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RESPOSTAS DO RECLAMADO_AULAS04E05

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OAB XVIII EXAME – 2ª FASE 
Direito do Trabalho – Aulas 04 e 05 
Aryanna Manfredini 
1 
R E S P O S T A S D O R E C L A M A D O 
 
São respostas do réu: 
 
• CONTESTAÇÃO; 
• EXCEÇÃO; 
• RECONVENÇÃO. 
 
CONTESTAÇÃO – ESTRUTURA COMPLETA 
 
 O endereçamento e a qualificação sempre serão os primeiros passos de qualquer petição, 
sendo o conteúdo da contestação composto por Preliminar de Mérito, Prejudicial de Mérito, 
Mérito e Requerimentos Finais. 
 
CONTESTAÇÃO 
 
• Preliminar de Mérito; 
• Prejudicial de Mérito; 
• Mérito; 
• Requerimentos Finais. 
 
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DA ___ VARA DO TRABALHO DE ________. 
 
Processo n°. 
 
NOME DO RECLAMADO, qualificação e endereço completos, vem respeitosamente perante Vossa 
Excelência, por intermédio de seu advogado adiante assinado (PROCURAÇÃO ANEXA), com 
escritório profissional no endereço completo, onde recebe intimações e notificações, com fulcro no 
artigo 847 da CLT, OFERECER: 
 
CONTESTAÇÃO 
 
à Reclamatória Trabalhista que lhe move NOME DO RECLAMANTE, já qualificado nos autos em 
epígrafe, pelas razões de fato e de direito a seguir expostas. 
 
I – PRELIMINAR DE MÉRITO 
 
II – PREJUDICIAL DE MÉRITO 
 
a) Prescrição Bienal 
b) Prescrição Quinquenal 
 
III – MÉRITO (os tópicos são exemplificativos, uma vez que o mérito depende da proposta). 
 
1. PEDIDO FORMULADO PELO AUTOR 
§1 Fato O Reclamante postulou... 
§2 Fundamento Não assiste razão ao Reclamante, pois... 
§3 Pedido Diante do exposto, requer a improcedência do pedido do Reclamante. 
 
IV – REQUERIMENTOS FINAIS 
 Requer a produção de todos os meios de provas em direito admitidas, em especial o 
depoimento pessoal do Reclamante, sob pena de confissão. 
Por fim, requer o acolhimento da preliminar de mérito para … sucessivamente, o acolhimento da 
prejudicial de mérito para… e, sucessivamente, no mérito, a improcedência dos pedidos 
formulados pelo autor, condenando-o no pagamento de custas processuais. 
 
 
 
 
 
 
 
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OAB XVIII EXAME – 2ª FASE 
Direito do Trabalho – Aulas 04 e 05 
Aryanna Manfredini 
2 
 
 Nesses Termos, 
 Pede deferimento. 
 Local e data. 
 Advogado 
 OAB nº 
 
ANÁLISE DOS TÓPICOS DA CONTESTAÇÃO 
 
ENDEREÇAMENTO 
 
Na contestação, o endereçamento da peça deve ser feito ao juízo em que está tramitando a ação, 
como no exemplo abaixo: 
 
EXCELENTÍSSIMO DOUTOR JUIZ DA… VARA DO TRABALHO DE… 
 
QUALIFICAÇÃO 
 
 Apesar do reclamado já estar qualificado na inicial, a contestação é a sua primeira 
manifestação nos autos, de modo que deve trazer sua qualificação. Caso o problema não forneça os 
dados, não invente. Coloque entre vírgulas, “qualificação e endereço completos”. Na hipótese de 
o problema fornecer os dados apena de forma parcial, indique os fornecidos pela prova e acrescente 
―qualificação e endereço completos‖. 
 Dispensa-se a qualificação completa do reclamante, a qual será substituída pela expressão 
"já qualificado nos autos em epígrafe". 
 Ainda, na qualificação, deverá ser inserido o fundamento legal da peça processual. A 
contestação, no Processo do Trabalho, está positivada no artigo 847 da CLT, in verbis: 
 
Art. 847, CLT. Não havendo acordo, o reclamado terá vinte minutos para aduzir sua defesa, após a 
leitura da reclamação, quando esta não for dispensada por ambas as partes. 
 
Exemplo: 
 
NOME DO RECLAMADO, qualificação e endereço completos, vem respeitosamente perante Vossa 
Excelência, por intermédio de seu advogado adiante assinado (PROCURAÇÃO ANEXA), com 
escritório profissional no endereço completo, onde recebe intimações e notificações, com fulcro no 
artigo 847 da CLT, OFERECER: 
 
CONTESTAÇÃO 
 
à Reclamatória Trabalhista que lhe move NOME DO RECLAMANTE, já qualificado nos autos em 
epígrafe, pelas razões de fato e de direito a seguir expostas. 
ou 
 
NOME DA RECLAMADA (completo, sem abreviações e em caixa alta), pessoa jurídica de direito 
privado (pessoa física; fundação pública ou privada, etc.), inscrita no CNPJ sob o nº, estabelecida no 
endereço completo, vem respeitosamente perante Vossa Excelência, por intermédio de seu 
advogado adiante assinado (PROCURAÇÃO ANEXA), com escritório profissional no endereço 
completo, onde recebe intimações e notificações, com fulcro no art. 847, CLT, OFERECER: 
 
CONTESTAÇÃO 
 
 
 
 
 
 
 
 
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OAB XVIII EXAME – 2ª FASE 
Direito do Trabalho – Aulas 04 e 05 
Aryanna Manfredini 
3 
à Reclamatória Trabalhista que lhe move NOME DO RECLAMANTE, já qualificado nos autos em 
epígrafe, pelas razões de fato e fundamentos de direito a seguir expostas. 
 
 
PRELIMINAR DE MÉRITO 
 
 A preliminar de mérito da contestação versa sobre os aspectos processuais, trata-se de 
defesa processual. 
Assim, segue procedimento de pensamento: 
 
 
 
PROBLEMA 
NO PROCESSO 
PRELIMINARES 
DE MÉRITO 
ART.301, CPC 
ART. 852-B, CLT 
 
Art. 301. Compete-lhe, porém, antes de discutir o mérito, alegar: 
I - inexistência ou nulidade da citação; 
II - incompetência absoluta; 
III - inépcia da petição inicial; 
IV - perempção; 
V - litispendência; 
VI - coisa julgada; 
VII - conexão; 
VIII - incapacidade da parte, defeito de representação ou falta de autorização; 
IX - convenção de arbitragem; 
X - carência de ação; 
XI - falta de caução ou de outra prestação, que a lei exige como preliminar. 
§ 1º - Verifica-se a litispendência ou a coisa julgada, quando se reproduz ação anteriormente 
ajuizada. 
§ 2º - Uma ação é idêntica à outra quando tem as mesmas partes, a mesma causa de pedir e o 
mesmo pedido. 
§ 3º - Há litispendência, quando se repete ação, que está em curso; há coisa julgada, quando se 
repete ação que já foi decidida por sentença, de que não caiba recurso. 
§ 4º - Com exceção do compromisso arbitral, o juiz conhecerá de ofício da matéria enumerada neste 
artigo. 
 
Encontrada a hipótese no art. 301 do CPC ou no art. 852-B da CLT, incisos I e II, da CLT, é certo que 
haverá preliminar, resta, portanto, saber o que pedir. 
As preliminares de mérito classificam-se em dilatórias e peremptórias. Enquanto as dilatórias não 
visam à extinção do processo; as peremptórias tem esse objetivo. Aquelas são a maioria. 
Tratam de exceções dilatórias a conexão e continência (art. 301, VII, CPC) e a incapacidade de 
parte ou irregularidade de representação. O art. 301, VII refere-se apenas à conexão, entretanto, 
esta compreende também a continência. Reputam-se conexas duas ou mais ações, quando Ihes for 
comum o objeto ou a causa de pedir (art. 103, CPC). Dá-se a continência entre duas ou mais ações 
sempre que há identidade quanto às partes e à causa de pedir, mas o objeto de uma, por ser mais 
amplo, abrange o das outras (art. 104, CPC). Nesses casos, demanda-se a reunião de ações 
propostas em separado, a fim de que sejam decididas simultaneamente. 
Quando se pensa em extinção, deve-se lembrar dos artigos 267 e 269 do CPC. Quando a 
suposição se encontrar no art. 269 do CPC, o pedido deverá ser de extinção com resolução do 
mérito. Já no caso de estar prevista no art. 267 do CPC, o pedido deverá ser de extinção do 
processo sem resolução do mérito. 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Direito do Trabalho – Aulas 04 e 05 
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 As preliminares de mérito estarão previstas no art. 267 do CPC: 
 
Art. 267, CPC. Extingue-se o processo, sem resolução de mérito: 
I - quando o juiz indeferir a petição inicial; 
II - quando ficar parado durante mais de 1 (um) ano por negligência das partes; 
III - quando, por não promover os atos e diligências que lhe competir, o autor abandonar a causa por 
mais de 30 (trinta) dias; 
IV - quando se verificar a ausênciade pressupostos de constituição e de desenvolvimento válido e 
regular do processo; 
V - quando o juiz acolher a alegação de perempção, litispendência ou de coisa julgada; 
VI - quando não concorrer qualquer das condições da ação, como a possibilidade jurídica, a 
legitimidade das partes e o interesse processual; 
VII - pela convenção de arbitragem; 
VIII - quando o autor desistir da ação; 
IX - quando a ação for considerada intransmissível por disposição legal; 
X - quando ocorrer confusão entre autor e réu; 
XI - nos demais casos prescritos neste Código. 
§ 1º. O juiz ordenará, nos casos dos nºs. II e III, o arquivamento dos autos, declarando a extinção do 
processo, se a parte, intimada pessoalmente, não suprir a falta em 48 (quarenta e oito) horas. 
§ 2º. No caso do parágrafo anterior, quanto ao nº II, as partes pagarão proporcionalmente as custas 
e, quanto ao nº III, o autor será condenado ao pagamento das despesas e honorários de advogado 
(Art. 28). 
§ 3º. O juiz conhecerá de ofício, em qualquer tempo e grau de jurisdição, enquanto não proferida a 
sentença de mérito, da matéria constante dos nºs. IV, V e VI; todavia, o réu que a não alegar, na 
primeira oportunidade em que lhe caiba falar nos autos, responderá pelas custas de retardamento. 
§ 4º - Depois de decorrido o prazo para a resposta, o autor não poderá, sem o consentimento do réu, 
desistir da ação. 
 
