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13/10/2022 Fisiopatologia e Dietoterapia das Doenças Hepáticas PROFA: MARIA FERNANDA CASTIONI FISIOPATOLOGIA E DIETOTERAPIA 2 Metabolismode CHO, LIP e PTN - formação de Acetil-CoA; Armazenamento: glicogênio, vitaminas lipossolúveis, minerais; Síntese de colesterol, lipoproteínas, bile, proteínas plasmáticas e AA não essenciais; Conversão de amônia à uréia; Glicogênese, glicogenólise e neoglicogênese; Detoxificação de drogas e outras substâncias; Metabolismo do Ferro Síntese de Fatores de coagução ÓRGÃO CENTRAL DO METABOLISMO PROFA: MARIA FERNANDA CASTIONI 13/10/2022 Parâmetros Bioquímicos FISIOPATOLOGIA E DIETOTERAPIA 2 DOENÇA HEPÁTICA NÃO ALCOÓLICA Refere-se, portanto, ao acúmulo de gordura dentro dos hepatócitos. PROFA: MARIA FERNANDA CASTIONI Decorre de: Aumento na síntese hepática, oxidação deficiente e/ou redução da secreção hepática de LP. Diminuição na ß-oxidação dos ácidos graxos livres; Desnutrição proteica; infecção ou doença maligna; Aumento na mobilização de ácidos graxos do tecido adiposo; Aumento na síntese hepática de AG e TG (lipogênese); Ganho de peso (na obesidade), resistência insulínica e DM; Suporte parenteral por longo tempo. 45 –100% pacientes: assintomáticos 13/10/2022 DOENÇA HEPÁTICA NÃO ALCOÓLICA A doença hepática gordurosa não alcoólica (DHGNA) é uma epidemia global em progressão. Estima-se sua prevalência em 20-30% da população mundial. Em obesos a prevalência estimada é de 75 a 80%, e nos obesos graves (≥ 35 kg/m²) de 90 a 100%. A DHGNA consiste na presença de depósitos gordurosos no citoplasma de mais de 5% dos hepatócitos ATENÇÃO!!!! PORQUE PODE PROGREDIR.... NASH Non-alcoholicsteatohepatitis = doença hepática gordurosa não alcoólica O espectro de apresentação varia desde esteatose simples até esteatohepatite não alcoólica (EHNA), podendo evoluir para fibrose e cirrose 13/10/2022 DOENÇA HEPÁTICA NÃO ALCOÓLICA GASTROENTEROLOGY 2012;142:1592–1609 DOENÇA HEPÁTICA NÃO ALCOÓLICA - TIPOS GASTROENTEROLOGY 2012;142:1592–1609 • Mais de 45% dos pacientes são assintomáticos; • Quando sintomática, pode ocorrer: dor no quadrante superior direito, desconforto abdominal, fadiga ou mal estar; • Alguns pacientes podem apresentar hepatomegalia; ⚬ ALT (alanina aminotransferase) e ⚬ AST (aspartato aminotrasferase) > 2 a 5 vezes os valores basais; • Esteatose hepática não alcoólica ALT/AST 1; • Fosfatase alcalina também pode estar aumentada. 13/10/2022 Fi si o pa to lo gi a da N A S H Fi si o pa to lo gi a da N A S H 13/10/2022 E xa m es la bo ra to ri ai s TRANSAMINASES •As transaminases (ou aminotransferases), catalisam a transferência de grupo amina entre aminoácidos, estão ativas no coração e nos músculos. Estão presentes no soro em caso de citólise do hepatócito ou muscular. •A alanina aminotransferase (ALT = TGP) apenas em grande quantidade no fígado •A aspartato aminotransferase (AST =TGO) esta presente no coração e nos músculos. E xa m es la bo ra to ri ai s TRANSAMINASES •Alanina aminotransferase (ALT) ou Transaminase glutâmico pirúvica (TGP) Encontrada em altas concentrações apenas no citoplasma do fígado, o que torna o seu aumento mais específico de lesão hepática; no entanto, pode estar aumentada em conjunto com a AST em miopatias