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CAIO - Plalnilha - Internacional

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Tribunal
	Inform / Súm
	Tema
	Jurisprudência
	 
	 
	 
	 
	
	
	
	DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	
	
	
	DIREITO INTERNACIONAL / SUJEITOS / FONTES
	 
	 
	 
	 
	 
	Questão TRF1
	 
	A) A ONU e a Organização dos Estados Americanos são consideradas, quanto à estrutura jurídica, organizações supranacionais, na medida em que assumem atribuições específicas dos Estados, restringindo parte de seu poder soberano.
(E) – GABARITO PRELIMINAR
-são consideradas organizações intergovernamentais.
	 
	Questão TRF1
	 
	E) No âmbito do direito das gentes, denomina-se originária a personalidade jurídica das organizações, e derivada, a dos Estados.
(E) – GABARITO PRELIMINAR
-personalidade jurídica dos Estados é originária, e a personalidade das organizações é derivada.
	
	Questão CESPE - AGU/2012
	
	De acordo com a Corte Internacional de Justiça, as disposições da Declaração Universal dos Direitos Humanos, de caráter costumeiro, estabelecem obrigações erga omnes". - ERRADO
Parece que o gabarito está incorreto, na medida em que, como se sabe, a Declaração Universal dos Direitos Humanos consagra normas consuetudinárias universalmente reconhecidas em matéria de direitos humanos e, como tal, integra o jus cogens internacional (o conjunto de normas imperativas de Direito Internacional, aplicáveis a toda a comunidade internacional).
 
Assim entende a doutrina internacionalista. Vejamos:
 
"A isso se pode acrescentar que a Declaração Universal, por ser a manifestação das regras costumeiras universalmente reconhecidas em relação dos direitos humanos, integra as normas de jus cogens internacional, em relação às quais nenhuma derrogação é permitida, a não ser por norma de jus cogens posterior da mesma natureza, por deterem uma força anterior a todo direito positivo" (MAZZUOLI, Valerio. Curso de Direito Internacional Público, 2ª ed., 2007, RT, p. 714)
 
"Parece haver uma ampla maioria, se não um relativo consenso, no sentido de que as disposições da Declaração Universal dos Direitos Humanos, por serem regras consuetudinárias universalmente aceitas e reconhecidas, fazem parte do jus cogens e têm caráter erga omnes, só sendo permitida sua derrogação por norma posterior da mesma natureza". (BRAGA, Marcelo Pupe. Direito Internacional, 2ª ed., 2010, Ed. Método, p.287)
 
Cumpre observar, ademais, que as normas do jus cogens estão além da vontade ou do acordo de vontades dos sujeitos de Direito Internacional, razão pela qual não se pode delas dispor mediante consentimento criativo. Jorge Miranda, inclusive, assevera que o jus cogens possui força jurídica superior aos demais princípios e preceitos de Direito Internacional e tem eficácia erga omnes (MIRANDA, Jorge. Curso de Direito Internacional Público, 3ª, 2006, Ed. Principia, pp. 127-128).
	 
	 
	 
	 
	
	
	
	TRATADOS INTERNACIONAIS
	 
	 
	 
	 
	 
	Questão TRF1
	 
	A) Os tratados que, concluídos pelos membros da ONU, não tenham sido devidamente registrados e publicados no secretariado desse organismo internacional não podem ser invocados, pelas partes, perante qualquer órgão da organização.
(C) – GABARITO PRELIMINAR
Carta da Onu Artigo 102
1. Todo tratado e todo acordo internacional, concluídos por qualquer Membro das Nações Unidas depois da entrada em vigor da presente Carta, deverão, dentro do mais breve prazo possível, ser registrados e publicados pelo Secretariado.
2. Nenhuma parte em qualquer tratado ou acordo internacional que não tenha sido registrado de conformidade com as disposições do parágrafo 1º deste Artigo poderá invocar tal tratado ou acordo perante qualquer órgão das Nações Unida
	 
	Questão TRF1
	 
	B) Por criarem ou modificarem situações jurídicas objetivas, os tratados somente produzem efeitos entre as partes.
(E) – GABARITO PRELIMINAR
Convenção de Viena sobre direito dos tratados - Artigo 35 - Tratados que Criam Obrigações para Terceiros Estados Uma obrigação nasce para um terceiro Estado de uma disposição de um tratado se as partes no tratado tiverem a intenção de criar a obrigação por meio dessa disposição e o terceiro Estado aceitar expressamente, por escrito, essa obrigação.
	 
	Questão TRF1
	 
	C) Considera-se vigência diferida o método segundo o qual os tratados entram em vigor simultaneamente ao término da negociação e ao consentimento definitivo das partes envolvidas.
(E) – GABARITO PRELIMINAR
-vigência diferida se assemelha à vacatio legis, que é situação distinta da entrada simultânea após o consentimento definitivo das partes envolvidas.
	 
	Questão TRF1
	 
	D) No Brasil, os tratados entram em vigor após a promulgação dos decretos legislativos mediante os quais o Congresso Nacional se manifesta favoravelmente à sua aprovação.
(E) – GABARITO PRELIMINAR
-início da vigência no âmbito interno é com o Decreto Presidencial (4ª Fase) após ter ocorrido a ratificação no âmbito internacional.
	 
	Questão TRF1
	 
	E) A ratificação de um tratado, como expressão definitiva do consentimento das partes, é etapa imprescindível, somente consumada mediante a entrega mútua do instrumento escrito por ocasião de sua assinatura formal.
(E) – GABARITO PRELIMINAR
-a ratificação não é etapa imprescindível, havendo ordenamentos jurídicos que dispensa tal procedimento.
	 
	 
	 
	 
	
	
	
	TRATADOS INTERNACIONAIS SOBRE DIREITOS HUMANOS
	 
	 
	 
	 
	STF - Pleno
	531
	Tratados internacionais - Direitos humanos - status normativo no ordenamento nacional
	Prevaleceu a tese do status de supralegalidade do Pacto de São José da Costa Rica, inicialmente defendida pelo Min. Gilmar Mendes. Vencidos os Ministros Celso de Mello, Cezar Peluso, Ellen Gracie e Eros Grau, que a ela davam a qualificação constitucional. O Min. Marco Aurélio se absteve de pronunciamento. Revogação expressa da Súmula 619 do STF (“A prisão do depositário judicial pode ser decretada no próprio processo em que se constituiu o encargo, independentemente da propositura de ação de depósito”). Sobre a revogação da Súmula, discordância do Min. Menezes Direito por entender que o depósito judicial tem natureza distinta (de munus público). 
	STF - Pleno
	531
	Pacto de San José da Costa Rica - Prisão civil do depositário infiel
	O fato de o Brasil haver subscrito o Pacto de São José da Costa Rica, que restringe a prisão civil por dívida ao descumprimento inescusável de prestação alimentícia (art. 7º, 7), conduz à inexistência de balizas visando à eficácia da prisão civil do depositário infiel. Restaram derrogadas as normas estritamente legais definidoras da custódia do depositário infiel.
	STJ 1aT
	382
	Pacto de São José da Costa Rica - Prisão civil do depositário infiel
	A prisão civil do depositário judicial infiel não encontra guarida no ordenamento jurídico (art. 5º, LXVII, da CF/1988), em quaisquer de suas modalidades, quais sejam, a legal e a contratual. Após a ratificação pelo Brasil, sem qualquer reserva, do Pacto Internacional dos Direitos Civis e Políticos (art. 11) e da Convenção Americana sobre Direitos Humanos (Pacto de San José da Costa Rica), art. 7º, § 7º, ambos do ano de 1992, não há mais base legal para prisão civil do depositário infiel.
	 
	 
	 
	 
	STF - Pleno
	549
	Tratados Internacionais - Princípio da co-participação do parlamento-governo em matéria de tratado
	Em discussão o princípio da “co-participação parlamento-governo em matéria de tratado”. Arguição de inconstitucionalidade por ter havido decreto presidencial denunciado tratado internacional (necessidade de participação do legislativo). Posição do Joaquim Barbosa no sentido de que o tratado já perdeu seus efeitos no campo internacional (fora do escopo do STF), mas para que perca os efeitos internamente, haveria necessidade de autorização legislativa (pedido de vistas).
	
	Questão CESPE - AGU/2012
	
	Em casos que envolvam a prática de tortura sistemática, a Convenção Americana de Direitos Humanos permite o acesso direto do indivíduo à Corte Interamericanade Direitos Humanos. - ERRADA
	 
	 
	 
	 
	
	
	
	RESPONSABILIDADE INTERNACIONAL
	
	
	
	
	 
	CESPE 
	 
	 O Estado brasileiro pode ser responsabilizado internacionalmente, em tribunal internacional, em virtude do não pagamento da dívida (pessoal) pelo diplomata. - CERTA
	 
	 
	 
	 
	
	
	
	JURISDIÇÃO INTERNACIONAL 
	 
	 
	 