Art. 269, CPC. Haverá resolução de mérito: 
I - quando o juiz acolher ou rejeitar o pedido do autor; 
II - quando o réu reconhecer a procedência do pedido; 
III - quando as partes transigirem; 
IV - quando o juiz pronunciar a decadência ou a prescrição; 
V - quando o autor renunciar ao direito sobre que se funda a ação. 
 
Atente-se para o fato de que o pedido de extinção pode se referir ao processo como um todo, 
ou apenas a um ou alguns pedidos, ou ainda um ou alguns réus, como veremos nos exemplos 
a seguir. 
 
Para o estudo das preliminares, os pressupostos de admissibilidade e as condições da ação 
merecem ser relembrados. Os pressupostos processuais dividem-se da seguinte maneira: 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Existência Validade 
Petição Inicial; 
Jurisdição; 
Citação; 
Capacidade de ser parte 
(pessoa ou ente 
despersonalizado). 
Apta; 
 
Juiz imparcial e 
competente; 
Válida; 
Capacidade processual. 
 
Os pressupostos de existência e de validade são denominados pressupostos de constituição 
(existência) e de desenvolvimento válido e regular do processo (validade e específicos). A ausência 
de qualquer deles implica a extinção do processo sem resolução do mérito, com fundamento no art. 
267, IV, do CPC. 
 
Acerca dos pressupostos destacam-se a citação válida, a inépcia da petição inicial e a 
perempção. 
 
I – NULIDADE DE CITAÇÃO 
 
Para a validade do processo é indispensável a citação do réu (art. 214, CPC). 
 
A citação no Processo do Trabalho chama-se notificação e é realizada, em regra, via postal com 
aviso de recebimento. Se o réu criar embaraços ao seu recebimento ou não for encontrado far-se-á a 
notificação por edital, inserto em jornal oficial ou no que publicar o expediente forense, ou, na falta, 
afixado na sede do Juízo. 
 
Entre a data do recebimento da notificação e a data da audiência deve decorrer o prazo mínimo 5 
dias para elaboração da defesa, sendo tal prazo em quádruplo para as pessoas jurídicas de direito 
público (art. 1°, II, Dec-Lei 779/69). Caso inobservado, a citação, embora existente, será declarada 
nula. 
 
O réu pode renunciar ao prazo mínimo para elaboração da defesa, o que ocorre quando comparece 
espontaneamente em audiência e apresenta a contestação (art. 214, § 1°, CPC). 
 
Na prova, caso o problema indique que não foi observado o prazo mínimo de 5 dias para elaboração 
da defesa, o candidato deverá abrir uma preliminar de nulidade de citação e requerer que seja 
decretada a nulidade da notificação e redesignada a data da audiência, com a observância do prazo 
mínimo de 5 dias para a elaboração da defesa, nos termos do art. 214, § 2°, do CPC. 
 
Para melhor identificação dos fundamentos é preciso analisar os seguintes artigos: 
Art. 301. Compete-lhe, porém, antes de discutir o mérito, alegar: 
I - inexistência ou nulidade da citação; 
II - incompetência absoluta; 
III - inépcia da petição inicial; 
IV - perempção; 
V - litispendência; 
VI - coisa julgada; 
VII - conexão; 
VIII - incapacidade da parte, defeito de representação ou falta de autorização; 
IX - convenção de arbitragem; 
X - carência de ação; 
XI - falta de caução ou de outra prestação, que a lei exige como preliminar. 
§ 1º - Verifica-se a litispendência ou a coisa julgada, quando se reproduz ação anteriormente 
ajuizada. 
 
 
 
 
 
 
 
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Direito do Trabalho – Aulas 04 e 05 
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§ 2º - Uma ação é idêntica à outra quando tem as mesmas partes, a mesma causa de pedir e o 
mesmo pedido. 
§ 3º - Há litispendência, quando se repete ação, que está em curso; há coisa julgada, quando se 
repete ação que já foi decidida por sentença, de que não caiba recurso. 
§ 4º - Com exceção do compromisso arbitral, o juiz conhecerá de ofício da matéria enumerada neste 
artigo. 
 
Art. 841, CLT. Recebida e protocolada a reclamação, o escrivão ou secretário, dentro de 48 
(quarenta e oito) horas, remeterá a segunda via da petição, ou do termo, ao reclamado, notificando-o 
ao mesmo tempo, para comparecer à audiência do julgamento, que será a primeira desimpedida, 
depois de 5 (cinco) dias. 
§ 1º - A notificação será feita em registro postal com franquia. Se o reclamado criar embaraços ao 
seu recebimento ou não for encontrado, far-se-á a notificação por edital, inserto no jornal oficial ou no 
que publicar o expediente forense, ou, na falta, afixado na sede da Junta ou Juízo. 
§ 2º - O reclamante será notificado no ato da apresentação da reclamação ou na forma do parágrafo 
anterior. 
 
Art. 214, CPC. Para a validade do processo é indispensável a citação inicial do réu. 
§ 1º O comparecimento espontâneo do réu supre, entretanto, a falta de citação. 
§ 2º Comparecendo o réu apenas para arguir a nulidade e sendo esta decretada, considerar-se-á 
feita a citação na data em que ele ou seu advogado for intimado da decisão. 
 
Art. 267, CPC. Extingue-se o processo, sem resolução de mérito: 
I - quando o juiz indeferir a petição inicial; Art. 295, Caput, CPC. 
II - quando ficar parado durante mais de 1 (um) ano por negligência das partes; 
III - quando, por não promover os atos e diligências que lhe competir, o autor abandonar a causa por 
mais de 30 (trinta) dias; 
IV - quando se verificar a ausência de pressupostos de constituição e de desenvolvimento válido e 
regular do processo; 
V - quando o juiz acolher a alegação de perempção, litispendência ou de coisa julgada; 
VI - quando não concorrer qualquer das condições da ação, como a possibilidade jurídica, a 
legitimidade das partes e o interesse processual; 
VII - pela convenção de arbitragem; 
VIII - quando o autor desistir da ação; 
IX - quando a ação for considerada intransmissível por disposição legal; 
X - quando ocorrer confusão entre autor e réu; 
XI - nos demais casos prescritos neste Código. 
§ 1º. O juiz ordenará, nos casos dos nºs. II e III, o arquivamento dos autos, declarando a extinção do 
processo, se a parte, intimada pessoalmente, não suprir a falta em 48 (quarenta e oito) horas. 
§ 2º. No caso do parágrafo anterior, quanto ao nº II, as partes pagarão proporcionalmente as custas 
e, quanto ao nº III, o autor será condenado ao pagamento das despesas e honorários de advogado 
(Art. 28). 
§ 3º. O juiz conhecerá de ofício, em qualquer tempo e grau de jurisdição, enquanto não proferida a 
sentença de mérito, da matériaconstante dos nºs. IV, V e VI; todavia, o réu que a não alegar, na 
primeira oportunidade em que lhe caiba falar nos autos, responderá pelas custas de retardamento. 
§ 4º - Depois de decorrido o prazo para a resposta, o autor não poderá, sem o consentimento do réu, 
desistir da ação. 
 
Art. 295, CPC. A petição inicial será INDEFERIDA: 
I - quando for inepta; art. 295, §ú, CPC. 
II - quando a parte for manifestamente ilegítima; 
III - quando o autor carecer de interesse processual; 
IV - quando o juiz verificar, desde logo, a decadência ou a prescrição (art. 219, § 5o); 
 
 
 
 
 
 
 
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Direito do Trabalho – Aulas 04 e 05 
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V - quando o tipo de procedimento, escolhido pelo autor, não corresponder à natureza da causa, ou 
ao valor da ação; caso em que só não será indeferida, se puder adaptar-se ao tipo de procedimento 
legal; 
Vl - quando não atendidas as prescrições dos arts. 39, parágrafo único, primeira parte, e 284. 
Parágrafo único. Considera-se INEPTA a petição inicial quando: 
I - Ihe faltar pedido ou causa de pedir; 
II - da narração dos fatos não decorrer logicamente a conclusão; 
III - o pedido for juridicamente impossível; 
IV - contiver pedidos incompatíveis entre si. 
 
Segue exemplo: 
 
I – Preliminar 
01. Nulidade de Citação 
 
A notificação citatória foi recebida pelo reclamado em data de 25/08/2010, informando-o da audiência 
designada para o dia 28/08/2010, logo, entre a data do recebimento da notificação e data da 
audiência decorreram-se tão somente 3 (três) dias. (fato) 
Segundo estabelece o art. 841 da CLT, o reclamado será notificado para comparecer à audiência 
―…que será a primeira desimpedida depois de 5 (cinco) dias‖, ou seja, entre a data do recebimento 
da notificação e a data da audiência deve decorrer um prazo mínimo de 5 (cinco) dias para 
elaboração da defesa, o qual não foi observado. Feriu-se, portanto, o direito de defesa do réu, 
consubstanciado no art. 5°, LV da CF. 
Esclarece-se que a nulidade de citação é matéria que deve ser tratada em preliminar de contestação 
nos termos do art. 301, I, do CPC. (fundamento) 
Diante do apresentado, requer a extinção do processo sem resolução do mérito, nos termos do art. 
267, IV, CPC e, sucessivamente, que seja declarada a nulidade da notificação e redesignada a 
audiência, observando-se o prazo mínimo de 5 (cinco) dias para a elaboração da defesa, nos termos 
do art. 214, § 2°, CPC. 
 Sucessivamente, caso não seja acolhida a preliminar de mérito, requer a análise dos demais itens 
a seguir expostos. (pedido) 
 
Obs.: As referências entre parênteses: Fato, Fundamento e Pedido, ao final dos parágrafos, busca 
apenas orientar o leitor, entretanto, não devem ser incluídas na prova. 
 
