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Apostila_Gestao_Estrategica

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AAppoossttiillaa ddaa ddiisscciipplliinnaa 
 
Gestão Estratégica 
 
 
Curso de Pós-Graduação em 
Gestão de Segurança Pública 
Apresentação 
 
Esta disciplina se propõe abordar os tópicos fundamentais e analisar a dinâmica 
gerencial, dentro de uma visão sistêmica do ambiente organizacional, 
apresentando as ferramentas gerenciais básicas que facilitarão o entendimento 
da nova gestão pública, possibilitando a construção de uma visão estratégica de 
administração. 
O conteúdo selecionado pretende apresentar a conceituação e as variáveis do 
tema, procurando promover a reflexão e a crítica. Pretende também 
proporcionar ao aluno, além deste conceitual teórico, práticas de sucesso que 
apresentam alternativas viáveis e que possibilitam a aproximação da gestão 
pública aos princípios de administração gerencial. 
 
Contextualização 
 
A disciplina fundamenta-se no conhecimento dos princípios de gestão 
estratégica, esses imprescindíveis à formação de qualquer gestor público. O 
objetivo é proporcionar ao aluno além do conceitual teórico, práticas de 
sucesso que apresentem alternativas viáveis e que possibilitem a aproximação 
da gestão pública aos princípios de administração gerencial. 
 
Relevância 
 
As instituições públicas devem aperfeiçoar suas estratégias para oferecer um 
lugar melhor para seus agentes trabalharem. Deve haver congruência no 
sistema de trabalho, que engloba estrutura, tarefas, pessoas, sistemas de 
recompensa e processos de informação e decisão. A administração pública lida 
com aspectos muito complicados e, por isso, não deve haver padronização nas 
medidas adotadas. Nesse aspecto, conhecer, discutir e refletir sobre as novas 
práticas de gestão estratégica permitirão aos gestores se aperfeiçoarem para o 
papel fundamental que exercem -, eles devem aprender com a situação, 
analisar caso a caso, buscar estímulos e lutar, na prática, pelo resultado. 
Estrutura da disciplina 
 
Aula 1: Conceituação de organizações 
Definição de organização. Teorias administrativas. Abordagens e aspectos organizacionais. 
Princípios básicos da organização. 
Aula 2: Gestão organizacional - o processo de gestão e sua importância para 
as organizações 
Definição dos termos gestão e gestor. Principais características e componentes 
organizacionais. Importância da gestão organizacional na sociedade moderna. 
Aula 3: Relação indivíduos e organizações 
Teorias das Relações Humanas e Comportamentais. A Simbiose da Relação Pessoa e 
Organizações. Paralelo da Hierarquia das Necessidades Humanas e das Necessidades 
Organizacionais. Empregabilidade e Empresabilidade. 
Aula 4: Comportamento organizacional 
As abordagens de Comportamento Organizacional. Conceito, Finalidade e Desafios. Cultura 
Organizacional. Clima Organizacional. 
Aula 5: Processos de mudanças - inovação organizacional 
O contexto da mudança nas organizações. Os fatores que impulsionam as mudanças. As forças 
propulsoras (exógenas e endógenas). O que determina a mudança no universo organizacional. 
Conceitos de diagnóstico organizacional, desenvolvimento organizacional e aprendizagem 
organizacional. Conceitos de inovação e criatividade. 
Aula 6: Cenários e tendências e análise organizacional 
Conceitos de Cenários e Tendências. Análise Organizacional. 
Aula 7: Planejamento estratégico 
Conceito de Planejamento. Importância do Planejamento Estratégico. Fases do Planejamento 
Estratégico. Definição de Missão, Visão e Valores. Análise Ambiental. Definição dos objetivos. 
Definição dos indicadores e metas. Elaboração Plano de ações – Implementação – Avaliação - 
Revisão – CICLO PDCA. 
Aula 8: Processos de gestão de pessoas 
A visão estratégica da gestão de pessoas. Os seis processos de gestão de pessoas. 
 
 
 
 
 
 
Bibliografia da disciplina 
 
 
MOTTA, Paulo Roberto. Gestão contemporânea: a ciência e a arte de ser dirigente. Rio de 
Janeiro: Record, 1995. 
 
SERRA, Fernando A. Ribeiro. Administração estratégica: conceitos, roteiro prático e casos. Rio 
de Janeiro: Reichmann & Affonso Editores, 2003. 
 
HUNTER, James C. O monge e o executivo - uma história sobre a essência da liderança. Rio de 
Janeiro: Sextante, 2004. 
 
DUTRA, J. S. Gestão de pessoas: modelo, processos, tendências e perspectivas. São Paulo: 
Atlas, 2002. 
 
______ (Org). Gestão por competências. São Paulo: Editora Gente, 2001. 
 
VERGARA, S. C. Gestão de pessoas. São Paulo: Atlas, 2003. 
 
CHIAVENATO, Idalberto. Gestão de pessoas: o novo papel dos recursos humanos nas 
organizações. Rio de Janeiro: Campus, 1999. 
 
LUZ, Ricardo. Gestão do clima organizacional. Rio de Janeiro: Qualitymark, 2003. 
 
FRAGA, Valderez Ferreira. Gestão pela formação humana: uma abordagem fenomenológica. Rio 
de Janeiro: Impetus, 2003. 
 
MACEDO, Ivanildo Izaias de. Aspectos comportamentais da gestão de pessoas - série gestão 
empresarial. Rio de Janeiro. FGV, 2002. 
 
ANDRADE, Rui Otavo B. TGA – das origens às expectativas contemporâneas – Makron Books, – 
São Paulo – SP, 2001. 
 
VALERIANO, Dalton L. Gerenciamento estratégico e administração por projetos - Makron 
Books, – São Paulo – SP, 2001. 
 
SOARES, Luiz Eduardo. Segurança tem saída. Rio de Janeiro: Sextante, 2007. 
OLIVEIRA , Jayr Figueiredo de. Gestão organizacional – descobrindo uma chave de sucesso para 
os negócios. São Paulo: Saraiva, 2006. 
MINTZBERG, Henry. Ascensão e queda do planejamento estratégico. Porto Alegre: Bookman, 
2004. 
COSTA, Índio da. A reforma do poder: a nova estrutura de administração pública no Rio de 
Janeiro. Rio de Janeiro: Qualitymark, 2004. 
 
------------- Administração Pública no século XXI – Foco no Cidadão. Rio de Janeiro: 
Qualitymark, 2008. 
 
 
 
 
 
Aula 1: Conceituação de organizações 
 
Objetivos desta aula 
1) Definir o conceito de organização; 
2) Reconhecer as teorias, os princípios e os aspectos organizacionais que caracterizam a 
organização; 
3) Integrar as abordagens sobre organizações; 
4) Desenvolver a consciência sobre os desafios enfrentados pelos gerentes atuais. 
 
Estudo dirigido desta aula 
1. Leia o texto condutor da aula. 
2. Participe do fórum de discussão desta aula. 
3. Realize a atividade proposta. 
4. Leia a síntese da sua aula. 
5. Leia a chamada para a aula seguinte. 
6. Realize os exercícios de autocorreção. 
 
Introdução da aula 
 
Olá! Seja bem-vindo à primeira aula da disciplina Gestão Estratégica. 
 
Nesta primeira aula, você conhecerá conceitos básicos sobre organização. 
Assim, discutiremos sobre o que é organização seus princípios, suas ênfases e 
seus principais enfoques. Bem como os princípios que a norteiam. Iremos 
também refletir sobre a influência das novas exigências advindas da 
globalização e seu impacto nas novas abordagens de "Gestão Organizacional", 
buscando a integração destas novas abordagens. 
 
Boa aula! 
 
 
 
Introdução 
 
Neste princípio de século XXI, as organizações estão enfrentando um ambiente 
caracterizado pelas incertezas, inovação tecnológica, novos paradigmas de 
gestão e mudanças extremamente velozes nos campos da educação, 
informação, conhecimento e comportamento. 
As organizações de todos os tipos têm se deparado com cenários 
substancialmente modificados e mais dinâmicos. Lá se vão os dias de certezas e 
controles sustentados pelos conceitos clássicos pregados por Taylor ou Fayol e 
experimentados por Henry Ford. Não há outra opção senão mudar. Logo, 
entender essa nova organização que se apresenta, é fundamental para qualquer 
estudioso da área gerencial. 
Vale ressaltar que muitas mudanças que estão acontecendo hoje não são 
independentes umas das outras e nem fortuitas. Com efeito, essas novas 
situaçõessão parte de um fenômeno muito maior: o advento de uma nova 
sociedade. 
Frederick Taylor - engenheiro norte-americano - criou um conjunto de ideias e princípios 
de gestão criados no final do séc. XIX e início do séc. XX, a que denominamos Taylorismo. O 
taylorismo, que também ficou conhecido como Teoria da Gestão Científica ou Organização 
Científica do Trabalho, tinha como grande objetivo aumentar a produtividade através de um 
sistema de tarifas diferenciadas e através da aplicação de métodos científicos, colocando a 
ênfase no uso da ciência e na criação da harmonia de grupo. A aplicação da ciência à gestão 
teve como instrumento básico o estudo exaustivo dos tempos e movimentos que permitiu a 
racionalização dos métodos de trabalho e a fixação dos tempos-padrão para a execução das 
tarefas. 
Henri Fayol foi um dos primeiros estudiosos a analisar a natureza da atividade empresarial, a 
formular uma teoria completa de gestão. São princípios organizacionais: planejar, organizar, 
comandar, coordenar e controlar. Defendia que esses mesmos princípios podiam ser aplicados 
em empresas de diferentes dimensões e de todo o tipo - industriais, comerciais, 
governamentais, políticas ou mesmo religiosas. 
Definiu a empresa como uma organização que começa por uma plano estratégico ou uma 
definição de objetivos, evolui para uma estrutura para colocar o plano em prática, atua de 
forma controlada entre o líder e a força de trabalho, harmoniza o trabalho dos departamentos 
através da coordenação sujeita a avaliações e controle sobre a sua eficácia. 
 
