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AAppoossttiillaa ddaa ddiisscciipplliinnaa Gestão Estratégica Curso de Pós-Graduação em Gestão de Segurança Pública Apresentação Esta disciplina se propõe abordar os tópicos fundamentais e analisar a dinâmica gerencial, dentro de uma visão sistêmica do ambiente organizacional, apresentando as ferramentas gerenciais básicas que facilitarão o entendimento da nova gestão pública, possibilitando a construção de uma visão estratégica de administração. O conteúdo selecionado pretende apresentar a conceituação e as variáveis do tema, procurando promover a reflexão e a crítica. Pretende também proporcionar ao aluno, além deste conceitual teórico, práticas de sucesso que apresentam alternativas viáveis e que possibilitam a aproximação da gestão pública aos princípios de administração gerencial. Contextualização A disciplina fundamenta-se no conhecimento dos princípios de gestão estratégica, esses imprescindíveis à formação de qualquer gestor público. O objetivo é proporcionar ao aluno além do conceitual teórico, práticas de sucesso que apresentem alternativas viáveis e que possibilitem a aproximação da gestão pública aos princípios de administração gerencial. Relevância As instituições públicas devem aperfeiçoar suas estratégias para oferecer um lugar melhor para seus agentes trabalharem. Deve haver congruência no sistema de trabalho, que engloba estrutura, tarefas, pessoas, sistemas de recompensa e processos de informação e decisão. A administração pública lida com aspectos muito complicados e, por isso, não deve haver padronização nas medidas adotadas. Nesse aspecto, conhecer, discutir e refletir sobre as novas práticas de gestão estratégica permitirão aos gestores se aperfeiçoarem para o papel fundamental que exercem -, eles devem aprender com a situação, analisar caso a caso, buscar estímulos e lutar, na prática, pelo resultado. Estrutura da disciplina Aula 1: Conceituação de organizações Definição de organização. Teorias administrativas. Abordagens e aspectos organizacionais. Princípios básicos da organização. Aula 2: Gestão organizacional - o processo de gestão e sua importância para as organizações Definição dos termos gestão e gestor. Principais características e componentes organizacionais. Importância da gestão organizacional na sociedade moderna. Aula 3: Relação indivíduos e organizações Teorias das Relações Humanas e Comportamentais. A Simbiose da Relação Pessoa e Organizações. Paralelo da Hierarquia das Necessidades Humanas e das Necessidades Organizacionais. Empregabilidade e Empresabilidade. Aula 4: Comportamento organizacional As abordagens de Comportamento Organizacional. Conceito, Finalidade e Desafios. Cultura Organizacional. Clima Organizacional. Aula 5: Processos de mudanças - inovação organizacional O contexto da mudança nas organizações. Os fatores que impulsionam as mudanças. As forças propulsoras (exógenas e endógenas). O que determina a mudança no universo organizacional. Conceitos de diagnóstico organizacional, desenvolvimento organizacional e aprendizagem organizacional. Conceitos de inovação e criatividade. Aula 6: Cenários e tendências e análise organizacional Conceitos de Cenários e Tendências. Análise Organizacional. Aula 7: Planejamento estratégico Conceito de Planejamento. Importância do Planejamento Estratégico. Fases do Planejamento Estratégico. Definição de Missão, Visão e Valores. Análise Ambiental. Definição dos objetivos. Definição dos indicadores e metas. Elaboração Plano de ações – Implementação – Avaliação - Revisão – CICLO PDCA. Aula 8: Processos de gestão de pessoas A visão estratégica da gestão de pessoas. Os seis processos de gestão de pessoas. Bibliografia da disciplina MOTTA, Paulo Roberto. Gestão contemporânea: a ciência e a arte de ser dirigente. Rio de Janeiro: Record, 1995. SERRA, Fernando A. Ribeiro. Administração estratégica: conceitos, roteiro prático e casos. Rio de Janeiro: Reichmann & Affonso Editores, 2003. HUNTER, James C. O monge e o executivo - uma história sobre a essência da liderança. Rio de Janeiro: Sextante, 2004. DUTRA, J. S. Gestão de pessoas: modelo, processos, tendências e perspectivas. São Paulo: Atlas, 2002. ______ (Org). Gestão por competências. São Paulo: Editora Gente, 2001. VERGARA, S. C. Gestão de pessoas. São Paulo: Atlas, 2003. CHIAVENATO, Idalberto. Gestão de pessoas: o novo papel dos recursos humanos nas organizações. Rio de Janeiro: Campus, 1999. LUZ, Ricardo. Gestão do clima organizacional. Rio de Janeiro: Qualitymark, 2003. FRAGA, Valderez Ferreira. Gestão pela formação humana: uma abordagem fenomenológica. Rio de Janeiro: Impetus, 2003. MACEDO, Ivanildo Izaias de. Aspectos comportamentais da gestão de pessoas - série gestão empresarial. Rio de Janeiro. FGV, 2002. ANDRADE, Rui Otavo B. TGA – das origens às expectativas contemporâneas – Makron Books, – São Paulo – SP, 2001. VALERIANO, Dalton L. Gerenciamento estratégico e administração por projetos - Makron Books, – São Paulo – SP, 2001. SOARES, Luiz Eduardo. Segurança tem saída. Rio de Janeiro: Sextante, 2007. OLIVEIRA , Jayr Figueiredo de. Gestão organizacional – descobrindo uma chave de sucesso para os negócios. São Paulo: Saraiva, 2006. MINTZBERG, Henry. Ascensão e queda do planejamento estratégico. Porto Alegre: Bookman, 2004. COSTA, Índio da. A reforma do poder: a nova estrutura de administração pública no Rio de Janeiro. Rio de Janeiro: Qualitymark, 2004. ------------- Administração Pública no século XXI – Foco no Cidadão. Rio de Janeiro: Qualitymark, 2008. Aula 1: Conceituação de organizações Objetivos desta aula 1) Definir o conceito de organização; 2) Reconhecer as teorias, os princípios e os aspectos organizacionais que caracterizam a organização; 3) Integrar as abordagens sobre organizações; 4) Desenvolver a consciência sobre os desafios enfrentados pelos gerentes atuais. Estudo dirigido desta aula 1. Leia o texto condutor da aula. 2. Participe do fórum de discussão desta aula. 3. Realize a atividade proposta. 4. Leia a síntese da sua aula. 5. Leia a chamada para a aula seguinte. 6. Realize os exercícios de autocorreção. Introdução da aula Olá! Seja bem-vindo à primeira aula da disciplina Gestão Estratégica. Nesta primeira aula, você conhecerá conceitos básicos sobre organização. Assim, discutiremos sobre o que é organização seus princípios, suas ênfases e seus principais enfoques. Bem como os princípios que a norteiam. Iremos também refletir sobre a influência das novas exigências advindas da globalização e seu impacto nas novas abordagens de "Gestão Organizacional", buscando a integração destas novas abordagens. Boa aula! Introdução Neste princípio de século XXI, as organizações estão enfrentando um ambiente caracterizado pelas incertezas, inovação tecnológica, novos paradigmas de gestão e mudanças extremamente velozes nos campos da educação, informação, conhecimento e comportamento. As organizações de todos os tipos têm se deparado com cenários substancialmente modificados e mais dinâmicos. Lá se vão os dias de certezas e controles sustentados pelos conceitos clássicos pregados por Taylor ou Fayol e experimentados por Henry Ford. Não há outra opção senão mudar. Logo, entender essa nova organização que se apresenta, é fundamental para qualquer estudioso da área gerencial. Vale ressaltar que muitas mudanças que estão acontecendo hoje não são independentes umas das outras e nem fortuitas. Com efeito, essas novas situaçõessão parte de um fenômeno muito maior: o advento de uma nova sociedade. Frederick Taylor - engenheiro norte-americano - criou um conjunto de ideias e princípios de gestão criados no final do séc. XIX e início do séc. XX, a que denominamos Taylorismo. O taylorismo, que também ficou conhecido como Teoria da Gestão Científica ou Organização Científica do Trabalho, tinha como grande objetivo aumentar a produtividade através de um sistema de tarifas diferenciadas e através da aplicação de métodos científicos, colocando a ênfase no uso da ciência e na criação da harmonia de grupo. A aplicação da ciência à gestão teve como instrumento básico o estudo exaustivo dos tempos e movimentos que permitiu a racionalização dos métodos de trabalho e a fixação dos tempos-padrão para a execução das tarefas. Henri Fayol foi um dos primeiros estudiosos a analisar a natureza da atividade empresarial, a formular uma teoria completa de gestão. São princípios organizacionais: planejar, organizar, comandar, coordenar e controlar. Defendia que esses mesmos princípios podiam ser aplicados em empresas de diferentes dimensões e de todo o tipo - industriais, comerciais, governamentais, políticas ou mesmo religiosas. Definiu a empresa como uma organização que começa por uma plano estratégico ou uma definição de objetivos, evolui para uma estrutura para colocar o plano em prática, atua de forma controlada entre o líder e a força de trabalho, harmoniza o trabalho dos departamentos através da coordenação sujeita a avaliações e controle sobre a sua eficácia. Ficou conhecido pela idealização da linha de montagem e aplicação do método de produção em série nas suas fábricas de automóveis Ford. O sucesso obtido ao nível da produtividade e da