 II - INÉPCIA DA PETIÇÃO INICIAL 
 
A petição inicial será inepta nas hipóteses descritas no art. 295, PARÁGRAFO único, do CPC. 
Observe: 
Art. 295, Parágrafo único. Considera-se INEPTA a petição inicial quando: 
I – lhe faltar pedido ou causa de pedir; 
II – da narração dos fatos não decorrer logicamente a conclusão; 
III – o pedido for juridicamente impossível; 
IV – contiver pedidos incompatíveis entre si; 
 
 Em preliminar de contestação deve-se arguir a inépcia da petição inicial (art. 301, III, CPC) e 
postular-se a extinção do processo sem resolução do mérito por indeferimento da petição inicial, uma 
vez que a inépcia é uma das causas de indeferimento, nos termos do art. 267, I, e 295, I, CPC. Com 
esse pedido estamos requerendo ao juiz que indefira a petição desde logo. Caso, entretanto, ele não 
o faça já no início do processo, adiante devemos requerer que o processo seja extinto sem resolução 
do mérito por falta de um dos pressupostos de constituição e de desenvolvimento válido e regular do 
processo, nos termos do art. 267, IV, CPC. 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Para melhor identificação dos fundamentos é preciso analisar os seguintes artigos: 
Art. 301. Compete-lhe, porém, antes de discutir o mérito, alegar: 
I - inexistência ou nulidade da citação; 
II - incompetência absoluta; 
III - inépcia da petição inicial; Art. 295, PARÁGRAFO ÚNICO, CPC; 
IV - perempção; 
V - litispendência; 
VI - coisa julgada; 
VII - conexão; 
VIII - incapacidade da parte, defeito de representação ou falta de autorização; 
IX - convenção de arbitragem; 
X - carência de ação; 
XI - falta de caução ou de outra prestação, que a lei exige como preliminar. 
§ 1º - Verifica-se a litispendência ou a coisa julgada, quando se reproduz ação anteriormente 
ajuizada. 
§ 2º - Uma ação é idêntica à outra quando tem as mesmas partes, a mesma causa de pedir e o 
mesmo pedido. 
§ 3º - Há litispendência, quando se repete ação, que está em curso; há coisa julgada, quando se 
repete ação que já foi decidida por sentença, de que não caiba recurso. 
§ 4º - Com exceção do compromisso arbitral, o juiz conhecerá de ofício da matéria enumerada neste 
artigo. 
 
Art. 295, CPC. A petição inicial será INDEFERIDA: 
I - quando for inepta; 
II - quando a parte for manifestamente ilegítima; 
III - quando o autor carecer de interesse processual; 
IV - quando o juiz verificar, desde logo, a decadência ou a prescrição (art. 219, § 5o); 
V - quando o tipo de procedimento, escolhido pelo autor, não corresponder à natureza da causa, ou 
ao valor da ação; caso em que só não será indeferida, se puder adaptar-se ao tipo de procedimento 
legal; 
Vl - quando não atendidas as prescrições dos arts. 39, parágrafo único, primeira parte, e 284. 
Parágrafo único. Considera-se INEPTA a petição inicial quando: 
I - Ihe faltar pedido ou causa de pedir; 
II - da narração dos fatos não decorrer logicamente a conclusão; 
III - o pedido for juridicamente impossível; 
IV - contiver pedidos incompatíveis entre si. 
 
Art. 267, CPC. Extingue-se o processo, sem resolução de mérito: 
I - quando o juiz indeferir a petição inicial; Art. 295, CAPUT, CPC; 
II - quando ficar parado durante mais de 1 (um) ano por negligência das partes; 
III - quando, por não promover os atos e diligências que lhe competir, o autor abandonar a causa por 
mais de 30 (trinta) dias; 
IV - quando se verificar a ausência de pressupostos de constituição e de desenvolvimento válido e 
regular do processo; 
V - quando o juiz acolher a alegação de perempção, litispendência ou de coisa julgada; 
VI - quando não concorrer qualquer das condições da ação, como a possibilidade jurídica, a 
legitimidade das partes e o interesse processual; 
VII - pela convenção de arbitragem; 
VIII - quando o autor desistir da ação; 
IX - quando a ação for considerada intransmissível por disposição legal; 
X - quando ocorrer confusão entre autor e réu; 
XI - nos demais casos prescritos neste Código. 
 
 
 
 
 
 
 
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§ 1º. O juiz ordenará, nos casos dos nºs. II e III, o arquivamento dos autos, declarando a extinção do 
processo, se a parte, intimada pessoalmente, não suprir a falta em 48 (quarenta e oito) horas. 
§ 2º. No caso do parágrafo anterior, quanto ao nº II, as partes pagarão proporcionalmente as custas 
e, quanto ao nº III, o autor será condenado ao pagamento das despesas e honorários de advogado 
(Art. 28). 
§ 3º. O juiz conhecerá de ofício, em qualquer tempo e grau de jurisdição, enquanto não proferida a 
sentença de mérito, da matéria constante dos nºs. IV, V e VI; todavia, o réu que a não alegar, na 
primeira oportunidade em que lhe caiba falar nos autos, responderá pelas custas de retardamento. 
§ 4º - Depois de decorrido o prazo para a resposta, o autor não poderá, sem o consentimento do réu, 
desistir da ação. 
 
Segue exemplo: 
 
I –Preliminar 
01. Inépcia da Petição Inicial 
Na petição inicial da reclamatória trabalhista, consta o pedido de condenação do reclamando ao 
pagamento de indenização por danos morais, sem a indicação de qualquer causa de pedir. (fato) 
Segundo estabelece o art. 295, parágrafo único, inciso I, do CPC, a petição inicial será inepta 
quando lhe faltar o pedido ou causa de pedir. Quanto ao pedido de indenização por danos morais a 
petição inicial apresenta apenas o pedido, estando ausente a causa de pedir, sendo, portanto inepta 
neste particular. 
Esclarece-se que a inépcia da petição inicial é matéria que deve ser tratada em preliminar de 
contestação nos termos do art. 301, III, do CPC. (fundamento) 
Diante do exposto requer a extinção do processo sem resolução do mérito, nos termos do art. 267, I 
e 295, I, do CPC (indeferimento da petição inicial) e, sucessivamente, nos termos do art. 267, IV, do 
CPC (ausência de pressupostos de constituição e de desenvolvimento válido e regular do processo), 
quanto ao pedido de indenização por danos morais. 
Sucessivamente, caso não seja acolhida a preliminar de mérito, requer a análise dos demais itens a 
seguir expostos. (pedido) 
Obs.: As referências entre parênteses: Fato, Fundamento e Pedido, ao final dos parágrafos, busca 
apenas orientar o leitor, entretanto, não devem ser incluídas na prova. 
 
III – PEREMPÇÃO 
 
Perempção trata-se de impedimento temporário de ajuizar reclamação trabalhista com a mesma 
causa de pedir e pedidos da(s) ajuizada(s) anteriormente, pelo prazo de 6 meses. As hipóteses de 
perempção no Processo do Trabalho são diferentes das do Processo Civil e estão previstas nos 
artigos 731 e 732 da CLT. Observe: 
 
Art. 731, CLT. Aquele que, tendo apresentado ao distribuidor reclamação verbal, não se apresentar, 
no prazo estabelecido no parágrafo único do art. 786, à Junta ou Juízo para fazê-lo tomar por termo, 
incorrerá na pena de perda, pelo prazo de 6 (seis) meses, do direito de reclamar perante a Justiça do 
Trabalho. 
 
Art. 732, CLT. Na mesma pena do artigo anterior incorrerá o reclamante que, por 2 (duas) vezes 
seguidas, der causa ao arquivamento de que trata o art. 844. 
 
 A perempção deve ser tratada em preliminar de contestação (art. 301, IV, CPC) e postulada a 
extinção do processo sem resolução do mérito, nos termos do art. 267, V, CPC. 
Para melhor identificação dos fundamentos é preciso analisar os seguintes artigos: 
Art. 301. Compete-lhe, porém, antes de discutir o mérito, alegar: 
I - inexistência ou nulidade da citação; 
II - incompetência absoluta; 
 
 
 
 
 
 
 
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III - inépcia da petição inicial; 
IV - perempção; Art. 731 e 732, CLT; 
V - litispendência; 
VI - coisa julgada; 
VII - conexão; 
VIII - incapacidade da parte, defeito de representação ou falta de autorização; 
IX - convenção de arbitragem; 
X - carência de ação; 
XI - falta de caução ou de outra prestação, que a lei exige como preliminar. 
§ 1º - Verifica-se a litispendência ou a coisa julgada, quando se reproduz ação anteriormente 
ajuizada. 
§ 2º - Uma ação é idêntica à outra quando tem as mesmas partes, a mesma causa de pedir e o 
mesmo pedido. 
§ 3º - Há litispendência, quando se repete ação, que está em curso; há coisa julgada, quando se 
repete ação que já foi decidida por sentença, de que não caiba recurso. 
§ 4º - Com exceção do compromisso arbitral, o juiz conhecerá de ofício da matéria enumerada neste 
artigo. 
 
Art. 267, CPC. Extingue-se o processo, sem resolução de mérito: 
I - quando o juiz indeferir a petição inicial; 
II - quando ficar parado durante mais de 1 (um) ano por negligência das partes; 
III - quando, por não promover os atos e diligências que lhe competir, o autor abandonar a causa por 
mais de 30 (trinta) dias; 
IV - quando se verificar a ausência de pressupostos de constituição e de desenvolvimento válido e 
regular do processo; 
V - quando o juiz acolher a alegação de perempção, litispendência ou de coisa julgada; 
VI - quando não concorrer qualquer das condições da ação, como a possibilidade jurídica, a 
legitimidade das partes e o interesse processual; 
VII - pela convenção de arbitragem; 
VIII - quando o autor desistir da ação; 
IX - quando a ação for considerada intransmissível por disposição legal; 
X - quando ocorrer confusão entre autor e réu; 
XI - nos demais casos prescritos neste Código. 
§ 1º. O juiz ordenará, nos casos dos nºs. II e III, o arquivamento dos autos, declarando a extinção do 
processo, se a parte, intimada pessoalmente, não suprir a falta em 48 (quarenta e oito) horas. 
§ 2º. No caso do parágrafo anterior, quanto ao nº II, as partes pagarão proporcionalmente as custas 
e, quanto ao nº III, o autor será condenado ao pagamento das despesas e honorários de advogado 
(Art. 28). 
§ 3º. O juiz conhecerá de ofício, em qualquer tempo e grau de jurisdição, enquanto não proferida a 
sentença de mérito, da matéria constante dos nºs. IV, V e VI; todavia, o réu que a não alegar, na 
primeira oportunidade em que lhe caiba falar nos autos, responderá pelas custas de retardamento. 
§ 4º - Depois de decorrido o prazo para a resposta, o autor não poderá, sem o consentimento do réu, 
desistir da ação. 
 