Ficou conhecido pela idealização da linha de montagem e aplicação do método de produção 
em série nas suas fábricas de automóveis Ford. O sucesso obtido ao nível da produtividade e 
da eficiência com a aplicação destes métodos foi de tal forma expressivo que a Ford Motors 
Co. se tornou, em poucos anos, num dos gigantes da indústria norte-americana, tornando-se, 
por isso, num dos exemplos mais sugestivos da aplicação prática da Teoria da Gestão 
Científica. 
Segundo Alvin Toffler, a história humana pode ser divida em 
ondas, as quais foram eliminando culturas e civilizações e 
substituindo-as por modos de vida até então inconcebíveis. 
A primeira onda foi a da agricultura, que levou muitos anos 
predominando no setor produtivo: até o fim do século XIX, 
todas as economias eram agrárias. 
 
A segunda onda foi a da industrialização, que persistiu por aproximadamente 
300 anos. Do final do século XIX até os anos 60 do século XX, a maioria dos 
países desenvolvidos deixou de concentrar suas economias na agricultura e 
transformou-se em sociedades cuja produção baseava-se em máquinas e 
produtos. 
 
A terceira onda chegou nos idos de 1970. Estamos vivendo no ápice desta onda. 
Ela está fundamentada na informação. Cada onda é considerada pelos 
estudiosos como revoluções, nas quais os modos de vida vigentes são 
inteiramente modificados e substituídos por outros. 
 
 
Nós que compartilhamos a terceira onda nesse seu 
momento explosivo, já estamos sentindo o 
impacto dela em nossas vidas. No mundo 
organizacional está eliminando cargos industriais 
de baixa qualificação, ao mesmo tempo em que 
cria abundantes oportunidades de trabalho para 
especialistas e técnicos, cultos e qualificados, profissionais liberais e outros 
trabalhadores do conhecimento. 
 
Portanto, a atual onda do mundo modifica, de forma acelerada, os valores 
básicos da sociedade e a concepção das atividades produtivas, transformando, 
enfim, as organizações. Neste sentido, exige-se do homem e da mulher pós-
 
modernos mais instrução e o aperfeiçoamento contínuo para que se insiram no 
processo de trabalho. As exigências não estão pautadas apenas nos livros, na 
Internet ou nas técnicas, mas, principalmente, nas PESSOAS, que aceitam um 
alto padrão de desempenho, que incorporam novos valores, desafiam 
paradigmas, buscam novos conhecimentos, criam formas de convivência 
solidária e decidem num ambiente de novas e constantes demandas e 
responsabilidades. Essa é a nova sociedade, que deve ser, cada vez mais, 
marcada pela produtividade, participação e autogestão fundamentada no 
conhecimento. 
 
Vejamos o conceito de Organização... 
 
A correta percepção dos conceitos de “organização” é, sem dúvida, um dos 
fundamentos necessários para uma boa compreensão dos assuntos associados à 
Gestão Estratégica e ciências afins. Na elaboração desta aula, pretendemos 
contribuir para um melhor entendimento destes conceitos. 
 
Em linhas gerais, podemos definir qualquer organização como: 
 
 
Entretanto a conceituação de organização tem sido objeto de vários estudos, 
por vários autores, que se assemelham em suas formas de conceituar. 
Apresentaremos alguns destes autores para que desta forma você possa ampliar 
seus conhecimentos sobre o tema. 
 
 Um conjunto de duas ou mais pessoas que realizam tarefas, seja em grupo, seja 
individualmente, mas de forma coordenada e controlada. Determinado contexto ou 
ambiente, com vista a atingir um objetivo pré-determinado através do uso eficaz de 
diversos meios e recursos disponíveis, liderados ou não por alguém com as funções de 
planear, organizar, liderar e controlar. 
Constituem entidades complexas dotadas de indivíduos e grupos que desempenham 
tarefas e são auxiliados por vários esquemas organizacionais. 
Roberto Kanaane conceitua organização como: “Um sistema 
socialmente estabelecido pelo conjunto de valores expressos 
pelos indivíduos que dela fazem parte, sendo assimilados e 
transmitidos sucessivamente pelos mesmos, daí a importância e 
a responsabilidade diante dos outros, das novas gerações”. 
 
Peter Drucker vincula o conceito de organização ao 
conhecimento. Para esse autor o conhecimento é a base 
onde a organização deveria ser especializada e as funções 
definidas pela tarefa de tornar o conhecimento um 
conhecimento produtivo. 
A função das organizações é tornar produtivos os conhecimentos, e quanto mais 
especializados forem, mais eficazes serão. 
 
A. Etzioni diz que a base da organização é ser uma unidade 
social, cujo objetivo seria cumprir várias funções, entre elas, 
ser a fonte de legitimidade que justifica suas atividades; ser 
a fonte de padrões para avaliar sua eficiência e rendimento; 
proporcionar a unidade de medida para verificar sua 
produtividade. 
A razão de ser então da organização é servir a esse objetivo, sendo estruturada 
para tal. Sob uma perspectiva estruturalista, as organizações são 
intencionalmente construídas e reconstruídas. 
 
Bernardes, por sua vez, afirma que as organizações são 
manifestações concretas de instituições e uma associação de 
pessoas com papéis e tarefas específicas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Para entender o que se vive hoje, é 
necessário, além do conhecimento dos 
conceitos, conhecer a evolução histórica e 
as práticas das organizações ao longo destes 
dois séculos. 
 
As organizações mecanicistas, que predominavam nos períodos históricos que 
sucederam a Revolução Industrial, com suas estruturas burocráticas, com a 
centralização de decisões, com excessivos sistemas de controle e autoridade 
apoiada em rígida hierarquia, vêm sendo substituídas por organizações flexíveis 
com estruturas mais horizontais amplamente descentralizadas. 
 
A organização moderna é aberta a inovações, com descentralização de decisões 
e o princípio do bom relacionamento humano, inaugurando os novos modelos de 
gestão com profunda flexibilidade, diversificação e autonomia no perfil do 
trabalhador. 
 
O quadro abaixo apresenta um paralelo entre as características das 
organizações do século XX e as novas características quese delineiam. 
 
Antigas Características: 
Século XX 
Novas Características: 
Século XXI 
 Direcionada para objetivos 
 Focada nos preços 
 Mentalidade voltada para qualidade do 
produto 
 Direcionada a produto 
 Focada nas necessidades do acionista 
(shareholders) 
 Orientada para aspectos financeiros 
da gestão 
 Direcionada para a visão 
 Focada no valor adicionado 
 Mentalidade voltada para qualidade total 
 Direcionada ao consumidor 
 Focada nas necessidades dos colaboradores 
(stakeholders) 
 Orientada para a velocidade da mudança 
 Inovativa, empreendedora 
 Baseada em rede, empowered 
 Eficiente, estável 
 Hierárquica 
 Baseada em máquinas 
 Funcional 
 Rígida e compromissada 
 Local, regional, nacional 
 Verticalmente integrada 
 Baseada em informação 
 Processual 
 Flexível, voltada para o aprendizado 
 Global 
 Arquitetura de rede, interdependente 
 
 
 
A nova abordagem proposta para a organização das empresas privilegia uma 
visão sistêmica, substituindo a velha tradição cartesiana de dividir, segmentar 
e separar. A ênfase agora está em juntar e não mais em separar. O foco não 
está mais nas tarefas, mas nos processos. Não mais nos meios, mas nos fins e 
resultados. 
 
 
A Sociedade e as Organizações 
A sociedade humana é formada por organizações de todos os tipos e tamanhos. 
A vida em sociedade é facilitada pelas atividades desenvolvidas por essas 
organizações nos mais diversos setores de atuação. Pela simples observação do 
mundo que nos rodeia, constatamos que todos nós, assim como todos os nossos 
familiares, amigos e conhecidos, pertencemos a uma ou mais organizações - a 
uma equipe de futebol, a um grupo de teatro, a uma organização política, 
cívica ou religiosa, a uma associação de estudantes, a uma empresa. 
O que vem a ser enfim uma organização? Quais os objetivos de uma 
organização? Por que as organizações são importantes? 
A nova organização é, portanto, resultado das mudanças ocorridas no 
mercado. Conforme se pode ver no quadro anterior, a nova organização é 
mais flexível e mais capaz de responder ao seu ambiente. 
Vivemos naquilo que Peter F. Drucker, em “Managing in a Time of Great 
Change”, chamou de “sociedade das organizações”. De fato, cada vez mais as 
organizações, sejam elas empresariais, políticas, religiosas, desportivas, de 
solidariedade social, de defesa do ambiente, ou outras, assumem um papel 
crescente na nossa sociedade, quer seja ao nível social quer seja ao nível 
econômico. São as organizações que atualmente assumem a responsabilidade 
pela execução das principais tarefas necessárias ao funcionamento da 
sociedade - são elas que asseguram a produção de bens e serviços, a prestação 
de serviços de saúde, a segurança, o desporto, o ensino, a defesa do ambiente, 
a solidariedade social, entre muitas outras. 
Gerenciando em um período de grandes mudanças, por Peter F. Drucker. Ele é considerado por 
todos o pai da gestão moderna, sendo o mais reconhecido dos pensadores do fenômeno dos 
efeitos da globalização na economia em geral e em particular nas organizações, ainda hoje, 
mesmo após a sua morte, permanece inquestionavelmente como “Único” Pai da Gestão. 
Subentendendo-se a gestão moderna como a ciência que trata sobre pessoas nas organizações, 
como dizia ele próprio. 
É daqui que surge a importância do estudo das organizações enquanto 
entidades sociais, econômicas, de desenvolvimento das capacidades humanas e 
como agentes fundamentais da mudança e da evolução. Paralelamente, e 
não menos importante, é a tendência cada vez mais acentuada para a 
transformação, e utilizando mais uma vez os termos de Peter F. Drucker, do 
trabalho tradicional em trabalho do conhecimento. Diversos fatores, dos quais 
se destaca a globalização da economia em nível mundial, proporcionada em 
grande parte pelos avanços tecnológicos ao nível do tratamento e transferência 
de informação e ao nível dos transportes e da mobilidade de pessoas e bens, 
têm contribuído para uma profunda transformação no interior das 
organizações. As pessoas tornaram-se, gradualmente, seu principal ativo; 
deixaram de ser meros executores de tarefas decididas e ordenadas pelos 
gestores do topo da organização, para passarem a constituir parte integrante 
na tomada de decisões. Avança-se assim gradualmente de uma era dominada 
pela tecnologia para uma era dominada pelo conhecimento. 
O significado das organizações 
O propósito de uma organização é contribuir com algo de valor para a 
sociedade. Em linhas gerais, podemos afirmar que as organizações que visam 
lucro fornecem bens e serviços e aquelas sem-fins lucrativos proporcionam 
benefícios públicos. 
Uma organização que funciona bem atinge seus objetivos por meio dos 
benefícios da sinergia. E para obter essa sinergia, as organizações dependem 
basicamente dos esforços das pessoas. As organizações são compostas por 
pessoas e seus relacionamentos. 
Nos tempos atuais, as organizações estão ampliando a sua visão e atuação 
estratégica no que tange a esses relacionamentos. Todo processo produtivo 
somente se realiza com a participação conjunta de diversos parceiros, cada 
qual contribuindo com algum recurso. 
 
