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CADERNO DE TEORIA GERAL DO PROCESSO
Professor Maurício Góes 
Mauricio@lgg.adv.br
Tel: 3273-4250
Aula 1 – 13/05
Bibliografia:
- Antonio Carlos Araujo, Cintra; Cândido Rangel, Dinamarco; Ada Pellegrini, Grinover. Teoria Geral do Processo. Ed. Malheiros
- José Eduardo Carrera Alvim. Teoria Geral do Processo. Ed. Forense.
- Luis Guilherme Marinoni. Curso de Processo Civil. Vol 1. Teoria Geral do Processo. 
- Olivio de Araujo Batista (extra).
Bibliografia NOVA TGP: (alvo do seminário)
A instrumentalidade do processo – Candido José 
Direito e poder, processo e justiça, julgando os que nos julgam – José Joaquim Calmon de Passos 
Formalismo do processo civil – Carlos Alberto Alvaro de Oliveira
FORMAS DE AVALIAÇÃO
2 avaliaçoes – 8,0 (peso 4/ peso 6)
1 avaliaçao – 2,0 pontos (seminário)
TEORIA GERAL DO PROCESSO (Existe?)
Conceito de Teoria Geral do Processo
Se direito é linguagem, o processo é metalinguagem. 
Sendo o direito como o todo. O direito está sendo sempre produzido na sua aplicação. O texto não é a norma, é apenas a lei. O processo é como o direito é produzido, tem a ver eminentemente com a produção do direito. A linguagem do direito é necessariamente uma linguagem graduada, uma linguagem de poder que possui graus distintos de utilização da força. Desde a força simbólica (que nasce do discurso do direito em si) da aplicação da Constituição até a força efetiva (Estado ou forças armadas), como a ordem de despejo ou a reintegração de posse. 
A aplicação do direito está intimamente ligada ao processo. O direito é um redutor da complexidade da vida em sociedade. O ser humano precisa viver em sociedade e para isso precisa conter a sua liberdade, o seu instinto natural. Além do instinto, o homem tem a capacidade cultural que pode domar as forças mais íntimas. A condição humana está na sua sociabilidade, a capacidade de viver em sociedade. 
O direito é o instrumento universal como forma ordenada de utilização do poder, como redutor de complexidade da vida em sociedade, trazendo ordem pro caos social. Esse mesmo tem varias formas de se apresentar: legislativo (o Estado estabelece regras gerais e abstratas), administrativo (atos emanados das esferas do Executivo), jurisdicional (processos judiciais) e negocial (relação jurídica entre indivíduos). O direito jurisdicional é que dá a ultima palavra, mas toda a produção do direito se dá por um devido processo. O jurisdicional entrará em cena toda vez que as outras formas do direito não forem eficientes. Cada forma dessa terá o seu processo para a resolução do conflito, para a produção do direito. 
Unitarismo e Dualismo
Conceito de T.G.P.
O processo jurisdicional de aplicação do Direito pelo Estado Juiz. Existiria um unitarismo ou um dualismo. Há uma grande discussão doutrinária a cerca da divisão ou não do processo jurisdicional em processo civil e processo penal. A tese vencedora é a tese unitarista, que defende que eles fazem parte de uma raiz única. Há sim muitas diferenças entre processo civil e processo penal. Exemplos: coisa julgada – decisão que não cabe mais recurso. No direito processual civil é feito tanto pós como contra (independe do resultado do processo). No processo penal é diferente, só acontece quando absolvitória, e quando condenatória ela pode sempre ser revista. Muitas pessoas defendem que não existe uma teoria geral do processo por não a ver muitas semelhanças (Rômulo Moreira é uma dessas pessoas). A tese unitária venceu, o primeiro a defendê-la foi um autor italiano.. (não peguei o nome). Estabelecer uma teoria geral do processo como um instituto que reúne similitudes dos diferentes processos, não se dará a formação desta visão. 
Processo Comum: 
Método
Teoria Geral é um sistema de princípios e garantias básicos que estudam os institutos e são levados a uma última generalização de um ponto de vista útil. E como toda ciência deve ter um método, seu método pode ser abstraído (indutivo) ou recolhido a um único ponto essencial (dedutivo). 
Conteúdo
São os seus institutos (trilogia estrutural) e seus princípios e garantias.
A trilogia estrutural todo processo possui: jurisdição, ação e processo. Podetti foi o primeiro a falar disso. Embora haja inúmeras diferenças entre os direitos processuais jurisdicionais, há essa trilogia estrutural em todos eles. 
* Jurisdição é uma das formas pelas quais o direito se exterioriza, como elemento de soberania do Estado – Poder Uno, mas que pode ser subdividido em três esferas (Executivo, Legislativo e Judiciário). A jurisdição é um elemento do poder do Estado.
* Ação – é o direito público e subjetivo de poder pedir e entrar com uma ação para solicitar o direito que lhe cabe. É a possibilidade de exigir do Estado uma resposta, uma defesa, a prestação jurisdicional, haja vista possuir o monopólio do uso da força (tutela jurisdicional). 
* O Processo – é o método que o juiz se submete a dizer o direito. É por isso que no processo cabe defesa, as partes podem produzir provas, há possibilidade de recurso... O juiz tem de respeitar o processo, como um meio de produção do mesmo. O método democrático dialético de produção do direito. 
Abrangência
Do ponto de vista largo, há produção de direito em toda área do direito. Dentro dos processos jurisdicionais de produção do direito, processo civil, penal, trabalhista, administrativo... Mas há processos particulares em associações, sindicatos e partidos políticos também... 
Há quem fale que a abrangência do processo é ampla, desde processo jurisdicionais ou não-jurisdicionais estatais e ainda em entidades não estatais (intermediários e negociais). Mas a abrangência precípua está no tratamento dos processos estatais jurisdicionais. 
Aula 2 – 15/05
Fenomenologia Processual
O Direito Processual como instrumento social de realização do Direito
O viés social está presente em todas as acepções do Direito. 
Bens, interesses e conflitos de interesses
Bens por necessidades primarias ou por necessidades secundárias. Os interesses são infinitos e podem ter duas naturezas: individuais e subjetivos. Os conflitos de interesses (subjetivos) é que interessa para o Direito, pois são pessoas distintas que buscam o mesmo bem.
Isso significa que importa ao processo apenas o que foi trazido pelas partes na causa de pedir e no pedido.
Pretensão – pensava-se que a pretensão é uma qualidade do direito subjetivo. Nenhum direito tem um valor se não fosse subjetivo. Mas isso não é verdade, pois se assim fosse, não existiria as pretensões que o Estado não aceitasse (ilícitos). A pretensão é um ato de exteriorização do interesse. E se não for resistida não tem lide. 
Lide (Carnelutti) – Conflito de interesses degenerado/ qualificado pela pretensão de uma das partes pela resistência da outrapretensão resistida. Havendo um conflito de interesses qualificado ou especial, ocorre a imposição de um interesse individual sobre outro. É o conflito subjetivo de interesses qualificado por uma pretensão resistida.
Carnelutti “controvérsia que precisa ser ajuizada, todo litígio vem de uma lide mal resolvida”.
Meios de solução dos conflitos de interesses
Tutela é proteção são dois tipos (autônomas e heterônomas). 
Autônomas – decorrem da imposição de uma parte. 
Auto-tutela (indesejada): um impõe a vontade individual (“farinha pouca, meu pirão primeiro”), geralmente com coação ou violência, com benefício do mais forte, não condizendo com o desenvolvimento normal da sociedade. Hoje ela é proibida nas sociedades modernas. Exemplo: a vigança privada não é mais aceita. Principio da vedação da autotutela. Exceções da vedação da auto-tutela: legitima defesa, estado de necessidade (área penal) e direito de retenção (Benfeitorias úteis ou necessárias, o locatário pode ser indenizado), de desforço imediato ou incontinente (invasor de terreno – turbação ou esbúlio possessório), etc.
São duas as razões: Estado não é onipresente e desconfiança do altruísmo alheio.
Auto-composição (incentivada pelo CC, pela conciliação): 
É a composiçãodas partes que não possui imposição. Pode ser uma transação, ou seja, com concordância com os interesses que irão prevalecer (acordos, transações, com concessões mútuas, etc.). Estas podem tratar apenas de direitos patrimoniais de caráter privado. 
Mas pode acontecer auto-composição por submissão, que pode se dar fora ou dentro do processo, podendo se dar com a renúncia (pode ser stricto ou reconhecimento do pedido do processo) ou a desistência da mera pretensão sem a renúncia do direito. Todas elas podem ser processual ou extra-processual. A vontade das partes (ou de uma delas) sobrepõe a vontade da subsunção legal e abstrata. 
*OBS: A auto-composição não deve tratar sobre direitos da personalidade (vida, honra, imagem, intimidade, etc.). Pois as partes não teriam disponibilidade de seus próprios interesses (indisponibilidade objetiva). Há também os casos de indisponibilidade subjetiva, para os incapazes e PJ de direito público. 
*OBS: Na composição penal, só se permite a transação, com a figura dos JECRIMs, instituída pela lei 9099/95. 
Heterônoma – se não se consegue a resolução do conflito de forma autônoma, só podem ser tomadas decisões pelo Estado. São dois tipos: a jurisdição (imposição do Estado, por uso da força, por intermédio do Judiciário, vinculada a ação e ao processo) e a arbitragem (as partes que escolhem o método, mas não a forma). O Estado SÓ PODE exercer a Jurisdição através do método e da forma do processo! Os Estados, em geral, têm permitido e abrindo mão do monopólio da jurisdição para permitir que as partes escolham um arbitro que poderá ter o mesmo valor da decisão judicial. Isso acontece muito no plano do direito internacional. Não tem formação da lide, neste caso as partes preferem o intermédio do Estado. A mediação é uma tentativa de levar as partes à autocomposição. 
