de superfícies, em áreas críticas e semicríticas, especialmente superfícies e mobiliários em berçários, pediatria e SND por possuir baixa toxicidade. Ácido peracético É bactericida, fungicida, viruscida e esporicida. Promove a desnaturação de proteínas e alteração na permeabilidade da parede celular. Possui como vantagens manter-se efetivo em presença de matéria orgânica e não promover a formação de resíduos tóxicos. Como desvantagens: é corrosivo e instável depois de diluído. Ácido peracético ou peroxiacético, em baixas concentrações (0,001% a 0,02%) apresenta rápida ação contra os micro-organismos, incluindo os esporos. Central de material e esterilização 49 www.estetus.com.br REFERÊNCIAS ALEXANDER, J.C. Cuidados de enfermagem ao paciente cirúrgico. 10. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1997. POSSARI, J. F.Assistência de Enfermagem na Recuperação Pós-Anestésica.1 ed. São Paulo: Iátria, 2003. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Assistência à Saúde. Orientações gerais para central de esterilização. Brasília: Ministério da Saúde, 2001. 56 p. ilus. POSSARI, J. C. Centro cirúrgico: planejamento, organização e gestão. 1. ed. São Paulo: Iátria, 2003. SILVA, M. A. A.: RODRIGUES, A. L.; CESARETTI, I. U. R. Enfermagem na unidade de Centro Cirúrgico. São Paulo: EPU; 1997. SMELTZER, S. C.; BARE, B. G. Tratado de enfermagem médico-cirúrgica. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1994. Central de material e esterilização 50 www.estetus.com.brcirurgias neurológicas, cardiovasculares e ortopédicas. Portas As portas das salas de cirurgia devem ser largas o bastante para facilitar a passagem de macas e equipamentos cirúrgicos. Devem possuir metal na altura da maca para evitar seu estrago, ser de materiais laváveis e resistentes, de preferência revestidas de fórmica. É indicado o uso de portas do tipo “vaivém” que impeçam o uso das mãos para abri-la. O ideal é que se tenha outra porta de acesso à sala apenas para membros das equipes com visor de separação dos dois ambientes. Piso Deve ser de superfície lisa, não porosa, resistentes a agentes químicos comuns, sem fendas ou fissuras, ter aspecto estético, realçar a sujeira, não refletir a luz, impermeável, resistente ao choque, durável, de fácil limpeza, pouco sonoro e principalmente bom condutor de eletricidade estática para evitar faíscas. Exemplo: granilite, vinílicos e mármore. Paredes Devem ser revestidas de material liso, resistente, lavável, antiacústico e não refletor de luz. Pintadas de cores que evitam a fadiga visual, as tintas não devem possuir cheiro. É vedado o uso de cimento sem nenhum aditivo antiabsorvente para rejunte de peças cerâmicas ou similares tanto nas paredes quanto nos pisos. Central de material e esterilização 7 www.estetus.com.br Devem ser utilizados cantos arredondados nas paredes, conforme o Manual de Controle de Infecção Hospitalar da Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Teto Deve ser de material resistente, lavável, não deve conter ranhuras e não deve ser poroso, para facilitar a limpeza e impedir a retenção de micro-organismos. Deve ser contínuo, não sendo permitida a utilização de forro falso-removível, a não ser nas demais áreas do centro-cirúrgico, onde é necessário este tipo de forro por razões ligadas à manutenção desde que resistentes aos processos de limpeza, descontaminação e desinfecção. É recomendado um espaço útil de no mínimo 80 cm de altura livre entre a laje do forro e o piso do pavimento superior, possibilitando assim a instalação de novos equipamentos e a entrada do pessoal do serviço de manutenção. Devido ao grande risco de incêndio, pelo elevado número de materiais de fácil combustão, a sala cirúrgica, além de contar com os equipamentos de combate a incêndio do centro-cirúrgico (extintores e mangueiras) a sala de cirurgia deve contar com um sistema de segurança que, por meio da elevação da temperatura, produz fortes borrifos de água no ambiente - (borrifador de teto – também conhecido como splinkers). Janelas Necessárias apenas para a entrada de iluminação natural, não permitindo a entrada de poeira e insetos. Devem ser dotadas de tela, não possuir parapeitos dentro ou fora da sala, não deve ainda, possuir cortinas ou persianas. Iluminação A iluminação de o ambiente hospitalar é tratada legalmente pela NR-17 da portaria n°3214/78, e por meio da NBR 5413/92 da Associação Brasileira de Normas técnicas (ABNT) recomenda os níveis ideais de iluminação para o ambiente de trabalho. Na sala de operação, o objetivo da iluminação é minimizar a tarefa visual das Central de material e esterilização 8 www.estetus.com.br equipes médicas e de enfermagem e oferecer condições para que a operação se processe com precisão, rapidez e segurança. Devem-se levar em consideração os seguintes aspectos: - Eliminação de sombras e reflexos; - Eliminação do excesso de calor no campo operatório; - Proteção contra ocasional interrupção devido à falta de energia elétrica. Iluminação de emergência: Devem existir sistemas interligados e automáticos, para acionarem geradores de reserva de imediato na eventualidade de uma interrupção do fornecimento de força para o Centro-cirúrgico. Ventilação/ Ar-condicionado Deve atingir as exigências da NBR n°7256/82 tais como: - Prover o ambiente de aeração em condições adequadas de higiene e saúde: 99,9% de eficiência na retenção de partículas de até 5 micra de diâmetro; - Remover partículas potencialmente contaminadas liberadas no interior das salas sem acarretar turbulência aérea: recomenda-se de 20 a 25 renovações completas do ar da sala, no espaço de uma hora; - Impedir a entrada no Centro-cirúrgico de partículas potencialmente contaminantes, oriundas de áreas adjacentes: a pressão do ambiente da sala deve ser discretamente mais elevada que nos demais compartimentos do centro-cirúrgico; - Proporcionar umidade relativa adequada e temperatura ambiente de conforto e segurança para o paciente e para a equipe que o assiste: temperatura entre 22 e 23°C. A umidade deve permanecer entre 55 a 60%. No entanto, não deve ultrapassar 70% para não se tornar ambiente propício ao desenvolvimento de micro- organismos; - Manter nível sonoro mínimo de instalação e utilização do sistema de ventilação: não devem ultrapassar os previstos pela norma brasileira NBR n° 6401/80; - Sistema energético alternativo para o sistema de ventilação na falta do sistema elétrico principal. Tomadas Voltagem fornecida pela concessionária local e uma com voltagem Central de material e esterilização 9 www.estetus.com.br diferenciada, ambas com dispositivo de aterramento. Devem ser instalados também pontos para negatoscópio e aparelhos portáteis de raios-x. É proibida a ligação simultânea de mais de um aparelho à mesma tomada corrente, salvo se a instalação for projetada para este fim. Devem ser inspecionadas periodicamente, observando integridade do condutor terra, tensão de contato e a segurança global. Rede de gases Oxigênio: O sistema de abastecimento pode ser descentralizado (utilização de cilindros avulsos, transportados até o local de utilização) ou centralizado (conduzido por tubulação central até os pontos de utilização). Ar comprimido: Também pode advir de um sistema descentralizado (cilindros com pressões entre 120 e 190 Kgf/cm², como o oxigênio) ou centralizado (compressor com 100% de consumo máximo provável, que funcione automaticamente ou manualmente). Vácuo clínico: Produzido por bombas, que devem ter capacidade de 100% do consumo máximo provável, que funcione alternadamente ou em paralelo em caso de emergência. É importante manter outro tipo de sistema de suprimento autônomo de emergência, para manutenção da rede de vácuo ou pane da distribuição convencional. Óxido nitroso: O sistema de abastecimento pode ser