eficiência com a aplicação destes métodos foi de tal forma expressivo que a Ford Motors Co. se tornou, em poucos anos, num dos gigantes da indústria norte-americana, tornando-se, por isso, num dos exemplos mais sugestivos da aplicação prática da Teoria da Gestão Científica. Segundo Alvin Toffler, a história humana pode ser divida em ondas, as quais foram eliminando culturas e civilizações e substituindo-as por modos de vida até então inconcebíveis. A primeira onda foi a da agricultura, que levou muitos anos predominando no setor produtivo: até o fim do século XIX, todas as economias eram agrárias. A segunda onda foi a da industrialização, que persistiu por aproximadamente 300 anos. Do final do século XIX até os anos 60 do século XX, a maioria dos países desenvolvidos deixou de concentrar suas economias na agricultura e transformou-se em sociedades cuja produção baseava-se em máquinas e produtos. A terceira onda chegou nos idos de 1970. Estamos vivendo no ápice desta onda. Ela está fundamentada na informação. Cada onda é considerada pelos estudiosos como revoluções, nas quais os modos de vida vigentes são inteiramente modificados e substituídos por outros. Nós que compartilhamos a terceira onda nesse seu momento explosivo, já estamos sentindo o impacto dela em nossas vidas. No mundo organizacional está eliminando cargos industriais de baixa qualificação, ao mesmo tempo em que cria abundantes oportunidades de trabalho para especialistas e técnicos, cultos e qualificados, profissionais liberais e outros trabalhadores do conhecimento. Portanto, a atual onda do mundo modifica, de forma acelerada, os valores básicos da sociedade e a concepção das atividades produtivas, transformando, enfim, as organizações. Neste sentido, exige-se do homem e da mulher pós- modernos mais instrução e o aperfeiçoamento contínuo para que se insiram no processo de trabalho. As exigências não estão pautadas apenas nos livros, na Internet ou nas técnicas, mas, principalmente, nas PESSOAS, que aceitam um alto padrão de desempenho, que incorporam novos valores, desafiam paradigmas, buscam novos conhecimentos, criam formas de convivência solidária e decidem num ambiente de novas e constantes demandas e responsabilidades. Essa é a nova sociedade, que deve ser, cada vez mais, marcada pela produtividade, participação e autogestão fundamentada no conhecimento. Vejamos o conceito de Organização... A correta percepção dos conceitos de “organização” é, sem dúvida, um dos fundamentos necessários para uma boa compreensão dos assuntos associados à Gestão Estratégica e ciências afins. Na elaboração desta aula, pretendemos contribuir para um melhor entendimento destes conceitos. Em linhas gerais, podemos definir qualquer organização como: Entretanto a conceituação de organização tem sido objeto de vários estudos, por vários autores, que se assemelham em suas formas de conceituar. Apresentaremos alguns destes autores para que desta forma você possa ampliar seus conhecimentos sobre o tema. Um conjunto de duas ou mais pessoas que realizam tarefas, seja em grupo, seja individualmente, mas de forma coordenada e controlada. Determinado contexto ou ambiente, com vista a atingir um objetivo pré-determinado através do uso eficaz de diversos meios e recursos disponíveis, liderados ou não por alguém com as funções de planear, organizar, liderar e controlar. Constituem entidades complexas dotadas de indivíduos e grupos que desempenham tarefas e são auxiliados por vários esquemas organizacionais. Roberto Kanaane conceitua organização como: “Um sistema socialmente estabelecido pelo conjunto de valores expressos pelos indivíduos que dela fazem parte, sendo assimilados e transmitidos sucessivamente pelos mesmos, daí a importância e a responsabilidade diante dos outros, das novas gerações”. Peter Drucker vincula o conceito de organização ao conhecimento. Para esse autor o conhecimento é a base onde a organização deveria ser especializada e as funções definidas pela tarefa de tornar o conhecimento um conhecimento produtivo. A função das organizações é tornar produtivos os conhecimentos, e quanto mais especializados forem, mais eficazes serão. A. Etzioni diz que a base da organização é ser uma unidade social, cujo objetivo seria cumprir várias funções, entre elas, ser a fonte de legitimidade que justifica suas atividades; ser a fonte de padrões para avaliar sua eficiência e rendimento; proporcionar a unidade de medida para verificar sua produtividade. A razão de ser então da organização é servir a esse objetivo, sendo estruturada para tal. Sob uma perspectiva estruturalista, as organizações são intencionalmente construídas e reconstruídas. Bernardes, por sua vez, afirma que as organizações são manifestações concretas de instituições e uma associação de pessoas com papéis e tarefas específicas. Para entender o que se vive hoje, é necessário, além do conhecimento dos conceitos, conhecer a evolução histórica e as práticas das organizações ao longo destes dois séculos. As organizações mecanicistas, que predominavam nos períodos históricos que sucederam a Revolução Industrial, com suas estruturas burocráticas, com a centralização de decisões, com excessivos sistemas de controle e autoridade apoiada em rígida hierarquia, vêm sendo substituídas por organizações flexíveis com estruturas mais horizontais amplamente descentralizadas. A organização moderna é aberta a inovações, com descentralização de decisões e o princípio do bom relacionamento humano, inaugurando os novos modelos de gestão com profunda flexibilidade, diversificação e autonomia no perfil do trabalhador. O quadro abaixo apresenta um paralelo entre as características das organizações do século XX e as novas características quese delineiam. Antigas Características: Século XX Novas Características: Século XXI Direcionada para objetivos Focada nos preços Mentalidade voltada para qualidade do produto Direcionada a produto Focada nas necessidades do acionista (shareholders) Orientada para aspectos financeiros da gestão Direcionada para a visão Focada no valor adicionado Mentalidade voltada para qualidade total Direcionada ao consumidor Focada nas necessidades dos colaboradores (stakeholders) Orientada para a velocidade da mudança Inovativa, empreendedora Baseada em rede, empowered Eficiente, estável Hierárquica Baseada em máquinas Funcional Rígida e compromissada Local, regional, nacional Verticalmente integrada Baseada em informação Processual Flexível, voltada para o aprendizado Global Arquitetura de rede, interdependente A nova abordagem proposta para a organização das empresas privilegia uma visão sistêmica, substituindo a velha tradição cartesiana de dividir, segmentar e separar. A ênfase agora está em juntar e não mais em separar. O foco não está mais nas tarefas, mas nos processos. Não mais nos meios, mas nos fins e resultados. A Sociedade e as Organizações A sociedade humana é formada por organizações de todos os tipos e tamanhos. A vida em sociedade é facilitada pelas atividades desenvolvidas por essas organizações nos mais diversos setores de atuação. Pela simples observação do mundo que nos rodeia, constatamos que todos nós, assim como todos os nossos familiares, amigos e conhecidos, pertencemos a uma ou mais organizações - a uma equipe de futebol, a um grupo de teatro, a uma organização política, cívica ou religiosa, a uma associação de estudantes, a uma empresa. O que vem a ser enfim uma organização? Quais os objetivos de uma organização? Por que as organizações são importantes? A nova organização é, portanto, resultado das mudanças ocorridas no mercado. Conforme se pode ver no quadro anterior, a nova organização é mais flexível e mais capaz de responder ao seu ambiente. Vivemos naquilo que Peter F. Drucker, em “Managing in a Time of Great Change”, chamou de “sociedade das organizações”. De fato, cada vez mais as organizações, sejam elas empresariais, políticas, religiosas, desportivas, de solidariedade social, de defesa do ambiente, ou outras, assumem um papel crescente na nossa sociedade, quer seja ao nível social quer seja ao nível econômico. São as organizações que atualmente assumem a responsabilidade pela execução das principais tarefas necessárias ao funcionamento da sociedade - são elas que asseguram a produção de bens e serviços, a prestação de serviços de saúde, a segurança, o desporto, o ensino, a defesa do ambiente, a solidariedade social, entre muitas outras. Gerenciando em um período de grandes mudanças, por Peter F. Drucker. Ele é considerado por todos o pai da gestão moderna, sendo o mais reconhecido dos pensadores do fenômeno dos efeitos da globalização na economia em geral e em particular nas organizações, ainda hoje, mesmo após a sua morte, permanece inquestionavelmente como “Único” Pai da Gestão. Subentendendo-se a gestão moderna como a ciência que trata sobre pessoas nas organizações, como dizia ele próprio. É daqui que surge a importância do estudo das organizações enquanto entidades sociais, econômicas, de desenvolvimento das capacidades humanas e como agentes fundamentais da mudança e da evolução. Paralelamente, e não menos importante, é a tendência cada vez mais acentuada para a transformação, e