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processos psicologicos básicos

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TEXTO PARA A AULA 
 
PROCESSOS PSICOLÓGICOS BÁSICOS: 
SENSAÇÃO, PERCEPÇÃO, (funções senso-perceptivas: táteis, olfativas, gustativas auditivas e visuais) 
PROCESSOS PSICOLÓGICOS SUPERIORES: 
CONSCIÊNCIA, MEMÓRIA, MOTIVAÇÃO E EMOÇÃO. 
 
Psicologia é uma palavra que vem do grego: logos: que significa ciência, e psukhê: que significa 
alma ou mente. Portanto, psicologia é a ciência que estuda os fenômenos da psique, da alma, ou da 
mente. 
A psicologia é definida com o a ciência que estuda o comportamento e os processos mentais. 
A Psicologia é a ciência que procura desvendar um dos maiores mistérios do nosso universo: o 
próprio Homem! Como poderemos chegar a compreender esta coisa maravilhosa que é a nossa 
mente, a nossa consciência, o nosso comportamento? 
Psicologia é talvez a mais desafiadora de todas as ciências. Para solucionar estas questões o 
Homem vai precisar entender melhor a si próprio e aprender a lidar com sua mente, com seu 
comportamento. 
 Para isso, nada mais interessante do que observar um bebê que acabou de nascer. 
Bem, Se as condições ambientais em que o bebê veio ao mundo tiverem sido favoráveis, 
uma das suas primeiras reações será a de entrar num estado de consciência conhecido em 
neonatologia moderna pelo nome de “estado de alerta tranqüilo”. 
Se for colocado sobre o corpo de sua mãe imediatamente após ter emergido dela, será capaz 
de, com movimentos espontâneos embora lentos, ir-se arrastando em direção ao peito, buscando 
instintivamente, e, o tiver encontrado, sem a menor hesitação por-se-á a mamar! 
E mais: se o pai pegá-lo no colo, olhar (visão) fixamente para seus olhinhos abertos e colocar 
a língua para fora, após breves instantes será imitado pelo bebê: este fará exatamente o mesmo 
movimento que observa no pai – colocar a língua para fora, abrir a boca, fazer uma careta ou uma 
cara de espanto, de alegria ou de tristeza; qualquer uma destas expressões faciais (emoção) poderá 
ser imitada nos primeiros instantes da vida pós-natal do bebê. 
Enquanto ele estiver neste estado tranqüilo de alerta, o recém-nascido estará prestando 
atenção em tudo o que estiver acontecendo à sua volta: ao ouvir a voz de sua mãe, irá mover a 
cabeça procurando por ela. Se o seu pai se aproximar e falar com ele, esta voz (audição) também 
ser-lhe-á familiar; se o pai lhe estender o dedo agarrá-lo-á (tato) com uma força e uma 
intencionalidade surpreendentes. 
No estado de alerta tranqüilo, o recém-nascido estará sempre receptivo, explorando e 
aprendendo, procurando se comunicar, manifestando curiosidade, introjetando as experiências e os 
objetos com os quais entra em contato, reagindo e se adaptando ao novo meio ambiente (memória). 
Ao sentir dor, desconforto ou fome, por-se-á a chorar, com o que comunicará que está necessitando 
de ajuda. 
Quando começaram a se organizar todos esses sentidos tão aprimorados que podem 
ser observados e apreciados no recém-nascido no momento de seu nascimento? 
Teriam surgido de repente? Ao mesmo tempo que o bebê? Ou tem uma gênese mais remota 
e distante, tendo se organizado e aprimorado muito antes desse nascimento. Amadurecendo, 
paulatinamente, junto com o amadurecimento fisiológico desse ser durante todo o tempo de sua 
permanência dentro do ventre de sua mãe? 
 Bem, agora posso definir o que vem a ser psicologia pré-natal. 
A psicologia pré-natal é o estudo do comportamento e do desenvolvimento, tanto 
evolutivo como psico-afetivo-emocional do indivíduo, no período anterior ao seu nascimento. 
 O período pré-natal tem início antes da concepção e vai até o nascimento. E, acredita-se que 
todas as experiências biológicas pelas quais passa o ser desde sua experiência enquanto 
espermatozóide e óvulo recebem inscrição, que se manifestarão mais tarde em seu agir, através dos 
sentimentos e emoções. Portanto, 
 todas as vivências pelas quais passa o ser no período pré-natal irão fazer parte de 
sua bagagem inconsciente, exercendo influência tanto sobre sua personalidade pós-
natal como sobre a sua conduta e o seu comportamento (WILHEIN, 2002, p.18). 
 O conhecimento referente ao período pré-natal dos últimos trinta e cinco anos nos obriga a 
ter um outro entendimento sobre o feto, o bebê e a criança. Por um lado o emprego do ultra-som nos 
exames pré-natais, técnicas de fecundação in vitro e o emprego da fotografia intra-uterina, 
permitiram a observação do feto em seu habitat natural, iluminando um mundo cheio de mistérios. 