 
Segue exemplo: 
 
I – Preliminar 
01. Perempção 
João ajuizou reclamação trabalhista em face de seu antigo empregador Joaquim, tendo sido 
designada audiência para o dia 21/09/2009. Em razão do não comparecimento do autor, o processo 
foi extinto sem resolução do mérito. Cinco dias depois, o autor ajuizou novamente a mesma 
reclamatória trabalhista, que foi distribuída para a mesma Vara do Trabalho, que designou nova 
 
 
 
 
 
 
 
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audiência para o dia 15/01/2011. Apesar de regularmente notificado, mais uma vez o autor faltou 
injustificadamente em audiência, sendo novamente extinta a reclamatória. Trinta dias depois da 
extinção, o autor ajuizou pela terceira vez a mesma reclamação trabalhista, a qual se contesta. (fato) 
Segundo estabelecem os arts. 732 e 844 da CLT, incorrerá na pena de perda do direito de ajuizar 
nova reclamação trabalhista pelo prazo de 6 (seis) meses aquele que, por duas vezes seguidas, der 
causa ao arquivamento da reclamatória trabalhista por não comparecer em audiência, sendo, no 
Processo do Trabalho, esta uma das hipóteses de perempção. Esse é exatamente o caso do autor, 
pois o mesmo não compareceu nas audiências designadas para os dias 21/09/2009 e 15/01/2011. 
Apesar de não poder ajuizar nova reclamação trabalhista pelo período de 6 (seis) meses, depois de 
decorridos apenas 30 (trinta) dias ajuizou a presente reclamatória trabalhista. 
Esclarece-se que a perempção é matéria que deve ser tratada em preliminar de contestação, nos 
termos do art. 301, IV, do CPC. (fundamento) 
Diante disso, requer a extinção do processo sem resolução do mérito, nos termos do art. 267, V, do 
CPC. 
 
Sucessivamente, caso não seja acolhida a preliminar de mérito, requer a análise dos demais itens a 
seguir expostos. (pedido) 
Obs.: As referências entre parênteses: Fato, Fundamento e Pedido, ao final dos parágrafos, busca 
apenas orientar o leitor, entretanto, não devem ser incluídas na prova. 
 
Quanto à perempção destaca-se questão nº 2 do V Exame de Ordem – OAB/FGV 2011.2. 
 
(OAB/FGV-V EXAME DE ORDEM – QUESTÃO 2) Reginaldo ingressou com ação contra 
seu ex- empregador, e, por não comparecer em audiência, o feito foi arquivado. Trinta dias 
após, ajuizou nova ação com os mesmos pedidos, mas dela desistiu porque não mais nutria 
confiança em seu advogado, o que foi homologado pelo magistrado. Contratou um novo 
profissional e, 60 (sessenta) dias depois, demandou novamente, mas, por não ter cumpridoexigência determinada pelo juiz para emendar a petição inicial, o feito foi extinto sem 
resolução do mérito. Com base no relatado, responda aos itens a seguir, empregando os 
argumentos jurídicos apropriados e a fundamentação legal pertinente ao caso. 
• Para propor uma nova ação, Reginaldo deverá aguardar algum período? Em caso 
afirmativo, qual seria? (Valor: 0,65) 
• Quais são as hipóteses que ensejam a perempção no Processo do Trabalho? (Valor: 
0,60). 
 
 
Espelho de correção: 
 
Quesitos avaliados 
Valores 
possíveis 
Nota 
a) Não, pois não ocorreram 2 arquivamentos, o 
que afasta a perda do prazo de 6 meses do 
direito de reclamar perante a JT OU porque não 
ocorreram 2 arquivamentos decorrentes de 
ausência do reclamante à audiência (CLT, art. 
732) OU porque só ocorreu 1 arquivamento, 
tendo as outras extinções derivado de outros 
motivos (0,4), conforme art. 732, CLT (0,25) Não 
há pontuação para a mera indicação da base 
legal ou jurisprudencial. 
0 / 0,4 / 0,65 0,65 
b) Quando o reclamante dá causa a 2 
arquivamentos por ausência à audiência 
0 / 0,25 /0,30 / 
0,5 /0,55 / 0,6 
 
 
 
 
 
 
 
 
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inaugural (0,25), nos termos do art. 732, CLT 
(0,05) e quando distribui reclamação verbal, mas 
não comparece à Secretaria da Vara, em 5 dias, 
sem justificativa, para reduzi-la a termo (0,25), 
conforme art. 731 da CLT (0,05). Não há 
pontuação para a mera indicação da base legal 
ou jurisprudencial 
 
VI – CONDIÇÕES DA AÇÃO 
 
São condições da ação: a possibilidade jurídica do pedido, a legitimidade das partes e o interesse 
processual. 
Para alguns doutrinadores o pedido é juridicamente impossível quando não amparado pelo direito 
objetivo e para outros, quando expressamente proibido em nosso ordenamento jurídico. 
 
Segundo Carlos Henrique Bezerra Leite, há um segundo sentido para o pedido juridicamente 
impossível, segundo o qual ―o pedido pressupõe uma proibição expressa dentro do ordenamento 
jurídico que impeça o juiz de deferir ao autor o bem da vida por ele vindicado‖… ―No processo do 
trabalho seria juridicamente impossível: o pedido de levantamento do FGTS pelo servidor que teve 
seu regime jurídico de trabalho convertido de celetista para estatutário (quando vigia a Lei 8162, art. 
6°, § 1°); ...‖. 
 
Também podemos citar como exemplos o pedido de adicional de penosidade, o reconhecimento de 
vínculo de emprego com a administração pública sem concurso público e com cooperativa lícita (art. 
442, parágrafo único, da CLT). Ressalte-se que é juridicamente possível o pedido de reconhecimento 
de vínculo de emprego com cooperativa ilícita. 
 
Observe o teor do disposto no art. 442 da CLT: 
 
Art. 442, CLT. Contrato individual de trabalho é o acordo tácito ou expresso, correspondente à 
relação de emprego. 
Parágrafo único - Qualquer que seja o ramo de atividade da sociedade cooperativa, não existe 
vínculo empregatício entre ela e seus associados, nem entre estes e os tomadores de serviços 
daquela. 
 
A possibilidade jurídica do pedido é uma das condições da ação. A impossibilidade jurídica do pedido 
torna a petição inepta (art. 295, parágrafo único, CPC), autorizando o juiz a indeferir a petição inicial 
(art. 295, I, CPC), o que ocorre desde logo. Caso, entretanto, este não concorde com o 
in]deferimento da petição de início, então devemos requerer que o juiz determine a extinção do 
processo sem resolução do mérito por falta de uma das condições da ação (art. 267, VI, CPC). 
 
Para melhor identificação dos fundamentos é preciso analisar os seguintes artigos: 
 
Art. 301. Compete-lhe, porém, antes de discutir o mérito, alegar: 
I - inexistência ou nulidade da citação; 
II - incompetência absoluta; 
III - inépcia da petição inicial; Art. 295, PARÁGRAFO ÚNICO, CPC; 
IV - perempção; 
V - litispendência; 
VI - coisa julgada; 
VII - conexão; 
VIII - incapacidade da parte, defeito de representação ou falta de autorização; 
IX - convenção de arbitragem; 
 
 
 
 
 
 
 
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X - carência de ação; art. 267, VI, CPC 
XI - falta de caução ou de outra prestação, que a lei exige como preliminar. 
§ 1º - Verifica-se a litispendência ou a coisa julgada, quando se reproduz ação anteriormente 
ajuizada. 
§ 2º - Uma ação é idêntica à outra quando tem as mesmas partes, a mesma causa de pedir e o 
mesmo pedido. 
§ 3º - Há litispendência, quando se repete ação, que está em curso; há coisa julgada, quando se 
repete ação que já foi decidida por sentença, de que não caiba recurso. 
§ 4º - Com exceção do compromisso arbitral, o juiz conhecerá de ofício da matéria enumerada neste 
artigo. 
 
Art. 295, CPC. A petição inicial será INDEFERIDA: 
I - quando for inepta; 
II - quando a parte for manifestamente ilegítima; 
III - quando o autor carecer de interesse processual; 
IV - quando o juiz verificar, desde logo, a decadência ou a prescrição (art. 219, § 5o); 
V - quando o tipo de procedimento, escolhido pelo autor, não corresponder à natureza da causa, ou 
ao valor da ação; caso em que só não será indeferida, se puder adaptar-se ao tipo de procedimento 
legal; 
Vl - quando não atendidas as prescrições dos arts. 39, parágrafo único, primeira parte, e 284. 
Parágrafo único. Considera-se INEPTA a petição inicial quando: 
I - Ihe faltar pedido ou causa de pedir; 
II - da narração dos fatos não decorrer logicamente a conclusão; 
III - o pedido for juridicamente impossível; Art. 301, X, CPC. 
IV - contiver pedidos incompatíveis entre si. 
Art. 267, CPC. Extingue-se o processo, sem resolução de mérito: 
I - quando o juiz indeferir a petição inicial; Art. 295, CAPUT, CPC; 
II - quando ficar parado durante mais de 1 (um) ano por negligência das partes; 
III - quando, por não promover os atos e diligências que lhe competir, o autor abandonar a causa por 
mais de 30 (trinta) dias; 
IV - quando se verificar a ausência de pressupostos de constituição e de desenvolvimento válido e 
regular do processo; 
V - quando o juiz acolher a alegação de perempção, litispendência ou de coisa julgada; 
VI - quando não concorrer qualquer das condições da ação, como a possibilidade jurídica, a 
legitimidade das partes e o interesse processual; 
VII - pela convenção de arbitragem; 
VIII - quando o autor desistir da ação; 
IX - quando a ação for considerada intransmissível por disposição legal; 
X - quando ocorrer confusão entre autor e réu; 
XI - nos demais casos prescritos neste Código. 
§ 1º. O juiz ordenará, nos casos dos nºs. II e III, o arquivamento dos autos, declarando a extinção do 
processo, se a parte, intimada pessoalmente, não suprir a falta em 48 (quarenta e oito) horas. 
§ 2º. No caso do parágrafo anterior, quanto ao nº II, as partes pagarão proporcionalmente as custas 
e, quanto ao nº III, o autor será condenado ao pagamento das despesas e honorários de advogado 
(Art. 28). 
§ 3º. O juiz conhecerá de ofício, em qualquer tempo e grau de jurisdição, enquanto não proferida a 
sentença de mérito, da matéria constante dos nºs. IV, V e VI; todavia, o réu que a não alegar, na 
primeira oportunidade em que lhe caiba falar nos autos, responderá pelas custas de retardamento. 
§ 4º - Depois de decorrido o prazo para a resposta, o autor não poderá, sem o consentimento do réu, 
desistir da ação. 
 