utilizando mais uma vez os termos de Peter F. Drucker, do trabalho tradicional em trabalho do conhecimento. Diversos fatores, dos quais se destaca a globalização da economia em nível mundial, proporcionada em grande parte pelos avanços tecnológicos ao nível do tratamento e transferência de informação e ao nível dos transportes e da mobilidade de pessoas e bens, têm contribuído para uma profunda transformação no interior das organizações. As pessoas tornaram-se, gradualmente, seu principal ativo; deixaram de ser meros executores de tarefas decididas e ordenadas pelos gestores do topo da organização, para passarem a constituir parte integrante na tomada de decisões. Avança-se assim gradualmente de uma era dominada pela tecnologia para uma era dominada pelo conhecimento. O significado das organizações O propósito de uma organização é contribuir com algo de valor para a sociedade. Em linhas gerais, podemos afirmar que as organizações que visam lucro fornecem bens e serviços e aquelas sem-fins lucrativos proporcionam benefícios públicos. Uma organização que funciona bem atinge seus objetivos por meio dos benefícios da sinergia. E para obter essa sinergia, as organizações dependem basicamente dos esforços das pessoas. As organizações são compostas por pessoas e seus relacionamentos. Nos tempos atuais, as organizações estão ampliando a sua visão e atuação estratégica no que tange a esses relacionamentos. Todo processo produtivo somente se realiza com a participação conjunta de diversos parceiros, cada qual contribuindo com algum recurso. Cada um dos parceiros da organização contribui com algo na expectativa de obter um retorno pela sua contribuição. Cada parceiro está disposto a continuar investindo seus recursos na medida em que obtém retornos e resultados satisfatórios de seus investimentos. Categoria O que eles demandam da organização O que a organização demanda deles Clientes Produtos de qualidade Receita e respeito Proprietários Renda e estabilidade Amplo apoio Mídia Notícias válidas Boa imagem Comunidade local Empregos e impostos Empregos e serviços Órgãos governamentais Respeito à legislação Segurança e proteção contra competição desleal Público Segurança dos produtos e proteção ambiental Respeito e apoio As preocupações das organizações do futuro As organizações voltadas para o futuro e preocupadas com o seu destino estão estreitamente sintonizadas com os seguintes desafios: 1) implica preocupação com a visão global do negócio para mapear a concorrência e avaliar a posição relativa dos produtos e serviços. Isto não significa que o mercado local vá desaparecer. O que vale é a comparação entre aquilo que a organização faz e o que há de melhor no mundo todo. O benchmarking deixou de ser local ou regional. Hoje, pensar globalmente e agir localmente é o refrão mais frequente; 2) implica preocupação em educar, treinar, motivar, liderar as pessoas que trabalham na organização, incutindo-lhes o espírito empreendedor e oferecendo-lhes uma cultura participativa ao lado de oportunidades de plena realização pessoal. A organização indica os objetivos que pretende alcançar, focalizando a missão e visão, e oferece oportunidades de crescimento profissional que fortaleçam Para continuar seu estudo, leia os textos Princípios básicos da organização e A nova organização, também disponíveis na Biblioteca da Disciplina, link Material de Aula. seu negócio. As organizações bem-sucedidas proporcionam às pessoas um ambiente de trabalho acolhedor e agradável com plena autonomia e liberdade para escolher a maneira de realizar seu trabalho. As pessoas são consideradas parceiros e colaboradores e não funcionários batedores de cartão de ponto; 3) implica capacidade de se conquistar, manter e ampliar a clientela. Este é o melhor indicador da capacidade de sobrevivência e de crescimento da organização. As organizaçõesbem-sucedidas têm intimidade com o seu cliente, conhecem as mutáveis características, necessidades e aspirações de sua clientela, e procuram interpretá-las, compreendê-las, satisfazê-las ou superá-las continuamente. Elas sabem conquistar e manter o cliente; 4) implica necessidade de diferenciar os produtos e serviços oferecidos em termos de qualidade e de atendimento. Com a tecnologia e o conhecimento, os produtos e serviços estão ficando cada vez mais parecidos. A vantagem competitiva consiste em agregar elementos adicionais como qualidade e atendimento que os tornem diferenciados em relação aos concorrentes. Estamos vivendo em plena “Era da Informação” em que o recurso organizacional mais importante - o capital financeiro - está cedendo o pódio para outro recurso imprescindível: o capital intelectual. É o conhecimento e sua adequada aplicação que permitem captar a informação disponível para todos e transformá-la rapidamente em oportunidade de novos produtos ou serviços antes que os concorrentes consigam fazê-lo; 5) implica necessidade de se fixarem objetivos e perseguir resultados, reduzindo custos e aumentando receitas. Visão do futuro e focalização de metas a serem alcançadas são imprescindíveis. A melhoria da qualidade e o aumento gradativo da produtividade são as bases da competitividade no mundo atual: o que faz as empresas serem bem-sucedidas. O aluno deverá aprofundar seus conhecimentos através da leitura do Capítulo 4 do livro GESTÃO ORGANIZACIONAL - DESCOBRINDO UMA CHAVE DE SUCESSO PARA OS NEGÓCIOS - JAYR FIGUEIREDO DE OLIVEIRA, EDISON AURÉLIO DA SILVA, que consta da bibliografia da disciplina. O capítulo tematiza as Teorias Administrativas. Sugestão de Links/Fontes: http://www.knoow.net/cienceconempr/gestao/organizacao.htm http://teoria.classica.administracao.googlepages.com/ Vídeos: http://www.youtube.com/watch?v=XFXg7nEa7vQ http://www.youtube.com/watch?v=nsWNsVdzfKw&NR=1 Acesse o Fórum de Discussão e opine: “O mundo do trabalho está se transformado pelos seguintes fatores: globalização, tecnologia, crescimento e declínio em setores de trabalho, diversidade cultural, mudança nas expectativas sociais, proliferação de um espírito empreendedor e consumidores volúveis e exigentes”. Como devemos agir? SÍNTESE DA AULA Nesta aula, você: - Debateu os conceitos de organização e diferenciou as várias abordagens. Identificou os princípios que são os sustentáculos da atividade gerencial. Para entender o que vivemos hoje, é necessário, além do conhecimento da teoria e dos conceitos básicos, conhecer a evolução dos fatos históricos mais importantes e que são o patamar do que constitui hoje as Organizações Modernas. O QUE VEM NA PRÓXIMA AULA Na próxima aula, daremos continuidade a esse tema pois discutiremos e aprofundaremos o conceito de “Gestão Organizacional - O Processo de Gestão e sua importância para as organizações”. Cabe à gestão a otimização do funcionamento das organizações. Mais adiante, serão discutidas as consequências desse processo complexo e contraditório de mudanças – com tantos aspectos positivos e negativos - para a Segurança Pública. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS DESTA AULA BERNARDES, C. Teoria geral da administração: a análise integrada das organizações. São Paulo: Atlas, 1993. DRUCKER, Peter. Sociedade pós-capitalista. 6 ed. São Paulo : Pioneira, 1997. ETZIONI, A. Organizações modernas. 8 ed. São Paulo: Pioneira, 1989. HALL, Richard. Organizações: estruturas e processos. 3 ed. Rio de Janeiro: Prentice Hall do Brasil, 1984. KANAANE, Roberto. Comportamento humano nas organizações: o homem rumo ao século XXI. São Paulo: Atlas, 1994. Aula 2: O processo de gestão e sua importância para as organizações Objetivos desta aula 1) Definir o conceito de gestão e gestor; 2) Reconhecer as principais características e componentes organizacionais; 3) Refletir sobre a importância da gestão organizacional no contexto da administração. Estudo dirigido desta aula 1. Leia o texto condutor da aula. 2. Participe do fórum de discussão desta aula. 3. Realize a atividade proposta. 4. Leia a síntese da sua aula. 5. Leia a chamada para a aula seguinte. 