Cada um dos parceiros da organização contribui com algo na expectativa de 
obter um retorno pela sua contribuição. Cada parceiro está disposto a 
continuar investindo seus recursos na medida em que obtém retornos e 
resultados satisfatórios de seus investimentos. 
 
Categoria O que eles demandam da 
organização 
O que a organização 
demanda deles 
Clientes Produtos de qualidade Receita e respeito 
Proprietários Renda e estabilidade Amplo apoio 
Mídia Notícias válidas Boa imagem 
Comunidade local Empregos e impostos Empregos e serviços 
Órgãos 
governamentais 
Respeito à legislação Segurança e proteção 
contra competição desleal 
Público Segurança dos produtos e 
proteção ambiental 
Respeito e apoio 
 
 
As preocupações das organizações do futuro 
 
As organizações voltadas para o futuro e preocupadas com o seu destino estão 
estreitamente sintonizadas com os seguintes desafios: 
1) implica preocupação com a visão global do 
negócio para mapear a concorrência e avaliar 
a posição relativa dos produtos e serviços. Isto 
não significa que o mercado local vá 
desaparecer. O que vale é a comparação entre 
aquilo que a organização faz e o que há de 
melhor no mundo todo. 
O benchmarking deixou de ser local ou regional. Hoje, pensar globalmente e 
agir localmente é o refrão mais frequente; 
 
2) implica preocupação em educar, treinar, 
motivar, liderar as pessoas que trabalham na 
organização, incutindo-lhes o espírito 
empreendedor e oferecendo-lhes uma cultura 
participativa ao lado de oportunidades de plena 
realização pessoal. 
A organização indica os objetivos que pretende alcançar, focalizando a missão 
e visão, e oferece oportunidades de crescimento profissional que fortaleçam 
Para continuar seu estudo, leia os textos Princípios básicos da organização 
e A nova organização, também disponíveis na Biblioteca da Disciplina, link 
Material de Aula. 
 
 
seu negócio. As organizações bem-sucedidas proporcionam às pessoas um 
ambiente de trabalho acolhedor e agradável com plena autonomia e liberdade 
para escolher a maneira de realizar seu trabalho. As pessoas são consideradas 
parceiros e colaboradores e não funcionários batedores de cartão de ponto; 
 
3) implica capacidade de se conquistar, manter e 
ampliar a clientela. Este é o melhor indicador da 
capacidade de sobrevivência e de crescimento da 
organização. As organizaçõesbem-sucedidas têm 
intimidade com o seu cliente, conhecem as mutáveis 
características, necessidades e aspirações de sua 
clientela, e procuram interpretá-las, compreendê-las, 
satisfazê-las ou superá-las continuamente. Elas sabem 
conquistar e manter o cliente; 
 
4) implica necessidade de diferenciar os produtos e 
serviços oferecidos em termos de qualidade e de 
atendimento. Com a tecnologia e o conhecimento, os 
produtos e serviços estão ficando cada vez mais 
parecidos. 
A vantagem competitiva consiste em agregar elementos adicionais como 
qualidade e atendimento que os tornem diferenciados em relação aos 
concorrentes. Estamos vivendo em plena “Era da Informação” em que o recurso 
organizacional mais importante - o capital financeiro - está cedendo o pódio 
para outro recurso imprescindível: o capital intelectual. É o conhecimento e 
sua adequada aplicação que permitem captar a informação disponível para 
todos e transformá-la rapidamente em oportunidade de novos produtos ou 
serviços antes que os concorrentes consigam fazê-lo; 
 
 
 
 
5) implica necessidade de se fixarem objetivos e 
perseguir resultados, reduzindo custos e 
aumentando receitas. Visão do futuro e 
focalização de metas a serem alcançadas são 
imprescindíveis. A melhoria da qualidade e o 
aumento gradativo da produtividade são as bases 
da competitividade no mundo atual: o que faz as 
empresas serem bem-sucedidas. 
 
 
 
O aluno deverá aprofundar seus conhecimentos através da leitura do Capítulo 4 
do livro GESTÃO ORGANIZACIONAL - DESCOBRINDO UMA CHAVE DE SUCESSO 
PARA OS NEGÓCIOS - JAYR FIGUEIREDO DE OLIVEIRA, EDISON AURÉLIO DA 
SILVA, que consta da bibliografia da disciplina. O capítulo tematiza as Teorias 
Administrativas. 
 
Sugestão de Links/Fontes: 
 
http://www.knoow.net/cienceconempr/gestao/organizacao.htm 
http://teoria.classica.administracao.googlepages.com/ 
 
Vídeos: 
 
http://www.youtube.com/watch?v=XFXg7nEa7vQ 
http://www.youtube.com/watch?v=nsWNsVdzfKw&NR=1 
 
 
 
 
Acesse o Fórum de Discussão e opine: “O mundo do trabalho está se 
transformado pelos seguintes fatores: globalização, tecnologia, crescimento 
e declínio em setores de trabalho, diversidade cultural, mudança nas 
expectativas sociais, proliferação de um espírito empreendedor e 
consumidores volúveis e exigentes”. Como devemos agir? 
SÍNTESE DA AULA 
 
Nesta aula, você: 
- Debateu os conceitos de organização e diferenciou as várias abordagens. 
Identificou os princípios que são os sustentáculos da atividade gerencial. 
 
Para entender o que vivemos hoje, é necessário, além do conhecimento da 
teoria e dos conceitos básicos, conhecer a evolução dos fatos históricos mais 
importantes e que são o patamar do que constitui hoje as Organizações 
Modernas. 
 
O QUE VEM NA PRÓXIMA AULA 
 
Na próxima aula, daremos continuidade a esse tema pois discutiremos e 
aprofundaremos o conceito de “Gestão Organizacional - O Processo de Gestão e 
sua importância para as organizações”. Cabe à gestão a otimização do 
funcionamento das organizações. 
 
Mais adiante, serão discutidas as consequências desse processo complexo e 
contraditório de mudanças – com tantos aspectos positivos e negativos - para a 
Segurança Pública. 
 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS DESTA AULA 
 
BERNARDES, C. Teoria geral da administração: a análise integrada das 
organizações. São Paulo: Atlas, 1993. 
DRUCKER, Peter. Sociedade pós-capitalista. 6 ed. São Paulo : Pioneira, 1997. 
ETZIONI, A. Organizações modernas. 8 ed. São Paulo: Pioneira, 1989. 
HALL, Richard. Organizações: estruturas e processos. 3 ed. Rio de Janeiro: 
Prentice Hall do Brasil, 1984. 
KANAANE, Roberto. Comportamento humano nas organizações: o homem rumo 
ao século XXI. São Paulo: Atlas, 1994. 
 
Aula 2: O processo de gestão e sua 
importância para as organizações 
 
Objetivos desta aula 
1) Definir o conceito de gestão e gestor; 
2) Reconhecer as principais características e componentes organizacionais; 
3) Refletir sobre a importância da gestão organizacional no contexto da administração. 
 
Estudo dirigido desta aula 
1. Leia o texto condutor da aula. 
2. Participe do fórum de discussão desta aula. 
3. Realize a atividade proposta. 
4. Leia a síntese da sua aula. 
5. Leia a chamada para a aula seguinte. 
6. Realize os exercícios de autocorreção. 
 
Olá! Seja bem-vindo à aula O processo de gestão e sua importância para as 
organizações. 
 
Nesta segunda aula, você tomará conhecimento de ideias relacionadas ao 
termo gestão. Também, abriremos espaço para refletir sobre a importância das 
organizações na sociedade moderna, conhecendo as principais características e 
componentes organizacionais. 
 
Boa aula! 
 