Com a lei de arbitragem (9307/96), as partes se submetem a sentença arbitral que não pode ser modificada pelo Estado juiz, pois tem o mesmo valor da emitida por ele. Mas esta lei de arbitragem estipula as hipóteses que a sentença arbitral pode ser invalidada. Ela só pode envolver direitos patrimoniais. Normalmente o procedimento arbitral não prevê recurso (geralmente 5 árbritros). As pessoas podem discutir a validade da cláusula arbitral. Podem se vincular a princípios gerais do direito, usos, costumes ou regras internacionais de comércio. Desnecessidade de homologação judicial da sentença arbitral. 
Controle jurisdicional indispensável matéria criminal. 
Lei 9099 medidas despenalizadoras: composição civil (extinção do processo), pena alternativa (restritiva de direitos e multa), suspensão condicional do processo, etc. 
A jurisdição pode ser por Processo cautelar / de conhecimento / execução. A arbritragem só tem validade no Brasil na jurisdição cognitiva ou de conhecimento.
A mediação tenta levar as partes ao auto-componho. 
É dever do Estado juiz dar a tutela jurisdicional (prestação jurisdicional). Não quer dizer que será sempre tutela jurídica. O autor é quem pede a prestação jurisdicional (respeita a uma pretensão) e a tutela jurídica. O réu é quem contra se pede a tutela jurídica. A tutela jurisdicional será entregue aos dois, já a tutela jurídica pode ser ou não entregue. Os juízos de admissibilidade (preliminar no processo, ex: falta de documentos na petição inicial) e o juízo de imputabilidade, etc... servem para qualificar a possibilidade de extinção do processo sem julgamento do método. Quando se julga o método, a tutela jurídica será entregue a quem detém o direito legalmente (ao autor quando procedente / ao réu quando improcedente). 
O acesso à justiça não é mera admissão no processo ou ingresso em juízo (com redução das custas processuais, assistência jurídica integral e gratuita), deve se dar de forma justa, com respeito ao devido processo, ao contraditório (participar do julgamento), e permitindo o diálogo para uma pacificação com justiça.
Aula 3 – 20/05
Distinção entre Direito Material e Direito Processual 
Visao unitarista e dualista do ordenamento
Direito Material
Direito Processual
Divisão do Direito Processual 
Posiçao enciclopédica do DP
Relação de DP com outros ramos do Direito.
DP busca normatizar a atividade jurisdicional Metalinguagem
Direito Material x Direito Processual
Duas Correntes: 
- Dualistas capitaneados por Giuseppe Chiovenda, defendem que existiria um prévio ordenamento jurídico que deve ser aplicado pelo Direito Processual. Ao direito material cabe a produção do direito objetivo, sendo apenas o aplicador e não o criador. 
- Unitaristas liderados por Francesco Carnelutti, defendem que o direito processual deve proceder a criação em concreto do direito em si. Ao traçarmos relações jurídicas criamos o direito. E quando surgissem obstáculos haveria a necessidade de o DP criar o direito para afastamento da lide ou obstáculos legais. O direito que foi criado deve ser complementado no âmbito do processo ou não, sendo necessário ou dispensável de depender das circunstancias. 
O direito regula as relações jurídicas, sendo compostas por aspectos subjetivos e objetivos. Classificaçao de Norberto Bobbio: normas primarias e normas secundarias. As normas primárias ou de conduta regulam as relações entre as pessoas. E as normas secundarias ou de poder regulam a criação de outras normas. 
Direito Material – objetivo, abstrato e geral. Dir. Civil, Dir. Penal, Dir. Const. 
Direito Processual – concreto e entre as partes. Regulam o exercício do poder jurisdicional (como excepcionais temos tambem o poder legislativo e o poder admistrativo. São normas para a resolução de conflitos. A sentença por exemplo, é uma norma de direito processual.
- Sentença lato sensu x stricto sensu (emitida pelo juiz de 1º grau)
- Acordao emitido por órgão colegiado (tribunais)
- Súmulas resumo da jurisprudência.
Coisa Julgada / Eficacia Vinculante da Jurisp. Precedente / Ratio Decidendis
D.P. estabelece o regulamento do modo de ser do processo para resolução dos conflitos, para a normogenese (como a criação da sentença). 
Estabelece também a conduta dos sujeitos na relaçao processual. É um instrumento de realização do Dir. Material. 
A – Estado Juiz - B
2. Divisao do Direito Processual (unitaristas x dualistas) 
2.1. Dir. Proc. Penal (Proc. Penal + Processo Adm. Disciplinatório)
2.2. Dir. Proc. Civil (Proc. Civil + Proc. Adm. + Proc. Trabalhista)
A tese majoritária é a dualista, que defende a distinção entre o D. P. Penal e o D. P. Civil. Elas são independentes entre si, mas podem ser introduzidas pela TGP, por haverem pontos convergentes. 
Diferenças: DPC – não sancionatório e DPP – sancionatório.
3. Posição Enciclopédica 
DIstincao entre Direito Público e Direito Privado.
Dir. Público – relações jurídicas que o Estado faz parte. O Processo faz parte deste, pois a jurisdição processual exige a participação do Estado. 
4. Relaçao do DP com outros ramos do direito
Direito Constitucional garantias processuais constitucionais
Imprescindível para a efetivação de todas as áreas do direito, de todo o ordenamento jurídico. 
Relação com o Direito Penal crimes no âmbito do processo
Relação com o Direito Civil capacidade, relacao jurídica, domicilio, etc. 
Relação com o Dir. Adm. formação dos tribunais. 
Aula 4 – 22/05
Evolução Histórica do Direito Processual
Fase Civilista ou Imanentista (ou sincrética)
Fase Autônoma
Procedimentalista
Conceitualista
Fase Instrumental
Primeira Onda Renovatória
Segunda Onda Renovatória
Terceia Onda Renovatória
Fase Civilista
A maioria da doutrina divide a historicidade do direito processual civil nestas três fases: civilista ou imanentista, autônoma e instrumental
Na fase civilista, o processo não possuía autonomia. A preocupação era voltada para o direito material, sendo o processo visto exclusivamente pelo viés exterior apenas um meio necessário (procedimento) para a resolução de um conflito no plano material. Era a capacidade de cobrar o direito violado. Era mais uma característicado Direito Material. 
Processo ação do autor contra o réu. Havia uma desvinculação da ação com o direito. A esta época, no processo civil, a execução do direito era individual.
Autores: Oskm Von Bülou, Jamer, Kohler (Processo), Chiovenda, Carnellutti (Jurisdição), Calamandrei, Degenkolb, Ploz (Ação)
Miguel Calmon de Passos escreveu sobre as tres partes do processo. 
Relação jurídica, a vida entre duas partes de um mesmo Estado juiz, exige a prestação jurisdicional (função do Estado, substituindo a vontade das partes por uma alternativa racional coercitiva). 
Fase Autonoma
Carlos Alberto Alvaro de Oliveira – subdivide em: procedimentalista e conceitualista. 
NO século XVIII, temos a sub-fase procedimentalista, com uma cisão com a fase civilista. Ainda que dando poucos poderes ao juiz (liberal), já era visto como um dos sujeitos da relaçao processual. O juiz começa a fazer parte apenas do direito processual, não podendo haver a participação no direito material. Não pode ser juiz em causa própria, ou nas causas que tiver parte. Suspeiçao em aspectos subjetivos.. O juiz passa de sincrético para autônomo... 
Na primeira metade do século XX, foram desenvolvidos os principais conceitos da teoria geral do direito processual. O processo busca se auto-afirmas como ciencia, para se afastar do direito material, para adquirir independência gnesiológica. 
Do século XX para cá, o processo perdeu o foco do direito, passando a ser enxergado como fim em si mesmo, esquecendo a essência ou objetivo precípuo do processo que era para compor e solucionar a lide, a prestação jurisdicional. Hoje há um excesso de formalismo, o que evidencia a inserção de valores. O processo precisa ser pensado sob três escopos: social (pacificação), política e jurídico
O positivismo jurídico exerceu bastante influencia nesta fase autônoma da teoria do processo, que provocou uma maior tendência desvaloraçao, busca de autonomia científica, etc. 
A instrumentalidade do processo foi de fundamental importância para amenizar o afan cientificista da fase anterior, o que coincidiu com a crise da modernidade. São tres ondas renovatórias:
Mauro Cappelletti e Brian Garth financiamento da Ford Fundation para uma pesquisa sobre o acesso à justiça. Descobriram que ainda existiam muitas falhas no acesso a justiça. E elucidaram os motivos próprios da exclusão ou dificuldades do acesso a justiça. 
Wilson Alves de Souza obra sobre acesso à justiça. 
Aspectos culturais (comodismo), sociais, educacionais (consciência dos direitos), dificultam o acesso à justiça... 
1ª onda renovatória – da assistência jurídica (judiciária) gratuita e integral. Buscava apenas abrir a porta do acesso a justiça, um acesso mais efetivo. Assegurou: Isenção de custas do processo. Criação da Defensoria Pública. 
2ª onda renovatória – defesa dos direitos difusos e coletivos. O processo civil não pode ser apenas individual, frente à revolução digital, as inovações tecnológicas, impactos ambientais, impactos culturais, etc. (lei da acao civil publica, lei da acao popular, CDC, etc.)
3ª onda renovatória – busca uma melhor sistematização dos institutos processuais em geral. (Antecipaçao da tutela, criação dos Juizados de Pequenas Causas, reforma geral do processo. 94, 2002 e 2005. 
Aula 5 – 27/05
EVOLUÇÃO DO DIREITO PROCESSUAL NO BRASIL
A legislação brasileira continuou sendo a legislação portuguesa no início. As premissas do Direito processual do Trabalho é subsidiário ao Processo Civil. Entao divide-se em Processo Civil e Processo Penal.
Ordenaçoes Filipinas / Manoelinas / Legislações esparsas.