descentralizado (alto consumo - conduzido por tubulação dos cilindros até os pontos de utilização) ou centralizado (utilizado em caso de baixo consumo – utilização de cilindros transportáveis até os pontos de utilização). Nitrogênio: É fornecido em cilindros com pressão variando entre 120 e 190 Kgf/cm², e também em forma líquida. Quando misturado com oxigênio medicinal, é chamado de Central de material e esterilização 10 www.estetus.com.br ar estéril. De acordo com as normas nacionais e internacionais, os gases medicinais são distribuídos com as seguintes cores, segundo a NBR n° 6493/94 e NBR n° 12188: - Verde emblema: oxigênio; - Azul marinho: óxido nitroso; - Amarela segurança: ar comprimido medicinal; - Cinza claro: vácuo medicinal. Cuidados no manuseio, movimentação e armazenamento dos cilindros de gases medicinais: - Uso de equipamentos especiais para o transporte de cilindros; - Manter o cilindro acorrentado durante o transporte; - Evitar choques mecânicos, inclusive de um cilindro contra o outro; - Não arrastar o cilindro; - Armazenados em locais secos, limpos e bem ventilados; - As etiquetas não devem ser arrancadas ou estragadas; - Oxigênio e óxido nitroso não devem ser armazenados no mesmo ambiente que outros gases inflamáveis devido à mistura destes ser facilmente incendiada. - Cilindros cheios devem estar separados dos cilindros vazios para evitar erros de procedimento e semprecom o capacete rosqueado. - Os cilindros devem ser sempre limpos antes de serem levados ao centro- cirúrgico. - Cilindros sem identificação ou com identificação duvidosa devem ser devolvidos ao fabricante ou distribuidor. Lavabo Constituído de uma pia em aço inoxidável provida de torneira de água quente e fria, escovas e antissépticos para a escovação cirúrgica. É previsto um lavabo para cada duas salas de operação que deve possuir: - Duas torneiras de acionamento por pé, joelho, braço, fotoelétrico ou qualquer outro meio que não as mãos; - Espaço suficiente para duas pessoas lavarem-se simultaneamente (1,10 m² por torneira); - Dispensadores de produtos antissépticos (devem obedecer ao mesmo Central de material e esterilização 11 www.estetus.com.br princípio de dispensação que a torneira). Os antissépticos devem estar regulamentados por órgão governamental e autorizados pela Comissão de Infecção do Hospital. Recomenda-se também a instalação de um relógio para o controle do tempo de escovação. RECURSOS MATERIAIS Classificados em permanentes ou de consumo, o controle dos materiais utilizados no centro-cirúrgico são de competência da equipe de Enfermagem. Os materiais permanentes podem ser fixos ou móveis. Os móveis são aqueles que podem ser deslocados ou acrescidos à sala de operação de acordo com a necessidade no ato operatório, dentre os quais se destacam: - Aparelho de anestesia; - Aspirador portátil estéril; - Banco giratório; - Balde para lixo; - Balança para pesar compressas; - Bisturi eletrônico; - Carrinho abastecedor; - Carrinho de medicamentos; - Coxins; - Escada com dois degraus; - Estrados; - Foco auxiliar; - Mesa de operação com os respectivos acessórios: arco de narcose, ombreiras, suportes laterais, perneiras, colchonetes em espuma; - Mesa auxiliar para acondicionar pacotes de aventais; - Mesa de Mayo; - Mesa para instrumental cirúrgico (simples e com traves ou suportes); - Suporte de braço; - Suporte de hamper; - Suporte de soro; - Artroscópio; - Balão intra-aórtico; Central de material e esterilização 12 www.estetus.com.br - Bomba de circulação extracorpórea; - Cardioversor ou desfibrilador; - Colchão de água para hiper ou hipotermia; - Criogênico; - Manta térmica; - Microscópio eletrônico; - Monitor multiparamétrico. Equipamentos fixos: adaptados à estrutura da sala de operação que são: - Foco central; - Negatoscópio; - Torre retrátil ou painel de gases medicinais. Os materiais de consumo (médico-hospitalares) por se tratar de grande diversidade e rotatividade podem ser classificados em três tipos: ▪ Classe A: São os itens de maior importância e que merecem um tratamento preferencial, justificando procedimentos meticulosos e uma grande atenção por parte de toda a administração; ▪ Classe C: São os itens de menor importância e que justificam pouca ou nenhuma atenção. Os procedimentos são os mais rápidos possíveis. ▪ Classe B: São os itens em situação intermediária entre as classes A e C. Os materiais pertencentes à classe A são os que representam maior custo para o centro-cirúrgico. Não significa que sejam os de maior custo unitário. Pode ser que o custo unitário de certo material seja pequeno, porém, conforme a quantidade em que é usado pode representar um custo elevado. INSTRUMENTAL E MATERIAL PARA A SÍNTESE É representado basicamente pelas agulhas de sutura, porta-agulhas e, principalmente pelos fios cirúrgicos, grampos e fitas adesivas de pele. Algumas características devem ser consideradas para a escolha do fio cirúrgico: - Manter a força de tensão por tempo suficiente até que a cicatriz adquira sua própria resistência frente aos estímulos mecânicos habituais. Central de material e esterilização 13 www.estetus.com.br Fios cirúrgicos - Portar-se como material inerte, provocando o mínimo de reação tecidual. - Tipo de tecido a ser suturado. Características físicas de manuseio e reação tecidual dos fios cirúrgicos - Configuração física: Refere-se à composição dos fios quanto aos seus filamentos. O fio pode ser monofilmentar, quando é constituído de um único filamento, ou multifilamentar que contém várias fibras trançadas ou intercaladas compondo um único fio. - Capilaridade: refere-se à capacidade de captar e absorver líquidos ao longo do fio cirúrgico. Os fios multifilamentares possuem maior superfície e maior capilaridade, portanto podem apresentar maior aderência microbiana em relação aos monofilamentares. - Diâmetro: é determinado em milímetros e expresso em tamanhos com zeros. Quanto menor o diâmetro, maior o número de zeros. A numeração varia de sete (mais grossos com diâmetros mínimo de 0,90 mm e máximo de 0,999 mm) até dez zeros (mais fino com diâmetro mínimo de 0,020 e máximo de 0,029mm). - Força de tensão: é a quantidade de peso necessária para a ruptura do fio cirúrgico. A força de tensão varia de acordo com o tipo de material de constituição do fio cirúrgico. - Força do nó: é a força necessária para fazer com que certo tipo de nó deslize parcial ou completamente. Os fios multifilamentares apresentam coeficiente de atrito mais elevado do que os fios monofilamentares, permitindo assim uma fixação mais segura do nó, enquanto os fios monofilamentares possuem um bom deslize do nó, mas a fixação é menos segura, necessitando reforçar o nó simples com nós duplos. - Elasticidade: é a capacidade inerente do fio cirúrgico de recuperar a forma e o comprimento originais depois de um estiramento. A elasticidade contribui para diminuir a possibilidade de romper as bordas as incisão cirúrgica ou favorecer uma estenose em sutura vascular. - Memória: é a capacidade de um fio cirúrgico de retornar à sua forma Central de material e esterilização 14 www.estetus.com.br original após ser deformado, geralmente após um nó. Quando um fio apresenta alta memória, consequentemente oferece menor segurança do nó. - Manuseio: relacionado com a rigidez, ou seja, quão facilmente ele pode ser dobrado quanto com o coeficiente de fricção, ou seja, quão facilmente o fio cirúrgico se desliza pelo tecido e dá o nó. Um fio cirúrgico com alto coeficiente de fricção tende a deslizar com dificuldade pelo tecido. Ele é mais difícil de dar nó porque este não se mantém. Certos fios são revestidos para reduzir o coeficiente de fricção, entretanto o coeficiente não deve ser muito baixo, pois ao contrário, os nós podem se desfazer facilmente. - Reação tecidual: como se trata de