 
 
 
 
 
Para iniciar os estudos do tema da segunda aula, vale definirmos alguns 
conceitos que garantirão o entendimento do contexto do tema. 
O que é gestão? 
Embora não seja possível encontrar uma definição universalmente aceita para o 
conceito de gestão e, por outro lado, apesar deste ter evoluído muito ao longo 
do último século, existe algum consenso quanto a que este deva incluir, 
obrigatoriamente, um conjunto de tarefas que se destinem a garantir a 
utilização eficaz de todos os recursos disponibilizados pela organização, a fim 
de serem atingidos os objetivos pré-determinados. 
Por outras palavras, cabe à gestão a otimização do funcionamento das 
organizações através da tomada de decisões racionais e fundamentadas na 
coleta e no tratamento de dados, e na produção de informações relevantes, 
para que, por essa via, logre contribuir para o seu desenvolvimento e para a 
satisfação dos interesses de todos os seus colaboradores e proprietários, e para 
a satisfação de necessidades da sociedade em geral ou de um grupo em 
particular. 
Gestor 
O gestor é definido por suas funções no interior da organização: é a pessoa a 
quem compete a interpretação dos objetivos propostos pela organização e 
atuar, através do planejamento, da liderança, da direção e do controle, 
visando atingir os referidos objetivos. 
 
O gestor é alguém que desenvolve os planos estratégicos e operacionais que 
julga mais eficazes para atingir os objetivos propostos, concebe as estruturas e 
estabelece as regras, políticas e procedimentos mais adequados aos planos 
desenvolvidos e, por fim, implementa e coordena a execução dos planos 
através de um determinado tipo de comando (ou liderança) e de controle. 
 
 
Escola Clássica da Gestão 
 
A Escola Clássica de Gestão é assim denominada por ter sido a primeira escola 
de gestão a surgir e a produzir uma literatura específica dedicada às 
organizações em geral e às empresas em particular. É com a Escola Clássica 
que são estabelecidos alguns dos princípios em que ainda hoje assenta a 
gestão, entre os quais: a autoridade exercida de cima para baixo (princípios da 
escala hierárquica); a organização é um todo, mas deve existir distinção entre 
as diversas funções (princípio da especialização); para que o comando seja 
eficaz, o número de subordinados deve ser limitado. Conforme já apontamos na 
aula anterior, a Escola Clássica apresenta como expoentes máximos dois 
engenheiros, um americano e outro francês: Frederick W. Taylor e Henri Fayol, 
respectivamente. 
 
Gestão estratégica 
 
É um processo gerencial estruturado a partir de um método que privilegia a 
visão sistêmica da organização inserida em ambientes (incluindo o seu próprio 
ambiente interno), bem como a participação de suas lideranças no seu 
desenvolvimento. 
 
 
 
 
Gerenciamento 
É a arte e a ciência de formular,implementar e avaliar linhas de ação 
multidepartamentais, referentes às interações da organização com seu 
ambiente, para atingir seus objetivos de longo prazo. 
 
A sociedade das organizações 
 
Relembrando o que já mencionamos na aula 1, quase tudo o que a sociedade 
necessita é produzido através de organizações. Vivemos em uma sociedade de 
organizações, pois nascemos nelas, aprendemos nelas, servimo-nos delas, 
trabalhamos nelas e passamos a maior parte de nossas vidas dentro delas. 
 
Segundo estruturalistas, a sociedade moderna é a sociedade das organizações, 
das quais as pessoas dependem desde o nascimento até a morte. Retomaremos 
esse tema com maior profundidade na aula 3. Essas organizações são altamente 
diferenciadas e requerem determinadas características de personalidade dos 
seus membros. Sob esse enfoque é que desenvolveremos o tema nesta aula 2. 
Estruturalistas - Precursores da administração, que propuseram um método analítico e 
comparativo para estudar os elementos e fenômenos organizacionais. 
 
A CONFIGURAÇÃO DAS ORGANIZAÇÕES 
 
A tipologia das organizações 
 
Não existem duas organizações iguais, elas são diferentes entre si, assim como 
os indivíduos, que apresentam enorme variabilidade. No entanto, é possível 
classificá-las em classes ou tipos observando suas características. 
Baseados na teoria de Etzioni, podemos caracterizar as organizações por: 
o Divisão de trabalho e atribuição de poder 
o Centros de poder 
o Emprego das pessoas 
A tipologia de Etzioni enfatiza os sistemas psicossociais das organizações. Sua 
desvantagem é dar pouca atenção à estrutura, à tecnologia utilizada e ao 
ambiente externo, que são aspectos que precisam ser também analisados do 
ponto de vista das características organizacionais. Baseia-se exclusivamente 
nos tipos de controle. 
 
Amitai Etzioni é um dos autores mais importantes da 
Abordagem Estruturalista mais precisamente da Teoria 
Estruturalista da Administração. Sociólogo e professor 
das Universidades de Colúmbia e de George Washington 
(EUA) e membro do Instituto de Estudo de Guerra e 
Paz. Estudou a integração da organização com a sociedade como um fato 
social, atuando e agindo na sociedade. 
Em seu livro "Organizações Modernas" (1964), Etzioni apresenta as conclusões 
de sua pesquisa sobre os diferentes tipos de organização, classificando-as em 
três categorias, analisando e comparando o controle e a autoridade: 
 
 
 
 
 
 
Diferenças de características 
 
Como já comentamos, as organizações não são iguais, possuem objetivos e 
contam com recursos diferentes entre si, atuam em campos distintos. Isto faz 
com que a gestão de cada uma se caracterize por ênfases distintas. 
Organizações especialistas 
 
Alto nível de especialização das pessoas, predominando autoridade e técnica. 
Organizações não-especializadas 
 
Atividade de produção de bens; definição de objetivos específicos e controle de metas. 
Organização de serviços 
 
Atividades de serviços; as pessoas não são vinculadas à organização, tendo uma atividade 
temporária que pode ser definida por uma tarefa específica; o vínculo se dá por contrato. 
De forma bastante sintética, mas que serve ao propósito desta aula, podemos 
agrupar as organizações em: governamentais, privadas com fins de lucro e 
privadas sem fins lucrativos. 
 
Componentes organizacionais 
 
Henry Mintzberg é um renomado acadêmico e autor de diversos 
livros na área de administração. Ele é PhD pela MIT Sloan School of 
Management. Atualmente professor na Universidade de Montreal, 
em Quebec, Canadá, onde leciona desde 1968, após ter concluído 
seu mestrado em gerência no MIT. É autor muito produtivo, 
escrevendo sobre estratégia de gerência . É considerado leitura essencial para 
qualquer um que queira fazer parte do processo de tomada de decisões dentro 
de sua organização 
 
Vários componentes da organização são projetados para que a mesma possa 
desempenhar suas funções-chave necessárias ao cumprimento dos objetivos 
organizacionais. Henry Mintzberg sugere que toda organização possui cinco 
componentes, que podem variar em tamanho e importância, dependendo do 
ambiente, tecnologia e outros fatores. Baseados nestes componentes podemos 
definir as estruturas organizacionais. São eles: 
 
1. NÚCLEO TÉCNICO – Inclui os funcionários que realizam o trabalho básico 
da organização. É nele que ocorre a principal transformação dos insumos 
em produtos e serviços. 
2. SUPORTE TÉCNICO – É responsável pela criação de inovações no núcleo 
técnico, ajudando a organização a mudar e adaptar-se. 
3. SUPORTE ADMINISTRATIVO – É onde se congregam as operações de 
suporte e conservação da organização. 
4. MÉDIA ADMINISTRAÇÃO – Responde pela implementação e coordenação 
das atividades, bem como pela intermediação entre os níveis técnicos e 
a alta administração. 
5. ALTA ADMINISTRAÇÃO – É a responsável pela direção, estratégia, metas e 
políticas para toda a organização. 
 
Dimensões organizacionais 
 
O passo seguinte para o conhecimento das organizações é considerar as 
dimensões que descrevem traços específicos do projeto ou desenho 
organizacional. Essas dimensões descrevem a organização quase do mesmo 
modo que os traços físicos e de personalidade descrevem uma pessoa. 
Apresenta-se em dois tipos: estruturais e contextuais. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Estruturais 
 
As dimensões estruturais fornecem rótulos para descrever as características internas. 
Criam uma base para medir e comparar as organizações. Envolvendo aspectos tais como: 
volume de documentação, procedimentos, descrição de cargos, regulamentos e manuais 
(formalização); divisão de trabalho (especialização); organograma (hierarquia); níveis de 
decisão (centralização); nível de educação formal e treinamento (profissionalismo); 
alocação de pessoas (pessoal). 
 
Contextuais 
 
Já as dimensões contextuais envolvem o tamanho, a tecnologia, o ambiente, as metas e 
estratégias, e a cultura organizacional. 
 
As dimensões fornecem uma base para a medição e análise de características e 
informações significativas. São interdependentes entre si. Constroem um retrato da 
organização. Sugerimos para aprofundamento deste tópico, que é bastante extenso, 
mas rico em informações que lhe asseguram uma importância fundamental na 
construção de seu conhecimento como gestor, a leitura do livro “Gestão 
Organizacional” de Jayr Figueiredo de Oliveira. 
Para continuar seu estudo, leia o texto As Mudanças Organizacionais, também 
disponível na Biblioteca da Disciplina, link Material de Aula. 
 
 
ATIVIDADE PROPOSTA 
 
“Menos de uma década atrás, empresas gigantes como a IBM e a General 
Motors eram o padrão do desenho organizacional: organizações hierárquicas 
com produção em massa eficiente, regras e regulamentos padronizados e 
controles rígidos e burocráticos. Entretanto, mudanças ambientais e 
tecnológicas produziram mudanças revolucionárias no projeto das 
organizações: achatamento de hierarquias, descentralização da tomada de 
decisões e diluição dos limites estruturais em múltiplas alianças estratégico-
organizacionais. Desde 1990, mais de 75% das grandes companhias alteraram 
significativamente suas estruturas para torná-las mais flexíveis.” 
Diante desta rápida exposição, analise, sob o enfoque das abordagens 
tratadas nesta aula, a experiência das instituições policiais. 
 
Leitura complementar 
 
ROBBINS, Stephen P. Administração: mudanças e perspectivas. São Paulo: 
Saraiva, 2001. 
 
