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Conteudista: Prof.ª M.ª Camilla de Paula Pereira Uzam Revisão Textual: Prof.ª M.ª Allyne Fiorentino de Oliveira TEMA 1: SISTEMA AB O E ESF R EGAÇO SAN GUÍN EO TEMA 2: H EMÁCIAS – ER ITR ÓCITOS 📄 Introdução ao Tema 📄 Aplicação da Teoria na Prática 📄 Material Complementar 📄 Atividade Prática 📄 Introdução ao Tema 📄 Aplicação da Teoria na Prática 📄 Material Complementar Práticas em Hematologia Básica TEMA 3: H EMATOPOESE TEMA 4: LEUCEMIAS 📄 Atividade Prática 📄 Introdução ao Tema 📄 Aplicação da Teoria na Prática 📄 Material Complementar 📄 Atividade Prática 📄 Introdução ao Tema 📄 Aplicação da Teoria na Prática 📄 Material Complementar 📄 Atividade Prática Sistema ABO O sangue é composto basicamente por água (aproximadamente 90%) e é dividido em plasma (55%-60%), parte líquida do sangue, o qual possui uma grande quantidade de proteínas, principalmente albumina e células sanguíneas (45%), as quais possuem funções específicas. O sangue é um tecido fluido, formado por uma porção celular que circula em suspensão no plasma. A porção celular do sangue é composta de eritrócitos, leucócitos e plaquetas. O sistema sanguíneo ABO foi descoberto no início do século XX, quando o médico e biólogo austríaco Karl Landsteiner (1868/1943) se dedicou a comprovar que havia diferenças no sangue dos indivíduos, o que lhe garantiu o Prêmio Nobel de Fisiologia e Medicina em 1930. Ele coletou amostra de sangue de 29 indivíduos, isolou as hemácias, também conhecidas como glóbulos vermelhos, e fez diferentes combinações entre plasma e hemácias, à aproximadamente 5% em solução salina (0,6% v/v), tendo como resultado a presença de aglutinação dos glóbulos em alguns casos e ausência em outros e, dessa forma, explicou porque alguns indivíduos morriam depois de transfusões de sangue e outros não. Landsteiner (1901), em seus experimentos, demonstrou que os glóbulos vermelhos humanos podem conter dois tipos de antígenos, denominados A e B. Entretanto, um indivíduo pode possuir apenas o antígeno A, apenas o B, ambos os antígenos ou nenhum deles, e o grupo sanguíneo será caracterizado pelo tipo de antígeno que ele possui na superfície das suas hemácias. Dessa forma, um indivíduo é considerado portador do grupo sanguíneo A quando, nos seus glóbulos vermelhos, é encontrado apenas o antígeno A; do grupo B Página 1 de 16 📄 Introdução ao Tema quando se encontra apenas o antígeno B; do grupo AB se possuir ambos os antígenos; e, finalmente, se não possuir nenhum dos antígenos, será classificado como pertencente ao grupo sanguíneo O. O cientista também mostrou que havia no plasma humano anticorpos naturais pré- formados que ele chamou de anti-A e anti-B, sendo que esses estão presentes no plasma das crianças a partir dos primeiros meses de idade. Em relação ao grupo AB, esse foi proposto em 1902, pelos médicos Alfred Von De Castello (1872/1960) e Adriano Sturli (1873/1964), auxiliares de Landsteiner. É importante ressaltar que com a proposta do sistema ABO, as transfusões tornaram-se procedimentos comuns. Ressalta-se, ainda, que para uma transfusão de sangue, deve-se conhecer os grupos sanguíneos do receptor e do doador, sob pena de ocorrerem aglutinações hemolíticas. As combinações compatíveis são aquelas nas quais os glóbulos vermelhos do doador não contêm o antígeno correspondente aos anticorpos do receptor. As doenças hematológicas são aquelas que comprometem a produção de componentes do sangue, como as hemácias, que também são conhecidas como glóbulos vermelhos; os leucócitos, chamados de glóbulos brancos; e as plaquetas. Muitas patologias que se desenvolvem no sangue fazem parte do dia a dia da população e têm o conhecimento do biomédico por trás de cada diagnóstico. Como exemplo podemos citar, a anemia, linfomas, leucemias e mielomas, por exemplo. Dentre os sintomas mais comuns das doenças hematológicas estão o aparecimento de cansaço e palidez cutânea (por causa da anemia) e o desenvolvimento de manchas roxas pelo corpo, conhecidas como petéquias e equimoses (em razão da queda na contagem de plaquetas). Página 2 de 16 📄 Aplicação da Teoria na Prática Vídeo Viver Melhor – Sangue: os Tipos Sanguíneos e as Principais Doenças e Tratamentos A seguir, assista a um vídeo de uma reportagem sobre o tema. 🩺 Viver Melhor - Sangue: os tipos sanguíneos e as principais doe🩺 Viver Melhor - Sangue: os tipos sanguíneos e as principais doe…… https://www.youtube.com/watch?v=DEYyffCtHbQ Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade: Vídeos Aprenda a Interpretar o Hemograma de Forma Fácil O hemograma é o nome dado ao conjunto de avaliações das células do sangue que, reunido aos dados clínicos, permite conclusões diagnósticas e prognósticas de grande número de patologias. Página 3 de 16 📄 Material Complementar Aula Prática sobre Tipagem Sanguínea O sistema sanguíneo ABO possui quatro tipos ou fenótipos – A, B, AB e O – e são determinados por um gene que se apresenta em três formas alélicas (IA, IB e i), tratando-se, portanto, de um caso de alelos múltiplos. A combinação desses alelos em pares é responsável por indicar o tipo sanguíneo. Aprenda a interpretar o HEMOGRAMA de forma FÁCILAprenda a interpretar o HEMOGRAMA de forma FÁCIL