substâncias estranhas, todos os fios cirúrgicos causam certa reação tecidual. A reação começa quando o fio agride o tecido durante a introdução e pode persistir de acordo com a composição dele. A reação tecidual tem início com a infiltração de leucócitos na área de agressão. Posteriormente, aparecem os macrófagos e os fibroblastos e finalmente por volta do sétimo dia encontra-se presente um tecido fibroso com inflamação crônica. A reação persiste até que o fio cirúrgico seja encapsulado, e isso ocorre quando ele é constituído de material não absorvível, ou seja, absorvido pelo corpo. Classificação dos fios cirúrgicos Fios cirúrgicos absorvíveis São fagocitados, hidrolisados, degradados e assimilados pelo tecido em que são implantados. Os de origem animal são fagocitados por meio de atividade enzimática durante o processo de cicatrização. Os de origem sintética são hidrolisados quando da reação com as moléculas de água dos líquidos corporais, que se degradam e são assimiladas pelos tecidos em cicatrização. Eles são divididos em dois grupos: sintéticos e biológicos. Fios cirúrgicos absorvíveis biológicos São conhecidos como categute (nome de origem inglesa devido à obtenção do intestino do gato) atualmente obtido da submucosa do intestino delgado de ovinos ou serosa de bovinos.Conforme o tempo de absorção, os categutes podem ser simples Central de material e esterilização 15 www.estetus.com.br ou cromados. Os simples apresentam absorção mais rápida, em torno de oito dias, e os cromados absorção mais lenta, em torno de 20 dias, sendo tratados com bricomato de potássio. O categute cromado é indicado para tecidos com cicatrização mais demorada, como em estruturas do aparelho gastrointestinal ou no útero. O categute simples e o cromado precisam ser mantidos em solução alcoólica para que sejam preservadas suas propriedades de manuseio, além de protegidos da luz e das grandes variações de temperatura, por isso são embalados em envelope primário aluminizado. Quando é removido de sua embalagem e não usado imediatamente, o álcool evapora e o fio perde sua flexibilidade. Para reestruturá-la, pode-se mergulhar o fio em água estéril ou soro fisiológico, entretanto o umedecimento excessivo pode reduzir a força de tensão. Fios cirúrgicos absorvíveis sintéticos Ácido poliglicólico – fio multifilamentar com excelente maleabilidade e tem sido empregado em larga escala como substituto dos fios de absorção lenta e dos inabsorvíveis. O ácido poliglicólico é um material sintético obtido por meio de polimerização do ácido glicólico, de fácil manuseio, forte, flexível e de boa tolerância. São utilizados em anastomoses gastrointestinais, cirurgias ginecológicas, cirurgia geral e operações urológicas. Polímeros sintéticos monofilamentares mais recentes Fios compostos por polímeros como poliglecaprone e polidioxanona. São monofilamentares, maleáveis e mantêm a resistência de tensão por um período mais prolongado que os sintéticos multifilamentares. Indicados quando se deseja um apoio prolongado para a ferida, como no fechamento de tecido facial ou para pacientes idosos ou oncológicos. Os fios absorvíveis sintéticos também são embalados em envelope primário aluminizado, porém, seco, para a sua proteção contra a umidade, a luz e as variações de temperatura. Fios cirúrgicos não absorvíveis São resistentes à digestão enzimática em tecido animal vivo. São de dois tipos: Central de material e esterilização 16 www.estetus.com.br biológicos e sintéticos. Fios cirúrgicos não absorvíveis biológicos O algodão é derivado da celulose, de baixo custo, de fácil esterilização e de pouca reação tecidual. Fio torcido de calibre variado, encontrado no comércio embalado em envelopes e já pré-cortado, geralmente com 15 a 45 cm de comprimento. Indicado para tecidos de rápida cicatrização e contraindicado para suturas cutâneas devido à sua reatividade tissular. O fio de seda, de origem animal, obtido de diversas espécies de bicho-da- seda. Suas fibras são retorcidas ou transadas e podem passar por processo de enceramento para diminuir sua capilaridade. Apresenta facilidade de manuseio, resistência à tração e segurança na fixação do nó. Fios cirúrgicos não absorvíveis sintéticos Subdivididos em quatro grupos: - Poliamida: caracteriza-se pela elasticidade e resistência à água. Pode ser mono ou multifilamentar. Fio de pouca reação, mas de difícil manipulação, duro e corrediço e pouca segurança de manutenção do nó. - Poliéster: apresenta-se sob a forma simples, revestido de teflon ou siliconizado. Fio de difícil manejo por ser também corrediço; para que isso não ocorra, normalmente se adiciona teflon e silicone, mas estes materiais podem se dissociar e provocar reação tecidual. Utilizados em estruturas que requerem grande resistência à tração. - Polipropileno: fio derivado das poliefinas, não biodegradável, e tem sido recomendado o tipo monofilamentado, para a síntese de feridas contaminadas, devido à reação tecidual mínima. É um dos fios mais inertes, com baixa capilaridade, com mínima reação tissular e com alta resistência à tração. É indicado nas cirurgiascardiovasculares. - Metálico: constituído de aço inoxidável e tântalo. Muito utilizado em tenorrafia; eventualmente em neurorrafias e fechamento de parede abdominal. O tântalo é menos resistente do que o aço inoxidável. São de fácil esterilização, bem tolerados, de espessura variável, mono e multifilamentar. Central de material e esterilização 17 www.estetus.com.br AGULHAS CIRÚRGICAS A agulha não tem papel no processo de cicatrização. Deve ser suficientemente larga, penetrante para ultrapassar a resistência tecidual, resistente para não dobrar, mas ao mesmo tempo flexível, para dobrar antes de quebrar, resistente a corrosão de tamanho, forma, e calibre apropriados à aplicação a que se destina. São utilizadas na reconstrução, com a finalidade de transfixar os tecidos, servindo de guia aos fios de sutura. Quanto ao corpo, às agulhas são retas, curvas (círculos de 3/8, ¼, ½ e 5/8) e semicurvas específicas para cirurgia laparoscópica, quanto à ponta são cilíndricas (não cortantes), espatuladas, rombas ou triangulares, e quanto ao fundo podem ser traumáticas ou atraumáticas. As agulhas retas geralmente são cilíndricas ou triangulares, utilizadas na reconstrução de vísceras ocas, tendões, nervos e suturas intradérmicas. Frequentemente são usadas com as mãos, e mais raramente com porta-agulhas. As agulhas curvas podem ser cilíndricas ou triangulares. Seu raio de curvatura é variável, adaptando-se a cada tipo de síntese, em tamanho adequado, sempre utilizadas com porta-agulhas. As cortantes são usadas para sutura de pele e periósteo. As cilíndricas suturam estruturas e órgãos mais profundos. As agulhas atraumáticas, isto é, aquelas que já trazem o fio montado, asseguram fácil penetração nos tecidos, sem deixar lacerações, sendo o tipo GRAMPOS DE PELE Método frequentemente usado para fechamento da pele. Quando usados corretamente, oferecem excelentes resultados estéticos. Além de diminuir o tempo de cirurgia, eles permitem a distorção decorrente do estresse exercido individualmente pelas pontas de sutura. FITAS ADESIVAS DE PELE As feridas sujeitas à tensão estática e dinâmica mínimas podem ser aproximadas por uma fita adesiva de pele. A escolha da fita para fechamento da pele se baseia na capacidade adesiva e força tensiva para manterem as bordas da ferida intimamente aderidas e especialmente a sua porosidade para facilitar a transmissão Central de material e esterilização 18 www.estetus.com.br de umidade, evitando assim o acúmulo de fluídos debaixo da ferida. universalmente mais usado. Nas traumáticas os fios são montados no momento de uso e elas provocam dilacerações nos tecidos. As agulhas espatuladas são achatadas com bordas laterais