1.1. Brasil Império 
1.1.1. Ordenações Filipinas é o que mais interessa ao âmbito do direito processual. Livro III para o Processo Civil. Citaçao, processo judiciário, prova, sentença, recurso, execução civil no cumprimento da sentença... Todos estes institutos se encontram no seu texto. Vigoraram até o ano de criação do Código Comercial de 1850, com o Regul. 737
1.1.2. Constituição do Império 1824 – não traz muitas inovações para o processo civil.
1.1.3. Regulamento 737 – institui regras processuais para causas comerciais. Isso implicava um número reduzido das causas cíveis, o que não trouxe muita relevância no meio jurídico.
1.1.4. Consolidação das Leis do Processo Civil (1876) – elaborada por determinação de D. Pedro II. Consolidação da Ordenações Filipinas, com as leis esparsas de Portugal posteriores, mais as diversas leis brasileiras que alteraram alguns pontos. Reescreve, reinterpretando...
1.2. Brasil República 
	1.2.1. Regulamento 737 (Decreto 763 – 1890) - todas as causas não penais, e comerciais. Este 763 tenta estender o antigo 737 as causas cíveis em geral. 
1.2.2. Dec. 848 de 1890 (Justiça Federal) – antes da instituição da Federacao, que cria a Justiça Federal.
1.2.3. Constituição Federal de 1891 - reafirma o que o Dec. Dizia, a instituição de uma Justiça Federal, haja vista concretizar o modelo federativo da República. Institui uma dupla competência legislativa em matéria processual (União + Estados). 
	- Legislaçao Federal de Processo (Dec. 3084 – 1898)
		- CPC Estaduais: destaque para os da Bahia e de São Paulo. 
1.2.4. CF de 1934 – altera a competência legislativa, passando a ser exclusiva da União, permanecendo até a CF de 88 (permitindo os Estados legislarem sobre procedimento, apesar de nunca haver sido). 
1.2.5. CPC de 1939 – atender a necessidade de um CPC único, que vigora por 40 anos aproximadamente. 
1.2.6. CPC de 1973 – Buzaid (membro da escola paulista, influenciada pela escola italiana, notoriamente Liebman). Bem desenvolvido, mas apresenta algumas incongruências. O Livro I trata desde a parte geral até as fases procedimentais. O Livro II trata como fazer cumprir as decisões judiciais, a parte executória. 
Processo de conhecimento, de execução e cautelar o que distingue e a natureza da tutela jurisdicional. O de conhecimento é de levar os fatos para certificar o direito por uma norma jurídica (sentença). Na área penal (denúncia) e na área cível (petição inicial). No processo de execução, busca-se a satisfacao de uma pretensão já reconhecida. NO processo cautelar, há uma instrumentalização (a serviço de outro processo) a fim de não colocar em risco a jurisdição. 
ACAO – partes, causas de pedir, 
Procedimentos Especiais – regula procdimentos especidficos aos quais não se aplicam o procedimento comum. Possuem características próprias que merecem outro procedimento. Ex: processo de inventário, ações possessórias, ações de divorcio, etc. 
 
2 – Direito Processual Penal 
Brasil Império
Ordenações Filipinas livro V. Prevê acoite (prova), marcação de ferro (pena), tortura, etc. É “tenebroso”. Trata de bruxas, feiticeiros, etc.
Constituição de 1824 - tem total importância no dir. proc. Penal. acaba com prisão sem previa provação de culpa, assim como penas degradantes. 
Código de Processo Criminal de 1832 – traz avanços liberais para a época. Em suas disposições finais, são instituídos artigos que regulamentam provisoriamente o processo judiciário CIVIL. Bastante evoluído para a época.
Proclama-se a República...
Brasil República 
C. P. P. de 1941- em decorrência da nova constituição de 1891.
- L.I – Processo em Geral – institutos básicos do PP. Traz o inquérito policial (júri, processo comum, processo sumário, processo sumaríssimo, processo de tóxicos). Competência. Prova. Prisao preventiva. Prisao cautelar. 
- L.II – Dos Processos em Espécie – procedimentos e instruções dos processos em espécie. 
* Diferença entre procedimento e processo o procedimento é a forma como se dá o processo. O processo é mais amplo, abrange todo o espectro da jurisdição 
- L.III – Das Nulidades e dos Recursos em Geral 
- L. IV – Da Execução 
- L. V – Das Relações Jurisdicionais com Autorid. Estrangeiras 
- L. VI – Disposições Gerais
TOTAL 811 artigos. 
Já existe uma discussão sobre a reforma do Processo Penal. 
2.2.2. LEP (7210 – 1984) – Lei de Execução Penal: legislação esparsa
Foram inúmeras leis que modificaramo processo penal no Brasil.. No livro de Ada Pellegrini tem uma disposicao histórica completa. 
*OBS: Lei 9099/95 – institui os juizados especiais cíveis e criminais. Admite o processo penal consensual, com a transação penal. Passam a ser criados uma série de instituto: delação premiada, possibilidade de infiltração nos crimes organizados. 
O Direito Processual do Trabalho
Vinculado ao Processo Civil. 
CLT – Dec.-Lei 5452 – 1943 normas de dir. administrativo, direito material do trab. E direito proc. Do trabalho.
Tit. VIII – Justiça do Trabalho
Do Processo Judiciário do Trabalho
Aula 6 – 03/06
- O Processo e o novo paradigma constitucional 
Bibliografia:
- Teoria Geral do Processo, esta desconhecida. Fredie Didier
- Teoria Geral do Processo. Marinone. 
Esta realidade está ainda em construção, pois estamos vivendo uma mudança constante, um paradigma constitucional. Precisamos ver onde influencia na realidade do processo. 
Há uma relaçao intrínseca entre constituição e processo, e neste contexto de neoconstitucionalismo vem a tona as modificações do processo. 
1. Neoconstitucionalismo e Processo
Há uma valoração de princípios e direitos fundamentais. A Constituição era vista como elemento político do Estado, e hoje já visto como elemento normativo com eficácia e efetividade direta e superior hierarquicamente. 
Na segunda metade do sec. XX, quase todos os Estados fundamentais começaram a refletir sobre a eficácia normativa da Constituição. Konrad Hesse é o primeiro a debater sobre a essência da Constituição. O Estado legislação valia mais do que a Constituição, mas o paradigma mudou para Estado Constitucional. A força normativa traz a tona o novo papel da Constituição. Podemos elencar alguns elementos característicos deste novo paradigma: a força normativa da Constituição, a evolução da teoria dos princípios e a hermenêutica jurídica. 
Art. 4º, LINDB Quando a lei for omissa, o juiz decidirá o caso de acordo com a analogia, os costumes e os princípios gerais de direito.
O principio deixa de ser categoria hermenutica integrativa, passando a possuir caracter normativo. 
A hermenêutica jurídica passa a ter um importe papel jurisdicional como formador do Direito. As normas jurídicas são construídas na sua interpretação e posterior aplicação, incluindo-se os valores e princípios. A hermenêutica jurídica diferencia o texto e a norma, com uma valorização da lingüística.
Formou-se uma teoria dos direitos fundamentais, que passa a ser absolutamente relevante para a construção de um novo pensamento em que a CF passa a ser o norteador. A maioria das Constituições pós-guerras elenca um grande elenco de direitos fundamentais. 
Essa mudança metodológica da teoria do direito, com todos seus elementos, influenciou também o âmbito do processo (método de aplicação jurisdicional do direito), que passa a ser elemento fundamental deste paradigma. Isso porque é pelo processo que estes novos elementos são aplicados. É através do processo que se exige que as pessoas privadas respeitem os direitos fundamentais elencados. O processo depende da exigibilidade de direitos para a garantia da sua existência. 
A CF não é o texto, a carta, é aplicação, a vivencia do texto na prática. Por isso que não é crime de lesa pátria se alguém quiser rasgar o texto constitucional. 
2. Influência das Fontes do Direito 
Alguns elementos tem influenciado a mudança da hierarquia das fontes do direito.
	- Teoria dos Princípios é fazer uma divisão dos princípios, assumindo que a norma jurídica pode se apresentar sob duas ou três formas: princípios, regras ou postulados (princípios destituídos de valores, que assumem o papel de ponderação). O principio passa a ser categ. Normativa com características: é mais geral, pauta valores e é teleológico. Já as regras, teriam menor grau de abstração ou generalidade; são aplicáveis pela subsunção (ser ou não ser, tudo ou nada).
Nunca existirá ordenamento jurídico somente com clausulas gerais ou somente com regras. Na técnica de redação com cláusulas gerais, tanto a hipótese fática como a conseqüência da norma possuem conceitos vagos, proporcionando ao interprete a possibilidade de suprir as lacunas existentes. 
* OBS Tutela específica – Fazer ou não fazer.
	- Jurisprudência as cláusulas gerais que tem proporcionado a valroizaçao da jurisprudência. O sistema civil Law hoje tem entrado em derrocada, pois a legislação é muito lacunosa. O sistema comum Law da ao starting decises dá a jurisprudência o poder de decisao no caso concreto. Aqui no Brasil temos um sistema híbrido. Podemos perceber isso inclusive com o Controle de Constitucionalidade influenciado primordialmente pelo sistema americano. Na prática a jurisprudência tem entrado a tona, culminando com o instituto da Sumula Vinculante. 
No Brasil, há um sistema de precedentes, não como nos EUA, mas que apesar da tradição histórica do civil Law, a jurisprudência subiu as escalas ou degraus hierárquicos e tem assumido um posto muito importante. Temos categorias de precedentes: vinculantes, impeditivos de recurso e persuasivo. Todos eles tem um certo grau de vinculação. 
A Súmula Vinculante é um exemplo de precedente vinculante. Terão eficácia para todos os órgãos jurisdicionais inferiores e da administração pública. Existe um sistema de formulação de precedentes, tendo em vista a garantia da segurança jurídica, permitindo aos Tribunais editarem súmulas. Mauricio acha que deveria ser falado enunciado e não súmula, pois súmula é resumo. Há no Direito Brasileiro, um incidente em que as partes podem pedir para que o Tribunais decidam uniformemente para um determinado enunciado jurídico. 
	Para os Tribunais Superiores, as impeditivas tem força persuasiva no julgamento. Pois é um método ou meio de interpretação já fornecida pela jurisprudência. 