https://www.youtube.com/watch?v=HvBHTg7p1TI Principais Materiais e Equipamentos Usados no Laboratório de Hematologia Aula Prática sobre TIPAGEM SANGUÍNEAAula Prática sobre TIPAGEM SANGUÍNEA Principais materiais e equipamentos usados no LABORATÓRIO DEPrincipais materiais e equipamentos usados no LABORATÓRIO DE…… https://www.youtube.com/watch?v=Nl04cMi3_j8 https://www.youtube.com/watch?v=LVX3DRhzpBo Leitura Manual Prático de Imunohematologia Clique no botão para conferir o conteúdo. ACESSE https://recipp.ipp.pt/bitstream/10400.22/16502/2/Manual%20pr%C3%A1tico%20IH_2020.pdf Experimento 1 Tipagem Sanguínea O sistema ABO é composto por quatro tipos sanguíneos – A, B, AB e O –, que são caracterizados pela presença ou ausência de aglutinogênios em suas hemácias e de aglutininas em seu plasma. O tipo sanguíneo A possui aglutinogênio A em suas hemácias e aglutinina anti-B em seu plasma; o tipo B possui aglutinogênio B e aglutinina anti-A; do tipo AB possui aglutinogênios A e B, mas não possui aglutininas; e, o tipo O não possui aglutinogênios, mas possui aglutininas do tipo anti-A e anti-B. Em relação ao sistema Rh, se houver aglutinação do sangue, significa que o indivíduo possui o fator Rh na membrana eritrocitária, assim, o mesmo é Rh+ (positivo), senão, significa ausência do fator Rh, então é Rh⁻ (negativo). Materiais Utilizados: Página 4 de 16 📄 Atividade Prática Lâminas de vidro para cada tipo sanguíneo; Lancetas; Algodão; Álcool; Caneta; Procedimento Experimental: Figura 1 – Esquema de representação do teste de tipagem sanguínea com reações de aglutinação Fonte: MELO, 2024 #ParaTodosVerem: imagem mostra 4 lâminas de laboratório, com duas gotas de sangue cada lâmina e o antígeno anti-A e anti-B na primeira lâmina, com a aglutinação no anti-A. A segunda lâmina com aglutinação só no anti-B e a terceira lâmina com aglutinação tanto com anti-A como com anti-B e, por fim, a quarta lâmina sem aglutinação. Fim da descrição. Papel; Reagentes utilizados: Soro anti-A, Soro anti-B e Soro anti-Rh. Pinga-se uma gota de soro anti-A, uma gota de soro anti-B em uma lâmina e uma gota de anti-Rh em outra lâmina, em seguida, após ter o dedo desinfectado com álcool e algodão, fura-se o dedo com uma lanceta, goteja-se uma gota de sangue em cada tipo de soro e mistura-se o sangue no soro até formar uma mistura homogênea e, por fim, espera-se a aglutinação para a análise do tipo sanguíneo. Após a aglutinação se concluir, é necessário fazer as devidas análises. Pode-se realizar os cálculos para chegar ao tipo sanguíneo mais frequente na classe. Experimento 2 Distensão Sanguínea O esfregaço de sangue, também conhecido como distensão sanguínea ou aindaextensão sanguínea, é um teste amplamente realizado em hematologia para a contagem e a identificação de anormalidades nas células do sangue. O teste consiste na extensão de uma fina camada de sangue sobre uma lâmina de microscopia que, após corada, é analisada em microscópio. O esfregaço sanguíneo geralmente é realizado quando há solicitação do hemograma ao paciente e tem como objetivo analisar a morfologia (forma) das células, fornecendo informações significativas sobre o estado de saúde do paciente. Por meio dessa análise, é possível mensurar o número de leucócitos e plaquetas, por exemplo, sendo possível investigar problemas hematológicos, distúrbios encontrados no sangue e eventualmente parasitas, como o Plasmodium, causador da malária. Um esfregaço de sangue pode fornecer informações importantes sobre o paciente, auxiliando no diagnóstico de doenças relacionadas ao sangue, por exemplo as anemias e outras condições de saúde, tais como infecções bacterianas, virais e parasitárias, por exemplo. Apesar dos avanços tecnológicos nas diversas áreas e setores da saúde, o esfregaço sanguíneo é um teste indispensável para um diagnóstico assertivo. O primeiro passo para se obter resultados confiáveis é a confecção de um bom esfregaço de sangue e, para tanto, é necessário empregar as técnicas corretas. Materiais utilizados: Lâminas limpas; Procedimento experimental: Amostra de sangue. O sangue (material fresco) é pingado próximo a uma das extremidades da lâmina (aproximadamente a um ou dois centímetros da extremidade da mesma); 1 Coloca-se uma segunda lâmina, com a qual se fará o esfregaço, sobre a face superior da primeira lâmina, de modo que se forme um ângulo de 45º; 2 Faz-se um ligeiro movimento da segunda lâmina para trás até encostar-se no sangue, deixando que este material se difunda uniformemente ao longo de toda a borda; 3 Leva-se a segunda lâmina para frente, de forma que ela carregue o material que se estenderá numa camada delgada e uniforme sobre toda a extensão da primeira lâmina. É essencial escorregar a segunda lâmina sem deter-se. O movimento de extensão deve ser uniforme. O material deverá ser puxado pala segunda lâmina e não empurrada pela mesma, afim de que sejam evitados danos às células; 4 A seguir, seca-se imediatamente o esfregaço, agitando a lâmina no ar ou com o auxílio de um ventilador. A dissecação rápida é indispensável para uma boa conservação morfológica dos glóbulos e outros elementos eventualmente existentes. Não se deve esquecer o esfregaço para secá-lo. Secado à temperatura ambiente e submetido à coloração