cortantes. São utilizadas principalmente em cirurgias oftalmológicas. Indicado para determinado tipo de cirurgia a ser realizada, por exemplo, a pinça de Abadie é empregada na cirurgia gastrointestinal especialmente para anastomose gastroentérica; o descolador de amídalas, na amidalectomia; a pinça atinsky, na cirurgia vascular, pinças Duval e Allis na histerectomia. INSTRUMENTO ESPECIAL INSTRUMENTAL DE CAMPO É constituído por pinças que se destinam à fixação dos campos estéreis para delimitação do campo operatório. O instrumental cirúrgico se apresenta em tamanhos variados e muito deles tomam as formas retas ou curva. Essa grande variedade de tamanhos e formas visa proporcionar ao cirurgião uma infinidade de recursos para as mais variadas situações cirúrgicas. INSTRUMENTAL LAPAROSCÓPIO - Irrigador/ aspirador Utilizado para a irrigação e aspiração de fluidos orgânicos ou não. Importante para a aspiração de sangue e para a lavagem da cavidade com soro fisiológico. - Pinças, tesouras, ganchos, afastadores. Instrumentos de 5 e de 10 mm de diâmetro que não introduzidos na cavidade abdominal ou torácica por meio dos trocantes para realização dos procedimentos cirúrgicos. - Trocartes Compostos de cânulasde 5, 10, 12, 23 e de 33 mm no interior das quais um Central de material e esterilização 19 www.estetus.com.br mandril (tipo de lança pontiaguda) é introduzido. O conjunto perfura a parede abdominal ou torácica. Uma vez no interior da cavidade, o mandril é retirado e a cânula fica postada para a introdução dos instrumentos. Normalmente nos trocantes maiores, utilizam-se um redutor de diâmetro permitindo a introdução de instrumental de menor diâmetro sem a perda de CO2. TERMINOLOGIAS Entende-se por nomenclatura cirúrgica “o conjunto de termos de uma arte ou de uma ciência: terminologia”. Assim sendo, a nomenclatura cirúrgica é o conjunto de termos utilizados para indicar o procedimento cirúrgico a ser realizado. Os termos, do ponto de vista etimológico, são compostos de: • Raiz: é a parte básica da estrutura do termo; • Afixos: constituídos de prefixos e sufixos, partes que podem ser acrescidas antes e após a raiz. Na nomenclatura cirúrgica, então, a raiz significa o segmento anatômico e os afixos a intervenção cirúrgica a ser realizada. Os principais objetivos da nomenclatura cirúrgica são: - Fornecer sob forma verbal ou escrita uma definição do procedimento cirúrgico realizado. - Preparar o instrumental cirúrgico, artigos, equipamentos e acessórios apropriados para cada tipo de cirurgia. CLASSIFICAÇÃO Os termos são formados por um prefixo que designa a parte do corpo relacionada com a cirurgia e por um sufixo que indica o ato cirúrgico realizado. QUADRO - PREFIXOS E SEUS SIGNIFICADOS Prefixo Relativo a A Sem, negativa Adeno Glândula Artri(o) Artéria Central de material e esterilização 20 www.estetus.com.br Artr(o) Articulação Bi Dois Blefaro Pálpebra Cardi(o) Coração Cefal(o) Cabeça Célio Abdome Cerat(o) Tecido corneano Circun Ao redor Cist(o) Bexiga Cleido Clavícula Colecist(o) Vesícula biliar Colo Cólon Cólon Intestino grosso Colpo Vagina Condr(o) Cartilagem Costo Costela Derm(a) Pele Dia Através, separado Ecto Fora Enter(o) Intestino delgado Episio Vulva Espen(o) Baço Face Membrana do cristalino Faring(o) Faringe Fleb(o) Veia Gastro Estômago Glico Glicose, açúcar Gloss(o) Língua Hem(o) Sangue Hepat(o) Fígado Híster(o) Útero Lapar(o) Abdome Lip(o) Gordura Central de material e esterilização 21 www.estetus.com.br Mast. Mama Mega Grande Meso Meio Metro Útero Mi(o) Músculo Mielo Medula Nefro Rim Odont(o) Dente Oftalmo Olho Olig(o) Pouco, escasso Onfalo Cordão umbilical, umbigo Ooforo Ovário Orqui Testículo Osteo Osso Oto Ouvido Peri Ao redor, próximo Pleur(o) Pleura Pneum(o) Pulmão Post Prepúcio Proct(o) Reto, ânus Rin(o) Nariz Ritido Face Salping(o) Trompa Semi Metade Sialo Saliva Taqui Rápido, veloz Ten(o) Tendão Traque(o) Traqueia Ur(o) Urina, aparelho urinário QUADRO 2 - SUFIXOS E SEUS SIGNIFICADOS Sufixo Significado Central de material e esterilização 22 www.estetus.com.br Algia Dor Anastomose Formação de passagem entre dois órgãos Centese Punção Clise Fechamento Dese Ação de ligar, fixação, fusão Clise Injeção de fluidos Ectomia Extirpação, excisão, remoção parcial ou total Estase Parar Estesia Relacionado sensibilidade Grafo Desenho, registro gráfico Ite Inflamação Lise Dissolução, liberação Lito Pedra, cálculo Malácia Amolecimento Oma Que denota tumor Ostomia Criação de um novo orifício/artificial Penia Falta de, redução Pexia Fixação de um órgão Plastia Alteração da forma e/ou função de um órgão Poiese Formando, produzindo Polese Fazer, formar Ptose Queda Ráfia Sutura Ragia Fluir, jorrar. Síntese Composição Stasia Detenção, parada Scopia Visualização do interior do corpo em geral por meio de aparelhos com lentes especiais Strofia Torção Tomia Abertura de um órgão Stomia Abertura de uma nova boca Tripsia Esmagamento Trofia Crescimento, desenvolvimento Central de material e esterilização 23 www.estetus.com.br QUADRO - PROCEDIMENTOS CIRÚRGICOS DE REMOÇÃO COM SUFIXO ECTOMIA Cirurgia Remoção de Apendicectomia Apêndice Cistectomia Bexiga Colecistectomia Vesícula biliar Colectomia Cólon Craniectomia Calota óssea Embolectomia Êmbolo Esofagectomia Esôfago Esplenectomia Baço Fistulectomia Fístula Gastrectomia Parcial ou total do estômago Hemorroidectomia Hemorroidas Hepatectomia Parcial do fígado Histerectomia Útero Lobectomia Lobo de um órgão Mastectomia Mama Ooforectomia Ovário Miomectomia Mioma Pancreatectomia Pâncreas Pneumectomia Pulmão Prostatectomia Próstata Retosigmoidectomia Reto-sigmoide Salpingectomia Trompa Simpatectomia Segmentos selecionados do sistema nervoso simpático produzindo vasodilatação. Tiroidectomia Tiroide Central de material e esterilização 24 www.estetus.com.br QUADRO - PRINCIPAIS PROCEDIMENTOS CIRÚRGICOS PARA FIXAÇÃO COM SUFIXO PEXIA Cirurgia Para fixação Cistopexia Bexiga Histeropexia Útero à parede abdominal Nefropexia Rim à parede abdominal Retinopexia Retina Orquiopexia Testículo em sua bolsa QUADRO - PRINCIPAIS PROCEDIMENTOS CIRÚRGICOS PARA ALTERAR A FORMA E/OU A FUNÇÃO DE UM ÓRGÃO COM SUFIXO PLASTIA Cirurgia Alterar forma e/ou função Artroplastia Articulação para restaurar movimento e função Blefaroplastia Pálpebras Mamoplastia Mamas Piloroplastia Piloro Queiloplastia Lábio Rinoplastia Nariz Ritioplastia Rugas da face Salpingoplastia Trompa para sua recanalização Toracoplastia Parede torácica QUADRO - PRINCIPAIS PROCEDIMENTOS CIRÚRGICOS DE SUTURA COM SUFIXO RAFIA Procedimento Sutura de (a) (o) Blefarorrafia Pálpebra Colporrafia Vagina Gastrorrafia Estômago Herniorrafia Hérnia Osteorrafia Sutura ou colocação de fio metálico no osso Central de material e esterilização 25 www.estetus.com.br Palatorrafia Fenda palatina Perineorrafia Períneo Tenorrafia Tendão QUADRO - PRINCIPAIS PROCEDIMENTOS CIRÚRGICOS PARA VISUALIZAÇÃO COM SUFIXO SCOPIA Procedimento Visualização Artroscopia Articulação Broncoscopia Brônquios Cistoscopia Bexiga Colonocospia Cólons Colposcopia Vagina Duoenoscopia Duodeno Endoscopia Órgãos internos Esofagoscopia Esôfago Gastroscopia Estômago Laringoscopia Laringe Laparoscopia Cavidade abdominal Sigmoideoscopia Sigmoide Ureteroscopia Ureter Uretroscopia Uretra Ventriculoscopia Ventrículo cerebral QUADRO - PRINCIPAIS APARELHOS PARA VISUALIZAÇÃO DIRETA Aparelho Finalidade Artroscópio Artroscopia Broncoscópio Broncoscopia e laringoscopia Cistoscópio Cistoscopia, uretroscopia e ureteroscopia Colposcópio Colposcopia Colonoscópio Colonoscopia Endoscópio digestivo Esofagoscopia, gastroscopia, duodenoscopia Central de material e esterilização 26 www.estetus.com.br Sigmoidoscópio Sigmoidoscopia Laringoscópio Laringoscopia QUADRO - PRINCIPAIS PROCEDIMENTOS CIRÚRGICOS PARA ABERTURA COM SUFIXO TOMIA OU STOMIA Cirurgia