		- Cláusulas Gerais
3. Neoprocessualismo 
Esse paradigma de crise do positivismo é que tem levado a doutrina a pensar sobre uma nova fase de evolução do processo o neoprocessualismo. 
Foram tres fases: civilistas, autônoma e instrumental. Essa nova fase seria uma percepção de que o processo seria não apenas um instrumento, a coisa deduzida em juízo, o mérito do processo não é apenas o processo em si, discute uma outra relaçao jurídica distinta da relaçao processual. Já se fala de uma relaçao jurídica circular, dentro do direito. POderiamos falar na superação da fase instrumental do processo? Não sabemos definir exatamente, mas está em construção. 
O que se discute é se estamos numa mudança na percepção instrumental do processo, para entender que o processo é mais íntimo na relação processual. É o que Carlos Alberto Oliveira chama de formalismo valorativo, que tragam valores constitucionais ao âmbito do processo. 
Mas o que se sabe é que muito do conteúdo do processo está presente na Constituição, a ponto que muitos autores falam do Direito Processual Constitucional.
4. Direito Processual Constitucional
4.1. Jurisdição Constitucional o controle judicial de constitucionalidade. 
Chamado também de Direito Constitucional Processual. O processo é o principal veiculo de respeito a Constituição, falando-se como método de aplicação jurisdicional. Se existe uma superioridade hierárquica e vinculação das normas inferiores a sua forca normatividade, toda norma tem de respeitar a Constituição. Se uma norma não-constitucional não respeita a Constituição? 
Com a eficácia normativa da Constituição, prevê-se um controle judicial da constitucionalidade das normas. Em nossa jurisdição, temos o controle misto, com o controle concentrado e o controle difuso. Onde se divide o poder de declarar a inconstitucionalidade das normas a todo e qualquer juiz (difuso) e reserva ao STF a competência de proceder o controle abstrato com a eficácia erga omnes. 
No Sistema Difuso, a inconstitucionalidade estará na causa de pedir, ou seja, no fundamento da decisão. Enquanto no Abstrato, a inconstitucionalidade estará no pedido, e portanto no dispositivo.
Isso terá uma conseqüência na coisajulgada, pois a decisao no controle difuso será variável para os juízes. Será mais um precedente e integrará a fundamentação da decisão, não é objeto do pedido.
Legitimados para ADIn ou ADC farão pedido ao STF para declarar a inconstitucionalidade ou constitucionalidade da norma. Transitará em julgado e se aplicará a todos
4.2. Tutela Constitucional da Organização Judiciária 
Estrutura do Judiciário...
A CF cria o STF (órgão guardiao, maior do Judiciário), o CNJ (órgão de administração do Judiciário - executivo). 
Justiças Especializadas
STM - AM
TM – a Constituiçao estadual tem de prever a criação. JUrisdiçao de policiais militares, bombeiros, etc. 
TSE – TRE (7 juizes) – JE (juízes emprestados, não tem concurso para juiz eleitoral).
TST (estrutura e carreira própria) JT (Trabalho)
Justiça Comum
STJ – órgão superior da Justiça Comum
TRF – JF (Federal) 
causas que envolvam a União
TJ – JD (Estadual)
4.3. Tutela Constitucional dos Princípios do Processo são dois princípios:
- Acesso à Justiça: garante a possibilidade de todo cidadão pedir ao Judiciário. É visto com uma decisão justa e efetiva. Direito de ação e direito de defesa. Art. 5º, XXXV. 
- Devido Processo Legal: originado no common law, garante o respeito a todas as etapas e instrumentos, ampla defesa, contraditório, publicidade, juiz natural, duração razoável do processo. 
4.4. Tratados Internacionais e Garantias Processuais Art. 5º, incisos LIV, LV, LVI, LVII, LVIII, LX e LXXVIII. Estão previstas garantias processuais. Adotamos um sistema aberto de princípios, não hasvendo a exclusão de outros que podem ser dedutíveis da própria constituição. Assim, como não exclui os advindos de tratados.... Como o Pacto de São José da Costa Rica. A EC 45 regulou a matéria com a necessidade de ratificação pelo nosso ordenamento, com a mesma condição de aprovação de EC e em dois turnos. Mas isto também pode acontecer com a inserção através de jurisprudência, a exemplo dos casos de depositário infiel. 
Aula 7 – 05/06
- Fontes do Direito
Mudança do paradigma das fontes do Direito, admitindo outras fontes do direito. 
Estado legislativo Estado Constitucional (clausulas gerais, princípios gerais do direito). 
Específicas do Direito Processual
Lei norma (norma-regra e norma-princípio)
Mudança paradigmática, com a classificação dos princípios como
tipos de normas. Mas para “a lei” os princípios seriam elementos de integração do direito. 
Entender as fontes auxilia muito no entendimento do direito processual. Jurisprudência passa a ter papel de principal relevância. 
Constituição – não é mero texto-de-lei. Normas supralegais que tratam da edição das normas processuais. Assistência jurídica e defensoria pública (concorrente). Procedimentos em matéria processual. Contraditório, ampla defesa, vedação de provas ilícitas, habeas corpus, mandado de segurança, direito ao juiz natural.
- Sobre direito 
- Garantias processuais
- Remédios jurídicos constitucionais
- Normas de organização judiciária
Normas Infraconstitucionais - em relação à MP, não há permissão para a União editar tendo como objeto o direito processual.
- Lei Complementar – Estatuto da Magistratura (art. 93) estabelece os princípios. A LOMAN é recepcionada como Estatuto. 
		- Lei ordinária CPC, CPP, CLT, CDC, Lei da Ação Popular, Lei 9099 (Lei dos JECs e JECRIMs), etc. 
- Resolução os tribunais tem competência para editar resoluções internas (regimento interno).
Ex: o regimento interno do STF prevê embargos infringentes, que são recursos cabíveis par aos casos que as decisões são feitas de forma não unânimes. Mas hoje só cabem para apelações (quando modifica a sentença de mérito) e ações recisórias. 
Costume pode ser fonte do direito, as vezes dependendo de prova. Ex: ir de terno e gravata para audiência (eficácia normativa para um costume). Normalmente, os costumes vem amparado por outra fonte do direito.
Jurisprudência é uma das mais importantes fontes do direito, o princípio do starting decises, com transição do civil Law para common law
Negócio Jurídico alguns autores defendem a impossibilidade de negócios jurídicos processuais, mas alguns pode ser até autorizados pela própria lei. Ex1: as partes no processo podem se entrarem em acordo, adiar a audiência. Ex2: no final de um contrato, eleição do foro. A regra é ser proposta no domicílio do réu. Mas o foro de eleição pode modificar as competências relativas, não cabendo as competências absolutas. Na arbitragem, pode-se escolher um árbitro não-estatal para a resolução dos conflitos. 
Norma Processual 
Conceito e Objeto é a norma instrumental por natureza. As normas de conduta estabelecem as condutas imediatas a serem tomadas, enquanto estas normas processuais definem as formas e meio de produção de outras normas. Regulam o exercício da função jurisdicional, atribuindo deveres, faculdades e ônus para os sujeitos do processo. 
Classes 
Nenhum instituto será definido pela classificação... 
De Organização Judiciária organizam a estrutura da jurisdição (CF, a partir do art. 91). Competências, atribuições, composição, sede, etc. Cada estado tem sua lei de organização judiciária (prevê as divisões, subdivisões, número de cargos, etc). 
Processuais Stricto Sensu atribuem diretamente poderes, deveres e faculdades. Estabelecem direito de recorrer, de participar da audiência, etc. Por serem normas de direito público, são normas cogentes geralmente (o desrespeito gera nulidade do processo), mas não é sempre.
Procedimentais apenas descrevem como os atos do procedimento devem ser feitas. 
Caracteres
Eficácia da Norma Processual no Tempo
Princípio da Irretroatividade – é um princípio de Direito, é a regra. Reconhece o ato jurídico perfeito, coisa julgada (processos que acabaram) e direito adquirido. oS processos futuros também não devem preocupar, o que preocupa é os processos em vigência. 
Regra geral – 45 dias para vigência.
Irretroatividade no processo penal – benéfico pro réu
Processos Pendentes
Sistema da Unidade A todo um processo aplica-se uma única lei. Não se adota no Brasil.
Sistema das Fases há cinco fases processuais: (somente em casos de exceção).
- Postulação (defesa)
- Saneadora(discordância de fatos)
- Instruçao (produção de provas)
- Decisória (juiz decide)
- Recursal
- eventualmente, fase de execução (aplicação da sentença). Nas leis de juizados especiais e área penal (art. 90), não se aplica aos processos que já tivessem com a instrução começada. 
EC 45 modulação de efeitos para modificação de competências na justiça do trabalho. 
Sistema do Isolamento dos atos pratica de um novo ato a partir do momento que a nova norma entra em vigor. Há um respeito óbvio do ato jurídico perfeito. Adotado no nosso ordenamento jurídico de forma expressa.
Eficácia no Espaço 
Territorialidade ou “Lex Loci”
Jurisdição = soberania estatal.
Princípio da territorialidade só manda onde é juiz. Não adianta aplicar a legislação brasileira em outro país. 
Excepcionalmente pode haver aplicação de norma processual estrangeira, quando requisitada pela norma brasileira.
- Sistema de cartas comunicação processual (determinado juiz ouvir a testemunhas em outro lugar). Se entre lugares diferentes são cartas precatórias, se entre tribunais hierarquicamente inferiores cartas de ordem e se entre países diferentes chama-se de cartas rogatórias. 
Se um Estado não cumpre cartas rogatórias (Estados isolados), tem de ser respeitada a soberania estrangeira. Neste caso existe um tipo de citação de edital (réu em local desconhecido ou incerto), equivalendo o não cumprimento da rogatória a citação incerta. As regras para citação podem divergir entre os países, mas valerá a regra do país alheio. 
Interpretação 
Pellegrini Determinar o significado e seu alcance.
Marinone Não é apenas revelar as palavras da lei, é adequando aos princípios de justiça e direitos fundamentais. 