	 
	Doutrina 
	emagis
	Imunidade internacional
	Então, em resumo, temos:
1. A imunidade de jurisdição dos agentes diplomáticos e consulares encontra previsão nas Convenções de Viena de 1967 e 1969.
2. A imunidade de jurisdição dos Estados estrangeiros tem origem consuetudinária (costumeira). Ela outrora foi abosluta; hoje, contudo, apresenta-se relativa, partindo-se de uma distinção entre atos de império e atos de gestão.
3. A norma do art. 114 da Constituição Federal não é regra de jurisdição, mas de competência. Por meio dela apenas se afirmou a competência da justiça do trabalho quando a demanda envolver matéria trabalhista. Mas a submissão de Estado estrangeiro à jurisdição brasileira não vem desse dispositivo, senão do próprio costume internacional.
4. A imunidade das organizações internacionais tem como fonte o próprio tratado que a constitui. Essa imunidade não é vista como regra, senão que deve estar expressamente prevista para poder ser invocada.
	STF
	HC 102041 Doutrina (Ada e Dinamarco)
	Jurisdição - Critérios envolvidos na definição
	Quem dita os limites internacionais da jurisdição de cada Estado são as normas internas desse mesmo Estado. Contudo, o legislador não leva muito longe a jurisdição de seu país, tendo em conta principalmente duas ponderações ditadas pela experiência e pela necessidade de coexistência com outros Estados soberanos: a) a conveniência (excluem-se os conflitos irrelevantes para o Estado, porque o que lhe interessa, afinal, é a pacificação no seio da sua própria convivência social); b) a viabilidade (excluem-se os casos em que não será possível a imposição autoritativa do cumprimento da sentença). 
A doutrina, sintetizando os motivos que levam à observância dessas regras, alinha-os assim: a) existência de outros Estados soberanos; b) respeito a convenções internacionais; c) razões de interesse do próprio Estado. Fala-se também nos princípios da submissão e da efetividade (significa que o juiz é incompetente para proferir sentença que não tenha possibilidade de executar), que condicionam a competência internacional de cada Estado.
	STJ 3aT
	364
	Imunidade de Jurisdição - Estado Estrangeiro - Aceitação para se submeter à jurisdição brasileira - Intimação
	Conforme voto médio, afastou a extinção do processo e determinou o retorno à vara de origem, para que se proceda à prévia intimação do Estado estrangeiro, que pode ser feita na pessoa de seu representante no País, a fim de se manifestar sobre a aceitação ou não da jurisdição brasileira para julgar a ação. Embora se reconheça imunidade de jurisdição, deixa-se de extinguir o processo, porque a nova ordem jurídica internacional quer dar uma oportunidade para que o Estado estrangeiro aceite ou não a jurisdição brasileira. Sendo assim, essa é uma fase preliminar, a qual se preferiu chamar de intimação em vez de citação, é a condição sine qua non para oportunizar àquele Estado estrangeiro concordar em se submeter, depois é que se promoverá a citação para os efeitos da lei processual.
	STJ - 3aT
	447
	Imunidade de Jurisdição - Estado Estrangeiro - Aceitação para se submeter à jurisdição brasileira - Natureza do ato
	havia divergência neste Superior Tribunal quanto a ser ou não citação a comunicação ao Estado estrangeiro para manifestar sua opção pelo direito à imunidade jurisdicional ou pela renúncia a essa prerrogativa. Segundo a Min. Relatora, consolidou-se o entendimento de que a comunicação ao Estado estrangeiro não é a citação prevista no art. 213 do CPC, nem mesmo de intimação se trata, porquanto nenhum ônus decorre ao ente estrangeiro.
	STJ - 3aT
	447
	Imunidade de Jurisdição - Estado Estrangeiro - Atos de império
	a jurisprudência já se havia firmado quanto a se ter como possivelmente competente a Justiça brasileira para a ação de indenização em virtude de danos morais e materiais alegadamente causados a cidadãos nacionais por país estrangeiro em seu território e decorrentes de ato de império, desde que o réu voluntariamente renunciasse à imunidade de jurisdição que lhe é reconhecida
	STJ - 4aT
	403
	Imunidade de Jurisdição - Atos de império (atos de guerra) - não flexibilização
	A questão relativa à imunidade de jurisdição, atualmente, não é vista de forma absoluta, sendo excepcionada, principalmente, nas hipóteses em que o objeto litigioso tenha como fundo relações de natureza meramente civil, comercial ou trabalhista. Contudo, em se tratando de atos praticados numa ofensiva militar em período de guerra, a imunidade acta jure imperii é absoluta e não comporta exceção.
	STF
	HC 102041
	Jurisdição - Missão Diplomática no território nacional
	(HC dirigido contra a embaixada, requerendo o não envio de material apreendido ao país acreditante)
Falece poder, ao Supremo Tribunal Federal, para impor, a qualquer Legação diplomática estrangeira em nosso País, o cumprimento de determinações emanadas desta Corte, tendo em vista a relevantíssima circunstância de que, em regra, não estão a elas sujeitas. A impossibilidade jurídica de o Supremo Tribunal Federal expedir provimentos jurisdicionais consubstanciadores de ordens mandamentais dirigidas a qualquer Missão Diplomática sediada em território brasileiro põe em relevo - ante a manifesta ausência de “enforcing power” das instituições judiciárias nacionais sobre legações diplomáticas estrangeiras - a completa inviabilidade do acolhimento, por inexeqüível, da medida cautelar ora postulada perante esta Suprema Corte, não obstante seja, este Tribunal, o órgão de cúpula do Poder Judiciário nacional estruturado no âmbito do Estado acreditado.
	 
	 
	 
	 
	
	
	
	IMUNIDADES
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	
	
	
	PROCESSO INTERNACIONAL
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	
	
	
	HOMOLOGAÇÃO DE SENTENÇA ESTRANGEIRA
	 
	 
	 
	 
	STF
	Súm 420
	Homologação de Sentença - Trânsito em julgado da sentença estrangeira
	SÚMULA Nº 420
Não se homologa sentença proferida no estrangeiro sem prova do trânsito em julgado.
	STJ 3aT
	474
	Homologação de Sentença - Sentença Arbitral Estrangeira - Critério de definição (jus soli)
	 O art. 1º da Convenção de Nova Iorque (promulgada pelo Dec. n. 4.311/2002) deixou para as legislações dos países a tarefa de eleger o critério que define a nacionalidade da sentença arbitral, daí os diferentes conceitos de sentença arbitral estrangeira constantes dos diversos ordenamentos jurídicos do cenário internacional. A legislação brasileira elegeu exclusivamente o critério geográfico (jus solis) – o local onde a decisão foi proferida – para a determinação da nacionalidade da sentença arbitral, tal como se constata da leitura do art. 34, parágrafo único, da Lei de Arbitragem. Assim, na hipótese, o simples fato de o procedimento arbitral ser requerido na corte internacional e se ter regido por seu regulamento não tem o condão de desnaturar a nacionalidade brasileira da sentença em questão, título idôneo a lastrear a execução, por si só dotado de eficácia, o qual não necessita de homologação judicial para ser executado.
	STJ - CE
	364
	Homologação de Sentença - Sentença arbitral estrangeira
	A Corte Especial deferiu o pedido de homologação da sentença arbitral estrangeira. É juridicamente inviável o pedido de aplicação do art. 1.097 do CPC, que previa a necessidade de homologação judicial do laudo arbitral para produzir os efeitos de sentença judiciária, dispositivo revogado há quase doze anos.
	STJ - CE
	Jurisp
	Homologação de Sentença - Sentença arbitral estrangeira - Ação anulatória em andamento - inexistência de impedimento da homologação
	A existência de ação anulatória da sentença arbitral estrangeiraem trâmite nos tribunais pátrios não constitui impedimento à homologação da sentença alienígena, não havendo ferimento à soberania nacional, hipótese que exigiria a existência de decisão pátria relativa às mesmas questões resolvidas pelo Juízo arbitral. A Lei n. 9.307/96, no § 2º do seu art.33, estabelece que a sentença que julgar procedente o pedido de anulação determinará que o árbitro ou tribunal profira novo laudo, o que significa ser defeso ao julgador proferir sentença substitutiva à emanada do Juízo arbitral. Daí a inexistência de decisões conflitantes.
	-
	Jurisp
	Homologação de Sentença - Dívida de jogo
	A homologação de sentença estrangeira que cobra dívida de jogo é possível diante da teoria da atividade lícita na origem, respaldada no art. 9 da LICC (Art. 9o Para qualificar e reger as obrigações, aplicar-se-á a lei do país em que se constituírem). Como o próprio CC (art. 814) admite o pagamento da dívida, não há como considerá-la como atentória à moralidade ou à ordem pública.
	STJ - CE
	430
	Homologação de Sentença - Divórcio - Citação pelo correio recebida por terceiro
	Não é possível a homologação da sentença estrangeira que decretou o divórcio das partes, quando a revelia em processo que tramitou na Argentina fora baseada em citação feita pelos Correios e recebida pelo porteiro do prédio, não existindo, desta forma, a certeza de que o endereço fornecido pelo requerente seja mesmo da requerida. Segundo a orientação deste Superior Tribunal, esse tipo de citação deve ser entregue pessoalmente à interessada. Assim, por não haver certeza de que a requerida teve conhecimento do processo de divórcio, indeferiu-se o pedido de homologação da sentença estrangeira. (o caso tem um elemento curioso: recusa à homologação de sentença que trata de estado da pessoa, criando a realidade jurídica de separação no país estrangeiro e casamento no Brasil)
	STJ CE
	480
	Homologação de sentença - Divórcio
	A Corte Especial, por maioria, entendeu que é possível homologar pedido de divórcio consensual realizado no Japão e dirigido à autoridade administrativa competente para tal mister.
	STJ
	REsp 1.231.554
	Sentença arbitral - territorialidade
	Adotado o critério da territorialidade, será nacional a sentença arbitral proferida no Brasil, mesmo que o pedido tenha sido formulado em Corte Internacional. (não precisa homologar no STJ)
	 
	Questão TRF1
	Homologação - Trânsito em julgado
	C) Para que a homologação de sentença estrangeira — forma de cooperação jurídica internacional — produza os efeitos jurídicos no território nacional, faz-se necessário o atendimento de alguns requisitos, como o de não ofender a soberania nacional e a ordem pública; admite-se a homologação para obrigar o condenado a reparar o dano causado pelo crime cometido, independentemente do trânsito em julgado, e para reconhecimento da reincidência no território nacional.
(E) – GABARITO PRELIMINAR 
- homologação de sentença pressupõe o trânsito em julgado.
SÚMULA Nº 420 Não se homologa sentença proferida no estrangeiro sem prova do trânsito em julgado.
	 
	 
	 
	B) A homologação de sentença estrangeira no Brasil, cuja natureza é jurisdicional, pode ser concedida a sentença de qualquer natureza, com exceção das que sejam meramente declaratórias do estado das pessoas.
(E) – GABARITO PRELIMINAR
	
	Emagis
	
	Admite-se que o ação de homologação de sentença estrangeira - que tem curso originário no STJ desde a EC 45/04 (CF, art. 105, I, 'i') - tenha por objeto acordo sobre guarda de menor homologado por órgão administrativo estrangeiro. Ainda que no Brasil esse tipo de acordo deva transitar pelo Poder Judiciário, não viola a soberania nacional o fato de a lei estrangeira permitir que isso ocorra perante órgão administrativo.
a jurisprudência do STJ reconhece competência concorrente entre a justiça brasileira e a estrangeira para processar e julgar ação de guarda e alimentos envolvendo menor que, atualmente, reside no Brasil com a mãe, ao passo que o pai reside em outro país.
 É que o caso não envolve qualquer situação considerada da competência exclusiva da justiça brasileira (CPC, art. 89).
o STJ entendeu que não se pode homologar a sentença estrangeira relativa a guarda e alimentos de criança, quando haja sentença brasileira ulterior que se debruça sobre quadro fático novo e que assenta obrigações de modo diverso. Do contrário, se a questão já tivesse sido decidida no exterior, a Justiça brasileira ficaria obstada de decidir a respeito, mesmo, repita-se, diante do surgimento de uma nova realidade, o que, sem dúvida, violaria a soberania nacional.
	