Para abertura Artrotomia Articulação Broncotomia Brônquio Cardiotomia Cárdia Cistostomia Bexiga pra drenagem da urina por sonda Colecistostomia Colocação de dreno na vesícula biliar Coledocolitotomia Do colédoco para retirada de cálculo Coledocotomia Exploração do colédoco Duodenotomia Duodeno Enterostomia Do cólon através da parede abdominal Flebotomia Dissecção de veia Gastrostomia Colocação de uma sonda do estômago através da parede abdominal Hepatotomia Do fígado Ileostomia E colocação de uma sonda ou dreno no íleo Jejunostomia Colocação de sonda no jejuno para alimentação Laparotomia Da cavidade abdominal Nefrostomia E colocação de sonda no rim Tenotomia Do tendão Toracotomia Da parede torácica Toracostomia Da parede de tórax para drenagem Traqueostomia Da traqueia para facilitar a passagem de ar UreterolitotomiaDo ureter para retirada de cálculo QUADRO - TERMINOLOGIAS QUE NÃO SEGUEM AS REGRAS CITADAS Cirurgia Para abertura e Central de material e esterilização 27 www.estetus.com.br Amputação Remoção de um membro ou parte necrosada do corpo Anastomose Conexão e sutura de dois órgãos ou vasos Artrodese Fixação cirúrgica de articulações Bartolinectomia Retirada de cisto de Bartholin Biópsia Remoção de um tecido vivo para diagnóstico Cauterização Destruição de tecido por meio de agente cáustico ou calor Cesariana Retirada do feto por incisão através da parede abdominal Circuncisão Ressecção da pele do prepúcio que cobre a glande Cistocele Queda de bexiga Curetagem uterina Raspagem e remoção do conteúdo uterino Deiscência Separação dos bordos previamente separados e unidos Dissecção Corte, retalhamento Divertículo Bolsa que sai da cavidade Enxerto Transplante de órgão ou tecido Episiotomia Incisão perineal destinada a evitar a rutura do períneo durante o parto Evisceração Saída de vísceras de sua cavidade Fístula Orifício que coloca em comunicação parte de um órgão, cavidade ou foco supurativo com a superfície cutâneo ou mucosa Goniotomia Cirurgia de glaucoma Onfalectomia Remoção do umbigo Bursh Levantamento da bexiga Hammsted Correção de estenose pilórica Manchester Correção do prolapso de útero Paracentese Punção cirúrgica da cavidade abdominal para retirada de líquido Ressecção Retirada de parte de órgão Retocele Protusão de parte do reto Central de material e esterilização 28 www.estetus.com.br Toracocentese Punção da cavidade torácica Varicocele Veias dilatadas no escroto Vasectomia Corte de um segmento do canal deferente para controle da natalidade QUADRO -TERMINOLOGIAS QUE NÃO SEGUEM AS REGRAS CITADAS Ação Sufixo Instrumental cirúrgico Que corta Tomo Craniótomo, costótomo Que detém Stato Laparóstato Que rompe Clasto Osteoclasto HISTÓRICO DA CME Central de Material e Esterilização nos Hospitais brasileiros ocorreu na década de 40,(limpeza o preparo e o acondicionamento dos artigos hospitalares) era realizado pelo pessoal da Enfermagem das próprias unidades, sendo que a CME apenas realizava a esterilização. Em meados de 50 surgem os centros de materiais parcialmente esterilizados, preparo e esterilização. Atividades: - Receber, desinfetar e separar os artigos; - Lavar os artigos; - Receber as roupas vindas da lavanderia; - Preparar os artigos e roupas (pacotes); - Esterilizar os artigos, roupas por meio de métodos físicos ou químicos; - Realizar o controle microbiológico e das validades dos produtos esterilizados; - Armazenar e distribuir os artigos e as roupas esterilizadas; - Zelar pela proteção e pela Segurança dos operadores ESTRUTURA DA CME Central de material e esterilização 29 www.estetus.com.br A Central de Esterilização deve ser uma unidade de produção autônoma e independente do Centro Cirúrgico, considerando ser sua atividade meio, pois possui vários clientes e fornecedores. Esta deve ser gerenciada por profissional de saúde devidamente habilitado. A Portaria n° 1.884/94/MS normatiza que estabelecimentos de saúde devem possuir Central de Esterilização, e segundo esta portaria, pode localizar-se fora ou dentro da Instituição. No Anexo 1, quadro 1, podemos observar os parâmetros básicos para instalação de uma Central de Esterilização, que resumidamente recomenda: Pisos e paredes: - De cor clara; - Limpeza fácil; - Piso de preferência vinílicos; - Resistente ao calor, umidade, corrosão; -Forro acústico, para amenizar os ruídos; Janelas: - Amplas que permitam a entrada de luz natural; - Altas e fechadas – quando a ventilação for feita por ar-condicionado; - Altas e abertas – proporcionando ventilação natural. Estas devem ser protegidas com telas milimétricas de nylon de forma a evitar entrada de vetores. -Iluminação: - Artificial; - Natural. Obs.: Ambas devem facilitar o desenvolvimento das atividades dos funcionários. Temperatura: - Adequada ao ambiente do processo de trabalho da Central de Esterilização entre 18° e 25°C Ventilação e exaustão do calor: - Manter a temperatura em níveis adequados ao conforto (18° a 25° C), principalmente na área onde se localizam as autoclaves; Central de material e esterilização 30 www.estetus.com.br Ambiente de apoio: - Vestiários com sanitários e chuveiros para funcionários e barreiras para áreas limpas e para áreas sujas com barreiras, podem ser áreas em comum desde que tenham barreiras com acessos específicos; - Depósito de material de limpeza, que pode ser comum às áreas limpas e sujas, desde que seu acesso seja externo; - Sala administrativa; - Área e manutenção dos equipamentos de esterilização física; - Local próprio destinado a descanso e lanche dos funcionários; - Pia para lavagem das mãos de fácil acesso. Dinâmica e Fluxo: - O fluxo contínuo e unidirecional do artigo, evitando o cruzamento de artigos sujos com os limpos e esterilizados, como também evitar que o trabalhador escalado para área contaminada transite pelas áreas limpas e vice-versa. Caso seja necessário o trabalhador deverá trocar de roupa. 1 - Fluxo unidirecional com barreiras físicas entre as áreas. - Expurgo (área suja) – Preparo de material e carga da autoclave (área limpa) – retirada de material da autoclave e guarda do material estéril (área estéril). RECURSOS HUMANOS E EQUIPAMENTOS A complexidade dos processos de esterilização, o alto custo na aquisição de instrumentais cirúrgicos cada vez mais sofisticados e a demanda cada vez maior no uso desses materiais, exige investimentos na qualificação do profissional, na montagem e na manutenção da Central de Esterilização. Ter pessoas qualificadas, equipamentos e insumos que acompanham a evolução tecnológica é garantir a qualidade do serviço prestado e manter em níveis reduzidos os riscos de agravo à saúde do cliente. Gerência Deve ser ocupada por profissional da saúde de nível superior com qualificação Central de material e esterilização 31 www.estetus.com.br específica, experiência na área, que responda legalmente por todas as ações ali realizadas. O enfermeiro “tem perfil perfeitamente adequado para realizar este gerenciamento”. Demais membros Devem possuir no mínimo o 1º grau completo, ter afinidade com o processo de trabalho, compreender a importância dos procedimentos e saber executá-los corretamente. Posto isso, ressalta-se alguns valores que devem ser relevantes para esta equipe: - Ter competência técnica; - Inspirar confiança e credibilidade; - Planejar e organizar; - Ser atento; - Ter postura profissional; - Ter espírito de trabalho em equipe; - Possuir responsabilidade profissional; - Estar atento às regras básicas de assepsia e antissepsia; - Estar envolvido em processos de educação continuada. Quantitativo O quantitativo de pessoas necessárias para impulsionar a Central de Esterilização está diretamente relacionado ao porte da Instituição, a produção e a jornada de trabalho da equipe. Equipamentos Ao planejar uma Central de Esterilização deve-se levar em conta