Sugestão de Links/Fontes 
 
http://www.knoow.net/cienceconempr/gestao/organizacao.htm 
http://teoria.classica.administracao.googlepages.com/Acesse o Fórum de Discussão e opine: “Como o foco nas competências 
centrais mudou o modo pelo qual as organizações são estruturadas e 
administradas?” 
SÍNTESE DA AULA 
 
Nesta aula, você: 
- Debateu as características da organização e identificou os diferentes 
componentes. Reconheceu a importância da gestão organizacional no contexto 
da administração. 
 
O QUE VEM NA PRÓXIMA AULA 
 
Acabamos a segunda aula. Espero que o conteúdo desta aula tenha sido 
assimilado. Se ainda tiver alguma dúvida, reveja o material estudado e entre 
em contato com seu tutor. Reveja os pontos mais críticos. 
 
Espero que o estudo desta disciplina, como um todo, seja interessante para 
você. A internalização destes conceitos ajudará você no desempenho de sua 
atividade de gestor e, como tal, de agente das mudanças. Ao escrever esse 
material procuramos trazer informações úteis para você. 
 
Na próxima aula discutiremos a íntima relação entre as pessoas e as 
organizações, baseando-nos nos princípios da Teoria das Relações Humanas e 
da Teoria Comportamental. 
 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS DESTA AULA 
 
BERNARDES, C. Teoria geral da administração: a análise integrada das 
organizações. São Paulo: Atlas, 1993. 
DRUCKER, Peter. Sociedade pós-capitalista. 6 ed. São Paulo : Pioneira, 1997. 
ETZIONI, A. Organizações modernas. 8 ed. São Paulo: Pioneira, 1989. 
HALL, Richard. Organizações: estruturas e processos. 3 ed. Rio de Janeiro: 
Prentice Hall do Brasil, 1984. 
KANAANE, Roberto. Comportamento humano nas organizações: o homem rumo 
ao século XXI. São Paulo: Atlas, 1994. 
 
 
 
Aula 3: Relação indivíduos e organizações 
 
Objetivos desta aula 
1) Entender a relação dos indivíduos e as organizações; 
2) Reconhecer as teorias das relações humanas e comportamentais como baluartes da relação 
indivíduo e organizações; 
3) Conhecer a contribuição dos precursores de ambas as teorias; 
4) Compreender a importância dos estudos dos temas comportamentais para o perfeito 
entendimento da relação indivíduo e organizações. 
5) Identificar a relação entre a hierarquia das necessidades humanas e das necessidades 
organizacionais; 
6) Conhecer e diferenciar os conceitos de empregabilidade e empresabilidade. 
 
Estudo dirigido desta aula 
1. Leia o texto condutor da aula. 
2. Participe do fórum de discussão desta aula. 
3. Realize a atividade proposta. 
4. Leia a síntese da sua aula. 
5. Leia a chamada para a aula seguinte. 
6. Realize os exercícios de autocorreção. 
 
Olá! Seja bem-vindo à aula Relação indivíduos e organizações. 
Aprofundando o tema, nesta aula, iremos focar a relação simbiótica que se 
estabelece no mundo contemporâneo entre os indivíduos e as organizações, 
tendo como pano de fundo os princípios da Teoria das Relações Humanas e 
Comportamentais. Como já vimos nas aulas anteriores, por diversos motivos, as 
organizações são elementos necessários à vida civilizada. A partir dos estudos 
de Elton Mayo, que contrariou as Teorias Clássicas, é que se começa a pensar 
na participação dos funcionários na tomada de decisões e na disponibilização 
das informações acerca da empresa na qual eles trabalhavam. 
Boa aula! 
Introdução 
 
Dando início à exposição das ideias que queremos enfatizar, apresentamos 
Stoner & Freeman, dois autores que ressaltam alguns aspectos relativos ao 
papel das organizações na vida de qualquer indivíduo. Segue breve explanação 
desses comentários: 
STONER, James A; FREEMAN, R Edward. Administração. Rio de Janeiro: LTC – Livros Técnicos 
e Cientificos, 1999, p 4-5. 
 
As organizações atendem necessidades da 
sociedade – dada à complexidade que circunda a 
vida das pessoas, principalmente daquelas que 
habitam as grandes cidades, é inquestionável o 
papel desempenhado pelas organizações sociais, 
sob vários aspectos, seja em saúde, educação, transporte, geração de 
empregos, lazer, dentre outros serviços que as mesmas prestam. 
 
As organizações alcançam objetivos – as 
organizações com a participação de seus 
colaboradores, em diversos setores da atividade 
humana, permitem a realização de objetivos 
dificilmente alcançáveis, caso fossem almejados 
por indivíduos de forma isolada. 
 
As organizações mantêm o conhecimento – através 
de universidades, museus e corporações, todo o 
conhecimento adquirido pela humanidade é 
preservado e transmitido para as presentes e 
futuras gerações. 
 
 
 
 
 
As organizações oferecem carreiras – além de 
atingirem objetivos organizacionais, promovem o 
alcance de objetivos individuais e, de acordo com o 
desempenho de seus administradores, facilitam seu 
crescimento profissional. 
 
 
A ADMINISTRAÇÃO DAS RELAÇÕES HUMANAS 
 
A perspectiva centrada nas relações humanas trouxe uma visão voltada para a 
reformulação dos princípios e formas de administrar uma organização. Ela 
nasce da necessidade de corrigir a forte tendência à desumanização no 
trabalho. Os antigos conceitos clássicos de autoridade, hierarquia, 
racionalização do trabalho e outros, passam a ser duramente questionados. Os 
estudos da nova teoria combinam recomendações de dimensionamento de 
tarefas com reflexões que valorizam a motivação. 
 
A Teoria das Relações Humanas, ou Escola das Relações Humanas, é um 
conjunto de teorias administrativas que ganhou força com a Grande Depressão, 
precipitada na quebra da Bolsa de Valores de Nova Iorque, em 1929. 
Essas teorias criaram novas perspectivas para a administração, visto que 
buscavam conhecer as atividades e sentimentos dos trabalhadores e estudar a 
formação de grupos. Até então, o trabalhador era tratado pela Teoria Clássica, 
de forma muito mecânica. Com os novos estudos, o foco mudou e, do Homo 
economicus, o trabalhador passou a ser visto como um ser social. 
Experiências realizadas por Elton Mayo e sua equipe propiciaram um cenário 
favorável à introdução desta nova abordagem, para a solução dos problemas de 
administração. Está focalizada no processo de motivar os indivíduos para a 
consecução das metas organizacionais. 
A Experiência de Hawthorne foi uma experiência em uma fábrica da Wester Eletric Company, 
situada em Chicago, no bairro de Hawthorne e cuja finalidade era a de determinar a relação 
entre a intensidade da iluminação e a eficiência dos operários medidas através da produção. A 
 
experiência foi coordenada por Elton Mayo, e estendeu-se à fadiga, acidentes no trabalho, 
rotatividade do pessoal (turnover) e ao efeito das condições de trabalho sobre a produtividade 
do pessoal. 
 
Georges Elton Mayo – cientista social australiano – chefiou uma experiência em uma fábrica da 
Western Eletric Company, situada em Chicago, no bairro de Hawthorne. Esta experiência 
caracterizou-se como um movimento de resposta contrária à Abordagem Clássica da 
Administração, considerada pelos trabalhadores e sindicatos como uma forma elegante de 
explorar o trabalho dos operários para benefício do patronato. Na época, a alta necessidade de 
se humanizar e democratizar a Administração nas frentes de trabalho das indústrias, aliado ao 
desenvolvimento das ciências humanas – psicologia e sociologia, dentre outras – e as conclusões 
da Experiência de Hawthorne fez brotar a Teoria das Relações Humanas. 
 
 
A TEORIA COMPORTAMENTAL 
 
A Teoria Comportamental marca a mais profunda influência das ciências do 
comportamento na administração. Para muitos, representa a aplicação da 
psicologia organizacional à administração. 
Esta teoria se assenta em novas proposições acerca da motivação humana, 
notadamente nas contribuições de McGregor, Maslow e Herzberg. Os 
precursores da administração comportamental verificaramque o gerente 
precisa conhecer os mecanismos motivacionais para poder dirigir 
adequadamente as pessoas. 
A reciprocidade entre os indivíduos e as organizações e suas relações de 
intercâmbio são importantes para o estudo das organizações. E constituem o 
foco desta aula. 
Nas organizações existem sempre conflitos. Entre eles destacamos aqueles 
decorrentes da dicotomia entre os objetivos individuais e os objetivos 
organizacionais. Na medida em que as organizações pressionam para alcançar 
os seus objetivos, elas privam os indivíduos da satisfação de seus objetivos 
pessoais, e vice-versa. 
 
 
 
Uma das primeiras contribuições do modelo comportamental foi formulada por 
Abraham Maslow, que, por meio de sua Teoria da Hierarquia das Necessidades, 
dispõe as necessidades humanas em cinco patamares. 
 
 
 
 
Neste contexto, onde nosso foco de estudo é a inter-relação entre as pessoas e 
as organizações, cabe-nos salientar que podemos definir um paralelo entre as 
necessidades humanas e as da organização, respeitando a mesma sequência de 
progressão ao status superior. É certo, portanto, afirmar que como o ser 
humano, uma organização supera cada patamar em busca da excelência. 
 
Este é um tema bastante interessante. Outros estudiosos desenvolveram teorias 
que podem nos ajudar a entender essa relação indivíduo – organização. 
Convidamos você a ampliar seus conhecimentos dedicando leitura aos livros 
Autorrealização 
A teoria de Maslow é conhecida como uma das mais importantes teorias de 
motivação. Para ele, as necessidades dos seres humanos obedecem a uma 
hierarquia, ou seja, uma escala de valores a serem transpostos. Isto significa 
que no momento em que o indivíduo realiza uma necessidade, surge outra 
em seu lugar, exigindo sempre que as pessoas busquem meios para satisfazê-
la. Poucas ou nenhuma pessoa procurarão reconhecimento pessoal e status 
se suas necessidades básicas estiverem insatisfeitas. 
indicados nas referências bibliográficas e também através da participação no 
fórum. 
 