	Oral TRF1
	Homologação de Sentença
	2) A decisão no exterior, para ter efeito no Brasil precisa ser homologada, qual o órgão judicial encarregado por esta homologação. As decisões interlocutórias também são homologadas pelo STJ?
Resposta:
O órgão encarregado é o STJ (CF, art. 105, I, i). As decisões interlocutórias (ex: medida cautelar) também devem ser homologadas.
	
	Oral TRF1
	Homologação de Sentença
	3) Que tipo de sentença é homologável? 4) A sentença penal trabalhista, também seria possível ser homologada?
Resposta:
São homologáveis as sentenças cíveis; as sentenças (laudos) arbitrais; as sentenças penais, apenas quanto aos seus efeitos civis (ex: perda de bens). A “sentença penal trabalhista”, ora entendida como a sentença penal proferida por juiz trabalhista no estrangeiro, não é passível de homologação, haja vista tratar de matéria penal. Há divergência sobre a necessidade, ou não, de homologação das sentenças de estado, havendo três correntes: (i) a Constituição não estabelece distinção, logo, todas as sentenças, inclusive as de estado, carecem de homologação; (ii) o art. 483 do CPC revogou o parágrafo único do art. 15 da LICC, tornando exigível a homologação; (iii) o parágrafo único do art. 15 da LICC continua em vigor, dispensando a homologação. O STF seguia a primeira corrente. O STJ, antes da EC 45/2004, seguia a terceira corrente, não se tendo conhecimento de outro precedente após a alteração do texto constitucional. (Houve revogação do art. 15 p. u. pela Lei 12.036/2009)
	
	Oral TRF1
	HOmologação de sentença
	5) Se uma brasileira casa na Austrália com australiano e lá se divorcia, e na vigência do casamento ele tem dois filhos que são registrados na embaixada brasileira e tem dupla nacionalidade, ela pedindo a homologação desta sentença australiana o STJ homologa, e depois disso ela tem a pensão alimentícia atrasada pelo cônjuge e tem a guarda compartilhada, ela poderia pedir que fosse aumentada a pensão, e se ela poderia pedir a alteração da guarda compartilhada? Quem seria o juízo da alteração no Brasil? Seria a justiça estadual? Não seria um juízo de família que vai cuidar de guarda?
Resposta:
A Competência é da Justiça Estadual (vara de família). Vejamos o seguinte precedente, no qual fora reconhecida a competência federal por motivos não presentes na hipótese: “(...) CONFLITO NEGATIVO DE COMPETÊNCIA. AÇÃO PARA DEFINIÇÃO DE GUARDA E REGULAMENTAÇÃO DO REGIME DE VISITAS A MENOR. CONEXÃO COM AÇÃO DE BUSCA E APREENSÃO, PROPOSTA PELA UNIÃO, COM FUNDAMENTO NA CONVENÇÃO DE HAIA SOBRE ASPECTOS CIVIS DE SEQUESTRO INTERNACIONAL DE CRIANÇAS. RISCO DE DECISÕES CONFLITANTES. RECONHECIMENTO DA COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA FEDERAL. (...) 2. Demonstrada a conexão entre a ação de busca e apreensão de menores e a ação de guarda e regulamentação do direito de visitas, impõe-se a reunião dos processos para julgamento conjunto (arts. 115, III; e 103 do CPC), a fim de se evitar decisões conflitantes e incompatíveis entre si. 3. A competência absoluta da justiça federal para julgamento de uma das ações, que visa o cumprimento de obrigação fundada em tratado internacional (art. 109, I e III, da CF/88) atrai a competência para julgamento da ação conexa. (...) (CC 118.351/PR, Nancy Andrighi, SEGUNDA SEÇÃO, 28/09/2011)
	
	Oral TRF2
	Homologação de Sentença Estrangeira - Sentença arbitral
	3) Arbitragem internacional. Como a leino. 9.307/96 alterou o cenário? 4) É preciso homologar os laudos estrangeiros? 5) Como o STJ decide a esse respeito? 6) O placar tem sido favorável à homologação, no STJ?
Resposta:
Sobre tema, leciona Nadia de Araújo: “até a entrada em vigor da Lei de Arbitragem (Lei nº 9.307/2006, vigia no Brasil o sistema de dupla homologação, pelo qual qualquer laudo arbitral proferido no exterior, para ser delibado, deveria ser previstamente homologado pela Justiça do país de origem. (...) Desse modo, a análise para homologação recaía não sobre a decisão arbitral em si, e sim sobre a decisão judicial de origem. Com o advento da Lei de Arbitragem, o STF, à época competente para processar e julgar as homologações, declarou a natureza processual dos arts. 37 e 39 da referida lei, que permitiam a homologação do próprio laudo arbitral e sua consequente aplicabilidade imediata. (...) O STJ, ao assumir a competência para homologação de sentenças estrangeiras, tem mantido o entendimento jurisprudencial inaugurado pelo STF relativamente à arbitragem com o incremento da homologação-simples.”
	
	Oral TRF4
	HOmologação de sentença - Sistemas
	2) Quais os sistemas existentes no mundo, objetivamente, quanto à homologação de sentenças estrangeiras?
Resposta:
Wikipédia: (i) Sistema da Revisão do Mérito da Sentença. Julga-se novamente a causa, ensejando até nova produção de provas, reanalisando as preexistentes. Após a decisão estrangeira poderá ser ratificada; (ii) Sistema Parcial de Revisão do Mérito. Imposto com o fim de analisar a aplicação da lei do país em que irá ser executada a sentença. Ainda nesse sistema o que se busca distinguir se há a possibilidade de aplicação da lei embasadora da sentença estrangeira no Estado em cujo território a sentença estrangeira irá produzir efeitos; (iii) Sistema de Reciprocidade Diplomática. Utiliza-se dos tratados como basilar, não existindo esse entre os dois Estados, sequer será possível a homologação; (iv) Sistema de Reciprocidade de Fato. A homologação só se faz possível se ambos os Estados protegerem os mesmos institutos, eg; União de indivíduos de mesmo sexo; (v) Processo da Delibação. É adotado pelo Brasil. Neste sistema o mérito da sentença sequer é auferido. Examinam-se, singularmente, as formalidades da sentença a luz de princípios fundamentais para se considerar justo um processo, tais como: respeito ao contraditório e a ampla defesa, legalidade dos atos processuais, respeito aos direitos fundamentais humanos, adequação aos bons costumes.
	 
	 
	 
	 
	
	
	
	CONCESSÃO DE EXEQUATUR PARA CARTA ROGATÓRIA
	 
	 
	 
	 
	
	Oral TRF1
	Carta Rogatória - Procedimento
	1) Carta Rogatória. Qual o procedimento?
Resposta:
Resolução 9/2005 do STJ: é atribuição do Presidente do STJ conceder o exequatur às cartas rogatórias. Se o pedido tiver por objeto ato que não enseje juízo de delibação, será encaminhado ao Ministério da Justiça para cumprimento por auxílio direto. A parte será intimada para impugnar (15 dias). A medida poderá ser realizada sem ouvir a parte quando sua intimação prévia puder resultar na ineficácia da cooperação. Havendo impugnação, o processo poderá, por decisão do Presidente, ser distribuído à Corte Especial. Revel ou incapaz o requerido, dar-se-lhe-á curador especial. O MP terá vista dos autos, podendo impugná-las. Das decisões do Presidente cabe agravo regimental. Concedido o exequatur, a carta será remetida para cumprimento ao Juízo Federal. No cumprimento pelo Juiz Federal, cabem embargos relativos a quaisquer atos (10 dias), por qualquer interessado ou pelo Ministério Público, julgando-os o Presidente. Da decisão que julgar os embargos cabe agravo regimental. O Presidente ou o Relator poderá ordenar diretamente o atendimento à medida solicitada. Cumprida, será devolvida ao Presidente e por este remetida, por meio do Ministério da Justiça ou do Ministério das Relações Exteriores, à autoridade judiciária de origem.
	
	Oral TRF2
	Carta Rogatória - Executiva
	9) Dê exemplos de situações excepcionais de aplicação imediata de carta rogatória executiva. 10) Como se dá o cumprimento dessas ordens de decisões jurisdicionais estrangeiras?
Resposta:
Segundo o parágrafo único do art. 8º da Resolução nº 9 do STJ, “a medida solicitada por carta rogatória poderá ser realizada sem ouvir a parte interessada quando sua intimação prévia puder resultar na ineficácia da cooperação internacional.” Ex: quebra de sigilo telefônico. Sobre a forma de cumprimento, dispõe o art. 13: “a carta rogatória, depois de concedido o exequatur, será remetida para cumprimento pelo Juízo Federal competente.”
	
	Oral TRF4
	Carta Rogatória - Negativa pelo STJ
	1) Pode ser negado o cumprimento de uma rogatória?
Resposta:
Nos termos do art. 6º da Resolução nº 9/2005 do STJ, “não será homologada sentença estrangeira ou concedido exequatur a carta rogatória que ofendam a soberania ou a ordem pública.”
	STJ - CE
	362
	Rogatória - Citação - Ação de cobrança por dívida de jogo
	Não afronta a soberania nacional ou a ordem pública a concessão de exequatur para citar alguém no Brasil a fim de que se defenda em ação de cobrança de dívida de jogo contraído em Estado estrangeiro no qual tal pretensão é lícita.
	STF - 1aT
	595
	Rogatória - Instrução do pedido - Desnecessidade instrução com documentos referentes ao caso - Basta narrativa razoável
	Irrelevante averiguar, para fins de concessão de exequatur, se o advogado do paciente tivera, ou não, acesso aos autos objeto de investigação no país rogante. É desnecessário que a rogatória esteja instruída com todos os documentos referentes ao caso, sendo suficiente a narrativa razoável dos fatos envolvidos.
	STJ 6aT
	380
	Carta Rogatória - Ativa
	Não houve a oitiva de uma testemunha residente no exterior arrolada pelo réu, ora paciente. Alegou-se que não havia recursos para custear a expedição da carta rogatória. Ressalte-se que o paciente era beneficiário da Justiça gratuita. Configurou-se o cerceamento de defesa e, em conseqüência, concedeu-se a ordem de habeas corpus.
	 