o tipo e a previsão correta dos equipamentos, tais como: - A complexidade de atendimento da Instituição; - Volume e características do material a ser esterilizado; - Disponibilidade de recursos financeiros; Central de material e esterilização 32 www.estetus.com.br A previsão correta dos equipamentos leva em médio prazo à redução do custo da mão de obra e o aumento da vida útil dos instrumentais e materiais submetidos aos processos de limpeza e esterilização. Em uma Central de Esterilização podemos dizer que basicamente existem dois tipos de recursos materiais: Materiais permanentes e insumos: - Lavadoras termo-desinfectadoras;- Máquina seladora de embalagens; - Embalagens; - Cestos suspensos para armazenamento de materiais a serem esterilizados e/ou estéreis; - Carrinho de transporte interno na Central de Esterilização e externo, para diversos setores; - Lupa. Equipamentos específicos - Autoclave – vácuo pulsátil; - Autoclave – gravitacional; - Autoclave – alto-vácuo; - Autoclave – óxido de etileno; - Autoclave – peróxido de hidrogeno. • Cuidados com os equipamentos específicos: ✓ Qualificação operacional no momento da instalação: Nesta etapa deve estar presente, além do enfermeiro da Central de Esterilização e do serviço de engenharia clínica, o fabricante. - Checar manômetros, vacuômetros e termômetros; - Validar a autoclave conforme indicação do fabricante ou normas vigentes; - Guardar os registros da validação controlando sua periodicidade; - Realizar manutenções corretivas e/ou preventivas nos equipamentos de forma a montar o histórico dos mesmos. Nos casos de manutenção preventiva, o setor de engenharia clínica deve manter registros de suas realizações (cronograma e check- Central de material e esterilização 33 www.estetus.com.br list) bem como controlar sua periodicidade; - Fazer teste físico com termopares para assegurar que os registradores externos de temperatura sejam fiéis à temperatura interna da câmara e que haja uniformidade e estabilidade de temperatura dentro do esterilizador; - Fazer ensaio de esterilização com o uso de indicadores biológicos com vários tipos de cargas; - Checar tempo de cada fase do ciclo. ✓ Controle rotineiro do equipamento: - Registrar a cada ciclo o desempenho dos manômetros, vacuômetros e termômetros, ou no mínimo uma vez ao dia, por meio de formulário específico, mantendo-o com registro; - Utilizar indicadores químicos externos em todos os pacotes e preferencialmente anexá-los ao prontuário do paciente; - Utilizar indicadores biológicos uma vez ao dia ou, no mínimo, semanalmente; - Utilizar teste de Bowie & Dick em autoclaves pré-vácuo, na primeira carga do dia; - Estabelecer um calendário de manutenção preventiva; - Utilizar sempre que possível integradores em todos os pacotes (indicador químico interno). ✓ Checagem da função do equipamento após consertos, reformas e grandes mudanças no tipo de carga e/ou embalagens: É importante nesta fase que sejam feitos testes para assegurar que não houve comprometimento da função do equipamento. - Fazer teste de Bowie & Dick em autoclaves pré-vácuo. - Registrar o desempenho dos manômetros, vacuômetros e termômetros. - Utilizar indicador biológico em pelo menos uma carga teste. ✓ Manutenção preventiva da autoclave: Realizada por serviço contratado ou pela engenharia do próprio hospital. Os procedimentos devem ser registrados e o manual do aparelho consultado. - Diariamente: Central de material e esterilização 34 www.estetus.com.br - limpar dreno; - verificar ralo da câmara interna; - limpar a câmara interna do aparelho. - Quinzenalmente: - limpar filtros, válvulas de retenção, gerador e purgadores; - verificar as borrachas de vedação da porta; - lubrificar a guarnição com silicone líquido. - Mensalmente: - verificar elementos filtrantes; - verificar ajuste de fechamento de porta; - verificar troca da guarnição da tampa; - verificar acionamento manual das válvulas de segurança; - verificar grau de impregnação dos elementos hidráulicos. Se necessário desimpregnar. - Anualmente: - teste e avaliação hidrostática e aferição dos instrumentos de controle; - validação do equipamento; - calibração dos instrumentos de medida que integram o equipamento. Observação: As manutenções mensais devem ser realizadas pelo fabricante, ou empresa devidamente capacitada a realizar o serviço, sendo que este deve ser acompanhado por um profissional de engenharia clínica. CLASSIFICAÇÃO DOS ARTIGOS E MÉTODOS DE LIMPEZA Denominam-se artigos hospitalares os materiais empregados com o objetivo de prevenir danos à saúde das pessoas ou de restabelecê-la, necessários aos cuidados dispensados. Eles têm grande variedade e as mais diversas finalidades, podendo ser descartáveis ou permanentes, e esterilizáveis ou não. A equipe de enfermagem tem importante papel na manutenção dos artigos hospitalares de sua unidade de trabalho, sejam em ambulatórios, unidades básicas ou outros setores em que esteja atuando. Para sua previsão e provisão, devem-se levar em consideração as necessidades de consumo, as condições de Central de material e esterilização 35 www.estetus.com.br armazenamento, a validade dos produtos e o prazo de esterilização. Os artigos permanentes devem ter seu uso assegurado pela limpeza, desinfecção, descontaminação e esterilização. Os artigos utilizados nos serviços de saúde são classificados em três categorias, propostas pela primeira vez por Spaulding, conforme o grau de risco de provocar infecção nos pacientes, nas seguintes categorias: críticos, semicríticos e não críticos. Esta classificação irá nortear a escolha do processo de desinfecção ou esterilização a ser utilizado. Artigos Críticos São assim denominados em função do alto risco de infecção, se estiverem contaminados com qualquer micro-organismo ou esporos (forma de resistência). São artigos que entram em contato direto com tecidos ou tratos estéreis devendo, portanto ser submetidos ao processo de esterilização. Ex.: agulhas, instrumentais cirúrgicos, soluções injetáveis, cateteres intravasculares e dispositivos a eles conectados, como equipos de solução e torneirinhas. Artigos semicríticos São aqueles que entram em contato com a pele não íntegra e membranas mucosas. Devem ser submetidos no mínimo à desinfecção. Em algumas circunstâncias a esterilização é desejável pelo risco do artigo tornar-se crítico, como em lesões acidentais de mucosas. Dificuldades técnicas e riscos inerentes aos processos de desinfecção química também concorrem para a indicação da esterilização. Ex.: sonda nasogástrica, equipamentos respiratórios, equipamentos de anestesia e endoscópios. Artigos não críticos São os que entram em contato com a pele íntegra e que somente necessitam desinfecção de médio ou baixo nível, quando reutilizados entre pacientes. Esta medida tem por objetivo bloquear a transmissão de microrganismos. Ex.: estetoscópios, mesas, focos, comadres, termômetro etc. Central de material e esterilização 36 www.estetus.com.br QUADRO - RELAÇÃO DE ALGUNS ARTIGOS COM A RESPECTIVA CLASSIFICAÇÃO CRÍTICOS SEMICRÍTICOS NÃO CRÍTICOS Metais sem/ fio de corte; Metais sem/ motor; Instrumental cirúrgico Inaladores, máscaras de nebulização, extensores plásticos, ambú, cânula de Guedel, acronebulizacão Termômetro Tecido para procedimento cirúrgico (ex.: enxerto vascular) Válvulas de ambú com componentes metálicos Máscaras de ambú Esfigmomanômetro coberto por plástico PVC, nylon, plástico Circuitos de respiradores Cânula endotraqueal Esfigmomanômetro: coberto por brim Tubos de Látex, Acrílico, Silicone, teflon Lâmina de laringoscópio (sem lâmpada) Lâmpada do laringoscópio Cabo de laringoscópio Vidraria e borracha para aspiração Espéculos vaginais, nasais, otológicos (metálicos). Comadres e patinhos Peças de mão dos motores Endoscópios do trato digestivo