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1 PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS PUC/MG DISCIPLINA DE MICROBIOLOGIA CLÍNICA Aluno:___________________________________________________________ Professor Lucas Ferreira Alves Campus Lourdes ROTEIRO DE AULAS PRÁTICAS http://www.pucminas.br/ 2 NORMAS GERAIS PARA TRABALHOS PRÁTICOS EM MICROBIOLOGIA OBJETIVO: informar ao estudante os princípios e os métodos utilizados em um laboratório de Microbiologia. 1. Observar o horário e estar sempre munido de material solicitado. 2. É obrigatório o uso de jaleco (de preferência longo) e vestimentas adequadas nos laboratórios. 3. O laboratório deve ser um recinto calmo. 4. Deve-se manter sobre a mesa apenas o material que será utilizado na execução do trabalho. 5. Durante todo o período de sua permanência no laboratório o estudante será avaliado quanto à assiduidade, pontualidade, participação, criatividade, iniciativa, organização e domínio da matéria. 6. Fazer a desinfecção da bancada antes e depois da execução da prática utilizando álcool 70%. 7. Sempre lavar as mãos ao entrar e sair do laboratório. 8. Mantenha os cabelos sempre presos. 9. Usar sapatos fechados. 10. Não falar em voz alta. 11. Não sair, desnecessariamente, de seus lugares. 12. Não comer ou ingerir líquidos dentro do laboratório. 13. Não retirar cultivo do laboratório. 14. Ao usar o bico de Bunsen, primeiramente acender o fogo e só então, abrir a torneira do gás. 15. As alças, pinças, pipetas, meios em tubos, etc., devem ser colocados nos suportes e não abandonados sobre a mesa. 16. Manter o bico de gás aceso somente quando necessário. 17. Ler o roteiro de prática antes de iniciar o trabalho. 18. Após o uso do microscópio, limpar as lentes com lenço de papel umedecido com álcool. 19. Terminado o exercício prático, guardar o microscópio e deixar a mesa em ordem. 20. Colocar os materiais contaminados em recipientes apropriados. 21. Após o término da aula, o estudante deverá retirar o jaleco e acondicioná-lo apropriadamente, pois não será permitido que o estudante circule pelas dependências da instituição com o avental utilizado na aula prática. 3 CONFECÇÃO DOS RELATÓRIOS DE AULA PRÁTICA Relatórios são documentos preparados com o objetivo de estabelecer um balanço dos resultados obtidos em um programa de trabalho. Para tal um relatório completo deverá ser composto de: Título: Deve indicar precisamente o conteúdo do relatório e havendo necessidade poderá ser desdobrado em subtítulos. Objetivo: Informar o que será realizado, o que se pretende. Introdução: Cabe aqui apresentar o tema em questão, a sua relevância esclarecendo o interesse do trabalho. Evitar apresentação precipitada dos resultados e discursos extensos. Deve ser sintética e versar exclusivamente sobre a temática do trabalho. Fazer citação. Material e Métodos: A descrição da metodologia usada deve ser breve, porém suficiente para possibilitar que outro possa repetir a investigação. Resultados: Devem ser apresentados diretamente sem discussão ou interpretação. Podem-se utilizar desenhos ou tabelas demonstrativas. Discussão: Deve conter a interpretação dos resultados restrita aos dados demonstrados nos resultados devendo aliar os achados com os conhecimentos anteriores sobre o assunto. Conclusões: Deve conter as conclusões que puderam ser tiradas dos experimentos. Pode-se utilizar a forma de tópicos para facilitar a compreensão. Referências: Deve conter as referências de todos os livros, apostilas e artigos que foram incluídos no relatório. Deve-se manter um padrão único para todas as referências (olhar modelo PUC - ABNT). 