É importante assinalar, todavia, que as teorias aqui expostas não dialogam – ou 
o fazem precariamente - com concepções oriundas de algumas áreas 
disciplinares muito relevantes, como a antropologia e a psicanálise, o que 
possivelmente importe em significativos reducionismos. Por isso, recomenda-se 
sempre cautela na apropriação dos ensinamentos, para que eles sirvam aos 
propósitos específicos e imediatos, mas não suscitem, precipitadamente, 
generalizações simplificadoras e jamais substituam reflexões mais profundas e 
consistentes produzidas em áreas distintas do conhecimento. 
 
 
ATIVIDADE PROPOSTA 
 
Acesse o artigo em 
http://www.universia.com.br:80/materia/materia.jsp?materia=4617 e discuta 
o mercado de trabalho tendo em mente o que a autora nos apresenta no artigo. 
Utilize nosso espaço de discussão para ampliar seus conhecimentos e discutir a 
respeito da seguinte abordagem: 
 
“É muito importante ressaltar, todavia, que estes profissionais empregáveis 
com certeza serão mais exigentes e vão querer espaço e crescimento nas 
empresas onde estiverem alocados”. 
 
Para continuar seu estudo, leia os textos A interrelação entre pessoas e 
organizações e Empregabilidade: uma exigência profissional, também 
disponíveis na Biblioteca da Disciplina, link Material de Aula. 
 
Acesse o Fórum de Discussão e opine: “Nossas organizações de Segurança 
Pública estão preparadas para esta nova demanda de profissionais e clientes 
cada vez mais exigentes? Estão preparadas para atuar nesse novo modelo de 
sociedade?”. 
 
Sugestão de textos de leitura complementar 
 
ROBBINS, Stephen P. Administração: mudanças e perspectivas. São Paulo: 
Saraiva, 2001. 
 
Sugestão de Links/Fontes 
 
http://www.universia.com.br:80/materia/materia.jsp?materia=4617 
http://www.rh.com.br/Portal/Qualidade_de_Vida/Artigo/5038/gestao-da-
empresa-e-da-vida-um-tenue-equilibrio-entre-meios-e-fins.html 
 
SÍNTESE DA AULA 
 
Nesta aula, você: 
- Conheceu os fundamentos das teorias comportamentais, debateu as linhas 
teóricas como sendo pano-de-fundo para o entendimento da relação simbiótica 
estabelecida entre as pessoas e as organizações e identificou o paralelo entre a 
Hierarquia das Necessidades Humanas e das Necessidades das Organizações; 
- Refletiu sobre os conceitos de Empregabilidade e Empresabilidade. 
 
O QUE VEM NA PRÓXIMA AULA 
 
Chegamos ao fim da primeira parte de nossa disciplina. Aproveite o momento e 
revisite os conceitos. Identifique se há alguma dúvida a respeito deles. Utilize-
se dos espaços de discussão e aprofundamento do conteúdo para dirimir tais 
dúvidas. A seguir, teremos oportunidade de conhecer os principais aspectos 
relacionados à gestão. A aula 4 será dedicada à apresentação do tema 
Comportamento Organizacional. Convidamos você a mergulhar no universo do 
ambiente organizacional buscando entender o funcionamento das organizações. 
Tenha sempre em mente que todo o conteúdo desta disciplina está voltado 
para ajudar você em sua formação como gestor e como promotor das 
transformações no universo da Administração Pública. 
 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS DESTA AULA 
 
KANAANE, Roberto. Comportamento humano nas organizações: o homem rumo 
ao século XXI. São Paulo: Atlas, 1994. 
CHIAVENATO, Idalberto. Introdução à teoria geral da administração. 3 ed. São 
Paulo: McGraw-Hill do Brasil, 1983. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Aula 4: Comportamento organizacional 
 
Objetivos desta aula 
1) Identificar Comportamento Organizacional como de fundamental importância para a 
compreensão de uma efetiva Gestão Estratégica; 
2) Compreender a importância dos estudos dos temas comportamentais para o perfeito 
entendimento da relação indivíduo e organizações. 
 
Estudo dirigido desta aula 
1. Leia o texto condutor da aula. 
2. Participe do fórum de discussão desta aula. 
3. Realize a atividade proposta. 
4. Leia a síntese da sua aula. 
5. Leia a chamada para a aula seguinte. 
6. Realize os exercícios de autocorreção. 
 
Olá! Seja bem-vindo à aula Comportamento organizacional. 
 
Esta aula será dedicada à apresentação do tema Comportamento 
Organizacional. Convidamos você a mergulhar no universo do ambiente 
organizacional buscando o entendimento de como as organizações funcionam. É 
um campo de estudo empenhado em entender, explicar e predizer (e mudar) o 
comportamento humano, tal como ocorre no contexto das organizações, assim 
como o comportamento organizacional na criação e sustentação de uma 
margem competitiva. 
Na análise específica do comportamento da organização Segurança Pública, um 
dos objetivos será contribuir para a ampliação das discussões sobre a melhoria 
da qualidade na prestação do serviço de segurança pública, sob o ponto de 
vista da dinâmica organizacional. Ou seja, desejamos que a aula ofereça 
instrumentos para compreender como nossas organizações de segurança pública 
se comportam e o que poderia ser feito para torná-las bem-sucedidas. 
Bom estudo! 
Dando continuidade à atualização de seus conhecimentos acerca de gestão 
estratégica e motivando-os a entender as práticas gerenciais, 
contextualizando-as e estimulando sua adoção, para favorecer à modernização 
das organizações de Segurança Pública, a presente aula tem como objetivo 
apresentar a importância do estudo do Comportamento Organizacional. Trata-
se de tema indispensável à sua formação como gestor público. 
 
Em outros tempos, os autores e especialistas se preocupavam em estudar as 
organizações apenas baseando-seem suas estruturas e aspectos econômico-
financeiros, para apresentar formas ou arquiteturas mais adequadas. Assim, 
durante décadas, o estudo das organizações ficou restrito a seu conteúdo e 
formatação. O objetivo era estruturar as organizações para que fossem 
eficientes e pudessem durar a vida toda. Embora, necessário, hoje isso não é 
mais suficiente. 
 
Em um mundo marcado por mudanças e incertezas, o mais importante é 
conhecer a dinâmica organizacional, ou seja, é saber como as organizações se 
comportam e se tornam bem-sucedidas. Por que isso? Porque o mundo atual 
está repleto de organizações, com as quais estamos sempre em contato. 
Vivemos e trabalhamos nas organizações ou com elas. Dependemos delas para 
grande parte das atividades fundamentais em nossas vidas, como trabalhar, 
cuidar da saúde, estudar, comprar, alugar, financiar, dirigir, abastecer o carro, 
usar estradas, cruzar semáforos, descansar, etc. 
 
Enfim, praticamente tudo o que fazemos está, de alguma forma, ligado às 
organizações. Por todos esses motivos, é preciso conhecê-las melhor. Como são 
e como funcionam. Como se tornam bem-sucedidas. Como crescem e se 
desenvolvem. Como inovam e se reinventam constantemente. Tanto faz 
estarmos dentro ou fora delas, o importante é que fazem parte de nossas vidas. 
Pertencemos simultaneamente a muitas delas, em razão de trabalho, profissão, 
estudos, religião, política, esportes, divertimento, cidadania, filantropia, etc. 
E quase sempre são essas organizações que nos possibilitam alcançar nossos 
objetivos individuais (dinheiro, conhecimento, sucesso profissional, carreira, 
competência, segurança, status, prestígio). 
 
 
Você sabe o que é comportamento organizacional? 
 
Muito já falamos sobre o fato de as organizações exercerem uma função 
considerável na vida do ser humano, porque modelam o comportamento dos 
respectivos membros, podendo influenciar as necessidades e motivações dos 
indivíduos. Isso ocorre em distintas organizações, ou em grupos na mesma 
organização. Caracterizam-se de forma diferenciada por seus aspectos, sua 
complexidade e o empenho em superar as pressões sociais, econômicas, 
culturais, tecnológicas e políticas. 
 
Uma vez que organizações são formadas por pessoas, é necessário estudar 
também seus comportamentos. O modo como o grupo realiza essa tarefa é 
importante. Os esforços conjuntos e as estratégias de várias pessoas são 
diferentes dos esforços e estratégias individuais. A organização é um grande 
grupo ou são vários grupos reunidos para realizar uma série de tarefas. 
 
Portanto, podemos entender o estudo do Comportamento Organizacional como 
a análise sistemática do comportamento humano focando ações e atitudes de 
indivíduos e grupos no ambiente das organizações, no intuito de alcançar 
Nesta aula, vamos refletir sobre Comportamento Organizacional, isto é, 
como as organizações funcionam, desenvolvem estratégias e alcançam 
resultados, contribuem para o bem-estar da sociedade e da comunidade, 
produzem e distribuem riqueza, abrigam pessoas que nelas trabalham e 
proporcionam o dinamismo das nações. 
produtividade, reduzir o absenteísmo e a rotatividade, e promover a cidadania 
organizacional. 
 
Conceito 
 
O estudo do comportamento organizacional é, enfim, o exame dos princípios, 
conceitos e técnicas que afetam as organizações. Em geral, este estudo 
abrange os estilos de liderança, as teorias motivacionais, a estruturação 
organizacional, os sistemas e práticas gerais, o perfil das funções e a cultura da 
organização. 
 