	Questão TRF1
	Carta Rogatória - Ativa - Oitiva de testemunha - Intimação da parte para audiência - Desnecessidade
	B) Em relação às cartas rogatórias expedidas pelo Brasil, impõe o CPP disciplinamento específico para a prática de determinados atos processuais, em especial, a necessidade de intimação das partes para a audiência a ser realizada no juízo rogado, ainda que já tenham sido notificadas sobre a expedição da carta rogatória, sendo a elas facultadas a elaboração e a remessa de perguntas às testemunhas, por meio de quesitos, devendo o ato processual para a colheita das provas observar as formalidades e garantias processuais do Estado rogante.
(E) – GABARITO PRELIMINAR 
- SÚMULA 273 STJ - Intimada a defesa da expedição da carta precatória, torna-se desnecessária intimação da data da audiência no juízo deprecado.
	 
	Questão TRF1
	 
	C) A carta rogatória obedecerá, quanto à admissibilidade e ao modo de cumprimento, ao disposto na legislação brasileira, devendo necessariamente ser remetida aos juízes ou tribunais estrangeiros por contato direto entre as autoridades judiciárias dos Estados envolvidos.
(E) – GABARITO PRELIMINAR
	 
	 
	 
	 
	
	
	
	COOPERAÇÃO DIRETA / AUXÍLIO DIRETO
	 
	 
	 
	 
	STJ CE
	416
	Cooperação jurídica internacional - Atos diretos
	É legal o compartilhamento de prova do Brasil com outro país (no caso Rússia) através das respectivas Procuradorias da República sem a necessidade de expedição de Carta Rogatória. A cooperação jurídica internacional é iterativamente prevista nos acordos bilaterais e multilaterais dos quais o Brasil é signatário (Convenção da ONU contra o Crime Organizado Transnacional e Convenção contra a Corrupção, Convenção de Mérida, Convenção de Palermo). O ato não se sujeita a impugnação por via da Reclamação, havendo outros meios recursais aptos a tal finalidade.
	 
	Questão TRF1
	Orgão centrais - Quebra de sigilo bancário
	A) O ordenamento jurídiconacional admite a assistência legal direta entre os órgãos de persecução penal, incluindo-se o compartilhamento de informações, resguardadas ou não por sigilo legal e judicial, inclusive para atos de execução direta, por intermédio dos órgãos centrais, que poderão ordenar o afastamento do sigilo bancário e a indisponibilidade de valores depositados em contas-correntes no Brasil.
(E) – GABARITO PRELIMINAR 
-órgãos centrais não podem realizar a quebra do sigilo bancário.
	 
	Questão TRF1
	Convenção de Mérida - Corrupção
	E) A Convenção das Nações Unidas contra a Corrupção, conhecida como Convenção de Mérida, promulgada no Brasil, permite, de forma expressa, a cooperação jurídica entre os órgãos da persecução, consistente em compartilhamento de prova em matéria penal, formulado por autoridade estrangeira no exercício de atividade investigatória, dirigido a congênere autoridade brasileira, ressalvando-se, contudo, a indispensável expedição de carta rogatória por autoridade judiciária do Estado rogante e o imprescindível exequatur pelo STJ, de modo a assegurar o cumprimento das formalidades legais para a licitude da prova compartilhada.
(E) – GABARITO PRELIMINAR 
- há possibilidade de auxílio direto.
	
	Questão CESPE - AGU/2012
	
	O Protocolo de Las Leñas sobre Cooperação e Assistência Jurisdicional em Matéria Civil, Comercial, Trabalhista e Administrativa estabelece, no que se refere ao cumprimento de cartas rogatórias, procedimento uniforme para todos os Estados-partes. - Errado.
Pelo art. 12 do Protocolo de Las Leñas sobre Cooperação e Assistência Jurisdicional em Matéria Civil, Comercial, Trabalhista e Administrativa, a autoridade jurisdicional encarregada do cumprimento de uma carta rogatória aplicará sua lei interna no que se refere aos procedimentos.
	
	Oral TRF1
	Cooperação internacional - EC 45
	1) Cooperação internacional, qual a mudança recente com a EC no. 45/2004? Houve alguma mudança de fundo com a modificação de competência do STF para o STJ?
Resposta:
Um possível mudança de fundo pode ser vista na questão relacionada ao cabimento, ou não, de recurso extraordinário da decisão do STJ, que, sobre o tema, ainda não firmou posicionamento, havendo precedentes em ambos os sentidos.
	 
	 
	 
	 
	
	
	
	CONVENÇÃO SOBRE SEQUESTRO INTERNACIONAL DE CRIANÇAS
	 
	 
	 
	 
	STJ 4aT
	420
	Sequestro Internacional de Crianças
	A União não tem legitimidade para demanda de particular na busca e apreensão de criança que veio para o Brasil em companhia da mãe com expressa autorização do pai. Não se aplica à espécie o art. 12 da Convenção sobre Aspectos Civis do Sequestro Internacional de Crianças.
	 
	 
	 
	 
	
	
	
	QUESTÃO DO ESTRANGEIRO - Lei 6.815
	 
	 
	 
	 
	STJ 2aT
	379
	Visto Temporário - Exercício de Atividade profissional temporária
	A Lei n. 6.815/1980 e o art. 23 do Dec. n. 86.715/1981 (que a regulamentou) apregoam que o visto temporário para estrangeiro exercer atividade profissional no país deve ser obtido ainda no exterior, e não no território nacional. O Conselho Nacional de Imigração não pode excluir essas exigências legais.
	STJ 6aT
	401
	Passaporte - HC para liberação
	É admissível o manejo de HC para a liberação de passaporte.
	 
	Questão TRF1
	Asilo Diplomático e Asilo Político
	A) O Brasil admite a concessão tanto do asilo diplomático quanto do asilo territorial.
(C) – GABARITO PRELIMINAR
	 
	Questão TRF1
	Visto
	C) Segundo o direito internacional costumeiro, nenhum Estado tem o direito de negar visto para o ingresso de estrangeiro em seu território, seja em definitivo, seja a título temporário.
(E) – GABARITO PRELIMINAR
Lei 6.815/80, art. 3.º A concessão do visto, a sua prorrogação ou transformação ficarão sempre condicionadas aos interesses nacionais.
	 
	 
	Doutrina Biggs
	Vedação da deportação ou expulsão do estrangeiro em situações que a extradição não é admitida.
	
	Questão CESPE - AGU/2012
	
	O visto consular, concedido a autoridades consulares a serviço de Estado estrangeiro no Brasil e a seus familiares, é expressamente previsto no Estatuto do Estrangeiro. - ERRADA
O art. 4º da Lei 6.815/80, o Estatuto do Estrangeiro, define as espécies de vistos:
I - de trânsito;
II - de turista;
III - temporário;
IV - permanente;
V - de cortesia;
VI - oficial; e
VII - diplomático
Sendo este último o utilizado para os cônsules.
	 
	 
	 
	 
	
	
	
	EXPULSÃO
	 
	 
	 
	 
	STF
	Súm 1
	Expulsão - Estrangeiro casado / com filhos
	Súmula 1 STF É vedada a expulsão de estrangeiro casado com brasileira, ou que tenha filho brasileiro, dependente da economia paterna.
	 
	Questão TRF1
	 
	B) Somente é passível de expulsão do território brasileiro o estrangeiro que sofra condenação por crimes que atentem contra a segurança nacional ou a ordem política ou social.
(E) – GABARITO PRELIMINAR
-há outras hipóteses de expulsão (olhar art. 65, p.u., Lei 6.815/91) 
	STF – Pleno
	554
	Expulsão - Controle do Poder Judiciário
	A expulsão constitui medida político-administrativa discricionária exclusiva do Presidente da República (Lei 6.815/80, art. 66) e o Poder Judiciário é competente apenas para examinar a legalidade e a constitucionalidade do ato, não podendo imiscuir-se no juízo de conveniência e oportunidade da medida, sob pena de violação do princípio da interdependência entre os poderes. 
	STF 1aT
	526
	Retorno do estrangeiro expulso - Prática de crime 
	Após expulsão, retornando o estrangeiro clandestinamente e vindo a ser preso novamente pela prática de delito, fica suspensa a decretação de expulsão para se aguardar o cumprimento da pena (Lei 6.368/76, art. 12), já que há débito com a sociedade brasileira por causa desses crimes.
	STF 1aT
	584
	Retorno do estrangeiro expulso - Prática de crime 
	O decreto expulsório subsiste enquanto não revogado, de modo que, se houver retorno indevido, o expulso não responderá por novo processo de expulsão, mas deverá ser encaminhado, mais uma vez, para fora do Brasil.
	STJ 1aS
	446
	Expulsão - Filho nacional - Nascimento após a condenação ou decreto de expulsão
	ser possível a manutenção, no território nacional, de estrangeiro que tenha filho brasileiro, ainda que nascido em momento posterior ao da condenação penal ou do decreto expulsório, desde que efetivamente comprovadas a dependência econômica e a convivência socioafetiva entre ambos. De acordo com o Min. Relator, a jurisprudência deste Superior Tribunal flexibilizou a interpretação conferida ao art. 75, II, b, da Lei n. 6.815/1980, a fim de prestigiar o melhor interesse da criança.
	STJ 1aS
	Notícias 
	Expulsão - Filho nacional - Nascimento após a condenação ou decreto de expulsão
	A expulsão de estrangeiro com prole nacional, mesmo que nascida após condenação ou edição do decreto de expulsão, é proibida pelo ordenamento jurídico brasileiro. A única exigência é que haja relação de dependência econômica e vínculo socioafetivo entre o estrangeiro e a criança.
	STF / STJ
	Questão
	Expulsão - delegação competência
	a jurisprudência do STJ e do STF reputam legítima a delegação da atribuição de expulsar ao Ministro de Estado da Justiça, o que efetivamente ocorreu através de decreto presidencial (Decreto 3.447/00)
	 