6. Realize os exercícios de autocorreção. Olá! Seja bem-vindo à aula O processo de gestão e sua importância para as organizações. Nesta segunda aula, você tomará conhecimento de ideias relacionadas ao termo gestão. Também, abriremos espaço para refletir sobre a importância das organizações na sociedade moderna, conhecendo as principais características e componentes organizacionais. Boa aula! Para iniciar os estudos do tema da segunda aula, vale definirmos alguns conceitos que garantirão o entendimento do contexto do tema. O que é gestão? Embora não seja possível encontrar uma definição universalmente aceita para o conceito de gestão e, por outro lado, apesar deste ter evoluído muito ao longo do último século, existe algum consenso quanto a que este deva incluir, obrigatoriamente, um conjunto de tarefas que se destinem a garantir a utilização eficaz de todos os recursos disponibilizados pela organização, a fim de serem atingidos os objetivos pré-determinados. Por outras palavras, cabe à gestão a otimização do funcionamento das organizações através da tomada de decisões racionais e fundamentadas na coleta e no tratamento de dados, e na produção de informações relevantes, para que, por essa via, logre contribuir para o seu desenvolvimento e para a satisfação dos interesses de todos os seus colaboradores e proprietários, e para a satisfação de necessidades da sociedade em geral ou de um grupo em particular. Gestor O gestor é definido por suas funções no interior da organização: é a pessoa a quem compete a interpretação dos objetivos propostos pela organização e atuar, através do planejamento, da liderança, da direção e do controle, visando atingir os referidos objetivos. O gestor é alguém que desenvolve os planos estratégicos e operacionais que julga mais eficazes para atingir os objetivos propostos, concebe as estruturas e estabelece as regras, políticas e procedimentos mais adequados aos planos desenvolvidos e, por fim, implementa e coordena a execução dos planos através de um determinado tipo de comando (ou liderança) e de controle. Escola Clássica da Gestão A Escola Clássica de Gestão é assim denominada por ter sido a primeira escola de gestão a surgir e a produzir uma literatura específica dedicada às organizações em geral e às empresas em particular. É com a Escola Clássica que são estabelecidos alguns dos princípios em que ainda hoje assenta a gestão, entre os quais: a autoridade exercida de cima para baixo (princípios da escala hierárquica); a organização é um todo, mas deve existir distinção entre as diversas funções (princípio da especialização); para que o comando seja eficaz, o número de subordinados deve ser limitado. Conforme já apontamos na aula anterior, a Escola Clássica apresenta como expoentes máximos dois engenheiros, um americano e outro francês: Frederick W. Taylor e Henri Fayol, respectivamente. Gestão estratégica É um processo gerencial estruturado a partir de um método que privilegia a visão sistêmica da organização inserida em ambientes (incluindo o seu próprio ambiente interno), bem como a participação de suas lideranças no seu desenvolvimento. Gerenciamento É a arte e a ciência de formular,implementar e avaliar linhas de ação multidepartamentais, referentes às interações da organização com seu ambiente, para atingir seus objetivos de longo prazo. A sociedade das organizações Relembrando o que já mencionamos na aula 1, quase tudo o que a sociedade necessita é produzido através de organizações. Vivemos em uma sociedade de organizações, pois nascemos nelas, aprendemos nelas, servimo-nos delas, trabalhamos nelas e passamos a maior parte de nossas vidas dentro delas. Segundo estruturalistas, a sociedade moderna é a sociedade das organizações, das quais as pessoas dependem desde o nascimento até a morte. Retomaremos esse tema com maior profundidade na aula 3. Essas organizações são altamente diferenciadas e requerem determinadas características de personalidade dos seus membros. Sob esse enfoque é que desenvolveremos o tema nesta aula 2. Estruturalistas - Precursores da administração, que propuseram um método analítico e comparativo para estudar os elementos e fenômenos organizacionais. A CONFIGURAÇÃO DAS ORGANIZAÇÕES A tipologia das organizações Não existem duas organizações iguais, elas são diferentes entre si, assim como os indivíduos, que apresentam enorme variabilidade. No entanto, é possível classificá-las em classes ou tipos observando suas características. Baseados na teoria de Etzioni, podemos caracterizar as organizações por: o Divisão de trabalho e atribuição de poder o Centros de poder o Emprego das pessoas A tipologia de Etzioni enfatiza os sistemas psicossociais das organizações. Sua desvantagem é dar pouca atenção à estrutura, à tecnologia utilizada e ao ambiente externo, que são aspectos que precisam ser também analisados do ponto de vista das características organizacionais. Baseia-se exclusivamente nos tipos de controle. Amitai Etzioni é um dos autores mais importantes da Abordagem Estruturalista mais precisamente da Teoria Estruturalista da Administração. Sociólogo e professor das Universidades de Colúmbia e de George Washington (EUA) e membro do Instituto de Estudo de Guerra e Paz. Estudou a integração da organização com a sociedade como um fato social, atuando e agindo na sociedade. Em seu livro "Organizações Modernas" (1964), Etzioni apresenta as conclusões de sua pesquisa sobre os diferentes tipos de organização, classificando-as em três categorias, analisando e comparando o controle e a autoridade: Diferenças de características Como já comentamos, as organizações não são iguais, possuem objetivos e contam com recursos diferentes entre si, atuam em campos distintos. Isto faz com que a gestão de cada uma se caracterize por ênfases distintas. Organizações especialistas Alto nível de especialização das pessoas, predominando autoridade e técnica. Organizações não-especializadas Atividade de produção de bens; definição de objetivos específicos e controle de metas. Organização de serviços Atividades de serviços; as pessoas não são vinculadas à organização, tendo uma atividade temporária que pode ser definida por uma tarefa específica; o vínculo se dá por contrato. De forma bastante sintética, mas que serve ao propósito desta aula, podemos agrupar as organizações em: governamentais, privadas com fins de lucro e privadas sem fins lucrativos. Componentes organizacionais Henry Mintzberg é um renomado acadêmico e autor de diversos livros na área de administração. Ele é PhD pela MIT Sloan School of Management. Atualmente professor na Universidade de Montreal, em Quebec, Canadá, onde leciona desde 1968, após ter concluído seu mestrado em gerência no MIT. É autor muito produtivo, escrevendo sobre estratégia de gerência . É considerado leitura essencial para qualquer um que queira fazer parte do processo de tomada de decisões dentro de sua organização Vários componentes da organização são projetados para que a mesma possa desempenhar suas funções-chave necessárias ao cumprimento dos objetivos organizacionais. Henry Mintzberg sugere que toda organização possui cinco componentes, que podem variar em tamanho e importância, dependendo do ambiente, tecnologia e outros fatores. Baseados nestes componentes podemos definir as estruturas organizacionais. São eles: 1. NÚCLEO TÉCNICO – Inclui os funcionários que realizam o trabalho básico da organização. É nele que ocorre a principal transformação dos insumos em produtos e serviços. 2. SUPORTE TÉCNICO – É responsável pela criação de inovações no núcleo técnico, ajudando a organização a mudar e adaptar-se. 3. SUPORTE ADMINISTRATIVO – É onde se congregam as operações de suporte e conservação da organização. 4. MÉDIA ADMINISTRAÇÃO – Responde pela implementação e coordenação das atividades, bem como pela intermediação entre os níveis técnicos e a alta administração. 5. ALTA ADMINISTRAÇÃO – É a responsável pela direção, estratégia, metas e políticas para toda a organização. Dimensões organizacionais O passo seguinte para o conhecimento das organizações é considerar as dimensões que descrevem traços específicos do projeto ou desenho organizacional. Essas dimensões descrevem a organização quase do mesmo modo que os traços físicos e de personalidade descrevem uma pessoa. Apresenta-se em dois tipos: estruturais e contextuais. Estruturais As dimensões estruturais fornecem rótulos para descrever as características internas. Criam uma base para medir e comparar as organizações. Envolvendo aspectos tais como: volume de documentação, procedimentos, descrição de cargos, regulamentos e manuais (formalização); divisão de trabalho (especialização); organograma (hierarquia); níveis de decisão (centralização); nível de educação formal e treinamento (profissionalismo); alocação de pessoas (pessoal). Contextuais Já as dimensões contextuais envolvem o tamanho, a tecnologia, o ambiente, as metas e estratégias, e a cultura organizacional. As dimensões fornecem uma base para a medição e análise de características e informações significativas. São interdependentes entre si. Constroem um retrato da organização. Sugerimos para aprofundamento deste tópico, que é bastante extenso, mas rico em informações que lhe asseguram uma importância fundamental na construção de seu conhecimento como gestor, a leitura do livro “Gestão Organizacional” de Jayr Figueiredo de Oliveira. Para continuar seu estudo, leia o texto As Mudanças Organizacionais, também disponível na Biblioteca da Disciplina, link Material de Aula. ATIVIDADE PROPOSTA “Menos de uma década atrás, empresas gigantes como a IBM e a General Motors eram o padrão do desenho organizacional: organizações hierárquicas com produção em massa eficiente, regras e regulamentos padronizados e controles rígidos e burocráticos. Entretanto, mudanças ambientais e tecnológicas produziram mudanças revolucionárias no projeto das organizações: achatamento de hierarquias, descentralização da tomada de decisões e diluição dos limites estruturais em múltiplas alianças estratégico- organizacionais. Desde 1990, mais de 75% das grandes companhias alteraram significativamente suas estruturas para torná-las mais flexíveis.” Diante desta rápida exposição, analise, sob o enfoque das abordagens tratadas nesta aula, a experiência das instituições policiais. Leitura complementar ROBBINS, Stephen P. Administração: mudanças e perspectivas. São Paulo: Saraiva, 2001. Sugestão de Links/Fontes http://www.knoow.net/cienceconempr/gestao/organizacao.htm http://teoria.classica.administracao.googlepages.com/Acesse o Fórum de Discussão e opine: “Como o foco nas competências centrais mudou o modo pelo qual as organizações são estruturadas e administradas?” SÍNTESE DA AULA Nesta aula, você: - Debateu as características da organização e identificou os diferentes componentes. Reconheceu a importância da gestão organizacional no contexto da administração. O QUE VEM NA PRÓXIMA AULA Acabamos a segunda aula. Espero que o conteúdo desta aula tenha sido assimilado. Se ainda tiver alguma dúvida, reveja o material estudado e entre em contato com seu tutor. Reveja os pontos mais críticos. Espero que o estudo desta disciplina, como um todo, seja interessante para você. A internalização destes conceitos ajudará você no desempenho de sua atividade de gestor e, como tal, de agente das mudanças. Ao escrever esse material procuramos trazer informações úteis para você. Na próxima aula discutiremos a íntima relação entre as pessoas e as organizações, baseando-nos nos princípios da Teoria das Relações Humanas e da Teoria Comportamental. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS DESTA AULA BERNARDES, C. Teoria geral da administração: a análise integrada das organizações. São Paulo: Atlas, 1993. DRUCKER, Peter. Sociedade pós-capitalista. 6 ed. São Paulo : Pioneira, 1997. ETZIONI, A. Organizações modernas. 8 ed. São Paulo: Pioneira, 1989. HALL, Richard. Organizações: estruturas e processos. 3 ed. Rio de Janeiro: Prentice Hall do Brasil, 1984. KANAANE, Roberto. Comportamento humano nas organizações: o homem rumo ao século XXI. São Paulo: Atlas, 1994. Aula 3: Relação indivíduos e organizações Objetivos desta aula 1) Entender a relação dos indivíduos e as organizações; 2) Reconhecer as teorias das relações humanas e comportamentais como baluartes da relação indivíduo e organizações; 3) Conhecer a contribuição dos precursores de ambas as teorias; 4) Compreender a importância dos estudos dos temas comportamentais para o perfeito entendimento da relação indivíduo e organizações. 5) Identificar a relação entre a hierarquia das necessidades humanas e das necessidades organizacionais; 6) Conhecer e diferenciar os conceitos de empregabilidade e empresabilidade. Estudo dirigido desta aula 1. Leia o texto condutor da aula. 2. Participe do fórum de discussão desta aula. 3. Realize a atividade proposta. 4. Leia a síntese da sua aula. 5. Leia a chamada para a aula seguinte. 6. Realize os exercícios de autocorreção. Olá! Seja bem-vindo à aula Relação indivíduos e organizações. Aprofundando o tema, nesta aula, iremos focar a relação simbiótica que se estabelece no mundo contemporâneo entre os indivíduos e as organizações, tendo como pano de fundo os princípios da Teoria das Relações Humanas e Comportamentais. Como já vimos nas aulas anteriores, por diversos motivos, as organizações são elementos necessários à vida civilizada. A partir dos estudos de Elton Mayo, que contrariou as Teorias Clássicas, é que se começa a pensar na participação dos funcionários na tomada de decisões e na disponibilização das informações acerca da empresa na qual eles trabalhavam. Boa aula! Introdução Dando início à exposição das ideias que queremos enfatizar, apresentamos Stoner & Freeman, dois autores que ressaltam alguns aspectos relativos ao papel das organizações na vida de qualquer indivíduo. Segue breve explanação desses comentários: STONER, James A; FREEMAN, R Edward. Administração. Rio de Janeiro: LTC – Livros Técnicos e Cientificos, 1999, p 4-5. As organizações atendem necessidades da sociedade – dada à complexidade que circunda a vida das pessoas, principalmente daquelas que habitam as grandes cidades, é inquestionável o papel desempenhado pelas organizações sociais, sob vários aspectos, seja em saúde, educação, transporte, geração de empregos, lazer, dentre outros serviços que as mesmas prestam. As organizações alcançam objetivos – as organizações com a participação de seus colaboradores, em diversos setores da atividade humana, permitem a realização de objetivos dificilmente alcançáveis, caso fossem almejados por indivíduos de forma isolada. As organizações mantêm o conhecimento – através de universidades, museus e corporações, todo o conhecimento adquirido pela humanidade é preservado e transmitido para as presentes e futuras gerações. As organizações oferecem carreiras – além de atingirem objetivos organizacionais, promovem o alcance de objetivos individuais e, de acordo com o desempenho de seus administradores, facilitam seu crescimento profissional. A ADMINISTRAÇÃO DAS RELAÇÕES HUMANAS A perspectiva centrada nas relações humanas trouxe uma visão voltada para a reformulação dos princípios e formas de administrar uma organização. Ela nasce da necessidade de corrigir a forte tendência à desumanização no trabalho. Os antigos conceitos clássicos de autoridade, hierarquia, racionalização do trabalho e outros, passam a ser duramente questionados. Os estudos da nova teoria combinam recomendações de dimensionamento de tarefas com reflexões que valorizam a motivação. A Teoria das Relações Humanas, ou Escola das Relações Humanas, é um conjunto de teorias administrativas que ganhou força com a Grande Depressão, precipitada na quebra da Bolsa de Valores de Nova Iorque, em 1929. Essas teorias criaram novas perspectivas para a administração, visto que buscavam conhecer as atividades e sentimentos dos trabalhadores e estudar a formação de grupos. Até então, o trabalhador era tratado pela Teoria Clássica, de forma muito mecânica. Com os novos estudos, o foco mudou e, do Homo economicus, o trabalhador passou a ser visto como um ser social. Experiências realizadas por Elton Mayo e sua equipe propiciaram um cenário favorável à introdução desta nova abordagem, para a solução dos problemas de administração. Está focalizada no processo de motivar os indivíduos para a consecução das metas organizacionais. A Experiência de Hawthorne foi uma experiência em uma fábrica da Wester Eletric Company, situada em Chicago, no bairro de Hawthorne e cuja finalidade era a de determinar a relação entre a intensidade da iluminação e a eficiência dos operários medidas através da produção. A experiência foi coordenada por Elton Mayo, e estendeu-se à fadiga, acidentes no trabalho, rotatividade do pessoal (turnover) e ao efeito das condições de trabalho sobre a produtividade do pessoal. Georges Elton Mayo – cientista social australiano – chefiou uma experiência em uma fábrica da Western Eletric Company, situada em Chicago, no bairro de Hawthorne. Esta experiência caracterizou-se como um movimento de resposta contrária à Abordagem Clássica da Administração, considerada pelos trabalhadores e sindicatos como uma forma elegante de explorar o trabalho dos operários para benefício do patronato. Na época, a alta necessidade de se humanizar e democratizar a Administração nas frentes de trabalho das indústrias, aliado ao desenvolvimento das ciências humanas – psicologia e sociologia, dentre outras – e as conclusões da Experiência de Hawthorne fez brotar a Teoria das Relações Humanas. A TEORIA COMPORTAMENTAL A Teoria Comportamental marca a mais profunda influência das ciências do comportamento na administração. Para muitos, representa a aplicação da psicologia organizacional à administração. Esta teoria se assenta em novas proposições acerca da motivação humana, notadamente nas contribuições de McGregor, Maslow e Herzberg. Os precursores da administração comportamental verificaramque o gerente precisa conhecer os mecanismos motivacionais para poder dirigir adequadamente as pessoas. A reciprocidade entre os indivíduos e as organizações e suas relações de intercâmbio são importantes para o estudo das organizações. E constituem o foco desta aula. Nas organizações existem sempre conflitos. Entre eles destacamos aqueles decorrentes da dicotomia entre os objetivos individuais e os objetivos organizacionais. Na medida em que as organizações pressionam para alcançar os seus objetivos, elas privam os indivíduos da satisfação de seus objetivos pessoais, e vice-versa. Uma das primeiras contribuições do modelo comportamental foi formulada por Abraham Maslow, que, por meio de sua Teoria da Hierarquia das Necessidades, dispõe as necessidades humanas em cinco patamares. Neste contexto, onde nosso foco de estudo é a inter-relação entre as pessoas e as organizações, cabe-nos salientar que podemos definir um paralelo entre as necessidades humanas e as da organização, respeitando a mesma sequência de progressão ao status superior. É certo, portanto, afirmar que como o ser humano, uma organização supera cada patamar em busca da excelência. Este é um tema bastante interessante. Outros estudiosos desenvolveram teorias que podem nos ajudar a entender essa relação indivíduo – organização. Convidamos você a ampliar seus conhecimentos dedicando leitura aos livros Autorrealização A teoria de Maslow é conhecida como uma das mais importantes teorias de motivação. Para ele, as necessidades dos seres humanos obedecem a uma hierarquia, ou seja, uma