Panótico Rápida, ou seja, 5 segundos no corante 1 (fixador), escorrer o excesso do corante e, em seguida, colocar no corante 2 (vermelho) por 5 segundos e, por último, 10 segundos no corante 3 (azul). Lavar rapidamente em água. Secar à temperatura ambiente; 5 Experimento2_Distensão Sanguínea.pdf 90.7 KB Colocar óleo de imersão e colocar no microscópio na objetiva de 100x. 6 Chegou a hora de realizar sua atividade prática, para isso, utilize o template indicado anteriormente. https://articulateusercontent.com/rise/courses/epLX6XCETArpjU2eFDfxmwOyqqa8hcI7/cnEXbbl2-CFZ2dj_-Experimento2_Distens%25C3%25A3o%2520Sangu%25C3%25ADnea.pdf As hemácias, também denominadas eritrócitos ou glóbulos vermelhos, são as células mais numerosas do sangue, cuja forma é de disco bicôncavo com espessura maior da margem (2,6 µm) e espessura menor no centro (0,8 µm). Essas células também são caracterizadas por não possuírem núcleo, serem desprovidas de organelas e terem membrana celular rica em enzimas. São flexíveis e passam facilmente pelas bifurcações dos capilares mais finos, nos quais ficam temporariamente deformadas sem serem rompidas. Normalmente, as hemácias não saem dos vasos sanguíneos, diferentemente do que acontece com os leucócitos. Apesar de sua estrutura parecer simples, as hemácias, são células extremamente complexas e com funções muito significativas em um sistema. A sua formação inicia-se na medula óssea, pela proliferação e maturação dos eritroblastos, fenômeno chamado eritropoese. Esse fenômeno leva à produção de hemácias de modo a manter constante a massa eritrocitária do organismo, indicando que o processo é finalmente regulado, sendo a eritropoetina o principal e mais bem conhecido fator de crescimento envolvido. As funções principais dos glóbulos vermelhos são as de transportar oxigênio dos pulmões aos tecidos, mantendo a perfusão tissular adequada, e transportar CO2 dos tecidos aos pulmões. As hemácias constituem a maior população de células do sangue e seu número varia, em homens, de 4,5 a 6,5 milhões por µL, e de 3,9 a 5,6 milhões por µL em mulheres. Em condições normais, um adulto produz cerca de 200 bilhões de hemácias por dia, substituindo número equivalente de células destruídas e, assim, mantendo estável a massa total de hemácias do organismo. Página 5 de 16 📄 Introdução ao Tema A proporção de hemácias produzidas e destruídas diariamente corresponde a 0,83% do total e, em condições normais, essa produção ocorre exclusivamente na medula óssea. Após o período embrionário e fetal, a eritropoese pode ocorrer fora da medula óssea em duas circunstâncias: resposta a um estímulo proliferativo intenso (como em anemias hemolíticas) ou como parte de um quadro de proliferação neoplásica do tecido mieloide. Em anemias hemolíticas, os níveis elevados de eritropoetina podem levar à substituição da medula gordurosa por medula ativa, inclusive nos ossos longos, expandindo a produção intramedular de hemácias até 6 a 7 vezes acima de sua taxa habitual. A hemácia é formada por duas partes, a porção que contém ferro, denominada grupo heme, e a porção proteica, denominada globulina. A estrutura da globulina consiste em quatro cadeias polipeptídicas e, cada uma, ligada a um grupo heme. Cada grupo heme contém um átomo de ferro que se combina reversivelmente com uma molécula de oxigênio. Assim, cada molécula de hemoglobina pode potencialmente associar-se com quatro moléculas de oxigênio, cumprindo sua principal função. Caso Clínico Página 6 de 16 📄 Aplicação da Teoria na Prática Identificação: mulher, 48 anos, professora primária, natural de Batatais, residente em Ribeirão Preto; QP (Queixa Principal): cansaço progressivo, palidez cutâneo- mucosa e olhos amarelos há 3 semanas; HDA (Histórico da Doença Atual): há três semanas começou apresentar cansaço, desânimo e fraqueza generalizada, que vêm se acentuando desde então. No início procurou continuar com suas atividades (como professora e doméstica), mas frequentemente tinha de parar para se sentar e descansar. Há uma semana está de licença e passa a maior parte do tempo na cama. Quando se levanta, sente tontura e, se não for auxiliada, pode cair. Logo que esses sintomas começaram, seus familiares perceberam que estava muito “branca”, e ela notou que o “branco dos olhos” estava amarelo. Procurou, então, um médico que disse que provavelmente tratava-se de “hepatite”. Pediu para realizar alguns exames e receitou-lhe repouso. Há dez dias retornou ao médico que, observando os resultados dos exames, disse-lhe que ela estava com “anemia” e receitou duas transfusões de sangue. A paciente diz que obteve ligeira melhora com as transfusões, mas que dois dias depois estava novamente muito fraca. Uma nova transfusão foi realizada há cinco dias não teve qualquer efeito. A paciente acha, ainda, que a cor amarela dos olhos aumentou nos Resultados de Exames Análise do esfregaço do sangue periférico: últimos dez dias. A paciente nega febre, calafrios, perda de peso, sudorese excessiva ou dores; Exame Físico: paciente em bom estado geral, consciente, conversando, sem decúbito preferencial, com dificuldade para se levantar do leito sem ajuda. Peso: 68 kg, altura 1,63 m; temperatura axilar: 36,8ºC; pressão arterial: 125/45 mmHg (MS, decúbito); pele e mucosas intensamente pálidas, moderadamente ictéricas, sem petéquias,equimoses ou outras lesões dermatológicas. Escleróticas ictéricas, sem outras alterações oculares. Ausência de edemas. Não há aumento de gânglios linfáticos. Musculatura, esqueleto e articulações: sem alterações. Pulsações arteriais visíveis no pescoço. Exame do precórdio revela choque da ponta impulsivo no 5º EIE, na linha hemiclavicular. FC = FP = 104 bat/min (repouso). Sopro sistólico suave, sem frêmito, mais audível no FM e FP, também audível na base do pescoço. Exame do pulmão: sem anormalidades. Abdômen: plano, sem cicatrizes. Há palpação, sem pontos dolorosos, sem massas anormais. Fígado palpável até 4 cm abaixo da borda costal direita, não doloroso, de consistência carnosa habitual. Por percussão + palpação: hepatimetria de 14 cm. Baço: palpável a 4 cm da borda costal esquerda, não doloroso. Exame de membros, coluna e articulações: sem anormalidades. GV: anisocitose evidente. Numerosos macrócitos policromatófilos e abundantes esferócitos. Presença de eritroblastos; GB: sem anormalidades; Plaquetas: sem anormalidades. Hb: 4,5 g/dl (VN: 12 – 15,5 g/dL) Leucócitos: 12.500/µL (VN: 3500 - 10500/µL) GV: 1,5 x 106/µL (VN: 3,9 – 5 x 106/µL) Neutrófilos: 8400 (1700 – 8000) Ht: 13% (VN: 35 – 45%) Eosinófilos: 100 (50 – 500) – Linfócitos: 3100 (900 – 2900) Plaquetas: 140.000/µL (150 – 450 x 103/µL) Monócitos: 900 (300 – 900) Contagem de reticulócitos: 18% (VN: 1 – 2,25%) – Com as orientações do(a) docente, discuta em aula o caso clínico exposto. Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade: Vídeos Função e Estrutura dos Glóbulos Vermelhos (Hemácias/Eritrócitos) Aula sobre a função e constituição dos glóbulos vermelhos. Página 7 de 16 📄 Material Complementar Glóbulos Vermelhos Nesta videoaula apresentamos os glóbulos vermelhos, eritrócitos ou hemácias, destacando sua estrutura e funções. Função e Estrutura dos Glóbulos Vermelhos (Hemácias/Eritrócitos)Função e Estrutura dos Glóbulos Vermelhos (Hemácias/Eritrócitos) Glóbulos vermelhosGlóbulos vermelhos https://www.youtube.com/watch?v=7OcQZYg86Hc https://www.youtube.com/watch?v=ENc3fmAQG5Q Hemácias – Carregar Oxigênio? Chame as Hemácias Clique no botão para conferir o vídeo indicado. ASSISTA Hemácias - carregar oxigênio? Chame as hemáciasHemácias - carregar oxigênio? Chame as hemácias Vídeo Hematopoese e Hemograma Produção de células do sangue e identificação do exame laboratorial. https://edisciplinas.usp.br/mod/resource/view.php?id=2245639 https://www.youtube.com/watch?v=VXmWt0isIns Experimento 1 Coloração das Células Método Wright A coloração de Wright é uma técnica de coloração histológica que utiliza uma combinação de corante ácido eosina (vermelho), usualmente a variedade eosina Y, que forma um eosinato; e corante básico (azul de metileno). Facilita a diferenciação dos tipos de células sanguíneas. É usado principalmente para a coloração de esfregaço de sangue periférico, amostras de urina e medula óssea, biópsia por aspiração por agulha, que são examinadas sob um microscópio óptico. Em citogenética, é usado para colorir cromossomos para facilitar o diagnóstico de síndromes e doenças. É nomeado devido a James Homer Wright, que inventou a coloração, uma modificação da coloração de Romanowsky, em 1902. Pelo fato de que distingue facilmente as células do sangue, tornou-se amplamente utilizada para diferenciar células brancas do sangue (leucócitos), que são rotineiramente requeridas quando há suspeita de infecções. Materiais utilizados: Página 8 de 16 📄 Atividade Prática Amostra de sangue periférico (coletado por punção digital ou coleta venosa); Procedimento experimental: Figura 2 – Esquema de representação do esfregaço sanguíneo Fonte: ZAGO, 2013 #ParaTodosVerem: esquema de representação do esfregaço sanguíneo, onde uma alíquota de sangue é colocada em cima da lâmina e arrastada com outra lâmina e fim de fazer um esfregaço sanguíneo. Fim da descrição. Lâminas limpas; Corantes; Microscópio. Fazer o esfregaço sanguíneo como mostrado na Figura abaixo e deixar secar. 1 Resultado: Hemácias Coloração rósea. Plaquetas Coloração azulada Neutrófilos Núcleo azul-escuro e citoplasma rosa pálido com granulações que variam do rosa ao azul- claro. Linfócitos Núcleo azul-violeta e o citoplasma azul. Basófilos Núcleo púrpura a azul-escuro e citoplasma com granulações volumosas azul-escuro. Monócitos Núcleo azul-violeta e citoplasma azul-claro. Eosinófilos Núcleo azul e citoplasma rosa pálido com grânulos volumosos que variam do vermelho ao laranja. Método Giemsa O azul de metileno é o corante básico e a eosina o corante ácido, como no método Wright. O que varia é a proporção de azul de metileno e de eosina que compõem a Realizar a coloração com eosina-azul de metileno, deixar atuar por um minuto, lavar com solução tampão e deixar secar em posição vertical. Visualizar no microscópio óptico. 