	Questão CESPE (descisão STF)
	Expulsão - Livramento condicional - Cumprimento subordinado à prévia execução da pena
	É firme a jurisprudência deste Supremo Tribunal no sentido de que o decreto de expulsão, de cumprimento subordinado à prévia execução da pena imposta no País, constitui empecilho ao livramento condicional do estrangeiro condenado. 2. A análise dos requisitos para concessão do benefício de livramento condicional ultrapassa os limites estreitos do procedimento sumário e documental do habeas corpus. 
	STJ 6aT
	458
	LIVRAMENTO CONDICIONAL. ESTRANGEIRO. EXPULSÃO.
	Não há como conceder livramento condicional ao estrangeiro que possui decreto de expulsão em seu desfavor, pois ele não pode preencher o requisitoprevisto no inciso III do art. 83 do CP, visto que não poderá exercer qualquer atividade em solo brasileiro: após o cumprimento da pena, ele será efetivamente expulso do país. 
Anote-se que difere o tratamento dado ao estrangeiro irregular, que não está impedido de regularizar sua situação, o que permite lhe seja concedido o livramento condicional
	STF STJ
	Emagis
	
	A expulsão é ato de soberania, de caráter discricionário e político-administrativo, sobre ao qual o Poder Judiciário exerce controle formal de seus fundamentos. Não cabe ao Poder Judiciário examinar a conveniência e oportunidade de ato do Poder Executivo consistente na expulsão de estrangeiro, cuja permanência no País é indesejável e inconveniente à ordem e segurança públicas. HC 207071
 Na linha da jurisprudência do STJ e do STF, é plenamente válido o Decreto n. 3.447/2000, no qual o Presidente da República delegou ao Ministro de Estado da Justiça a competência para "decidir sobre a expulsão de estrangeiro do País e a sua revogação" (art. 1º). HC 184415
	 
	 
	 
	 
	
	
	
	DEPORTAÇÃO
	 
	 
	 
	 
	 
	Questão TRF1
	 
	D) A deportação, como forma de exclusão do estrangeiro do território brasileiro, somente se efetiva mediante ato que, exarado pelo ministro de Estado da Justiça, impeça o retorno do deportado ao país.
(E) – GABARITO PRELIMINAR
	
	Questão CESPE - AGU/2012
	
	O direito brasileiro veda a deportação de estrangeiro acusado da prática de crime político. - CORRETO
O art. 63 da Lei 6.815/80, o Estatuto do Estrangeiro, diz que não se procederá à deportação se implicar em extradição inadmitida pela lei brasileira. Já que o art 5º, LII veda a extradição por crime político, a deportação também será vedada pelo mesmo motivo.
	 
	 
	 
	 
	
	
	
	EXTRADIÇÃO
	 
	 
	 
	 
	STF- Cliping
	534
	Extradição - Princípio da Contencionsidade limitada
	No Brasil, o processo extradicional se pauta pelo princípio da contenciosidade limitada, o que não confere a esta Suprema Corte indagação sobre o mérito da pretensão deduzida pelo Estado requerente ou sobre o contexto probatório em que a postulação extradicional se apóia
	 
	Questão CESPE (descisão STF)
	Extradição - Princípio da Contencionsidade limitada
	O sistema de contenciosidade limitada não permite, ordinariamente, indagação probatória pertinente ao ilícito criminal cuja persecução, no exterior, justifica a demanda extradicional perante o STF, salvo em caso de pedido de extradição de brasileiro naturalizado por tráfico de entorpecentes e drogas afins, praticado antes ou depois da naturalização
	STF Pleno
	631
	Extradição - Princípio da Contencionsidade limitada - Exame de insanidade mental
	Reputou-se, por maioria, que o processo extradicional se pautaria pelo princípio da contenciosidade limitada, de forma que não competiria ao Supremo indagar sobre o mérito da pretensão deduzida pelo Estado requerente ou sobre o contexto probatório em que a postulação extradicional se apoiaria. Com esse posicionamento o STF afastou alegação de que haveria necessidade de realização de exame de insanidade mental.
	 
	Questão TRF1
	Extradição - Princípio da Contencionsidade limitada
	D) A extradição possui sistema de contenciosidade limitada, o que obsta o exame do mérito da pretensão deduzida pelo Estado requerente ou do contexto probatório, e, entre outros postulados, a exigência da dupla tipicidade do fato — por constituir requisito essencial ao atendimento do pedido de extradição — impõe que o crime atribuído ao extraditando seja juridicamente qualificado como delito tanto no Brasil quanto no Estado requerente, não se concedendo a extradição, quando se achar extinta, em decorrência de qualquer causa legal, a punibilidade do extraditando, notadamente caso se verifique a consumação da prescrição penal, nos termos da lei brasileira.
(C) – GABARITO PRELIMINAR 
	STF
	Súm 692
	HC - Extradição - Decisão do relator
	SÚMULA Nº 692
Não se conhece de "habeas corpus" contra omissão de relator de extradição, se fundado em fato ou direito estrangeiro cuja prova não constava dos autos, nem foi ele provocado a respeito.
	STF 2aT
	635
	Extradição - Comutação - Prisão perpétua - Prazo máximo de 30 anos
	Asseverou-se que o pedido de extradição fora deferido sob a condição de que o Estado requerente assuma, em caráter formal, o compromisso de comutar eventual pena de prisão ou de reclusão perpétua em pena privativa de liberdade, com o prazo máximo de 30 anos, nos termos do art. 13 do tratado de extradição firmado entre os Estados Partes do Mercosul.
	STF
	Súm 421
	Extradição - Casamento com brasileira ou filho brasileiro
	SÚMULA Nº 421
“Não impede a extradição a circunstância de ser o extraditando casado com brasileira ou ter filho brasileiro”
	STF - Pleno
	547
	Extradição - Estrangeiro respondendo processo no Brasil
	O fato de o extraditando responder processo no Brasil não implica óbice ao deferimento do pedido, haja vista o art. XIV do tratado bilateral de extradição entre o Brasil e os EUA, e o disposto no art. 89 da Lei 6.815/80. (Art. 89. Quando o extraditando estiver sendo processado, ou tiver sido condenado, no Brasil, por crime punível com pena privativa de liberdade, a extradição será executada somente depois da conclusão do processo ou do cumprimento da pena, ressalvado, entretanto, o disposto no artigo 67. - Art. 67. Desde que conveniente ao interesse nacional, a expulsão do estrangeiro poderá efetivar-se, ainda que haja processo ou tenha ocorrido condenação.)
	STF - Pleno
	606
	Extradição - Estrangeiro respondendo processo no Brasil - Crime diverso
	A existência de processo no Brasil, por crime diverso e que, inclusive, teria ocorrido em data posterior ao fato objeto do pedido de Extradição, não impede o deferimento da extradição, cuja execução deve aguardar a conclusão do processo ou do cumprimento da pena eventualmente aplicada, salvo determinação em contrário do Presidente da República (arts. 89 e 67 da Lei n. 6.815/1980). Precedentes.
	STF - Pleno
	568 e 572
	Extradição - Procedimento - Atuação do Poder Judiciário - Atuação do Poder Executivo - Caso Batisti
	No Info 568: Por 5 a 4 mudou-se entendimento anterior da corte segundo o qual o Presidente da República estaria vinculado à decisão do STF sob extradição quando a mesma derivasse de aplicação de Tratado Internacional. A posição agora é que, mesmo diante de tratado, há discricionariedade por parte do Presidente para realizar ou não o ato extradicional final, o que, antes, só era entendido como possível nos casos de compromisso de reciprocidade.
 No Info 572: todavia, retificou-se a ata de julgamento para entender que não há discricionariedade do Presidente. O que fora decidido pela maioria do Tribunal é que a decisão do Supremo que defere a extradição não vincula o Presidente da República, o qual, entretanto, não pode agir com discricionariedade, ante a existência do tratado bilateral firmado entre o Brasil e a Itália.
Info 630: a reclamação impetrada pela República da Itália após decisão do Presidente negando a extradição, com fundamento em parecer da AGU, não foi recebida. O Min. Luiz Fux assinalou que, adotada a tese no sentido de competir ao Supremo somente aferir os requisitos de possibilidade de extradição, a cognição se encerraria aí e a decisão seria remetida ao Presidente da República, que resolveria o caso, sendo este ato insindicável pelo Poder Judiciário. Assim, em jogo um ato de soberania nacional. Realçou que a República Italiana litigara contra a República Federativa do Brasil e que isto seria da competência do Tribunal Internacional de Haia, e não do STF. 
	STF - Pleno
	593
	Extradição - Procedimento - Prazo para fornecimento dos documentos pelo Estado requerente e manutenção da prisão cautelar
	A jurisprudência do STF é no sentido de que se conceda por duas vezes prazo ao Estado requerente para que este forneça os documentos necessários para a formalização do pleito extradicional, devendo, neste ínterim,ser mantida a prisão preventiva para fins de extradição. Todavia, conforme a peculiaridade do caso (extraditando estar na lista dos mais procurados pela Interpol), pode-se abrir mais uma oportunidade para o Estado requerente.
	STF Pleno
	599
	Extradição - Mesmo fato
	A extradição não será concedida, se, pelo mesmo fato em que se fundar o pedido extradicional, o súdito estrangeiro estiver sendo submetido a procedimento penal no Brasil, ou, então, já houver sido condenado ou absolvido pelas autoridades judiciárias brasileiras
	STF Pleno
	 
	Extradição - Prescrição - Análise segundo o ordenamento de cada país - impossibilidade de mesclar os sistemas
	EXTRADIÇÃO - PRESCRIÇÃO - EXAME. O exame da prescrição faz-se considerado o critério unitário, ou seja, levando-se em conta, de forma separada, a legislação do país requerente e a do país requerido. Descabe a mesclagem dos sistemas, quando, então, surgiria uma terceira disciplina. 
EXTRADIÇÃO - PRESCRIÇÃO - LEGISLAÇÃO BRASILEIRA. Incidindo a prescrição segundo a legislação brasileira, presente a circunstância de o extraditando haver completado setenta anos, cumpre indeferir o pedido de extradição.(Ext 1012, Relator(a): STF Pleno) 
	STF Pleno
	627
	Extradição - Prescrição - (crime permanente) Crime de sequestro e morte presumida
	no que se refere aos delitos de “desaparecimento forçado de pessoas”, considerou-se não haver a prescrição, visto que, em atendimento ao princípio da dupla tipicidade, os fatos configurariam seqüestro qualificado, nos termos do art. 148, § 2º, do CP. Aduziu-se tratar de crimes permanentes, cujo prazo prescricional apenas iniciar-se-ia após a interrupção da ação do agente. 
	STF 2aT
	Questão 639
	Extradição - Liberdade provisória
	O Supremo Tribunal Federal evoluiu o seu antigo entendimento, que não admitia a concessão de liberdade provisória nos processos de extradição passiva (aqueles em que o Brasil detém o sujeito em face de quem é pedida a extradição, cuja competência é da Suprema Corte), passando a admiti-la.
Mas essa admissão não se deu porque a Corte negou a natureza dessa prisão, que constitui sim requisito de procedibilidade do feito. Na verdade, o STF colocou em jogo outras normas, para concluir pela possibilidade de se conceder liberdade ao réu da extradição.
Assim, v.g., a extensão demasiada da prisão ou mesmo razões de saúde são fatos que autorizam a concessão de liberdade.
Por fim, estabeleceu-se que a medida conteria as seguintes cautelas: 
a) depósito do passaporte no STF; 
b) impossibilidade de sair do Estado sem autorização do relator destes autos; 
c) compromisso de comparecer semanalmente à seção judiciária de seu domicílio, para dar conta de suas atividades; 
d) compromisso de atender todo e qualquer chamamento judicial
	STF 1aT
	635
	Extradição e tipo previsto em tratado multilateral
	 Rejeitou-se, ainda, a alegação acerca da inexistência de previsão dos crimes no tratado bilateral estabelecido entre ambos os Estados, de modo a obstar a extradição. Aduziu-se ser possível a extradição, ainda que o crime não esteja previsto no tratado bilateral em comento, desde que o tratado multilateral — no caso, a Convenção das Nações Unidas contra o Crime Organizado Transnacional — disponha sobre a hipótese de tipificação da conduta pelos ordenamentos internos e estes efetivamente a tipifiquem.
	STF 1aT
	