e respiratório Bacias, cubas, jarros e baldes Fibra ótica: endoscópios, artroscópios, laparoscópios, aparelhos de cistoscopia Mamadeira Bicos de mamadeira Utensílios plásticos para preparo das mamadeiras Copos e talheres Recipiente p/ guardar mamadeiras e bicos já processados e embalados MÉTODOS DE LIMPEZA DE INSTRUMENTAL CIRÚRGICO Limpeza manual Central de material e esterilização 37 www.estetus.com.br Executada por meio de fricção com escovase uso de soluções de limpeza. Limpeza mecânica Meios de equipamentos: - Lavadora ultrassônica – processo de ondas ultrassônicas, com pressão negativas; - Lavadora desinfetadora, termodesinfetadora. (lav casa). LAVADORA http://www.hc.unicamp.br/sites/default/files/users/Administrador/noticias/not- 090922/EPSN0008a.jpg Recomendações para limpeza de instrumental cirúrgico - Processo de limpeza facilita a remoção de sujidade; - Limpeza em lavadora desinfetadora antes da manipulação pelos funcionários; - Lavar peça por peça com escova apropriada, friccionando delicadamente o corpo, articulações e a cremalheira da pinça seguindo as ranhaduras; - Lavar manualmente os instrumentais, escolher o método de limpeza que seja eficaz e conserve o artigo; http://www.hc.unicamp.br/sites/default/files/users/Administrador/noticias/not- Central de material e esterilização 38 www.estetus.com.br - Separar o instrumental cirúrgico cortante e os pesados, colocando os leves por cima; - Desmontar o instrumental sempre que possível, abrir as pinças; - Utilizar produtos e escovas não abrasivos, a fim de evitar corrosão no instrumental; - Artigos canulados, utilizar pistola de ar comprimido; - Instrumentais novos devem passar por todos os processos; - Enxaguar abundantemente o artigo; - Realizar a inspeção e secagem; - Lubrificar os instrumentais com articulações; - Validar o processo de limpeza e desinfecção dos artigos; - Retirar os instrumentais danificados. Processo de Limpeza: - Agrupar por tipo de artigo; - Imergir ou embeber em solução; - Limpar; - Enxaguar em água potável; - Enxaguar em água deionizada; - Secar. Central de material e esterilização 39 www.estetus.com.br PROCESSO DE LIMPEZA http://www.hospitalar.com/index.php?http://www.hospitalar.com/noticias/not19 31.html USO DE EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL (EPI) A manipulação de agentes químicos, de contato com altas temperaturas e de materiais contaminados por material biológico, requer medidas de segurança aos profissionais. Precauções padrão devem ser adotadas independentemente do grau de sujidade do artigo e da toxicidade dos produtos químicos a serem manipulados. Portanto é imprescindível o uso do EPI. Tais equipamentos também devem ser utilizados em todas as etapas do processo, sempre relacionando a atividade ao equipamento. Devem ser utilizados para garantir a segurança do profissional ao se expor a http://www.hospitalar.com/noticias/not1931.html http://www.hospitalar.com/noticias/not1931.html Central de material e esterilização 40 www.estetus.com.br substâncias químicas, gases tóxicos, riscos de perfuração ou corte e ao calor, prevenindo assim acidentes de trabalho ou doenças ocupacionais. A tabela abaixo indica quais são os EPI necessários para cada procedimento. QUADRO - EPI NECESSÁRIOS PARA CADA PROCEDIMENTO PROCESSOS A U T O C L A V E E S T U F A Á G U A Q U E N T E Á L C O O L E T ÍL IC O A 7 0 % F O R M A L D E ÍD O G L U T A R A L D E ÍD O A 2 % H IP O C L O R IT O D E S Ó D IO 1 % Á C ID O P E R A C É T IC O Ó X ID O D E E T IL E N O P E R Ó X ID O D E H ID R O G Ê N IO Q U A T E R N Á R IO D E A M 6 O N IO Equipamentos LUVA DE AMIANTO CANO LONGO x x LUVA DE LÁTEX CANO LONGO x LUVA DE BORRACHA x x x x x ÓCULOS x x x MÁSCARA COM FILTRO x x x Central de material e esterilização 41 www.estetus.com.br QUÍMICO AVENTAL IMPERMEÁVEL x x x CONFORME LEGISLAÇÃO VIGENTE x PROCESSAMENTO DE ARTIGOS HOSPITALARES Limpeza e secagem A limpeza é o ato de remover a sujidade por meio de fricção e uso de água e sabão ou soluções detergentes. Há várias fórmulas de detergentes disponíveis no mercado, variando do neutro a específicos para lavadoras. Ainda nesta classificação, podemos apontar os enzimáticos utilizados para limpeza de artigos por imersão, bastante recomendados, atualmente, por sua eficácia na limpeza - são capazes de remover a matéria orgânica da superfície do material em tempo inferior a 15 minutos (em média, 3 minutos), não danificam os artigos e são atóxicos e biodegradáveis. É importante frisar que todo processo de desinfecção ou esterilização deve ser precedido pela limpeza e secagem rigorosas dos artigos, devendo todo artigo sujo com sangue ou secreções serem considerados contaminados. A imersão de artigos sujos em soluções germicidas possui limitações; “é desconhecido o nível de proteção oferecido por este processo, uma vez que todas estas soluções sofrem redução de atividade, em maior ou menor grau em presença de matéria orgânica. Além dessa, outras desvantagens podem ser citadas, como: o alto custo envolvido, a impregnação da matéria orgânica nos artigos, a toxicidade dos produtos e o aporte de grandes volumes de desinfetantes na rede de esgoto, acarretando possíveis danos ambientais”. Falhas na limpeza dos artigos impedem a esterilização, pois sujeira e gordura atuam como fatores de proteção para os micro-organismos, agindo como barreira para o contato com agentes esterilizantes químicos, físicos ou físico- químicos. A limpeza de artigos deve ser feita preferencialmente por equipamentos Central de material e esterilização 42 www.estetus.com.br que utilizem processos físicos, como lavadoras termodesinfetadoras, pois promovem limpeza e descontaminação simultâneas, reduzindo a manipulação do material contaminado. Detergentes enzimáticos facilitam a ação mecânica, reduzindo potencialmente os riscos ocupacionais. Agem removendo a matéria orgânica, são atóxicos e biodegradáveis. Na ausência do detergente enzimático, os instrumentais deverão sofrer exposição à água morna e corrente. Estes artigos deverão estar preferencialmente em cestos aramados para minimizar a manipulação do material contaminado e reduzir a produção excessiva de aerossóis. Além das lavadoras que utilizam jatos de água quente há no mercado as lavadoras ultrassônicas, as quais a ação desencrostante do detergente enzimático é potencializada pelo ultrassom. Na impossibilidade de tais processos, efetuar lavagem manual por fricção, auxiliada por escova ou esponja. Este método deve ser utilizado após a imersão do artigo em desencrostantes, preferencialmente enzimáticos. O enxágue deverá ser feito em água corrente. A água que abastece as Centrais de Esterilização deve ter qualidade diferenciada. Para este setor não basta obedecer a padrões de potabilidade, pois muitas vezes água em uso é potável, porém está impregnada com metais pesados e cloro, o que acelera a corrosão dos metais. Produtos Utilizados - Detergente enzimático: amilases, que promovem simultaneamente a dispersão, solubilização e emulsificação, removendo substâncias orgânicas das superfícies dos artigos. São biodegradáveis, neutros concentrados, não oxidantes, com ação bacteriostática e, portanto não promovem desinfecção. - Detergente não enzimático (desencrostante): Detergente de baixa alcalinidade a base de tensoativo aniônico ou em associação de tensoativos aniônicos e não iônicos (nonilfenois), cuja formulação coadjuvante é à base de polifosfato, agente alcalinizante e agentes antioxidantes. Secagem Central de material e esterilização 43 www.estetus.com.br Outro passo importante é a secagem, pois a umidade interfere em diferentes processos de esterilização. Para tal processo é recomendável o uso de: - Secadoras de ar quente ou frio; - Estufas reguladas para este fim; - Ar comprimido medicinal, principalmente