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Doença de Chagas

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Parasitologia 
Tripanosoma cruzi 
Profa. Esp. Renata Attademo Raso 
Biomédica 
Especialista em Anatomia Funcional e Clínica 
Mestranda em Clínica Médica – IEP – Hospital Santa 
Casa -BH 
Formas do parasita e o inseto vetor encontrados 
por Chagas, denominado “Schizotrypanum cruzi“ 
 
Epimastigota 
Panstrongylus 
megistus 
Tripomastigota 
Filogenia do gêneroTrypanosoma 
FILO: SARCOMASTIGOPHORA 
CLASSE: ZOOMASTIGOPHOREA 
ORDEM: KINETOPLASTIDA 
FAMILIA: TRYPANOSOMATIDAE 
GÊNERO: Trypanosoma 
ESPÉCIE: Trypanosoma cruzi 
 
Municípios com casos registrados da doença de Chagas 
aguda por município no período de 2000 a 2010 (Fonte: 
SVS/MS). 
 
 
1. Passo: a infecção 
 
Rhodnius prolixus 
Dipetalogaster maximus: 
repasto sanguíneo 
Transmissão 
Transmissão Natural 
Sinal de Romaña 
Vetores de T. cruzi : Hemíptera 
 
– espécies hematófagas: 
– Reduviidae - Triatominae 
(barbeiros) 
 
 
 
 
– Diferente dos pernilongos: todos os 
estágios e ambos os sexos são 
hematófagos 
 
Triatomíneos mais importantes na 
transmissão da doença de Chagas 
 
2. Passo: A invasão de células 
(inicialmente macrófagos) 
3. Passo: a disseminação no 
hospedeiro vertebrado 
 
4. Passo: a contaminação do vetor 
invertebrado 
 
Tripomastigota sangüíneo 
Outras vias de infecção 
- transfusional! 
 
- congênita (0,5-3,5% risco) 
 
- acidentes de laboratório 
Patogenia 
- período de incubação: 5 a 60 dias 
 
Fase aguda 
 
- Maior parte assintomática ou inaparente 
- infecção local (sintomas: Chagoma/Sinal de Romaña) 
- infecção disseminada, alvos preferenciais: Células Kupffer, 
 macrófagos do baço e células do miocârdio (sintomas: febre 
, cefaléia, mialgia, adenite, morte em 10% dos casos 
 por meningoencefalite ou miocardite aguda) 
Patogenia 
Fase crônica (sintomas em 30% dos casos, 
70% sem sintomas): 
 
- Infecção crônica com baixas parasitemias 
 
- Aumento do coração, dilatação dos ventrículos, e/ou miosite 
no esôfago, côlon ou intestino delgado 
- destruição dos gânglios é compensado por aumento da massa 
muscular levando a megaesôfago, megacôlon (sintomas: 
inabilidade física, disfagia, constipação, morte) 
 
- Cura espontânea é possivel em cada estágio 
 
- Pacientes em muitos casos estão incapacitados de exercer 
atividades profissionais 
Fase crônica: Cardiomegalia e 
aneurisma de ponta 
 
Fase crônica: Miocardite chagasica 
 
Fase crônica: Megacôlon 
 
Aspectos da relação patógeno-
hospedeiro 
 
• Porque a patologia em um paciente é tão 
diferente de um paciente ao outro 
(assintomático/cura/crônico/patologia de orgãos 
diferentes)? 
 
• Como é causada uma patologia extensa com 
muito pouco parasita? 
 
Células infectadas (cardiomiócitos) e macrófagos 
após fagocitose secretam quimocinas que 
recrutam leucócitos para o tecido infectado 
 
Xenodiagnóstico 
 
Programas de controle 
 da Doença de Chagas 
 
Primeiras tentativas de controle de vetor 
- Depois da descoberta (anos 10 e 20 do seculo passado) 
 por Chagas, tentativas frustradas de eliminação do vetor 
 Panstrongylus megistus usando querosene, água fervente 
 e até lança-chamas em casas pau-a-pique 
- Chagas, Pellegrino e Dias perceberam que a melhoria das 
 moradias mostrou grande efeito 
 
• Primeira campanha nacional (1984), objetivo: Erradicação 
 de Triatoma infestans 
A Iniciativa Cone Sur 1991-2000 
 Objetivos: 
 
- Erradicação de Triatoma infestans 
 
- Controle dos bancos de sangue para contenção do risco 
 de infecção transfusional 
 
- Diminuir o impacto económico e social da doença de 
 Chagas 
O Futuro do controle da 
Tripanossomiase 
- Manter a vigilância (Bolivia ainda continua a fonte 
 de Triatoma infestans) 
 
- Manter os orçamentos e programas para monitoramento 
 de potencias áreas de risco, independente do partido 
 do ministro de saude e outros desafios no setor de saude 
 
- Reação rápida dos orgãos de saude a novos desafios: 
- reintrodução dos vetores 
- domesticação de vetores silvestres (Amazônia!!!) 
Tratamento 
 
Benzonidazole (“Rochagan“) 
- em uso para tratamento nas fases aguda e crônica 
 5-6 mg/kg peso corporal (30-60 dias) 
- eficiência: fase aguda:>90% 
 fase crônica:>60% 
Desvantagens: 
- efeitos colaterais 
- tratamento demorado 
- controle de cura 
- já existem cepas de laboratório que são resistentes 
 contra Benzonidazol 
 
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