2 solução corante. O anticoagulante é a heparina ou o EDTA, já o citrato sódico e o oxalato potássico podem resultar em preparações defeituosas. Procedimento experimental: fazer o esfregaço sanguíneo, cobrir com metanol durante 3 minutos e deixar secar. Preparar a diluição com 0,2 ml de azul-eosina-azul de metileno com 2 ml de solução tampão. É importante fazer a diluição no momento da coloração, pois o colorante precipita e perde a validade para outro dia. Deixar atuar por 25 minutos. Lavar com solução tampão para eliminar os excessos de corante. Deixar secar. Visualizar no microscópio óptico. Resultado: Eritrócitos Rosa. Plaquetas Violeta. Neutrófilos Núcleo de cor azul-violeta, citoplasma rosa e os grânulos, violeta avermelhado. Referência ZAGO, M. A.; FALCÃO, R. P.; PASQUINI. Tratado de hematologia. São Paulo: Atheneu, 2013. Experimento 2 Eritrograma – Contagem de Hemácias na Câmara de Neubauer Os métodos para contagem global das células sanguíneas consistem geralmente em diluir o sangue, em proporção conhecida, com um líquido diluidor chamado Hayem, permitindo a conservação das células em estudo. Materiais utilizados: Procedimento Amostra de sangue; Pipeta graduada; Papel absorvente; Tubo de ensaio; Câmara de Neubauer; Microscópio. Em tubo de ensaio pipetar 4,0 ml de solução de Hayen (diluidor isotônico, contendo um fixador para conservação das células) e 20µl de sangue total (diluição 1:200) - “0,02 ml X 3,98ml; 1 Preparo da solução diluente: Citrato de sódio – 3,8g; Fornol a 40% – 2,0ml; Água destilada – q.s.p. 100,0ml; 2 Fixar a lamínula sobre a câmara de Neubauer e preenchê-la com o sangue diluído e contar os cinco quadrados indicados na imagem 3 Figura 3 – Câmara de Neubauer para contagem de hemácias Fonte: Reprodução #Paratodosverem: a Câmara de Neubauer é usada para determinar a quantidade de células e outras estruturas em amostras, como sangue e urina. Ela é uma lâmina grossa de vidro. É composta por duas câmaras (independentes), uma superior e uma inferior. Cada uma possui uma grade no centro, onde a contagem celular é realizada. Fim da descrição. Multiplicar o número de hemácias encontradas nos cinco quadrados por 10.000 para obter o resultado em mm³. Valores de referência: Homens: 4,5 a 5,5 milhões/mm Mulheres: 4,0 a 5,0 milhões/mm Recém-nascidos: 5,5 a 7,0 milhões/mm abaixo. Para essa contagem, pode ser utilizada a objetiva microscópica de 10x de aumento. Interpretação: valores aumentados são encontrados nas policitemias e os valores diminuídos relacionam-se aos processos anêmicos de diversas etiologias. O processo de regulação e produção contínua de células do sangue é chamada de hematopoese, sendo que esse processo ocorre em duas fases, embrionária (com hematopoese no saco vitelino, fígado, baço e medula óssea) e fase adulta (apenas na medula). Por meio de estímulos de certos indutores da proliferação celular, esse ciclo garante que o número de células especializadas seja reposto, além de auxiliar na homeostase em meio a situações que exijam do organismo uma produçãoacentuada, como processos infecciosos, inflamatórios, anemias e sangramentos. Atualmente, muitos estudos vêm sendo realizados a fim de entender o potencial de renovação dessas células como um caminho para o desenvolvimento de tratamentos para doenças que envolvam as células sanguíneas, como as anemias, doenças de coagulação sanguíneas e leucemias. Estão envolvidos os processos de renovação, proliferação, diferenciação e maturação celular. Nesse processo, há a formação das células do sangue, que são divididas em três séries diferentes: Página 9 de 16 📄 Introdução ao Tema Série vermelha: representada pelos eritrócitos (que ocupam cerca de 45% do volume sanguíneo); Série branca: composta pelos leucócitos ou células brancas (que são células como os linfócitos, neutrófilos, basófilos, eosinófilos, monócitos, entre outras); Série plaquetária: composta pelas plaquetas. Em indivíduos normais, o sangue possui uma média de volume de 5 litros, sendo cerca de 2,1 desses litros ocupadas pela porção celular e o restante pelo plasma (porção de água e proteínas que dão o aspecto fluido e viscoso a esse tecido). Vale salientar que a maior parte da porção celular do sangue é composta por eritrócitos. Deve-se compreender que o processo de hematopoese tem como célula-base as células-tronco hematopoéticas (CTH). Essas células não se tornam extintas após sua diferenciação, elas, por si só, são capazes de se replicar de forma a manter sua população em níveis regulares ao longo da vida. As CTH podem ser subdivididas em LT-HSC (Long Term Hematopooetic Stem Cell) e ST- HSC (Short Term Hematopooetic Stem Cell), a primeira sendo células mais imaturas e de maior duração devido às suas poucas divisões mitóticas, e a segunda sendo uma célula-filha da LT-HSC que tem maior atividade mitótica, já comprometida a certa linhagem sanguínea, tendo menor tempo de vida. Dessa forma, pode-se nomear de hematopoese um processo de três etapas, a primeira sendo a automanutenção do pool indiferenciado de CTH, a segunda correspondendo à manutenção do pool de células precursoras e, por fim a terceira representando a proliferação, diferenciação e migração de células diferenciadas para a corrente sanguínea. É fundamental entender que a hematopoese ocorre principalmente nas medulas ósseas vermelhas dos ossos longos e nos ossos chatos. Nessa região, há um ambiente favorável para a proliferação dessas células e a presença de fatores de crescimento que regulam as atividades celulares desse ambiente. Assim, nichos são criados dessas