4 PUC MINAS Curso: _________ RELATÓRIO MICROBIOLOGIA CLÍNICA TURMA: ____ Bancada:______________________ NOME: 1. 2. 3._______________________________ 4. 5. 1- TÍTULO: 2- OBJETIVO: 3- INTRODUÇÃO: MATERIAL e MÉTODOS (Parte Experimental): RESULTADOS E DISCUSSÃO: CONCLUSÃO: REFERÊNCIAS: 14 15 AULA PRÁTICA I TÍTULO: MICROBIOTA NORMAL Demonstração da diversidade e distribuição dos microrganismos no corpo humano. 1. OBJETIVOS: - Demonstrar a presença e distribuição dos microrganismos do corpo humano. - Observar a diversidade dos microrganismos. - Observar a morfologia das bactérias presentes no corpo através da Coloração de gram. 2. INTRODUÇÃO: A microbiota normal humana varia de acordo com o sexo, a idade, a dieta, nutrição, níveis de estresse entre outros fatores. A microbiota normal do corpo humano tem início no momento do nascimento*, devido à passagem pelo canal do parto ou contato do mesmo com o ambiente, momento em que recebe os primeiros componentes de sua microbiota (TRABULSI; ALTERTHUM, 2015). Cada região habitada do corpo humano possui uma microbiota com características próprias. 3. MATERIAL E MÉTODOS: • 1 placa de BHI por aluno; • Swabs. Método – realizar a marcação da placa em dois setores; escolher dois locais do corpo, passar o swab e semear em placa (cada local um swab diferente), incubar a 37ºC, 24/48h. 16 4. RESULTADOS: Anotar os resultados obtidos na tabela abaixo: Local de coleta Nº colônias em ágar BHI Descrição das colônias - Escolher duas colônias, fazer coloração de Gram e anotar o resultado. 17 AULA PRÁTICA II TÍTULO – TÉCNICA DE SEMEADURA POR ESGOTAMENTO (ESTRIAS) 1 - OBJETIVO: Desenvolver a técnica de semeadura por esgotamento em placa (treinamento). 2 - INTRODUÇÃO: Uma população microbiana, sob condições naturais, contém muitas espécies diferentes. Os microbiologistas devem ser capazes de isolar, enumerar, e identificar os microrganismos em uma amostra, para então classificá-los e caracterizá-los (TRABULSI; ALTERTHUM, 2015). A técnica de semeadura é o método pelo qual se transfere inóculos bacterianos de um meio de cultura ou material a ser analisado para outro meio de cultura. O objetivo é obtenção de colônias puras, isoladas para realização de provas bioquímicas, identificação bacteriana dentre outros objetivos (BARBOSA et al., 2015). • técnica de esgotamento por meio de estrias superficiais - a amostra é semeada na superfície do meio solidificado com uma alça de semeadura para esgotar a população, assim em algumas regiões do meio, células individuais estarão presentes. 3 – MATERIAL E MÉTODOS: • Placas com meios de cultura sólido (uma por aluno); • Alças de semeadura; • Culturas bacterianas para as respectivas placas. Método: Identificar a placa de meio de cultura com nome, turma, data, curso e, em seguida realizar a técnica de semeadura por esgotamento em placa. Incubar a 37ºC 24/48h. 18 4 – RESULTADOS: Verificar a presença de colônias isoladas. 19 AULA PRÁTICA III TÍTULO: TESTES DE DIFERENCIAÇÃO PARA STAPHYLOCOCCUS AUREUS 1- OBJETIVO: Diferenciar através de testes laboratoriais S. aureus das outras espécies. 