Por outro lado, há pesquisas voltadas para o campo da memória tentando explicar como as 
experiências vivenciadas no início da nossa existência biológica são memorizadas, bem como 
identificar como surgem às emoções que são provocadas pela interação fisiológica entre o 
organismo da mãe e o do feto. 
 As várias áreas da ciência também têm ajudado a lançar luz sobre a vida fetal, revelando 
dados importantes sobre a experiência intra-uterina como o desenvolvimento das funções senso-
perceptivas (táteis, olfativas, gustativas auditivas visuais), das funções motoras do feto, e também, 
sobre seu comportamento e a sua personalidade. 
Também tem sido documentado sobre “a sensibilidade tátil do futuro bebê já nas sete 
semanas de gestação, pois se tem observado que ele reage quando roça a face com um pêlo” 
(VERNY, 2004, p.68). Outra evidência é a de que um embrião de 08 semanas já revela atenção 
dirigida, pois “foram vistos fazendo um movimento para afastar ou apanhar com a mão a agulha 
introduzida por ocasião do exame de amniocentese” (WILHEIN, 2002, p.31). Isto prova que o feto 
está atento, alerta, e tem percepção de perigo, ou seja, a capacidade de atenção é inata. 
Neurofisiologistas demonstram que existe sensibilidade tátil durante a gestação (sete 
semanas e meia, mais ou menos), os plexos nervosos funcionam como receptores antes de serem 
trocados no plano funcional pelos órgãos específicos. “Do ponto de vista neurofisiológico, ficou claro 
que as redes neuronais de comunicação preliminar à linguagem estão aí solidificadas no encontro 
afetivo. Pode-se pensar que esses encontros freiam os caminhos dos circuitos neuronais, que 
estabelecerão mais tarde a linguagem e depois a língua” (DOLTO-TOLITCH,1995, p.122). 
 Os investigadores que acompanham o desenvolvimento das capacidades do feto concordam 
em dizer que o bebê antes de nascer é um ser inteligente, sensível, apresentando traços de 
personalidade próprios e bem definidos. 
O feto pode perceber luz e som, é capaz de engolir, ter paladar, escolher uma posição predileta, 
registrar sensações e mensagens sensoriais. Que ele dorme, sonha, acorda boceja, esfrega os 
olhos, espreguiça-se, faz caretas, pisca, dá “passos”, ouve reconhece a voz de sua mãe e de seu 
pai, brinca com o cordão umbilical e com sua placenta, chupa o dedo, o dedão do pé, reage com 
irritação quando se sente molestado e apresenta rudimentos de aprendizagem. 
Tendo uma vida afetiva e emocional a qual pode estar vinculada à sua experiência relacional 
com sua mãe. Mas, apesar de todas as evidências, são muitos os que não acreditam que a 
comunicação entre os pais e o futuro bebê seja à base do seu relacionamento depois do nascimento 
e durante toda sua vida. 
A comunicação das emoções e dos pensamentos maternos com o bebê ocorre porque 
capta os estados emocionais e a disposição afetiva da mãe para com ele. O bebê também poderá 
estabelecer um vínculo afetivo com o pai, através dos carinhos que o homem oferecer à mulher. 
Esse processo acontece através da comunicação molecular/fisiológica, sensorial e 
intuitiva. 
Na primeira, “hormônios de estresse, os neurohormônios e os hormônios sexuais chegam ao 
bebê através do cordão umbilical e da placenta” (VERNY, 2004, p.68). 
Percebemos, portanto que a placenta não filtra todas as substâncias tóxicas ou nocivas ao bebê 
dentro do útero da mãe e, tão pouco,funciona como barreira protetora como se acreditava 
anteriormente. 
A comunicação sensorial ocorre através de um contato deliberado e direto com seu bebê, 
isto é, quando a mulher grávida acaricia seu ventre num gesto afetivo para com seu bebê ou 
contando-lhe histórias, ouvindo músicas, tendo uma conversa dirigida a ele, enviando-lhe 
mensagens positivas, enfim, comunica-se com seu bebê através dos sentidos deste, estabelecendo 
um diálogo pré-natal. 
O canal intuitivo “transmite os pensamentos, as intuições e muitas das emoções da mãe ao 
seu filho. E esta recebe mensagens dele através do mesmo canal, na forma de sonhos” (VERNY, 
2004, p.69). 
Como vimos, o estado emocional e a disponibilidade afetiva da mãe são fundamentais para 
que ocorra o desenvolvimento do vínculo afetivo e o bebê sinta-se protegido e amparado durante 
toda a gestação. 
 Portanto, é através deste complexo sistema de comunicação pré-natal que o bebê aprende 
coisas sobre si mesmo, sobre sua mãe, sobre seu pai, enfim, sobre o mundo que o cerca e que vai 
estar inserido após o nascimento. E, dificuldade nesse período deixará registros, cujos efeitos 
farão eco vida a fora.

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