	
	2. O julgamento do pedido extradicional por órgão fracionário deste Supremo Tribunal se fez à luz da alteração promovida pela emenda Regimental nº 45/2011, que alterou a redação do art. 207 do RISTF. 3. Embargos de declaração rejeitados. (Primeira Turma, Ext 1234 ED, Rel. Min. Dias Toffoli, DJe de 07/03/2012)
	STF 2aT
	
	
	5. Extraditando que responde a processo penal no Brasil por crime diverso daquele que versa o pedido de extradição. 6. Discricionariedade do Chefe do Poder Executivo para ordenar a extradição ainda que haja processo penal instaurado ou mesmo condenação no Brasil (art. 89, parte final, da Lei 6.815/1980). 7. Pedido de extradição deferido parcialmente. (STF, Segunda Turma, Ext 1165, Rel. Min. Gilmar Mendes, DJe de 15/02/2012)
	
	Emagis
	
	STF - em determinadas situações, é possível entregar o extraditando ao país requerente mesmo antes da publicação do acórdão que deferiu o pedido. Nesse sentido, confira-se:
Extradição instrutória requerida pelo Governo do Uruguai. 2. Tratado de extradição firmado entre estados-partes do MERCOSUL. 3. Processamento do pedido de acordo com a Lei 6.815/1980. Requisitos formais atendidos. 4. Dupla tipicidade e punibilidade. 5. Concordância do extraditando. Execução imediata, independentemente de publicação deste acórdão. Precedente. 6. Extradição deferida. (STF, Segunda Turma, Ext 1163, Rel. Min. Gilmar Mendes, DJe de 03/10/2011)
	
	Emagis
	Extradição - Competência de Turma 
	Nota Emagis: não é mais do plenário do Supremo a competência para julgá-las. Com efeito, rompendo antiga tradição dessa Corte, a Emenda Regimental n. 45/2011 passou a prever que é das Turmas essa atribuição, desafogando, um pouco, a já assoberbada pauta de julgamentos do plenário do STF.
	
	Emagis
	Pontos do caso Battisti
	O ato de entrega do extraditando é de competência exclusiva do Presidente da República. O Judiciário analisa, simplesmente, a legalidade do ato de extradição: seu juízo de conveniência e oportunidade fica reservado ao nosso Chefe de Estado
adotamos o chamado "sistema da contenciosidade limitada" ou “sistema belga”- no qual o STF não analisa o mérito da acusação/condenação que pesa contra o extraditando no exterior, mas simplesmente opera um controle de atendimento de requisitos formais 
o Presidente da República, no sistema vigente, resta vinculado à decisão do Supremo Tribunal Federal apenas quando reconhecida alguma irregularidade no processo extradicional, de modo a impedir a remessa do extraditando ao arrepio do ordenamento jurídico, nunca, contudo, para determinar semelhante remessa uot;. 
o ato de extradição é um ato da República Federativa do Brasil frente ao Estado estrangeiro postulante, sendo inegável que tal ato é da alçada do Presidente da República (CF, art. 84, VII)
pode o STF, incidentalmente em um processo de extradição passiva, reconhecer a nulidade da decisão do Ministro da Justiça que concedeu refúgio político ao extraditando. - foi a origem da disputa judicial em torno do italiano Cesare Battisti, abrolhada no momento em que o STF reconheceu a nulidade da decisão do Ministro da Justiça (Tarso Genro) que concedeu refúgio político ao extraditando, incidentalmente no processo extradicional.
	 
	 
	 
	 
	
	
	
	ESTRANGEIRO E O DIREITO PENAL / PROCESSO PENAL
	 
	 
	 
	 
	STF - Pleno
	564
	Prisão de estrangeiro - Informação da repartição consular
	A Convenção de Viena sobre Relações Consulares, em seu art. 36, 1 (b), determina que a autoridade competente do Estado receptor deverá, sem tardar, informar a repartição consular competente quando, em sua jurisdição, um estrangeiro for preso ou detido e também deverá comunicar imediatamente o interessado preso ou detido sobre esse direito. Tal questão certamente deverá ser considerada por esta Corte em casos futuros se e quando ocorrer transgressão a essa norma de vital importância, a qual consubstancia uma prerrogativa que compõe hoje o universo conceitual dos direitos básicos da pessoa humana, especialmente no contexto da garantia do devido processo e da observância de direitos básicos que assistem a qualquer pessoa e, em particular, aos estrangeiros quando efetivada a sua prisão por autoridades brasileiras.
	STJ 6aT
	365
	Progressão de Regime e Livramento condicional
	Mudança da jurisprudência do STJ. 
Antes: impossibilidade de conceder os benefícios da progressão de regime e do livramento condicional aos estrangeiros que cumprem pena no Brasil pelo fato de o estrangeiro não-domiciliado no Brasil poder evadir-se, caso colocado em regime diferente do fechado. 
Neste julgado: 
1) tanto o Código Penal quantoa Lei de Execuções Penais devem ser aplicadas aos estrangeiros, 
2) a progressão de regime e o livramento condicional são formas de cumprimento da pena e a diferença de tratamento configuraria discriminação e violaria o princípio da individualização da pena. 
3) nos termos dos arts. 31 e 41, II, da Lei n. 7.210/1984, independentemente de ser nacional ou estrangeiro, o preso condenado tem o dever e o direito de trabalhar, uma vez que o labor é condição da dignidade humana.
	STF 2aT
	554
	Progressão de Regime
	Não é lícito se cogitar de impedimento à progressão de regime pelo fato de o réu ser estrangeiro (ainda que com domicílio no exterior e havendo processo de expulsão em curso). Lembrar que é comum os processos de expulsão ficarem suspensos enquanto o estrangeiro cumpre pena em território nacional
	STF 1aT
	584
	Livramento condicional - Expulsão
	Há incompatibilidade entre a concessão do livramento condicional e a expulsão de estrangeiro cujo decreto está subordinado ao cumprimento da pena a que foi condenado no Brasil.
	STF 1aT 2aT
	630; 639
	Estrangeiro não residente e Substituição da PPL por PRD
	a 2ª Turma concedeu a ordem para afastar o óbice da substituição da pena privativa de liberdade por restritiva de direito a estrangeiro não residente no país. O fato de o estrangeiro não possuir domicílio no território brasileiro não afastaria, por si só, o benefício da substituição da pena. A interpretação do art. 5º, caput, da CF não deveria ser literal, porque, de outra forma, os estrangeiros não residentes estariam alijados da titularidade de todos os direitos fundamentais.
	STF 2aT
	Questão 639
	Liberdade provisória - Extradição
	O Supremo Tribunal Federal evoluiu o seu antigo entendimento, que não admitia a concessão de liberdade provisória nos processos de extradição passiva (aqueles em que o Brasil detém o sujeito em face de quem é pedida a extradição, cuja competência é da Suprema Corte), passando a admiti-la.
Mas essa admissão não se deu porque a Corte negou a natureza dessa prisão, que constitui sim requisito de procedibilidade do feito. Na verdade, o STF colocou em jogo outras normas, para concluir pela possibilidade de se conceder liberdade ao réu da extradição.
Assim, v.g., a extensão demasiada da prisão ou mesmo razões de saúde são fatos que autorizam a concessão de liberdade.
Por fim, estabeleceu-se que a medida conteria as seguintes cautelas: 
a) depósito do passaporte no STF; 
b) impossibilidade de sair do Estado sem autorização do relator destes autos; 
c) compromisso de comparecer semanalmente à seção judiciária de seu domicílio, para dar conta de suas atividades; 
d) compromisso de atender todo e qualquer chamamento judicial
	
	Questão CESPE - AGU/2012
	
	Na sentença do caso Gomes Lund versus Brasil, a Corte Interamericana de Direitos Humanos estabeleceu que o dever de investigar e punir os responsáveis pela prática de desaparecimentos forçados possui caráter de jus cogens.
	 
	 
	 
	 
	
	
	
	REFÚGIO - Lei 9.474/97
	 
	 
	 
	 
	STF - Pleno
	568
	Refúgio - Controle pelo STF
	É passível de controle e anulação, pelo STF, a concessão de refúgio indevidamente concedida.
	STF - Pleno
	579
	Refúgio - Fundamento jurídico - Situação anterior à Lei 9.474/97
	O fundamento jurídico para a concessão, ou não, do refúgio, anteriormente à Lei 9.474/97 (que define mecanismos para a implementação do Estatuto dos Refugiados de 1951), eram as recomendações do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados - ACNUR e, portanto, o cotejo era formulado com base no amoldamento da situação concreta às referidas recomendações, resultando daí o deferimento, ou não, do pedido de refúgio.
	STF - Pleno
	579
	Refúgio - Extradição
	Quando o caso do extraditando não se enquadra no rol das exceções autorizadoras, fica vedada a extradição de agente refugiado.
	 