2 – INTRODUÇÃO Os Staphylococcus são cocos Gram-positivos medindo 0,5 a 1,5 mm de diâmetro; imóveis; catalase positiva; não esporulados; anaeróbicos facultativos; usualmente ocorrem em aglomerados característicos. De todas as espécies do gênero, o S. aureus é o mais importante para a clínica (TRABULSI; ALTERTHUM, 2015). O Staphylococcus aureus é considerado um patógeno humano oportunista e frequentemente está associado a infecções adquiridas na comunidade e no ambientehospitalar. As infecções mais comuns envolvem a pele e feridas em sítios diversos. (TORTORA, 2012). Algumas infecções por S. aureus são agudas e podem disseminar para diferentes tecidos. Episódios mais graves, como bacteremia, pneumonia, osteomielite, endocardite, miocardite, pericardite e meningite, também podem ocorrer (TORTORA, 2012). 3 – MATERIAL E MÉTODOS: • Placas de Ágar BHI com S. aureus e S. epidermidis (ou suspensão líquida em BHI líquido); • Água Oxigenada; • Lâminas de vidro; • Pipeta automática e ponteira (ou Pipeta Pasteur) para utilizar a água oxigenada. • Ágar Manitol (2 para cada teste); • Ágar DNAse ( 2 para cada teste); • Tubos com plasma de coelho (2 para cada teste); • Alças de semeadura; • HCl; Método: I. Identificar o material – Escrever na placa. (E as informações da bancada) 20 II. Inocular/Estriar no meio Ágar Manitol as duas espécies em suas respectivas placas. Incubar as placas 37oC por mais ou menos 24/48 horas. III. Fazer um esfregaço circular e denso na placa de Ágar DNAse. Incubar à 37ºC durante 24 horas. IV. Inocular uma alçada no meio plasma de coelho para as duas espécies. Incubar à 37oC por cerca de 2 horas. Se não coagular deixar mais 20h, totalizando 24h verificar novamente. 4 – RESULTADOS: I. Plasma de Coelho – coagulase: Se o plasma coagular, a espécie é indicativo de S. aureus. II. Ágar Manitol - A degradação do manitol com a produção de ácido muda a cor do meio de rosado a amarelo. Confirmando presença de S. aureus. III. Ágar DNAse - É utilizado para a determinação da atividade enzimática desoxirribonuclease. Esta enzima hidrolisa o ácido desoxirribonucleico (DNA) contido no meio de cultura após um período de incubação. - Acidificar o meio com HCl para a revelação da prova. Presença de halo teste positivo para S. aureus. S. Aureus DNAse S. Epidermidis DNAse S. Aureus Manitol S. Epidermidis Manitol S. Aureus Plasma S. Epidermidis Plasma 21 IV. Anotar os resultados. 22 AULA PRÁTICA IV TÍTULO: TESTES DE IDENTIFICAÇÃO PARA STREPTOCOCCUS 1. OBJETIVO: Diferenciar através de testes laboratoriais as espécies de Streptococcus. 2. INTRODUÇÃO: O gênero Streptococcus é composto por bactérias Gram-positivas, esféricas (cocos), podem se apresentar em pares ou cadeias (diplococos). As colônias são discóides, mucóides, opacas ou brilhantes. Esses microrganismos são considerados fastidiosos. Os estreptococos são imóveis, não esporulados, grande maioria anaeróbios facultativos. Além disso são fermentadores de carboidratos e apresentam perfil negativo para o teste da catalase, diferenciando-os dos Staphylococcus (MURRAY et al., 2009). Trata-se de importantes patógenos humanos, com diferentes espécies dentro do grupo, sendo responsável por diversas patologias, como fasciíte necrosante (gangrena estreptocócica), impetigo, escarlatina, erisipela, síndrome do choque tóxico estreptocócico entre outras. Há três formas de diferenciar e classicar as bactérias desse gênero. A primeira é por propriedades sorológicas que são os grupos de Lancefield. A segunda é por perfil hemolítico (hemólise), podendo ser hemólise completa (beta-β), hemólise incompleta (alfa-α) e ausência de hemólise (gama-γ). E a terceira classicação se baseia em características bioquímicas (MURRAY et al., 2009). 