Aula 8 - 10/06
PRINCÍPIOS 
Princípio é norma, dá idéia de inicio e dita valores geraisda sociedade, é conformador de outras normas, é um projeto. 
São meta-normas (ajudam a estruturação de outras normas), ponderam-se e não se excluem. A regra determina a efetivação da conduta e possibilitam o confronto ou conflito, princípios são ponderados. 
Princípios Informativos voltados ao legislador. 
Princípio Lógico - Célere, Eficaz e Justo.
Príncípio Jurídico – garantir o acesso, buscar decisões justas.
 “ Político – social (vinculado ao processo político) e menor sacrifício dos direitos individuais
 “ Econômico – menor custo e menor duração possível. 
Segurança e celeridade são sempre contrapostos. 
Coisa julgada proceder a uma opção (segurança jurídica), mas muita vezes pautada numa celeridade. Justo será o processo que sempre poderá ser revisto em justiça. A coisa julgada provoca a imunização das decisões, com uma imutabilidade de decisões as vezes injustas. 
O novo CPC prevê o fim de embargos infringentes por conta disso. 
Princípios Expressos na CF (cada autor defende um rol distinto)
Devido Processo Legal o processo passar a ser um instrumento que garanta a justiça, e não simplesmente um instrumento técnico. 
A maioria dos livros vincula este princípio à Magna Carta, com a exigência do respeito a “Law of the land”, prevendo um julgamento para o caso contrário. Garantia do due processo of law (inclui também as outras fontes do direito). Law em ingles é direito, não é lei. O certo é devido processo em direito! Um decreto germânico vinculava a decisão do rei ao texto de lei. 
Garantir a todos aqueles que exigem do Estado juiz, terem um devido processo em direito, que nos traga todas as garantias do cidadãos. É uma clausula aberta, está em construção, que garanta todos os direitos/garantias devidos a teoria do processo. 
Os procedimentos podem ser vários, mas nao é apenas isso que constitui o devido processo. Noção de ampla defesa, contraditório. São garantias mínimas devidas a todo processo jurisdicional. E não é uma noção exclusiva do processo jurisdicional, é possível falar de um devido processo constitucional, administrativo e negocial. 
O procedimento pode ser qualquer, mas deve se dar um juiz imparcial (galgando o juízo ex post factum), uma possibilidade de influenciar no julgamento (ampla defesa e contraditório), a impossibilidade de um processo em sigilo (publicidade), a obrigatoriedade de fundamentação jurídica e racionalmente da decisao, e o controle da legitimidade da decisao, garantir o direito de recorrer para modificar as decisões injustas (Calmon de Passos). 
São três formas:
D.P.L. em sentido genérico 
D.P.L. formal dar a todos todas as garantias constitucionais a eles previstas.
D.P.L. em sentido material controle judicial do legislativo (intervenção jurisdicional nas demais formas de produção do Direito). 
Acesso à Justiça Nasce como um contraposto a exercicio do poder pelo Estado. É a vedação da auto-tutela (método próprio de tutela dos direitos). A partir disto que o Estado nos dá o direito de exigir do Estado a prestação jurisdicional. Não haverá democracia sem acesso a justiça, garantir às pessoas a possibilidade de exigir o cumprimento dos seus direitos. Mauro Capelleti é quem fala sobre esse principio.
Não é apenas a porta de entrada, não é garantir apenas o acesso inicial, mas garantir também a saída do processo. Agrega também a efetividade, acesso a tutela jurisdicional tempestiva (dentro do tempo). “Justiça tardia é injustiça qualificada”. Garantir a defensoria pública, a insenção de custas, a celeridade processual. 
Algumas pessoa tem privilégio de prazo processal (MP e DP em dobro e Estado em dobro). São prerrogativas próprias destes entes. 
C. Ampla Defesa e Contraditório (inc. 55) são garantias proprias que embora tratados no mesmo texto possuem conteúdo diferente. 
A Ampla defesa garante as partes a exercer o direito de defesa. No PC dá a garantia de exercer ou não, mas no PP dá uma garantia efetiva. Não basta que seja apenas garantida a possibilidade de defesa, é necessário que a defesa seja efetivamente realizada. As partes devem ter capacaidade de influenciar no resultado, para estes princípios terem sua efetividade garantida. Direito de vista, de contestação, contraditar, perguntar, etc. 
É um processo dialético, (tese do autor, antítese do réu e síntese como decisão do juiz), todos devem ter a possibilidade de intervir e contribuir na formação da evolução do processo.
D. Proibição da Prova Ilítica a contribuição para o processo está ligada a bilateralidade da audiência. Mas o processo para ser democrático deve ser pautados em valores democráticos. A regra geral é poder utilizar qualquer tipo de prova (testemunhas, interrogatório, documentos, inspeção judicial)
E. Princípio da Fundamentação (art. 93, inc. IX) o dever de fundamentação dado ao magistrado tem dois fundamentos: um de ordem persuasiva (convencimento das partes) e deve haver publicidade, como dever racional junto com a fundamentação para possibilitar a defesa. É possível restringir o acesso das pessoas durante o processo, visando o interesse público. O sigilo do processo é sempre para os demais, e não as partes (e seus advogados). 
F. Juiz Natural (art. 5º, XXXVII e LIII) 
G. Duração razoável do processo 
H. Duplo Grau de Jurisdição
Princípios Implícitos 
Aula 9 – 12/06
F. Juiz Natural 
 Ex Post Facto o juiz não deve conhecer os fatos antes de chegar a ele através de um processo. O juiz noa inicia um processo, é iniciado por uma das partes. 
 Competente competência prevista em lei, de preferência pela constituição. 
 Compatível 
- Sem suspeição (critérios subjetivos) – proprio juiz deve reconhecer, mas na falta qualquer parte pode fazê-lo. 
- Não impedimento (critérios objetivos)
Princípio do non liquet o juiz não pode se abster de decidir. 
H. Princípio da duração razoável do processo
Antigamente se chamava de celeridade. Oriundo do Pacto são José da Costa Rica, através da EC 45/2004. (art. 70).
Mauricio possibilidade de indenização do Estado caso haja uma dilação do processo. O processo tem de ser o mais célere possível. É possível que o processo dure muito tempo, mas que não haja dilação indevida. 
Habeas corpus e mandado de segurança tem preferência entre os outros. Mas durante o ano eleitoral deve haver preferência frente ao mandado de segurança 
Idosos também tem preferência frente a outros processos.
I. Duplo Grau de Jurisdição
SV 25. 
Todas as pessoas tem direito a um julgamento por outra autoridade judiciária. Existem recursos horizontais e verticais. O recurso horizontal é para o mesmo juízo (embargos de declaração – decisão obscura ou omissa, art. 535). Os verticais remete-se a autoridade hierárquica superior (ex: apelação). 
Todo mundo tem direito a pelo menos um recurso vertical para outra autoridade judiciária. Pois os juízes também são falives de erro. Os recursos tem como objetivo manter a continuidade do processo.
Coisa julgada quando não cabe novo recurso, pq a parte exerceu o direito ou porque abriu mao do direito de recorrer. 
Recorre ao STJ há quem fale em 3º grau de jurisdição. Mas esses recursos ao STF e ao STJ tem aspectos especialíssimos ou requisitos, a exemplo da repercussão geral. No duplo grau de jurisdição, basta que a pessoa esteja insatisfeita com a decisão. No recurso especial ou também no recurso de revista, não basta que a decisão seja injusta, 
Ações recisórias recorrem a coisa julgada
Numerus clausus recurso só pode ser criado por lei. A maioria está prevista no CPC. O Recurso iluminado (criado pela lei 9099).
J. Princípio da igualdade social
Paridades de armas as partes não podem ser processualmente privilegiadas, devem ter os mesmos instrumentos processuais. Qualquer tratamento especial injustificado ofende o princípio da isonomia. Os prazos para arrolar testemunhas deve ser o mesmo, a quantidade de testemunhas também. Exceção: entes da Fazenda Pública (quádruplo para contestar e dobro para recorrer) tem privilégios de prazo, sendo consideradosponderados.
As custas processuais também devem ser equivalentes, salvo os casos de insencao de custas (acolhidos pela defensoria publica).
PRINCIPIOS IMPLÍCITOS
A. Princípio da Efetividade (art. 273 e 461)
 Uma das coisas mais graves que pode haver na jurisdição é sua inefetividade, pois o Judiciário é o último elemento de questionamento. O Judiciário está muito vinculado da patologia social (cuida das “doenças sociais”). A ineficácia leva a um descrédito a toda a atividade judicial. Ex: inefetividade da jurisdição penal e morosidade da jurisdição civil, levando a um descrédito geral da população. Salvo os casos da antecipação da tutela (deferir uma liminar, sem trânsito em julgado). 
B. Princípio do Pedido ou Recurso Oficial
Acusatórios (o juiz apenas supervisiona com iniciativa das partes) e Inquisitivos (o juiz tem maior participação).
Art. 2º + art. 168 + art. 499 
O juiz não deflagra ou inicia o processo. Limites do pedido. Ainda que a parte tenha pedido pouco, o juiz não pode extrapolar o limite do pedido (art. 24 e 28). E o juiz nunca poderá decidir fora dos autos (extra petita), nem mais do que foi pedida (ultra petita), nem .. perdi. 
C. Princípio do impulso oficial (art. 262 + art. 125,II)
Iniciado o processo, o andamento do processo o juiz pode fazer de ofício. 
D. Principio da verdade formal ou verdade oficial
Não existe verdade... A verdade é ilusão. O processo é sempre sobre fatos históricos jurídicos. Deflagração do processo jurisdicional. Se busca no processo uma verdade real, mas no âmbito do processo é uma verdade formal, pois nasce das provas que estão nos autos do processo. A verdade processual deve ser próxima da verdade real. O juiz não se vincula as provas nem as perícias, sua decisão deverá ser fundamentada, mas deverá ser o mais igual possível da verdade real. 