severas. VR: de 7 a 35 U/L para mulheres (ideal 1,0 – revela cirrose em pacientes com hepatite viral crônica A relação AST/ALT >2,0 – desde que o valor de ambas isoladamente esteja menor que 300UI/L – DOENÇA HEPÁTICA ALCOÓLICA REDUÇÃO DE PESO REDUÇÃO DA GORDURA INTRA HEPÁTICA MELHOR CONTROLE METABÓLICO, REDUÇÃO DOS NÍVEIS GLICÊMICOS MELHORA DA RESPOSTA INSULÍNICA, DO PERFIL LIPÍDICOE ESTADO INFLAMATÓRIO IMPORTANTE CONSIDERAR A ETIOLOGIA DA DOENÇA DIETOTERAPIA- OBJETIVOS 13/10/2022 DIETOTERAPIA- PONTOS CHAVE Esteatose hepática - Hiperinsulinemia - Resistência à insulina - Síndrome metabólica- dieta? Antioxidantes Perfil de carboidratos da dieta Polifenóis Evitar sobrecarga de ferro Restrição calórica + EF PRINCIPAIS RECOMENDAÇÕES DIETÉTICAS NA DHGNA DIETOTERAPIA- OBJETIVOS Peso e Valor calórico Redução de 3 a 5% do peso para pacientes com esteatose Redução 10 % do peso para pacientes com esteato-hepatite Calorias - redução de 500 a 1000 kcal para sobrepeso ou obesidade Carboidratos 40- 45% das calorias totais - Complexos/ Baixo IG Até 40% - > velocidade de perda de peso até 6 meses GUIDELINES ESPEN 2019 13/10/2022 PRINCIPAIS RECOMENDAÇÕES DIETÉTICAS NA DHGNA DIETOTERAPIA- OBJETIVOS Fibras ADA (American Dietetic Association) 14g de fibra por 1000 kcal - ou 25g mulheres e 38g para os homens OMS (Organização Mundial de Saúde): Consumo superior a 25g /dia de fibra total DRI (Ingestão dietética de referência): Consumo médio de 30g /dia de fibra total. Quantidade mínima 20g/dia. PRINCIPAIS RECOMENDAÇÕES DIETÉTICAS NA DHGNA DIETOTERAPIA- OBJETIVOS Lipídios 25 até 30% totais sendo AGS até 10%, AGM > 15% Suplementação de vitamina E? Probióticos Proteínas 15 até 20% do VET GUIDELINES ESPEN 2019 Pacientes obesos com doença intercorrente devem receber nutrição enteral ou parenteral com uma meta de ingestão energética de 25 kcal/kg/dia, e uma ingestão de proteína alvo de 2 a 2.5 g/kg/dia. 13/10/2022 PRINCIPAIS RECOMENDAÇÕES DIETÉTICAS NA ESTEATO HEPATITE ALCOÓLICA (EHA) DIETOTERAPIA- OBJETIVOS Pacientes portadores de esteato-hepatite alcoólica (EHA) frequentemente apresentam carências de vitaminas e de elementos traço, havendo portanto necessidade de avaliação e reposição. A terapia nutricional deve ser instituída nos pacientes portadores de esteato- hepatite alcoólica (EAH) que não conseguem atender suas necessidades nutricionais através da VO, com o objetivo de melhorar a sobrevida, a taxa de infecção, os parâmetros de função hepática e a resolução da encefalopatia hepática (EH). Nos pacientes descritos acima, deve-se iniciar o uso de suplementos nutricionais orais (SNO) GUIDELINES ESPEN 2019 PRINCIPAIS RECOMENDAÇÕES DIETÉTICAS NA ESTEATO HEPATITE ALCOÓLICA (EAH) DIETOTERAPIA- OBJETIVOS Na EHAnutrição por via oral, enquanto estiverem preservados os reflexos de deglutição e de tosse e suas necessidades nutricionais estejam sendo atendidas. A nutrição enteral (NE) deve ser iniciada, quando os pacientes portadores de EHA grave não conseguirem satisfazer suas necessidades nutricionais através da dieta alimentar + SNO. Em vigência da NE na EHA devem receber dietas enterais ou SNO de formulação padrão, preferencialmente com densidade calórica ≥ 1,5 kcal/ml GUIDELINES ESPEN 2019 13/10/2022 PRINCIPAIS RECOMENDAÇÕES DIETÉTICAS NA ESTEATO