escala de valores a serem transpostos. Isto significa que no momento em que o indivíduo realiza uma necessidade, surge outra em seu lugar, exigindo sempre que as pessoas busquem meios para satisfazê- la. Poucas ou nenhuma pessoa procurarão reconhecimento pessoal e status se suas necessidades básicas estiverem insatisfeitas. indicados nas referências bibliográficas e também através da participação no fórum. É importante assinalar, todavia, que as teorias aqui expostas não dialogam – ou o fazem precariamente - com concepções oriundas de algumas áreas disciplinares muito relevantes, como a antropologia e a psicanálise, o que possivelmente importe em significativos reducionismos. Por isso, recomenda-se sempre cautela na apropriação dos ensinamentos, para que eles sirvam aos propósitos específicos e imediatos, mas não suscitem, precipitadamente, generalizações simplificadoras e jamais substituam reflexões mais profundas e consistentes produzidas em áreas distintas do conhecimento. ATIVIDADE PROPOSTA Acesse o artigo em http://www.universia.com.br:80/materia/materia.jsp?materia=4617 e discuta o mercado de trabalho tendo em mente o que a autora nos apresenta no artigo. Utilize nosso espaço de discussão para ampliar seus conhecimentos e discutir a respeito da seguinte abordagem: “É muito importante ressaltar, todavia, que estes profissionais empregáveis com certeza serão mais exigentes e vão querer espaço e crescimento nas empresas onde estiverem alocados”. Para continuar seu estudo, leia os textos A interrelação entre pessoas e organizações e Empregabilidade: uma exigência profissional, também disponíveis na Biblioteca da Disciplina, link Material de Aula. Acesse o Fórum de Discussão e opine: “Nossas organizações de Segurança Pública estão preparadas para esta nova demanda de profissionais e clientes cada vez mais exigentes? Estão preparadas para atuar nesse novo modelo de sociedade?”. Sugestão de textos de leitura complementar ROBBINS, Stephen P. Administração: mudanças e perspectivas. São Paulo: Saraiva, 2001. Sugestão de Links/Fontes http://www.universia.com.br:80/materia/materia.jsp?materia=4617 http://www.rh.com.br/Portal/Qualidade_de_Vida/Artigo/5038/gestao-da- empresa-e-da-vida-um-tenue-equilibrio-entre-meios-e-fins.html SÍNTESE DA AULA Nesta aula, você: - Conheceu os fundamentos das teorias comportamentais, debateu as linhas teóricas como sendo pano-de-fundo para o entendimento da relação simbiótica estabelecida entre as pessoas e as organizações e identificou o paralelo entre a Hierarquia das Necessidades Humanas e das Necessidades das Organizações; - Refletiu sobre os conceitos de Empregabilidade e Empresabilidade. O QUE VEM NA PRÓXIMA AULA Chegamos ao fim da primeira parte de nossa disciplina. Aproveite o momento e revisite os conceitos. Identifique se há alguma dúvida a respeito deles. Utilize- se dos espaços de discussão e aprofundamento do conteúdo para dirimir tais dúvidas. A seguir, teremos oportunidade de conhecer os principais aspectos relacionados à gestão. A aula 4 será dedicada à apresentação do tema Comportamento Organizacional. Convidamos você a mergulhar no universo do ambiente organizacional buscando entender o funcionamento das organizações. Tenha sempre em mente que todo o conteúdo desta disciplina está voltado para ajudar você em sua formação como gestor e como promotor das transformações no universo da Administração Pública. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS DESTA AULA KANAANE, Roberto. Comportamento humano nas organizações: o homem rumo ao século XXI. São Paulo: Atlas, 1994. CHIAVENATO, Idalberto. Introdução à teoria geral da administração. 3 ed. São Paulo: McGraw-Hill do Brasil, 1983. Aula 4: Comportamento organizacional Objetivos desta aula 1) Identificar Comportamento Organizacional como de fundamental importância para a compreensão de uma efetiva Gestão Estratégica; 2) Compreender a importância dos estudos dos temas comportamentais para o perfeito entendimento da relação indivíduo e organizações. Estudo dirigido desta aula 1. Leia o texto condutor da aula. 2. Participe do fórum de discussão desta aula. 3. Realize a atividade proposta. 4. Leia a síntese da sua aula. 5. Leia a chamada para a aula seguinte. 6. Realize os exercícios de autocorreção. Olá! Seja bem-vindo à aula Comportamento organizacional. Esta aula será dedicada à apresentação do tema Comportamento Organizacional. Convidamos você a mergulhar no universo do ambiente organizacional buscando o entendimento de como as organizações funcionam. É um campo de estudo empenhado em entender, explicar e predizer (e mudar) o comportamento humano, tal como ocorre no contexto das organizações, assim como o comportamento organizacional na criação e sustentação de uma margem competitiva. Na análise específica do comportamento da organização Segurança Pública, um dos objetivos será contribuir para a ampliação das discussões sobre a melhoria da qualidade na prestação do serviço de segurança pública, sob o ponto de vista da dinâmica organizacional. Ou seja, desejamos que a aula ofereça instrumentos para compreender como nossas organizações de segurança pública se comportam e o que poderia ser feito para torná-las bem-sucedidas. Bom estudo! Dando continuidade à atualização de seus conhecimentos acerca de gestão estratégica e motivando-os a entender as práticas gerenciais, contextualizando-as e estimulando sua adoção, para favorecer à modernização das organizações de Segurança Pública, a presente aula tem como objetivo apresentar a importância do estudo do Comportamento Organizacional. Trata- se de tema indispensável à sua formação como gestor público. Em outros tempos, os autores e especialistas se preocupavam em estudar as organizações apenas baseando-seem suas estruturas e aspectos econômico- financeiros, para apresentar formas ou arquiteturas mais adequadas. Assim, durante décadas, o estudo das organizações ficou restrito a seu conteúdo e formatação. O objetivo era estruturar as organizações para que fossem eficientes e pudessem durar a vida toda. Embora, necessário, hoje isso não é mais suficiente. Em um mundo marcado por mudanças e incertezas, o mais importante é conhecer a dinâmica organizacional, ou seja, é saber como as organizações se comportam e se tornam bem-sucedidas. Por que isso? Porque o mundo atual está repleto de organizações, com as quais estamos sempre em contato. Vivemos e trabalhamos nas organizações ou com elas. Dependemos delas para grande parte das atividades fundamentais em nossas vidas, como trabalhar, cuidar da saúde, estudar, comprar, alugar, financiar, dirigir, abastecer o carro, usar estradas, cruzar semáforos, descansar, etc. Enfim, praticamente tudo o que fazemos está, de alguma forma, ligado às organizações. Por todos esses motivos, é preciso conhecê-las melhor. Como são e como funcionam. Como se tornam bem-sucedidas. Como crescem e se desenvolvem. Como inovam e se reinventam constantemente. Tanto faz estarmos dentro ou fora delas, o importante é que fazem parte de nossas vidas. Pertencemos simultaneamente a muitas delas, em razão de trabalho, profissão, estudos, religião, política, esportes, divertimento, cidadania, filantropia, etc. E quase sempre são essas organizações que nos possibilitam alcançar nossos objetivos individuais (dinheiro, conhecimento, sucesso profissional, carreira, competência, segurança, status, prestígio). Você sabe o que é comportamento organizacional? Muito já falamos sobre o fato de as organizações exercerem uma função considerável na vida do ser humano, porque modelam o comportamento dos respectivos membros, podendo influenciar as necessidades e motivações dos indivíduos. Isso ocorre em distintas organizações, ou em grupos na mesma organização. Caracterizam-se de forma diferenciada por seus aspectos, sua complexidade e o empenho em superar as pressões sociais, econômicas, culturais, tecnológicas e políticas. Uma vez que organizações são formadas por pessoas, é necessário estudar também seus comportamentos. O modo como o grupo realiza essa tarefa é importante. Os esforços conjuntos e as estratégias de várias pessoas são diferentes dos esforços e estratégias individuais. A organização é um grande grupo ou são vários grupos reunidos para realizar uma série de tarefas. Portanto, podemos entender o estudo do Comportamento Organizacional como a análise sistemática do comportamento humano focando ações e atitudes de indivíduos e grupos no ambiente das organizações, no intuito de alcançar Nesta aula, vamos refletir sobre Comportamento Organizacional, isto é, como as organizações funcionam, desenvolvem estratégias e alcançam resultados, contribuem para o bem-estar da sociedade e da comunidade, produzem e distribuem riqueza, abrigam pessoas que nelas trabalham e proporcionam o dinamismo das nações. produtividade, reduzir o absenteísmo e a rotatividade, e promover a cidadania organizacional. Conceito O estudo do comportamento organizacional é, enfim, o exame dos princípios, conceitos e técnicas que afetam as organizações. Em geral, este estudo abrange os estilos de liderança, as teorias motivacionais, a estruturação organizacional, os sistemas e práticas gerais, o perfil das