Falsa prova (art. 485) na ação recisória, a falsidade de prova pode ser uma alegação. Mas deve obedecer a um prazo de 2 anos, se no processo civil. No processo penal não há caducidade, pois o principio da verdade real tem maior grau de incidência. 
E. Livre convicção motivada dos magistrados (art. 131). Livre investigação das provas... 
 Dá ao juiz, como órgão do Estado, a liberdade para decidir, nos limites concedidos legalmente. A sentença não é do juiz, é uma vontade do Estado. Deverá indicar os motivos de fato e os motivos de direito, para o convencimento, podendo usar a legislação, os princípios gerais do direito, o bom senso (constumes), jurisprudências. Aceitar provas ou não. Afastar inconstitucionalidade. Motivadamente ele deve fundamentar, pois as partes pode recorrer em outro grau de jurisdição. Se tiver prova de inocência, deve haver absolvição, mesmo após a declaração da sentença. 
Conselho de Sentença jurados
No processo do júri o juiz, não exerce o juízo de culpabilidade ou inocência, é um juízo subsidiário, sendo 
F. Lealdade processual e boa-fé (art. 218 CPC)
Pune os atos de boa-fé. Não pode postergar os atos declaratórios. Alguns autores defendem um sistema de cooperação (nem inquisitório nem acusatório).
G. Princípio da Oralidade
As partes podem falar com o juiz, responder oralmente as perguntas do magistrado. Algumas autoridades podem responder por escrito (presidente da República). Procedimentos especiais tem maior eficácia.
H. Imediaticidade do juiz (arts. 344, 346, 410, 415 do CPC)
Juiz pode colher a prova pessoalmente, com um poder imediato. Há uma decorrência deste principio da identidade física do juiz (art. 132, CPC). O juiz como pessoa física é quem deve proferir a sentença (se morreu, se aposentou, nesses casos o juiz substitutos repetirão a prova). Os atos de instrução. 
J. Princípio da concentração da causa
O momento próprio de produzir a prova é na audiência de instrução. A concentração da instrução na audiência de instrução. 
L. Economia processual diz que sendo possivel relaizar o ato por mais de um meio deve ser realizado pelo meio menos gravoso, mais econômico. 
M. Instrumentalidade das formas havendo uma atipicidade (
Ex:. Citação – processual, editalícia ou por hora certa. Oficial de justiça ou pelo poder. Se não for uma dessas formas, haverá a nulidade deste ato como regra. Embora praticado por outro meio, assumo o erro ocorrido se não causar prejuízo. 
N. Principio da disponibilidade (processo civil) – a parte pode desistir do recurso ou dos atos de execução, independentemente da anuência das partes.
O. Princípio da indisponibilidade (processo penal) – tem de pedir a absolvição do réu, não pode desistir do processo. 
P. Eventualidade ou Preclusão a preclusão (um dos mais importantes institutos do processo) é como um feitor de escravos. Tendo ocorrido a preclusão a parte não pode praticar mais o ato, por conta da preclusao. A idéia é de nao eternizar o processo. 
Temporal – os atos são aplicados com prazos periclitórios. 
Consumativa – se dá pela realização. Se apresentado não dá para alterar, cancelar, etc. É ato consumado, não tem oportunidade de repraticar.
Lógica – impede de tomar atos contraditórios no processo. Deve haver a compatibilidade do ato. 
Aula 10 – 17/06
Fichamento (entregar 2 aulas de antecedência). 
- Candido Rangel DINAMARCO. A Instrumentalidade do processo. 15ª edição. 
1º grupo p. 17 a 176 (primeira parte). 2º grupo p. 177 a 362 (segunda parte).
- Do Formalismo do processo civil – Carlos Alberto Alvaro de Oliveira.
3º Grupo Cap. 1 e 2 (até p. 152). 4º grupo p. 153 até final. 
- O Direito, o poder, a justiça e o processo – José Joaquim Calmon de Passos 
5º grupo nota introdutória até unid. 2 / 6º grupo unids. 3, 4 e 5.
Data do seminário: 21, 26 e 28/08 e 02, 04 e 09/09. Um grupo por aula. 
Valor: 3,0 pontos 0,5 (extra é presença e participação) + 2,5 (fichamento e seminário)
1ª prova 10/07 (peso 4 e valor 10,0)
1 questao conceitual + 1 questão prática assunto até Jurisdição
2ª prova 19/08 (peso 6 e valor 7,0)
- JURISDIÇÃO
1. Noções Gerais
É uma das funções do Estado, ao lado da administrativa e a legislativa. Essas tres funções decorrem do poder soberano do Estado, o poder uno (o Estado é um só). Mas no seu exercício subdivide-se em tres funções básicas. 
Ainda há reflexões sobre a natureza de outros poderes, a exemplo do Ministério Público e o Tribunal de Contas (órgãos sui generis). Outro exemplo é o das agências reguladoras, que tem muito a ver com a funcao jurisdicional, mas aparenta vinculada ao Executivo. 
Estamos em construção de um novo paradigma de Estado Constitucional. Juris dictio dizer o direito. É uma das formas de dizer o direito para a sociedade. 
A administração é uma forma de produzir o direito também. O que as diferencia é que a jurisdição não deve ter política. A esfera de atuação política está muito mais entranhada no Administrativo. Mas há também uma falta de legitimação democrática
A partir de 2004, com a EC 45, o CNJ passou a ter uma função administrativa do Judiciário. 
A jurisdição é que pode declarar inconstitucionalidade das normas e invalidade dos atos do Executivo, mas não existia ainda um controle externo do Judiciário, sendo inaugurado pelo CNJ. A partir daí foi possível exercer um controle da legitimidade. Pois anteriormente a Corregedoria do Tribunal é que exercia de modo duvidoso esse controle. Tem sido um avanço social para o exercício do controle jurisdicional. 
Eficácia erga omnes / tutela coletiva... X A norma está sempre vinculada a produção de um norma abstrata.
A função legislativa e a administrativa exerce o poder e produz o direito. É uma produção particular do direito
O Executivo pode exercer jurisdição (induto e perdão). O Judiciário quando contrata servidores, exerce a função administrativa. Essas são formas atípicas de exercício da função. No sistema de freios e contra-pesos, levaríamos a uma tautologia a um sistema orgânico da função jurisdicional. 
Critério sociológico
Critério das garantias as garantias dos parlamentares não os diferenciam dos demais cidadãos, são apenas características.2. Confronto com outras funções 
	2.1. Critério da Aptidão de formação da coisa julgada (Eurico Allosio e Piero Calamandrei)
Há duas coisas essenciais que diferenciam a Jurisdição dos demais poderes o método declaratório do poder jurisdicional do processo (sentença que declara o direito) e sua imutabilidade (a coisa julgada). Os outros poderes podem revogar ou modificar, de acordo com os critérios de conveniência ou oportunidade política, sempre pensando no atendimento do interesse público. Isso porque se não tiver como objeto o interesse público, poderão ser questionadas no judiciário.
O Judiciário é o único que possui como característica a imutabilidade, a coisa julgada. Esta pode ser formal ou material. A coisa julgada formal é a preclusão máxima, com esgotamento das vias recursais daquela decisão. A coisa julgada material é oriunda das decisões que julgam o mérito da demanda. Esta coisa julgada material é imutabilíssima. Essa é a função que diferencia a Jurisdição dos demais poderes. 
Em matéria de direito processual tem dois juízos, o juízo de admissibilidade e juízo de mérito. 
Lidispendência inicio de uma ação repetida (com uma ainda transitando em julgado), a sentença não poderá julgar o mérito (art. 267, V, CPC). Nesta decisao, houve a preclusão máxima (coisa julgada formal) foi uma sentença terminativa, que julga o processo mas não julga o mérito. 
	2.2. Justa Composição da Lide (Francesco Carnelutti e Jose Frederico Marques)
	Carnelutti cria o conceito de lide (conflito de interesses qualificado pela pretensão resistida). Apenas ao poder Judiciário é cabível a composição da lide, salvo as hipóteses de auto-tutela excepcionalmente permitidas. 
	2.3. Substituição (Giuseppe Chiovenda e Calmon de Passos)
	Chiovenda capacidade de substituir a vontade das partes pela vontade do Estado, declarando o Direito. O Legislativo e o Executivo podem produzir o direito, mas não pode substituir a vontade das partes. Os atos do judiciário não podem ser evitados, eles podem ser discutidos no seu processo de formação, influenciando na sua produção (devido processo). 
	
	
 
3. Idéias-núcleo 
	- Estado Constitucional Democrático 
	- Atividade Substitutiva
	- Aplicação Autoritária do Direito
	- Caso Concreto 
	- Não Pessoalidade
	- Definitividade
Para Maurício, essa teoria chiovendiana da substituição coativa é a que melhor representa o Judiciário. A função jurisdicional não é só declarativa, cognitiva ou de conhecimento, também pode ser uma atividade executiva, que nasce de uma decisão previamente acertada, e neste processo não se forma coisa julgada. A Constituição poderia dar aptidão aos outros poderes para formar coisa julgada. 
	Nem todo processo requer necessariamente a formação da lide. A jurisdição voluntária prevê situações que mesmo que não existe lide a jurisdição deve se levar ao Judiciário e optar pelo critério de validade. Interdição de filho deficiente (não tem lide, mas tem jurisdição, porque tem substituição). 
	A substituição não é apenas a substituição da matéria de lei, é preciso utilizar o critério de criação de novas fontes do Estado Democrático de Direito, não apenas o texto de lei, mas a jurisprudência, normas concretas criadas pelo Judiciário (vide Sumulas Vinculantes). 
 
4. Conceito
	
Aula 8 – 01/07
Passar email para loiselobo3@gmail.com pedir texto digitalizado.
Princípios da Jurisdição 
Tem sido útil na reconstrução da teoria dos direitos fundamentais. Vamos falar dos princípios da jurisdição... Focando nos princípios próprios da função jurisdicional. Temos princípios de direito que será aplicado em diversos ramos do direito. Outros princípios são princípios gerais do processo e serão também pertencentes a jurisdição.