3. MATERIAL E MÉTODOS: • Ágar Sangue uma por aluno; • Tioglicolato meio líquido; • Swabs; • Alças de semeadura; • Pipeta automática e ponteira (ou Pipeta Pasteur); • Coloração de gram. 23 1º DIA I. Identificar o material. II. Colher material da orofaringe (tonsilas palatinas/amígdalas) com o auxílio de swab previamente umedecido em solução salina estéril e inocular o meio de Tioglicolato e incubar a 37oC por 24 horas. 2º DIA III. Inocular uma alçada por esgotamento o crescimento do meio Tioglicolato na placa de Ágar sangue e incubar a 37oC por 24 horas. 3º DIA (próxima aula) IV. Logo após o crescimento das bactérias, observar o padrão hemolítico ao redor das colônias. V. Realizar a coloração de gram com uma pequena quantidade da colônia e observar ao microscópio. 3. RESULTADOS: I. Bacterioscopia: A observação na coloração de gram, os estreptococos são observados em formas de cocos gram positivos aos pares (Lanceolados) e/ou em cadeias (estrepto). II. Padrão Hemolítico: Em relação ao padrão hemolítico, as bactérias podem comportar como β- hemolíticas, apresentando hemólise total das células sanguíneas (halo claro ao redor das colônias). O padrão α-hemolítico, apresenta hemólise parcial e forma-se um halo esverdeado ao redor das colônias, enquanto o γ-hemolítico não apresenta perfil de hemólise. 24 III. Anotar os resultados Padrão Hemolítico 25 AULA PRÁTICA V TÍTULO: UROCULTURA 1. Introdução Essa técnica tem como o princípio o isolamento, identicação e quanticação de bactérias presentes na urina. A urocultura deve ser realizada quando há suspeita de infecção do trato urinário. As principais bactérias causadoras de infecção do trato urinário são: enterobactérias como, Escherichia coli, Klebsiella pneumoniae, Proteus spp. e cocos Gram-positivos como Staphylococcus spp. e Enterococcus spp. Nesse tipo de infecção geralmente apresenta grandes quantidades de leucócitos na amostra (piúria). Para o diagnóstico é preciso analisar tanto a quantidade elevada de leucócitos como a presença de bactérias na amostra (bacteriúria) (OPLUSTIL, et al., 2004). Há várias opções de meios para urocultura. Classicamente, os meios recomendados são o Ágar Sangue e um meio seletivo para bacilos Gram negativos. Embora possa ser usado o Ágar Eosina Azul de Metileno ou mais comumente o Ágar MacConkey. Visando a otimizar custos, pode- se optar pelo Ágar Cystine Lactose Electrolyte Deficient (conhecido como Ágar CLED), pois permite o crescimento de bactérias Gram-positivas e Gram-negativas (SBPC, 2015). 2. Objetivos • Compreender os princípios da técnica de urocultura; • Descrever as bactérias mais frequentes encontradas nas infecções urinárias. 3. Materiais e Métodos • Ágar Cled • Alças de platina • Lâminas • Pipeta automática e ponteira (10 µL) • Kit coloração de gram • Amostra de urina 26 I. Identificar o material. II. A cultura pode ser realizada de duas formas, por meio de semeadura semiquantitativa em placa e lâmina-cultivo. III. Homogeneizar a amostra sem centrifugar; IV. Imergir a alça calibrada de 0,01 mL ou 0,001 mL na urina na vertical; V. Semear quantitativamente em placa com Cled; VI. Incubar em temperaturas entre 37°C por 18 a 24 horas. IX. Fazer a leitura. 