funções e a cultura da organização. Finalidade As finalidades do estudo do comportamento organizacional correspondem à explicação, previsão e controle do comportamento humano. Explicação A explicação refere-se à identificação das causas ou razões que impulsionaram determinados fatos/acontecimentos/fenômenos. Previsão A previsão está direcionada para eventos futuros, estabelecendo os resultados que provavelmente decorreriam de uma ação específica. Controle O controle apresenta-se como um objetivo controverso, pois traz consigo a dificuldade de monitorar o comportamento do ser humano, o qual é integrante fundamental das organizações. O controle implica na contribuição mais valiosa que o comportamento organizacional pode proporcionar ao trabalho, tornando-o eficaz. Embora, a abordagem do Comportamento Organizacional seja eclética, a maioria dos estudos coloca ênfase especial nos aspectos humanos do trabalho e nas influências mútuas entre as estruturas e os sistemas da organização e o fator humano. Firmado o conceito e a finalidade podemos dizer que a problemática do comportamento organizacional (CO) é um campo de estudo por meio do qual se pode entender, explicar, predizer e mudar o comportamento humano, tal como se manifesta no contexto das organizações. É um estudo de importância crescente na formação do gestor, possibilitando a formação de uma visão da administração como processo. Foca as pessoas, grupos e suas interações nas estruturas organizacionais. Engloba conceitos de psicologia, sociologia e administração, entre outras disciplinas. Atua como uma ciência aplicada e representa a convergência gradual das diversas escolas de pensamento. Aprofundando a pesquisa sobre o conceito, podemos observar que o mesmo se baseia numa abordagem integradora, combinando o desenvolvimento técnico/conceitual (cognitivo) com o aprendizado natural (habilidades interpessoais). Definição de Comportamento Organizacional 1. O CO focaliza os comportamentos observáveis e também as ações internas ao sujeito, como pensar e perceber, assim como aquelas que, transcorrendo na esfera subjetiva, produzem, entretanto, imediatas consequências práticas. Exemplo: decidir. 2. O CO estuda o comportamento das pessoas como indivíduos e como membros de grupos e organizações. 3. O CO analisa o “comportamento” das unidades sociais mais amplas (grupos e organizações). Grupos e organizações não se comportam da mesma maneira que os indivíduos. 4. O CO focaliza quatro tipos de comportamento: o Produtividade o Absenteísmo o Rotatividade o Cidadania organizacional 5. Preocupa-se com a satisfação no trabalho, associada à eficiência e eficácia. Para melhor compreensão de seus objetos, subdividiu-se em três subareas, cujos âmbitos de abrangência se estendem do indivíduo ao grupo. Comportamento micro-organizacional O comportamento micro-organizacional estuda o comportamento individual dentro de uma organização. Pertencem a essa área as questões relativas à habilidade individual, motivação e satisfação. Comportamento meso-organizacional O comportamento meso-organizacional procura compreender o comportamento das pessoas que trabalham juntas, em equipe e grupo. Estuda questões como liderança, socialização e dinâmica de grupo. Comportamento macro-organizacional Trata de questões como a estrutura e o status social, o conflito, a negociação, a competição, a eficiência e as influências culturais e ambientais. Apresenta como principais variáveis: - Estrutura; - Clima e cultura organizacional; - Ambiente de trabalho; - Planejamento; - Habilidades interpessoais. PRINCIPAIS OPORTUNIDADES E DESAFIOS NO USO DOS CONCEITOS. 1. Ajudar os funcionários a alcançar o equilíbrio entre a vida pessoal e a profissional: - Atenuar a confusão entre a vida profissional e a pessoal; - Observar e estudar a práticado teletrabalho, como uma possibilidade de maior flexibilidade para que possam compatibilizar os assuntos profissionais e pessoais. 2. Orientar o planejamento de ambientes de trabalho que ajudem o administrador a enfrentar conflitos. 3. Estimular a inovação e a mudança: Organizações bem-sucedidas precisam encorajar a inovação e dominar a arte da mudança para expressar sua competitividade. O desafio enfrentado pelos gestores é estimular a criatividade e a tolerância à mudança. 4. Fornecer orientações importantes para o entendimento de um mundo profissional em mudança contínua, visando a superação da resistência à inovação e a criação de uma cultura organizacional adequada, gerenciando de forma eficaz a “temporariedade”. Os indivíduos, principalmente no exercício de suas funções profissionais, precisam aprender a lidar com a temporariedade, bem como a conviver com a flexibilidade, a espontaneidade e a imprevisibilidade. 5. Um grande desafio é ser um agente motivador dos trabalhadores e manter a competitividade global das organizações. 6. Melhorar o comportamento ético, criando um clima eticamente saudável para seus funcionários, no qual eles possam realizar seu trabalho com produtividade e com um mínimo de ambiguidade em relação ao que sejam comportamentos certos ou errados. Cultura Organizacional Toda organização tem a sua cultura própria que inclui formalidade nas regras, formas de comunicação, estilos gerenciais, formas de tratamento dos funcionários, benefícios, etc. Dá-se o nome de cultura organizacional ao modo de vida próprio que cada organização desenvolve em seus participantes. A cultura organizacional repousa sobre um sistema de crenças e valores, tradições e hábitos, uma forma aceita e estável de interações e de relacionamentos sociais típicos de cada organização. A cultura de uma organização não é estática e permanente, mas sofre alterações ao longo do tempo, dependendo de condições internas ou externas. Algumas organizações conseguem renovar constantemente sua cultura mantendo a sua integridade e personalidade, enquanto outras permanecem com sua cultura amarrada a padrões antigos e ultrapassados. A Cultura Organizacional nasce da visão do fundador e vai sendo desenvolvida nas sucessivas interações cotidianas, em geral, mais informais que formais. Todo esse conjunto de comportamentos deve ser continuamente observado, analisado e aperfeiçoado para que resultem motivação e produtividade. Para mudar a cultura organizacional, a organização precisa ter capacidade inovadora. Teremos oportunidade na próxima aula de discutir um pouco mais sobre a questão das mudanças e os impactos que ela promove na cultura de uma organização. CLIMA ORGANIZACIONAL O termo clima organizacional refere-se especificamente às propriedades motivacionais do ambiente organizacional, aspectos internos da empresa que levam à provocação de diferentes espécies de motivação nos seus participantes. Está intimamente relacionado com o grau de motivação e satisfação. O clima organizacional depende das condições econômicas da empresa, do estilo de liderança utilizada, das políticas e valores existentes, da estrutura organizacional, das características e da participação das pessoas na empresa, da natureza do negócio e do estágio de vida da empresa. Na evolução da área de gestão estratégica, atualmente contamos com alguns instrumentos que podem nos ajudar a conhecer um pouco mais a organização por dentro, capazes de desenhar um retrato interno. A pesquisa de Clima Organizacional é uma destas poderosas ferramentas. A pesquisa não aponta os Sugerimos a leitura complementar sobre tão rico assunto através dos links disponíveis ao final da aula. modos institucionalizados de agir e de pensar. A pesquisa objetiva mapear o ambiente interno que varia segundo a motivação dos agentes. Capta suas reações imediatas, suas satisfações e suas insatisfações pessoais. Desenha um diagnóstico dos problemas da situação do trabalho do ponto de vista dos colaboradores. Com os dados formamos um conjunto de informações que nos permitem criar soluções relativas à sobrevivência, à manutenção e ao crescimento da organização. A pesquisa de Clima deve sempre estar coerente com o planejamento estratégico da organização, propondo sempre, em seu fechamento, um Plano de Ação, que traçará as principais diretrizes de ação frente aos dados obtidos. ATIVIDADE PROPOSTA O vídeo é um trailer sobre o filme Tropa de Elite. Utilizando-se da história, identifique os principais pontos que caracterizam a cultura organizacional da instituição Polícia Militar do Rio de Janeiro e como eles impactam no processo de modernização. Considerando que o estudo do comportamento organizacional propicia o conhecimento necessário para resolver problemas motivacionais de produtividade e fornece aos gerentes orientação para realizar as escolhas mais apropriadas e alcançar a maior efetividade, como uma organização de Segurança Pública deve fazer para garantir maior efetividade da sua finalidade precípua? Como o conhecimento sobre o comportamento organizacional pode ajudar? Acesse o Fórum de Discussão e opine. TRAILER DO FILME TROPA DE ELITE http://www.youtube.com/watch?v=_V _nZNWPYQk Sugestão de livros para leitura complementar: FRANÇA, A. C. L. Comportamento Organizacional: Conceitos e Práticas. São Paulo: Editora Saraiva, 2006. DUBRIN, Andrew J. Fundamentos do comportamento