para artigos que possuam lúmen; - Pano limpo, absorvente e seco. Após tal processo deverá ocorrer a inspeção rigorosados artigos, preferencialmente com auxílio de lupa, no sentido de detectar presença de oxidações, secreções e umidade. Nessa fase pode-se utilizar o álcool a 70% com fricção, que acelera a secagem do material. Objetivando aumentar a vida útil dos instrumentais, principalmente os que possuem articulações, cremalheiras ou ranhuras, estes devem ser lubrificados com produtos não tóxicos, que possuam ação anticorrosiva. MÉTODOS DE DESINFECÇÃO DE ARTIGOS HOSPITALARES É subdivido em três níveis: Desinfecção de alto nível – Destrói todas as bactérias vegetativas, micobactérias, fungos, vírus e parte dos esporos. O enxágue deverá ser feito preferencialmente com água estéril e manipulação asséptica. Desinfecção de nível intermediário - Viruscida, bactericida para formas vegetativas, inclusive contra o bacilo da tuberculose. Não destrói esporos. Desinfecção de baixo nível - É capaz de eliminar todas as bactérias na forma vegetativa, não tem ação contra os esporos, vírus não lipídicos nem contra o bacilo da tuberculose. Tem ação relativa contra os fungos. O conhecimento adquirido sobre a transmissão de doenças e o estabelecimento de precauções básicas faz com que se considere potencialmente contaminado todo e qualquer instrumento ou material que tenha Central de material e esterilização 44 www.estetus.com.br tido contato com matéria orgânica, independente do seu grau de sujidade aparente. A desinfecção de artigos pode ser feita por métodos físicos, químicos e físico-químicos. Agentes Físicos Pode ser feita imersão dos artigos em água a 100°C (ebulição) por 30 minutos. Preferencialmente utilizando sistemas automáticos, lavadoras termodesinfetadoras, com programas específicos, validados para cada grupo de artigos. Agentes Químicos Exigem que todos os artigos estejam limpos e secos antes de serem completamente imersos em solução desinfetante. Como o desinfetante age por contato, o artigo deve ser colocado em recipiente contendo solução suficiente para que tal artigo fique totalmente imerso. Quando o artigo tem áreas ocas, a solução desinfetante deve preenchê- la totalmente. O recipiente utilizado deve ser preferencialmente de plástico. Caso de metal, este deve ser forrado com tecido (tipo compressa) para evitar que sua superfície entre em contato com os instrumentos metálicos, evitando a formação de corrente galvânica e, consequente desgaste dos materiais. Após a desinfecção, os artigos devem ser abundantemente enxaguados em água de qualidade, conforme descrito posteriormente. Princípios ativos utilizados para desinfecção ou esterilização química A fim de que os profissionais de saúde possam utilizar os artigos com segurança, a Portaria 15/88 do MS estabelece os seguintes princípios ativos Central de material e esterilização 45 www.estetus.com.br para os desinfetantes de artigos hospitalares: − Aldeídos (Formaldeído / Glutaraldeído); − Fenólicos (Fenol Sintético); − Quaternário de Amônio; − Compostos Orgânicos Liberadores de Cloro Ativo; − Compostos Inorgânicos Liberadores de Cloro Ativo; − Iodo e Derivados; − Álcool; − Glicóis; − Biguanidas; − Peróxidos. Aldeídos Glutaraldeído: O glutaraldeído é um dialdeído saturado com potente ação bactericida, viruscida, fungicida e esporicida, podendo ser utilizado para esterilização química de artigos termossensíveis. A atividade biocida dá-se por reação química de alquilação, alterando o DNA, RNA e a síntese proteica dos micro-organismos. Quanto aos esporos, age enrijecendo a parede celular. Sua ação dependerá do tempo de exposição e condições do artigo, que deverá estar limpo e seco para facilitar a penetração deste agente. É indicado para desinfecção de alto nível em artigos termossensíveis com tempo de exposição de 30 minutos em solução a 2%. Também é indicado como esterilizante, com o tempo de exposição entre 8 e 10h. O produto sofre alterações em temperaturas superiores a 25°C. A solução deve ser trocada de acordo com orientação do fabricante, na ocorrência de alteração na cor e presença de depósitos. É tóxico, não biodegradável, portanto deve ser manipulado em local ventilado e com uso de EPI. As soluções neutras ou alcalinas possuem ação microbicida e anticorrosiva superiores quando comparadas às ácidas. Os artigos processados em glutaraldeído não podem ser armazenados, mesmo em recipiente estéril, (risco de recontaminação). O glutaraldeído é um Central de material e esterilização 46 www.estetus.com.br produto tóxico que pode irritar os olhos, nariz e garganta, por isso, seu manuseio deve ser feito com uso de EPIs. Recomendação: - Utilizar este método de esterilização só nas situações em que não houver outro recurso disponível; - Ativar a solução conforme descrição do fabricante, validade de 14 a 21 dias, datar e identificar; - Realizar uma limpeza, secagem antes da imersão, após o término do tempo indicado fazer a lavagem dos artigos com água estéril; - Desprezar a solução em caso de contaminação ou prazo de validade. Formaldeído Tem o mesmo mecanismo de ação semelhante ao do Glutaraldeído. É pouco ativo a temperaturas inferiores a 20°C, aumentando a atividade em temperaturas superiores a 40°C. Em processo de desinfecção ou esterilização possui desvantagens, pois tem baixo poder de penetração, distribuição não uniforme e alta toxicidade que restringem o seu uso. O tempo de exposição deve seguir orientações do fabricante: para desinfecção utiliza-se solução 4% volume-volume (v/v) por trinta minutos. Para esterilização, tanto na solução alcoólica a 8%, quanto para a solução aquosa a 10%, o tempo mínimo é de 18 horas. Além da forma líquida, existem os polímeros sólidos do formaldeído, o paraformaldeído, conhecidos como “pastilhas de formalina”. Para se alcançar a esterilização deste modo necessita-se de concentração de 3%, estufa pré- aquecida a 50°C, em tempo de 4 horas e umidade relativa de 100%. Devido à dificuldade técnica de execução do processo em condições ideais e de sua validação, não deve ser utilizado de rotina. Álcoois Agem por desnaturação das proteínas dos micro-organismos e sua ação bactericida aumenta quando hidratado. É tuberculicida, fungicida, viruscida, porém não destroem esporos bacterianos. Central de material e esterilização 47 www.estetus.com.br - álcool isopropílico: tem ação seletiva para vírus, é mais tóxico e com menor poder germicida que o etílico. - álcool etílico (70%): a concentração 70% tem baixa toxicidade, é indicado para desinfecção de nível intermediário ou médio. Deve ser utilizado por fricção, em três aplicações, com secagem espontânea e tempo total de exposição de 10 minutos. Compostos Inorgânicos Liberadores de Cloro Ativo Hipoclorito de Sódio/Cálcio/Lítio: Produto instável, termossensível, fotossensível e inativado rapidamente em presença de matéria orgânica (sangue, fezes e tecidos), que diminui sua atividade rapidamente em recipientes claros ou em altas temperaturas. Por ser corrosivo seu uso é contraindicado em artigos metálicos. Na forma não diluída o tempo máximo de armazenamento é de seis meses. Hipoclorito de Sódio: São formulações comercializadas na forma líquida. Devem ser utilizados nas seguintes concentrações e tempo de contato: I. Desinfecção/Descontaminação de Superfícies – 10.000ppm ou 1% de Cloro– 10 minutos de contato. II. Desinfecção de Lactários e utensílios de Serviço de Nutrição e dietética (SND) –200ppm ou 0,02% Cloro ativo – 60 minutos. III. Desinfecção de Artigos de Inaloterapia e Oxigenoterapia não metálicos - 200ppm ou 0,02% a 0,5% de Cloro ativo - 60 minutos. Dispensando enxágue. IV. VI Desinfecção de Artigos Semicríticos – 10.000ppm ou 1% de Cloro ativo – 30 minutos. Hipoclorito de Cálcio e Lítio: São compostos sólidos