4. Resultados • Crescimento com alça de 0,001 mL ou 1 μL (1:1000) = 1 colônia = 1.000 UFC/mL. • Crescimento com alça de 0,01 mL ou 10 μL (1:100) = 1 colônia = 100 UFC/mL • Cultura negativa = Se nenhum microrganismo foi observado nos meios inoculados, reportar: negativo ou sem crescimento de uropatógenos ou não houve crescimento de micro-organismos na amostra analisada; • Cultura positiva = >100.000 UFC/mL. Reportar a identificação e as UFC/mL de cada patógeno separadamente. Se houver três ou mais microrganismos: reportar crescimento de múltiplos microrganismos sugestivos de contaminação durante a coleta ou reportar a UFC/mL de cada microorganismo sem identificação ou reportar a UFC/mL de cada microrganismo e as suas identificações presuntivas. Em todos os casos, deve ser incluída a observação: “Sugere-se nova amostra, a critério do médico-assistente” (a observação deve ser colocada também em caso da aceitação de amostras coletadas fora dos critérios de aceitação padronizados pelo laboratório) (SBPC, 2015). As linhasde orientação actuais indicam que para um único isolado uma densidade de >105 CFU/mL indica infecção, 19 µg/mL >50 µg/mL >25 µg/mL 30 AULA PRÁTICA VII TÍTULO: IDENTIFICAÇÃO DE ENTEROBACTERIAS * Coprocultura 1. Objetivo Utilização de meios de cultura e provas bioquímicas para a identificação de Enterobactérias. 2. Introdução A maioria dos estudos de bactérias geralmente envolve uma etapa de isolamento e sua identificação. A etapa de isolamento exige a obtenção de colônias bacterianas, de forma isolada, pois a partir de uma delas, será feita a identificação (TORTORA, 2012). A etapa de identificação geralmente envolve o cultivo da bactéria, a partir da colônia isolada, em meios de cultivo cujos componentes reagem com substâncias produzidas pela bactéria, de modo a permitir a distinção das propriedades bioquímicas do microrganismo estudado e sua identificação (TRABULSI; ALTERTHUM, 2015). 3. Materiais • Bactérias fornecidas pelo laboratório ou amostra clínica • Placa de Ágar MacConkey • Placa de Ágar Salmonella - Shigella • Placa de EMB • Provas bioquímicas por bancada/grupo 1. Citrato de Simmons; 2. Meio SIM; 3. Meio Uréia; 4. Tríplice ágar; 5. Rugai com Lisina. • Alças de platina e agulha bacteriológica • Coloração de gram 31 4. Métodos: Primeiro dia: I. Identificar o material (Escrever na placa as informações do amostra, data, meio, nome, período e turma). II. Com o auxílio de uma alça fazer a técnica de esgotamento, na sequência de placas: 1. Placa de Ágar MacConkey 2. Placa de Ágar Salmonella - Shigella 3. Placa de Ágar EMB Segundo dia: III. Nos meios semi-sólidos, com o auxílio de uma agulha bacteriológica tocar uma porção da colônia isolada e inocular no meio fazendo picada central até o fundo do tubo e depois estriar a parte inclinada do mesmo. IV. Nos meios líquidos com o auxílio de uma agulha bacteriológica tocar uma porção da colônia isolada e inocular no meio homogeneizando até semear totalmente no mesmo. IV. Realizar coloração de gram para confirmar bacilos gram negativos. 32 V. Incubar a 37ºC durante 24 horas. 3. Resultados (Placas) Ágar MacConkey I. Lac + As bactérias fermentados de lactose utilizam a lactose disponível no meio e produzem ácidos como produto final. Este ácido diminui o pH do meio para valores inferiores a 6.8, resultando na observação de colônias rosa choque / vermelhas. II. Lac - As bactérias que não fermentam lactose (Salmonella, Shigella, Proteus, Yersinia) utilizam a peptona. Isto forma amônia, que eleva o pH do ágar, levando a formação de colônias brancas / sem cor. III. Anotar os resultados na tabela abaixo. Ágar MacConkey Cor da colônia Fermentação da lactose Ágar Eosina - Azul de Metileno (EMB) I. Lac + As bactérias fermentados de lactose utilizam a lactose disponível no meio resultando na observação de colônias pretas-azuladas (Enterobacter / Klebsiella) ou verde metalizado (Escherichia coli). II. Lac - As bactérias que não fermentam lactose são geralmente observadas em colônias incolores a âmbar. III. Anotar os resultados na tabela abaixo. 