HEPATITE ALCOÓLICA (EAH) DIETOTERAPIA- OBJETIVOS A nutrição parenteral (NP) deve ser iniciada em pacientes portadores de EHA moderada ou severa e desnutrição (moderada ou severa), nos quais a NE por via oral ou por sonda não consigam tender às necessidades nutricionais. Agua, eletrólitos, vitaminas hidrossolúveis e lipossolúveis e elementos traço devem ser fornecidos aos pacientes portadores de EHA desde o início da NP ( atender às necessidades e corrigir as deficiências). GUIDELINES ESPEN 2019 HEPATITE AGUDA PROFA: MARIA FERNANDA CASTIONI Doença inflamatória aguda do fígado Causas: vírus, álcool, fármacos etc. Evolução normal Evolução grave – risco de mortalidade/doença hepática grave 13/10/2022 HEPATITE AGUDA PROFA: MARIA FERNANDA CASTIONI • Hepatite aguda não complicada ⚬ Funções hepáticas levemente comprometidas ⚬ Anorexia, náuseas e vômitos ⚬ Conduta Nutricional: dieta equilibrada, ricas em proteínas de AVB, e gorduras conforme tolerância individual –Melhor retenção protéica. • Hepatite Aguda Grave ⚬ Alta mortalidade ⚬ Ingestão oral ⚬ Edema grave ⚬ Catabolismo protéico DOENÇA HEPÁTICA ALCÓOLICA PROFA: MARIA FERNANDA CASTIONI Doença resultante da ingestão excessiva de álcool, em que ocorre acúmulo de TG no citoplasma celular - doença hepática mais comum; consumo/dia exceder 80g de etanol/dia Esteatose hepática Hepatite alcoólica CIRROS E 13/10/2022 Fi si o pa to lo gi a DOENÇA HEPÁTICA ALCÓOLICA QUADRO CLÍNICO – Hepatomegalia, Elevação nas transaminases, Bilirrubinas séricas elevadas, Albumina sérica normal ou diminuída, Anemia e trombocitopenia; • Sintomas: dor abdominal, anorexia, náusea,vômito, fraqueza, diarréia, perda de peso ou febre; Fi si o pa to lo gi a DOENÇA HEPÁTICA ALCÓOLICA 13/10/2022 Fi si o pa to lo gi a DOENÇA HEPÁTICA ALCÓOLICA Fi si o pa to lo gi a DOENÇA HEPÁTICA ALCÓOLICA 13/10/2022 DOENÇA HEPÁTICA ALCÓOLICA DOENÇA HEPÁTICA GRAVE - CIRROSE PROFA: MARIA FERNANDA CASTIONI 13/10/2022 DOENÇA HEPÁTICA GRAVE - CIRROSE PROFA: MARIA FERNANDA CASTIONI • Alterações na estrutura hepática, capacidade funcional do hepatócito e a circulação porta ---- ---- risco real de desnutrição • Doença crônica difusa do fígado onde ocorre necrose, fibrose com regeneração hepatocelular. • Insuficiência dos hepatócitos • Classificação: ⚬ Micronodular ⚬ Macronodular PROFA: MARIA FERNANDA CASTIONI • Principais causas de cirrose hepática • Álcool • Hepatite viral • Hemocromatose • Doença de Wilson • Hepatopatia auto-imune • Drogas e toxinas • Sífilis • HipervitamonoseA • Micotoxinas • Desnutrição (causa associada) CIRROSE HEPÁTICA- CAUSAS 13/10/2022 • Anorexia • Náuseas • Desconforto e dor abdominal • Fraqueza/cansaço • Emagrecimento • Colúria • Hematêmese e melena • Ascite • Alterações psiquicas PROFA: MARIA FERNANDA CASTIONI CIRROSE HEPÁTICA- QUADRO CLÍNICO • Encefalopatia hepática e Coma • Hipertensão Portal -> Varizes esofagianas e colaterais • Ascite e edemas - retenção de Na e água; • Desnutrição, mesmo quando as necessidades nutricionais são supridas • Icterícia • Hiperamonemia; • Anormalidades na coagulação • Alteração no tempo de protrombina; • Resistência à insulina ou Intolerância à glicose; • Hipoalbuminemia; • Plaquetopenia. Q ua dr o C lín ic o 13/10/2022 Fi si o pa to lo gi a • Representa uma complicação