	 
	 
	 
	
	
	
	MERCOSUL
	 
	 
	 
	 
	 
	Questão TRF1
	 
	B) A previsão da CF quanto à busca, pela República Federativa do Brasil, da integração econômica dos povos da América Latina, visando à formação de uma comunidade latinoamericana de nações, representa o ideal de Simon Bolívar, que inicialmente defendeu a integração puramente econômica das Américas.
(E) – GABARITO PRELIMINAR 
-o ideal de integração de Simon Bolívar não se limitava à integração puramente econômica.
	 
	Questão TRF1
	 
	D) Nos termos do Protocolo de Ouro Preto, o MERCOSUL é uma organização internacional dotada de personalidade jurídica própria, que se apoia em um sistema deliberativo fundado na via de consenso dos Estados-partes.
(C) – GABARITO PRELIMINAR
	
	Questão CESPE - AGU/2012
	
	O MERCOSUL não é uma organização supranacional, razão pela qual as normas emanadas dos seus órgãos não têm caráter obrigatório nem aplicação direta; para ter eficácia, elas devem ser incorporadas formalmente no ordenamento jurídico dos Estados-membros.
Correto: O Mercosul é um organismo intergovernamental, ou seja, as decisões têm que ser incorporadas pelos Estados-membros, tal como um tratado internacional, diferentemente do organismo supranacional (ex. União Europeia), que toma e impõe suas decisões aos signatários do Tratado, independentemente de incorporação
	
	Questão CESPE - AGU/2012
	
	Visando à solução de controvérsias no âmbito do MERCOSUL, os particulares podem peticionar diretamente ao Tribunal Arbitral Ad Hoc e ao Tribunal Permanente de Revisão. 
(E) Fundamento: Art. 9.1. c/c Art. 17.1 do Protocolo de Olivos. No caso são os Estados que se submetem ao Tribunal Ad Hoc e ao Tribunal Permanente de Revisão. Os particulares submetem suas reclamações aos Estados e acionam o mecanismo de solução de controvérsias no Mercosul. 
"9.1. Quando não tiver sido possível solucionar a controvérsia mediante a aplicação dos procedimentos referidos nos Capítulos IV e V, qualquer dos Estados partes na controvérsia poderá comunicar à Secretaria Administrativa do MERCOSUL sua decisão de recorrer ao procedimento arbitral estabelecido no presente Capítulo." 
(...) 
"17.1. Qualquer das partes na controvérsia poderá apresenta um recurso de revisão do laudo do Tribunal Arbitral Ad Hoc ao Tribunal Permanente de Revisão, em prazo não superior a quinze (15) dias a partir da notificação do mesmo."
	
	Questão CESPE - AGU/2012
	
	Cabe ao Conselho do MERCOSUL, órgão superior composto pelos ministros das Relações Exteriores e os da Economia dos Estados-partes, conduzir a política do processo de integração e tomar decisões destinadas a assegurar o cumprimento dos objetivos e prazos estabelecidos para a constituição definitiva do MERCOSUL. 
(C). Fundamento. Art. 3º e 4º do Decreto 1.910/96, que promulga o Protocolo Adicional ao Tratado de Assunção. 
Art. 3. O Conselho do Mercado Comum é o órgão superior do Mercosul ao qual incumbe a condução política do processo de integração e a tomada de decisões para assegurar o cumprimento dos objetivos estabelecidos pelo Tratado de Assunção e para lograr a constituição final do mercado comum. 
Art. 4. O Conselho do Mercado Comum será integrado pelos Ministros das Relações Exteriores e pelos Ministro da Economia, ou seus equivalentes, dos Estados Partes.
	 
	 
	 
	 
	
	
	
	ÓRGÃOS
	 
	 
	 
	 
	 
	Questão TRF1
	 
	D) À Comissão de Comércio, órgão superior do MERCOSUL, incumbem a condução política do processo de integração e a tomada de decisões para a garantia do cumprimento dos objetivos estabelecidos pelos Estados-partes e para lograr a constituição final do mercado comum.
(E) – GABARITO PRELIMINAR 
-órgão superior é o Conselho do Mercado Comum.
	 
	 
	 
	 
	
	
	
	SISTEMA DE SOLUÇÃO DE CONTROVÉRSIAS
	 
	 
	 
	 
	 
	Questão TRF1
	 
	C) Compõe a estrutura do sistema de solução de controvérsias do MERCOSUL o Tribunal Permanente de Revisão, ao qual poderá ser encaminhado pelos Estados interessados recurso de revisão contra laudo emitido pelo Tribunal Arbitral Ad Hoc.
(C) – GABARITO PRELIMINARONU
	 
	 
	 
	 
	 
	Questão TRF1
	 
	C) As chamadas agências especializadas da ONU, a exemplo da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura e a Organização para a Alimentação e a Agricultura, embora tenham alcance universal, não são dotadas de personalidade jurídica própria no âmbito do direito das gentes.
(E) – GABARITO PRELIMINAR
-as agências especializadas da ONU são dotadas de personalidade jurídica própria. São organismos autônomos.
	 
	 
	 
	 
	
	
	
	SISTEMA DE SOLUÇÃO DE CONTROVÉRSIAS
	 
	 
	 
	 
	 
	Questão TRF1
	 
	A) O sistema de consultas, como método de solução pacífica de controvérsias, pode ser definido como uma troca de opiniões programada, entre dois ou mais governos interessados em litígio internacional, no intuito de alcançarem uma solução conciliatória.
(C) – GABARITO PRELIMINAR
Sistema de Consultas - Este é um meio de entendimento previamente programado, realizado de forma direta entre as partes. As partes consultam-se mutuamente sobre seus desacordos através de forma previamente ajustada, geralmente por tratados, em encontros periódicos em que discutirão soluções às suas pendências, acumuladas durante este período de intervalo entre as consultas. 
	 
	Questão TRF1
	 
	B) A sentença da Corte Internacional de Justiça será definitiva e inapelável, não sendo possível aos Estados envolvidos pedir a revisão da sentença após seu pronunciamento.
(E) – GABARITO PRELIMINAR
Estatuto da Corte Internacional de Justiça - Artigo 60 - A sentença será definitiva e inapelável. Em caso de desacordo sobre o sentido ou desfecho da sentença, a Corte interpretará a solicitação de qualquer das partes.
Artigo 61 - A revisão de uma sentença somente poderá ser pedida, quando a solicitação se fundamente na descoberta de um fato de tal natureza que possa ser fator decisivo e que, quando a sentença for pronunciada, fora do conhecimento da Corte e da parte que peça a sua revisão, sempre que seu desconhecimento não seja por negligência.
	 
	Questão TRF1
	 
	C) Como principal órgão judiciário das Nações Unidas, a Corte Internacional de Justiça exerce competência de natureza contenciosa, mas não consultiva.
(E) – GABARITO PRELIMINAR
-emite opiniões consultivas (art. 65 e ss do Estatuto da Corte Internacional de Justiça).
	 
	Questão TRF1
	 
	D) De acordo com a Convenção de Viena sobre os Direitos dos Tratados, o relatório emitido por comissão de conciliação constituída no âmbito da ONU tem força vinculante para as partes em conflito.
(E) – GABARITO PRELIMINAR
	 
	Questão TRF1
	 
	E) A arbitragem é uma via não judiciária de solução pacífica de litígios, sendo, contudo, princípio corrente que a sentença arbitral tem força executória, estando os Estados que a ela recorrem obrigados a assegurar a execução das decisões arbitrais.
(E) – GABARITO PRELIMINAR
	 
	 
	 
	 
	
	
	
	TPI
	 
	 
	 
	 
	 
	Questão TRF1
	 
	A) O TPI poderá impor à pessoa condenada pelos crimes que afetem a humanidade no seu conjunto a pena de prisão perpétua, se o elevado grau de ilicitude e as condições pessoais do condenado o justificarem. Entretanto, esse tribunal poderá reexaminar a pena com vistas à sua redução quando o condenado já tiver cumprido vinte e cinco anos de prisão.
(C) – GABARITO PRELIMINAR
Estatuto de Roma Art. 77. 1. Sem prejuízo do disposto no artigo 110, o Tribunal pode impor à pessoa condenada por um dos crimes previstos no artigo 5o do presente Estatuto uma das seguintes penas: a) Pena de prisão por um número determinado de anos, até ao limite máximo de 30 anos; ou b) Pena de prisão perpétua, se o elevado grau de ilicitude do fato e as condições pessoais do condenado o justificarem.
Art. 110. 3. Quando a pessoa já tiver cumprido dois terços da pena, ou 25 anos de prisão em caso de pena de prisão perpétua, o Tribunal reexaminará a pena para determinar se haverá lugar a sua redução. Tal reexame só será efetuado transcorrido o período acima referido.
	 
	Questão TRF1
	 
	D) O TPI, instituição permanente, com jurisdição sobre as pessoas responsáveis pelos crimes de maior gravidade e funções complementares às jurisdições penais nacionais, constitui corte internacional vinculada à ONU, não dispondo de personalidade jurídica própria.
(E) – GABARITO PRELIMINAR
-possui personalidade jurídica própria.
	 
	Questão TRF1
	 
	E) Nos termos do Estatuto de Roma, o TPI só poderá exercer os seus poderes e funções no território de qualquer Estado-parte, sendo-lhe defeso agir em relação a atos praticados no território dos Estados que não tenham subscrito o Estatuto.
(E) – GABARITO PRELIMINAR
	 
	 
	 
	 
	
	
	
	CONVENÇÃO MONTEGO BAY
	 
	 
	 
	 
	 
	Questão TRF1
	 
	A) Nos termos da Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar, os Estados sem litoral devem ter direito reconhecido de participar do aproveitamento do excedente dos recursos vivos das zonas econômicas exclusivas dos Estados costeiros da mesma região, independentemente de acordos.
(E) – GABARITO PRELIMINAR
Convenção de Montego Bay. ARTIGO 69 Direitos dos Estados sem litoral 1. Os Estados sem litoral terão o direito a participar, numa base equitativa, no aproveitamento de uma parte apropriada dos excedentes dos recursos vivos das zonas econômicas exclusivas dos Estado costeiros da mesma sub-região ou região, tendo em conta os fatores econômicos e geográficos pertinentes de todos os Estados interessados e de conformidade com as disposições do presente artigo e dos artigos 61 e 62.
2. Os termos e condições desta participação devem ser estabelecidos pelos Estados interessados por meio de acordos bilaterais, sub-regionais ou regionais, tendo em conta inter alia:
	 
	Questão TRF1
	 
	B) O Estado costeiro tem o direito de aplicar as suas leis e regulamentos aduaneiros, fiscais, de imigração e sanitários na zona econômica exclusiva.
(E) – GABARITO PRELIMINAR
Convenção de Montego Bay. Art. 73. 1. O Estado costeiro pode, no exercício dos seus direitos de soberania de exploração, aproveitamento, conservação e gestão dos recursos vivos da zona econômica exclusiva, tomar as medidas que sejam necessárias, incluindo visita, inspeção, apresamento e medidas judiciais, para garantir o cumprimento das leis e regulamentos por ele adotados de conformidade com a presente Convenção.
	 