organizacional. São Paulo: Thomson, 2006. VÍDEOS http://www.youtube.com/watch?v=2WkazAAuKnk&feature=related http://www.youtube.com/watch?v=KB4Sy99u2N8&feature=related http://www.youtube.com/watch?v=1FrP4KkEJ8I&feature=related http://www.youtube.com/watch?v=GmzhOJZR92s&feature=related http://www.youtube.com/watch?v=0-NGoIq18IQ&feature=related Sugestão de Links/Fontes www.rh.com.br LEITURAS COMPLEMENTARES http://www.scielo.br/pdf/epsic/v7nspe/a03v7esp.pdf http://www.sosestudante.com/administracao/cultura-organizacional.html http://www.administradores.com.br/artigos/cultura_organizacional/21588/ http://www.administradores.com.br/noticias/os_sinais_de_desmotivacao_no_t rabalho/25886/ SÍNTESE DA AULA Nesta aula, você focalizou os seguintes tópicos: - A importância do estudo do comportamento organizacional para a gestão. - Todo gestor deve estar atento ao comportamento organizacional. - O foco do comportamento organizacional: Ser Humano Uno e Múltiplo. - Evolução do mundo+evolução dinâmica e gradativa das organizações = Comportamento Organizacional. O QUE VEM NA PRÓXIMA AULA Nos dias de hoje, as organizações orgânicas estão impondo um novo e diferente padrão de comportamento às pessoas: um comportamento criativo e inovador. Em nossa próxima aula, discutiremos as influências e a necessidade de se conviver com o dinamismo do mundo moderno que nos impõe comportamentos como flexibilidade e adaptabilidade e impulsiona o mundo organizacional a mudanças constantes. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS DESTA AULA CHIAVENATO, Idalberto. COMPORTAMENTO ORGANIZACIONAL: A DINÂMICA DO SUCESSO DAS ORGANIZAÇÕES. Editora Campus. ROBBINS, STEPHEN P. ADMINISTRAÇÃO - MUDANÇAS E PERSPECTIVAS. ROBBINS, STEPHEN P. FUNDAMENTOS DO COMPORTAMENTO ORGANIZACIONAL- Prentice-Hall. KANAANE, Roberto. COMPORTAMENTO HUMANO NAS ORGANIZAÇÕES: o homem rumo ao século XXI. São Paulo:Atlas, 1994. Aula 5: Processos de mudanças - Inovação organizacional Objetivos desta aula 1) Identificar os principais fatores e impactos da mudança organizacional; 2) Reconhecer as forças propulsoras e a importância do papel da gerência no processo de mudança organizacional; 3) Compreender o papel da inovação e da criatividade no processo de mudança organizacional. Estudo dirigido desta aula 1. Leia o texto condutor da aula. 2. Participe do fórum de discussão desta aula. 3. Realize a atividade proposta. 4. Leia a síntese da sua aula. 5. Leia a chamada para a aula seguinte. 6. Realize os exercícios de autocorreção. Olá! Seja bem-vindo à aula Processos de mudanças - inovação organizacional. Esta aula objetiva o estudo do processo de mudança no contexto das organizações, além de algumas ferramentas de gestão, seus conceitos e aplicabilidades visando sua formação como Gestor Público. Bom estudo! Tendo como pano de fundo a música de Lulu Santos, mergulharemos nessa aula, no complexo tema do processo de mudança no contexto das organizações. A mudança é uma realidade organizacional. Lidar com ela é uma parte fundamental do trabalho de todo gestor. Toda ação no ambiente das organizações são impactadas por forças que podem ser oriundas do ambiente externo, da mesma forma como situações internas influenciam. Nossa proposta é através da reflexão potencializá-lo a para ser um agente transformador e multiplicador do movimento de mudanças. O ambiente que envolve as organizações é extremamente dinâmico, exigindo delas uma elevada capacidade de adaptação como condição básica de sobrevivência. O processo de mudança organizacional é uma realidade e lidar com ela é uma parte fundamental do trabalho gerencial. Começa com o aparecimento de forças que tanto podem vir de fora como de dentro da organização. Nesta aula, vamos conhecer um pouco sobre essa característica do ambiente organizacional e, possivelmente, quando chegarmos ao final, perceberemos que alguma coisa já mudou. “Tudo muda o tempo todo no mundo... Não adianta fugir... Nem mentir pra si mesmo agora... Há tanta vida lá fora... “ A mudança está em toda parte: nas organizações, nas pessoas, nos clientes, nos produtos e serviços, na tecnologia, no tempo e no clima. A mudança representa a principal característica dos tempos modernos. É tida como processo natural ao longo da existência das organizações. Mudança, em qualquer esfera, significa a passagem de um estado para outro diferente. É a transição de uma situação para outra. A mudança envolve transformação, interrupção, perturbação, ruptura, dependendo da sua intensidade. MUDANÇA ORGANIZACIONAL "Nada do que foi será... De novo do jeito que já foi um dia... Tudo passa...Tudo sempre passará...A vida vem em ondas... Como um mar... Num indo e vindo infinito... Tudo que se vê não é... Igual ao que a gente viu há um segundo... Tudo muda o tempo todo no mundo... Não adianta fugir... Nem mentir pra si mesmo agora... Há tanta vida lá fora... Aqui dentro sempre... Como uma onda no mar!". Ao compor a letra da música “Como uma onda no mar”, talvez o letrista Nelson Motta, parceiro do compositor Lulu Santos, nem imaginasse que sua inspiração É por isso que nos dias de hoje as organizações orgânicas estão impondo um novo e diferente padrão de comportamento das pessoas: um comportamento criativo e inovador. Em nossa aula, discutiremos as influências e a necessidade de se conviver com o dinamismo do mundo moderno que nos impõe comportamentos como flexibilidade e adaptabilidade e que impulsionam o mundo organizacional a mudanças constantes. fosse retratar tão bem a realidade das organizações, em um futuro não muito distante. Diante do fenômeno da Globalização, as organizações vivem uma gigantesca onda e tudo muda, o tempo todo. E não adianta fugir, pois quem optar pelo comodismo certamente perderá espaço para a concorrência inovadora. Mudar e acompanhar o novo viraram sinônimos de sobrevivência num mercado literalmente acirrado. Tudo seria relativamente simples se as empresas tivessem apenas que adquirir novas tecnologias. Mas, não é isso que ocorre na prática. As organizações são formadas por pessoas e cada uma dessas, por sua vez, apresenta competências e vivências diferenciadas. São as pessoas que fazem as coisas acontecerem dentro de uma empresa. Se as pessoas estiverem dispostas a aceitar as novas regras, tudo pode se tornar mais fácil. O papel do líder é fundamental para levar a organização para onde se deseja sem tantos danos, sem tanta resistência. Muitos fatores impactam de forma negativa em um processo de mudança organizacional. Resistência às mudanças e o pessimismo em relação ao futuro são os principais. Quase toda mudança na cultura de uma organização gera desconforto, porque faz com que as pessoas questionem o sucesso do projeto de mudança. Elas dizem: “isso não vai dar certo, eu já vi isso acontecer em outro lugar.” Essa resistência às mudanças acontece porque todos nós precisamos de algum nível de certeza para viver com qualidade. O reflexo negativo é que muitas pessoas passam a vida lutando contra as mudanças, seja no âmbito pessoal ou profissional. Ter uma rotina no qual você possa se apoiar é importante, mas não é isso que faz as pessoas crescerem. PROCESSO DE MUDANÇA O processo de mudança é, em muitos casos, visto pelas pessoas com muita preocupação. Primeiro porque afeta o seu status quo, mexe com suas acomodações, põe em jogo toda a eficiência do seu conhecimento. Segundo, porque está muito difícil para as empresas conseguirem, no processo de mudança, informar o significado dela, para onde estão indo, o que exatamente precisam fazer para que a mudança aconteça e, principalmente, o que as pessoas ganham com isso. A falta de informação é um dos vilões do processo de mudança. A efetividade de um processo de mudança quer uma política de informação coerente e eficaz. Com informações seguras, criam-se aliados que aceitam as responsabilidades e se tornam um agente transformador da mudança. O que sabemos sobre mudança é que o que preocupa muito os empregados é a falta de informação. Se o empregado não tem informação, ele se preocupa e não quer aceitar de forma alguma responsabilidades na mudança. Mas se ele tem informações seguras, precisa aceitar responsabilidades para se tornar um agente transformador da mudança. O agente de mudança detém o papel de quem ajuda a fazer acontecer a mudança. A mudança é a lei da vida. E aqueles que apenas olham para o passado ou para o presente irão com certeza perder o futuro. John Kennedy Toda mudança organizacional demanda quebra de paradigmas. Mudar a cultura organizacional e implantar uma nova filosofia de trabalho é o grande desafio. A principal característica é que todos estejam preparados e abertos às mudanças e vejam as transformações como novas oportunidades de aprender algo novo. O processo de mudança ocorre dentro de um campo de forças que atuam dinamicamente em vários sentidos. De um lado, existem forças positivas de apoio e suporte à mudança e, de outro lado, forças negativas de oposição e resistência à mudança. Em toda organização existe uma balança dinâmica de forças positivas que apoiam e impulsionam a mudança e de forças negativas que restringem e impedem a mudança. O sistema
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