Segue exemplo de preliminar de pedido juridicamente impossível: 
 
 
 
 
 
 
 
 
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I – Preliminar 
01. Pedido Juridicamente Impossível – Inépcia da Petição Inicial/Carência de Ação 
Na petição inicial da reclamatória trabalhista ajuizada pelo autor constao pedido de condenação do 
reclamando ao pagamento de adicional de penosidade. (fato) 
Muito embora a Constituição assegure aos trabalhadores o adicional de penosidade, em seu art. 7°, 
inciso XXIII, consta que o adicional de remuneração para as atividades penosas será devido na 
forma lei e esta ainda é inexistente, sendo esse, portanto, um pedido juridicamente impossível. 
Esclarece-se que a impossibilidade jurídica do pedido é uma das hipóteses de inépcia da petição 
inicial e carência de ação, matérias que devem ser tratadas em preliminar de contestação nos termos 
do art. 301, III e X, do CPC. (fundamento) 
Diante do exposto, requer a extinção do processo sem resolução do mérito, nos termos do art. 267, I, 
295, I, do CPC, 295, parágrafo único, III do CPC (indeferimento da petição inicial) e, 
sucessivamente, nos termos do art. 267, IV e VI do CPC (ausência de pressupostos de 
desenvolvimento válido e regular do processo – petição inicial apta), e, sucessivamente, com 
fundamento no art. 267, VI do CPC (carência de ação), em relação ao pedido de adicional de 
penosidade. 
 Sucessivamente, caso não seja acolhida a preliminar de mérito, requer a análise dos demais itens a 
seguir expostos. (pedido) 
Obs.: As referências entre parênteses: Fato, Fundamento e Pedido, ao final dos parágrafos, busca 
apenas orientar o leitor, entretanto, não devem ser incluídas na prova. 
 
Ao fazer referência à inépcia da petição inicial, na hipótese de pedido juridicamente impossível, o 
professor Daniel Amorim Assumpção Neves pondera que ―é curiosa a opção legislativa de incluir 
apenas essa condição da ação, como característica da inépcia da petição inicial, sendo que as 
outras duas – ilegitimidade de parte e falta de interesse de agir – apesar de também gerarem o 
indeferimento da petição inicial, não tornam a petição inicial inepta.‖ 
 
A impossibilidade jurídica do pedido foi objeto da questão nº 2 do IV Exame de Ordem – OAB/FGV 
– 2011.1. Observe: 
 
( A A D D – ) oão da ilva ajui ou reclamação trabalhista em 
face da ooperativa ultifuncional tda. e do osto de asolina oa iagem tda. Na petição inicial, 
afirmou que foi obrigado a se filiar cooperativa para prestar serviços como frentista no segundo 
reclamado, de forma pessoal e subordinada. Alegou, ainda, que jamais compareceu sede da 
primeira ré, nem foi convocado para qualquer assembleia. Por fim, aduziu que foi dispensado sem 
justa causa, quando do término do contrato de prestação de serviços celebrado entre os reclamados. 
Postulou a declaração do vínculo de emprego com a sociedade cooperativa e a sua condenação no 
pagamento de verbas decorrentes da execução e da ruptura do pacto laboral, além do 
reconhecimento da responsabilidade subsidiária do segundo réu, na condição de tomador dos 
serviços prestados, nos termos da Súmula 331, item IV, do TST. Na contestação, a primeira ré 
suscitou preliminar de impossibilidade jurídica do pedido, uma vez que o artigo 442, parágrafo nico, 
da prev a inexist ncia do vínculo de emprego entre a cooperativa e seus associados. No 
mérito, sustentou a validade da relação cooperativista entre as partes, refutando a configuração dos 
requisitos inerentes relação empregatícia. segundo reclamado, na peça de defesa, afirmou que o 
reclamante lhe prestou serviços na condição de cooperado e que não pode ser condenado no 
pagamento de verbas trabalhistas se não foi empregador. Na instrução processual, restou 
demonstrada pela prova testemunhal produzida nos autos a intermediação ilícita de mão de obra, 
funcionando a cooperativa como mera fornecedora de trabalhadores ao posto de gasolina. 
 
Com base na situação hipotética, responda aos itens a seguir, empregando os argumentos jurídicos 
apropriados e a fundamentação legal pertinente ao caso. 
a ca vel a preliminar de impossi ilidade jur dica do pedido Valor 
 
 
 
 
 
 
 
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15 
b) Cabe o pedido de declaração de vínculo de emprego com a primeira ré e o de condenação 
subsidiária do segundo reclamado? (Valor: 0,8). 
 
 
Comentários da Banca: 
a) xaminando deve responder que a norma prevista no artigo , parágrafo nico, da , se 
aplica s legítimas cooperativas de trabalho, e não s que atuam em fraude legislação trabalhista, 
não havendo, por isso, qualquer vedação legal pretensão veiculada pelo autor. ambém deve ser 
esclarecido que a exist ncia ou não de vínculo de emprego entre as partes é questão que afeta ao 
mérito da causa, não podendo ser apreciada em sede preliminar. ogo, a preliminar não procede. 
 
b) examinando deve responder que, uma ve comprovada a intermediação ilícita de mão de obra 
praticada entre os demandados, funcionando a cooperativa como mera fornecedora de 
trabalhadores, o vínculo de emprego se configurou entre o reclamante e o posto de gasolina 
(segundo réu), e não com a cooperativa, com fundamento nos artigos , e da . omo não 
houve pedido de reconhecimento de vínculo de emprego com o segundo réu, mas tão somente de 
responsabilidade subsidiária, o jui deve julgar improcedentes os pedidos, em ra ão dos limites 
objetivos da lide (artigos 128 e 460 do CPC). 
 
Espelho de correção: 
Quesitos avaliados Notas possíveis Nota 
a) Não cabimento, dada a inaplicabilidade do artigo 
citado na questão ( , parágrafo nico, da ) em 
caso de fraude. 
0/0,45 
b) Não cabe por não ter sido a real empregadora ( , ). 
Não cabe porque a sua responsabilidade é direta 
principal (0,3). Indicação do art. , ou da 
 mula 1, , do . ( , ) 
0/0,2/0,3/0,5/0,6/ 
0,8 
 
 
A legitimidade da parte, em regra, ocorre quando o autor da ação é o titular do direito material 
postulado. Verifica-se in abstracto, a partir das afirmações do autor. Assim, se o autor alegar que foi 
contratado por um empreiteiro, o qual foi contratado pelo dono da obra (pessoa física), alegando que 
aquele – empreiteiro – não lhe pagou as verbas rescisórias e venha a postulá-las em juízo, o dono da 
obra, será parte ilegítima a figurar no polo passivo da referida reclamatória. Isso porque se 
considerarmos verdadeiro o que disse o autor, tem-se que o dono da obra é pessoa física e quem 
inadimpliu as verbas rescisórias foi o empreiteiro. Então, nos termos da OJ 191 da SDI-1, o dono da 
obra não responde nem de forma solidária, nem de forma subsidiária pelas obrigações contraídas 
pelo empreiteiro, salvo quando este for construtora ou incorporadora. Com base nas alegações do 
reclamante, tem-se que o dono da obra jamais responderia pelas obrigações assumidas pelo 
empreiteiro, razão pela qual é parte ilegítima a figurar no polo passivo da demanda. 
Situação diversa é aquela em que o autor alega que o dono da obra é uma construtora e postula a 
condenação do empreiteiro e do dono da obra ao pagamento das verbas rescisórias. Nesse caso, o 
dono da obra é parte legítima, pois se considerarmos verdadeiro o que disse o autor, este pode ser 
responsabilizado. É no mérito que devemos argumentar que, na verdade, trata-se de uma pessoa 
física, requerendo que o pedido seja julgado improcedente em relação a ele. 
Ressalte-se que a OJ 191 da SDI-1 do TST foi alterada em maio de 2011, passando a contar a 
seguinte redação: 
 
OJ-SDI1-191, TST. CONTRATO DE EMPREITADA. DONO DA OBRA DE CONSTRUÇÃO CIVIL. 
RESPONSABILIDADE (nova redação) - Res. 175/2011, DEJT divulgado em 27, 30 e 31.05.2011 
Diante da inexistência de previsão legal específica, o contrato de empreitada de construção civil 
entre o dono da obra e o empreiteiro não enseja responsabilidade solidária ou subsidiária nas 
 
 
 
 
 
 
 
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obrigaçõestrabalhistas contraídas pelo empreiteiro, salvo sendo o dono da obra uma empresa 
construtora ou incorporadora. 
 
A legitimidade pode ser ordinária ou extraordinária. É ordinária quando o autor postula, em nome 
próprio, direito próprio, e, extraordinária quando alguém, autorizado por lei, postula, em nome 
próprio, direito alheio. 
 
Art. 6 do CPC – Ninguém poderá pleitear em nome próprio direito alheio, salvo quando autorizado 
por lei. 
 