	Questão TRF1
	Mar territorial
	C) Conforme a Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar, a soberania do Estado costeiro sobre o mar territorial estende-se ao espaço aéreo sobrejacente a este, bem como ao leito e ao subsolo desse mar.
(C) – GABARITO PRELIMINAR
Convenção de Montego Bay. Art. 2. 2. Esta soberania estende-se ao espaço aéreo sobrejacente ao mar territorial, bem como ao leito e ao subsolo deste mar.
	
	Oral TRF1
	Passagem inocente
	3) O que é direito de passagem inocente? Convenção de Montego Bay. E nos estreitos e águas interiores com relação ao direito de passagem inocente?
Resposta:
Direito de passagem inocente, segundo o art. 17 da Convenção de Montego Bay, significa o direito que os navios de qualquer Estado, costeiro ou sem litoral, gozarão de passar pelo mar territorial de uma determinada nação, com o fim de: a) atravessar esse mar sem penetrar nas águas interiores nem fazer escala num ancoradouro ou instalação portuária situada fora das águas interiores; b) dirigir-se às águas interiores ou delas sair ou fazer escala num desses ancoradouros ou instalações portuárias. A passagem deve ser contínua e rápida. No entanto, compreende o parar e o fundear, mas apenas na medida em que constituam incidentes comuns de navegação, sejam impostos por motivo de força maior ou dificuldade grave, ou então para prestar auxílio.
	 
	Questão TRF1
	 Águas interiores - Passagem inocente
	D) Os Estados exercem soberania sobre suas águas interiores, ainda que estejam obrigados a assegurar o direito de passagem inocente em favor dos navios mercantes, mas não dos navios de guerra.
(E) – GABARITO PRELIMINAROral TRF1
	Mar territorial
	1) O que o senhor entende como zona econômica exclusiva? E que tratado discorre sobre? Convenção de Montego Bay. Existe também uma lei brasileira de 1993 que fala sobre os limites territoriais?
Resposta:
Zona Econômica Exclusiva é uma zona situada além do mar territorial e a este adjacente, que não se estenderá além das 200 milhas marítimas das linhas de base a partir das quais se mede a largura do mar territorial. Ou seja, a ZEE não terá mais que 188 milhas marítimas, já que o mar territorial possui 12 milhas marítimas. O tratado que dispõe sobre direitos do mar é a Convenção de Montego Bay, de 1982. A Lei 8.617/93, que dispõe sobre o mar territorial, a zona contígua, a zona econômica exclusiva e a plataforma continental, traz a mesma definição da ZEE. Nela o Brasil tem direitos de soberania para fins de exploração e aproveitamento, conservação e gestão dos recursos naturais, vivos ou não-vivos, das águas sobrejacentes ao leito do mar e seu subsolo, além das atividades de exploração e aproveitamento. Tem também o direito exclusivo de regulamentar a investigação científica marinha, a proteção e preservação do meio marinho, bem como a construção, operação e uso de todos os tipos de ilhas artificiais, instalações e estruturas. A realização de manobras militares por outros Estados e a investigação científica depende do consentimento do Governo brasileiro, mas lhes é reconhecida a liberdade de navegação e sobrevôo e atividades afins.
	 
	Questão TRF1
	 Plataforma Continental
	E) Na plataforma continental, os Estados possuem direitos de soberania no tocante à exploração e aproveitamento dos seus recursos naturais, mas a falta de utilização e exploração desses direitos em qualquer de suas formas autoriza outros Estados ao seu exercício, ainda que sem consentimento expresso.
(E) – GABARITO PRELIMINAR
Convenção de Montego Bay. Art. 77. 2. Os direitos a que se refere o parágrafo 1º, são exclusivos no sentido de que, se o Estado costeiro não explora a plataforma continental ou não aproveita os recursos naturais da mesma, ninguém pode empreender estas atividades sem o expresso consentimento desse Estado.
	
	Oral TRF1
	Alto mar - P. Liberdade
	4) Princípio da Liberdade em auto mar, existem restrições em alto mar a esta liberdade? Estes limites seriam uma forma de impor esta liberdade desde que para fins pacíficos? Limite é que você pode usar e transitar pacificamente?
Resposta:
De acordo com a Convenção de Montego Bay (art. 87) o princípio da liberdade em auto mar envolve o direito de todos os Estados de liberdade de navegação, de sobrevôo, de colocar cabos e dutos submarinos, de construir ilhas artificiais e outras instalações permitidas pelo direito internacional, de pesca e de investigação científica. Existem limites a tais liberdades e eles estão previstos na própria Convenção e nas demais normas de Direito Internacional. O próprio art. 88 da Convenção dispõe que o alto mar será utilizado para fins pacíficos, consistindo este um primeiro e principal limite à liberdade de alto mar, ou seja, pode usar e transitar, desde que pacificamente.
	 
	 
	 
	 
	
	
	
	CONVENÇÃO DE NOVA YORK - ALIMENTOS
	 
	 
	 
	 
	 
	Questão TRF1
	 Alimentos Internacionais - Autoridade Central
	B) É competente para receber e julgar as ações de cobrança de alimentos no estrangeiro o juízo federal da capital da unidade federativa em que reside o credor, sendo considerada autoridade remetente e instituição intermediária a AGU.
(E) – GABARITO PRELIMINAR
-MPF.
	 
	Questão TRF1
	 Alimentos Internacionais
	C) Na execução das cartas rogatórias para a cobrança de alimentos no estrangeiro, admite-se, de acordo com a Convenção de Nova Iorque, o reembolso de taxas ou despesas, além da cobrança dos demandantes estrangeiros ou não residentes de caução ou de qualquer outro pagamento ou depósito para garantir a cobertura das despesas.
(E) – GABARITO PRELIMINAR
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	
	
	
	CONVENÇÃO DE HAIA - SEQUESTRO INTERNACIONAL DE CRIANÇAS
	  
	 
	 
	 
	STJ 2aT
	495
	Conven. Haia
	1. A Convenção de Haia revela uma rigorosa reprimenda ao sequestro internacional de menores com determinação expressa de retorno destes ao país de origem. Contudo, a própria Convenção também garante o bem estar e a integridade física e emocional da criança, o que deve ser avaliado de forma criteriosa, fazendo-se necessária a prova pericial psicológica. Segunda Turma. REsp 1.239.777- PE, Rel. Min. Cesar Asfor Rocha, julgado em 12/4/2012. 
	
	Questão CESPE - AGU/2012
	
	De acordo com a Convenção sobre os Aspectos Civis do Sequestro Internacional de Crianças, o retorno da criança pode ser recusado pela autoridade judicial ou administrativa se a criança, tendo idade e grau de maturidade suficiente para decidir, se opuser ao retorno. - CERTO
Art. 13, a da Convenção sobre os Aspectos Civis do Sequestro Internacional de Crianças
	
	
	
	
	
	
	
	DIVERSOS
	
	
	
	
	
	Oral TRF2
	Arbitragem interna x arbitragem internacional
	7) Arbitragem interna e arbitragem internacional. Qual a diferença?
Resposta:
José Carlos de Magalhães distingue: “a arbitragem estrangeira [arbitragem interna] (...) resolve um litígio subordinado inteiramente a uma ordem jurídica nacional determinada, em que todos os elementos da relação jurídica controvertida estão sujeitos a essa ordem jurídica. Um contrato regido pela lei inglesa, tendo como partes pessoas domiciliadas na Inglaterra e como objeto, bem ou direito também situado naquele país, é contrato nacional, subordinado a uma lei nacional e a arbitragem que dirimir a controvérsia dele oriunda é também nacional e, assim, estrangeiras para outros países. Já a arbitragem internacional soluciona controvérsia de caráter internacional, seja porque as partes possuam domicílio em diferentes países, seja porque o objeto do contrato se situe em outra ordem jurídica, seja, ainda, porque o pagamento deva transitar de um país para outro. Em outras palavras, a relação jurídica controvertida envolve mais de uma ordem jurídica nacional, embora possa ser regida por uma lei nacional.”
	
	Oral TRF2
	Arbitragem
	8) Nova lei de arbitragem trouxe alteração do cenário brasileiro?
Resposta:
Sobre tema, leciona Nadia de Araújo: “até a entrada em vigor da Lei de Arbitragem (Lei nº 9.307/2006, vigia no Brasil o sistema de dupla homologação, pelo qual qualquer laudo arbitral proferido no exterior, para ser delibado, deveria ser previstamente homologado pela Justiça do país de origem. (...) Desse modo, a análise para homologação recaía não sobre a decisão arbitral em si, e sim sobre a decisão judicial de origem. Com o advento da Lei de Arbitragem, o STF, à época competente para processar e julgar as homologações, declarou a natureza processual dos arts. 37 e 39 da referida lei, que permitiam a homologação do próprio laudo arbitral e sua consequente aplicabilidade imediata. (...) O STJ, ao assumir a competência para homologação de sentenças estrangeiras, tem mantido o entendimento jurisprudencial inaugurado pelo STF relativamente à arbitragem com o incremento da homologação-simples.”
	
	Oral TRF1
	Espaço aéreo
	1) De acordo com as regras de navegação aérea e marítima no mundo, diversas nações celebraram uma convenção para caracterizar e repudiar o que se chama pirataria?
Resposta:
Há um Tratado que convencionou-se chamar de ACTA, que quer dizer Anti-Counterfeiting Trade Agreement, ou, em português, acordo comercial antipirataria. Tal documento é apontado pela doutrina moderna como um complemento ao Acordo TRIPS, que foi duramente criticado por não obstar a pirataria e supostamente pavimentar uma dominação dos países desenvolvidos sobre os subdesenvolvidos. O ACTA já foi subscrito por países como México, Canadá e Austrália.
	 
	 
	 
	 
	
	
	
	DIREITO INTERNACIONAL PRIVADO
	 
	 
	 
	 
	STJ 3aT STJ 4aT
	364 430 434
	Jurisdição - Cláusula de eleição de foro
	Info 364 - 3aT: É vedado

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