células precursoras e há regiões específicas para o desenvolvimento de cada tipo de célula que são chamadas de formadoras de colônias. São fases da hematopoese: Fase mesoblástica: que ocorre por volta de duas semanas de gestação e é a primeira evidência de formação de células sanguíneas, ocorrendo quando células mesodérmicas se agrupam no saco vitelínico do embrião em desenvolvimento. Essa etapa segue até a sexta semana de vida intrauterina; Fase hepática: após o início dos batimentos cardíacos do feto e consequentemente da circulação sanguínea fetal, ocorre uma migração das células originadas dos vasos em desenvolvimento Apesar de termos conhecimento sobre a cascata que ocorre na formação das células sanguíneas, os detalhes sobre como se dá esse processo, ainda necessitam de maior aprofundamento e compreensão. para o fígado fetal. Esse processo acontece entre a quarta e sexta semana de vida intrauterina e marca o início da fase hepática da hematopoiese. Essa etapa é marcada, principalmente, pelo desenvolvimento das hemácias, granulócitos e monócitos; Fase medular: ocorre a colonização da medula óssea, por volta da 11ª semana gestacional, pelas células hematopoéticas. Com a ossificação do esqueleto cada vez mais sólido, esse local se torna cada vez mais importante na produção de células sanguíneas e persiste como principal sítio de hematopoese após o nascimento. A hematopoese conceitua-se como o processo de regulação e produção contínua de células do sangue e esse ciclo garante que o número de células especializadas seja reposto, além de auxiliar na homeostase em meio a situações que exijam do organismo uma produção acentuada, como processos infecciosos. Dentro desse cenário, o profissional biomédico é o responsável por analisar as amostras e emitir laudos dessa análise e é fundamental para diagnosticar doenças e definir tratamentos. Hematopoiese Página 10 de 16 📄 Aplicação da Teoria na Prática Vídeos Assista aos vídeos a seguir para aprender mais sobre esse tema: Como um Biomédico Pode Fazer e Interpretar Exames Laboratoriais de Forma Profissional HematopoieseHematopoiese Como um Biomédico pode fazer e interpretar exames laboratoriaiComo um Biomédico pode fazer e interpretar exames laboratoriai…… https://www.youtube.com/watch?v=wvk2YlWj5Yg https://www.youtube.com/watch?v=PIob6tBSUnw Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade: Leitura Manual Prático de Hematologia O manual prático de hematologia consiste em uma breve introdução sobre as células do sangue com imagens que demostram as células vistas do microscópio e sugestões de práticas em hematologia. Clique no botão para conferir o conteúdo. ACESSE Vídeo Página 11 de 16 📄 Material Complementar https://docente.ifsc.edu.br/rosane.aquino/MaterialDidatico/AnalisesClinicas/hemato/Manual%20de%20Hematologia.pdf Hematopoese e Órgãos Hematopoiéticos Aula sobre a formação de células sanguíneas. Células-tronco Pluripotentes em Terapias, Pesquisa e Desenvolvimento de Fármacos A palestra realizada pela professora Dra. Lygia da Veiga aborda os conceitos e experiências nas áreas de terapia celular, oncologia, genética, bioinformática, hematologia, dentre outras. Aula hematopoese e orgãos hematopoéticosAula hematopoese e orgãos hematopoéticos https://www.youtube.com/watch?v=VRyDeau4UY4 Técnica com Células-tronco Recupera Visão de Idosos Pesquisadores brasileiros desenvolveram uma técnica para recuperar a visão de idosos que sofrem de uma doença degenerativa que causa cegueira. O tratamento com células-tronco foi testado com sucesso pela USP de Ribeirão Preto, no interior de São Paulo. Por dentro da Pesquisa – “Células-tronco pluripotentes em terapiaPor dentro da Pesquisa – “Células-tronco pluripotentes em terapia…… https://www.youtube.com/watch?v=hA5u8m1WtCM Técnica com células-tronco recupera visão de idososTécnica com células-tronco recupera visão de idosos https://www.youtube.com/watch?v=Fyef-Zf0cgI Experimento 1 Histologia das Células Sanguíneas A Histologia é o estudo da estrutura do material biológico e das maneiras como os seus componentes se relacionam, tanto estrutural quanto funcionalmente. O estudo da histologia iniciou-se com o desenvolvimento de microscópios simples e de técnicas para preparo de material biológico. O tecido sanguíneo é composto de uma massa vermelha que circula de forma unidirecional num sistema fechado, o sistema circulatório. Ele tem como principais funções: defesa, transporte de gases e nutrientes, coleta de excreções celulares e circulação de hormônios. O transporte de oxigênio e gás carbônico ocorre por meio da ligação destes com a hemoglobina (proteína presente nos eritrócitos) ou solúvel no plasma (no caso do gás carbônico). Por meio do plasma ocorre o transporte de nutrientes, distribuição de hormônios e transporte de resquício do metabolismo que são removidas do sangue pelos órgãos de excreção. O sangue é um tipo de tecido conjuntivo que pode ser dividido em duas partes: o plasma (parte líquida), e as células sanguíneas (elementos figurados do sangue). As células sanguíneas ou glóbulos sanguíneos são formados pelos eritrócitos ou hemácias, as plaquetas e diversos tipos de leucócitos ou glóbulos brancos. O plasma é uma solução aquosa contendo proteínas plasmáticas, sais inorgânicos e compostos orgânicos, tais como aminoácidos, vitaminas, hormônios e glicose. Página 12 de 16 📄Atividade Prática Materiais utilizados: Procedimento experimental: Experimento1_Histologia das Células Sanguíneas.pdf 103.9 KB Referência GARCIA, S. M. L.; FERNÁNDEZ, C. G. Embriologia. 