Quanto à legitimação extraordinária, destaca-se a autorização conferida pelo art. 8°, III, CF, para o 
sindicato defender, judicial e administrativamente, os direitos e interesses individuais e coletivos da 
categoria. 
O STF vem defendo a ampla legitimidade ativa ad causam dos sindicatos, como substitutos 
processuais das categorias que representam a defesa de direitos e interesses coletivos ou 
individuais de seus representantes. 
Oportuno destacar a ilegitimidade do empregador para responder pelo pagamento da indenização 
quando a extinção da empresa decorrer de ― A D ÍN ‖, pois conforme estabelece o art. 
486 da CLT, em ocorrendo paralisação temporária ou definitiva do trabalho, motivada por ato de 
autoridade municipal, estadual ou federal, ou pela promulgação de lei ou resolução que impossibilite 
a continuação da atividade, prevalecerá o pagamento da indenização, que ficará a cargo do governo 
responsável. 
A ilegitimidade de parte é uma das condições da ação. Por ausência dela, o juiz pode indeferir desde 
logo a petição inicial (art. 295, II, CPC) ou reconhecer a ausência dessa condição da ação ao proferir 
a sentença. Em todos os casos o processo será extinto sem resolução do mérito. No primeiro deles, 
com fundamento no art. 267, I e art. 295, II, CPC (indeferimento da petição inicial), no segundo, com 
fundamento no art. 267, VI, CPC (por não concorrer uma das condições da ação, a legitimidade). 
Observe os artigos referidos: 
 
Art. 301. Compete-lhe, porém, antes de discutir o mérito, alegar: 
I - inexistência ou nulidade da citação; 
II - incompetência absoluta; 
III - inépcia da petição inicial; 
IV - perempção; 
V - litispendência; 
VI - coisa julgada; 
VII - conexão; 
VIII - incapacidade da parte, defeito de representação ou falta de autorização; 
IX - convenção de arbitragem; 
X - carência de ação; art. 267, VI, CPC 
XI - falta de caução ou de outra prestação, que a lei exige como preliminar. 
§ 1º - Verifica-se a litispendência ou a coisa julgada, quando se reproduz ação anteriormente 
ajuizada. 
§ 2º - Uma ação é idêntica à outra quando tem as mesmas partes, a mesma causa de pedir e o 
mesmo pedido. 
§ 3º - Há litispendência, quando se repete ação, que está em curso; há coisa julgada, quando se 
repete ação que já foi decidida por sentença, de que não caiba recurso. 
§ 4º - Com exceção do compromisso arbitral, o juiz conhecerá de ofício da matéria enumerada neste 
artigo. 
 
Art. 267, CPC. Extingue-se o processo, sem resolução de mérito: 
I - quando o juiz indeferir a petição inicial; Art. 295, CAPUT, CPC; 
II - quando ficar parado durante mais de 1 (um) ano por negligência das partes; 
 
 
 
 
 
 
 
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III - quando, por não promover os atos e diligências que lhe competir, o autor abandonar a causa por 
mais de 30 (trinta) dias; 
IV - quando se verificar a ausência de pressupostos de constituição e de desenvolvimento válido e 
regular do processo; 
V - quando o juiz acolher a alegação de perempção, litispendência ou de coisa julgada; 
VI - quando não concorrer qualquer das condições da ação, como a possibilidade jurídica, a 
legitimidade das partes e o interesse processual; 
VII - pela convenção de arbitragem; 
VIII - quando o autor desistir da ação; 
IX - quando a ação for considerada intransmissível por disposição legal; 
X - quando ocorrer confusão entre autor e réu; 
XI - nos demais casos prescritos neste Código. 
§ 1º. O juiz ordenará, nos casos dos nºs. II e III, o arquivamento dos autos, declarando a extinção do 
processo, se a parte, intimada pessoalmente, não suprir a falta em 48 (quarenta e oito) horas. 
§ 2º. No caso do parágrafo anterior, quanto ao nº II, as partes pagarão proporcionalmente as custas 
e, quanto ao nº III, o autor será condenado ao pagamento das despesas e honorários de advogado 
(Art. 28). 
§ 3º. O juiz conhecerá de ofício, em qualquer tempo e grau de jurisdição, enquanto não proferida a 
sentença de mérito, da matéria constante dos nºs. IV, V e VI; todavia, o réu que a não alegar, na 
primeira oportunidade em que lhe caiba falar nos autos, responderá pelas custas de retardamento. 
§ 4º - Depois de decorrido o prazo para a resposta, o autor não poderá, sem o consentimento do réu, 
desistir da ação. 
 
Art. 295, CPC. A petição inicial será INDEFERIDA: 
I - quando for inepta; 
II - quando a parte for manifestamente ilegítima; 
III - quando o autor carecer de interesse processual; 
IV - quando o juiz verificar, desde logo, a decadência ou a prescrição (art. 219, § 5o); 
V - quando o tipo de procedimento, escolhido pelo autor, não corresponder à natureza da causa, ou 
ao valor da ação; caso em que só não será indeferida, se puder adaptar-se ao tipo de procedimento 
legal; 
Vl - quando não atendidas as prescrições dos arts. 39, parágrafo único, primeira parte, e 284. 
Parágrafo único. Considera-se INEPTA a petição inicial quando: 
I - Ihe faltar pedido ou causa de pedir; 
II - da narração dos fatos não decorrer logicamente a conclusão; 
III - o pedido for juridicamente impossível; 
IV - contiver pedidos incompatíveis entre si. 
 
Segue exemplo: 
 
I – Preliminar 
01. Ilegitimidade de Parte 
 
O autor alega que foi contrato pelo empreiteiro, Sr. João, que havia sido contratado pelo dono da 
obra, pessoa física, Sr. Joaquim, para construção de seu imóvel residencial. Alega, também, que 
não recebeu do empreiteiro diversas verbas trabalhistas e assim ajuizou a presente reclamação 
trabalhista contra o empreiteiro e contra o dono da obra, ora contestante. (fato) 
A legitimidade de partes verifica-se a partir das alegações do autor que, embora alegue que tenha 
sido contratado pelo empreiteiro e que este não tenha quitado suas verbas trabalhistas, ajuíza a 
reclamação trabalhista também contra o dono da obra que é pessoa física. 
Segundo a OJ 191, SDI-1, TST, o dono da obra, na construção civil, não responde nem de forma 
solidária, nem de forma subsidiária, pelas obrigações contraídas pelo empreiteiro, salvo se for 
construtora ou incorporadora, o que não é o caso, como menciona o próprio autor. 
 
 
 
 
 
 
 
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Esclarece-se que a legitimidade de parte é uma das condições da ação e a ausência dessas é 
matéria que deve ser tratada em preliminar de contestação nos termos do art. 301, X, do CPC. 
(fundamento) 
Diante do exposto, requer a extinção do processo sem resolução do mérito, nos termos do art. 267, I, 
CPC e art. 295, II, CPC (indeferimento da petição inicial) e sucessivamente, com fulcro no art. 267, 
VI, do CPC (carência de ação), em relação ao Sr. Joaquim (dono da obra). 
Posteriormente, caso não seja acolhida a preliminar de mérito, requer a análise dos demais itens a 
seguir expostos. (pedido) 
Obs.: As referências entre parênteses: Fato, Fundamento e Pedido, ao final dos parágrafos, busca 
apenas orientar o leitor, entretanto, não devem ser incluídas na prova. 
 
O interesse processual caracteriza-se pelo trinômio: necessidade-utilidade-adequação. O processo 
deve ser necessário para que o autor obtenha o bem da vida vindicado; deve ser útil para que o 
reclamante alcance o bem pretendido, visto que o exercício do direito de ação somente pode ser 
exercido quando houver lesão ou perigode lesão e, por fim, o meio processual escolhido deve ser o 
adequado a proporcionar a pretensão do autor. 
O professor Carlos Henrique Bezerra Leite afirma que 
 
no processo do trabalho, seria carecedor de ação, por falta de interesse processual, por exemplo, o 
empregador que ajuíza a ação de inquérito para apuração de falta grave de empregado não 
portador de estabilidade. Ora, o empregado não estável pode ser despedido por justa causa sem 
necessidade de autorização judicial (sentença constitutiva negativa) para pôr termo à relação 
empregatícia. Disso resulta que não há interesse processual do autor para invocar a máquina 
judiciária a fim de obter algo que ele poderia conseguir diretamente, isto é, sem a necessidade da 
prestação jurisdicional do Estado. 
Outro exemplo de falta de interesse processual seria o do servidor celetista que, em vez de ajuizar 
ação trabalhista em face do empregador, pessoa jurídica de direito público interno, visando a sustar 
um desconto que reputa ilegal no seu salário, impetra mandado de segurança contra o ato da 
autoridade administrativa. Ora, a ação escolhida pelo autor é inadequada ao fim colimado, resultando 
na caracterização da carência de ação, por inadequação da via eleita. 
Podemos dizer ainda que nos dissídios coletivos de natureza econômica, a ausência da tentativa 
de negociação coletiva antes o seu ajuizamento implica falta de interesse processual do sindicato 
suscitante, nos termos do art. 114, § 2° da CF, combinado com o art. 267, VI, do CPC. Isso porque, 
enquanto não esgotada a possibilidade de negociação coletiva, o sindicato não terá necessidade de 
invocar a tutela jurisdicional para resolver o conflito. 
 
O interesse processual é uma das condições da ação. Por ausência dele, o juiz pode indeferir desde 
logo a petição inicial (art. 295, III, CPC) ou reconhecer a ausência dessa condição da ação ao proferir 
a sentença. Em ambos os casos o processo será extinto sem resolução do mérito. No primeiro deles, 
com fundamento no art. 267, I, e art. 295, III, do CPC (indeferimento da petição inicial) e no segundo, 
com fulcro no art. 267, VI, CPC (por não concorrer uma das condições da ação, o interesse 
processual). Observe os artigos referidos: 
 
Art. 301. Compete-lhe, porém, antes de discutir o mérito, alegar: 
I - inexistência ou nulidade da citação; 
II - incompetência absoluta; 
III - inépcia da petição inicial; 
IV - perempção; 
V - litispendência; 
VI - coisa julgada; 
VII - conexão; 
VIII - incapacidade da parte, defeito de representação ou falta de autorização; 
IX - convenção de arbitragem; 
 
 
 
 
 
 
 
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X - carência de ação; art. 267, VI, CPC 
XI - falta de caução ou de outra prestação, que a lei exige como preliminar. 
§ 1º - Verifica-se a litispendência ou a coisa julgada, quando se reproduz ação anteriormente 
ajuizada. 
§ 2º - Uma ação é idêntica à outra quando tem as mesmas partes, a mesma causa de pedir e o 
mesmo pedido. 
§ 3º - Há litispendência, quando se repete ação, que está em curso; há coisa julgada, quando se 
repete ação que já foi decidida por sentença, de que não caiba recurso. 
§ 4º - Com exceção do compromisso arbitral, o juiz conhecerá de ofício da matéria enumerada neste 
artigo. 
 