Finalidade 
 
As finalidades do estudo do comportamento organizacional correspondem à 
explicação, previsão e controle do comportamento humano. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Explicação 
 
A explicação refere-se à identificação das causas ou razões que impulsionaram 
determinados fatos/acontecimentos/fenômenos. 
Previsão 
 
A previsão está direcionada para eventos futuros, estabelecendo os resultados que 
provavelmente decorreriam de uma ação específica. 
 
Controle 
 
O controle apresenta-se como um objetivo controverso, pois traz consigo a dificuldade de 
monitorar o comportamento do ser humano, o qual é integrante fundamental das 
organizações. O controle implica na contribuição mais valiosa que o comportamento 
organizacional pode proporcionar ao trabalho, tornando-o eficaz. 
 
Embora, a abordagem do Comportamento Organizacional seja eclética, a 
maioria dos estudos coloca ênfase especial nos aspectos humanos do 
trabalho e nas influências mútuas entre as estruturas e os sistemas da 
organização e o fator humano. 
Firmado o conceito e a finalidade podemos dizer que a problemática do 
comportamento organizacional (CO) é um campo de estudo por meio do qual se 
pode entender, explicar, predizer e mudar o comportamento humano, tal como 
se manifesta no contexto das organizações. 
 
É um estudo de importância crescente na formação do gestor, possibilitando a 
formação de uma visão da administração como processo. Foca as pessoas, 
grupos e suas interações nas estruturas organizacionais. 
 
Engloba conceitos de psicologia, sociologia e administração, entre outras 
disciplinas. Atua como uma ciência aplicada e representa a convergência 
gradual das diversas escolas de pensamento. 
 
Aprofundando a pesquisa sobre o conceito, podemos observar que o mesmo se 
baseia numa abordagem integradora, combinando o desenvolvimento 
técnico/conceitual (cognitivo) com o aprendizado natural (habilidades 
interpessoais). 
 
Definição de Comportamento Organizacional 
 
1. O CO focaliza os comportamentos observáveis e também as ações 
internas ao sujeito, como pensar e perceber, assim como aquelas que, 
transcorrendo na esfera subjetiva, produzem, entretanto, imediatas 
consequências práticas. Exemplo: decidir. 
2. O CO estuda o comportamento das pessoas como indivíduos e como 
membros de grupos e organizações. 
3. O CO analisa o “comportamento” das unidades sociais mais amplas 
(grupos e organizações). Grupos e organizações não se comportam da mesma 
maneira que os indivíduos. 
4. O CO focaliza quatro tipos de comportamento: 
o Produtividade 
o Absenteísmo 
o Rotatividade 
o Cidadania organizacional 
5. Preocupa-se com a satisfação no trabalho, associada à eficiência e 
eficácia. 
 
Para melhor compreensão de seus objetos, subdividiu-se em três subareas, 
cujos âmbitos de abrangência se estendem do indivíduo ao grupo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Comportamento micro-organizacional 
 
O comportamento micro-organizacional estuda o comportamento individual dentro de uma 
organização. Pertencem a essa área as questões relativas à habilidade individual, motivação 
e satisfação. 
Comportamento meso-organizacional 
 
O comportamento meso-organizacional procura compreender o comportamento das pessoas 
que trabalham juntas, em equipe e grupo. Estuda questões como liderança, socialização e 
dinâmica de grupo. 
Comportamento macro-organizacional 
 
Trata de questões como a estrutura e o status social, o conflito, a negociação, a 
competição, a eficiência e as influências culturais e ambientais. 
Apresenta como principais variáveis: 
- Estrutura; 
- Clima e cultura organizacional; 
- Ambiente de trabalho; 
- Planejamento; 
- Habilidades interpessoais. 
PRINCIPAIS OPORTUNIDADES E DESAFIOS NO USO DOS CONCEITOS. 
 
1. Ajudar os funcionários a alcançar o equilíbrio entre a vida pessoal e a 
profissional: 
- Atenuar a confusão entre a vida profissional e a pessoal; 
 - Observar e estudar a práticado teletrabalho, como uma 
possibilidade de maior flexibilidade para que possam 
compatibilizar os assuntos profissionais e pessoais. 
 
2. Orientar o planejamento de ambientes de trabalho que ajudem o 
administrador a enfrentar conflitos. 
 
3. Estimular a inovação e a mudança: Organizações 
bem-sucedidas precisam encorajar a inovação e dominar 
a arte da mudança para expressar sua competitividade. O 
desafio enfrentado pelos gestores é estimular a 
criatividade e a tolerância à mudança. 
 
 
4. Fornecer orientações importantes para o entendimento de um mundo 
profissional em mudança contínua, visando a superação da resistência à 
inovação e a criação de uma cultura organizacional adequada, gerenciando de 
forma eficaz a “temporariedade”. 
 
Os indivíduos, principalmente no exercício de suas 
funções profissionais, precisam aprender a lidar com a 
temporariedade, bem como a conviver com a 
flexibilidade, a espontaneidade e a imprevisibilidade. 
 
 
 
 
 
5. Um grande desafio é ser um agente motivador dos trabalhadores e 
manter a competitividade global das organizações. 
 
6. Melhorar o comportamento ético, criando um clima eticamente saudável 
para seus funcionários, no qual eles possam realizar seu trabalho com 
produtividade e com um mínimo de ambiguidade em relação ao que sejam 
comportamentos certos ou errados. 
 
Cultura Organizacional 
 
Toda organização tem a sua cultura própria que inclui formalidade nas regras, 
formas de comunicação, estilos gerenciais, formas de tratamento dos 
funcionários, benefícios, etc. 
 
Dá-se o nome de cultura organizacional ao modo de vida próprio que cada 
organização desenvolve em seus participantes. A cultura organizacional repousa 
sobre um sistema de crenças e valores, tradições e hábitos, uma forma aceita e 
estável de interações e de relacionamentos sociais típicos de cada organização. 
A cultura de uma organização não é estática e permanente, mas sofre 
alterações ao longo do tempo, dependendo de condições internas ou externas. 
Algumas organizações conseguem renovar constantemente sua cultura 
mantendo a sua integridade e personalidade, enquanto outras permanecem 
com sua cultura amarrada a padrões antigos e ultrapassados. 
 
 
 
A Cultura Organizacional nasce da visão do fundador e vai sendo 
desenvolvida nas sucessivas interações cotidianas, em geral, mais informais 
que formais. 
Todo esse conjunto de comportamentos deve ser continuamente observado, 
analisado e aperfeiçoado para que resultem motivação e produtividade. Para 
mudar a cultura organizacional, a organização precisa ter capacidade 
inovadora. 
 
Teremos oportunidade na próxima aula de discutir um pouco mais sobre a 
questão das mudanças e os impactos que ela promove na cultura de uma 
organização. 
 
 
CLIMA ORGANIZACIONAL 
 
O termo clima organizacional refere-se especificamente às propriedades 
motivacionais do ambiente organizacional, aspectos internos da empresa que 
levam à provocação de diferentes espécies de motivação nos seus 
participantes. Está intimamente relacionado com o grau de motivação e 
satisfação. 
 
O clima organizacional depende das condições econômicas da empresa, do 
estilo de liderança utilizada, das políticas e valores existentes, da estrutura 
organizacional, das características e da participação das pessoas na empresa, 
da natureza do negócio e do estágio de vida da empresa. 
 
Na evolução da área de gestão estratégica, atualmente contamos com alguns 
instrumentos que podem nos ajudar a conhecer um pouco mais a organização 
por dentro, capazes de desenhar um retrato interno. A pesquisa de Clima 
Organizacional é uma destas poderosas ferramentas. A pesquisa não aponta os 
Sugerimos a leitura complementar sobre tão rico assunto através dos links 
disponíveis ao final da aula. 
modos institucionalizados de agir e de pensar. A pesquisa objetiva mapear o 
ambiente interno que varia segundo a motivação dos agentes. Capta suas 
reações imediatas, suas satisfações e suas insatisfações pessoais. Desenha um 
diagnóstico dos problemas da situação do trabalho do ponto de vista dos 
colaboradores. Com os dados formamos um conjunto de informações que nos 
permitem criar soluções relativas à sobrevivência, à manutenção e ao 
crescimento da organização. A pesquisa de Clima deve sempre estar coerente 
com o planejamento estratégico da organização, propondo sempre, em seu 
fechamento, um Plano de Ação, que traçará as principais diretrizes de ação 
frente aos dados obtidos. 
 
ATIVIDADE PROPOSTA 
 
 
O vídeo é um trailer sobre o filme Tropa de 
Elite. Utilizando-se da história, identifique os 
principais pontos que caracterizam a cultura 
organizacional da instituição Polícia Militar do 
Rio de Janeiro e como eles impactam no 
processo de modernização. 
Considerando que o estudo do comportamento organizacional propicia o 
conhecimento necessário para resolver problemas motivacionais de 
produtividade e fornece aos gerentes orientação para realizar as escolhas mais 
apropriadas e alcançar a maior efetividade, como uma organização de 
Segurança Pública deve fazer para garantir maior efetividade da sua 
finalidade precípua? Como o conhecimento sobre o comportamento 
organizacional pode ajudar? 
Acesse o Fórum de Discussão e opine. 
 
 
 
 
 
 
TRAILER DO FILME 
TROPA DE ELITE 
 
http://www.youtube.com/watch?v=_V
_nZNWPYQk 
 
Sugestão de livros para leitura complementar: 
 
FRANÇA, A. C. L. Comportamento Organizacional: Conceitos e Práticas. São 
Paulo: Editora Saraiva, 2006. 
DUBRIN, Andrew J. Fundamentos do comportamento organizacional. São Paulo: 
Thomson, 2006. 
 