3. ed. Porto Alegre: Artmed, 2012. Conjunto de lâminas de células do sangue; Óleo de imersão; Microscópio. Observar, identificar e esquematizar as células presentes no tecido sanguíneo. 1 Chegou a hora de realizar sua atividade prática, para isso, utilize o template indicado anteriormente. https://articulateusercontent.com/rise/courses/epLX6XCETArpjU2eFDfxmwOyqqa8hcI7/pAXjQmO8g-1p7wkR-Experimento1_Histologia%2520das%2520C%25C3%25A9lulas%2520Sangu%25C3%25ADneas.pdf HIATT, J. L.; GARTNER, L. P. Tratado de histologia em cores. 2. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2003. JUNQUEIRA, L. C. U.; CARNEIRO, J. Histologia básica I. 12. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2013. Experimento 2 Histologia do Tecido Conjuntivo Ósseo O tecido ósseo é um tipo especializado de tecido conjuntivo formado por células e matriz extracelular calcificada. Esse tecido serve de suporte para as partes moles do corpo, oferece proteção a órgãos vitais, dá apoio à musculatura, serve de depósito de cálcio e fosfato, além de alojar a medula óssea (formadora das células do sangue). Materiais utilizados: Procedimento experimental: Conjunto de lâminas de tecido conjuntivo ósseo; Óleo de imersão; Microscópio. Observar, identificar e esquematizar as células presentes no tecido ósseo. 1 Experimento2_Histologia do Tecido Conjuntivo Ósseo.pdf 105.5 KB Referências GARCIA, S. M. L.; FERNÁNDEZ, C. G. Embriologia. 3. ed. Porto Alegre: Artmed, 2012. HIATT, J. L.; GARTNER, L. P. Tratado de histologia em cores. 2. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2003. JUNQUEIRA, L. C. U.; CARNEIRO, J. Histologia básica I. 12. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2013. Chegou a hora de realizar sua atividade prática, para isso, utilize o template indicado anteriormente. https://articulateusercontent.com/rise/courses/epLX6XCETArpjU2eFDfxmwOyqqa8hcI7/UpI25-6c9_4zQWvT-Experimento2_Histologia%2520do%2520Tecido%2520Conjuntivo%2520%25C3%2593sseo.pdf As células do organismo apresentam um ciclo natural, elas são originadas, diferenciam-se, proliferam e morrem. Entretanto, algumas células saem desse ciclo, evadindo-se dos mecanismos de controle celular, geralmente em decorrência de mutações. Consequentemente, essas células dão origem a outras células com as mesmas imperfeições transformando-se em um câncer. Caso essa alteração do ciclo aconteça no sangue, receberá o nome de leucemia. As leucemias são consideradas doenças malignas do sangue, ou seja, um tumor inicialmente originário na medula óssea, com consequências fisiológicas graves, podendo levar o indivíduo à morte. Elas podem ser divididas em agudas, quando as células sanguíneas não conseguem completar seu processo de maturação, levando ao rápido crescimento das células imaturas (células embrionárias); e crônicas, quando as células atingem um estado maduro, porém, devido a erros genéticos, tornam-se morfológica, histológica e funcionalmente “anormais”. Da mesma forma, podem ser agrupadas de acordo com os tipos de glóbulos brancos que afetam e, pode ser a linhagem linfoide ou mieloide. Dessa maneira, a leucemia, apresenta-se em quatro principais tipos como: Página 13 de 16 📄 Introdução ao Tema Leucemia Mieloide Aguda (LMA) é uma neoplasia clonal, heterogênea e progressiva, causada pela alteração da célula- tronco hematopoética, que caracteriza-se pelo crescimento A leucemia é um câncer maligno que atinge os glóbulos brancos e se divide pela linhagem, mieloide ou linfoide e pela duração da evolução, aguda ou crônica. É uma doença agressiva, sendo de extrema importância a identificação correta de seu subtipo por meio de exames específicos, como o mielograma, após uma suspeita de exames alterados, o hemograma e sinais clínicos. É fundamental que o profissional biomédico esteja preparado para analisar as amostras de um paciente com leucemia de forma precisa, pois, dessa forma, haverá a confirmação do quadro patológico e rapidamente será possível iniciar o tratamento aumentando as chances de cura. descontrolado e exagerado das células indiferenciadas, chamadas mieloblastos e pode afetar tanto adultos quanto crianças; Leucemia Mieloide Crônica (LMC) é uma neoplasia maligna caracterizada por leucocitose devido à proliferação de granulócitos em todos os estágios de maturação e comete principalmente adultos; Leucemia Linfoide Aguda (LLA) é uma neoplasia que apresenta uma proliferação de linfoblastos na medula óssea que derivam de células linfoides B ou T imaturas. Ocorre normalmente em crianças dos dois aos cinco anos de idade e corresponde a 80% das leucemias agudas que ocorrem na infância, mas também, pode acometer adultos; Leucemia Linfoide Crônica (LLC) é uma doença caracterizada pela proliferação e acúmulo de linfócitos B, inicialmente nos linfonodos e/ou medula óssea, expandindo para o sangue periférico e demais órgãos hematopoiéticos. É uma doença de maior prevalência no idoso, com médias de