Art. 267, CPC. Extingue-se o processo, sem resolução de mérito: 
I - quando o juiz indeferir a petição inicial; Art. 295, CAPUT, CPC; 
II - quando ficar parado durante mais de 1 (um) ano por negligência das partes; 
III - quando, por não promover os atos e diligências que lhe competir, o autor abandonar a causa por 
mais de 30 (trinta) dias; 
IV - quando se verificar a ausência de pressupostos de constituição e de desenvolvimento válido e 
regular do processo; 
V - quando o juiz acolher a alegação de perempção, litispendência ou de coisa julgada; 
VI - quando não concorrer qualquer das condições da ação, como a possibilidade jurídica, a 
legitimidade das partes e o interesse processual; 
VII - pela convenção de arbitragem; 
VIII - quando o autor desistir da ação; 
IX - quando a ação for considerada intransmissível por disposição legal; 
X - quando ocorrer confusão entre autor e réu; 
XI - nos demais casos prescritos neste Código. 
§ 1º. O juiz ordenará, nos casos dos nºs. II e III, o arquivamento dos autos, declarando a extinção do 
processo, se a parte, intimada pessoalmente, não suprir a falta em 48 (quarenta e oito) horas. 
§ 2º. No caso do parágrafo anterior, quanto ao nº II, as partes pagarão proporcionalmente as custas 
e, quanto ao nº III, o autor será condenado ao pagamento das despesas e honorários de advogado 
(Art. 28). 
§ 3º. O juiz conhecerá de ofício, em qualquer tempo e grau de jurisdição, enquanto não proferida a 
sentença de mérito, da matéria constante dos nºs. IV, V e VI; todavia, o réu que a não alegar, na 
primeira oportunidade em que lhe caiba falar nos autos, responderá pelas custas de retardamento. 
§ 4º - Depois de decorrido o prazo para a resposta, o autor não poderá, sem o consentimento do réu, 
desistir da ação. 
 
Art. 295, CPC. A petição inicial será INDEFERIDA: 
I - quando for inepta; 
II - quando a parte for manifestamente ilegítima; 
III - quando o autor carecer de interesse processual; 
IV - quando o juiz verificar, desde logo, a decadência ou a prescrição (art. 219, § 5o); 
V - quando o tipo de procedimento, escolhido pelo autor, não corresponder à natureza da causa, ou 
ao valor da ação; caso em que só não será indeferida, se puder adaptar-se ao tipo de procedimento 
legal; 
Vl - quando não atendidas as prescrições dos arts. 39, parágrafo único, primeira parte, e 284. 
Parágrafo único. Considera-se INEPTA a petição inicial quando: 
I - Ihe faltar pedido ou causa de pedir; 
II - da narração dos fatos não decorrer logicamente a conclusão; 
III - o pedido for juridicamente impossível; 
IV - contiver pedidos incompatíveis entre si. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Segue exemplo: 
 
I – Preliminar 
01. Falta de interesse processual 
 
Afirmando não ter recebido todas as verbas rescisórias, ex-empregado ajuíza ação de consignação 
em pagamento, visando a que as verbas rescisórias sejam imediatamente depositadas em juízo. 
(fato) 
Tendo em vista que a ação de consignação em pagamento é uma ação de procedimento especial, 
cabível para o devedor ou terceiro requerer, com efeito de pagamento, o depósito da quantia ou da 
coisa devida (art. 890, CPC), o autor não elegeu o meio adequado para a obtenção das verbas 
postuladas. O meio processual correto nesse caso seria uma reclamação trabalhista. 
Esclarece-se que o interesse processual é uma das condições da ação e a ausência destas é 
matéria que deve ser tratada em preliminar de contestação nos termos do art. 301, X, do CPC. 
(fundamento) 
Diante do exposto, requer a extinção do processo sem resolução do mérito, nos termos do art. 267, I, 
CPC e art. 295, III, CPC (indeferimento da petição inicial) e , com fulcro no art. 267, VI do CPC 
(carência de ação). Sucessivamente, caso não seja acolhida a preliminar de mérito, requer a análise 
dos demais itens a seguir expostos. (pedido) 
Obs.: As referências entre parênteses: Fato, Fundamento e Pedido, ao final dos parágrafos, busca 
apenas orientar o leitor, entretanto, não devem ser incluídas na prova. 
 
V – INCOMPETÊNCIA ABSOLUTA 
 
A incompetência será absoluta quando se tratar de incompetência em razão da matéria, pessoa ou 
funcional. A competência material da justiça do Trabalho está praticamente definida no art. 114 da 
CF, muito embora em seu inciso IX conste que a lei poderá atribuir à Justiça do Trabalho 
competência para julgar outras controvérsias decorrentes das relações de trabalho. A competênciafuncional diz respeito à distribuição das atribuições acometidas aos diferentes órgãos da Justiça do 
Trabalho. A inobservância das regras que estabelecem tal distribuição (a Constituição, as leis 
processuais e os regimentos internos dos Tribunais Trabalhistas) leva a incompetência funcional, que 
é absoluta e, portanto, deve ser arguida em preliminar de contestação. 
 
Ressalte-se que na ADI 3395, o STF suspendeu toda e qualquer interpretação dada ao art. 114, I, da 
CF, que inclua na competência da Justiça do Trabalho as ações que sejam instauradas entre o poder 
público e seus servidores estatutários ou que possuam com ele regime jurídico administrativo 
(temporário – art. 37, IX, da CF). Consequentemente, a Justiça do Trabalho não é competente 
para julgar as demandas entre estatutários e dos temporários e o poder público. 
 
Os servidores celetistas da administração direta e indireta demandam na Justiça do Trabalho. Já os 
demais servidores (estatutários ou temporários), se federais, demandarão na Justiça Federal; se 
estaduais ou municipais, na Justiça Estadual. 
 
A Justiça do Trabalho também é incompetente para julgar as ações penais (ADI 3684) e as ações de 
execução de cobrança de honorários de profissionais liberais (súmula 363, STJ). Observe a súmula: 
 
Súmula 363, STJ. Compete à Justiça estadual processar e julgar a ação de cobrança ajuizada por 
profissional liberal contra cliente. 
 
Ressalte-se que, nos termos do item I, da súmula 368 do TST, a Justiça do Trabalho é incompetente 
para execução de contribuições sociais incidentes sobre os salários pagos durante o período 
contratual reconhecido. 
 
 
 
 
 
 
 
 
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21 
A Constituição no art. 114, em seu inciso VIII, estabelece que compete à Justiça do Trabalho 
executar de ofício as contribuições sociais previstas no art. 195, I, a , e II, e seus acréscimos legais, 
decorrentes das sentenças que proferir. 
 
Art. 114, CF. Compete à Justiça do Trabalho processar e julgar: 
VIII. a execução, de ofício, das contribuições sociais previstas no art. 195, I, a , e II, e seus 
acréscimos legais, decorrentes das sentenças que proferir; 
 
 Em consonância com a Constituição, a CLT, em seu art. 876, parágrafo único, estabelece que 
compete à Justiça do Trabalho executar de ofício as contribuições sociais incidentes sobre a 
condenação ou homologação de acordo, inclusive sobre os salários pagos durante o período 
contratual reconhecido. 
 
Art. 876, CLT. As decisões passadas em julgado ou das quais não tenha havido recurso com efeito 
suspensivo; os acordos, quando não cumpridos; os termos de ajuste de conduta firmados perante o 
Ministério Público do Trabalho e os termos de conciliação firmados perante as Comissões de 
Conciliação Prévia serão executada pela forma estabelecida neste Capítulo. 
Parágrafo único. Serão executadas ex officio as contribuições sociais devidas em decorrência de 
decisão proferida pelos Juízes e Tribunais do Trabalho, resultantes de condenação ou homologação 
de acordo, inclusive sobre os salários pagos durante o período contratual reconhecido. 
 
 O TST, acompanhando o posicionamento do STF, entretanto, entende que compete à Justiça 
do Trabalho executar apenas as contribuições sociais incidentes sobre as sentenças condenatórias 
em pecúnia e sentenças homologatórias de acordo, portanto, não é competente para a execução das 
contribuições sociais incidentes sobre os salários pagos durante o período contratual reconhecido 
(súmula 368, I, TST). Logo, à Justiça do Trabalho não compete a execução das contribuições 
decorrentes de sentenças que apenas reconhecem o vínculo de emprego ou, ainda, julgar o pedido 
de contribuição referente aos salários pagos durante o período contratual reconhecido. 
 
 Obseve-se o teor da súmula 368 do TST: 
 
Súmula 368, TST. DESCONTOS PREVIDENCIÁRIOS E FISCAIS. COMPETÊNCIA. 
RESPONSABILIDADE PELO PAGAMENTO. FORMA DE CÁLCULO (redação do item II alterada na 
sessão do Tribunal Pleno realizada em 16.04.2012) - Res. 181/2012, DEJT divulgado em 19, 20 e 
23.04.2012 
I. A Justiça do Trabalho é competente para determinar o recolhimento das contribuições fiscais. A 
competência da Justiça do Trabalho, quanto à execução das contribuições previdenciárias, limita-se 
às sentenças condenatórias em pecúnia que proferir e aos valores, objeto de acordo homologado, 
que integrem o salário de contribuição. 
 
 A incompetência absoluta deve ser arguida em preliminar de contestação (art. 301, II, CPC) e 
o pedido deve ser de extinção do processo sem resolução do mérito nos termos do art. 267, IV, CPC 
e remessa dos autos para o juízo competente. Observe o artigo: 
 
Art. 301. Compete-lhe, porém, antes de discutir o mérito, alegar: 
I - inexistência ou nulidade da citação; 
II - incompetência absoluta; 
III - inépcia da petição inicial; 
IV - perempção; 
V - litispendência; 
VI - coisa julgada; 
VII - conexão; 
VIII - incapacidade da parte, defeito de representação ou falta de autorização; 
 
 
 
 
 
 
 
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IX - convenção de arbitragem; 
X - carência de ação; 
XI - falta de caução ou de outra prestação, que a lei exige como preliminar. 
§ 1º - Verifica-se a litispendência ou a coisa julgada, quando se reproduz ação anteriormente 
ajuizada. 
§ 2º - Uma ação é idêntica à outra quando tem as mesmas partes, a mesma causa de pedir e o 
mesmo pedido. 
§ 3º - Há litispendência, quando se repete ação, que está em curso; há coisa julgada, quando se 
repete ação que já foi decidida por sentença, de que não caiba recurso. 
§ 4º - Com exceção do compromisso arbitral, o juiz conhecerá de ofício da matéria enumerada neste 
artigo. 
 