VÍDEOS 
http://www.youtube.com/watch?v=2WkazAAuKnk&feature=related 
http://www.youtube.com/watch?v=KB4Sy99u2N8&feature=related 
http://www.youtube.com/watch?v=1FrP4KkEJ8I&feature=related 
http://www.youtube.com/watch?v=GmzhOJZR92s&feature=related 
http://www.youtube.com/watch?v=0-NGoIq18IQ&feature=related 
 
Sugestão de Links/Fontes 
www.rh.com.br 
 
LEITURAS COMPLEMENTARES 
http://www.scielo.br/pdf/epsic/v7nspe/a03v7esp.pdf 
http://www.sosestudante.com/administracao/cultura-organizacional.html 
http://www.administradores.com.br/artigos/cultura_organizacional/21588/ 
http://www.administradores.com.br/noticias/os_sinais_de_desmotivacao_no_t
rabalho/25886/ 
 
SÍNTESE DA AULA 
 
Nesta aula, você focalizou os seguintes tópicos: 
- A importância do estudo do comportamento organizacional para a gestão. 
- Todo gestor deve estar atento ao comportamento organizacional. 
- O foco do comportamento organizacional: Ser Humano Uno e Múltiplo. 
- Evolução do mundo+evolução dinâmica e gradativa das organizações = 
Comportamento Organizacional. 
 
O QUE VEM NA PRÓXIMA AULA 
 
Nos dias de hoje, as organizações orgânicas estão impondo um novo e diferente 
padrão de comportamento às pessoas: um comportamento criativo e inovador. 
Em nossa próxima aula, discutiremos as influências e a necessidade de se 
conviver com o dinamismo do mundo moderno que nos impõe comportamentos 
como flexibilidade e adaptabilidade e impulsiona o mundo organizacional a 
mudanças constantes. 
 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS DESTA AULA 
 
CHIAVENATO, Idalberto. COMPORTAMENTO ORGANIZACIONAL: A DINÂMICA DO 
SUCESSO DAS ORGANIZAÇÕES. Editora Campus. 
ROBBINS, STEPHEN P. ADMINISTRAÇÃO - MUDANÇAS E PERSPECTIVAS. 
ROBBINS, STEPHEN P. FUNDAMENTOS DO COMPORTAMENTO 
ORGANIZACIONAL- Prentice-Hall. 
KANAANE, Roberto. COMPORTAMENTO HUMANO NAS ORGANIZAÇÕES: o 
homem rumo ao século XXI. São Paulo:Atlas, 1994. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Aula 5: Processos de mudanças - Inovação 
organizacional 
 
Objetivos desta aula 
1) Identificar os principais fatores e impactos da mudança organizacional; 
2) Reconhecer as forças propulsoras e a importância do papel da gerência no processo de 
mudança organizacional; 
3) Compreender o papel da inovação e da criatividade no processo de mudança organizacional. 
 
Estudo dirigido desta aula 
1. Leia o texto condutor da aula. 
2. Participe do fórum de discussão desta aula. 
3. Realize a atividade proposta. 
4. Leia a síntese da sua aula. 
5. Leia a chamada para a aula seguinte. 
6. Realize os exercícios de autocorreção. 
 
 
Olá! Seja bem-vindo à aula Processos de mudanças - inovação organizacional. 
 
Esta aula objetiva o estudo do processo de mudança no contexto das 
organizações, além de algumas ferramentas de gestão, seus conceitos e 
aplicabilidades visando sua formação como Gestor Público. 
 
Bom estudo! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Tendo como pano de fundo a música de Lulu Santos, mergulharemos nessa 
aula, no complexo tema do processo de mudança no contexto das organizações. 
A mudança é uma realidade organizacional. Lidar com ela é uma parte 
fundamental do trabalho de todo gestor. Toda ação no ambiente das 
organizações são impactadas por forças que podem ser oriundas do ambiente 
externo, da mesma forma como situações internas influenciam. Nossa proposta 
é através da reflexão potencializá-lo a para ser um agente transformador e 
multiplicador do movimento de mudanças. 
O ambiente que envolve as organizações é extremamente dinâmico, exigindo 
delas uma elevada capacidade de adaptação como condição básica de 
sobrevivência. 
 
O processo de mudança organizacional é uma realidade e lidar com ela é uma 
parte fundamental do trabalho gerencial. Começa com o aparecimento de 
forças que tanto podem vir de fora como de dentro da organização. 
Nesta aula, vamos conhecer um pouco sobre essa característica do ambiente 
organizacional e, possivelmente, quando chegarmos ao final, perceberemos que 
alguma coisa já mudou. 
 
 
 
 
 
“Tudo muda o tempo todo no mundo... 
Não adianta fugir... 
Nem mentir pra si mesmo agora... Há 
tanta vida lá fora... “ 
 
A mudança está em toda parte: nas organizações, 
nas pessoas, nos clientes, nos produtos e serviços, 
na tecnologia, no tempo e no clima. A mudança 
representa a principal característica dos tempos 
modernos. É tida como processo natural ao longo da 
existência das organizações. 
 
Mudança, em qualquer esfera, significa a passagem de um estado para outro 
diferente. É a transição de uma situação para outra. A mudança envolve 
transformação, interrupção, perturbação, ruptura, dependendo da sua 
intensidade. 
 
 
MUDANÇA ORGANIZACIONAL 
 
"Nada do que foi será... De novo do jeito que já foi um dia... 
Tudo passa...Tudo sempre passará...A vida vem em ondas... 
Como um mar... Num indo e vindo infinito... 
Tudo que se vê não é... Igual ao que a gente viu há um segundo... 
Tudo muda o tempo todo no mundo... Não adianta fugir... 
Nem mentir pra si mesmo agora... Há tanta vida lá fora... 
Aqui dentro sempre... Como uma onda no mar!". 
 
Ao compor a letra da música “Como uma onda no mar”, talvez o letrista Nelson 
Motta, parceiro do compositor Lulu Santos, nem imaginasse que sua inspiração 
É por isso que nos dias de hoje as organizações orgânicas estão impondo um 
novo e diferente padrão de comportamento das pessoas: um comportamento 
criativo e inovador. Em nossa aula, discutiremos as influências e a 
necessidade de se conviver com o dinamismo do mundo moderno que nos 
impõe comportamentos como flexibilidade e adaptabilidade e que 
impulsionam o mundo organizacional a mudanças constantes. 
fosse retratar tão bem a realidade das organizações, em um futuro não muito 
distante. Diante do fenômeno da Globalização, as organizações vivem uma 
gigantesca onda e tudo muda, o tempo todo. E não adianta fugir, pois quem 
optar pelo comodismo certamente perderá espaço para a concorrência 
inovadora. Mudar e acompanhar o novo viraram sinônimos de sobrevivência 
num mercado literalmente acirrado. 
 
Tudo seria relativamente simples se 
as empresas tivessem apenas que 
adquirir novas tecnologias. Mas, não 
é isso que ocorre na prática. As 
organizações são formadas por 
pessoas e cada uma dessas, por sua 
vez, apresenta competências e 
vivências diferenciadas. São as 
pessoas que fazem as coisas acontecerem dentro de uma empresa. Se as 
pessoas estiverem dispostas a aceitar as novas regras, tudo pode se tornar mais 
fácil. O papel do líder é fundamental para levar a organização para onde se 
deseja sem tantos danos, sem tanta resistência. 
 
Muitos fatores impactam de forma negativa em um processo de mudança 
organizacional. Resistência às mudanças e o pessimismo em relação ao futuro 
são os principais. Quase toda mudança na cultura de uma organização gera 
desconforto, porque faz com que as pessoas questionem o sucesso do projeto 
de mudança. Elas dizem: “isso não vai dar certo, eu já vi isso acontecer em 
outro lugar.” Essa resistência às mudanças acontece porque todos nós 
precisamos de algum nível de certeza para viver com qualidade. O reflexo 
negativo é que muitas pessoas passam a vida lutando contra as mudanças, seja 
no âmbito pessoal ou profissional. Ter uma rotina no qual você possa se apoiar 
é importante, mas não é isso que faz as pessoas crescerem. 
 
 
 
 
PROCESSO DE MUDANÇA 
 
 
O processo de mudança é, em muitos casos, 
visto pelas pessoas com muita preocupação. 
Primeiro porque afeta o seu status quo, mexe 
com suas acomodações, põe em jogo toda a 
eficiência do seu conhecimento. Segundo, 
porque está muito difícil para as empresas conseguirem, no processo de 
mudança, informar o significado dela, para onde estão indo, o que exatamente 
precisam fazer para que a mudança aconteça e, principalmente, o que as 
pessoas ganham com isso. A falta de informação é um dos vilões do processo de 
mudança. A efetividade de um processo de mudança quer uma política de 
informação coerente e eficaz. Com informações seguras, criam-se aliados que 
aceitam as responsabilidades e se tornam um agente transformador da 
mudança. 
 
O que sabemos sobre mudança é que o que preocupa muito os empregados é a 
falta de informação. Se o empregado não tem informação, ele se preocupa e 
não quer aceitar de forma alguma responsabilidades na mudança. Mas se ele 
tem informações seguras, precisa aceitar responsabilidades para se tornar um 
agente transformador da mudança. O agente de mudança detém o papel de 
quem ajuda a fazer acontecer a mudança. 
 
A mudança é a lei da vida. E 
aqueles que apenas olham para o 
passado ou para o presente irão 
com certeza perder o futuro. 
 
John Kennedy 
Toda mudança organizacional demanda quebra de paradigmas. Mudar a 
cultura organizacional e implantar uma nova filosofia de trabalho é o grande 
desafio. A principal característica é que todos estejam preparados e abertos 
às mudanças e vejam as transformações como novas oportunidades de 
aprender algo novo. 
O processo de mudança ocorre dentro de um campo de forças que atuam 
dinamicamente em vários sentidos. De um lado, existem forças positivas de 
apoio e suporte à mudança e, de outro lado, forças negativas de oposição e 
resistência à mudança. Em toda organização existe uma balança dinâmica de 
forças positivas que apoiam e impulsionam a mudança e de forças negativas 
que restringem e impedem a mudança. O sistema

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