de várias doenças como , cirrose, esquistossomose, neoplasias de fígado, etc. • Resultante de qualquer obstáculo ao tronco porta ou a um de seus ramos, dentro ou fora do fígado • Circulação colateral • Quando o obstáculo se estabelece, as vias colaterais desenvolvem-se , visando drenar o sangue. HIPERTENSÃO PORTAL Circulação Colateral • Graves complicações ⚬ Esplenomegalia congestiva ⚬ Ascite ⚬ Encefalopatia hepática ⚬ Circulação colateral porto sistêmica ( varizes esofágicas e hemorróidas) Fi si o pa to lo gi a HIPERTENSÃO PORTAL 13/10/2022 • Graves complicações ⚬ Esplenomegalia congestiva ⚬ Ascite ⚬ Encefalopatia hepática ⚬ Circulação colateral porto sistêmica ( varizes esofágicas e hemorróidas) Fi si o pa to lo gi a HIPERTENSÃO PORTAL Fi si o pa to lo gi a HIPERTENSÃO PORTAL 13/10/2022 Fi si o pa to lo gi a VARIZES ESOFAGIANAS Fi si o pa to lo gi a • Acúmulo de líquido em excesso na cavidade peritoneal • Causa distenção abdominal • Causa multifatorial • Alterações na função renal • Alterações na microcirculação hepática • Líquido contendo proteína, glicose, sódio e potássio ASCITE Existência patológica de fluido, proteína sérica e eletrólitos na cavidade peritoneal: 85% tem cirrose; 15% por causa não hepática; Resultado de perda de fluidos pelas células devido a desequilíbrios osmolares ou de nutrientes. 13/10/2022 Expansão do volume de líquido extracelular Diminuição da PA Fi si o pa to lo gi a ASCITE Vasodilatação arterial esplâncnica Diminuição da volemia Ativação de receptores de volume cardiopulmonar Ativação de sistemas homeostáticos vasoconstrictores Retenção de Sódio Ativação de sistemas renina angiotensina aldosterona ASCITE E EDEMA Volume extracelular Fi si o pa to lo gi a ASCITE Paciente Cirrótico Retenção de Sódio Reabsorção nos túbulos renais Acúmulo de água na cavidade peritoneal e interstício Níveis séricos de renina 13/10/2022 Fi si o pa to lo gi a ASCITE Fi si o pa to lo gi a ASCITE 13/10/2022 Entende-se uma síndrome neuropsíquica multissistêmica, secundária à insuficiência hepática aguda ou crônica, cuja grande complicação é o coma. Dependente da ruptura da barreira hematoencefálica ENCEFALOPATIA HEPÁTICA Etiologia: Cerca de 97% ocorrem em cirróticos e condicionada ao grau de necrose hepática e alterações metabólicas conseqüentes Fi si o pa to lo gi a ENCEFALOPATIA HEPÁTICA TEORIAS 3ª) Deficiência de Zinco, triptofano e certos tipos de ácidos graxos – Desequilíbrio plasmático de AA: diminuição de BCAA e aumento de AA aromáticos; – AAA: competem com BCAA na barreira hematoencefálica levando a menor captação cerebral de BCAA 1ª) Amônia: toxina cerebral direta: – Falha Renal: fígado não converte amônia em uréia; – Encefalopatia: aumento na ingestão de PTN - aumenta N da uréia e creatinina; 2ª) Teoria do neurotransmissor alterado: – Desequilíbrio plasmático de AA: diminuição de BCAA e aumento de AA aromáticos; – AAA: competem com BCAA na barreira hematoencefálica levando a menor captação cerebral de BCAA 13/10/2022 Fi si o pa to lo gi a ENCEFALOPATIA HEPÁTICA Fi si o pa to lo gi a ENCEFALOPATIA HEPÁTICA Aminoácidos aromáticos – aumento dos níveis séricos Tirosina Fenilalanina Triptofano Aminoácidos de cadeia ramificada – diminuição dos níveis séricos Valina Leucina Isoleucina Outros