Investidura (CF, 37, II e CP, 328)
	A função jurisdicional é função de Estado. Os magistrados são instrumentos do Estado, para o exercício da soberania estatal no exercício da jurisdição. Só pode exercer a função jurisdicional aquele que está investido na função de magistrado. 
	Um dos pressupostos do exercício jurisdicional é ter um órgão de jurisdição. A investidura pode ser por concurso público, por eleição (ex: quinto constitucional, juiz de paz), por júri e por escola das partes (arbitral). Mas a regra geral é que se origine por concurso público. 
Aderência ao território (CPP, 85 e desaforamento e CPC, 102, 103, 107 e 230). 
	Quem exerce a jurisdição é vinculado a um território. Não pode se dar indiscriminadamente, tem de haver limites espaciais. Uma coisa é aceitar atos oriundos de outros países, uma submissão a sentenças estrangeiras. A nacional que é homologatória. 
	O exercício da jurisdição é feito dentro de um limite chamado de competência, uma auto-limitação, um delineamento, uma organização desta atividade. Os magistrados não podem julgar toda ou qualquer causa. São vários os critérios delimitativos da competência, mas um deles é o territorial. Na justiça estadual comum se chama de comarca, na justiça federal é seção.
	A limitação do exercício da jurisdição pela competência territorial é que muitas vezes o magistrado tem de realizar atividades fora de sua competência territorial. É possível haver exceções para esses atos, sendo previstos no CPC. Um exemplo são os atos de cooperação jurisdicional, como as cartas precatórias ou rogatórias (para citação e intimação quando em comarcas contíguas, tendo em vista atender ao princípio da economia processual). 
	Desaforamento julgamento popular é permitido que seja tirado da comunidade sempre que se percebe que não há a isenção necessária para o julgamento. O réu que deve pedir, para sua segurança, por incapacidade da isenção do júri. 
*OBS: essa noção de aderência ao território é uma competência para o exercício das praticas de jurisdição neste território, não se confundindo com os efeitos da sentença, que vale em todo território nacional. 
Indelegabilidade (atos ordinatórios) 
A atividade jurisdicional não pode, como regra, ser delegada a outrem, só o magistrado devidamente investido é quem pode praticar os atos próprios do exercício da função jurisdicional. 
*Obs: carta precatória não é delegação, é um ato próprio do magistrado, para praticar atos fora da sua competência. 
Exceções: 
- Auxílio de um estagiário ou um assessor ao magistrado; 
- Atos ou sentenças homologadas pelo STF, executadas por juízes de 1º grau; 
- Ações previdenciárias são de competência da justiça federal comum, mas como são poucas sub-seções;
- Atos ordinatórios juiz pode delegar ao próprio escrivão, sendo autorizado por lei (EC 45 e CPC). Não possuem conteúdo decisório, são atos impulsionadores do processo. 
Indeclinabilidade ou Inafastabilidade (CF, 5º XXXV e CPC, 126)
A CF traz como garantia do cidadão a impossibilidade de que legislação, ato do executivo, ou de qualquer natureza, afaste da atividade juridicional da apreciação do Judiciário. 
Possibilidade de pedir, a tutela jurisdicional. Seria anti-democrático, ilógico, que proibisse a parte de tutelar o interesse ou impedir a parte de ter acesso ao Judiciário. 
A inafastabilidade está numa visão externa e a indeclinabilidade, numa visão interna. 
Exceção: em matéria desportiva só é possível ingressar no judiciário após extinguir as instâncias esportivas.
As entidades associativas também devem se submeter ao devido processo legal, inclusive substancial. Elas tem a liberdade plena de exercício da associação, mas não podem ofender os direitos fundamentais. 
Juiz Natural (CF, 5º, XXXVII e LIII)
É advindo de dois conceitos compatível e competente. 
As partes não pode escolher o seu julgador. A jurisdição é heterocompositiva, sendo o juiz um terceiro desinteressado. A exceção é a arbitragem, que as partes podem escolher o árbitro, para causas patrimoniais empresariais.
Competente O órgão judiciário é que irá definir o juiz competente para cada causa. 
Compatível o juiz não pode ser suspeito nem impedido. Se for impedido, os autos permanecem no órgão competente, sendo escolhido seu substituto permanente.As próprias partes podem dizer se é suspeito (exceção de impedimento e suspeição), e o próprio juiz tem dever de ofício de reconhecer. 
Impedimento são de ordem pública objetiva, não precluem (própria causa, causa de familiares, etc).
Suspeição subjetivas, ser amigo íntimo, inimigo capital, etc. 
Inevitabilidade
	O judiciário pode evitar os efeitos dos atos dos outros poderes, mas os atos do Judiciário são inevitáveis. “Todos podem errar, mas o Judiciário erra por último”. E o STF é o último dos últimos! 
	A demora do processo não é devido ao número de recursos. 
Inércia (CPC, 2º e CPC, 24)
A regra é que a jurisdição é inerte, precisa ser imparcial. O nosso sistema é acusatório e não inquisitivo, o magistrado é suprapartes e não a parte. O instituto que serve para deflagrar a atividade jurisdicional é a ação. Há outras situações que o magistrado possa agir de ofício, mas são exceções. 
Improrrogabilidade ou Perpetuação (CPC, 87)
Perpetuacio jurisdicione a atividade jurisdicional é perpetuada para aquela causa. Alteracoes outras e posteriores de situação da lei ou de fato, como regra, não retiram ou não prorrogam a atividade jurisdicional daquele órgão. Proposta a ação e definido o juiz natural não se pode modificar. 
Não havendo critério outro da lei, as ações cíveis serão propostas de acordo com o domicílio do réu. Se a ação for real imobiliária, a competência será no local do imóvel (aderência ao território).
Exceções extinção ou criação de órgão judiciário. 
Unidade
Jurisdição é parcela funcional da soberania, mas esta é uma e indivisível. Assim como a jurisdição, que também é una, embora se subdivida-a pelos territórios. As divisões da jurisdição são didáticas, mas o juiz penal exerce a mesma parcela de compreensão da matéria cível. Mas isso não significa divisão da jurisdição. 
A terminologia espécies de jurisdição é apenas para compreensão didática... 
Espécies de Jurisdição 
Quanto à matéria leva-se em conta o conteúdo de direito material submetido à jurisdição. 
- Penal 
- Civil (lato sensu) engloba as causas trabalhistas, constitucionais, eleitoral (misto), tributárias, etc. 
Quanto aos organismos 
- Comum estadual ou federal não foi por determinação constitucional atribuída a organismo judiciário especializado. 
- Especial trabalhista, eleitoral e militar. 
	2.3. Quanto à Hierarquia 
		- Superior cabe julgar os recursos da atividade jurisdicional inferior. A regra é que sejam colegiadas. 
		- Inferior 
	2.4. Quanto à Origem ou Providência
		- Legal jurisdição comum
		- Convencional arbitragem (equivalente jurisdicional x jurisdição)
	2.5. Quanto à forma
		- Contenciosa 
		- Voluntária
Exercício – dia 03/07 
Vocês concordam com o critério adotado como correto por J. J. Calmon de Passos para distinguir a jurisdição das demais funções do Estado?
Discorra sobre as espécies de jurisdição na obra de J. J. Calmon de Passos, 
Faltei aula 08/07 – véspera da prova
Aula 15/07
Competência 
Vinculação de qualquer exercício de poder. Tanto para o PC como para o PP. Determina os limites para exercício do poder, outorgando suas possibilidades. A jurisdição é uma forma funcional do exercício do poder soberano. A competência é a medida da jurisdição. Todo juiz possuem jurisdição, como órgãos do poder do Estado, mas seria ilógico que todo e qualquer juiz poderia julgar todo processo. Logo, é necessária a delimitação da competência do exercício da jurisdição. Competência internacional, competência exclusiva, competência concorrente, etc.
Essas competências são atribuídas em matéria legislativa (CF e Const. Estaduais e leis) nas normas de organização jurisdição. A JF tem uma lei própria de organização judiciária e também o CPP e o CPC dispõe alguns pontos sobre a competência.
Critérios sobre a distribuição da competência
Doutrina noção de conceito político a distribuição de competência. Os critérios existem sim, mas a decisão de quais critérios utilizar diz respeito a decisões políticas.
Critério sobre a causa distingue a competência para processar causas cíveis ou causas criminais.
Critério pela natureza do processo ou procedimento HC ou MS será determinante para a competência. Ato originado de Estado, competência originária do TJ. Neste caso, não será pela matéria, pois pode ser de outra matéria. Ex: HC para prisão civil no caso de devedor de prestação alimentícia. 
Atividade cognitiva sentença de mérito que reconhece o direito.
Atividade consecutiva satisfazer o direito.
Podemos racionalizar os critérios denominados doutrinários, que diversos países partem destes critérios. São escolhidos politicamente para definição da competência. 
Há uma subdivisão:
I – Critérios Objetivos
Matéria leva em conta o objeto da ação/demanda que está sendo colocada em juízo ou no litígio. E a análise parte da matéria do litígio, a relação jurídica. 
Em Salvador, temos varas criminais, mas ainda tem subdivisões: criminal, júri e tóxicos/entorpecentes. E para as varas cíveis: família, cíveis em geral, e acidentes de trabalho. Existem Estados que subdividem em mais varas, criando varas específicas. 
Pessoa Varas de Fazenda Pública. Não importa a matéria. A maioria das competências da JF é definida por este critério. Dívidas, execuções fiscais, etc. As competências para garantias constitucionais são determinadas pela autoridade que cometeu o ato impugnado pelo remédio constitucional. 
Lugar não importa quem é e nem a causa envolvida. O que importa é o lugar para se determinar a competência em si, por algum aspecto territorial. A regra geral para a competência da vara cível é o domicílio do réu, mas quando se tratar de propriedade de imóvel é o local do imóvel e se for causa como parte um menor o domicilio será o do menor, seja ele autor ou réu. Muitas vezes irá se conjugar com outra competência, mas em cidades do interior valerá isoladamente, por ser um juízo único. 