idade entre 60 - 80 anos e raramente afeta crianças. Figura 4 – Esquema resumido da hematopoiese que ocorre na medula óssea a partir de uma célula pluripotencial chamada de “Stem Cell” Fonte: Atlas de hematologia da Universidade de Farmácia de Goiânia, 2021 #ParaTodosVerem: esquema gráfico demonstrando o processo resumido da hematopoese, que é a formação das células sanguíneas, demonstrando as células progenitoras, precursoras e maduras. Fim da descrição. Caso Clínico Mulher, com 63 anos, apresentou manchas na pele, hemorragias gengivais e genitais, além de muita fraqueza e confusão mental. Há uma semana tem febre e muita sudoração. O médico examinou a paciente e solicitou o hemograma. A série vermelha do hemograma apresentou os seguintes resultados: Eritrócitos 3,2 x 106/mm³ Ht 25% Hb 8,52 g/dl VCM 78 HCM 25 Morfologia: anisocitose dimórfica com micrócitos e macrócitos. Poiquilocitose com acantócitos, dacriócitos e esquizócitos. Hipocromia moderada. Página 14 de 16 📄 Aplicação da Teoria na Prática A série branca apresentou leucocitose acentuada com expressiva presença de blastos: Leucócitos 193,0 x 10 3/mm³ Blastos 78% Promielócito 3% Mielócito 0% Metamielócito 2% Bastonetes 5% Segmentados 8% Basófilo 1% Eosinófilo 1% Linfócito 1% Monócito 1% Esfregaço de sangue periférico: o esfregaço mostra predomínio de blastos com mais de um nucléolo. Há grânulos nos blastos, bem como bastão de Auer, fatores que confirmam ser mieloblastos. Pergunta: O hemograma é sugestivo de qual leucemia? Quais exames complementares podem ser pedidos? Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade: Leitura Atuação do Profissional Biomédico no Diagnóstico da Leucemia Mieloide Aguda (LMA) O artigo discorre sobre a atuação do profissional Biomédico e sua relevância no diagnóstico da Leucemia Mieloide Aguda. Clique no botão para conferir o conteúdo. ACESSE Vídeos Fevereiro Laranja: Mês de Combate à Leucemia e Alerta para Importância da Doação de Medula Óssea Página 15 de 16 📄 Material Complementar https://repositorio.animaeducacao.com.br/items/bc613f3d-16cd-4e2f-ab19-f359971a9330 Fevereiro é o mês da campanha laranja de combate à leucemia, um tipo de câncer silencioso que pode atingir crianças, adolescentes e adultos. Segundo o Instituto Nacional do Câncer, 10 mil novos casos de leucemia devem ser registrados no Brasil este ano. Uma das formas de tratamento é o transplante de medula óssea, mas o desafio é encontrar um doador compatível. Leucemia: O que é? O que Ocorre? Terapia Celular: Paciente com Câncer há 13 anos Tem Remissão Completa Após Terapia Inovadora Um tratamento inovador contra o câncer tem gerado resultados surpreendentes na rede pública de saúde. A terapia celular CAR-T Cell, foi desenvolvida pela USP, em parceria com o Instituto Butantan e o Hemocentrode Ribeirão Preto. LEUCEMIA: O QUE É? O QUE OCORRE?LEUCEMIA: O QUE É? O QUE OCORRE? https://www.youtube.com/watch?v=7YakcOdjhYo Terapia Celular: paciente com câncer há 13 anos tem remissão coTerapia Celular: paciente com câncer há 13 anos tem remissão co…… https://www.youtube.com/watch?v=N_IWWiANIPQ Experimento 1 Análise Histológicas de Células com Leucemia Mieloide A leucemia é uma doença maligna que envolve uma produção excessiva de leucócitos imaturos ou anormais que, com o tempo, suprimem a produção de células sanguíneas normais e resulta em sintomas relacionados a citopenias. A malignização costuma ocorrer nas células-tronco pluripotentes, embora, de vez em quando, ocorra na célula-tronco diferenciada com capacidade mais limitada de autorrenovação. Proliferação anormal, expansão clonal, diferenciação aberrante e diminuição da apoptose (morte celular programada) levam à substituição dos elementos sanguíneos normais por células malignas. Para um diagnóstico rápido e preciso é importante compreender a histologia dessas células. Materiais utilizados: Página 16 de 16 📄 Atividade Prática Conjunto de lâminas de células sanguíneas com alterações do tipo leucemia mieloide aguda e crônica; Óleo de imersão; Microscópio. Procedimento experimental: Experimento1_Análise Histológicas de Células com Leucemia Mieloide.pdf 93.4 KB Experimento 2 Análise Histológicas de Células com Leucemia Linfoide Materiais utilizados: Observar, identificar e descrever as caraterísticas encontradas.1 Conjunto de lâminas de células sanguíneas com alterações do tipo leucemia linfoide, aguda e crônica; Óleo de imersão; Microscópio. Chegou a hora de realizar sua atividade prática, para isso, utilize o template indicado anteriormente. https://articulateusercontent.com/rise/courses/epLX6XCETArpjU2eFDfxmwOyqqa8hcI7/T9aDcXcQmrtRdHEi-Experimento1_An%25C3%25A1lise%2520Histol%25C3%25B3gicas%2520de%2520C%25C3%25A9lulas%2520com%2520Leucemia%2520Mieloide.pdf Procedimento experimental: Experimento2_Análise Histológicas de Células com Leucemia Linfoide.pdf 93.4 KB Observar, identificar e descrever as caraterísticas encontradas.1 Chegou a hora de realizar sua atividade prática, para isso, utilize o template indicado anteriormente. https://articulateusercontent.com/rise/courses/epLX6XCETArpjU2eFDfxmwOyqqa8hcI7/z8_bITBF8u_X2AbL-Experimento2_An%25C3%25A1lise%2520Histol%25C3%25B3gicas%2520de%2520C%25C3%25A9lulas%2520com%2520Leucemia%2520Linfoide.pdf