aminoácidos – aumento dos níveis séricos Metionina Glutamina Asparagina Histidina 13/10/2022 Fi si o pa to lo gi a ENCEFALOPATIA HEPÁTICA Ingestão excessiva de proteínas e aminoácidos: Excesso de substãncias aminadas provoca alterações ao nível do SNC. Infecções: Septicêmia pode agravar ou descompensar uma cirrose Alterações eletrolíticas: Diuréticos Sedativo ENCEFALOPATIA HEPÁTICA Edema cerebral Neuroinflamação Déficit cognitivo Estresse oxidativo Inflamação sistêmica Disfunção mitocôndrial metabolismo energético prejudicado Alteração da barreira hematoencefálica Aumento dos ácidos biliares circulantes Alteração na neurotransmissãoDisbiose diminuição da barreira intestinal Hiperamonemia 13/10/2022 Fi si o pa to lo gi a ENCEFALOPATIA HEPÁTICA S in ai s e si nt ô m as ENCEFALOPATIA HEPÁTICA Alterações psíquicas – estado de consciência e comportamento Inversão do ritmo do sono, desorientação têmporo- espacial, confusão, sonolência, letargia, perda da consciência com resposta aos estímulos externo e coma profundo. Alterações neurológicas – flapping .Movimentos irregulares que podem ser vistos com os braços em extensão horizontal e as mãos posicionadas para cima. 13/10/2022 S in ai s e si nt ô m as ENCEFALOPATIA HEPÁTICA S in ai s e si nt ô m as ENCEFALOPATIA HEPÁTICA 13/10/2022 • Dependentes do grau do comprometimento funcional ⚬ Perda de peso: ■ 20% pacientes compensados ■ 40 a 65% descompensados ⚬ Anorexia – 87% dos pacientes ⚬ Desnutrição x sistema imune ⚬ Metabolismo energético – gorduras e proteínas são as principais fontes energéticas ⚬ Glicogenólise e utilização periférica de glicose ¯ • Alterações no Metabolismo de Carboidratos: ⚬ Hiperinsulinemia (80% dos pacientes com cirrose) ⚬ diminui a captação hepática do hormônio ⚬ Aumento de glucagon ⚬ Resistência a ação da insulina ALTERAÇÕES NUTRICIONAIS NAS DOENÇAS HEPÁTICAS •Alterações significativas no metabolismo de proteínas •Proteólise (hiperglucagonemia) •Saída de aa de tecidos periféricos e fígado para o plasma •Diminuição importante da captação hepática de aa de cadeia aromática • Aumento da concentração plasmática de tirosina, fenilalanina, metionina e alanina) •Diminuição da concentração de aa de cadeia ramificada ALTERAÇÕES NUTRICIONAIS NAS DOENÇAS HEPÁTICAS 13/10/2022 •Alterações no metabolismo de Vitaminas e Minerais • Deficiências são comuns nas doenças hepáticas • Diminuição da ingesta • Menor capacidade de armazenamento • Diminuição da absorção (etanol) • Em cirrose – vitaminas lipossolúveis A e D – redução sérica de até 50% dos valores normais. • Deficiencia de zinco – 70 – 80% pacientes • Deficiencia de vitamina C • Deficiencia de B6 e B12 e ácido fólico • Sangramento – deficiencia de ferro • Hipercalemia e Hiperfosfatemia ALTERAÇÕES NUTRICIONAIS NAS DOENÇAS HEPÁTICAS Reposições vitaminicas e minerais devem fazer parte da terapia nutricional sempre que necessário Qualidade de vida por meio da melhora funcional hepática; Manter ou recuperar o peso adequado; Controlar o catabol ismo proteico muscular e visceral ; Manter o balanço nitrogenado, a síntese de proteínas de fase aguda e a regeneração hepática, sem aumentar o r isco de encefalopatia hepática OBJETIVOS DIETOTERAPIA NAS DOENÇAS HEPÁTICAS 13/10/2022 ONDE BASEAR A CONDUTA? A orientação prática