II – Critério em Razão do Valor é o caso dos JECs, competentes a julgar causas de 40 SMs dos Juizados Estaduais e 60 SMs dos Juizados Federais. 
Não existem mais Tribunais de Alçada, com a estipulação de um 2º grau de jurisdição para causas de valor pré-estipulado. 
III – Critério Funcional ou Hierárquico leva em conta a atividade do próprio magistrado ou órgão jurisdicional. Pode ser de dois tipos: horizontal ou vertical. 
Nada impediria a criação de um juízo processual inquisitivo com dois juízes: um de ofício (de instrução) e outro de julgamento. O tribunal de júri, o corpo de jurados (Conselho de Sentença) tem competência para decidir a culpabilidade, e o juiz togado tem a competência para a aplicação da pena (justificar os atenuantes e agravantes). 
Horizontal se dá no mesmo nível. No caso do tribunal do júri, o júri e o juiz estão num mesmo nível no processo, sendo por isso competências horizontais. 
A execução civil é funcional, é do juiz que proferir a sentença. 
 A vertical processar e julgar os recursos das decisões dos tribunais inferiores (TJ julga as decisões do juiz de direito). 
Qualquer desrespeito a essas competências comprometem o processo, evidenciando a nulidade do mesmo. 
A legislação não-constitucional estabelece as garantias do judiciário e as atribuições da corte. VER ORGANIZAÇAO JUDICIÁRIA (COMUM E ESPECIAL). A CF não determina o grau de extenção e descrição. A Justiça Estadual é de exceção. 
Ver CPC a partir do Art. 86
Competência interna
Competência Externa
Ver CPP, a partir do Art.269.
Além dos Códigos, terão outras normas esparsas que tratarão de regras específicas. Art. 100 – foro da residência da mulher para separação, divorcio e anulação de casamento. 
Juiz de 1º grau recurso do TJ. Cada Tribunal deve ter uma divisão interna. O TJ-Ba por exemplo tem um órgão pleno e na base há câmaras (5 cíveis e 2 criminais). Acima das câmaras, temos a seção judiciária, que é a reunião das camaras subordinadas a ela. A sessão civil de direito público e a seção civil de direito privado. Ex: uma apelação cível será sorteada para umadas camaras cíveis privadas. E se for MS será competente a sessão civil de Direito Público. 
Passo-a-passo para designar a competência:
1º passo Critério dedutivo da designação de competência. A primeira é a competência de Jurisdição divisão pelas Justiças que a CF fez (organização judiciária). Relação de trabalho Justiça do Trabalho. Relação eleitoral Justiça Eleitoral. Relação entre diretor da autarquia federal e cidadão comum Justiça Federal. Relação que não se encaixa em nenhuma das outras (SUBSIDIARIAMENTE) Justiça Estadual. Ver qual a autoridade ou estrutura judiciária é competente para processar e julgar. 
2º passo Competência originária. Juiz de 1º grau ou de 2º grau. Ver se o denunciado tem prerrogativa de foro. 
3º passo competência em razão do Foro ou do Território. Qual o lugar que irá processar o feito? 
No CPC, art. 100, V - do lugar do ato ou fato: 
a) para a ação de reparação do dano;
b) para a ação em que for réu o administrador ou gestor de negócios alheios.
Parágrafo único. Nas ações de reparação do dano sofrido em razão de delito ou acidente de veículos, será competente o foro do domicílio do autor ou do local do fato.
Competência concorrente exclusiva é de um único Juiz. Mas se alvo é dano de veiculo, o autor pode escolher concorrente onde o acidente ocorreu ou onde o autor mora. 
4º passo competência do juízo. Qual o juízo que processará o feito? Penal, de família, de fazenda pública, ou causa civil? É causa cível. Mas em Ssa são 32 varas cíveis... Entrará outro critério, o da distribuição de acordo com o sorteio (em programa de computador). 
5º passo competência funcional. Qual o órgão interno será competente para julgar o feito? Na Justiça Estadual, só funciona um juiz em cada vara, mas na Justiça Federal há Juiz Titular e Juiz Substituto, obedecendo critérios internos próprios, sendo uma competência interna. Essa competência é muito comum na Justiça de 2º grau (tribunais). 
Competencia Absoluta e Relativa
Esses critérios são definidos por conveniência de política legislativa. Em alguns casos a competência é por motivo de ordem pública e em outros são em razão de natureza particular. As absolutas são vinculadas a motivos de ordem pública. E as relativas são preponderantemente relativas a natureza particular. 
Competências Absolutas em razão da matéria, em razão da pessoa, em razão da hierarquia. O desrespeito à ordem pública é mais grave que as de natureza particular. 
Competências Relativas em razão do valor e em razão do lugar (em prol da parte e não da administração da justiça).
As competências geram nulidades de acordo com essa classificação. E a competência absoluta pode ser conhecida pelo juiz de ofício, já relativas não podem ser conhecidas por ele. As competências absolutas não geram preclusão (prazo para provar a alegação), já as competência relativas precluem (se não alegar no prazo ou com a prova própria, passará a valer). A competencia absoluta pode ser alegada de prazo ou de forma (pq ele pode cohecer de oficio), mas na relativa deve conhecer por argumento próprio arguiçao da cessão de competência (se não fizer, será prorrogada, ao contrário da absoluta que não prorroga). 
Relativas não são de ordem pública, o juiz não pode conhecer de oficio, depende de prazo e forma própria para sua argüição (sob pena de preclusão e prorrogação da competência).
Há discussões doutrinárias sobre o defeitos de jurisdição e competência de jurisdição. Decorre de uma peculiaridade brasileira de estruturação do Judiciário. Essas competências podem estar em diplomas de diversos graus hierárquicos. Na CF tem regras de competência em razão do lugar, assim como no CPC, como na Constituiçao Estadual, como na CLT, e como no ato administrativo do tribunal (são resoluções do tribunal, ele tem competência para regular a matéria). 
Mas pouco importa a origem do ato, será sempre absoluta ou relativa.
Competencias Jurisdicionais em relacao a estrutura judiciária. O desrespeito a essa regra, não quer dizer um desrespeito a competências absolutas. A jurisdição é UMA, então há alguns autores que defendem que o desrespeito ao 1º passo (definição do órgão da esturtura), não seria um defeito da competência, sendo um defeito de Jurisdição. Isso implicaria em efeitos maiores do que os da competência absoluta (nulidade, que pode ser argüia a qualquer tempo e grau de jurisdição). Esse defeito de Jurisdiçao implica a inexistência jurídica, não transitando em julgado, e não estando sujeitas as amarras das açoes recisórias (decisao que não existe não pode transitar em julgado). 
Essa foi a principal classificação de competência. Prazo é o mesmo da defesa. Instituto da exceção de incompetência. 
Aula 17/07
A classificação também pode ser privativa, exclusiva, concorrente. (plano internacional). No plano interno também tem essa classificação exemplo do acidente de veículo foro alheio. 
Competência delegada e própria. A delegada diz respeito a açoes previdenciárias, o juiz pode julgar hipossuficiência...
1. Modificações de Competência 
O principio do juiz natural impõe que para cada caso tenha um único juiz compatível e competente, sendo certo que a competência se da de acordo com normas objetivas sobre sua indicação. A lei pondera em que se permite que um juiz que não seria competente, mas que por outra razão passaria a ser competente. Esse é o caso da modificação da competência. A regra geral é que atinja apenas a competência relativa. As relativas de foro e de valor. 
Prorrogação 
É um fenômeno jurídico que decorre de situações fáticas e pela prorrogação o juiz que antes era incompetente passaria a ser competente. Há algumas hipóteses legais que possibilitam este instituto. Podem ser de duas formas:
Voluntária a lei autoriza a parte requerer (pode ser por ambas). 
Expressa (foro de eleição) – art. 111, CPC as partes desejam por forma expressa, a alteração da competência. Ex: foro de eleição (geralmente a ultima cláusula dos contratos), açao de locação* (não discute propriedade, é pessoal). 
*OBS: Nas causas reais e imobiliárias não podem ser expressas.
Tácita (não oposição de exceção – art. 114, CPC todas as vezes que se tratando de competência relativa, a parte não entra com o instituto de exceção, indicando foro de eleição para domicílio. Não houve fisicamente mudança de competência, mas juridicamente houve mudança de competência, estando correto agora. Se não houver oposição da exceção. Ver Súmula STJ 233 – 
Legal é obriga’toria, se dá por determinação da lei. A vontade das partes não é levada em conta. Também trata como regra de competência de foro, mas o juiz poderá conhecer a conexão e a continência. 
Conexão art. 102 e 103, CPC + art. 76, CPP – liames que constituem a competência duas ou mais ações ou demandas. A ação é constituída por partes, elemento subjetivo e elemento objetivo (causa de pedir e pedido). A causa de pedir é o fato ou motivo jurídico. O pedido é o bem ou serviço exigido. É a existencia de conexão entre a causa e a ação com um liame que as unam. Ex: pedidos iguais ou semelhantes feitas por partes diferentes. Para não acontecer duas decisões contraditórias, para evitar causas protelatórias, haverá modificação de competência para que sejam julgados em conjunto. Se o juiz souber, pode fazer de ofício. A lógica da continência e da conexão é a mesma, mas a continência é um liame mais próximo do que a conexão. O CPC conceitua as duas em matéria cível, mas a lógica é a mesma no PP. Irá para o juízo prevento em geral, por que as hipóteses desse é outra. Tanto a conexão quanto a continência possuem um liame que existem entre duas ações, mas não quer dizer lidispendencia nem coisa julgada. 
Continência 102 e 104, CPC e art. 77, CPP 
Contrato vencido há mais de 90 dias. Cobra-se o contrato inteiro.	
Quando possuem uma mesma causa de pedir e o pedido é distinto entre as ações. O liame entre as demandas é o mesmo da conexão, mas é mais intenso. 
Não há lidisconssórcio, há julgamento de processos diferentes

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