Art. 267, CPC. Extingue-se o processo, sem resolução de mérito: 
I - quando o juiz indeferir a petição inicial; 
II - quando ficar parado durante mais de 1 (um) ano por negligência das partes; 
III - quando, por não promover os atos e diligências que lhe competir, o autor abandonar a causa por 
mais de 30 (trinta) dias; 
IV - quando se verificar a ausência de pressupostos de constituição e de desenvolvimento válido e 
regular do processo; 
V - quando o juiz acolher a alegação de perempção, litispendência ou de coisa julgada; 
VI - quando não concorrer qualquer das condições da ação, como a possibilidade jurídica, a 
legitimidade das partes e o interesse processual; 
VII - pela convenção de arbitragem; 
VIII - quando o autor desistir da ação; 
IX - quando a ação for considerada intransmissível por disposição legal; 
X - quando ocorrer confusão entre autor e réu; 
XI - nos demais casos prescritos neste Código. 
§ 1º. O juiz ordenará, nos casos dos nºs. II e III, o arquivamento dos autos, declarando a extinção do 
processo, se a parte, intimada pessoalmente, não suprir a falta em 48 (quarenta e oito) horas. 
§ 2º. No caso do parágrafo anterior, quanto ao nº II, as partes pagarão proporcionalmente as custas 
e, quanto ao nº III, o autor será condenado ao pagamento das despesas e honorários de advogado 
(Art. 28). 
§ 3º. O juiz conhecerá de ofício, em qualquer tempo e grau de jurisdição, enquanto não proferida a 
sentença de mérito, da matéria constante dos nºs. IV, V e VI; todavia, o réu que a não alegar, na 
primeira oportunidade em que lhe caiba falar nos autos, responderá pelas custas de retardamento. 
§ 4º - Depois de decorrido o prazo para a resposta, o autor não poderá, sem o consentimento do réu, 
desistir da ação. 
 
 
 A incompetência da Justiça do Trabalho para a execução das contribuições incidentes sobre 
os salários pagos durante o período contratual foi cobrada na contestação do Exame de Ordem 
Unificado 2011.3 (VII Exame de Ordem Unificado). 
 
 Na proposta constou ―… Por fim, disseque o reclamado não efetuou o reconhecimento dos 
depósitos do FGTS e das contribuições previdenciárias relativas a todo o perigo do contrato de 
trabalho (...). Diante do acima exposto, postula: (…) g) o recolhimento das contribuições 
previdenciárias referentes a todo período contratual.‖ 
 
Quesitos avaliados Notas 
possíveis 
Nota 
Preliminar de incompetência absoluta da Justiça do 
Trabalho – Incompetência absoluta do pedido de 
recolhimento das contribuições previdenciárias de todo o 
0/ 0,25/ 0,5 
 
 
 
 
 
 
 
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período contratual (0,25). Indicação do art. 114, VII, da 
CRFB OU súmula 368, I, do TST (0,25). 
 
Seguem exemplos: 
 
I - Preliminar 
• Incompetência Absoluta da Justiça do Trabalho 
 
 A Reclamante postulou a condenação do Reclamado ao pagamento de contribuições 
previdenciárias relativas a todo o período do contrato de trabalho. (Fato) 
 
A Justiça do Trabalho é incompetente para a execução das contribuições previdenciárias incidentes 
sobre os salários pagos durante o período contratual. Nos termos do art. 114, VIII, da CF, compete à 
Justiça do Trabalho a execução das contribuições sociais previstas no art. 195, I, a, e II, e seus 
acréscimos legais, decorrentes das sentenças que proferir. Assim, conforme estabelece a súmula 
368, I, do TST, a competência da Justiça do Trabalho, quanto à execução das contribuições 
previdenciárias, limita-se às sentenças condenatórias em pecúnia que proferir e aos valores, objeto 
de acordo homologado, que integrem o salário-de-contribuição. 
Esclarece-se que a incompetência absoluta é matéria que deve ser tratada em preliminar de 
contestação nos termos do art. 301, II, do CPC. (Fundamento) 
Diante do apresentado, requer a extinção do processo sem resolução do mérito nos termos do art. 
267, IV, do CPC, quanto ao pedido de recolhimento das contribuições previdenciárias relativas ao 
período contratual reconhecido. (Pedido) 
 
Segue outro exemplo: 
 
I – Preliminar 
01. Incompetência absoluta da Justiça do Trabalho 
 
O autor, servidor estatutário da União, ajuíza reclamação trabalhista contra esta, postulando verbas 
de natureza estatutária. (fato) 
Por força da ADI 3395, que suspendeu qualquer interpretação dada ao art. 114, I, da CF, que inclua 
na competência da Justiça do Trabalho as ações que sejam instauradas entre o poder público e seus 
servidores estatutários, a Justiça do Trabalho é incompetente para julgar tal demanda. 
Esclarece-se que a incompetência absoluta é matéria que deve ser tratada em preliminar de 
contestação nos termos do art. 301, II, do CPC. (fundamento) 
Diante do exposto requer a extinção do processo sem resolução do mérito, nos termos do art. 267, 
IV, do CPC e a remessa dos autos à Justiça Federal, tendo em vista que o autor é servidor público 
federal. 
Sucessivamente, caso não seja acolhida a preliminar de mérito, requer a análise dos demais itens a 
seguir expostos. (pedido) 
Obs.: As referências entre parênteses: Fato, Fundamento e Pedido, ao final dos parágrafos, busca 
apenas orientar o leitor, entretanto, não devem ser incluídas na prova. 
 
VI – CAPACIDADE DE SER PARTE E PROCESSUAL 
Todos os sujeitos de direito possuem capacidade de ser parte, mas apenas os que possuem 
capacidade civil apresentam também capacidade processual. A capacidade processual de estar em 
juízo é adquirida, em regra, pelo empregado aos 18 anos. Os que não possuem capacidade civil, ou 
seja, os incapazes serão representados ou assistidos por seus pais, tutores ou curadores. A 
ausência de regularidade de representação deve ser arguida em preliminar de contestação, devendo 
o réu postular que o juiz assinale prazo para que a parte sane a omissão, sobe pena de extinção do 
processo sem resolução do mérito (art. 13, caput e § 1º, CPC e art. 267, IV, CPC). 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Direito do Trabalho – Aulas 04 e 05 
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24 
Art. 13, CPC. Verificando a incapacidade processual ou a irregularidade da representação das 
partes, o juiz, suspendendo o processo, marcará prazo razoável para ser sanado o defeito. 
Não sendo cumprido o despacho dentro do prazo, se a providência couber: 
I - ao autor, o juiz decretará a nulidade do processo; 
 
VII – LITISPENDÊNCIA E COISA JULGADA 
 
Quanto à litispendência e à coisa julgada tem-se que o parágrafo terceiro do art. 301 as distingue 
da seguinte maneira: ―há litispend ncia, quando se repete ação que está em curso; há coisa julgada, 
quando se repete ação que já foi decidida por sentença, de que não caiba recurso‖. Essas duas 
hipóteses devem ser arguidas em preliminar de contestação e em ambas deve ser requerida a 
extinção do processo com fundamento no art. 267, V do CPC. Observe os artigos: 
Art. 301. Compete-lhe, porém, antes de discutir o mérito, alegar: 
I - inexistência ou nulidade da citação; 
II - incompetência absoluta; 
III - inépcia da petição inicial; 
IV - perempção; 
V - litispendência; art. 301, § 3º, CPC 
VI - coisa julgada; art. 301, § 3º, CPC 
VII - conexão; 
VIII - incapacidade da parte, defeito de representação ou falta de autorização; 
IX - convenção de arbitragem; 
X - carência de ação; 
XI - falta de caução ou de outra prestação, que a lei exige como preliminar. 
§ 1º - Verifica-se a litispendência ou a coisa julgada, quando se reproduz ação anteriormente 
ajuizada. 
§ 2º - Uma ação é idêntica à outra quando tem as mesmas partes, a mesma causa de pedir e o 
mesmo pedido. 
§ 3º - Há litispendência, quando se repete ação, que está em curso; há coisa julgada, quando se 
repete ação que já foi decidida por sentença, de que não caiba recurso. 
§ 4º - Com exceção do compromisso arbitral, o juiz conhecerá de ofício da matéria enumerada neste 
artigo. 
 
Art. 267, CPC. Extingue-se o processo, sem resolução de mérito: 
I - quando o juiz indeferir a petição inicial; 
II - quando ficar parado durante mais de 1 (um) ano por negligência das partes; 
III - quando, por não promover os atos e diligências que lhe competir, o autor abandonar a causa por 
mais de 30 (trinta) dias; 
IV - quando se verificar a ausência de pressupostos de constituição e de desenvolvimento válido e 
regular do processo; 
V - quando o juiz acolher a alegação de perempção, litispendência ou de coisa julgada; 
VI - quando não concorrer qualquer das condições da ação, como a possibilidade jurídica, a 
legitimidade das partes e o interesse processual; 
VII - pela convenção de arbitragem; 
VIII - quando o autor desistir da ação; 
IX - quando a ação for considerada intransmissível por disposição legal; 
X - quando ocorrer confusão entre autor e réu; 
XI - nos demais casos prescritos neste Código. 
§ 1º. O juiz ordenará, nos casos dos nºs. II e III, o arquivamento dos autos, declarando a extinção do 
processo, se a parte, intimada pessoalmente, não suprir a falta em 48 (quarenta e oito) horas. 
§ 2º. No caso do parágrafo anterior, quanto ao nº II, as partes pagarão proporcionalmente as custas 
e, quanto ao nº III, o autor será condenado ao pagamento das despesas e honorários de advogado 
(Art. 28). 
 
 
 
 
 
 
 
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OAB XVIII EXAME – 2ª FASE 
Direito do Trabalho – Aulas 04 e 05 
Aryanna Manfredini 
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§ 3º. O juiz conhecerá de ofício, em qualquer tempo e grau de jurisdição, enquanto não proferida a 
sentença de mérito, da matéria constante dos nºs. IV, V e VI; todavia, o réu que a não alegar, na 
primeira oportunidade em que lhe caiba falar nos autos, responderá pelas custas de retardamento. 
§ 4º - Depois de decorrido o prazo para a resposta, o autor não poderá, sem o consentimento do réu, 
desistir da ação. 
 
 
I – Preliminar 
01. Coisa Julgada 
 
O reclamante ajuizou reclamação

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