em questão é composta por um total de 103 declarações e recomendações, todas baseadas na Diretriz ESPEN sobre Nutrição Clínica na Doença Hepática publicada anteriormente em 2019. DIETOTERAPIA- INSUFICIÊNCIA HEPÁTICA AGUDA – Pacientes que sofrem apenas de encefalopatia hepática leve podem ser alimentados por via oral, desde que os reflexos de tosse e deglutição estejam intactos. – Em pacientes com encefalopatia hepática leve, suplementos nutricionais orais devem ser usados quando as metas de alimentação não são alcançadas por via oral. – Pacientes que não podem ser alimentados por via oral devem receber nutrição enteral por sonda nasogástrica ou nasojejunal. – Em pacientes desnutridos, a nutrição enteral ou parenteral deve ser iniciada prontamente, assim como em outros pacientes críticos. 13/10/2022 DIETOTERAPIA- PONTOS CHAVE - CIRROSE HEPÁTICA Hipercalórica - 30- 35 kcal/kg Proteínas 1,2 até 1,5 g/kg Hipercalórica - 30- 35 kcal/kg Proteínas 2,0 até 2,5 g/kg A terapia nutricional nos pacientes com cirrose deve ser baseada nos regimes com formulação “padrão”. Os regimes baseados no uso de aminoácidos de cadeia ramificada (AACR) e/ou imunomoduladores, não trazem melhores resultados, no que se refere à morbidade e à mortalidade. ESPEN,2019 DIETOTERAPIA- PONTOS CHAVE - CIRROSE HEPÁTICA Proteínas 1,2 g/kg Mesmo em pacientes com EH episódica Restrição proteíca - EH crônica intratável - mínimo 0,8g/kg (avaliar!) Proteína da carne Proteína vegetal e láctea 13/10/2022 DIETOTERAPIA- PONTOS CHAVE - CIRROSE HEPÁTICA FONTE PROTEÍCA Proteína vegetal Pobre em aminoácidos sulfurados, metionina e cisteína. Chamados de falsos neurotransmissores. Ricas em ornitina e arginina - melhor depuração de amônia. Uso de 30 a 40 g - cirróticos com sobrepeso e obesidade DIETOTERAPIA- PONTOS CHAVE - CIRROSE HEPÁTICA TIPO DE AMINOÁCIDOS AAACR Valina, leucina e isoleucina - reduzidas no plasma de indivíduos cirróticos . Facilitadores da destoxificação de amônia. Mantêm o BN + AACA Aminoácidos de cadeia aromática - aumentada no plasma de indivíduos cirróticos . Ultrapassam a barreira hematoencefálica - falsos neurotransmissores 13/10/2022 DIETOTERAPIA- PONTOS CHAVE - CIRROSE HEPÁTICA Na impossibilidade de realizar a nutrição por via oral ou enteral, deve ser iniciada a NP, visto que a NP, em comparação com a dieta zero, é capaz de diminuir as taxas de complicações e o tempo de ventilação mecânica dos hepatopatas internados em CTI. A NP deve ser iniciada nos hepatopatas com encefalopatia hepática nas seguintes condições: • Comprometimento da tosse e deglutição • Sem possiblidade de realizar a NE por sonda ESPEN,201 Os períodos de jejum devem ser curtos, consumindo 3 a 5 refeições por dia, para melhorar o status de proteína corporal total. DIETOTERAPIA- PONTOS CHAVE - CIRROSE HEPÁTICA Nos hepatopatas a NE deve ser iniciada por sonda colocada no estômago ou no jejuno, seguindo as mesmas recomendações estabelecidas para os pacientes não hepatopatas. ESPEN,2019 Principais recomendações nutricionais para Hepatopatia COMPENSADA 13/10/2022 DIETOTERAPIA- PONTOS CHAVE - CIRROSE HEPÁTICA Principais recomendações nutricionais para Hepatopatia DESCOMPENSADA Usar peso seco para calcular IMC em pacientes com edema Usar peso ideal oara cálculo dos requerimentos