33 Ágar EMB Cor da colônia Fermentação da lactose Ágar Salmonella - Shigella É designado como um meio moderadamente seletivo com base no grau de inibição dos microrganismos gram-positivos e outras Enterobacteriaceae que não a Salmonella e a Shigella, este inibe devido ao seu teor de sais biliares, brilliant green e citratos. Utilizado para isolamento primário de Salmonella. I. Lac + As bactérias fermentados de lactose utilizam a lactose disponível no meio, que na presença do vermelho neutro, resulta na observação de colônias vermelhas (Enterobacter, Klebsiella, Escherichia coli) possuindo inibição parcial. II. Lac - As bactérias que não fermentam lactose são geralmente observadas em colônias incolores a cor-de- rosa (Shigella, Pseudomonas spp.). III. H2S + O tiosulfato de sódio e o citrato férrico no meio permitem a detecção da produção de sulfureto de hidrogêniopodendo observar pelas colônias com centros pretos (Salmonella e Proteus). Anotar os resultados na tabela abaixÁgar SS Cor da colônia Fermentação da lactose 34 3. Resultados (Provas Bioquímicas) Citrato de Simmons Utilizado para identificar se a bactéria é capaz de utilizar o Citrato de sódio como única fonte de carbono. Reação: Citrato de sódio - Hidróxido de amônia = aumenta o pH, muda a cor do meio pelo indicador azul de bromofenol (Cor Verde: Citrato negativo / Cor Púrpura: Citrato positivo). Citrato de Simmons Cor do meio inicial Cor do meio final Reação (+ ou -) Meio SIM Meio semi-sólido utilizado para a diferenciação de bactérias entéricas através da produção de sulfeto, formação de indol e motilidade. O teste de redução do enxofre é útil para a diferenciação de organismos entéricos, especialmente Salmonella e Shigella. O teste do indol é útil para a diferenciação de enterobactérias, enquanto o teste de motilidade é útil para avaliar uma ampla variedade de organismos. (Escurecimento do meio: H2S positivo / Turbidez difusa na linha de inoculação: Motilidade / Cor púrpura: Indo positivo na adição do Reagente de Kovacs). Meio SIM Cor do meio inicial H2S Motilidade Indol 35 Uréia Verifica a capacidade de um microorganismo em produzir uréia. Quando os microrganismos usam ureia, a amônia é formada durante incubação que torna a reação destes meios alcalina, produzindo uma cor vermelho-rosa. (Cor vermelho-rosa: Uréia positivo / Cor amarela: Uréia negativo). Uréia Cor domeio inicial Tríplice ágar (TSI) Permite a diferenciação dos fermentadores da glucose, lactose, e/ou sacarose e a detecção da produção de sulfureto de hidrogénio. (Cor avermelhada: negativo / Cor amarela: fermentação da glicose, lactose e/ou sacarose/ Bolhas: gás a partir da glicose / Escurecimento: Produção de H2S). Rugai com Lisina O meio de Rugai com Lisina apresenta uma série bioquímica contendo nove provas que são agrupados em um único tubo, sendo elas: reação de indol (IND), desaminação do aminoácido L- triptofano (LTD), fermentação da sacarose (SAC), produção de sulfeto de hidrogênio (H2S), produção de gás (GAS), hidrólise da ureia (URE), fermentação da glicose (GLI), descarboxilação da lisina (LIS) e motilidade (MOT). Obs.: Avaliar pela tabela de diferenciação ou pela bula do fabricante. Rugai Série Bioquímica IND LTD SAC H2S GAS URE GLI LIS MOT Reação (+ ou -) Cor do meio final Reação (+ ou -) TSI Cor do meio inicial Cor do meio final H2S Reação (+ ou -)